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Resolução n.º 31/05:
Aprova o Protocolo da SADC Sobre Assuntos Jurídicos.
ARTIGO 7.º
ARTIGO 6.º (Deveres do Banco Central)
(Competências)
O Banco Central nas seguintes matérias de sua compe-
1. Compete ao Banco Central: tência deve:
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1. Regulamentar os direitos e obrigações dos interve- a) consultar livros, ficheiros e registos, físicos ou
nientes do sistema de pagamentos. electrónicos;
b) exigir comprovativo de operações, registos conta-
2. Elaborar e aprovar as normas que permitam o per- bilísticos, contratos, acordos e demais
feito cumprimento dos objectivos de interesse público, documentos;
regulando, entre outras, as matérias relacionadas com: c) solicitar aos participantes, aos operadores de
subsistemas e de câmaras e aos prestadores de
a) subsistemas e câmaras; serviços de pagamento quaisquer informações
b) instrumentos de pagamento; relacionadas com os volumes ou valores de
c) actividade de prestação de serviços de paga- pagamentos, instrumentos de pagamento ou
mento, critérios e condições para habilitação de obrigações de pagamentos e de liquidação.
prestadores desses serviços;
d) critérios de acesso aos subsistemas e câmaras, ARTIGO 9.º
ARTIGO 10.º
a) o esclarecimento dos participantes dos subsiste-
(Dever de divulgação)
mas e câmaras a respeito dos riscos que incor-
rem com a sua participação nos mesmos;
O Banco Central deve divulgar, através de comuni-
b) o esclarecimento dos utilizadores dos subsistemas
cação, qualquer informação desde que necessária ao
e das câmaras sobre os serviços e instrumentos
cumprimento dos objectivos de interesse público do
de pagamento;
sistema de pagamentos.
c) a abrangência de todo o território nacional pelo
sistema de pagamentos.
CAPÍTULO III
Princípios da Liquidação de Operações
4. Autorizar o funcionamento de subsistemas e
câmaras, inclusive as que processam operações com
valores mobiliá-rios, condicionando essa autorização à SECÇÃO I
ARTIGO 14.º
2. Os operadores que assumirem a posição da parte
(Definição)
contratante, autorizada no número anterior, não respondem
pela obrigação de pagamento de responsabilidade do
Nas operações com valores mobiliários, a liquidação
emissor de resgatar o principal e os acessórios de seus
definitiva é o processo pelo qual dois ou mais participantes
títulos e valores mobiliários objecto de compensação e
se desobrigam mutuamente na realização da transferência
liquidação.
dos fundos e dos valores mobiliários transaccionados.
3. Os bens integrantes do património especial, referidos
ARTIGO 15.º
nos n.os 3 e 4 do artigo 15.º da presente lei, bem como os
(Procedimento)
oferecidos em garantia pelos participantes nos sistemas de
compensação ou câmaras são impenhoráveis e não podem
1. A liquidação definitiva da transferência de fundos
ser objecto de arresto, sequestro, busca e apreensão ou
que se relaciona com operações de valores mobiliários é
qualquer outro acto judicial, excepto para o cumprimento
efectuada de acordo com o artigo 11.º da presente lei e a
das obrigações assumidas pela própria câmara ou prestador
liquidação da transferência dos valores mobiliários transac-
de serviço de compensação e de liquidação na qualidade de
cionados processa-se conforme vier a ser regulamentado no
parte contratante.
subsistema específico dessas operações.
SECÇÃO III
2. Na liquidação referida no ponto anterior quando não Garantia da Liquidação Definitiva
for observada a simultaneidade entre a liquidação da
transferência de fundos e a liquidação da transferência do ARTIGO 17.º
valor mobiliário, por bruto em tempo real, devem ser (Condições)
adoptadas medidas de controlo de riscos de crédito e de
liquidez apropriadas para a compensação e a liquidação das 1. Os regulamentos dos subsistemas e das câmaras, por
operações realizadas nos mercados de valores mobiliários. força do valor das transferências e da natureza das obri-
gações, podem, para o cumprimento do interesse público,
3. Sem prejuízo do disposto no número anterior, as prever mecanismos que permitam assegurar a liquidação
câmaras e os prestadores de serviços de compensação e de definitiva das obrigações registadas e aceites nos subsis-
liquidação enquadrados, a critério do Banco Nacional de temas ou nas câmaras.
Angola, em sistema de pagamento de importância sisté-
mica, devem constituir património especial formado por 2. Os mecanismos referidos no número anterior, sem
bens e direitos necessários para garantir exclusivamente o prejuízo de outros que venham a ser recomendados no
cumprimento das suas obrigações existentes em cada um âmbito da segurança do sistema de pagamentos, são os
dos sistemas que estiverem operando. previstos no n.º 1 do artigo 4.º da presente lei.
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3. Para os efeitos do n.º 1 deste artigo, os critérios que subsistemas ou câmaras na liquidação das suas obrigações,
determinam a aceitação pelos subsistemas ou câmaras de de acordo com o regulamento específico aplicável, deve ser
uma obrigação registada devem ser estabelecidos nos observado o seguinte:
respectivos regulamentos.
a) realização das transferências dos valores mobiliá-
SECÇÃO IV rios a favor do comprador e dos fundos ao
Compensação Multilateral vendedor dos mesmos;
b) realização das transferências de fundos prove-
ARTIGO 18.º nientes da execução das garantias e de outras
(Definição) constituídas de acordo com o n.º 1 do artigo 4.º
da presente lei, quando inexistentes ou insufi-
1. A compensação multilateral, para os efeitos do siste-
cientes os valores mobiliários negociados ou os
ma de pagamentos, é o procedimento para apurar o saldo
fundos a transferir.
de cada participante, através da soma dos saldos bilaterais
devedores e credores de cada um em relação aos demais.
2. Após adoptadas as providências referidas nas alí-
2. A compensação multilateral de obrigações, no âmbi-
neas a) e b) do número anterior, havendo saldo positivo, o
to de um mesmo subsistema ou câmara, é admitida para o
mesmo deve ser transferido ao participante, nos termos da
efeito da liquidação da obrigação.
lei. Havendo saldo negativo, o mesmo constitui crédito do
administrador das garantias constituídas em relação ao
ARTIGO 19.º
participante.
(Mecanismo para a liquidação de compensação multilateral)
2. A conta em nome da câmara não pode apresentar Finalização do Pagamento Liquidado através de Subsistema
1. Nas situações referidas no artigo anterior ou quando 1. A finalização do pagamento que não seja processado
se verifiquem incumprimentos de qualquer participante nos através de subsistema ou de câmara, ocorre quando o
1648 DIÁRIO DA REPÚBLICA
SECÇÃO I
a) nível de responsabilidade e categoria ocupada na
Disposições Gerais
pessoa colectiva em causa;
b) benefício ou intenção de o obter para si mesmo,
ARTIGO 25.º
para o cônjuge, para o parente até ao 3.º grau
(Responsáveis)
ou afim até ao 2.º grau;
c) especial dever de não cometer a infracção.
Pela prática das infracções a que se refere o presente
capítulo podem ser responsabilizadas, conjuntamente, ou
não, pessoas singulares e colectivas, ainda que irregular- 4. Na determinação da sanção aplicável, além da
mente constituídas. gravidade da infracção, tem-se em conta:
3. Em caso de negligência, os limites mínimos e máxi- 6. A multa deve, sempre que possível, exceder o bene-
mos da multa são reduzidos à metade. fício económico que o arguido ou a pessoa que fosse
seu propósito beneficiar tenham retirado da prática da
4. Quando a responsabilidade do agente individual for infracção.
atenuada nos termos dos números anteriores, procede-se à ARTIGO 28.º
graduação correspondente da sanção aplicável à pessoa (Cumprimento do dever omitido)
colectiva.
ARTIGO 27.º Sempre que a infracção resulte da omissão de um
(Graduação da sanção) dever, a aplicação da sanção e o pagamento da multa não
dispensam o infractor do seu cumprimento, se este ainda
1. A determinação da medida de multa e das sanções for possível.
acessórias faz-se em função da gravidade objectiva e sub- SECÇÃO II
jectiva da infracção, tendo em conta a natureza individual Dispositivo Penal
ou colectiva do agente considerado.
ARTIGO 29.º
2. A gravidade da infracção cometida por pessoas (Actividade ilícita no sistema de pagamentos)
colectivas é avaliada designadamente pelas seguintes
circunstâncias: 1. Aquele que exercer a actividade de prestador de
serviço de pagamento, sem que para tal esteja devidamente
a) perigo ou dano causado ao sistema de paga- habilitado, nos termos da presente lei ou utilizar de forma
mentos, doméstico, transfronteiriço ou qual- dolosa qualquer instrumento de pagamento, físico ou
quer outro a que sistema de pagamento domés- electrónico, ou destruir ou praticar quaisquer actos de
tico se ligue ou à economia; vandalismo contra equipamentos do sistema de pagamentos
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adiante referidas:
ARTIGO 33.º
2. A situação de conflito, para efeitos da presente lei, é a) as partes acordam na indicação de um árbitro, em
definida como a não aceitação pelo participante ou opera- função dos seus elevados conhecimentos a
dor da decisão do Banco Central tomada ao abrigo da respeito de sistemas de pagamentos;
presente lei, por iniciativa do mesmo ou em consequência b) o prazo máximo para a decisão da arbitragem é
da solicitação do participante ou do operador para estabele- de 10 dias úteis consecutivos contados a partir
cer os seus direitos e obrigações a respeito de questão do dia útil seguinte ao término do prazo refe-
específica no âmbito do sistema de pagamentos. rido no artigo anterior.
1. Na resolução de conflitos pelo processo de arbitra- A presente lei deve ser regulamentada pelo Banco
gem deve observar-se o seguinte procedimento: Central no prazo de três meses após sua publicação.
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Publique-se.
O Presidente da Assembleia Nacional, Roberto António
Víctor Francisco de Almeida. O Presidente da Assembleia Nacional, Roberto António
Víctor Francisco de Almeida.
Promulgada em 27 de Junho de 2005.
Publique-se.
PRESIDÊ NCIA DA REPÚBLICA
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O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.
Despacho n.º 10/05
de 29 de Julho
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