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UNIDADE I

Interpretação e Produção
de Textos
Prof. MSc. Jamilson Alves
Noções de texto

 No dia a dia, “texto” remete à obrigação de escrever algo, geralmente longo.

 Nos estudos discursivos, “texto” é algo mais amplo.

 “Texto” deriva do latim tecere, tecer. Ou seja, o texto é algo “tecido”.

 O texto não é um amontoado de elementos. É uma


composição intencionalmente construída para transmitir
uma mensagem. Todas as suas peças são importantes
e devem estar bem encaixadas com as demais.
Noções de texto: a matemática da linguagem

Um texto é um todo organizado de sentido, um conjunto formado de partes


solidárias, ou seja, o sentido de uma depende das outras. Repare nos exemplos:

 Ana é bonita _______ inteligente.


 Ana é bonita _______ antipática.
 Ana é grosseira _______ inteligente.
 Ana é grosseira _______ antipática.

 Perceba, nos exemplos acima, a relação lógico-


matemática da linguagem.
Noções de texto: a matemática da linguagem

Pensando ainda na conexão entre as partes solidárias de um texto,


vejamos os seguintes exemplos:

 João estuda _______ trabalha.


 João estuda _______ não trabalha.
 João não estuda _______ trabalha.
 João não estuda _______ trabalha.

 Novamente, o que se demonstra é a relação lógico-


matemática presente na linguagem, em qualquer texto,
por mais simples que seja.
Ainda sobre o que é um texto...

 Um texto é um todo organizado de sentido.


 Isso implica afirmar que o texto é um conjunto formado de partes solidárias,
que o sentido de uma depende das outras (Fiorin, 2011).
 Os elementos internos de um texto interagem coerentemente
na construção de um sentido.
 Como produção, ele se associa a outros textos e ao contexto em que foi
construído, ou seja, um texto não existe de forma isolada, desvinculada.
Texto: um todo organizado de sentido

 Analise o quadro a seguir.

Fonte:
http://www.aindatorindo.com/2015/0
1/moco-eu-queria-uma-
rasteirinha.html
Texto: um todo organizado de sentido

 Analise agora este outro quadro.

Fonte:
http://www.aindatorindo.co
m/2015/01/moco-eu-
queria-uma-
rasteirinha.html
Texto: um todo organizado de sentido

Fonte: http://www.aindatorindo.com/2015/01/moco-eu-queria-uma-rasteirinha.html
Ainda sobre o que é um texto...

 Nenhum texto é uma peça isolada, nem a manifestação da individualidade de


quem o produziu.
 Constrói-se um texto para, através dele, marcar uma posição ou participar de um
debate de escala mais ampla que está sendo travado na sociedade.
Até mesmo uma simples notícia jornalística, sob a aparência de neutralidade, tem
sempre alguma intenção por trás (Fiorin, 1999). Vejamos os exemplos a seguir:
 4 em cada 10 usuários desistem de ação anticrack da prefeitura.
 6 em cada 10 usuários permanecem em ação anticrack da prefeitura.
Ainda sobre o que é um texto...

 Estudantes invadem reitoria e forçam renúncia do reitor.


 Estudantes ocupam reitoria e reivindicam renúncia do reitor.
 Os sem-terra invadiram 100 fazendas neste ano.
 Os sem-terra invadiram só 100 fazendas neste ano.
 Os sem-terra invadiram 100 fazendas só neste ano.
Interpretação de textos nos dias de hoje...

Você já deve ter visto em alguma rede social


a seguinte brincadeira:

Fonte: http://espaco-do-saber-
funcional.blogspot.com
/2018/08/blog-post.html
Interpretação de textos nos dias de hoje...

 É importante perceber a diferença entre compreender e interpretar um texto.


 As perguntas feitas no anúncio revelam que as pessoas não compreenderam o
anúncio, talvez por não lerem, de fato, o que estava escrito.
 Compreender corresponde à mera decodificação. No exemplo, todas as respostas
estão no texto, colocadas de forma explícita.
 Interpretar, por sua vez, significa apreender o sentido do texto e depende de
elementos que estão além dele. Quer ver um exemplo?
Interpretação de textos nos dias de hoje

Fonte:
http://delhumberto.blogspot.c
om/2018/07/vejas-diferenca-
entre-saber-ler-e-saber.html
Interatividade

De acordo com o que vimos quanto ao que é um texto, pode-se dizer que:

a) Uma charge sem palavras não pode ser considerada texto.


b) Registros da oralidade não podem ser chamados de texto.
c) Um texto bem escrito deve buscar a imparcialidade.
d) Um texto é um todo organizado de sentido.
e) Todo texto é assim considerado se tiver certo tamanho de linhas e parágrafos.
Resposta

De acordo com o que vimos quanto ao que é um texto, pode-se dizer que:

a) Uma charge sem palavras não pode ser considerada texto.


b) Registros da oralidade não podem ser chamados de texto.
c) Um texto bem escrito deve buscar a imparcialidade.
d) Um texto é um todo organizado de sentido.
e) Todo texto é assim considerado se tiver certo tamanho de linhas e parágrafos.
Texto e linguagem: diferentes modos de dizer

 A linguagem é o código essencial à concretização da comunicação, que é uma


necessidade humana.
 Linguagem é todo sistema de signos que deve ser compartilhado por emissor e
receptor para que a comunicação ocorra. Signo, de uma forma sintética, é aquilo
que representa algo, que substitui outra coisa. Um desenho e uma palavra são
signos.
 A escolha da linguagem nunca é neutra, seu uso é sempre subjetivo, uma vez
que há um sujeito que faz as escolhas que resultam em certo efeito de sentido.
Texto e linguagem: diferentes modos de dizer

 Podemos, por exemplo, proferir qualquer um dos enunciados a seguir.

 Arnaldo faleceu ontem.


 Arnaldo morreu ontem.
 Arnaldo bateu as botas ontem.
 Arnaldo vestiu o terno de madeira ontem.
 Arnaldo virou uma estrelinha ontem.
Texto e linguagem: diferentes modos de dizer

 Ainda que os dicionários apresentem palavras ou expressões como sinônimos, é


nítida a diferença entre os impactos provocados por cada uma das formas.

 “Falecer” é mais respeitoso do que “morrer”;

 “Bater as botas” e “vestir o terno de madeira” são desrespeitosas ou engraçadas;

 “Virar uma estrelinha” é uma forma suave de expressar a ideia de morte.


Texto e linguagem: diferentes modos de dizer

 Procure notar que a maioria dos veículos de imprensa utiliza o verbo “ocupar” para
se referir a ações policiais e usa o verbo “invadir” para as ações do Movimento
Sem-Terra (MST), por exemplo. Reflita sobre os sentidos que são construídos a
partir dessa escolha.

 Assim, a forma de dizer interfere no conteúdo do que se diz. Quando interpretamos


um texto, devemos também perceber como ele foi construído e qual efeito de
sentido ele provoca.
Figuras de linguagem: eufemismo

 Muitas vezes, quando não queremos ofender alguém, buscamos suavizar o modo
de apresentar uma crítica. Procuramos uma forma eufemística para dizer algo
desagradável.
 A origem da palavra “eufemismo” está no grego eu (bom, agradável) e pheme
(palavra). Desta junção, formou-se euphémein, que significa “falar palavras
agradáveis” ou “bem dizer”.
 Eufemismo é uma figura de linguagem que se caracteriza por suavizar alguma
afirmação desagradável.
Exemplos de eufemismo

 Arnaldo virou uma estrelinha ontem. (morreu)

 Aquele político enriqueceu por meios ilícitos. (roubou)

 O País está passando por uma desaceleração do crescimento. (crise)


Figuras de linguagem: hipérbole

 Em certas situações, o exagero no enunciado é importante para revelar a


dimensão daquilo que queremos dizer.
 Nesse sentido, a hipérbole é oposta ao eufemismo, já que, em vez de suavizar o
que se quer dizer, exagera-o.
 O vocábulo tem origem na língua grega, na palavra hiperbolé (exagero). “Hiper”
(sobre, por cima) e “bolé” (atirar, lançar).
 Hipérbole é a figura de linguagem em que se exagera no enunciado, a fim de
ampliar a dimensão do que está sendo dito.
Exemplos de hipérbole

 Faz séculos que não vejo Maria. (faz muito tempo)

 Morri de rir ontem no jantar. (foi muito divertido)

 Aquele ônibus leva uma eternidade para passar. (demora muito)


Figuras de linguagem: ambiguidade

 É importante o uso do duplo sentido de palavras e expressões. Quando


intencionalmente produzida, a ambiguidade caracteriza um recurso
que enriquece o texto.

 Ambiguidade: derivado do termo latino ambiguitas (equívoco, incerteza),


que vem do grego amphibolia, que quer dizer “duplicidade de sentido”.

 O duplo sentido surge tanto por relações sintáticas, construção das orações ou
pela polissemia de palavras (um significante com mais de um significado).
Exemplos de ambiguidade/duplo sentido

 “Ouvi falar da festa no escritório.”

 “O boi se diverte com a pata na lama.”

 “O menino estava perto do banco.”


Exemplos de ambiguidade/duplo sentido

 “Ouvi falar da festa no escritório.” - Eu estava no escritório quando ouvi falar da


festa ou a festa será realizada no escritório?

 “O boi se diverte com a pata na lama.” - O boi coloca uma parte de seu corpo na
lama ou brinca com outro animal?

 “O menino estava perto do banco.” - De um instrumento para sentar ou de uma


instituição financeira?
Exemplos de ambiguidade/duplo sentido

Fonte:
https://www.lg.com.br
Figuras de linguagem: ironia

 A ironia consiste em se fazer uma afirmação que, na verdade, significa o oposto.

 É a utilização proposital de termos que manifestam o sentido oposto do seu


significado. Por exemplo, uma pessoa que levou uma bronca do chefe após um
péssimo dia de trabalho pode dizer: “Era o que faltava para encerrar o meu dia
maravilhosamente bem”.
Figuras de linguagem: ironia

 Em conversas cotidianas, a ironia é facilmente percebida pela entonação e pelo


contexto. Quando a professora diz ao aluno que tirou zero em uma prova que ele
foi “muuuuito bem”, a ironia é evidente.

 Em textos impressos, nem sempre a percepção da ironia é tão imediata e, quando


ela não é percebida, a interpretação é totalmente equivocada. Observemos a
charge a seguir.
Figuras de linguagem: ironia

Fonte: http://4.bp.blogspot.com
Figuras de linguagem: ironia

Fonte: https://manualdapilhaerrada.wordpress.com
A expressão afeta o conteúdo

 Em outras palavras, podemos dizer que a forma de expressão interfere


diretamente no conteúdo.

 Vejamos um exemplo com um “meme”, algo tão corriqueiro hoje em dia, baseado
em Nicolau Maquiavel:
A expressão afeta o conteúdo

Fonte:
https://www.obaoba.com.br/
comportamento
A expressão afeta o conteúdo

 Nicolau Maquiavel: importante pensador, defensor do poder absoluto e autor de O


Príncipe. Nessa obra, ele comenta que um governante tem o dever (e o direito) de
se manter no poder de qualquer forma.

 Com esses exemplos, queremos mostrar que a densidade do conteúdo está


intimamente relacionada com a forma de expressão.

 Essas relações de sentido refletem-se diretamente na linguagem, na mensagem,


naquilo que se quer transmitir.
Tipos de linguagem

 A linguagem é uma atividade humana que representa o mundo, que constrói a


realidade, revelando aspectos históricos, culturais e sociais. É com a linguagem
que o ser humano organiza e dá forma às suas vivências.
 A linguagem pode ser verbal ou não verbal:
 Linguagem verbal: a comunicação acontece por meio das palavras,
escritas ou faladas;
 Linguagem não verbal: a comunicação acontece por desenhos,
gestos, entre outros.
Tipos de linguagem: verbal

Uma mesma ideia pode ser expressa por meio de signos verbais, não verbais ou
pela combinação deles:

Fonte: o Autor
Tipos de linguagem: não verbal

Fonte:
http://loja.afixgraf.com.b
r/placa-proibido-fumar
Tipos de linguagem: sincrética ou híbrida

Fonte:
http://www.aerotexextintores.com.
br/advertencia-e-proibicoes
Linguagem verbal e não verbal

 Como vimos, um texto pode utilizar somente linguagem verbal, somente linguagem
não verbal ou misturar as duas, sendo assim denominado sincrético ou híbrido.
 Decodificar um texto implica reconhecer os significados dos seus signos, sejam
eles verbais ou não verbais, e observar a combinação entre eles.
 Um texto é uma unidade de sentido, com a combinação coerente e coesa dos seus
elementos. Existem infinitas formas de dar concretude a uma ideia, o que significa
que são inúmeros os textos que podem ser construídos para expressá-la.
Interatividade

De acordo com o que vimos, pode-se dizer que:


a) Informar a uma criança que alguém “virou estrelinha” em vez de dizer que
“morreu” configura hipérbole.
b) Uma ideia expressa em linguagem não verbal é mais difícil de ser interpretada
que uma em linguagem verbal.
c) A hipérbole está associada à ideia de exagero, como em “morrer de rir”.
d) O eufemismo está associado à ideia de mentira ou de ocultação da verdade.
e) A ambiguidade é um recurso que deve ser evitado nos textos orais.
Resposta

De acordo com o que vimos, pode-se dizer que:


a) Informar a uma criança que alguém “virou estrelinha” em vez de dizer que
“morreu” configura hipérbole.
b) Uma ideia expressa em linguagem não verbal é mais difícil de ser interpretada
que uma em linguagem verbal.
c) A hipérbole está associada à ideia de exagero, como em “morrer de rir”.
d) O eufemismo está associado à ideia de mentira ou de ocultação da verdade.
e) A ambiguidade é um recurso que deve ser evitado nos textos orais.
O texto e o contexto

 Nenhum texto existe de forma isolada: “Todo texto é produto de criação coletiva:
a voz de seu produtor se manifesta ao lado de um coro de outras vozes que já
trataram do mesmo tema e com as quais se põe em acordo ou desacordo” –
Platão e Fiorin (1999, p. 25).
 Intertextualidade é a relação entre textos, a referência direta ou indireta de um
texto a outros, é um “diálogo” entre textos. Por isso, para perceber a
intertextualidade, o receptor deve ter conhecimento dos textos com
os quais o texto lido dialoga.
Intertextualidade: a relação entre textos

 O recurso da intertextualidade aparece nos mais variados textos, inclusive nos


publicitários. É comum vermos uma peça publicitária fazendo referência a um
filme, a uma música, a um poema, a outro anúncio.

 Observe o anúncio publicitário que divulga um bistrô da Feira do Livro.


É visível, para quem conhece um pouco de literatura (conhecimento
que se espera de quem frequenta o evento), a referência a um famoso
poema de Carlos Drummond de Andrade.
Intertextualidade: a relação entre textos

Fonte:
http://discutindoaredacao.wordpress.com
Intertextualidade: a relação entre textos

Vejamos o trecho inicial do texto de Carlos Drummond de Andrade:

E agora, José?
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
Intertextualidade: a relação entre textos

 Vejamos também o trecho final do texto de Carlos Drummond de Andrade:

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
 O poema de Drummond foi publicado em 1942, na época da Segunda Guerra
Mundial e do Estado Novo no Brasil. O conflito e a ditadura varguista causam
desolamento no poeta. É possível ver isso nos versos, pois parece não haver
saída para José diante do desconsolo que domina a realidade.

 O anúncio inverte o sentido de desesperança presente no poema de Drummond,


transformando a cena em um momento de alegria, a hora da Festa do Livro no
bistrô.
Intertextualidade: a relação entre textos

 Certa vez, a empresa O Boticário veiculou uma campanha em que as peças


faziam referência a protagonistas femininas dos contos de fadas, atribuindo-lhes
mais poder que na história original. Dessa forma, os textos sugeriam que os
produtos da empresa poderiam empoderar as mulheres. O anúncio a seguir fez
parte dessa campanha.

 Texto verbal da peça: “A história sempre se repete. Todo chapeuzinho vermelho


que se preze, um belo dia, coloca o lobo mau na coleira”.
Intertextualidade: a relação entre textos

Fonte: https://creativitate2013.wordpress.com
Intertextualidade: “Conto de fadas para mulheres modernas”

 Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa, independente e cheia
de autoestima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o
maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades
ecológicas, se deparou com uma rã. – Linda princesa, eu já fui um príncipe muito
bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã
asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo
príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo, e
viveríamos felizes para sempre…
… E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée,
acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de
um finíssimo vinho branco, a princesa sorria
e pensava: – Eu, hein?… nem morta!
Intertextualidade: Um conto real

 Essa mesma inversão do discurso tradicional dos contos de fada pode ser
observada nos quadrinhos a seguir.

Fonte: https://br.pinterest.com
O texto e seu contexto histórico-social

 Como já afirmamos, nenhum texto existe de forma autônoma. Nas palavras de


Norma Discini (2005, p.13), o texto deve ser considerado “naquilo que é dito, no
como é dito, no porquê do dito, na aparência, na imanência, como signo, como
História”.

 Isso significa que devemos analisar, além dos elementos internos de qualquer
texto, as suas condições de produção.
O texto e seu contexto histórico-social

O bêbado e a equilibrista
Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos…
A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens!
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!
Louco!
O texto e seu contexto histórico-social

 A composição de João Bosco e Aldir Blanc, lançada em 1979, no período da


ditadura militar, é um exemplo da importância do contexto na interpretação
de um texto.
 Na música, o enunciador apresenta o embate entre a Arte e a violência do Estado.
Na primeira estrofe, para indicar como a tarde havia caído repentinamente, o autor
faz referência ao Viaduto Paulo Frontin, no Rio de Janeiro, que desabou em 1971;
a alusão ao luto e a Carlitos (Charles Chaplin) representa o estado de tristeza da
classe artística diante da pouca liberdade de expressão.

 O mata-borrão e as manchas torturadas referem-se à


violência dos órgãos estatais com os opositores do
regime.
O texto e seu contexto sócio-histórico

 Uma leitura não pode se basear em fragmentos isolados do texto.

 Uma leitura deve levar em consideração os elementos do interior de um texto e


também os aspectos externos, do contexto em que foi produzido, bem como as
relações que estabelece com outros textos.
As informações implícitas

 Imagine que você chegue à faculdade e escute a seguinte frase:


“Hoje você está bonito!”.

 Apesar da evidente intenção de elogio contida na frase, não se pode deixar de


reparar na presença do advérbio “hoje”. Você pode questionar: só hoje? Embora
não esteja explícita, há a mensagem de que, nos demais dias, você não estava
bonito. Além disso, há o uso do verbo “estar”, que, na língua portuguesa, tem um
sentido diferente de “ser”.
As informações implícitas

 Notemos o uso de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, no entanto) ou


de concessivas (apesar de, mesmo que), como nos enunciados: “Apesar de ser
francês, o filme é bom”; “Tem mais de 60 anos, mas sabe usar o computador”.
 Aqui, notamos que um falante não aprecia o cinema francês, e que o outro pensa
que as pessoas mais velhas não sabem utilizar as tecnologias mais modernas.
 Certa vez, um anúncio de iogurte usou a seguinte frase: “Tão gostoso que nem
parece light”. Nesse caso, fica implícita a afirmação de os produtos light não
serem gostosos.
Interatividade

“Relação estabelecida entre dois ou mais textos. É muito comum que os autores
façam uso de conteúdos já existentes e reconhecidos com a finalidade de embasar
melhor um tema, dar mais informações aos leitores, defender uma ideia etc.”
Essas características apresentadas definem o conceito de:
a) Elaboração de charges.
b) Intertextualidade.
c) Apropriação textual.
d) Oralidade.
e) Publicidade.
Resposta

“Relação estabelecida entre dois ou mais textos. É muito comum que os autores
façam uso de conteúdos já existentes e reconhecidos com a finalidade de embasar
melhor um tema, dar mais informações aos leitores, defender uma ideia etc.”
Essas características apresentadas definem o conceito de:
a) Elaboração de charges.
b) Intertextualidade.
c) Apropriação textual.
d) Oralidade.
e) Publicidade.
Interpretação de textos não verbais

 Um texto não verbal é aquele em que não se usam palavras. Assim, devemos
prestar atenção na imagem.
 A compreensão e a interpretação de textos não verbais dependem da capacidade
do leitor em decodificar os signos não verbais e atribuir sentidos a eles. Deve-se
ter atenção a cada elemento e, especialmente, à combinação deles.
 Embora a linguagem não verbal tenda a ser mais universal, ou seja, ela pode ser
compreendida por pessoas de diferentes países e idiomas, a interpretação de um
texto não verbal nem sempre é fácil.
Interpretação de textos não verbais

 Charles Peirce, filósofo e fundador da Semiótica, considerava que os signos


não verbais poderiam ser classificados, de acordo com a relação que
estabelecem com seus referentes, em:
 Ícones;

 Índices;

 Símbolos.
Ícones

 Mantêm relação direta de semelhança com seu referente. É o que se observa na


figura a seguir, em que temos o desenho de um cão. A semelhança é de tal
ordem que mesmo uma criança pequena é capaz de identificar o referente.

Fonte:
http://www.comoaprenderdesenhar.com.br
Índices

 Os índices são indícios, isto é, apresentam uma relação de contiguidade ou de


causalidade com o referente. Por exemplo, a fumaça pode representar o fogo.
 Uma placa com talheres à beira da estrada indica a proximidade de um
restaurante, assim como o desenho de uma bomba de gasolina significa a
presença de um posto de combustível, como se vê na figura a seguir.

Fonte: http://www.comoaprender
desenhar.com.br
Símbolos

 Os símbolos, por sua vez, apresentam relação convencional e arbitrária com seu
referente. Como exemplo, podemos mencionar a representação de operações
matemáticas, como a da raiz quadrada.

Fonte: https://imagepng.org/raiz-quadrada-simbolo/raiz-quadrada-simbolo/
Interpretação de textos não verbais

 A compreensão dos ícones tende a ser mais imediata, já que eles representam
aquilo com o que têm semelhança. Já os índices e os símbolos exigem do leitor
um raciocínio que vai além da mera decodificação.

 Um mesmo signo pode ser um ícone, um índice ou um símbolo, dependendo do


texto. O desenho de uma cruz pode ser um ícone, caso represente apenas uma
cruz; um índice, caso represente a crucificação; e um símbolo, caso represente a
fé cristã.
 Assim, não podemos dizer que um signo encaixa-se
definitivamente em uma categoria, mas sim que ele é
classificado como ícone, índice ou símbolo em
determinado texto.
Interpretação de textos não verbais

 Na charge que veremos a seguir, vemos pessoas tirando fotos de outra pessoa,
representada por uma mão dentro da água. Até aqui, estamos no nível da
compreensão do texto.

 No entanto, qual o sentido de tal charge? Não se trata apenas de registrar uma
cena do cotidiano. Ela apresenta uma crítica à atitude de tirar fotos em vez de
ajudar a pessoa que está se afogando, ao uso exagerado dos recursos
tecnológicos que a maioria das pessoas faz hoje em dia.
Interpretação de textos não verbais

 Essa interpretação é resultado de vários elementos, que dependem de nosso


conhecimento de mundo e dos elementos internos do texto.
 Em primeiro lugar, devemos considerar o gênero textual: a charge. Trata-se de um
tipo de texto cujo objetivo é a crítica de algum aspecto da contemporaneidade.
 Em segundo, o fato de que as pessoas normalmente tiram fotos para exibi-las em
redes sociais em busca de “likes”. A charge critica esse desejo de exibição e
aprovação promovido pelas redes, já que as pessoas preferem registrar uma
tragédia a salvar alguém que está prestes a morrer afogado. Vejamos:
Interpretação de textos não verbais

Fonte: http://www.tribunadainternet.com.br
Interatividade

Quanto à compreensão de textos não verbais, podemos dizer que:


a) É mais fácil a compreensão de textos verbais, já que os textos não verbais são
de compreensão universal.
b) Embora a linguagem não verbal tenda a ser mais universal, nem sempre é fácil a
compreensão de um texto não verbal.
c) Um texto não verbal é o tipo mais completo de texto que há, uma vez que fornece
ao leitor todas as informações necessárias, mas sem usar palavras.
d) Os símbolos mantêm relação tão direta de semelhança
com seu referente que mesmo uma criança pequena é
capaz de identificar facilmente o referente.
e) Um texto não verbal precisa ser representado ao
mesmo tempo por um ícone, um índice e um símbolo.
Resposta

Quanto à compreensão de textos não verbais, podemos dizer que:


a) É mais fácil a compreensão de textos verbais, já que os textos não verbais são
de compreensão universal.
b) Embora a linguagem não verbal tenda a ser mais universal, nem sempre é fácil a
compreensão de um texto não verbal.
c) Um texto não verbal é o tipo mais completo de texto que há, uma vez que fornece
ao leitor todas as informações necessárias, mas sem usar palavras.
d) Os símbolos mantêm relação tão direta de semelhança
com seu referente que mesmo uma criança pequena é
capaz de identificar facilmente o referente.
e) Um texto não verbal precisa ser representado ao
mesmo tempo por um ícone, um índice e um símbolo.
ATÉ A PRÓXIMA!

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