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INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é apresentar uma síntese das pesquisas realizadas sobre a posição de
liderança, não como se esta fosse um local, mas sim da coragem e da determinação de se deslo-
car de determinada posição para outra que represente uma diferença significativa. Mostrar a
liderança como um processo de transformar pessoas comuns em líderes através do autodesen-
volvimento e pelo aprimoramento de técnicas e aprendizado prático.
Antes de qualquer coisa, devemos acreditar que há um líder dentro de cada um de nós. Resta-
nos saber que a partir do querer e do acreditar, precisamos percorrer um longo caminho a seguir
para desenvolver a capacidade de liderança, e é para este fim que mostraremos as Cinco Regras
Fundamentais da Liderança que apontam para um conjunto de comportamentos que serve de
base para que se aprenda a liderar. São os chamados Os Dez Mandamentos da Liderança, que
servem de guia para nossa discussão sobre como os líderes conseguem que se façam coisas ex-
traordinárias.
A liderança é um processo recíproco entre os que optam por liderar e os que preferem seguir.
Qualquer debate sobre a liderança deve atentar para a dinâmica desse relacionamento, onde as
expectativas dos seguidores em relação aos líderes estão moldadas em “Que valores você procu-
ra e admira em seus superiores?”, (donde destacamos os seguintes traços e características):
Honesto, Antecipa Acontecimentos, Inspirador, Competente, Justo, Apoiador, Liberal, Inteligente,
Franco, Confiável, Corajoso, Cooperativo, Imaginativo, Zeloso, Determinado, Maduro, Ambicioso,
Leal, Autocontrolado e Independente.
Não obstante a importâncias dos demais traços e características dos líderes, muitas das suas
ações dependem da credibilidade que este desfruta junto aos seus colaboradores. Contudo essas
definições não se destinam a sugerir que a liderança seja um concurso de popularidade. Os líde-
res têm índices de aceitação oscilantes em função de fatores circunstanciais. Eles têm de apren-
der a desenvolver-se em meio às tensões criadas pelo choque de seu próprio chamado pessoal
com a voz das pessoas.
A partir desses enfoques, definimos liderança como a arte de mobilizar ou outros para
que estes queiram lutar por aspirações compartilhadas. Nessa definição destaca-se o
querer. Sem ele, o significado de liderança seria bastante alterado, provocando o desaparecimen-
to de conceitos como escolha, motivação interna e aspirações. A liderança, nesse caso, implicaria
algo menos que o envolvimento voluntário da parte dos seguidores.
À medida que observamos mais a fundo o processo dinâmico da liderança, através de análises de
especialistas, descobriu-se que os líderes, quando estavam em sua melhor forma, seguiam cinco
regras básicas que os permitam fazer coisas extraordinárias, a saber:
1. DESAFIAR O ESTABELECIDO - O papel singular dos líderes é nos conduzir a lugares onde
nunca estivemos antes. Em busca de novas oportunidades, os líderes se aventuram, se envol-
vem com algum tipo de desafio e são pioneiros. Estão dispostos a correr riscos, a inovar e a
experimentar com o objetivo de encontrar novas e melhores maneiras de fazer as coisas. Os
líderes, não precisam ser sempre os criadores ou originadores. A sua contribuição básica con-
siste em reconhecer novas idéias, em apóia-las e em ter o desejo de desafiar o estabelecido
para conseguir o novo. Nesse processo de busca pelo desconhecido, o líder descobre oportu-
nidades para que se façam coisas extraordinárias, lançando mão de três fatores fundamen-
tais: a) Despertar a motivação intrínseca, a fim de que as pessoas dêem o melhor de si; b)
Equilibrar o paradoxo das rotinas reconhecendo e estimulando as rotinas chaves que devam
ser mantidas para ajudar no processo de mudança e desmascarando e extirpando aquelas que
produzem o mal; e c) Utilizar a visão exterior observando o ambiente externo com as finalida-
des de estimular e informar.
Nessa busca pelo novo os líderes têm a capacidade de atrair e mobilizar seus seguidores a as-
sumirem compromissos compartilhados, a saber: a) Procurar oportunidades desafiadoras pa-
ra mudar, crescer, inovar e melhorar; e b) Experimentar, arriscar-se e aprender com os erros.
3. PERMITIR QUE OS OUTROS AJAM – Inerentes a esta regra temos os seguintes compromissos:
a) Incentivar a colaboração mediante a promoção de objetivos cooperativos e o desenvolvi-
mento da confiança; e b) Fortalecer as pessoas a distribuir poder, possibilitar a escolha, de-
senvolver a competência, designar tarefas críticas e proporcionar apoio explícito. A liderança é
um esforço coletivo. Os líderes exemplares arregimentam o apoio e a colaboração de todas as
pessoas que devem fazer acontecer. Eles envolvem as pessoas que devem identificar-se com
a obtenção de resultados, e tornam isso possível para que os outros realizem um bom traba-
lho. Eles permitem que as pessoas ajam não pela concentração de poderes, mas por sua dis-
persão. Assim a divisão do poder é importante para que as pessoas em tendo poder de deci-
são, mais autoridade e mais informação, tendam mais a utilizar suas energias para produzir
resultados extraordinários. Liderança é relacionamento fundo na credibilidade e na confiança e
isso vem através da capacidade do líder em delegar sabiamente.
4. APONTAR O CAMINHO – É seu comportamento que lhe permite conquistar o respeito. Os líde-
res vão na frente. Dão o exemplo e constroem o compromisso por meio de simples ações diá-
rias que criam o progresso e o impulso. Os líderes apontam o caminho pelo exemplo pessoal e
pela dedicada execução de suas tarefas. Para apontar o caminho com eficiência, os líderes
devem primeiro ser claros quanto aos princípios básicos de ação. Os atos dos líderes são mui-
to mais importantes que suas palavras e devem ser coerentes com elas. Desta forma os com-
promissos para esta regram estão em: a) Estabelecer o exemplo ao se comportar de modo
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coerente com os valores compartilhados; e b) Alcançar pequenas vitórias capazes de promo-
ver o progresso consistente e estabelecer compromissos. Quanto ao primeiro compromisso
podemos acrescentar que os líderes demonstram seu compromisso intenso com os valores
adotados pelo exemplo que dão e assim obtêm e conseguem manter a credibilidade ao longo
do tempo, girando em torno de objetivos comuns a líderes e seguidores que se unificam em
volta de valores compartilhados que, por focalizarem as energias e os compromissos das pes-
soas, geram atitudes mais positivas de trabalho e níveis mais elevados de desempenho. Já
com relação ao segundo compromisso, entendemos que os líderes carregam o sonho na men-
te; durante o caminho, eles agem e fazem adaptações. O processo de pequenas vitórias per-
mite aos líderes também obter o compromisso dos seguidores para com um curso de ação. A
pequena vitória é um resultado concreto, completo e implementado, de importância mediana.
As pequenas vitórias formam a base padrão consistente de conquistas que atrai as pessoas
que querem se aliar a um empreendimento bem-sucedido.
5. ENCORAJAR O CORAÇÃO – O caminho para o ápice é árduo e longo. As pessoas ficam exaus-
tas, frustradas e desencantadas. Com freqüência sentem-se tentadas a desistir. Os líderes en-
corajam os corações de seus seguidores para que eles perseverem. Faz parte do trabalho do
líder mostrar às pessoas que elas podem vencer. Para que isso acontecer, torna-se mister que
os líderes sejam capazes de criar, manter e transmitir aos seus seguidores em torno das se-
guintes compromissos: a) Reconhecer as contribuições individuais para o êxito de qualquer
projeto; e b) Celebrar com regularidade as realizações da equipe. Ao reconhecer contribuições
o líder deve estabelecer uma estreita relação com as recompensas pelo desempenho. As pes-
quisas apontam como aspecto primeiro do básico da liderança, o reconhecimento das contri-
buições pessoais. No entanto há mais coisas a acrescentar em torno desses aspectos essenci-
ais do que o reconhecimento das realizações individuais: 1) Desenvolver a autoconfiança ao
demonstrar grandes expectativas com relação à pessoa – Os líderes bem-sucedidos têm níveis
bem elevados de expectativa, tanto para si quanto para seus seguidores. Essas expectativas
são poderosas, pois constituem a moldura na qual as pessoas enquadram a realidade: todos
nós tendemos mais a ver o que gostaríamos que acontecesse do que o que está realmente
ocorrendo. As expectativas do líder são ainda mais poderosas em tempos de incerteza e tur-
bulência. Quando as formas consagradas de fazer as coisas já não funcionam bem, as fortes
expectativas dos líderes a respeito de que rumo seguir, que medidas adotar e da capacidade
da equipe servem para fazer com que os sonhos se tornem realidade. Além disso, os líderes
tendem a não desistir das pessoas, porque fazê-lo significa desistir de si mesmos, de sua ca-
pacidade de julgamento e de sua habilidade para extrair o melhor das pessoas; 2) Relacionar
as recompensas com o desempenho – Os resultados de nossas ações atuais desempenham
um papel determinante em nossas ações futuras. As pessoas repetem os comportamentos re-
compensados, evitam os comportamentos punidos e abandonam ou esquecem os comporta-
mentos que não produzem nenhum desses resultados. Um dos meios mais antigos e podero-
sos para influenciar a motivação é relacionar os resultados do trabalho (como recompensas e
o reconhecimento) com o esforço dedicado e o desempenho obtido. Caso se deseje incentivar
a preocupação com a qualidade, as recompensas devem ser dadas aos que costumam atingir
os padrões de qualidade, enquanto os que apresentam um desempenho baixo não devem ser
recompensados até se equipararem à norma. Para integrar o desempenho com as recompen-
sas, os líderes têm de: a) assegurar que as pessoas saibam o que se espera delas; b) propor-
cionar feedback sobre o desempenho do colaborador; e c) recompensar apenas os que atin-
gem os padrões; 3) Utilizar uma variedade de recompensas – O uso criativo das recompensas
é outra característica que define o líder. Os líderes tendem a não depender do sistema formal
de recompensas da organização (tipicamente financeiro), que oferece apenas uma gama limi-
tada de opções. No mundo dos negócios, as promoções e os aumentos de salários são recur-
sos escassos que não podem ser aplicados com muita freqüência. Por outro lado, os elogios
verbais ou escritos, os buttons e outras recompensas informais e de natureza mais pessoal
constituem recursos quase ilimitados; 4) Ser positivo e esperançoso – Quando reconhecem as
realizações individuais, os líderes encorajam seus seguidores. Essa coragem permite às pesso-
as manter serenidade em situações geradoras de ansiedade e a suportar a adversidade. A co-
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ragem para continuar a busca e a esperança de um futuro positivo são elementos centrais do
legado de Don Quixote: “sonhar o sonho impossível. Inclui-se também à regra de Encorajar
Corações o compromisso de celebrar as realizações. Isto implica na valorização das vitórias,
na animação de torcidas pela celebração de esforços de todo o grupo, e a celebração são
meios de homenagear as pessoas e compartilhar com elas o doce sabor do sucesso. Os mes-
tres em celebração dominam os seguintes aspectos essenciais: a) Animar em torno dos valo-
res essenciais - Determinar o que celebrar é o ponto de partida dos animadores de torcida. O
público das arquibancadas perde o interesse e deixa de se envolver de verdade no jogo se
não houver um grito de incentivo toda vez que a equipe tocar na bola. As celebrações tam-
bém deveriam chamar atenção e incentivar os valores básicos da organização. Em qualquer
celebração, a necessidade de coerência com os valores básicos é um fator essencial para
manter a credibilidade do líder; b) Tornar públicas as cerimônias – A natureza pública dos
eventos torna mais visíveis as ações das pessoas e, por isso, tem um forte efeito de coesão.
Por serem acontecimentos públicos, as celebrações e a animação de torcida reforçam o com-
promisso com os valores básicos e demonstram de forma visível a seriedade com que o líder
encara a importância de aderir a esses valores. As cerimônias e os rituais públicos são os in-
gredientes que cristalizam o compromisso pessoal. Eles ajudam a unir as pessoas e mostrar a
elas que não estão sós. Também podem proporcionar informações e, em conseqüência disso,
maior poder, a quem comparece; elas fornecem ainda um valioso lembrete sobre que valores
a organização celebra; c) Envolver-se pessoalmente – A liderança é um tipo de relacionamen-
to que se baseia claramente no envolvimento pessoal. Os líderes desempenham um papel
muito especial na arte da celebração porque são mais visíveis para os outros na organização e
servem de papéis modeladores. Como as organizações, a exemplo dos demais seres vivos,
passam por inúmeras mudanças, os líderes têm muitas oportunidades para celebrar e, assim,
focalizar a atenção nos valores organizacionais básicos e interpretar os acontecimentos essen-
ciais da organização; d) Criar rituais de apoio social – Os relacionamentos de apoio no traba-
lho são essenciais para manter a vitalidade do indivíduo e da organização. É por meio da cele-
bração das realizações que as realizações que os líderes criam as redes de apoio social: eles
reúnem as pessoas que compartilham as mesmas metas.
CONCLUSÃO
Dos milhares de casos e pesquisas sintetizados neste estudo observamos que a liderança exem-
plar envolvia cinco aspectos fundamentais: a) os líderes desafiam o estabelecido; b) os líderes
inspiram uma visão compartilhada; c) os líderes permitem que os outros ajam; d) os líderes
apontam caminhos; e e) os líderes encorajam o coração.
Como os líderes aprendem a fazer? Mais especificamente, como você pode se tornar um líder
melhor? Na conclusão deste trabalho, oferecemos alguns insights que você pode utilizar para
desenvolver sua capacidade de liderar e, a despeito de sua posição na empresa, na comunidade
ou na congregação. Mas para desenvolver sua capacidade de liderança é preciso esforço – e co-
ração para se importar o suficiente para fazer diferença.
“O próprio conceito de liderança implica a proposição de que os indivíduos fazem diferença para
a história”. Essa proposição, no entanto, nunca teve uma aceitação universal. O determinismo e
o fatalismo governam a mente de muitos. Algumas autoridades em administração chegam a
afirmar que os líderes têm pouca influência na organização, que outras forças – internas ou ex-
ternas à organização – é que determinam o sucesso. Outros sustentam que o papel do líder é em
grande parte simbólico, mas não muito substantivo. Os dados dispostos neste trabalho de pes-
quisa apontam no sentido contrário: Gerentes e não gerentes, voluntários, pastores, administra-
dores do governo, professores, diretores de escolas e outros líderes que começam a usar com
maior freqüência os cinco princípios básicos da liderança exemplar são vistos pelos outros como
melhores líderes:
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Eles cumprem as exigências do trabalho com mais eficiência.
Eles representam com mais êxito suas unidades perante a gerência sênior.
Além disso, as pessoas que trabalham com líderes que tentam seguir esses princípios fundamen-
tais mostram-se bem mais satisfeitas com as ações e as estratégias de seus líderes e se sentem
mais comprometidas, entusiasmadas e com mais energia, influência e poder. Em outras palavras,
quanto mais você se compromete com os princípios seguidos pelos líderes exemplares, mais você
tende a ter uma influência positiva sobre os outros na organização.
Ao finalizar, ressaltamos mais uma vez que os líderes nos levam a lugares onde nunca havíamos
estado antes. Mas não há superestradas para o futuro, nenhuma auto-estrada pavimentada para
lugares desconhecidos e inexplorados. Há somente o ermo. Para pisar no desconhecido, comece
com a exploração de seu território interno. Tendo isso como base, podemos então descobrir e
libertar o líder que vive dentro de nós.