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PRIMEIRO MOMENTO 

Comunicação e Expressão I
PRIMEIRO MOMENTO

Comunicação e Expressão I
PRIMEIRO MOMENTO

Anotações Falando sobre a Comunicação 

POR QUE APRENDER

A comunicação é, sem dúvida, um componente indispensável


à existência humana, uma vez que é por meio dela que constituímos
e orientamos nossas relações sociais no dia-a-dia. É também ela que
tem permitido ao homem a veiculação e o partilhamento dos saberes
culturais acumulados ao longo da história. Pense, por exemplo, no seu
dia até agora e perceberá que este tem sido permeado por (inter)ações
comunicativas das mais diversas formas.
No entanto, assim como todas as práticas sociais, das mais sim-
ples às mais complexas, são marcadas por um ritual de tarefas estabe-
lecido coletivamente, o intercâmbio comunicativo, do mesmo modo,
obedece a determinados princípios, regulados por essas práticas. Isso
significa que, ao participarmos da vida em sociedade, esta espera de nós
um desempenho comunicativo condizente com as exigências impostas
culturalmente. Daí, a necessidade do domínio de estratégias comunica-
tivas específicas e apropriadas à situação em que estamos inseridos.
Nesse sentido, o conhecimento sobre a comunicação humana e
de como ela se dá no intercurso das atividades coletivas do cotidiano é
imprescindível para a nossa plena inserção no seio da vida social.
Portanto, neste Momento, você verá o conceito de comunica-
ção, os modelos de comunicação propostos, bem como os princípios
cooperativos para a comunicação bem sucedida. A finalidade deste
estudo é que você distinga as principais concepções acerca da comu-
nicação, considerando o modelo que melhor reflete o processo sócio-
comunicativo, e que possa pôr em prática, eficientemente, as máximas
(princípios cooperativos) comunicacionais.

O QUE APRENDER

O que é comunicação?
Quais os modelos de comunicação e qual deles adotar?
Quais os princípios para a comunicação bem sucedida?

CONCEITO DE COMUNICAÇÃO

Vamos começar esclarecendo o que significa comunicação. A


palavra comunicação tem sua raiz no termo latino communis, origina-
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dor da forma equivalente em português comum da qual derivam os ver-


 bos comunicar e comungar. Significa pertencente a todos ou a muitos. Anotações
Desdobrando-se mais essa palavra, encontramos os sufixos ica (deriva-
do do latim), que quer dizer estar em relação, e ti, que exprime a idéia
de ação (DUARTE, 2003).
Desse modo, comunicação engloba um conjunto de noções
que se inter-relacionam, levando-nos a concluir, pelos sentidos ex-
plicitados no parágrafo anterior, que seu conceito inclui, necessa-
riamente, as idéias de posse coletiva, interação e reciprocidade. Por-
tanto, comunicar implica uma atividade realizada conjuntamente, a
partir de necessidades e interesses mútuos, visando ao intercâmbio
de experiências.
No entanto, apesar dos significados de ação conjunta, mutuali-
dade e partilhamento estarem intrinsecamente ligados ao conceito de co-
municação, isso nem sempre foi levado em consideração. Os dois mode-
los de comunicação que você vai ver a seguir ilustram bem essa postura.

MODELOS TRADICIONAIS DE COMUNICAÇÃO

A Proposta de C. F. Shannon

O primeiro dos modelos de comunicação, concebido por C. F.


Shannon e apoiado na teoria da informação, centra-se principalmente nos
aspectos físicos da comunicação. Conforme esse modelo, a comunicação
inclui, num pólo, o transmissor, que é o agente codificador de uma men-
sagem, processada através de um conjunto de sinais. Para isso, o reme-
tente utiliza-se de um canal, que é o suporte material de transmissão da
mensagem. No outro pólo, encontra-se o receptor, destinatário da infor-
mação e encarregado de utilizá-la a partir das operações de identificação e
reconhecimento dos componentes constitutivos da mensagem.
O modelo de comunicação proposto por Shannon resume-se
no esquema que se segue (BARROS, 2003):

MODELO DE COMUNICAÇÃO PROPOSTO POR SHANNON

Fonte da
Transmissor Receptor Destino
informação

Mensagem Sinal Sinal recebido Mensagem

Fonte de
ruído

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Como você pode ver, esse modelo de comunicação concentra-


Anotações se, sobretudo, no processo material de transferência da informação, isto 
é, no plano da expressão. Desse modo, sua preocupação recai basica-
mente sobre a eficiência na transmissão dos sinais, a fim de que a comu-
nicação ocorra de modo satisfatório.
Nesse sentido, essa proposta esboça o caráter mecanicista e line-
ar com que a comunicação é tratada. Ressalte-se, ainda, que, de acordo
com esse ponto de vista, o processo comunicativo ocorre de forma pola-
rizada e unidirecional, ignorando-se, portanto, sua natureza interativa e
recíproca. A conseqüência disso é a construção de uma idéia incompleta
e distorcida sobre o real fenômeno da comunicação.

A Proposta de R. Jakobson

Agora, passemos para o segundo modelo de comunicação. Trata-


se da proposta formulada pelo lingüista russo R. Jakobson, a qual, muito
provavelmente, você já deve ter visto em alguma gramática ou num livro
de Português qualquer, por ser a mais comumente divulgada.
Vamos, pois, reproduzi-la a seguir

É fácil perceber que Jakobson conservou, praticamente, os mes-


mos elementos apresentados por Shannon: o emissor (equivalente ao
transmissor), o receptor, a mensagem, o código (ou canal) e o contato
(igual ao conjunto de sinais). Talvez, neste ponto, você esteja fazendo as
seguintes indagações: “Se é assim, no que esse modelo difere do ante-
rior? Será que ele representa algum avanço quanto à compreensão acer-
ca do processo comunicativo?”
Em resposta à primeira pergunta, podemos dizer que a diferen-
ça em relação à proposta de Shannon reside, entre outras, no fato de o
modelo de Jakobson levar em conta, além dos elementos estabelecidos
na formulação anterior, o contexto. Este diz respeito ao referente da
mensagem, ou seja, àquilo sobre o qual se fala objetivamente. Esse com-
ponente não havia sido contemplado no outro modelo, pois a ênfase
central daquele era na transmissão dos sinais.
Entretanto, permanece nessa “nova” abordagem o enfoque da
comunicação em termos de unilateralidade e distanciamento entre os
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parceiros envolvidos na atividade comunicativa. Nesta perspectiva, tal


 como na primeira, o emissor continua sendo apresentado como o único Anotações
agente do processo, isto é, como remetente de informações, cabendo,
por outro lado, ao destinatário, o papel de simples decodificador da
mensagem, o que o transforma num elemento inativo, sem nenhum
poder de interferência.
Pelo que foi exposto até aqui sobre esses dois modelos de comu-
nicação, podemos perceber que ambos vão de encontro àquelas noções
encontradas no conceito de comunicação apresentado no início deste
Momento. Isso porque ignoram fatores como: a natureza interacional
do evento comunicativo, a influência mútua entre seus participantes e
a ação conjunta na construção dos significados.

3. O MODELO INTERACIONISTA DE COMUNICAÇÃO

Há, entretanto, um terceiro modelo de comunicação que se


contrapõe às propostas anteriores. Este concebe o processo comuni-
cativo numa perspectiva interacionista, contemplando o caráter es-
sencialmente dialógico desse processo. Nesse sentido, entende que a
comunicação se desenvolve de modo circular, em que os interlocu-
tores são igualmente co-atuantes e mutuamente responsáveis pelo
estabelecimento do ato interlocutivo.
Esse modelo pode ser esquematizado, grosso modo, conforme
se apresenta no quadro a seguir

A esta altura, você deve estar achando que essa proposta é válida
somente quando se trata de uma situação comunicativa em que os par-
ticipantes estejam frente a frente (como numa conversa, ou numa aula,
por exemplo). No caso da comunicação escrita, isso não seria possível,
já que escritor e leitor se encontram distantes um do outro. No entanto,
o que não se pode esquecer é que, mesmo nesse contexto, o destinatário
tem um papel definidor no modo como se realizará a interação.
Pense, por exemplo, na preparação de um texto para o público
infantil. Tomando esse fato como referência, o escritor certamente le-
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vará em conta, pelo menos, o perfil etário, psicoafetivo e sociocultural


Anotações dos seus pequenos interlocutores, se quiser ser bem sucedido em sua 
empreitada. É nesse sentido que se pode admitir que o interlocutor
exerce uma influência determinante e, em última instância, tem poder
decisivo nas “escolhas” feitas pelo escritor para a produção de sua obra.
Portanto, o interlocutor não pode ser visto como mero recipiente pas-
sivo de informações, mas, ao contrário, como colaborador na relação
estabelecida através do ato comunicativo.
Uma outra questão que talvez você possa também levantar é a de
que o modelo interacionista e dialógico de comunicação seja inadequado
para representar uma situação em que os indivíduos se encontrem numa
relação tensa e conflituosa, como, por exemplo, numa discussão ofensiva
entre eles. Contudo, mesmo num caso como esse, o que não se deve per-
der de vista é o fato de haver entre os participantes uma espécie de acordo
mútuo em depreciar um ao outro, preservando-se, dessa forma, os traços
de circularidade e de intercâmbio que caracterizam tal modelo.
Um outro aspecto ainda a ser lembrado é que, segundo afirma
Duarte (2003), a comunicação é o fenômeno por meio do qual se efeti-
va o encontro entre indivíduos com suas respectivas histórias e visões de
mundo. Em virtude disso, o evento comunicativo é marcado pela troca
de valores culturais, em que cada parceiro deixa algo de si, contribuindo
para a formação de novos significados.

Praticando
Em que o Modelo Interacionista de Comunicação é quali-
tativamente superior às propostas tradicionais? Justifique.

4. CONTRATO DE COOPERAÇÃO (PRINCÍPIOS PARA A CO-


MUNICAÇÃO BEM SUCEDIDA)

Agora, vamos refletir sobre os princípios da comunicação


produtiva, ou “contrato de cooperação”, formulados pelo filósofo
P. Grice (apud MAINGUENEAU, 2001; FIORIN, 2003). Refere-
se ao jogo interlocutivo para a produção de efeitos de sentido
realizado entre os participantes da interação, em que cada um atua
cooperativamente, num esforço para que o intercâmbio comu-
nicativo se processe de forma satisfatória. Isso porque, no curso
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de uma relação intercomunicativa, operam-se determinadas re-


 gras de conduta para o que se diz e como dizê-lo, estabelecidas Anotações
socioculturalmente.
Não se trata aqui da prescrição de um conjunto de normas
que deverão ser seguidas ao interagirmos com outro(s), mas do
conhecimento que precisamos ter dos princípios reguladores do
processo interacional. Também não quer dizer que tais princípios
não se aplicam no caso de um evento comunicativo marcado pela
discórdia entre os participantes. De acordo com o que já foi expli-
citado anteriormente, ainda assim a interlocução se constrói sobre
essas mesmas bases.
O postulado de Grice resume-se a quatro princípios (ou “má-
ximas”): de quantidade, de qualidade, de relevância e de modo.

4.1. O Princípio da Quantidade

Este princípio refere-se ao volume do conteúdo informati-


vo circulado no curso da interação. Significa que os interlocutores
procuram oferecer uma quantidade de informação que seja su-
ficiente, no sentido de não dizer nem mais nem menos do que o
necessário. Assim, espera-se que aquilo que é dito esteja na medida
satisfatória, a fim de atender às expectativas dos interlocutores quan-
to ao que precisa ser comunicado.
Pense, por exemplo, num convite por escrito sobre um de-
terminado evento, sem a indicação do horário em que se realizará.
Isso, com certeza, causaria um transtorno imenso, pois os convidados
teriam que entrar em contato com a fonte do convite, solicitando
essa informação; do contrário, torna-se praticamente inviável o com-
parecimento dessas pessoas. Agora imagine um currículo em que o
declarante informa a hora em que nasceu. É claro que, nesse caso,
trata-se de um esclarecimento extra, completamente desnecessário à
finalidade comunicativa.
Essas situações hipotéticas servem para ilustrar a importância
do controle quantitativo do conteúdo que pretendemos comunicar, a
fim de que nosso interlocutor obtenha informação em justa medida.
Portanto, o atendimento a esse princípio permite um contato mais efi-
ciente e produtivo entre os parceiros de interação.

4.2. O Princípio da Qualidade

Esse princípio aponta para o pacto de honestidade entre os


participantes da interlocução. Quer dizer: no ato comunicativo, deve-
se garantir que as informações circuladas sejam confiáveis. Nesse sen-
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tido, para que se mantenha a credibilidade no que é comunicado,


Anotações evitam-se afirmações que se supõe serem falsas ou para as quais não se 
tem evidências suficientes.
Suponhamos que um determinado jornal veicula uma notícia
e, por alguma razão, distorce certos fatos. Talvez, a princípio, por desco-
nhecimento dos leitores do que realmente aconteceu e por acreditarem
na fonte das informações, isso tenha validade. Porém, ao se constatarem
as inverdades do que foi publicado, fica comprometida a confiança nes-
se veículo de informação, e, dependendo do caso, a empresa poderá até
vir a ser legalmente penalizada.
Assim, é importante afirmarmos somente aquilo que acredita-
mos ser “verdadeiro”, seja porque tivemos contato direto com os fatos
ou porque coletamos informações de uma fonte que julgamos segura,
muito embora saibamos que toda informação é resultante de um ponto
de vista sobre um determinado aspecto da realidade.

4.3. O Princípio da Relevância

Neste caso, relaciona-se à necessidade de, na interação, direcio-


nar-se o conteúdo do que é informado apenas para o que realmente in-
teressa. Isto é, focalizam-se as informações para o objetivo pretendido,
atendo-se apenas ao que é pertinente e de valor para o momento.
Nesse sentido, tende-se a rejeitar qualquer afirmação que não
se vincula ao assunto em questão e, portanto, não contribui significati-
vamente para o efeito de sentido que se deseja atingir. Caso contrário,
pode-se tornar a comunicação confusa e dispersa, provocando-se abor-
recimento no interlocutor e o conseqüente desinteresse na interação.
Imagine uma situação em que um candidato a uma vaga
numa determinada empresa está sendo entrevistado e que, ao ser
perguntado sobre sua expectativa salarial, aproveite para se queixar
do quanto se sentia desvalorizado no seu emprego anterior, apesar
do volume e da qualidade do serviço que realizava. Uma atitude
assim poderá diminuir as suas chances de ser escolhido, em razão
de seu comentário ser perigosamente inadequado para o momen-
to, pois, nesse contexto, não é recomendável falar mal da empresa
onde se trabalhou.

4.4. O Princípio do Modo

Enquanto os princípios anteriores estão diretamente vinculados


ao conteúdo da comunicação, este se relaciona à forma como esse
conteúdo é circulado na interlocução. Por esse princípio, aprendemos
que a maneira como se processa a informação é igualmente valiosa
para o sucesso interativo.
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Conforme essa “máxima”, o alcance dos objetivos esperados na


10 inter-comunicação deve-se muito ao fato de os parceiros evitarem infor- Anotações
mações que sejam complicadas, desconexas, obscuras e/ou repetitivas.
Logo, quanto mais precisa, mais direta, mais organizada e esclarecedora
for a formatação do conteúdo textual, maior chance haverá para uma
interação bem-sucedida.

Desafio
Tente decifrar o texto a seguir, extraído de Viana
(1998, p. 107):
“Diante do mundo incomensurável, incógnito e des-
medido que nos cerca, o homem se sente minúsculo,
limitado, inepto, incapaz de compreender o menor
movimento das coisas singulares, magnéticas e impre-
visíveis com que se depara em seu cotidiano impreg-
nado e assoberbado de interrogações.”

Finalizando, deve-se observar, no entanto, que o estabelecimen-


to desses princípios não quer dizer que a comunicação sempre ocorre de
forma harmoniosa e perfeita, na qual todos eles são fielmente seguidos.
Aliás, dependendo das características do evento comunicativo e dos in-
teresses em jogo, algum deles pode ser intencionalmente violado. É o
caso, por exemplo, do recurso à ironia, em que o locutor desrespeita
o princípio da qualidade ao afirmar uma coisa querendo dizer outra.
Provavelmente, você já deve ter ouvido alguém falar em tom debochado:
“Tão engraçadinho!”, quando, na verdade pretendia dizer exatamente o
contrário. Um outro exemplo disso é quando o locutor recorre à am-
bigüidade intencional, isto é, quando o texto é propositalmente plane-
jado para produzir duplo sentido, transgredindo o princípio do modo.
Em situações como essas, espera-se que o locutor domine tais
estratégias, sabendo utilizá-las apropriadamente e contando, ao mesmo
tempo, com a habilidade do interlocutor para reconhecer o efeito de
sentido desejado. Nesse caso, ainda assim preserva-se o princípio coo-
perativo estabelecido entre os parceiros de interação.

RELEMBRANDO

Comunicação engloba as noções de interação social e compar-


tilhamento a partir de interesses mútuos.

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Modelo Tradicional de Comunicação (perspectiva linear/unidirecional)


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Emissor Mensagem Receptor

Modelo Circular de Comunicação (perspectiva interacionista/dialógica)

Locutor Interlocutor
Discurso

Princípios de Cooperação Comunicativa (Máximas de Grice)


1. Quantidade: dizer apenas o que for necessário (informa-
ção na quantidade satisfatória)
2. Qualidade: dizer somente o que se sabe ser verdadeiro e
para o qual se tem evidências.
3. Relevância: dizer só o que for pertinente e importante para
o momento de interação.
4. Modo: procurar a forma mais apropriada e facilitadora de
produção do discurso.

O QUE FAZER

Procure agora aplicar os conhecimentos adquiridos, lendo o


fragmento abaixo e respondendo às questões dadas em seguida.

Convite

Rótulos me parecem cada vez mais precários.


Às vezes mais confundem do que esclarecem. Mas
eventualmente são indispensáveis para que as coisas
tomem forma, destacando-se da complexa realidade
e do nebuloso pensamento nosso.
A maior parte dos textos deste livro podem-se
chamar crônicas. Muitos foram publicados em jor-
nal, outros são avulsos que saíram não lembro bem
quando nem onde, ou apenas salvei no computador.
Vários escrevi especialmente para este livro.
Romances, ensaios, poemas e textos breves são
o meu jeito de rondar o que me assusta ou seduz. São
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os meus temas, alguns dos temas humanos: tramas


12 e dramas existenciais, o sentido e o valor da vida, o Anotações
banal e o misterioso. A sentença que lançamos sobre
nós mesmos, em nossas escolhas ou silêncios.
Escrevo sobre isolamento e ternura, a pertur-
badora ambivalência nossa, frivolidade e covardia,
às vezes a graça e o riso.
Aqui e ali, a noite escura.
Não inventei ao dizer que meu leitor é cada vez
mais a síntese dos amigos imaginários que me fizeram
companhia na infância das minhas perplexidades.
Então, venha comigo.
(LUFT, 2004, p. 11,12.).

Como você deve ter notado, o texto lido está coerente com o
modelo de comunicação numa perspectiva interacionista. Veja que seu
conteúdo contempla o caráter dialógico entre os participantes.

1. Pensando nisso, tente identificar os interlocutores presentes.

2. Já identificou? Agora, explique, com passagens do texto,


como você conseguiu identificar esses interlocutores.

PARA SABER MAIS

DUBOIS, J. et al. Dicionário de lingüística. 10. ed. São Paulo:


Cultrix, 1998.

Mesmo tratando-se de um dicionário técnico da área lingüís-


tica, nele pode-se encontrar uma breve exposição bastante didática e
esclarecedora sobre comunicação.

SANTOS, M. B. Contrato de cooperação e implicaturas. In: MEU-


RER, J. L.; MOTTA-ROTH, D. (orgs.). Parâmetros de textualiza-
ção. Santa Maria, RS: EDUFSM, 1997, p. 39-58.

Obra que traz textos de diversos autores, abordando mais es-


pecificamente questões relacionadas à leitura e à produção textuais, em
que a linguagem é vista como uma “prática social”. O terceiro capítulo
é dedicado ao estudo do “contrato de cooperação e implicaturas”.

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ONDE ENCONTRAR
Anotações 13
BARROS, D. P. de. A comunicação humana. In: FIORIN, J. L.
(org.). Introdução à lingüística I: objetos teóricos. 2. ed. São Pau-
lo: Contexto, 2003. p. 25-53.

DUARTE, E. Por uma epistemologia da comunicação. In: LOPES, M.


I. V. de. (org.). Epistemologia da comunicação. São Paulo: Edições
Loyola, 2003. p. 41-54.

FIORIN, J. L. A linguagem em uso. In: ________. (org.). Intro-


dução à lingüística I: objetos teóricos. 2. ed. São Paulo: Contexto,
2003. p. 166-186.

MAINGUENEAU, D. Análise de textos de comunicação. Trad. C. P.


de Souza-e-Silva e D. Rocha. São Paulo: Cortez, 2001.

VIANA, A. C. (coord.) et al. Roteiro de redação: lendo e argumen-


tando. São Paulo: Scipione, 1998.

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