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Vigilância de Violências

Volume 1, número 1 Semestre 1/ 2010

Relatório Técnico
Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis-DANT
As doenças e agravos não transmissí- de redução de acidentes e do enfren-
veis (DANT) constituem um impor- tamento à violência.
tante problema de saúde pública. As
doenças crônicas não transmissíveis Nessa perspectiva, no ano de 2003,
(DCNT) passaram a liderar as causas houve a criação da Coordenação Ge-
de óbitos no país, ultrapassando as ral de Doenças e Agravos Não Trans-
taxas de mortalidade por doenças in- missíveis (CGDANT) na Secretaria
fecciosas e parasitárias (DIP) a partirde Vigilância em Saúde pelo Ministé-
da década de 80. Os acidentes e as rio da Saúde. No mesmo ano, a Su-
perintendência de Epidemiologia/ dade de vida. Conforme a Classificação
violências, causas externas, configu-
Secretaria de Estado de Saúde de Estatística Internacional de Doenças e
ram um problema de saúde pública de
Minas Gerais promoveu a estrutura- Problemas Relacionados à Saúde (CID)
grande magnitude e transcendência,
ção da Coordenadoria de Doenças e – 10ª revisão, as causas externas cor-
que tem provocado intenso impacto
Agravos Não Transmissíveis respondem aos capítulos XIX e XX,
na morbidade e na mortalidade da
(CDANT) acompanhando o modelo referente às “Lesões, envenenamento
população.
nacional e entendendo a necessidade e algumas outras consequências de
Tendo em vista a necessidade de en- de ampliar a vigilância epidemiológi- Causas Externas” e às “Causas Externas
tender e acompanhar esse panorama ca para DANT no Estado. de Morbidade e de Mortalidade”, res-
organizou-se o sistema de vigilância pectivamente.
que já era utilizado para as doenças Os agravos que fazem parte da vigi-
transmissíveis, objetivando subsidiar lância da DANT são os acidentes e
os sistemas de saúde com coleta e aná- violências e estes se expressam com
lise das informações capazes de norte- impacto no adoecimento e morte da
ar as políticas de prevenção das doen- população, perpassando por todas as
ças não transmissíveis, os programas faixas etárias e interferindo na quali-

Índice:
Capa
Vigilância de DANT
Conceitos: Acidentes e violências 2

Tipologia das violências 2

Natureza das violências 3

Tipologia e Natureza da Violência (figura) 4


Coordenadoria de Doenças e
Vigilância epidemiológica das violências 5
Agravos Não Transmissíveis
VIVA-Vigilância de Violências e Acidentes 6 (CDANT)
Gerência de Vigilância Epidemiológica
Ações para a implantação de Vigilância de Violências em MG 7
Superintendência de Epidemiologia
Ficha de notificação de violência doméstica, sexual e/ou outras violên- Subsecretaria de Vigilância em Saúde
8
cias: importante instrumento de vigilância de violências Secretaria de Estado de Saúde de Minas
Algumas publicações... 9 Gerais

Legislação sobre a temática da violência: algumas leis e portarias 10

Análise dos dados de violências notificadas no SINAN Net—2009/2010 11

Considerações Finais 20
Página 2 Vigilância de Violências

Conceitos: Acidentes e violências


Pode-se conceituar acidente “como A Organização Mundial da Saúde
um evento não-intencional e evitá- (OMS), em 2002, conceituou violên-
vel, causador de lesões físicas e/ou cia como: “O uso da força física ou
emocionais no âmbito doméstico e do poder real ou em ameaça, contra
em outros espaços sociais, como o si próprio, contra outra pessoa, ou
do trabalho, o do trânsito, da esco- contra um grupo ou uma comunida-
la, de esportes e o de la- de, que resulte ou tenha qualquer
zer.” (BRASIL, 2001). possibilidade de resultar em lesão,
morte, dano psicológico, deficiência
A violência pode ser definida, segun- de desenvolvimento ou privação.”
do a Política Nacional de Redução
da Morbimortalidade por Acidentes
e Violências (2001), como:
ir:
“fenômeno complexo e representado reflet e
Para i olentos
por ações e omissões humanas reali- s v
vento tais,
zadas por indivíduos, grupos, clas-
i ori a dos e a ciden
m a ã o
ses, nações, numa dinâmica de rela- A não s nidos
e
a t is mos p r eve
ções, ocasionando danos físicos, traum dos,
r en frenta
emocionais, morais e/ou espirituais se
a si próprio ou a outros.” (p.7) podem evitad
os.

Tipologia das violências


Em 2002, a OMS catego- Violência dirigida con- As violências interpessoais
rizou o fenômeno da tra si mesmo (auto- dividem-se em duas subcate-
violência e a dividiu em provocada); gorias: 1) violência intrafa-
três tipos, estabelecendo miliar é a que ocorre entre
uma diferença entre a Violência interpessoal; parceiros íntimos e por pes-
violência que uma pesso- soas ligadas por laços famili-
Violência coletiva.
a inflige a si mesma, a ares, principalmente no am-
violência infligida por A violência dirigida con- biente doméstico, mas não
outro indivíduo ou por tra si mesmo é subdividi- unicamente; 2) violência
um pequeno grupo de da em comportamento comunitária é aquela que
indivíduos e a violência suicida e agressão auto- ocorre no ambiente social,
infligida por grupos mai- provocada. O primeiro entre indivíduos sem relação
ores, como estados, gru- inclui pensamentos sui- pessoal, entre conhecidos e
pos políticos organiza- cidas, tentativas de suicí- desconhecidos e, geralmen-
dos, grupos de milícia e dio – também chamadas te, ocorre fora dos lares.
organizações terroristas. em alguns países de
(DAHLBERG; KRUG, A primeira subcategoria in-
"para-suicídios" ou "auto
2006) clui formas de violência tais
-injúrias deliberadas" – e
como abuso infantil, violên-
suicídios propriamente
cia entre parceiros íntimos e
ditos. A auto-agressão
maus-tratos de idosos. A
inclui atos como a auto-
segunda subcategoria inclui
mutilação.
violência juvenil, agressões
físicas, estupro ou ataque
Volume 1, número 1 Página 3

sexual por desconheci- grupos ou por países. A ção feita no Relatório


dos e violência institu- violência coletiva come- Mundial sobre a Violên-
cional que ocorre, por tida com o fim de reali- cia e a Saúde da OMS
exemplo, em escolas, zar um plano específico (2002) e foi denominada
locais de trabalho, pri- de ação social inclui, por de Estrutural. A violên-
sões e asilos. exemplo, crimes cometi- cia estrutural se refere
(DAHLBERG; KRUG, dos por grupos organiza- “aos processos sociais,
2006) dos, atos terroristas, políticos e econômicos
crimes de multidão. Na que reproduzem e croni-
Por violências coletivas área política econômica, ficam a fome, a miséria e Não deixe de ler:
se entendem os atos vio- estão as guerras e os as desigualdades sociais,
lentos que acontecem Relatório mundial
processos de extermínios de gênero, de etnia e
nos âmbitos macrossoci- de determinados povos e mantêm o domínio adul-
sobre violência e
ais, políticos e econômi- nações por outros. tocêntrico sobre crianças s a ú d e , d a
cos e sugerem possíveis e adolescente” (BRASIL, Organização
motivos para a violência Outro tipo de violência 2005, p. 24). Mundial da Saúde
cometida por grandes foi acrescido à classifica- (KRUG , E. G. et al.,
2002).

Acesse: http://
www.opas.org.br/
cedoc/hpp/
ml03/0329.pdf

Natureza das violências


A natureza dos atos vio- Abuso sexual diz respeito As quatro descrições da
lentos pode ser classifica- ao ato ou jogo sexual que natureza dos atos violen-
da em quatro modalida- ocorre nas relações hete- tos ocorrem em cada uma
des: física, psicológica, ro ou homossexual e visa das tipologias e de suas Sugestões de
sexual e envolvendo a- estimular a vítima ou subcategorias descritas filmes:
bandono, negligência ou utilizá-la para obter exci- anteriormente, com exce-
- Bicho de sete
privação de cuidados. tação sexual e práticas ção da violência auto-
cabeças
eróticas, pornográficas e provocada, como mostra-
Abuso físico significa o sexuais impostas por mei- do na figura 1.
uso da força para produ- - Má educação
o de aliciamento, violên-
zir injúrias, feridas, dor cia física ou ameaça - A excêntrica
ou incapacidade em outra (BRASIL, 2005). família de Antônia
pessoa (BRASIL, 2009)
Negligência ou abandono
Abuso psicológico nomeia se entende a ausência, a
agressões verbais ou ges- recusa ou a deserção de
tuais com o objetivo de cuidados necessários a
aterrorizar, rejeitar, hu- alguém que deveria rece-
milhar a vítima, restringir ber atenção e cuidados
a liberdade ou ainda, iso- (BRASIL, 2009).
lá-la do convívio social
(BRASIL, 2009)
Figura 1- Tipologia e natureza das violências

Página 4
Vigilância de Violências
Fonte: Adaptado de KRUG et al, 2002.
Volume 1, número 1 Página 5

Vigilância epidemiológica das violências

Para o monitoramento ções (realizadas pelo Sis- magnitude desses graves


das violências existem tema Único de Saúde). problemas de saúde pú-
diversas fontes de infor- Assim, não era possível blica.
mações que podem ser conhecer, por meio dos
Em Minas Gerais, a vigi-
utilizadas para compor sistemas de informações,
lância epidemiológica das
indicadores que visam aqueles casos que deram
violências é realizada por
conhecer o perfil de mor- entrada em nível ambula-
meio dos seguintes siste-
bimortalidade por esses torial, nos serviços de
mas de informações:
agravos. Portanto, os da- urgência e emergência e
dos e informações concer- em unidades básicas de 1. Sistema de Informação
nentes às violências não saúde. Sabe-se que muitas sobre Mortalidade
se restringem ao setor das pessoas que sofrem (SIM);
saúde, pois muitos não violência não necessitam
chegam até os serviços de 2. Sistema de Internação
de internação. Existe um
saúde. Uma série de insti- número maior de atos Hospitalar do SUS

tuições, tais como Secre- violentos que ocorrem nos (SIH/SUS);

taria de Defesa Social, lares, nos locais de traba- 3. Sistema de Informação


Secretaria de Segurança lho, dentre outros. Essa de Agravos de Notifica-
Pública, Conselhos Tute- violência é invisível e, ção (SINAN NET).
lares, Secretarias Munici- frequentemente, perma-
pais e Estaduais de Saúde, necem velada em nossa
são fontes importantes de sociedade.
informação sobre ocor-
Recentemente, em 2006,
rências de violências. Em-
foi estruturada, nacional-
bora cada uma delas pos-
mente, a Vigilância de
sua atribuições, objetivos
Violências e Acidentes
e funções sociais diferen-
(VIVA) com a finalidade
tes.
de viabilizar a obtenção
Até então, as informações de dados e divulgação de
existentes no setor saúde informações sobre violên-
abrangiam apenas os ca- cias e acidentes, o que
sos de óbitos e interna- possibilitará conhecer a
Página 6 Vigilância de Violências

O que é VIVA?

VIVA-Vigilância de Violências e Acidentes

O Ministério da Saúde conforme o Manual Ins- A coleta é feita por amos-


juntamente com as Secre- trutivo da ficha. tragem, em turnos alter-
tarias Estaduais e Muni- nados por pesquisadores
cipais de Saúde do Brasil, Esta ficha contribui para de campo contratados,
desenvolveram um proje- o aumento da cobertura que utilizam como instru-
to com o objetivo de im- das informações, de for- mento outra ficha diferen-
plantar e implementar no ma que medidas de pre- te daquela utilizada na
SUS a notificação de vio- venção, de atenção e de vigilância contínua. Trata-
lências e acidentes. Este proteção às pessoas víti- se da Ficha de Notifica-
Sistema de Vigilância de mas ou em situação de ção de Acidentes e Vi-
Violências e Acidentes violência sejam estabele- olências em Serviços
(VIVA) tem dois compo- cidas com base em evi- de Urgência e Emer-
nentes: a vigilância dências. gência. Esse componente
contínua direcionada às não faz parte do SINAN
O componente de vigi-
vítimas de violências Net, portanto, não é ca-
lância contínua faz parte
(notificação compulsória, racterizado como ativida-
do SINAN Net desde
conforme Portaria MS nº de de rotina dos serviços
dezembro de 2008 e o
2.472, de 31 de Agosto de de saúde. Tal vigilância
fluxo da notificação deve
2010) e a vigilância tem como objetivos espe-
seguir a rotina, conforme
pontual que abarca cíficos: descrever o perfil
normas operacionais já
acidentes e violências. das violências e acidentes
estabelecidas na vigilân-
em unidades sentinelas,
A modalidade de vigilân- cia de todas as doenças e
além da análise da ten-
cia contínua está sendo agravos de notificação
dência destes eventos.
implantada, gradual- compulsória.
mente no Estado, em Para ambos componentes, Atenção!
Quanto a vigilância pon-
serviços de referência nas situações de violên-
tual, esta é realizada pelo Notificar significa
para violências. Apresen- cias envolvendo crianças,
Ministério da Saúde em iniciar um processo
ta como instrumento epi- adolescentes, mulheres e cujo objetivo
conjunto com as Secreta-
demiológico de coleta a idosos a notificação é de principal é o de
rias Estaduais e Munici-
Ficha de Notificação/ caráter compulsório e interromper a
pais de Saúde nas capi-
Investigação Indivi- contínuo. Conforme de- violência no âmbito
tais e Distrito Federal. A
dual de Violência Do-
pesquisa é desenvolvida
termina as seguintes leis: da família
méstica, Sexual e/ou nº 8069/1990 (Estatuto (BRASIL, 2004).
por meio de inquérito em
outras Violências Esta da Criança e Adolescente);
serviços de urgência e
ficha deve ser utilizada nº 10.778/2003
emergência pré selecio-
para a notificação de (Notificação de Violência
nados. Sua periodicidade
qualquer caso suspeito contra a mulher) e nº
é bi-anual e ocorre du-
ou confirmado de vio- 10.741/2003 (Estatuto do
rante o período de um
lência doméstica, sexual Idoso).
mês selecionado ao ano.
e/ou outras violências
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Ações para a implantação da Vigilância de


Violências em Minas Gerais

A Secretaria de Saúde do para a estruturação de Nú- João Del Rei apresentaram


Estado de Minas Gerais por cleos e áreas técnicas da suas experiências de im-
meio da CDANT participou SES/MG . plantação da Ficha de
da construção da Vigilância Notificação de Violências.
de Violências e Acidentes. O 2. Em setembro de 2009,
Mi n i st é ri o d a S aúd e/ ocorreu: 4. Realização, em 2009 e
CGDANT realizou capacita- 2010, de palestras em se-
- “I Oficina de Vigilância de minários organizados pela
ções para elaboração e apri-
DANT” que teve como pú- SES/MG para apresen-
moramento das fichas
blico alvo coordenadores tação da Ficha de Notifica-
(componente I e II ) .
das GRS , municípios prio- ção da Violência.
Algumas atividades desen- ritários e aqueles com po-
volvidas pela CDANT para pulação acima de 100.000 5. A CDANT compõe a e-
implantação do “VIVA” em habitantes. Dentre os te- quipe de docentes do
Minas Gerais: mas enfocados , destaca- “Curso de Transferência de
mos o preenchimento da Tecnologia de Abordagem
1. Em dezembro de 2008, Ficha de Notificação de da Violência e de Constru-
aconteceu uma Reunião Téc- Violência. ção da Paz” realizado pelo
nica de Estruturação da Vigi- Departamento de Medicina
lância de Violências e Aciden- - No mesmo ano, a equipe Preventiva e Social da Fa-
tes (VIVA) e implementação técnica da CDANT realizou culdade de Medicina da
das ações de prevenção de capacitações sobre a vigi- Universidade Federal de
violências , promoção da lância de violências nas Minas Gerais Nossa área
saúde e cultura da paz. Um seguintes GRS: Patos de técnica é responsável pelo
representante do Ministério Minas, Unaí, Coronel Fa- módulo da Vigilância das
da Saúde discorreu sobre o briciano, Belo Horizonte. Violências.
tema. Participaram deste en-
3. Em maio de 2010, “II
contro representantes das 28 Oficina de Vigilância de
Gerências Regionais de Saúde
DANT: ênfase em Vigilân-
(GRS), municípios que rece-
cia de Violências”, nova-
beram recursos financeiros
mente, com a participação
de coordenadores das
GRS , municípios prioritá-
rios e aqueles com popula-
ção entre 80.000 e
100.000 habitantes.

Nesta oficina as GRS de


Divinópolis, Ubá e São
Página 8 Vigilância de Violências

Ficha de Notificação/Investigação Individual de


Violência doméstica, sexual e/ou outras violências:
importante instrumento de vigilância de violências
A Ficha de Notificação/Inves- demais casos envolvendo
tigação Individual de Violência homens serão notificados.
Doméstica, Sexual e /ou outras
4) Os campos: nome do
violências constitui–se num
paciente e nome da mãe
importante instrumento para a
devem ser preenchidos de
vigilância de violências. Entre-
forma legível e sem abrevi- Lembrem-se:
tanto, para que esta vigilância
ações.
seja efetiva, torna-se necessá- A implantação da
rio primar pela qualidade dos 5) Todos os campos da fi- F i c h a d e
dados advindos desta ficha. cha devem ser preenchi-
Pois, sabe-se que essas infor- Notificação é um
dos.
mações servirão de subsídios processo gradual e
para os processos de tomada de 6) Evite, sempre que possí-
contínuo.
decisão e planejamento de polí- vel, preencher o campo
ticas públicas. com o item ignorado, ou A capacitação
deixá-lo em branco. Preen- contínua dos técnicos
Por isso, citamos alguns pon- cha com o item ignorado é fundamental para a
tos importantes para melhorar quando, realmente , não melhoria da
a qualidade da notificação. dispuser de informações
suficientes sobre a variável
1) A ficha deve ser preen-
em questão. Esta prática
chida conforme o Instruti-
compromete a qualidade
vo de Preenchimento, de-
dos dados e de sua análise,
senvolvido pelo Ministério
bem como, as possíveis
da Saúde. Assim, tenha-o
propostas de intervenções.
sempre em mãos para es-
clarecer dúvidas. No caso da notificação
7) Procure inserir infor-
das violências, NÃO há
mações no campo obser-
2) A notificação é obrigató- investigação epidemio-
vações adicionais para
ria nos casos suspeitos ou lógica de campo como é
complementar os dados da
confirmados de violência feita para as doenças de
ficha.
contra: crianças e adoles- notificação compulsória.
centes, mulher e pessoa 8) É essencial que o muni-
idosa. cípio estabeleça uma rotina
para identificação de dupli- a
3) Esta ficha não se aplica o d
cidade de caso e, se houver, men t d a
aos casos de violência físi- rra a
excluí-lo do banco de da- ence mesm
ca ocorridos no ambiente de a
dos do SINAN NET. d ata e ser ão
extrafamiliar, cujas vítimas A e v aç
a d ific
fich de not
sejam adultos (20 a 59 a- a
d at
nos) do sexo masculino. Os
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Algumas publicações...

Viva : vigilância de violências e acidentes, 2006 e 2007 (2009)

Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/viva_vigilancia_violencias_acidentes.pdf

Impacto da Violência na Saúde dos Brasileiros (2005)

Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/impacto_violencia.pdf

Painel de Indicadores do SUS Nº 5 - Prevenção de Violências e Cultura de Paz (2008)

Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Painel_de_Indicadores_do_Sus_5.pdf

Enfrentando a Violência (2005)

Disponível em: http://www.saude.df.gov.br/sites/100/163/00000906.pdf

Violência: uma epidemia silenciosa nº 15, 16 e 17-(2008 e 2009)

Disponível em: http://www.conass.org.br/arquivos/file/conassdocumenta15.pdf

http://www.conass.org.br/arquivos/file/conassdocumenta16.pdf

http://www.conass.org.br/arquivos/file/conassdocumenta17.pdf

Enfrentando a Violência contra a Mulher (2005)

Disponível em: http://www.ucamcesec.com.br/arquivos/publicacoes/manual_enfrentando_violencia.pdf

Violência Intrafamiliar (2002)

Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd05_19.pdf

Notificação de Maus-tratos contra crianças e adolescentes pelos profissionais de saúde


(2002)

Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/notificacao_de_maus_tratos.pdf


Página 10 Vigilância de Violências

Legislação sobre a temática da


violência: algumas leis e portarias

• Lei Nº 8.069/1990—Estatuto da criança e do adolescente

• Portaria GM/MS Nº 1.968, de 25 de outubro de 2001 , que dispõe sobre a notificação, às


autoridades competentes, de casos de suspeita ou de confirmação de maus tratos contra crian-
ças e adolescentes atendidos nas entidades do Sistema Único de Saúde

Portaria MS/GM Nº737 de 16 de maio de 2001—Política Nacional de Redução da Mor-


bimortalidade por acidentes e violências

• Lei Nº 10.741/2003—Estatuto do Idoso

• Lei Nº 10.778/2003, que institui o serviço de notificação compulsória de violência contra a


mulher nos serviços públicos e privados de saúde

• Portaria Nº 2.406/GM de 5 de novembro de 2004, que institui serviço de notificação com-


pulsória de violência contra a mulher e aprova instrumento e fluxo para notificação

Portaria MS/GM Nº 687 de 30 de junho de 2006—Política Nacional de Promoção


da Saúde

• Portaria Nº 1.876 de 14 de agosto de 2006, que institui as diretrizes nacionais para preven-
ção do suicídio.

• Portaria Nº 2.472 de 31 de agosto de 2010, que define a relação de doenças, agravos (dentre
esses as violências) e eventos em saúde pública de notificação compulsória
Página 11 Vigilância de Violências

Análise dos dados de violências notificadas no


SINANNet—2009/2010

As informações apresentadas a Em todas as Regionais de Saúde


seguir referem-se aos casos de do Estado, com exceção das GRS
violência notificados no SINAN Uberlândia e Leopoldina, houve
Net de Minas Gerais, nos anos de municípios que apresentaram
2009 e 2010 (dados atualizados pelo menos uma notificação no
SINAN Net, o que pode ser visua-
em 13 de agosto de 2010) prove-
lizado na figura 2. Na tabela 1,
nientes da Ficha de Notificação
estão identificados todos os mu-
Individual de Violência Domésti-
nicípios com suas respectivas
ca, Sexual e/ou outras violências. freqüências, em ordem decres-
O número total de notificações foi cente.
de 3.488 casos.

Figura 2– Municípios notificadores de casos de violências, segundo GRS . Minas Gerais, 2009-2010.

Januária

Montes Claros Pedra Azul


Unaí

Pirapora

Teófilo Otoni
Diamantina
Patos de Minas

Sete Lagoas Governador Valadares


Uberlândia
Ituiutaba
Itabira
Coronel Fabriciano
Uberaba
Belo Horizonte
Divinópolis
Manhumirim
Ponte Nova
Passos

Barbacena Ubá
São João Del Rei
Alfenas
Leopoldina
Varginha
Juiz de Fora
Municípios
Pouso Alegre Sem notificação
Com notificação
Área da GRS

Dados atualizados em 13/08/2010.


Página 12 Vigilância de Violências

Tabela 1- Frequência de casos por município de notificação. Minas Gerais, 2009


-2010.

MUNICÍPIOS n % MUNICÍPIOS n %

Belo Horizonte 596 17,09 Antônio Dias 9 0,26

Patos de Minas 421 12,07 Carangola 9 0,26

Contagem 392 11,24 Ituiutaba 9 0,26

Uberaba 331 9,49 Pedra Azul 9 0,26


Juiz de Fora 202 5,79 Pouso Alegre 9 0,26

Betim 178 5,10 Teófilo Otoni 9 0,26

Montes Claros 138 3,96 Três Pontas 8 0,23

Várzea da Palma 124 3,56 Desterro do Melo 7 0,20

Machado 115 3,30 Esmeraldas 7 0,20

Sete Lagoas 100 2,87 Mariana 7 0,20

Santa Luzia 74 2,12 Brasília de Minas 6 0,17

Cruzília 61 1,75 Campo Belo 6 0,17

Governador Valadares 61 1,75 Conceição do Pará 6 0,17

São Sebastião do Paraíso 60 1,72 Ibirité 6 0,17

Buritis 54 1,55 Paracatu 6 0,17

Ribeirão das Neves 50 1,43 Paraguaçu 6 0,17

Poços de Caldas 48 1,38 São Lourenço 6 0,17

Bambuí 43 1,23 Conceição da Aparecida 5 0,14

Serro 35 1,00 Ponte Nova 5 0,14

Passa Quatro 34 0,97 São Domingos das Dores 5 0,14

Passos 23 0,66 Abaeté 4 0,11

Jaboticatubas 20 0,57 Conceição do Rio Verde 4 0,11

Corinto 15 0,43 Congonhas 4 0,11

Varginha 12 0,34 Guanhães 4 0,11

Pitangui 11 0,32 Matozinhos 4 0,11

Araxá 10 0,29 Mercês 4 0,11

Visconde do Rio Branco 10 0,29 Monte Belo 4 0,11


Volume 1, número 1 Página 13

MUNICÍPIOS n % MUNICÍPIOS n %

São Francisco 4 0,11 Botumirim 1 0,03

Carmo do Rio Claro 3 0,09 Braúnas 1 0,03

Itajubá 3 0,09 Cabo Verde 1 0,03

Carmo da Cachoeira 1 0,03


Pará de Minas 3 0,09

Piedade do Rio Grande 3 0,09 Dom Joaquim 1 0,03

3 0,09 Guidoval 1 0,03


Pratinha
3 0,09 Igarapé 1 0,03
Presidente Kubitschek
3 0,09 Iguatama 1 0,03
São João Del Rei
3 0,09 Itapagipe 1 0,03
São José do Goiabal
Janaúba 1 0,03
Ubá 3 0,09
Januária 1 0,03
Viçosa 3 0,09
João Pinheiro 1 0,03
Antônio Carlos 2 0,06
Lagoa da Prata 1 0,03
Barão de Cocais 2 0,06
Lagoa Grande 1 0,03
Boa Esperança 2 0,06
Medeiros 1 0,03
Cabeceira Grande 2 0,06
Mirabela 1 0,03
Coronel Fabriciano 2 0,06
Nepomuceno 1 0,03
Coronel Pacheco 2 0,06
Piau 1 0,03
Engenheiro Navarro 2 0,06
Pirapora 1 0,03
Itabira 2 0,06
Pompéu 1 0,03
Lagoa Dourada 2 0,06
Prados 1 0,03
Lagoa Santa 2 0,06
Presidente Bernardes 1 0,03
Ouro Preto 2 0,06
Sabará 1 0,03
São Domingos do Prata 2 0,06
Santo Antônio do Amparo 1 0,03
São Vicente de Minas 2 0,06
Santo Antônio do Monte 1 0,03
Seritinga 2 0,06
São Gonçalo do Abaeté 1 0,03
Serranos 2 0,06
São Sebastião do Rio Verde 1 0,03
Unaí 2 0,06
Senhora dos Remédios 1 0,03
Vargem Alegre 2 0,06
Turmalina 1 0,03
Vespasiano 2 0,06
Uruana de Minas 1 0,03
Areado 1 0,03

Bela Vista de Minas 1 0,03


Página 14 Vigilância de Violências

Figura 3- Frequência de casos por ano de notificação. Minas Gerais, 2009-2010.

A notificação de violência
doméstica, sexual e/ou outras
violências f0i inserida ao SI-
NAN, em 2009 e nesse ano
ocorreram 2.002 notifica-
ções. Em 2010, (dados atuali-
zados em 13/08/2010) foram
1.486 até o momento. Con-
cluímos, portanto, que entre
esses dois anos houve um
progresso quanto ao aumento
do número de casos notifica-
dos. Houve aumento percen-
tual de 23% no número médio Figura 4- Frequência de casos por sexo. Minas Gerais, 2009-2010.
de notificações por mês
(Figura 3) Tal fato reforça a Em seguida, totalizando
disseminação e a importância 14,3% dos casos, aparece a
desse agravo na rede de saúde faixa etária de 40 a 59 anos.
do Estado. Os grupos etários que repre-
sentaram menores números
Dentre todas as notificações
de casos foram as crianças
(n= 3.488) presentes no ban-
de 0 a 9 anos e idosos de 60
co de dados, mais da metade
e mais anos, com 12,1% e
delas tiveram como vítima
3,5%, respectivamente.
mulheres (Figura 4). Quanto à
raça/etnia (Figura 5), a maior
frequência foi registrada na
branca com 35,1%. Porém, ao
Figura 5- Frequência de casos por raça/etnia. Minas Gerais, 2009-
somarmos a parda e a preta,
ambas totalizam 37,9%. A-
quelas cuja variável foi igno-
rada representou 24%.

Em relação à faixa etária,


(Figura 6) observa-se que
houve um maior número de
casos entre os jovens de 20 a
39 anos, representando,
44,4% do total de notifica-
ções, conforme figura 11. Em
segundo lugar, destaca-se a Figura 6- Frequência de casos por faixa etária. Minas Gerais, 2009-2010.
faixa etária de 10 a 19 anos
que foi responsável por 25,6%
dos casos.
Volume 1, número 1 Página 15

A figura 7, que representa os Figura 7- Frequência de casos por zona de ocorrência. Minas Gerais, 2009-2010.
casos por zona de ocorrência,
mostra que a urbana é a que
possui o maior número de
notificações (62,5%). A soma-
tória do número de notifica-
ções na qual esse campo foi
deixado “em branco” ou pre-
enchido com “ignorado” cor-
respondem a 31,5% do núme-
ro total de notificações.

A “residência” foi o local de


ocorrência com maior núme-
ro de notificações (40,2%)
quando comparada aos ou-
tros locais. A opção
“ignorado” apresenta um con- Figura 8- Frequência de casos por local de ocorrência. Minas Gerais, 2009-2010.
siderável percentual (30,4%)
dentre o total de notificações
(Figura 8). A análise desse
campo da ficha de notificação
revela a violência doméstica
dentro dos lares da população
mineira. Antes da inserção da
ficha nos serviços de saúde, a
violência nas vias públicas,
tinha maior visibilidade.

Na variável escolaridade
44,8% das notificações tive-
ram o campo ignorado pre-
Figura 9- Frequência de casos por escolaridade. Minas Gerais, 2009-2010.
enchido. Em relação às de-
mais, percebeu-se que as
pessoas com nível de escola-
ridade inferior ao ensino
superior correspondeu ao
percentual de 37%. Enquan-
to que aquelas com ensino
superior incompleto ou com-
pleto representou 2,1%
(Figura 9).
Página 16 Vigilância de Violências

Com relação ao tipo de vio- Figura 10- Frequência de casos por violência sofrida, segundo sexo. Minas Gerais,
lência, as três formas mais 2009-2010.
freqüentes foram: violência
física com 2.621 notificações
(75,1%), violência sexual
com 931 casos (26,6%) e
violência psicológica/moral
com 753 notificações
(21,5%). O sexo feminino
apresentou percentual mais
elevado que o sexo masculi-
no em quase todos os tipos
de violência, sofrendo varia-
ção de acordo com a modali-
dade da violência (Figura 9).

Entre os homens, a tortura


foi o tipo de violência predo-
minante (76,4%) das notifi-
cações.

Em ambos os sexos. trabalho


infantil apresentou o mesmo
número de notificações
(Figura 10).
Figura 11- Frequência de casos por violência sofrida, segundo faixa etária. Minas
Deve-se ressaltar que devido Gerais, 2009-2010.
à possibilidade da ocorrên-
cia de mais de um tipo de
violência em um mesmo
caso, torna-se necessário
cautela, pois as análises dos
tipos de violência nesse rela-
tório foram feitas de forma
isolada.

Ao analisar os tipos de vio-


lência segundo faixa etária
(Figura 11), observou-se que
as crianças foram as que
mais sofreram negligência/
abandono (47,4%). Dentre
as faixas etárias que sofre-
ram intervenção legal, os
adolescentes tiveram 57,1%
de casos notificados. Na
violência financeira/ econô-
mica os idosos foram as mai-
ores vítimas com 31,6%.
Volume 1, número 1 Página 17

A respeito do meio de perpetrar a


Figura 12- Frequência de casos por meio de agressão. Minas Gerais,
agressão (Figura 12), nota-se que
a força corporal/espancamento
foi a mais frequente com 55,5%,
seguida da ameaça (12%) e da
utilização de objeto pérfuro-
cortante (9,4%). Entretanto, deve-
se levar também em consideração
o fato de que pode haver mais de
uma forma de agressão para o
mesmo caso. O que requer cuida-
do para a interpretação dos da-
dos.

Em relação à natureza da lesão


principal (Figura 13), em primeiro
lugar destacam-se as lesões por
corte, perfuração e laceração, que Figura 13- Frequência de casos por natureza da lesão. Minas Gerais, 2009-2010.
respondem por 23% dos casos,
seguida pela contusão (22,1%). As
variáveis em branco e ignorado
totalizaram 16,5% do número das
notificações. As demais apresen-
taram percentual inferior a 5%
para cada tipo de lesão.

Observando os dados apresenta-


dos na figura 14, excluindo as
opções “não se aplica”, “em bran-
co”e “ignorado”, percebemos que
Figura 14- Frequência de casos por parte do corpo atingida. Minas Gerais, 2009-
a parte do corpo mais atingida
durante os atos violentos corres-
pondeu à opção “cabeça/face”
com 38,6% dos casos notificados.
Em segundo lugar está a opção
“membros superiores” com 16,9%
do número de notificações, segui-
da de “múltiplos órgãos” com
7,1%.
Página 18 Vigilância de Violências

Figura 15- Frequência de casos por número de autores envolvidos. Minas Gerais, 2009-2010.

Ao se analisar o número de
autores envolvidos, observa-
se que na maioria dos casos,
apenas um autor estava en-
volvido (56,8%). Somente
14,4% das notificações tive-
ram envolvimento de dois ou
mais autores. Por outro lado,
as opções ignorado e em
branco somaram 28,8%, res-
pectivamente. (Figura 15)

Figura 16- Frequência de casos por sexo do provável autor da agressão. Minas Gerais, 2009-2010.

Na Figura 16, o sexo masculi-


no foi referido como sendo o
principal autor das agressões
com 58,4% do número total
de notificações, posterior-
mente, a opção “ignorado”
vem com 27,6% e o sexo fe-
minino com 10,9%.

Figura 17- Frequência de casos por suspeita de uso de álcool pelo agressor. Minas Gerais, 2009-2010.

Quanto a variável suspeita de


uso de álcool pelo agressor
(Figura 17) em 32,3% dos
casos notificados foi referido
que não havia suspeita de
uso de álcool pelo agressor,
enquanto que 24,8% decla-
raram haver suspeita de con-
sumo de bebida alcoólica.
Página 19 Vigilância de Violências

Figura 18- Frequência de casos por encaminhamento no setor saúde. Minas Gerais,
2009-2010.
Dentre as notificações de vio-
lências, o encaminhamento
ambulatorial foi o mais fre-
quente com 50,4% (Figura 14),
o que sugere que as violências
sofridas pelas vítimas têm gera-
do cuidados ambulatoriais.
Logo em seguida a variável
“Não se aplica” com 823 notifi-
cações que correspondem a
23,5%, significando que não
houve necessidade de encami-
nhamentos da vítima no setor
saúde. Ao se agrupar as variá-
veis: “ignorado” e “em branco”
estas totalizaram 16,7% das
notificações, o que interfere na
qualidade dos dados.
Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis

Avenida Afonso Pena , 2300/15º


andar - Funcionários

Telefones: (31) 3215.7253 ou


3215.7254
E-mail: cdnt@saude.mg.gov.br

Elaboração

Coordenadoria de Doenças e Agravos Não


Considerações Finais
Transmissíveis (CDANT)
A análise dos dados obtidos por meio da vigilân-
cia epidemiológica das violências (componente I),
embora incipiente e com limitações, aponta para
a necessidade de elaborar medidas de prevenção e
controle deste evento. Os resultados mostram
uma realidade que ao longo dos tempos foi velada
e/ou silenciada. Pode-se dizer, portanto, que este
componente do VIVA vem cumprindo um de seus
Equipe: objetivos: contribuir para o aumento da cobertura
das informações, de forma que medidas de pre-
Maria Leonor Ferreira Abasse venção, de atenção e de proteção às pessoas víti-
(Coordenadora)
mas ou em situação de violência sejam estabeleci-
Carolina Guimarães Marra
das com base em evidências
Hugo Ferreira Costa
Janaína Passos de Paula
Juliana Alves Belo
Leandro Sérgio da Silva
Thiago Miranda Bicalho
Tiago Campos Silva

“Violência: problema comum, solução deve ser pensada por todos”


(autor desconhecido)

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