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AULA 03 TODOS

ÍNDICE PARA ESTUDOS DE ACORDO COM A SEQUÊNCIA DO DSM 5

Transtornos Dissociativos
Transtorno de Sintomas Somáticos e Transtornos Relacionados
Transtornos Alimentares
Transtornos da Eliminação
Transtornos do Sono-Vigília
Disfunções Sexuais
Disforia de Gênero
Transtornos Disruptivos, do Controle de Impulsos e da Conduta
Transtornos Relacionados a Substâncias e Transtornos Aditivos
Transtornos da Personalidade (borderline, antissocial, dependente,
evitativa, histriônico, narcisista, TOC, esquizoide, esquizotípico e paranoide). A
CID-10 classifica apenas nove TPs, pois não considera o TP esquizotípica como
parte dos transtornos da personalidade, mas do espectro das esquizofrenias.
Transtornos Parafílicos
Outros Transtornos Mentais
Transtornos do Movimento Induzidos por Medicamentos e
Outros Efeitos Adversos de Medicamentos
Outras Condições que Podem ser Foco da Atenção Clínica

O Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and


Statistical Manual ou DSM-V) é um instrumento conhecido e bastante utilizado
dentro dos serviços de saúde. O número V (5) corresponde ao número de
revisões realizadas no manual. ) Diferentemente do CID-10, o qual foi
elaborado pela Organização Mundial de Saúde, sendo adotado no Brasil pelo
Sistema Único de Saúde (SUS), pois abrange todas as doenças, o DSM-V
abrange apenas os transtornos mentais com itens mais detalhados, em
formato de tópicos, produzido pela Associação Americana de Psiquiatria.
Entende-se por transtorno mental uma perturbação significativa em relação ao
campo cognitivo, alteração comportamental e emocional significativa do
indivíduo, afetando de maneira funcional os diversos aspectos da vida. O DSM-
V não fornece sugestões de prognóstico, tratamento e intervenções mais
efetivas.

SAÚDE MENTAL

É um campo ou uma área de conhecimento e de atuação técnica no âmbito das


políticas públicas de saúde. Ela não se reduz ao estudo e ao tratamento das
doenças mentais.

O campo da saúde mental induz ao pensamento de que não há uma verdade


única e definitiva mas, sim, complexidade, simultaneidade, transversalidade de
saberes, de “construcionismo” e de “reflexividade”.

O conceito de alienação mental nasceu associado à ideia de periculosidade:


alguém que perde o juízo de realidade ou a capacidade de discernir entre o
erro e a realidade, poderia representar um sério prejuízo à sociedade.

Psicopatologia I:
PSICOPATOLOGIA: SEMIOLOGIA E NOSOLOGIA DOS TRANSTORNOS
MENTAIS.

Semiologia: estudo sistemático dos sintomas e dos sinais que forem


observados nos pacientes examinados, da técnica de entrevista, do
relacionamento médico-paciente, do raciocínio clínico, da educação do
paciente, sempre baseado naquilo que ocorreu na consulta. É a ciência dos
signos, em sentido geral. A análise semiológica investiga o pensamento
na anamnese psiquiátrica quanto à forma, ao curso e ao conteúdo.
Semiótica ou semiologia médica => é o estudo de sinais e sintomas
das enfermidades; inclui a identificação das alterações físicas e mentais, a
ordenação dos fenômenos observados e a formulação de diagnósticos.

Nosologia: refere-se à descrição, à ordenação e à classificação das doenças.

Transtorno mental é uma síndrome que apresenta perturbação clinicamente


significativa no campo cognitivo, emocional ou comportamental; a disfunção
ocorre nos âmbitos psicológico, biológico ou do desenvolvimento; são
associados a sofrimento ou a incapacidades significativas que afetam a vida do
sujeito em vários âmbitos.

Síndrome é a descrição de um conjunto momentâneo e recorrente de sinais e


de sintomas; podem ser constantes e estáveis.

Os sintomas recebem 2 enfoques:


 forma – estrutura básica, que é relativamente semelhante nos diversos
pacientes (alucinações, delírios, ideias obsessivas etc;);
 conteúdo – aquilo que preenche a alteração estrutural (culpa,
perseguição, religioso); é mais pessoal que a forma, pois depende da
história de vida do paciente, de seu universo cultural e da personalidade
prévia ao adoecimento.

Psicopatologia: lato sensu, a psicopatologia é um conjunto de


conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano; é uma das
abordagens possíveis do homem mentalmente doente, mas não a única. Ela
pode ser compreendida como um discurso ou um saber (logos) sobre o
sofrimento, (pathos) da mente, da alma humana (psyche).

É uma disciplina científica que estuda a doença mental em seus vários


aspectos: causas, alterações estruturais e funcionais relacionadas, os métodos
de investigação e suas formas de manifestação (sinais e sintomas). Em seu
âmbito, distingue-se um sinal de um sintoma em função de uma condição
psicopatológica ser uma manifestação objetiva/subjetiva.

Ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença mental suas


causas, as mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas formas
de manifestação.

Doença mental - vivências, estados mentais e padrões comportamentais.

Para Dalgalarrondo: “Os signos de maior interesse para a psicopatologia são os


sinais comportamentais objetivos, verificáveis pela observação direta do
paciente, e os sintomas, isto é, as vivências subjetivas relatadas pelos
indivíduos, suas queixas e narrativas, aquilo que o sujeito experimenta e, de
alguma forma, comunica a alguém.”

A psicopatologia fenomenológica foi criada visando à análise das patologias


que vão além da sintomatologia e da semiologia médica. Foi inspirada na
filosofia de autores como Husserl e Heidegger, entre outros e busca a
compreensão da dimensão existencial do homem que adoece mentalmente.

Consiste em uma perspectiva que prioriza a forma como o fenômeno e o seu


significado se manifestam para quem o experiencia; ultrapassa a lógica
psiquiátrica classificatória, pois compreende os transtornos mentais como
condição de possibilidade de uma existência adoecida e se apresenta como
uma vertente que rompe com os padrões dominantes de saúde e doença e de
normal e patológico.

Seu foco são as vivências subjetivas – conscientes – dos pacientes, descritas


por eles próprios. Ela não busca explicações teóricas para eventos psicológicos.
O que está inconsciente não é objeto da fenomenologia.
O diagnóstico psicopatológico é quase sempre baseado nos dados clínicos
(história e exame do estado mental).

Os principais campos e tipos de psicopatologia são:


➔ descritiva – interessa-se mais pela forma das alterações psíquicas, a
estrutura dos sintomas, aquilo que caracteriza a vivência patológica
como sintoma mais ou menos típico;
➔ dinâmica – o que interessa é o conteúdo da vivência, os movimentos
internos de afetos, dos desejos e dos temores dos indivíduos, sua
experiência pessoal particular não necessariamente classificável em
sintomas previamente descritos; forma x conteúdo;
➔ perspectiva médico naturalista – trabalha com uma noção de homem
centrada no corpo, no ser biológico como espécie natural e universal;
dessa forma, o adoecimento mental é visto como o mau funcionamento
do cérebro, uma desregulação, uma disfunção de alguma parte do
“aparelho biológico”;
➔ perspectiva existencial – o doente é visto especialmente como
“existência singular”: natural, biológico, histórico e humano; a doença
mental é vista como um modo particular de existência, uma forma
trágica de ser no mundo, de construir um destino, um modo
particularmente doloroso de ser com os outros; Karl Jaspers foi um de
seus fundadores e a descreve como uma disciplina voltada para a
explicação causal dos fenômenos e a compreensão das vivências
subjetivas.
➔ comportamental – o homem é um conjunto de comportamentos
observáveis e que são regulados por estímulos específicos e gerais e
por certas leis e determinantes do aprendizado; essa perspectiva centra
sua atenção sobre as representações cognitivas conscientes de cada
indivíduo; os sintomas resultam de comportamentos e de representações
cognitivas disfuncionais, aprendidas e reforçadas pela experiência
sociofamiliar;
➔ psicanalítica – o homem é visto como ser “determinado”, dominado por
forças, desejos e conflitos inconscientes = afetos; os sintomas e as síndromes
mentais são consideradas formas de expressão de conflitos,
predominantemente inconscientes, de desejos que não podem ser realizados,
de temores aos quais o indivíduo não tem acesso; o sintoma é uma
“formação de compromisso”; certo arranjo entre o desejo inconsciente, as
normas e as permissões culturais e as possibilidades reais de satisfação desse
desejo; a resultante dessa trama conflitiva é que é o sintoma patológico;
➔ Categorial x dimensional =>Transtornos bem demarcados x espectro
➔ Biológica x Sociocultural => Mecanismos neurais x comportamentos
desviantes
➔ Operacional/pragmática x Fundamental => Nosologia (arbitrátio. Ex.:
CID-10, DSM-V) x pathos (origem).

Avaliação psicopatológica – Etapas:


➢ Observação clínica;

➢ Avaliação física;

➢ Avaliação psicopatológica (entrevista e exame das funções psíquicas e


suas possíveis alterações);
➢ Exames complementares (além dos exames citados, pode-se fazer o uso
de testes psicológicos);
➢ Hipótese diagnóstica.

O principal meio é a entrevista e seus principais aspectos são:


a) anamnese – é o histórico dos sinais e dos sintomas que o paciente
apresenta ao longo de sua vida, seus antecedentes pessoais e familiares,
bem como de sua família e de seu meio social, ou seja, é uma
reconstituição global da vida do paciente. Tem como principais
objetivos: ajudar na conclusão do diagnóstico; orientar um plano
terapêutico e a avaliação de sua eficácia; gerar informações para um
possível prognóstico do caso; ajudar em atendimentos do paciente no
futuro; fornecer novos conhecimentos para o planejamento da
assistência, para os estudos estatísticos e para as investigações
epidemiológicas. Ela deve abranger: dados de identificação; queixa
principal; história da doença atual; antecedentes familiares, pessoais; e
sociais; vida profissional; psicossexualidade e vida sentimental; padrões
de ajustamento anteriores à doença e exame mental.
b) exame psíquico – ou exame do estado mental atual.

São importantes também o exame físico (pois os pacientes psiquiátricos


apresentam morbidade física mais frequentemente que a população em geral);
avaliação neurológica; psicodiagnóstico (testes psicológicos e rastreamento de
possíveis alterações cerebrais – Bender e testes neuropsicológicos) e exames
complementares (laboratoriais, neurofisiológicos e de neuroimagem).

Entrevista psicológica:
As três regras “de ouro”:
1) Paciente estruturado => Entrevista aberta.
2) Paciente desorganizado => Perguntas simples e dirigidas.
3) Tímidos, ansiosos ou paranoides => Perguntas neutras.

O acolhimento e a escuta qualificada realizados pelo psicólogo implica a


aceitação do outro, a empatia e o reconhecimento do usuário como um sujeito
de direitos; essas são posturas e técnicas fundamentais.

Transferência e Contratransferência

A transferência e a contratransferência estão presentes na entrevista


individual; a primeira se manifesta da parte do cliente e apresenta os
seguintes aspectos: surgimento das atitudes e dos sentimentos inconscientes
de seu passado.

Já a segunda, ocorre da parte do profissional em direção ao cliente, por meio


de “respostas” às demandas disfuncionais apresentadas por esse.
Simulação e Dissimulação
Dissimulação => Paciente tenta esconder propositalmente sintomas e sinais
alarmantes; parecer “normal”; evitação. Tentativa de ocultação de sintomas ou
transtornos existentes. É muito comum ocorrer frente ao Psicólogo/AS Judicial.

Simulação => paciente cria propositalmente um sintoma (ouvir vozes, ver


coisas); em geral em busca de benefícios sociais. Mais comum na área dos
CRAS, CREAS etc.

O NORMAL E O PATOLÓGICO
O conceito de normalidade é de difícil definição e de grande controvérsia. O
critério de normalidade como bem-estar, adotado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), é um conceito criticado por ser amplo, vasto e impreciso, uma
vez que bem-estar é dificilmente definido de maneira objetiva.

São considerados, atualmente, os seguintes tipos:


● Normalidade como ausência de doença.
● Normalidade ideal.
● Normalidade estatística => A definição de normalidade estatística em
psicopatologia é aplicada especialmente a fenômenos quantitativos, sendo que
de acordo com a definição, o normal passa a ser aquilo que se observa com
mais frequência.
● Normalidade como bem-estar.
● Funcional => está produzindo bem?
● Processo => adoecimento e salubridade.
● Subjetiva => como a pessoa se sente. Uma das críticas apresentadas ao
critério de normalidade subjetiva em psicopatologia é o fato de que por ser
definido como a percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação a seu
estado de saúde e às suas vivências subjetivas, pode ser avaliado por ele como
positivo em situações em que apresente um transtorno mental grave como no
caso de sujeitos em fase maníaca.
● Liberdade => perda da liberdade existencial. A doença mental é um
fechamento, uma fossilização das possibilidades existenciais.
● Operacional.

Quanto à normalidade e à patologia, na visão de Dalgalarrondo tem-se: em


casos extremos nos quais as pessoas apresentam alterações comportamentais
e mentais de intensidade acentuada e de longa duração, o delineamento das
fronteiras entre o normal e o patológico não é tão problemático.

Na prática clínica do psicólogo, segundo esse autor, o profissional deve ter a


capacidade de discriminar no processo de avaliação psicodiagnóstica se o
fenômeno apresentado pelo paciente é normal ou patológico, isto é, se parte
de um momento existencial ou é patológico. Ele fará isso por meio do exame
clínico; pode ou não se utilizar de testes psicológicos.

O que distingue a neurose da normalidade é a intensidade do comportamento


e a incapacidade do neurótico doente de resolver os conflitos de maneira
satisfatória.

Os critérios de normalidade e de anormalidade podem depender de aspectos:


religiosos ligados à cultura, genéticos e sociais.

O ato de definir o que é normal não é uma tarefa fácil, especialmente na


adolescência. Outeiral propõe quatro vértices importantes a serem
considerados quanto a essa questão, são eles:

A normalidade é, na verdade, um critério estatístico.


Tratando-se de saúde mental, a normalidade começa a ser atingida quando
nos defrontamos com a dor psíquica.

A normalidade é definida também em termos da sociedade e da cultura, assim


como da época em que vive o adolescente.

O adolescente é um ser em desenvolvimento e o que poderá ser anormal em


uma etapa poderá ser normal em outra.

Funções psíquicas

A separação da atividade mental em distintas funções psíquicas é um


procedimento artificial. O exame psíquico é um recorte do estado mental atual
e nos dias anteriores à consulta.

Funções mais afetadas

Transtornos psicorgânicos: nível de consciência; atenção; orientação;


memória; inteligência e linguagem.

Transtornos afetivos, neuróticos e da personalidade: afetividade; vontade;


psicomotricidade e personalidade.

Transtornos psicóticos Sensopercepção: pensamento; juízo de realidade e


vivência do Eu .

DSM V
Transtornos do Neurodesenvolvimento (muito voltado para as crianças)

Espectro da Esquizofrenia e Outros Transtornos Psicóticos

Transtorno Bipolar e Transtornos Relacionados

Transtornos Depressivos

Transtornos de Ansiedade (incluem o transtorno do pânico, ansiedade


generalizada, o transtorno obsessivo-compulsivo, fobia social, fobias
específicas e os transtornos de estresse agudo e pós-traumático). Os
transtornos de ansiedade estão relacionados à ativação de crenças centrais
negativas relativas ao desamparo, ou seja, há um predomínio de autoconceitos
que envolvem a incapacidade de lidar com alguma situação ameaçadora.

Transtorno Obsessivo-compulsivo e Transtornos Relacionados

Transtornos Relacionados a Trauma e a Estressores

Transtornos Dissociativos

Transtorno de Sintomas Somáticos e Transtornos Relacionados

Transtornos Alimentares
Transtornos da Eliminação

Transtornos do Sono-Vigília

Disfunções Sexuais

Disforia de Gênero

Transtornos Disruptivos, do Controle de Impulsos e da Conduta

Transtornos Relacionados a Substâncias e Transtornos Aditivos é o


mais cobrado em concurso de qualquer área.

Transtornos Neurocognitivos

Transtornos da Personalidade

Transtornos Parafílicos

Outros Transtornos Mentais

Transtornos do Movimento Induzidos por Medicamentos.

Fóbicos, psicossomáticos
ESTRUTURAS CLÍNICAS (NEUROSE, PSICOSE E PERVERSÃO).

ESTRUTURAS CLÍNICAS
Para a psicanálise, as interações da relação de objeto, os mecanismos de
defesa e a ansiedade produzem sintomas, inibições e síndromes
psicopatológicas. Nessa visão psicanalítica, as estruturas clínicas são: neurose,
psicose e perversão. Essas estruturas se estabelecem a partir da compreensão
de cada indivíduo acerca da castração.

Neurose:
O termo Neurose foi cunhado pelo médico Suíço Willian Cullen (1769), contudo
foi no inicio do século XX que se popularizou nas teorias de Freud, para quem
as neuroses descreveriam alguns quadros psicológicos.

As neuroses são fruto de tentativas ineficazes de lidar com conflitos e traumas


inconscientes; o que a distingue da normalidade é a intensidade do
comportamento e a incapacidade do doente de resolver os conflitos internos e
externos de maneira satisfatória.

Algumas pessoas sofrem sintomas mais graves que outras, e algumas formas
de neurose são mais acentuadas, como o transtorno obsessivo-compulsivo. No
entanto, a neurose não é tão grave quanto a psicose.

A neurose seria a incapacidade do individuo de lidar com algumas questões


psicológicas como: traumas, sofrimentos, angústia, embora mantenha seu
juízo de valor preservado, diferentemente do que ocorre na psicose; nessa, a
pessoa perde a capacidade de lidar bem com a realidade e desenvolve quadros
de delírios e de alucinações, o que leva a prejuízos muito maiores ao paciente.

As neuroses constituem aquelas alterações caracterizadas por um aumento de


intensidade das “estranhezas” próprias a todo ser humano, uma amplificação
das reações que, até certo grau, são consideradas normais.
O DSM IV elimina o termo neurose por não supor nenhum mecanismo
específico que reuniria os transtornos classicamente agrupados sobre ele;
substituiu o termo por transtornos mentais “menores”; a CID 10 abandonou o
conceito de neurose.

A neurose é fruto de tentativas ineficazes de lidar com os conflitos e os


traumas inconscientes. Nelas ocorrem alguns dos mecanismos de defesa,
tais como a repressão/recalque; o indivíduo rejeita o que sabe sobre a
castração e recalca o assunto.

O ego se recusa a aceitar as pulsões do id e atua a favor do superego


ao reprimir o conteúdo conflituoso que vai para o inconsciente e se manifesta
por meio dos sintomas; esses expressam conflitos entre o desejo e a defesa.
Diante disso, os sintomas e as fantasias substituem a dor pelo medo da
castração.

Na neurose os conflitos são com o mundo interno. No centro de todas as


neuroses se encontram os mecanismos de defesa que fracassaram na
resolução de conflitos; de acordo com Henri Ey, as neuroses são transtornos
caracterizados por conflitos intrapsíquicos que inibem e perturbam as condutas
sociais; mantêm o sofrimento, a frustração, o empobrecimento e a
inadequação tanto do Eu quanto das relações interpessoais. Um distúrbio
neurótico pode ser qualquer desequilíbrio mental que cause ou resulte em
angústia.

A neurose é uma estrutura da personalidade que está intimamente ligada à


angústia. Ela cria sintomas comuns de depressão, de ansiedade ou de
estresse. A pessoa consegue manter um pensamento racional e distinguir o
certo do errado. Ela tem a necessidade de seguir as normas e fazer aquilo que
é correto, sente-se culpada quando não consegue cumprir essa expectativa. As
atividades normais do dia a dia da pessoa não se veem afetadas pela estrutura
neurótica, porém a pessoa não consegue resolver de forma satisfatória esses
conflitos internos. Quando foge à regra, precisa justificar seu comportamento
e, ainda assim, não consegue se sentir aliviada.

Na neurose, a culpa e a ansiedade fazem parte da resposta humana frente ao


vivido/ocorrido e se manifestará como um dos três tipos neurose:
● fóbica e ansiosas e reação a estresse grave – antiga neurose de
angústia;
● transtornos dissociativos, somatoformes - antiga histeria; e
● transtorno obsessivo compulsivo – antiga neurose obsessiva.

Para a psicanálise, o fenômeno do delírio ocorre tanto nas formações


patológicas neuróticas quanto psicóticas. O que é essencial para a
compreensão do fenômeno do delírio numa neurose é o conceito a ela
diretamente ligado do recalque e, mais especificamente, do retorno do
recalcado.

De Waelhens salienta a diferença da fuga da realidade na neurose daquela que


se dá nos casos psicóticos: segundo esse autor, fugir da realidade,
característica neurótica, é bem diferente de negá-la (caso da psicose). O
neurótico se afasta do real quando não pode mais fazer face ao que esse real
lhe impõe. Entretanto, ao se comportar assim, ele de fato reconhece a
realidade. Tal fuga, realizada pelo neurótico, nada tem a ver com o
desconhecimento ou a foraclusão próprios do delírio psicótico, tanto que o
neurótico a sente, ao mesmo tempo, como uma proteção e como uma
limitação insuportável de sua existência.

As manifestações de delírio não são exclusivas de quadros psicóticos e pode


estar presentes também em casos neuróticos. Embora possam ocorrem em
ambas estruturas psíquicas (neurose e psicose), os fenômenos de delírio se
diferenciam nesses quadros; considera-se basicamente (sem excluir outros
aspectos pertinentes) que, enquanto no quadro neurótico tem-se a “fuga” da
realidade, na psicose, o que ocorreria seria sua negação.
A neurose histérica é uma estrutura psíquica caracterizada por sintomas de
origem infantil a partir de um conflito psíquico recalcado. Ela é uma neurose
que tem como característica a conversão somática como peculiar na formação
de seus sintomas.

Freud teorizou alguns tipos de histeria, mas as duas principais são:

1) histeria da angústia = fobia;

2) histeria da conversão = externalizam as representações sexuais recalcadas.

A histeria está relacionada a um evento traumático (de ordem sexual), sendo a


técnica utilizada para a sua cura a de ab-reação.

A "histeria de angústia", pode vir combinada em alguma proporção com a


histeria de conversão. Existem casos de pura histeria de conversão sem
nenhum traço de ansiedade, assim como há casos de simples histeria de
angústia que exibem sentimentos de ansiedade e de fobias.

Na Neurose, basicamente, a pessoa retém ou ignora para si mesma o


problema. Ela se divide em três subestruturas:

histeria =>reclamações extenuantes que caracterizam angústia permanente;


neurose obsessiva => também há reclamações, mas nesse caso existem
tentativas de organização do ambiente a fim de fugir do problema; há angústia
de mudança) e;

fobia => nesse caso, a angústia se relaciona a uma situação específica, que
provoca tensão contínua.

O mecanismo de defesa da neurose é o recalque ou a repressão, ou seja, o


neurótico ao procurar reter ou manter ignorado o problema, mantém o
conteúdo problemático reprimido ou recalcado.

Psicose:
Perda de contato com a realidade. O psicótico sofreu uma rejeição
primordial, que consiste na expulsão de ideias ou de pensamentos próprios, os
quais passam a ser tratados como estranhos ou não acontecidos. Como efeito
dessa rejeição, pode ocorrer a cisão do eu (ego) em duas partes, uma que
é reconhecida e outra que não é reconhecida como própria.

O indivíduo rejeita a castração, o que Lacan denomina de foraclusão; o


indivíduo considera que a castração nunca existiu.

Nas psicoses há uma deterioração das funções do ego que pode comprometer,
em graus variáveis, o contato do indivíduo com a realidade; ocorre uma menor
familiaridade com a realidade externa - o indivíduo rejeita a realidade e o
Complexo de Édipo.

Os psicóticos substituem a castração por delírios e alucinações e cria


uma nova realidade (o id impõe seus impulsos). Nas psicoses, o ego se
encontra deteriorado.

A sintomatologia psicótica caracteriza-se, principalmente, pelas


alterações a nível do pensamento e da sensopercepção (ambos se
apresentam qualitativamente alterados). Consequentemente todo
comportamento e todo desempenho existencial estarão comprometidos.

Essa alteração dá ao paciente uma maneira patológica de representar a


realidade, de elaborar conceitos e de relacionar-se com o mundo objetal. Não
contam tanto as variações quantitativas de apercepção do real, mas
algo novo e qualitativamente distinto de todas nuances aceitáveis,
trata-se de algo essencialmente patológico, mórbido e sofrível.

Entre psicoses e neuroses pode-se dizer, clinicamente e grosso modo, que as


neuroses diferenciam-se das psicoses pelo grau de envolvimento da
personalidade, sendo sua desorganização e desagregação muito mais
pronunciadas nas psicoses.

O vínculo com a realidade é muito mais tênue e frágil nas psicoses que nas
neuroses; nessas a realidade não é negada, mas sim vivida de maneira mais
sofrida, valorizada e percebida de acordo com as lentes da afetividade e de
acordo com as exigências conflituais. Já nas psicoses, alguns aspectos da
realidade são negados e substituídos por concepções particulares e peculiares
que atendem unicamente às características da doença.

Para a psicanálise, a psicose é normalmente abordada em contraposição à


neurose, apesar de ser corrente na literatura que uma não é o contrário da
outra.

Na Psicose, basicamente, ao rejeitar a realidade o sujeito passa a criar versões


distorcidas dela; ela se divide em três subestruturas:
paranoia => o outro é perseguidor;
autismo => o outro “quase” não existe; e
esquizofrenia => o outro é visto de forma distorcida, por exemplo: como um
monstro).

A psicose possui como mecanismo de defesa a foraclusão ou forclusão. O


indivíduo “fora/inclui”, ou seja, a pessoa rejeita (exclui) a realidade e cria
(inclui) versões delirantes, fantasiosas ou alucinatórias.

De acordo com a CID-10, o termo "Psicótico" foi mantido como um termo


descritivo conveniente. Seu uso indica a presença de alucinações, delírios ou
de um número limitado de várias anormalidades de comportamento, tais como
excitação e hiperatividade grosseiras, retardo psicomotor marcante e
comportamento catatônico. Os sintomas são entendidos como um meio de
enfrentamento diante da situação vivenciada e, por isso, é considerado um
enfoque psicodinâmico.

NEUROSE PSICOSE
Instância dominante Superego Id
Natureza do conflito Superego x id Ideal x realidade
Natureza da angústia Castração Fragmentação
Principais defesas Recalcamento Recusa da realidade,
clivagem do ego e
projeção
Relação de objeto Genital Fusional

Perversão
Desvio da conduta sexual que não visa à genitalidade. Inicialmente o termo
era restrito ao comportamento homossexual, sadomasoquista, fetichista, entre
outras modalidades de cópula que não se orientavam pela penetração peniano-
vaginal.

Com o passar dos anos Freud começou a perceber que o perverso não aceita
ser submetido às leis paternas e, em consequência, às leis e às normas
sociais. Ele não rejeita a realidade e nem recalca os seus desejos. Ele
escolhe se manter excluído e passa a satisfazer a libido sexual consigo
mesmo (narcisismo).

O mecanismo de defesa mais atuante é a denegação/renegação da


castração. O indivíduo tem consciência das dinâmicas sociais, mas não se
submete às normas e às leis estabelecidas; seu comportamento é contrário ao
socialmente aceito.

O perverso satisfaz suas pulsões na realidade (acting out); ele crê na


onipotência: do desejo, da mãe e do falo (crê que a mãe tem um falo ou
que ele é o substituto do falo que ela não tem).

Para Freud, a neurose é o negativo da perversão. O perverso atua aquilo que o


neurótico imagina, mas que é reprimido e retorna como sintoma.

Na Perversão, a estrutura não é dividida, apesar disso inclui manifestações


como sadismo, masoquismo e fetichismo, etc. A pessoa busca o prazer de
forma contínua, praticamente de maneira desenfreada. A perversão possui
como mecanismo de defesa a denegação (a pessoa nega que suas perversões
sejam anormais ou causem sofrimento).

psicose, neurose e perversão constituem as três divisões básicas


da estrutura psíquica. Na psicose, ao rejeitar a realidade, o sujeito cria
versões distorcidas da mesma; esta estrutura possui como mecanismo de
defesa a foraclusão. Na foraclusão o indivíduo “fora/inclui”, ou seja, a
pessoa não aceita (exclui) a realidade, criando (incluindo) versões
delirantes, fantasiosas ou alucinatórias. A foraclusão, como estratégia
defensiva, indicaria também um tipo de negação que alude ao
recalcamento.

A fim de se ter uma noção de como o recalcamento funciona na


psicose, acompanhe o comentário de Coelho dos Santos e Garcia de
Oliveira (2012, p. 75) sobre a questão:

“em lugar de um sintoma conversivo no corpo (histeria) ou de ideias


obsessivas na mente (neurose obsessiva), o retorno do recalcado na
psicose dar-se-ia sob a forma de pensamentos proferidos pelas
vozes que o sujeito acredita escutar e que atribui a outras
pessoas. O eu precisa acomodar-se a esse fenômeno alucinatório, mas
só pode fazê-lo pagando o preço de romper com a realidade.”

Com base na análise realizada, ao contrário do que afirma o


enunciado, concluímos que o recalque, como um tipo de negação
atrelado a foraclusão, pode estar presente na psicose
TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO
Manifestam-se cedo no desenvolvimento, antes de a criança ingressar na
escola. Há prejuízos no funcionamento pessoal, social, acadêmico ou
profissional.

Transtornos do Espectro Autista F 84.0


Déficits persistentes na comunicação e na interação social em múltiplos
contextos (reciprocidade social; não responde aos comportamentos não
verbais tais como sorrisos e outros; habilidades para desenvolver, manter e
compreender relacionamentos), com padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses ou atividades.
Obs: espectro = mais amplo; a cor símbolo do autismo é azul.

Transtornos invasivos do desenvolvimento (CID 10)


F84 Autismo infantil

F 84.0 Desenvolvimento anormal e/ou comprometido que se manifesta antes


da idade de 3 anos (CID 10) e pelo tipo característico de funcionamento
anormal em todas as três áreas: de interação social, comunicação e
comportamento restrito e repetitivo.

O transtorno ocorre em garotos três ou quatro vezes mais frequentemente que


em meninas.

F84.1 Autismo atípico.

F84.2 Síndrome de Rett => os meninos com essa síndrome morrem muito
cedo; as menias, até por volta dos 6 meses de idade terão desenvolvimento
normal, quando cessa esse desenvolvimento e começam a surgir as
características do autismo.
F84.5 Síndrome de Asperger => mais comum no sexo masculino; são autistas
com maior adaptação funcional, embora apresente dificuldades nos
relacionamentos interpessoais. O nível razoável de funcionamento nas
atividades se dá pela persistência deles nas tarefas a serem realizadas.

Os sintomas devem estar presentes no período de desenvolvimento (dos 12


aos 24 meses de idade), mas podem não se tornar manifestos até mais
tarde ou podem ser mascarados por estratégias aprendidas; além disso,
algumas pessoas somente aparecem para o diagnóstico na vida adulta.
Os primeiros sintomas frequentemente envolvem atraso no desenvolvimento
da linguagem + ausência de interesse social ou interações sociais incomuns.

Costuma haver comorbidade com deficiência intelectual e transtorno estrutural


da linguagem; para o diagnóstico diferencial observar se a comunicação social
está abaixo do esperado para o nível geral de desenvolvimento e com os
seguintes transtornos: Síndrome de Rett, Mutismo seletivo, Deficiência
intelectual, Transtorno do movimento estereotipado, TDAH, Esquizofrenia.

Os déficits motores em geral estão presentes. Podem ocorrer autolesões e


comportamentos disruptivos/desafiadores. Adolescentes e adultos são
propensos à ansiedade e à depressão; nos primeiros, há maior risco de
catatonia mórbida.

Não é um transtorno degenerativo; é comum a aprendizagem e a


compensação ocorrerem ao longo da vida.
O melhor prognóstico é a ausência de deficiência intelectual, linguagem
funcional por volta dos 5 anos de idade e de outros problemas de saúde
mental.

A prevalência é de 1% na população em geral e 3 a 4 vezes maiores no sexo


masculino.

Obs: qualquer alteração no ambiente é amplamente sentido pelo autista.


O diagnóstico de TEA tem se expandido para a vida adulta. Seu critério
diagnóstico contempla, segundo o DSM V: déficits persistentes na comunicação
social e na interação social em múltiplos contextos; padrões restritos e
repetitivos de comportamento, interesses ou atividades; os sintomas devem
causar prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional
ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo no presente e essas
perturbações não devem ser mais bem explicadas por deficiência intelectual
(transtorno do desenvolvimento intelectual) ou por atraso global do
desenvolvimento.

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, transtorno que afeta milhões de


pessoas no mundo inteiro, é celebrado no dia 02 de abril. Sobre os critérios
essenciais para o diagnóstico desse transtorno, presentes nas suas diferentes
formas de manifestação: padrões restritos e repetitivos de comportamento;
déficits na comunicação e na interação social e surgimento dos sintomas na
primeira infância.

TDAH Na CID-10, F90.0 Perturbação da atividade e atenção.

Padrão persistente de desatenção, desorganização e/ou


hiperatividade/impulsividade.
A desatenção e a desorganização se manifestam como divagação em tarefas
com incapacidade de se manter nela; falta de persistência; dificuldade de
manter o foco; aparência de não ouvir e perda de materiais em níveis
inconsistentes com a idade ou o nível de desenvolvimento.

A hiperatividade se refere à atividade motora excessiva; nos adultos, pode se


manifestar como inquietude extrema ou esgotamento dos outros com sua
atividade.

A impulsividade se refere a ações precipitadas que ocorrem no momento, sem


premeditação e com elevado potencial para dano à pessoa (ex: atravessar a
rua sem olhar para os lados); a impulsividade pode ser reflexo de um desejo
de recompensas imediatas ou de incapacidade de postergar a gratificação.
O TDAH começa na infância, antes dos 12 anos de idade e as manifestações do
transtorno deve estar presente em mais de um ambiente. Não há marcador
biológico que seja diagnóstico de TDAH.

A prevalência é de 5% em crianças e de 2,5% em adultos e mais comum no


sexo masculino.

Esse transtorno está associado a desempenho escolar e sucesso acadêmico


reduzido, rejeição social e, nos adultos, piores desempenhos, sucesso e
assiduidade no campo profissional e maior possibilidade de desemprego, além
de altos níveis de conflito interpessoal.

As crianças com TDAH têm mais tendência a desenvolver transtorno de


conduta na adolescência e de personalidade antissocial na vida adulta, além de
aumento na possibilidade de desenvolver transtorno por uso de substância.

Diagnóstico diferencial => Transtorno de oposição desafiante, Transtorno


explosivo intermitente, Outros transtornos do neurodesenvolvimento,
Transtorno específico de aprendizagem, Deficiência intelectual, Transtorno do
espectro autista, Transtorno de apego reativo, Transtorno de ansiedade,
Transtornos depressivos, TAB, Transtorno disruptivo da regulação do humor,
Transtorno por uso de substâncias, Transtorno de personalidade, Transtorno
psicóticos, Sintomas de TDAH induzido por medicamentos e Transtornos
neurocognitivos.

Comorbidades => Transtorno de oposição desafiante, transtorno da conduta,


transtorno disruptivo da regulação do humor, transtorno específico da
aprendizagem, transtorno de ansiedade e depressivo maior (minoria dos
casos), transtorno explosivo intermitente (na minoria dos adultos) e
transtornos de personalidade antissocial (nos adultos).

Um psicólogo escolar e educacional que trabalhe em uma instituição na qual


existam estudantes com diagnóstico de TDAH precisa atuar como mediador, de
modo a propiciar reflexões sobre os riscos da banalização diagnóstica e sobre a
articulação entre condições individuais, sejam essas orgânicas ou não, e
aspectos relativos à dinâmica da instituição e às relações indivíduo-sociedade.

Davi busca ajuda médica por vivenciar dificuldades em administrar o seu


tempo, em concluir suas atividades, e em cumprir prazos estipulados pelos
professores, o que tem interferido em seu desempenho acadêmico. Tal quadro
tem provocado sofrimento a Davi, que tinha expectativas de apresentar alto
rendimento na universidade. O jovem foi diagnosticado com transtorno de
déficit de atenção. Um dos critérios diagnósticos desse transtorno, segundo o
DSM V, é: o relato de sintomas de desatenção e/ou hiperatividade-
impulsividade presentes antes dos 12 anos de idade.

Transtorno de Tourette (F95.2) No DSM está classificado nos transtornos de


tique.
Múltiplos tiques motores e vocais; presentes por pelo menos um ano e com um
curso sintomático de remissões e de recorrências ao longo de 1 ano.

A Síndrome de Tourette é um quadro psicopatológico de baixa incidência, que


afeta profundamente o desenvolvimento da criança e tem profundas
repercussões sobre seus familiares, ela é é diagnosticada devido à
identificação de sintomas motores e verbais.

Em geral, são sintomas comportamentais prodrômicos evidentes antes ou


coincidem com o início dos tiques no Transtorno de Tourette: irritabilidade,
dificuldades de atenção e baixa tolerância à frustração.

Transtorno do desenvolvimento intelectual (def. intelectual)


Déficits em capacidades mentais genéricas (Critério A);
Prejuízo na função adaptativa diária na comparação com indivíduos pareados
para idade, gênero e aspectos socioculturais (Critério B);
O início ocorre durante o período do desenvolvimento (Critério C).
Atraso Global do Desenvolvimento: menos de 5 anos de idade; fracassa em
alcançar os marcos do desenvolvimento; nível de gravidade clínica não pode
ser avaliado de modo confiável durante a primeira infância.

Os transtornos tipicamente se manifestam em geral antes da criança ingressar


na escola. Neste sentido, é correto afirmar que a edição mais recente do
Manual Diagnóstico e Estatístico DSM V (2015), abarca na Seção dos
Transtornos do Neurodesenvolvimento as seguintes patologias:
Deficiências Intelectuais: Deficiência Intelectual (Transtorno do
Desenvolvimento Intelectual), Atraso Global do Desenvolvimento e Deficiência
Intelectual (Transtorno do Desenvolvimento Intelectual) Não especificada;
Transtornos da Comunicação: Transtorno da Linguagem, Transtorno da Fala,
Transtorno da Fluência com início na infância (Gagueira), Transtorno da
Comunicação Social (Pragmática) e Transtorno da Comunicação Não
Especificado; Transtorno do Espectro Autista: Transtorno do Espectro Autista;
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade: Transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade, Outro Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade
Especificado e Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade Não
Especificado; Transtorno Específico da Aprendizagem: Transtorno Específico da
Aprendizagem; Transtornos Motores: Transtorno do Desenvolvimento da
Coordenação, Transtorno do Movimento Estereotipado e Transtornos de Tique,
incluindo o Especificado e Não Especificado.

F91.3 Transtorno desafiador de oposição


Crianças abaixo da idade de 9 ou 10 anos. É definido pela presença de
comportamento marcantemente desafiador, desobediente e provocativo e pela
ausência de atos antissociais ou agressivos mais graves, que violem a lei ou os
direitos de outros. Roubo, crueldade, intimidação, agressão física e
destrutividade, crueldade com animais e com os cuidadores de si.

Transtornos comuns na infância:


TEA => As características essenciais são a presença de um desenvolvimento
acentuadamente anormal ou prejudicado na interação social e comunicação
(com atrasos significativos na linguagem) e um repertório marcantemente
restrito de atividades e interesses. As manifestações do transtorno variam
imensamente, dependendo do nível de desenvolvimento e idade cronológica do
indivíduo.

Transtorno de ansiedade de separação => A característica essencial é a


ansiedade excessiva envolvendo o afastamento de casa ou de figuras
importantes de vinculação. Esta ansiedade está além daquela esperada para o
nível de desenvolvimento do indivíduo.

TDAH => A característica essencial é um padrão persistente de desatenção e/


ou hiperatividade, mais frequente e severo do que aquele tipicamente
observado em indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento. Alguns
sintomas hiperativo-impulsivos que causam prejuízo devem ter estado
presentes antes dos 7 anos, mas muitos indivíduos são diagnosticados depois,
após a presença dos sintomas por alguns anos.

Transtorno desafiador opositivo => A característica essencial é um padrão


recorrente de comportamento negativista, desafiador, desobediente e hostil
para com figuras de autoridade, que persiste por pelo menos 6 meses e se
caracteriza pela ocorrência frequente de pelo menos quatro dos seguintes
comportamentos: perder a paciência, discutir com adultos, desafiar ativamente
ou recusar-se a obedecer a solicitações ou regras dos adultos,
deliberadamente fazer coisas que aborrecem outras pessoas, responsabilizar
outras pessoas por seus próprios erros ou mau comportamento, ser suscetível
aos outros ou facilmente aborrecido por eles, mostrar-se enraivecido e
ressentido, ou ser rancoroso ou vingativo.
Transtorno específico da aprendizagem
Dificuldades na aprendizagem e no uso de habilidades acadêmicas, com pleo
menos um dos sintomas abaixo e por período superior a 6 meses: leitura de
palavras de forma imprecisa ou lenta, dificuldade de compreensão da leitura,
dificuldade em ortografia, dificuldades com a expressão escrita (ex: múltiplos
erros de gramática), dificuldades frente ao senso numérico, fatos numéricos ou
cálculo e dificuldades no raciocínio (grande dificuldade de aplicar conceitos,
fatos ou operações matemáticas).

Deve ser explicitado se: com prejuízo na leitura (precisão, velocidade e


compreensão; genericamente é dislexia); com prejuízo na expressão escrita
(precisão na ortografia, na gramática e na pontuação, clareza ou organização
da expressão escrita); prejuízo na matemática (senso numérico, memorização
de fatos aritméticos, precisão ou fluência de cálculo e no raciocínio
matemático; genericamente, discalculia).

Sua origem é biológica (fatores genéticos, epigenéticos e ambientais). Esse


transtorno está associado a aumento de ideação e tentativa de suicídio em
todas as faixas etárias. A prevalência é de 5 a 15% entre crianças em idade
escolar e mais comum no sexo masculino.

Diagnóstico diferencial => variações normais do desempenho acadêmico,


deficiência intelectual, dificuldades de aprendizagem devidas a problemas
neurológicos ou sensoriais, transtornos neurocognitivos, TDAH e transtornos
psicóticos.

Comorbidades => transtornos do neurodesenvolvimento (p. ex., TDAH,


transtornos da comunicação, transtorno do desenvolvimento da coordenação,
transtorno do espectro autista) ou com outros transtornos mentais (p. ex.,
transtornos de ansiedade, transtornos depressivo e bipolar).

Transtorno específico de leitura F 81.0


O aspecto principal desse transtorno é um comprometimento específico e
significativo no desenvolvimento das habilidades de leitura, o qual não é
unicamente justificado por idade mental, problemas de acuidade visual ou
escolaridade inadequada. A habilidade de compreensão da leitura, o
reconhecimento de palavras na leitura, a habilidade de leitura oral e o
desempenho de tarefas que requerem leitura podem estar todos afetados.
Dificuldades para soletrar estão frequentemente associadas a transtorno
específico de leitura e muitas vezes permanecem na adolescência, mesmo
depois de que algum progresso na leitura tenha sido feito.

Crianças com transtorno específico de leitura, seguidamente têm uma história


de transtornos específicos do desenvolvimento da fala e linguagem, e uma
avaliação abrangente do funcionamento corrente da linguagem muitas vezes
revela dificuldades contemporâneas sutis. Em adição à falha acadêmica,
comparecimento escolar deficiente e problemas com ajustamento social são
complicações assíduas, particularmente nos últimos anos do primário e do
secundário, A condição é encontrada em todas as linguagens conhecidas, mas
há incerteza se a sua frequência é afetada ou não pela natureza da linguagem
e do manuscrito.
As dificuldades emocionais são secundárias às dificuldades de leitura.
Esse transtorno inclui dislexia do desenvolvimento e exclui alexia e dislexia
adquirida.
Alexia Agnósica é uma espécie de transtorno na escrita (Afasia Gráfica,
Agrafia) em que predomina a dificuldade de integração das percepções visuais
=> ela corresponde a uma dificuldade maior para a identificação das palavras
(compreensão global) do que para a identificação de letras isoladas.

A leitura tende a ser literal ou escandida. O indivíduo utiliza o dedo para a


identificação das letras e a identificação das palavras soletradas é satisfatória.
Nesses pacientes a cópia é imperfeita, ainda que a escrita espontânea ou
ditada seja satisfatória. A alexia agnósica está frequentemente associada a
outras manifestações de agnosia visual, notadamente a agnosia para as cores.

Alexia Afásica
Ocorre quando está prejudicada a utilização de mensagens em função de seu
valor simbólico em termos de linguagem; ela determina uma maior dificuldade
para o entendimento de letras que de palavras, essas dotadas de uma
significação que facilita sua identificação.

A leitura é global e os erros resultam de uma interpretação falsa da forma


geral da palavra. Para o aléxico afásico a divisão em sílabas é difícil e a escrita
espontânea e ditada apresenta os caracteres de uma agrafia afásica. A cópia é
possível, porém o paciente apresenta dificuldade em reler.

Alexia Pura

Caracteriza-se por uma perda eletiva de identificação da linguagem escrita, na


ausência de qualquer outra forma de afasia. As características gerais são as
mesmas de uma alexia agnósica e ocorrem, quase sempre, manifestações
associadas de agnosia visual, principalmente agnosia para cores e para formas
geométricas. A lesão responsável se localiza no giro lingual e no giro fusiforme
do hemisfério dominante, mas atinge também o esplênio do corpo caloso.

Transtorno misto de habilidades escolares


Envolve significativo comprometimento nas habilidades de aritmética e de
leitura ou de soletrar. Leandro não apresenta dificuldade em aritmética.

Transtornos não especificados do desenvolvimento das habilidades


escolares
Essa categoria diagnóstica é usada apenas para transtornos nos quais há uma
incapacidade significativa de aprendizado que não pode ser justificada
unicamente por retardo mental, problemas de acuidade visual ou escolaridade
inadequada.

TRANSTORNOS DO DESENVOLVIMENTO E DA COORDENAÇÃO


Transtornos de Tique (de forma geral).
Os tiques podem ser simples ou complexos. Os simples tem duração breve
(milissegundos), enquanto que os complexos chegam a durar segundos.
Os tiques complexos podem se apresentar sob as seguintes formas:
copopraxia => parecem-se com gestos sexuais ou obscenos;
ecopraxia => imitação de outra pessoa;
palilalia => repetição dos próprios sons ou palavras;
ecolalia => repetição da última frase ouvida; e
coprolalia => enunciação de palavras socialmente inaceitáveis.
Nos adultos, o surgimento dos tiques é raro e está associado a exposição à
droga (especialmente uso excessivo de cocaína) ou é resultado de lesão no
sistema nervoso central.
São comuns em crianças (Transtorno de Tourette) e a prevalência é de 3 a
8/1000; é mais comum em meninos e surge entre os 4 e 6 anos de idade,com
pico de gravidade dos 8 aos 12 anos, com declínio na adolescência.

Os fatores de risco são: temperamentais, genéticos e fisiológicos e ambientais;


o diagnóstico diferencial deve ser feito entre: movimentos anormais que
podem acompanhar outras condições médicas e transtorno do movimento
estereotipado, discinesias induzidas por substâncias e discinesias paroxísticas,
mioclonia, TOC e transtornos relacionados.
Em geral, ocorre comorbidade com TDAH e TOC.

Transtorno de Tourette F 95.2


A. Múltiplos tiques motores e um ou mais tiques vocais estiveram presentes
em algum momento durante o quadro, embora não necessariamente ao
mesmo tempo.
B. Os tiques podem aumentar e diminuir em frequência, mas persistiram por
mais de um ano desde o início do primeiro tique.
C. O início ocorre antes dos 18 anos de idade.
D. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p.
ex., cocaína) ou a outra condição médica (p. ex., doença de Huntington,
encefalite pós-viral).
TRANSTORNOS DA FALA

Bradilalia consiste em uma diminuição da velocidade de expressão, como


resultado da lentidão dos processos psíquicos e do curso do pensamento.

Logorreia é a compulsão para falar, loquacidade exagerada que se nota em


determinados casos de neurose e de psicose, como se o paciente quisesse dar
vazão ao grande número de ideias que passam por sua cabeça; logomania,
verborragia.

Dislalia consiste na má pronúncia das palavras, seja omitir ou acrescentar


fonemas, trocar um fonema por outro ou ainda distorcê-los.

Verbigeração é a repetição incessante, durante dias, semanas e até meses, de


palavras e de frases pronunciadas em tom de voz monótono, declamatório ou
patético.

Ecolalia é a repetição, como um eco, do que as pessoas dizem, com eliminação


de qualquer evidência de entendimento do que foi mencionado e com perda da
fala espontânea.

Mussitação é a expressão da linguagem em voz muito baixa; o enfermo


movimenta os lábios de maneira automática, produz murmúrio ou som
confuso. É um sintoma próprio da esquizofrenia.

Afasia é a perturbação da linguagem caracterizada pela perda parcial ou total


da faculdade de exprimir os pensamentos por sinais e de compreendê-los, o
que causa incompreensão da palavra falada e a impossibilidade, em grau
variável, de ler ou de escrever.
Tipos de transtornos de personalidade
O DSM-5 divide os dez tipos de transtornos de personalidade em três grupos
(A, B, e C), com base em características semelhantes. Mas a utilidade clínica
desses grupos não foi estabelecida.

Classificam-se nos transtornos de personalidade, as seguintes nosologias


psiquiátricas: esquizoide, antissocial, narcisita, histriônico, borderline, esquiva,
dependente e obsessivo-compulsivo.

TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE CONFORME CARACTERÍSTICAS


PSICODINÂMICAS

Padrões Preocupaçõ Afetos Crenças Crenças Principais


constituicio es/tensões centrais patogênmic patogênicas modos
nais/matur centrais as sobre si sobre os defensivos
acionais mesmo outros
predisponen
tes
Transtorno Hipersensívei Medo/desejo Dor Depender, O mundo Isolamento
da s de intimidade emocional amar ou social é (tanto físico
personalidade Tímidos intensa gostar intrusivo e quanto na
esquizóide Hiper- quando são perigosos perigosament fantasia)
reativos estimulados: e Preocupações
tentativa de fusionante idiossincrátic
supressão as
das emoções
Transtorno Irritabilidade Atacar/ser Medo Ódio, O mundo Projeção
da Agressividade atacado; Raiva agressão e está cheio de Identificação
personalidade humilhar/ Vergonha dependência potenciais projetiva
paranoide ser Desprezo são perigosos agressores e Negação
humilhado exploradores Formação
reativa
Transtorno Agressividade Manipular/ser Raiva, inveja Faço Todos são Controle
da , manipulado acontecer o egoístas, onipotente
personalidade indiferença que manipuladore
psicopática emocional eu desejar s, desonestos
(anti- e corruptos
social)*:
a)passivo/par
asitária
b) agressiva
Transtorno Dados Auto-estima Vergonha, Preciso ser As pessoas Idealização
da imprecisos inflada/ desprezo, perfeito admiram Desvalorizaçã
personalidade diminuída inveja para ser riqueza, o
narcisista: amado beleza, fama
a)arrogante e poder:
b) deprimida quanto mais
tiver disto,
melhor me
sentirei
Transtorno Desconhecido Infligir/sofrer Ódio, Tenho direito Os outros Alheamento
da s humilhações/ desprezo, de ferir/ existem como Controle
personalidade indignidades prazer humilhar os objetos para onipotente
sádica e (excitação outros serem Reversão de
sadomasoqui sádica) dominados papéis
sta Encenações
Transtorno Desconhecido Sofrer/perder Tristeza, Mostrando As pessoas só Introjeção
da s relacionamen raiva, culpa que sofro, prestam Identificação
personalidade to demonstro atenção e se introjetiva
masoquista: significativo superioridade interessam Voltar a
a)moral moral ou pelos que agressão
b) relacional consigo sofrem contra
manter meus si mesmo
relacionamen Moralizar
tos
Transtorno Vulnerabilida Sentir-se Tristeza, Há algo Quem Introjeção
da de genética uma pessoa culpa, essencialmen realmente me Reversão de
personalidade para boa/má vergonha te conhecer vai papéis
depressiva: alterações do Solidão/proxi Elação, raiva; mau ou me rejeitar Idealização
a)introjetiva humor midade tristeza e incompleto Posso seduzir dos outros
b) anaclítica Hipertimia Triunfar/sucu pesar na minha os outros Autodesvalori
c)hipomaníac mbir ao inconscientes pessoa de forma que zação
a pesar/luto Se parar de não Negação
correr e vejam Idealização
me minhas de si mesmo
aproximar de inadequações Desvalorizaçã
alguém e não me o dos
serei rejeitem outros
traumaticame
nte
abandonado;
assim, fujo
antes
Transtorno Fragilidades Integridade/f Desconforto Sou frágil, Os outros são Somatização
da físicas, ragmentação generalizado, vulnerável e poderosos, Regressão
personalidade doenças do ego raiva corro risco saudáveis e
de precoces, corporal (inferida), constante indiferentes
somatização relatos alexitimia de morrer aos mais
clínicos de e dificuldade fracos
abusos de
físicos e/ou reconhecer
sexuais emoções
Transtorno Placidez/“soci Manter/perde Prazer Sinto-me Os outros são Regressão
da ofilia” r quando inadequado, poderosos Evitação
personalidade Desconhecido relacionamen apegado/ necessitado e e preciso dos Reversão de
dependente s; talvez tos medo e impotente seus papéis
a)passivo- irritabilidade Tolerância/vi tristeza O único cuidados Projeção da
agressivo e ngança quando só caminho para Todos só própria
b) agressividade de maus- Raiva, a dignidade é querem que negatividade
contradepend Desconhecido tratos ressentiment sabotar eu me sobre os
ente s; talvez Demonstrar oe o êxito dos submeta às outros
mais que não prazer em outros suas Externalizaçã
agressivos depende de encenações Não preciso regras o
que os ninguém de hostilidade de ninguém Os outros Racionalizaçã
manifestame (depender é Desprezo, dependem o
nte vergonhoso) negação de de mim e Negação
dependentes emoções de solicitam que Negação
“fraqueza” eu seja Reversão de
(medo, “forte” papéis
tristeza, Encenações
inveja,
saudades
Transtorno Predisposição Segurança/pe Medo Sinto-me Pessoas mais Simbolização
da à timidez; rigo em Desprezo/neg seguro se poderosas Deslocament
personalidade ansiedade relação a ação do evitar podem o
fóbica Desconhecido objetos medo certos magicamente Projeção
(evitativa)* s específicos perigos me manter Racionalizaçã
a)contrafóbic Segurança/pe específicos seguro o
a rigo Posso Os outros se Evitação
enfrentar assustam Negação
qualquer fácil e Formação
coisa sem admiram reativa
sentir minha Projeção
medo coragem
Transtorno Temperament Segurança/pe Medo Sinto-me em Os outros são Fracasso das
da o tímido rigo perigo fontes ou defesas
personalidade ou ansioso constante, de perigo ou contra a
ansiosa ameaçado de proteção ansiedade
por forças Ansiedades
desconhecida arraigadas
s podem ser
defesas
contra
ansiedades
específicas
mantidas
inconscientes
Transtorno Irritabilidade Submissão/re Raiva, medo, Minha Os outros Isolamento
da Organização belião vergonha, agressão é tentam me afetivo
personalidade Meticulosidad contra culpa perigosa e controlar e Formação
obsessivocom e autoridades precisa ser devo resistir reativa
pulsiva: Perfeccionism controladoras mantida sob a isso Intelectualiza
a)obsessiva o controle ção
b) Moralismo
compulsiva
Transtorno Sensibilidade, Poder e Medo, Meu gênero Pessoas do Regressão
da “sociofilia” sexualidade vergonha, me torna meu próprio Repressão
personalidade sobre o culpa fraco, gênero não Conversão
histérica próprio (sobre castrado, têm valor; Sexualização
(histriônica)* gênero competição) vulnerável as do outro Atuação
: e sobre o gênero
a)inibida outro gênero são
b) dramática poderosas,
excitantes,
potencialmen
te
exploradoras
e agressivas
Transtorno Capacidade Percepção/ne Medo Sinto-me Os outros são Dissociação
da para gação dos Raiva pequeno, abusadores,
personalidade autohipnose; traumas fraco exploradores
dissociativa traumas e exposto a ou salvadores
(transtorno físicos traumas
dissociativo e/ou sexuais recorrentes
de precoces,
identidade)* graves e
repetidos
*Os títulos entre parênteses correspondem aos diagnósticos equivalentes ao DSM-IV.

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DA PERSONALIDADE


Organização Organização Organização
borderline (*) neurótica normal
Identidade Percepção incoerente de si Percepção coerente de si Sentimento integrado de si
mesmo (self ) e dos outros mesmo mesmo
e dos outros; investimento e dos outros; investimento
em trabalho e lazer em trabalho e lazer
presentes presentes
Defesas Defesas primitivas Defesas mais maduras, Defesas mais maduras,
usadas usadas
com rigidez com flexibilidade
Teste de realidade Empatia variável e oscilante Percepção acurada do self Percepção acurada do self
com os critérios sociais da vs. vs.
realidade; não-self; interno vs. não-self, interno vs.
falta de tato e sutileza externo; externo;
empatia estável com os empatia estável com os
critérios critérios
sociais da realidade sociais da realidade
Agressão Agressão contra si e contra Agressão inibida; crises de Modulação da raiva;
os raiva seguidas de culpa autoafirmação
outros; ódio exacerbado nos adequada
casos mais graves
Valores Sistema de valores Excessivos sentimentos de Estáveis, independentes,
internalizados contraditório; culpa; rigidez ao lidar individualizados
incapacidade de viver consigo
de acordo com os próprios mesmo
valores; ausência
significativa
de certos valores
Relações de objeto Relações interpessoais Algum grau de inibição Relações profundas e
perturbadas; sexual duradouras
relações sexuais ausentes ou dificuldades em integrar com os outros; intimidade
ou caóticas; modelos sexualidade com amor; sexual combinada com
mentais confusos sobre relacionamentos profundos ternura; modelos
relacionamentos; com os outros; conflitos operacionais
interferência específicos de relacionamento
grave nas relações e focais com algumas coerentes
amorosas pessoas significativas
Transtornos da
personalidade
DSM-V PREENCHER COM
BASE NELE
PDM Ciclotímico Depressivo-masoquista
Hipocondríaco histérico
Hipomaníaco
Narcisista maligno
Sadomasoquista
*Kernberg subdivide o nível de organização borderline de personalidade entre pacientes de organização
superior e inferior (high borderline level of personality organization e low borderline level). Sugere
gradações de intensidade entre os diferentes níveis, isto é, os TPs evitativo, dependente e
histérico/histriônico podem variar entre níveis “neuróticos” e “borderline superior” de funcionamento; o
TP narcisista varia entre níveis “borderline superior e inferior (narcisismo maligno)”; os TPs paranóide,
esquizóide e borderline variam entre níveis “inferiores e superiores de organização da personalidade”; e
os TPs esquizotípico e anti-social entre níveis “borderline inferior” e os de “psicose atípica”. Essa
variabilidade de níveis teria implicação em diferentes indicações terapêuticas.

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