Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
003 Página 1 de 15
TÍTULO: DIMENSIONAMENTO DE POSTE DE CONCRETO COM SE«√O
CIRCULAR, UTILIZADO EM REDE DE DISTRIBUI«√O
AUTOR: Francisco Lourenço da Silva
1. OBJETIVO
2. CONSIDERA«’ES
3. ESFOR«OS MEC¬NICOS
80,0
75,0
70,0
Press„o na Estrutura (daN/m2)
65,0
60,0
55,0
50,0
45,0
40,0
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Velocidade do Vento (km/h)
Os EsforÁos Verticais no poste s„o cargas que atuam no sentido paralelo ao eixo do poste,
porÈm normalmente distantes desse eixo o que acarreta em esforÁos de compress„o e
flex„o do poste atravÈs de trÍs situaÁıes b·sicas:
O peso da Rede È constituÌdo por peso dos condutores (considerando a parcela de peso do
cabo), peso dos isoladores, peso das cruzetas, peso das ferragens, peso do eletricista,
press„o do vento na ·rea da seÁ„o mais desfavor·vel, etc.
O valor total destes pesos independem de ‚ngulos em planta existente na Rede.
A seguir apresentamos um dos in˙meros exemplos destes esforÁos e a conseq¸ente
resultante de carregamento transferida para o poste.
Pc Pc Pc 1
3 d3 2 d1
d2
Pe
RHa
A B
RVa Pcz MF
d7
d5
d6
RHc C Pmf
MF
d4
RVc
Pcn = Peso dos Condutores (parcela de peso do cabo + press„o do vento) + Peso dos
Isoladores e acessÛrios
Pcz = Peso da Cruzeta + press„o do vento
Pmf = Peso da M„o Francesa + press„o do vento
Pe = Peso do Eletricista (procedimento de resgate em caso de acidente)
Todos estes esforÁos s„o transmitidos ao poste (ponto A e ponto C) atravÈs das Cintas e
M„o Francesa.
Como temos quatro incÛgnitas que s„o as reaÁıes de apoio e apenas trÍs equaÁıes de
equilÌbrio, concluÌ-se que a estrutura apresentada È hiperest·tica e a resoluÁ„o da mesma È
atravÈs do processo de an·lise de compatibilidade das deformaÁıes.
Como temos na estrutura apresentada trÍs materiais distintos, sendo dois homogÍneos
(madeira, aÁo) e um heterogÍneo (concreto armado) e a magnitude das forÁas e muito
pequena em relaÁ„o ‡ resistÍncia dos materiais, podemos admitir de modo simplificado que
a somatÛria dos momentos em relaÁ„o ao ponto B È igual a zero considerando-se que a
cruzeta È uma viga que est· apoiada no ponto A e B (considerar apenas os esforÁos
verticais e momentos no sentido anti-hor·rio como valores negativos):
ΣMB = (RVa x d4) ñ (Pc3 x d3) ñ (Pcz x d7) ñ (Pc2 x d2) ñ (Pmf x d6) + (Pc1 x d1) = 0
RVa = {(Pc3 x d3) + (Pcz x d7) + (Pc2 x d2) + (Pmf x d6) ñ (Pc1 x d1)} / d4
Como RVa + RVB = (ΣPcn + Pcz + Pmf + Pe), determinamos assim tambÈm o valor de RVB:
RVB = (ΣPcn+Pcz+Pmf+Pe) - [{(Pc3 x d3)+(Pcz x d7)+(Pc2 x d2)+(Pmf x d6) ñ (Pc1 x d1)} / d4]
Portanto a M„o Francesa gera uma resultante Horizontal no ponto B que È resistida pelo
ponto A com mesma intensidade, porÈm com sentido oposto |RHa| = |RHB|.
A mesma M„o Francesa transfere as reaÁıes do ponto B para o poste no ponto C com os
mesmos valores de |RHB| = |RHc| e |RVB| = |RVc|.
ConcluÌmos ent„o que o peso da Rede È tranferido e suportado pelas cintas no ponto A e C
e a M„o Francesa gera tambÈm resultantes horizontais no ponto A e C com mesma
intensidade, porÈm com sentidos opostos (forÁa bin·ria) resultando em Momento na altura
de fixaÁ„o da cruzeta igual a:
MA = (RHa x d5)
Os equipamentos instalados nas Redes de DistribuiÁ„o tambÈm est„o fixados nos postes e
seus pesos fisicamente encontram-se no centro de gravidade dos mesmos e distantes do
eixo vertical do poste gerando tambÈm esforÁos nos suportes de fixaÁ„o proveniente da
transferÍncia da carga do peso para o eixo do poste acarretando esforÁos de compress„o e
momento.
Ptr
Rh
d2
Rh
d1
Mt = (Ptr x d1) e este momento È transferido para o poste atravÈs dos suportes gerando o
momento bin·rio Rh x d2, portanto temos uma carga momento gerada no eixo do poste, na
altura de fixaÁ„o, igual em mÛdulo a |Rh x d2| = |Ptr x d1|.
Linha do Horizonte
β µ
H1 Cabo H2
Detalhe 2
Poste PL
βn µn
Poste PK
Poste PM
Perfil da Via
L1 L2
Perfil do Projeto
Considerando:
Com o valor do v„o regulador, e o tipo de cabo a ser utilizado, obtemos o valor da Tens„o
de Projeto na RecomendaÁ„o TÈcnica RT ñ 2.001. Est· Tens„o de Projeto representa o
valor m·ximo da tens„o no cabo que ocorrer· na condiÁ„o mais crÌtica de temperatura e
vento que possa atuar na rede.
A Tens„o de Projeto È a forÁa tangente a curva do cabo junto do ponto de fixaÁ„o (isolador)
e a mesma È decomposta em uma resultante horizontal que È o valor de T0 que ser·
constante em todos os v„os mecanicamente contÌnuos e outra resultante vertical que
representa a parcela do peso do cabo no ponto de fixaÁ„o (isolador).
Deste modo a forÁa Vertical no ponto de fixaÁ„o do cabo È V = (p x Leq)/2, para finais de
linha, v„os isolados ou v„o onde ocorre ponto mec‚nico, sendo p = peso do cabo por metro
+ press„o do vento no mesmo.
Tens„o de Projeto
V
θ
Cabo T0
Na pr·tica TraÁ„o de Projeto = T0, pois o ‚ngulo θ È muito pequeno e no caso de v„os
contÌnuos mecanicamente V = p x Leq
No caso do poste PL (Detalhe 1), temos um caso particular de desnÌvel na Rede, onde:
β µ
T T
Vn
Rc
Rc = {T x (sen β + sen µ)} + Vn , onde Rc È o valor que dever· ser considerado no lugar do
valor de Pcn indicado no item 3.1.1. quando verificada est· situaÁ„o.
No caso do poste PM (Detalhe 2) temos outro caso particular de desnÌvel na Rede, onde
temos as mesmas consideraÁıes do caso anterior porÈm no lugar de Rc teremos Rt, onde:
Vn
Rt È o valor que dever· ser considerado no lugar do valor de Pcn indicado no item 3.1.1.
quando verificada est· situaÁ„o.
Os EsforÁos Horizontais s„o oriundos das tensıes resultantes dos cabos quando da
existÍncia de ‚ngulos em planta, finais de linha, tirantes de estaiamento, Rede de Trolebus,
Ramais de LigaÁ„o, etc.
Estes esforÁos, ao contr·rio dos esforÁos verticais, n„o s„o paralelos ao eixo do poste e
geram apenas esforÁos de momentos m·ximos na base do poste junto ao solo e mÌnimos no
ponto de aplicaÁ„o da carga Rn.
Conforme referido anteriormente as Tensıes de Projeto podem ser obtidas nas RT ñ 2.001
e RT ñ 2.002 e tambÈm podemos considerar a Tens„o de Projeto = T0.
Hy
T0
Hx
ψ
Hn = Σ Hx
T0
Hy Hx = Resultante por Condutor
T0 T0 T0
Quando temos uma mudanÁa de direÁ„o da Rede podemos determinar o valor da resultante
pela lei dos cossenos.
T1
Ψ = ‚ngulo interno entre T1 e T2
R 1/2
R = [ T1≤ + T2≤ + (2 x T1 x T2 x cos Ψ)]
T2
T1 T1 T1
Hy1
T1
Hx
ψ
Hn = Σ Hx
T2
Hy2
Hx = Resultante por condutor
T2 T2 T2
Outro caso particular ocorre nos finais de linha ou derivaÁıes cujo ‚ngulo em planta seja
inferior a 120∞, onde o comportamento da estrutura equivale a um ponto mec‚nico com
tens„o em apenas um dos lados, nestes casos o valor de Hn = n x To
Fhj
Fhi
Fhj = Fhi x hi
h
h
hi
Transferindo as forÁas horizontais para o ponto de aplicaÁ„o virtual deve-se levar tambÈm
em consideraÁ„o o ‚ngulo em planta destas componentes e atravÈs da soma vetorial (lei
dos cossenos) chegar ao valor resultante da forÁa equivalente que atua no topo do poste.
Fh1
Resultante 1
Resuntante 2
Poste
Fh3
Fh2
MA = F¥x B¥
Valor
B¥ F¥ Tabelado na
NBR - 8452
d A
Rn
H h
L
NÌvel
do Solo
E
MB = 0,70 ME
e
ME = Rn x h
Onde:
L = comprimento do poste
H = altura do poste acima do solo
d = 0,10 metros (dist‚ncia de aplicaÁ„o da resultante dos esforÁos horizontais em relaÁ„o ao
topo do poste)
e = engastamento do poste (e = L/10 + 0,6) unidade metros
h = altura de aplicaÁ„o da resultante dos esforÁos horizontais
Rn = resultante dos esforÁos horizontais
Os tipos de postes s„o identificados pelo seu comprimento e a sua carga nominal (L e Rn) e
a norma prescreve que:
• Devem suportar cargas excepcionais de atÈ 40% acima da carga nominal sem
apresentar deformaÁıes residuais e/ou trincas permanentes
(Cargas Excepcionais = 1,4 x Rn).
• Carga de ruptura deve ser igual ou superior a 100% acima da carga nominal
(Carga de Ruptura = 2 x Rn).
Cada tipo de poste apresenta seu respectivo diagrama de esforÁos de que por norma o
fabricante deve garantir e cabe ao projetista da rede verificar se o poste calculado est·
dentro do estabelecido por norma.
Como visto inicialmente os postes est„o sujeitos a cargas verticais que normalmente n„o
est„o atuando no eixo do poste e a transferÍncia das mesmas para o eixo adiciona uma
componente de carga momento.
Os postes est„o tambÈm sujeitos as cargas horizontais cujas resultantes rebatidas para o
topo geram momento em relaÁ„o ao engastamento do poste, sendo assim devemos somar
todos os efeitos para obter o Momento Resultante Final e verificarmos se o mesmo est·
compreendido dentro dos limites definido pela norma, como exemplo ilustrativo, temos:
Hn
Vi
Vj
Exemplo: Vi + Vj Exemplo: Hn
O Momento Resultante Total deve estar contido dentro dos limites estabelecidos pelas
Normas NBR-8451 e NBR-8452.
6. CONCLUS√O
Carregamento %
Rn calculado = Hn / 1,4
Os Valores de Rn padronizados na Eletropaulo s„o de 300, 600, 1000, 1500, 1800 e 2500
(daN), portanto o valor do Rn calculado deve ser:
Rn calculado ≤ Rn padronizado
TÍTULO:
REF:
DATA:agosto/03
8,75
8,50
8,25
8,00
GERÊNCIA: PLANEJAMENTO E ENGENHARIA
7,75
7,50
7,25
7,00
6,75
6,50
6,25
6,00
5,75
5,50
DE
5,25
RT – 2.003
Altura ⁄til (m)
ANEXO I
5,00
4,75
POSTE
4,50
4,25
4,00
3,75
3,50
3,25
DE
3,00
2,75
2,50
2,25
CONCRETO
2,00
1,75
1,50
1,25
1,00
0,75 Poste 300daN Poste 600daN Poste 1000daN
0,50
0,25
0,00
ARQ: RT-2.003.DOC
Página
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500 6000 6500 7000 7500 8000 8500
COM
Momento (daN x m)
14
SE«√O
de
15
AUTOR: Francisco Lourenço da Silva
TÍTULO:
REF:
DATA:agosto/03
10,00
9,75
9,50
9,25
GERÊNCIA: PLANEJAMENTO E ENGENHARIA
9,00
8,75
8,50
8,25
8,00
7,75
7,50
7,25
7,00
6,75
6,50
DE
6,25
6,00
RT – 2.003
ANEXO II
Altura ⁄til (m)
5,75
5,50
POSTE
5,25
5,00
4,75
4,50
4,25
4,00
3,75
3,50
DE
3,25
3,00
2,75
2,50
CONCRETO
2,25
2,00
1,75
1,50
1,25
1,00 Poste 300daN Poste 600daN Poste 1000daN
0,75
0,50
0,25
0,00
ARQ: RT-2.003.DOC
Página
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500 6000 6500 7000 7500 8000 8500 9000 9500 10000
COM
Momento (daN x m)
15
SE«√O
de
15