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Sobre as Linhagens de Atuação na Umbanda I

Vibrando em escalas ou freqüências completamente diferentes umas das outras, porém interconectados
entre si, os Guias se agrupam em Linhagens ou “Falanges”, as quais reúnem centenas, por vezes milhares de
Espíritos sintonizados e permeados por um mesmo propósito. Esses se encontram reunidos segundo um campo
de ação específico, que em razão dos padrões de ressonância que abarcam, acostamos ao Plano dos Orixás,
sendo fato conhecido que o trabalho espiritual dessas Entidades a nível astral é muito maior do que aquele
realizado a nível físico, onde também se manifestam suas Falanges em roupagem astral diversa e cujo trabalho
visa o auxílio direto a encarnados e desencarnados através dos mais diferentes processos.
A Umbanda constitui uma Doutrina Espiritual hierárquica, simbólica, iniciática e ajustadora, que centraliza
sua estrutura energética e seu simbolismo em meio à Natureza e aos Princípios estabelecidos pela Lei de Causa e
Efeito, juntamente com suas manifestações como foco de sua expressão espiritual. Em sua estrutura, todas as
Falanges expressam ou se relacionam com o próprio movimento dos reinos naturais, existindo um rico e
complexo simbolismo por detrás de todas as suas argumentações.
Ao interno desse complexo sistema, vamos encontrar as denominadas Vibrações Originais (Oxalá, Ogun,
Oxóssi, Xangô, Yorí, Yemanjá, Obaluaiê) por meio das quais se manifestam mais diretamente os próprios Guias
em três roupagens distintas, consideradas “essenciais”, reconhecidas nos Pretos-Velhos, nos Caboclos e nas
Crianças, essa última, em realidade, uma das Hierarquias da própria Linhagem do Oriente, encoberta sob uma
roupagem astral diferente, necessária para explicar o contexto evolutivo da Umbanda.
Em Umbanda, damos o nome de “Ternário de Manifestação” a dois Princípios que se encontram em
estreita afinidade com sua estrutura. O primeiro Ternário consiste na representação esotérica e simbólica das três
roupagens Fluídicas adotadas pelas Linhas de atuação, a saber: Pretos-Velhos, Caboclos e Crianças, sendo que
essa última posição era ocupada anteriormente pela “Linhagem do Oriente” e somente posteriormente passou a
ser considerada do ponto de vista atual.
O segundo é aquele que estabelece e considera as relações dos seres Espirituais que militam ao interno das
Hostes da Umbanda, reconhecendo-os como Guias Autênticos ou “Raiz”, Guias Missionários (categoria que
abarca as Entidades Estacionárias) e Guias Sacrificiais, advindo desse conceito um enorme desentendimento por
parte dos próprios mediadores e Dirigentes que muitas vezes não chegam a consenso algum.
O primeiro conceito simbólico que fora utilizado para expressar o sentido de evolução abarcado pelo
simbolismo da criança (Yorí) do homem adulto (Caboclos) e do velho (Pretos-Velhos) ou seja, a inocência, a
maturidade e a sabedoria, não deveria ter permanecido como “regra absoluta” ao interno da estrutura da
Umbanda, uma vez que esbarra em diferentes fatores que necessitariam ser explicados segundo os argumentos
que envolvem.
Do ponto de vista estabelecido pela própria Corrente Astral da Umbanda, podemos considerar todas as
manifestações de suas Linhagens como “roupagens fluídicas”, ainda que denominemos “Originais”, aquelas
quatro que melhor exemplificam seu sentido de evolução, o que não estaria completo sem a presença dos
Guardiões reconhecidos nos Exús. Assim, Boiadeiros, Marinheiros e Ciganos, as três principais Linhagens de
“Povos” da Umbanda, também constituem roupagens fluídicas, não afirmando, no entanto, a pertença real
desses seres espirituais àquilo que se supõe que sejam em razão das denominações que carregam.
Assim, é certo que Boiadeiros não correspondem à Espíritos homônimos, da mesma forma que
Marinheiros, Ciganos e outras denominações. No caso dos Exus, ainda que possamos considerar sua roupagem
do ponto de vista generalizado, esses se manifestam quase sempre tais quais são, obedecendo, no entanto, ao
simbolismo impresso em cada uma das suas Legiões, o que nos permite diferenciá-los como nenhuma outra
Linhagem por Grupamentos distintos, cujo simbolismo se encontra impresso em suas nomenclaturas.
Dessa forma, valendo-se de alguns exemplos, os Gira Mundo, pelo simbolismo espiritual que carregam são
todos carecas. Isso não tem nada o que haver com sendo estético, mas com o simbolismo que carregam e que
evoca a despersonalização do Espírito. Na mesma direção temos os Exus das Sete Poeiras, sendo que os últimos,
no entanto, trazem uma tatuagem evidente e emblemática no alto de suas cabeças, sendo esse um sinal de
identificação e reconhecimento astral. Os Exus da Meia-Noite portam os cabelos compridos; os Exus das Sete
Capas estão sempre encapuzados; os Sete Tronqueiras endossam somente o escarlate em suas vestes; e os Sete
Ventanias se apresentam como a única Linhagem cujos expoentes se apresentam à visão astral munidos de asas
negras, embora essas não existam com uma realidade.
O Princípio Trino também pode ser representado pelos Pretos-Velhos, os Caboclos e os Exus em suas
roupagens fluídicas, aludindo ao sentido de manifestação da Ordem e da Sabedoria (Pretos-Velhos), da
Disciplina e Retidão (Caboclos), da Lei e da Justiça (Exus), sendo esse, a meu ver, o modelo que melhor expressa
as relações diretas da Umbanda em sua concepção trina, ainda que muitos insistam em deixar os Exus de fora,
em consequência das múltiplas e diferentes razões, justificáveis ou não que os abarcam, mas, sobretudo, em face
aos distorcidos conceitos que lhes atribuem.
A denominada Linhagem de Yorí, ao interno da qual estariam sediadas as Entidades a que denominamos
“Crianças”, nunca fora de fato compreendida à luz de seu real simbolismo. Primeiro que esses seres espirituais
não são crianças no sentido literal do termo, donde devemos deixar cair por terra toda conceituação
excessivamente poética e até fantasiosa que os envolvem.
“Criança” era para ser uma representação simbólica daqueles Espíritos Sacrificiais que alcançaram
determinados estágios na escala evolutiva e que, portanto, perderam todos os nomes, retornando ao estado de
inocência, ou seja, puros, iluminados e já não mais necessitados dos processos de ajuste, livres como se
encontram, por hora, da cadeia de reencarnações no orbe terrestre.
Esses Espíritos (Sacrificiais) superaram as formas de suas múltiplas existências pretéritas e em suas atuais
missões sacrificiais se preparam para adentrarem no “Plano dos Messias” em mestrado maior. Alguns de fato se
apresentam com a roupagem fluídica de Pretos-Velhos, Caboclos e até Guardiões de 3º Plano, ou seja, que
alcançaram os estágios mais adiantados de suas respectivas missões.
A “Criança” que os mediadores incorporam, em realidade se encaixam em quatro outros conceitos: os
Guias Sacrificiais autênticos em fase de purificação; a “reação dissociativa”, referente aos processos anímicos
naturais e que nenhum prejuízo de fato acarretam ao mediador; aquele das Entidades Estacionárias em fase
superior de auxilio e ajustamento; e a ideoplastia dos próprios Guias de atuação do mediador (Pretos-Velhos,
Caboclos e Exus) que assumem tais roupagens no decurso dos processos de incorporação.
O primeiro conceito não é comum de ser observado e diz respeito aos Espíritos de considerada evolução
que se encontram prestes a adentrarem na condição de “Sacrificiais”, ou seja, liberados por um tempo
imprecisado da cadeia de renascimentos, após terem alcançados estágios elevados em sua evolução kármica.
Assim, silenciosamente, desprovidos de nomes e identidades, assumindo a roupagem fluídica de Pretos-Velhos,
Caboclos e Crianças, cumprem os últimos ajustes purificatórios em caráter missionário, para em seguida serem
alçados a outras condições e dimensões, passando ao Plano dos Messias, não devendo o conceito, no entanto,
ser acostado ao mesmo significado do termo adotado para Jesus.
Advinda do judaísmo, a palavra Messias, do hebraico Mashíyach, “O Consagrado”, em sentido espiritual
alude àqueles Espíritos que estão prestes a adentrarem no ciclo superior da evolução que transcende unicamente
a esfera terrena, sendo admitidos em outras Hierarquias e passando a ocuparem condições bastante elevadas,
auxiliando diretamente no Plano dos Arquitetos ou “Edificadores” Espirituais responsáveis pela organização, a
direção e a manutenção do equilíbrio das diferentes estruturas que envolvem o Orbe, mas também outros
mundos, onde seguramente irão reencarnar como Instrutores, auxiliando na evolução de suas raças ainda em
aprimoramento.1

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Assim, caso estejam destinados a serem encaminhados para outros mundos, adentrarão ao princípio das “três encarnações
sacrificiais”. Na primeira, mesmo a despeito de sua elevada evolução, sacrificam seu estado de bem aventurança alcançado
por méritos próprios e aceitam encarnar na condição de Mestres em seres de condição inferior, mental e espiritualmente,
dada a atual evolução de seus orbes, auxiliando assim no plano das ciências, das artes, da escrita, das leis e da religião. É a
missão de “renúncia e altruísmo”. Na segunda fase, tendo adentrado inevitavelmente num novo ciclo, reencarnam após
longo espaço de tempo e já estando os seres daquele plano em um outro estágio evolutivo, atuando incisivamente na
religiosidade. Na terceira encarnação, e segundo os Princípios estabelecidos pela Lei de causa e Efeito, adentram ao caminho
do “Messias”, encarnando como Mestres, Avatares ou “Salvadores” em uma linguagem mais compreensível.
Pelo impulso sacrificial, esses Espíritos podem recorrer à mediadores imperfeitos em suas comunicações,
resultando dessa condição diferentes aspectos que podem estar ligados ao próprio sentido de aprimoramento do
indivíduo, de uma corrente ou de uma inteira estrutura espiritual. Quando autênticos, é possível reconhecê-los
claramente, o que não envolve, diga-se de passagem, somente o comportamento mais retraído e
presumivelmente “mais disciplinado” do mediador, donde devemos recordar que muitas prováveis
incorporações “disciplinadas” encobrem na realidade a vaidade do próprio mediador que se faz crer superior.
O segundo conceito envolve a reação dissociativa, a qual se caracteriza por uma alteração da consciência e
do comportamento de maneira súbita, podendo tanto ser provocada por um Guia Espiritual quanto
desencadeada por processos de sugestão. A reação dissociativa está quase sempre relacionada com matrizes
consciênciais acumuladas da atual existência e que encerram os aspectos positivos e negativos sofridos na
infância, os quais podem estar retidos como traumas ou armazenados como recordações felizes, as quais
necessitamos acessar de vez em quando.
Refere-se às manifestações de natureza anímica, ou seja, às comunicações estabelecidas por intermédio da
consciência espiritual do próprio mediador. A esse propósito, via de regra, não existe nada de errado com o
conceito de animismo, desde que o mesmo não esbarre excessivamente nos padrões inferiores da mistificação.
Na reação dissociativa, as emoções adormecidas são refletidas e exteriorizadas, gerando uma ruptura
imediata e momentânea com a realidade aparente, possibilitando então o vivenciar de uma personalidade
completa e aparentemente diversa daquela do mediador, mas que, contudo, lhe pertence.
Extremamente comum em relação às incorporações das Crianças, das Pombas-Giras e de Entidades como
os ditos Ciganos e até Orientais, pode, dependendo de sua intensidade, ocasionar pequenos lances de
inconsciência, uma vez que agrega toda a carga emocional acumulada com a matriz energética da Entidade
Espiritual que se acopla ao aparelho físico.
Na dissociação, ocorre uma completa mudança da personalidade do mediador, sobretudo de suas reações
emocionais e físicas, podendo exteriorizar padrões e comportamentos não verificados em seu estado consciente.
As Entidades utilizam-se das matrizes de dissociação com muita frequência e naturalmente, no intento de
gerarem suas capas de manifestação espiritual ao mesmo tempo em que atuam por sobre o campo das emoções e
reações retidas no inconsciente do mediador, equilibrando e estruturando as matrizes internas de personalidade,
especialmente relativas ao plano emocional e sexual que necessitam serem expurgadas.
Em nenhum momento as reações dissociativas, como também todas as outras vinculadas com os processos
de natureza anímica devem ser consideradas nocivas ou servirem de instrumento para a insegurança por parte do
mediador, sobretudo durante as fases iniciais de seu processo de desenvolvimento. É fato acertado que a
“verdadeira incorporação” somente acontece após longo período de aperfeiçoamento e experimentação,
necessitando o mediador equilibrar antes e ao menos em partes, as inúmeras matrizes de personalidade que
encerra em si, permitindo assim ao longo do tempo, as manifestações de natureza anímica.
Como nos fenômenos de “conversão psicoemocional”, os quais ocorrem quando os mediadores revivem
suas próprias existências pretéritas como se fossem Guias incorporados, muitas vezes com aproveitamento
benéfico e positivo. Indivíduos desinformados dos múltiplos processos e experimentações passíveis de
ocorrerem ao mediador no decurso das incorporações e ao longo de suas jornadas acostam esse processo às
manifestações de natureza incoerente, arrolando-os entre as mistificações, ainda que não sejam, e
desconsiderando-o como uma manifestação mediúnica, opinião essa que na Umbanda, e tendo visto a
multiplicidade de seus processos, se mostre de certa forma irrisório, já que a Umbanda se encontra mais
preocupada com a “mensagem e não com o mensageiro”.
O mediador sensato compreende o processo de incorporação como uma possibilidade de aperfeiçoamento
e autoconhecimento e apega-se de maneira consciente em cada experimentação ou incorporação. Todos os
processos incorporativos podem ser classificados em “anímicos” (quando produzidos pelo próprio mediador
através de suas faculdades espirituais e pela plasticidade de seu perispírito); e “mediativos” ou mediúnicos,
gerados pro sua vez pela ação direta de uma inteligência espiritual que influi diretamente sobre o mediador.
Ademais, deve ser considerado que as próprias reações anímicas servem diretamente para a atuação dos
Guias, como bem sabemos ocorrer com clara evidência nas incorporações relativas às “Crianças”, onde os
Espíritos se posicionam junto ao aparelho mediúnico e aproveitando sobejamente do processo, direcionam seus
efeitos com aproveitamento considerado positivo.
O terceiro conceito relativo à incorporação dos Espíritos a quem consideramos “Crianças”, é aquele das
Entidades Estacionárias em fase superior de auxilio e ajustamento, sendo esse, após a reação dissociativa, o mais
comum dos processos de incorporação. Ocorre que aqui os Espíritos comunicantes se encontram em fase de
ajustamento purificatório, ou seja, estão atuando por intermédio de processos bastante positivos e não em
decorrência de débitos anteriormente contraídos.
Como acontece com todas as Entidades Estacionárias, pode tratar-se de diferentes Espíritos arroladas em
classificações as mais diversas e com intenções de auxílio bastante evidentes. Espíritos de médicos, músicos,
pintores e de diferentes áreas ligadas às ciências curativas e às artes em geral atuam por meio desse método
incorporativo. Para tanto, se valem da reação dissociativa, uma vez que não existem verdadeiras “Crianças”
incorporantes, arrolando-se também entre os procedimentos de natureza anímica.
O quarto conceito, bem mais comum e sujeito à grande maioria dos mediadores, é o da ideoplastia dos
próprios Guias de atuação do mediador (Pretos-Velhos, Caboclos e Exus) que assumem tais roupagens no
decurso dos processos de incorporação e a controlam por meio de processos de sugestionamento. Aqui os
próprios Guias do mediador irão assumir a roupagem característica da Criança atuante, determinando-lhes o
direcionamento da inteira incorporação.
Na utilização desse método os Guias deixam o mediador “mais livre”, permitindo por meio dos processos
anímicos um maior aproveitamento das imagens e emoções retidas no subconsciente do mediador. Dessa forma,
obstem-se um maior aproveitamento do processo, sobretudo quando dos desenvolvimentos, já que, em outros
trabalhos que envolvem a manipulação energética por meio desses seres Espirituais, os processos devem ser
conduzidos e controlados com maior cuidado, além de requerem a presença real de um Guia que lhe condicione
as ações.
Certo é que a Umbanda abarcou o conceito de “Erê” do Candomblé, o qual resulta no mergulho e retorno
da consciência do Iniciado ao seu estado infantil e que somente se dava por intermédio dos processos de
Iniciação e o converteu, de certa forma e com certo aproveitamento, na Linha das Crianças,mais tarde
reconhecido como Vibração Original de Yorí, Orixá criado para substituir Ibejí, mas também a conotação direta
com o Candomblé e a estrutura de descendência africanista, no já comentado processo de “purificação” e
“embranquecimento” da Umbanda.

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