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ASUNCIÓN – Paraguay
Abril – 2015
iii
ÍNDICE
Para que ocorra uma proposta inclusiva na escola, é necessária uma junção, ou
parceria de todos os setores da sociedade, pois a educação inclusiva consiste
na ideia de uma escola que não seleciona crianças tomando como base as suas
diferenças individuais. Nesse sentido, a escola precisa ser vista como um
ambiente de fortalecimento de laços afetivos, de socialização do saber, individual
ou coletivamente elaborado e da construção de conhecimento, mais não de
segregação. Ao respeito, reconhecem-se as diversas dificuldades enfrentadas
no ambiente escolar, pois é preciso confrontar as práticas discriminatórias
existentes na sociedade e criar alternativas para superá-las no ambiente escolar.
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Título
1.2 Problema
Como foi adiantado, o tema abordado nesta pesquisa será a atitude do docente
respeito à inclusão de alunos com necessidades educativas especiais nas salas
regulares. A investigação focará ao Ensino Fundamental na escola Carmem
Valente da Silva, localizada no município de Jacareacanga, no estado do Pará,
Brasil, no ano 2015.
1.3 Objetivos
Por outro lado, embora seja um tema muito discutido atualmente, a pesquisa
apresenta originalidade ao se propor discutir o tema de forma plural, não se
limitando apenas à temática inclusão escolar, e sim buscando respostas a
questões relacionadas às condições da escola respeito a inclusão, como a
atitude dos professores frente ao processo de inclusão e os procedimentos
adotados administrativamente pelo sistema de ensino da escola.
O fator tempo disponível deve ser considerado relevante para o bom andamento
da pesquisa, e isso foi crucial para a pesquisadora, pois as atividades ligadas à
docência da instituição educacional onde atua exigem uma parcela significativa
do seu tempo, além do exercício de atividade de gestão educacional no
município. Organizar horários de maneira a dedicar tempo para as atividades
ligadas à pesquisa, estudo e muita leitura concomitantemente às atividades
diárias se constituiu um desafio difícil de superar.
O fator humano em qualquer tipo de pesquisa deve ser observado com atenção
especial uma vez que esse elemento é subjetivo e a ele são inerentes emoções,
pontos de vista diferentes, disponibilidades, valores, parcialidades, bem como a
diversidade de habilidades e necessidades humana. Essas e outras
características também estiveram presentes nesta pesquisa, e mesmo as
limitações ocorridas dentro da convivência escolar, que não se restringe à
criança com deficiência, nem tampouco, de forma mais ampla, àquelas com
necessidades educacionais especiais, mas contempla toda criança, em sua
vasta diversidade de habilidades e dificuldades.
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Ainda sobre o tema vale ressaltar a contribuição de Maria Tereza Eglér Mantoan,
pedagoga e doutora em educação, autora de inúmeros livros e artigos científicos.
A pesquisadora iniciou os estudos sobre inclusão e foi precursora dessa ideia na
educação brasileira. Dedica-se intensamente a propagar a educação escolar
como direito indisponível e incondicional de todos os alunos, sem discriminação
e restrições de qualquer tipo, em todos os níveis de ensino. No livro “Inclusão
escolar: pontos e contrapontos” a autora analisa a inclusão escolar em suas
diferentes facetas, aborda pontos polêmicos como as inovações propostas por
políticas educacionais, as práticas escolares que envolvem o ensino regular e
especial e as relações entre inclusão e integração escolar.
Toda pessoa tem direito à educação [...] a educação terá por finalidade o pleno
desenvolvimento da personalidade humana e o fortalecimento do respeito aos direitos
humanos e às liberdades fundamentais; favorecerá a compreensão, a tolerância e a
amizade entre todas as nações e todos os grupos étnicos ou religiosos”
A presente Lei prescreve, no artigo 206, vários princípios sob os quais o ensino
deve ser ministrado, dentre os quais deve-se destacar a “igualdade de condições
para o acesso e permanência na escola”. O artigo 208, III, de nossa Carta Magna
prescreve que “o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a
garantia de atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”.
Ainda segundo o autor, não se pode ignorar o fato de que ao longo do tempo
também houve uma significativa construção sociocultural de movimentos
particulares e de alguns grupos pelo atendimento aos deficientes, buscando em
estudos científicos realizar algumas ações e medidas educacionais para essa
parcela excluída da população.
No segundo período definido por Mazzotta, que vai de 1957 a 1993, surgiram
iniciativas oficiais de âmbito nacional que acabaram resultando em 1973 na
criação do Centro Nacional de Educação Especial (CENESP), com a “finalidade
de promover em todo o território nacional a expansão e melhoria do atendimento
aos excepcionais”.
Esse documento fortalece que “os programas de estudos devem ser adaptados
às necessidades da criança e não o contrário. As escolas deverão, por
conseguinte, oferecer opções curriculares que se adaptem às crianças com
capacidade e interesses diferentes” (Declaração de Salamanca, 1994, p.33).
Assim sendo, a escola deve oferecer programas educacionais flexíveis,
contribuindo para a promoção de desafios, de forma a superar as necessidades
grupais ou individuais, compreendendo e reorganizando ações educativas que
garantam aprendizagem de novos conhecimentos.
Para que se efetivem ambientes escolares inclusivos, novas reflexões devem ser
realizadas no âmbito da comunidade escolar, a fim de definir estratégias de ação,
participação e organização do ensino, garantindo e melhorando o atendimento
às PNEE, combatendo atitudes discriminatórias e construindo uma sociedade
inclusiva, na qual as oportunidades sociais sejam garantidas a todos os
cidadãos.
Não que a escola deva negligenciar sua autêntica função social. Mas, nesse
contexto de transformações significativas, terá que adequar seu atendimento a
todas as crianças, pois essas representam a diversidade humana. Não há
espaço para a proclamação de discursos preconceituosos e excludentes; as
PNEE sempre estiveram presentes e pertencem a essa sociedade. A grande
diferença é que, hoje, buscam assegurar direitos conquistados, sendo que ao
professor cabe inovar seus métodos de ensino-aprendizagem, fortalecendo
atitudes inclusivas em sala de aula, à medida que respeita o ritmo e as variações
de personalidade de cada educando.
2.5.1.1 De obstrução
2.5.1.2 De conflito
2.5.1.3 De integração
Técnica/
Variável Definição Dimensões Sub-dimensões
Instrumento/
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indice
ATITUDE PREVALENTE DO DOCENTE A RESPEITO DOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS E
a postura Técnica:
ATITUDE DOS DOCENTES PERANTE A
GESTÃO GESTÃO DO PROCESSO DE
inclusiva de reconstrução
adotada pelo cultural (no sentido de corrigir
professor em equívocos a partir da resposta dada Enquete;
relação aos pelo aluno, através do diálogo)
Instrumento:
alunos com
necessidades Os docentes diante da proposta
Questionário
INCLUSÃO
inclusão,
alunos com deficiência em escolas
perante a gestão regulares)
do referido
processo e Condições de trabalho para a
referente às inclusão (no sentido de dar
práticas condições de igualdade no trabalho
pedagógicas de às pessoas com deficiência)
atenção aos
alunos em tal Recursos e infreestrutura para
situação. inclusão (no sentido de oferecer
recursos humanos, financeiros,
físicos e tecnológicos pertinentes)