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Lógica e Aspectos
Psicológicos da Decisão
Judicial
------- Lógica e Aspectos Psicológicos da Decisão Judicial ----
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Lógica e Aspectos
Psicológicos da Decisão
Judicial
Tarsis Barreto Oliveira, Enio Walcácer de Oliveira Filho,
Kathia Nemeth Perez
(organizadores)
Palmas
2016
Título Original em Português: Lógica e Aspectos Psicológicos da
Decisão Judicial.
Organização
Vários autores.
Bibliografia.
ISBN: 978-85-646-0513-8
17-06167 CDU – 34 : 15
1. Direito e psicologia 34 : 15
-------- Lógica e Aspectos Psicológicos da Decisão Judicial --
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Os autores
Alex Rabelo
Ricardo Gagliardi
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Com escopo mais filosófico, Ricardo Gagliardi traz reflexões sobre
a essência do ser humano, os conflitos de nossa sociedade e as
influências para o comportamento sob a ótica cultural e biológica, no
contraponto existencial entre as necessidades individuais e os direitos,
limitadores do convívio social humano, sendo este caracterizado por
um conflito que deve ser amenizado pelo Direito como instrumento de
concretização do equilíbrio na busca da realização de projetos de vida
em Estados Democráticos.
A decisão judicial, como corolário da prestação jurisdicional, é a
temática do artigo de Pedro Nelson de Miranda e Reynaldo Borges,
que analisam os fatores psicológicos externos que afetam a tomada de
decisão judicial. A formação da convicção na decisão judicial, de
forma ideal, deve ser a mais livre possível de fatores externos, sendo a
Teoria das Decisões um dos principais focos do debate jurisdicional
na contemporaneidade. Neste aspecto, os autores analisam os modos
de tomada de decisão, a lógica envolvida no ato de decidir, tanto
formal quanto jurídica, e a racionalidade que deve estar envolvida na
decisão. Abordam ainda a importância da Moral sobre o Direito, tendo
como base Alexy e Dworkin, analisando ainda os elementos de
valoração presentes na decisão, sem menosprezar as influências que
sofre o magistrado na prolação do ato decisório. Jocy Gomes e
Manuel de Faria analisam a importância dos aspectos emocionais em
contraponto com a razão e a sua influência na decisão judicial.
A mediação de conflitos é abordada por Eurípedes Lamounier e
Rogério Adriano Bandeira, para quem a resolução de conflitos por
intermédio da mediação é um aspecto de relevância na construção de
uma sociedade mais justa e solidária, atuando como forma de
estabelecimento de um diálogo entre os litigantes na solução mais
rápida de conflitos, reduzindo seus custos e inserindo a comunidade
na solução de seus problemas sem a necessidade de congestionamento
do Judiciário.
Ao final nos deparamos com dois artigos que coroam a obra, um
da psicóloga Káthia Nemeth, que aborda as questões psicológicas
envolvidas nas decisões judiciais, consicente e inconscientemente,
bem como o efeito dos fatores externos e internos nas decisões. O
outro artigo do processualista penal Enio Walcácer aborda o
procedimento de recebimento da inicial acusatória e os efeitos da
dissonância cognitiva, sob a ótica de Festinger, na decisão, bem como
a inconstitucionalidade do procedimento à partir da demonstração da
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mácula da imparcialidade do juiz no sistema adotado atualmente no
Código de Processo Penal brasileiro.
A presente obra compõe a coleção Prestação Jurisdicional &
Direitos Humanos, iniciada com as obras Sistema Penal e Direitos
Humanos e Efetividade da Tutela Jurisdicional e Técnicas
Processuais, encerrando o primeiro ciclo de sua trilogia, brindando o
leitor tocantinense e brasileiro com um vasto conjunto teórico que
busca o aprimoramento da função jurisdicional e a consolidação dos
direitos humanos, vistos numa perspectiva humanística e
interdisciplinar.
Dos organizadores
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PREFÁCIO À OBRA
Por Jaci Augusta Neves de Souza1
1
Graduada em Psicologia pela Universidade de Brasília (1992). Especialista
em Psicologia Clínica pelo Conselho Federal de Psicologia (2002). Mestrado
em Teoria e Pesquisa do Comportamento pela Universidade Federal do Pará
(2005). Doutorado em Teoria e Pesquisa do Comportamento na Universidade
Federal do Pará (2013). Atualmente seu interesse está voltado para o estudo
do potencial de adaptação social de pessoas em conflito com a lei. Trata-se de
estudos ancorados no pressuposto de que se as relações sociais e jurídicas
são estabelecidas pelo homem, seus princípios devem ser buscados no próprio
homem, no seu pensamento, na sua vontade, nos seus sentimentos, cuja
capacidade passa da vontade particular para a coletiva, pré-requisito da vida
normativa.
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utilizam sobre controle de comportamento veio das ciências
experimentais e aplicadas delineadas pela Análise do Comportamento.
Nesse sentido a Psicologia limita-se a uma condição de disciplina
auxiliar do Direito porque é o estudo do comportamento das pessoas
ou grupos, em relação à necessidade de desenvolver-se dentro de
ambientes regulados juridicamente. Na especificidade da área jurídica,
a Psicologia ocupa-se, então, da estrutura das normas jurídicas
enquanto estímulos vetores da conduta humana, no espaço íntimo
do indivíduo, que se manifesta pelas marcas singulares da formação
ou construção de crenças e valores compartilhados na dimensão
cultural que vão constituir a sua experiência individual ou de grupo.
Daí afirmar-se que as normas morais ou jurídicas possuem
conteúdo emocional porque aprovam ou reprovam uma forma de
conduta em uma dimensão subjetiva e individual. As normas,
portanto, são resultados de necessidades e sentimentos, que se
expandem e se limitam até encontrar um sentido, tomando o formato
de crenças que se estabelecem pela própria experiência do indivíduo;
ou pelas observações das experiências de pessoas confiáveis; ou,
ainda, pelos discursos de pessoas confiantes. O processamento
psíquico cria os ideais da consciência coletiva que, finalmente, as
transformam em normas de conduta.
A percepção de pertencimento e de compromisso mútuo que liga
os indivíduos em uma unidade coletiva é área de investigação
privilegiada das Ciências Sociais, que pretende a diluição e prevenção
dos sentimentos de isolamento, solidão e alienação. A justiça social
traduz-se na preocupação com as questões de igualdade, à distribuição
justa dos recursos, oportunidades, participação e poder. Partilhar a
visão de sociedade justa, estabelecer o sentimento de urgência, o
desenvolvimento de possibilidades de solução dos problemas, é área
exclusiva das Ciências Jurídicas.
E, finalmente, no delineamento dos processos colaborativos de
tomada de decisão que permitem envolvimento significativo de todos
os membros, a identificação e definição dos problemas que afetam o
indivíduo, em se organizar de forma eficaz para responder às suas
próprias necessidades, e de tomar parte nas decisões que determinam
o seu futuro, definitivamente, é área das Ciências Humanas.
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Esta obra é, então, o resultado do esforço das Ciências Sociais ao
contemplar os Direitos Humanos e a Prestação Jurisdicional, na forma
de Mestrado Profissional.
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INTRODUÇÃO
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Neste sentido,
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2. APERFEIÇAMENTO DO ATENDIMENTO AO
PÚBLICO NO PODER JUDICIÁRIO: A
COMUNICAÇÃO COMO UM INSTRUMENTO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estes são alguns itens que facilitam a vida de quem busca a tutela
jurisdicional, inclusive para pessoas menos esclarecidas, às vezes
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REFERÊNCIAS
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Alex Rabelo & Gisele Pereira de Assunção Veronezi
ASPECTOS PSICOLÓGICO-COMPORTAMENTAIS DA
RELAÇÃO DE AUTORIDADE ENTRE O JUIZ E A
TESTEMUNHA
Por Alex Rabelo & Gisele Pereira de Assunção Veronezi
ABSTRACT: What is the reason of the witness discomfort before the Judge?
In the present study it was made an approach to the importance of witness
evidence for the conduct of the legal process. Therefore, it is analyzed the
possible reconstruction of the truth, through the process, discussing the
overcoming of the dichotomy between real truth and absolute truth. It is
standed the legal formalism in the production of witness evidence and the
need for critical thinking on this formalism and the profile that the society
demands on the judge. In an interdisciplinary approach, from Horkheimer,
Adorno, Freud and Lima studyes, it is drawn a parallel between the
relationship of authority and authoritarianism, to reach the analysis of
authority relations between the judge and witnesses. It is argued that the
interaction of the judge with the other subjects of the process is conducted
through a relationship of power, because of the economic ascendancy that the
magistrate has on the parties, witnesses etc. Then still under interdisciplinary
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Introdução
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2. PROVA E VERDADE
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Não raras vezes, salutar registrar, afirma-se que pela prova busca-
se a verdade, que, no processo penal, é denominada material, real ou
substancial, justamente para fazer contraste com a verdade formal ou
instrumental do processo civil (NUCCI, 2012, p. 388). No entanto, tal
dicotomia encontra-se superada, vez que, atualmente, através do
processo, busca-se a verdade possível, ou seja, a verdade que pode ser
reconstruída, segundo as regras do processo.
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4. A AUTORIDADE
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“Essa tendência da moderna teoria dos sistemas nos conduz, assim, a
ver o poder como um meio (medium) de comunicação, generalizado
simbolicamente. [...] Entendemos por meio (medium) de
comunicação, pois, uma espécie de construção paralingüística, isto é,
um código de símbolos gerais, que regula a transmissão de
performances seletivas. [...] Nesse sentido, nosso tipo ideal (Weber)
nos obriga a distinguir poder e coação para fazer algo determinado e
concreto, pois as possibilidades de escolha do coagido são reduzidas a
zero. [...] A função do poder (e do direito) coloca possíveis relações
causais independentes da vontade do submetido, ou seja, a causalidade
do poder (imputação) consiste na neutralização da vontade do
submetido e não em quebrar sua vontade. A função do poder (e do
direito) está na regulação da contingência e não em sua supressão”.
(FERRAZ JUNIOR, 2003, p. 36-40)
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Com base no que Adorno reflete, essa reação do sujeito que sofre
o influxo da relação de autoridade pode ser positiva ou negativa. A
reação positiva pode ser admitida como aquela que resulta na
emancipação do sujeito; e a negativa como aquela que impede essa
emancipação.
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Para isso, o Juiz precisa ver o mundo por outras janelas, além
daquelas abertas pelo estudo do Direito, sequioso pelo conhecimento e
exploração doutras áreas do conhecimento, reforçando a necessidade
da adoção da interdisciplinaridade no Direito e da formação
humanística do Magistrado.
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CONCLUSÃO
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REFERENCIAIS CONSULTADOS
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the knowledge brought by the legal psychology show essential in the quest for
a just jurisdictional service, that approximates as much as possible the truth of
the facts.
Keywords: False memories; Witness; Judicial decision.
1. Introdução
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Mais que isso, deve-se dizer, ainda, que é possível criar falsas
memórias. Existem pessoas que completam os hiatos da memória com
suposições plausíveis, como se realmente tivessem visto ou
experimentado aquilo de que se recordam (MYERS, 1999, apud
FIORELLI; MAGUNI, 2015).
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processo, sem que seja obrigado, ele mesmo buscar a verdade. Esse é
o exemplo do que ocorre no processo civil brasileiro (NUCCI, 2013).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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Ricardo Gagliardi
ABSTRACT: The present article analyzes the nature of the human being and
establishes a relationship with social conflicts, with an interdisciplinary focus.
The studies are delimited by the philosophy, psychology, anthropology,
psychiatry, biology, sociology and law. At the end, he concludes that the
essence of the human being and his primordial difference from other animals,
besides the morphological and physiological aspects, passes through self-
knowledge, self-consciousness, imagination, rationality, socialized by
language and communication. It concludes that the human being is born with
genetic elements of knowledge, which can be characterized as good or bad,
but are treated as neutral, in order to be shaped in their instinctive nature.
Thus, it can be said that it is the cultural influence that contributes
significantly to the development of his personality. This parameter establishes
the fact that social conflicts are generated by cultural factors.
KEY-WORDS: Social Conflict; Nature of the Human; Cultural Influence.
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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Nesse último ponto, equipara-se à teoria defendida por Rousseau, como se verá à
frente.
4
Hobbes defendeu, como se verá no próximo item, que o homem nasce com
elementos negativos como egoísmo e competitividade.
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Rousseau (1999, p. 9-18) diz que "O homem é bom por natureza. É
a sociedade que o corrompe."
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Como se relatou, não é que o ser humano nasça como uma folha
em branco. Ele possui sim elementos genéticos comportamentais,
biopsicológicos, que se traduzem em características que podem ser
reconhecidas universalmente, como boas ou más, ou de modo
dependente do contexto cultural em que estiver envolvido. Durante
sua vida, essas características, umas ou outras, podem ou não aflorar
e, isso, é dependente das influências culturais a que estiver envolvido.
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Freud (2010, p. 29-30; 32; 64; 66; 78-79; 82) defende que o ser
humano busca a felicidade, como propósito de sua vida, que vem a
significar a realização de prazeres e a ausência de desprazer. Almeja a
“satisfação irrestrita de todas as necessidades”. Ao mesmo tempo,
com a participação na vida em civilização, teve limitada a sua
liberdade para a satisfação de suas necessidades mais instintivas, para
dar lugar a uma maior segurança.
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5
Ambos, SPROC e EPROC, são sistemas eletrônicos de processamento dos
procedimentos e processos judiciais no Estado do Tocantins, Brasil. Cabe ressaltar que
o SPROC trata-se de um mero sistema de controle e banco de dados dos processos
físicos, em desuso a partir da instalação do EPROC no Estado do Tocantins entre os
anos de 2011-2014. Este é um sistema moderno de processamento dos processos e
procedimentos judiciais, o que foi denominado sistema dos processos digitais ou
eletrônicos, substituindo a matriz dos autos físicos.
6
Observe-se que esses números não revelam plenamente a realidade dos fatos, já que
apenas se considera as ações penais instauradas. Sabe-se que há inquéritos policiais
instaurados sem conclusão da autoria, por exemplo.
7
Artigos 155 a 186 do Código Penal, exceto artigos 163 a 167.
8
Artigos 121 a 129 do Código Penal.
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Bobbio (2004, p. 57), nesse ponto defende ser justo que cada
pessoa seja tratada e respeitada para que possa satisfazer as suas
próprias necessidades, principalmente a felicidade, “que é um fim
individual por excelência.”
E continua concluindo:
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
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Embora não se possa afirmar que uma prova tem maior peso que
outra, fato é que assume grande destaque a prova testemunhal, dada a
riqueza de informações que podem ser colhidas por meio dela.
Todavia, para que o juiz não seja induzido ao erro, a lei encontrou
uma forma de responsabilizar penalmente a testemunha que,
conscientemente, faça falsa afirmação ou que nega ou que, até mesmo,
cala a verdade. Nesses casos, a testemunha estaria cometendo um
crime contra a Administração da Justiça e estaria incursa nas penas do
tipo penal previsto no artigo 342 do Código Penal Brasileiro,
denominado Crime de Falso Testemunho.
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Vejamos:
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acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se
ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
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E que
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Assim, “(...) o sujeito que relata, bem como o sujeito que o escuta,
revela-se e se oculta quando relata ou quando escuta.” (CYMBOT, in:
ZIMERMAN; COLTRO, 2010, p. 339) e “de acordo com a proposta
psicanalítica, as lembranças são sempre fontes suspeitas” (p.340).
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(...). Isto quer dizer que a subjetividade humana não pode ser
subestimada e que a sua marca encontra-se em qualquer
manifestação humana. Ela interfere na visão que a pessoa tem de
si mesma, do que lhe sucede na vida, dos outros, do mundo. Isto
vale para os intitulados juízes, réus, psicanalistas, pacientes.
(CYMBOT, In: ZIMERMAM; COLTRO, 2010, p.343)
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o juiz crê que quanto mais viva e emotiva tenha sido a situação,
tanto melhor tem que ser recordada pelo sujeito [...] crê que tem
que ser severo ao exigir uma recordação precisa dos detalhes
fundamentais. Pois bem, são precisamente esses detalhes que se
olvidam.
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Cunha (2015a) nos ensina que, pare que se configure o fato típico,
é necessário que o comportamento praticado seja precedido da
vontade do seu agente. Caso contrário, ainda que tal conduta se
enquadre em um tipo penal previsto, estaria desfigurado estará o fato
típico.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
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4. CARACTERÍSTICAS DA MEDIAÇÃO
2. Não-coercitivo;
8. Não-burocrático e flexível;
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REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO:
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Eurípedes do C. Lamounier & Rogério Adriano B. de Melo Silva
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11207
&revista_caderno=13. Acesso em 02 abr 2016.
184
Eurípedes do C. Lamounier & Rogério Adriano B. de Melo Silva
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Eurípedes do C. Lamounier & Rogério Adriano B. de Melo Silva
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Pedro Nelson de Miranda Coutinho & Reynaldo Borges Leal
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Estes, via de regra, não são racionais, visto que são pessoas
passíveis de incoerência, sentimentos e tendências que lhes tornam
eventualmente vulneráveis a diversos fatores externos que podem
interferir cabalmente no processo deliberativo inerente a sua função
jurisdicional de decidir.
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Não quero dizer com isso que não haja lugar para a tomada de
decisão baseada em crenças conscientes, tendo como referência o
pensamento racional e lógico. Há lugar para esse tipo de tomada de
decisão. No entanto, você irá rapidamente perceber que todas as
decisões fundamentais que você precisa tomar na vida devem passar
pelo teste de valores. Se uma decisão parece lógica, mas vai contra os
seus valores, você irá preferir não ir adiante (2014, P.200).
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2. DA LÓGICA FORMAL
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3. LÓGICA JURÍDICA
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4. RACIONALIDADE
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5. MORAL
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Este solipsismo é muito importante para o julgador por que ele traz
consigo na sua experiência de vida familiar, social e mesmo pessoal
que o permite ter a maturidade necessária para prolatar a decisão da
maneira mais exata possível, sem se comprometer de qualquer
maneira com o interesse das partes e sem se deixar levar pela
sensibilidade que o caso requer.
Neste ponto não podemos deixar de frisar que não basta ter o
magistrado um amplo e profundo conhecimento jurídico para atender
às demandas que lhe cabem decidir. Atualmente é necessário que
tenha conhecimento de psicologia, filosofia e tantas outras ciências
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2. A LÓGICA
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3. A LÓGICA JURÍDICA
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4. A RACIONALIDADE JURÍDICA
5. INTERPRETAÇÃO JURÍDICA
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Kelsen põe os pés nestas duas posições, para dizer que a atuação do
jurista, enquanto jurista, corresponde apenas ao ato de conhecimento
da ordem jurídica, para estabelecimento do âmbito de execução da
norma aplicável. Como a norma superior é sempre mais ou menos
indeterminada, ou porque intencionalmente se quis deixar espaço
maior para o criador da norma inferior, ou porque inevitavelmente há
sempre uma margem de indeterminação, cabe ao jurista, na
interpretação da lei, estabelecer as diversas possibilidades decisórias.
Por conseqüência, a interpretação da lei não tem, necessariamente,
que levar a uma única decisão, como se só ela fosse justa ou reta, mas
a várias decisões, cada uma das quais (sob o ponto de vista da norma
que aplicam) possui um valor idêntico ao das outras, apesar de só
uma delas vir a ser Direito Positivo através da sentença judicial. A
escolha da alternativa já não é um ato de conhecimento, não encontra
nenhum fundamento no ordenamento jurídico, mas é um ato de
vontade. (AGUIAR JÚNIOR, 1989, p. 5)
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O Juiz não é servo da lei, nem escravo de sua vontade, mas submetido
ao ordenamento jurídico vigente, que é um sistema aberto afeiçoado
aos fins e valores que a sociedade quer atingir e preservar, no
pressuposto indeclinável de que essa ordem aspira à justiça. O
primeiro compromisso do julgador é com a justiça; estando ele
convencido de ser injusto o sistema, trazendo-lhe sua sujeição
inconciliável conflito de consciência, não há como exercer a atividade
operativa, porque toda aplicação que fizer será sempre uni modo de
efetivação do sistema. O intérprete não é um ser solto no espaço,
liberto de todas as peias, capaz de pôr a ordem jurídica entre
parênteses. Ele atua com a ordem jurídica, fazendo-a viva no caso
concreto. Inserido no ambiente social onde vive, tem o dever de
perceber e preservar os valores sociais imanentes dessa comunidade,
tratando de realizá-los. Sua atitude há de inserir-se no contexto
social, cujas idéias, valores e sentimentos não lhe é dado ignorar.
(AGUIAR JÚNIOR, 1989, p. 18)
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7. IMPARCIALIDADE X NEUTRALIDADE
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Nesse sentido:
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8. AUTOCONHECIMENTO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Pode-se concluir que o juiz, por mais racional que pretenda ser ao
julgar, se encontra implicado visceralmente no emaranhado de seus
sentimentos e emoções, sendo, portanto, praticamente impossível se
atingir a neutralidade, onde as tentativas frustradas e ilusórias de
racionalizar as influências decorrentes de nossas convicções, valores,
tradições e sentimentos. Somos sujeitos a diversas determinações
inconscientes que acabam por moldar nossa percepção sobre o que é
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(...)
(...)
Mas foi uma audiência tão pesada... durou acho que seis horas.
Ouvir todo mundo... E assim, no final, eu não sabia. Não é que
não soubesse. Eu sabia que aquela mãe não tinha condição de
criar aquela filha. Mas é um negócio muito sofrido, muito doído.
Eu tive que... Eu saí duas vezes no meio da audiência pra chorar
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(...)
M2: (...) Acho que a gente sofre mais do que bate. É, com certeza.
M: Por quê? M2: Porque é uma profissão muito isolada, você fica
muito só. A gente... Você entra no gabinete, é assim: você é
cercada de gente, então você tem um poder, né, um grande
poder, na verdade. Você fica sozinho, ali. Muita gente se
aproxima, porque você tem o tal do poder, então você é, assim...
tentado, digamos assim, de várias formas. E isso gera um
sofrimento, né. Não tem como não gerar. Muita solidão, na hora
de decidir, porque não tem como você... você não delega isso,
não tem como você delegar, você que tem que resolver aquilo ali,
você tá o dia inteiro decidindo coisas... (risos) ‘Faz isso, não faz
aquilo, dá, não dá uma coisa’. (MELO, 2016: 5-17)
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A decisão que inicia uma ação penal é tão importante como a que
põe fim a ele, a ambas o art. 800 do código dá um prazo de 10 dias
para a decisão do magistrado, e demonstra que em ambas é necessário
um aprofundamento do magistrado na questão a ser decidida. No
recebimento da inicial o magistrado se debruça sobre o fumus
commissi delicti indicado na inicial acusatória e consubstanciado,
quando presente, na investigação preliminar realizada, em geral o
inquérito policial. Para isso precisa fazer uma análise apurada que
determinará se efetivamente se atingiu um nível mínimo de
probabilidade que permita que uma pessoa passe formalmente a
condição estigmatizante de réu em um processo penal. É inegável que
tal decisão tem um amplo efeito sobre o jus libertatis do acusado,
tanto dentro do processo quanto em nossa sociedade do espetáculo.
O recebimento da inicial é o momento processual em que se cria
uma relação jurídica entre os sujeitos (Bülow), ou se cria uma
situação jurídica (Goldschmidt) e até mesmo mais hodiernamente
onde se estabelece o procedimento em contraditório (Fazzalari).
(CINTRA, DINAMARCO, GRINOVER, 2014)
De qualquer forma, o recebimento da inicial em sede de processo
penal estabelece uma medida de sujeição do réu à certas medidas
restritivas de liberdade e em último caso sujeita o réu à única medida
em que se possibilita a restrição de seu jus libertatis, em limites
predeterminados pelo legislador no preceito secundário do tipo penal,
diante das regras ditadas pela Parte Geral do Código Penal. A
legitimação de cada ato procedimental é dada pelo contraditório sob a
ótica da acusação e defesa e pelos princípios da publicidade dos atos e
da fundamentação das decisões sob a ótica do magistrado. Ou seja,
nesta relação jurídica a observância das regras do jogo (devido
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buscar uma dissonância diante dos elementos cognitivos que lhes são
apresentados por diversos outros órgãos de atuação estatal, que por
sua vez já carregam consigo uma visão determinada de mundo, parcial
portanto e determinada, visando a persuasão do juiz quanto à culpa do
acusado. Há então uma contaminação inicial do magistrado que
dificulta a defesa posterior já que o juiz não mais é imparcial ao caso,
dispondo à partir daí de uma possibilidade de dissonância cognitiva
que reduzirá as chances da defesa no processo dialógico da formação
de culpa.
Tais informações corroboram o nosso entendimento, agora sob a
égide psicológica da necessidade de alteração total do rito de
recebimento da inicial acusatória para que seja possível a
consolidação da presunção de inocência e seja direito do réu o
julgamento por um juiz que seja de fato imparcial e que tenha a
formação da cognição feita a partir da ignorância do caso e não sob o
efeito de um conjunto cognitivo inicial acusatório que terá extrema
relevância para a sua decisão ao final do processo.
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