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Relatório Técnico
Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis-DANT
As doenças e agravos não transmissí- de redução de acidentes e do enfren-
veis (DANT) constituem um impor- tamento à violência.
tante problema de saúde pública. As
doenças crônicas não transmissíveis Nessa perspectiva, no ano de 2003,
(DCNT) passaram a liderar as causas houve a criação da Coordenação Ge-
de óbitos no país, ultrapassando as ral de Doenças e Agravos Não Trans-
taxas de mortalidade por doenças in- missíveis (CGDANT) na Secretaria
fecciosas e parasitárias (DIP) a partirde Vigilância em Saúde pelo Ministé-
da década de 80. Os acidentes e as rio da Saúde. No mesmo ano, a Su-
perintendência de Epidemiologia/ dade de vida. Conforme a Classificação
violências, causas externas, configu-
Secretaria de Estado de Saúde de Estatística Internacional de Doenças e
ram um problema de saúde pública de
Minas Gerais promoveu a estrutura- Problemas Relacionados à Saúde (CID)
grande magnitude e transcendência,
ção da Coordenadoria de Doenças e – 10ª revisão, as causas externas cor-
que tem provocado intenso impacto
Agravos Não Transmissíveis respondem aos capítulos XIX e XX,
na morbidade e na mortalidade da
(CDANT) acompanhando o modelo referente às “Lesões, envenenamento
população.
nacional e entendendo a necessidade e algumas outras consequências de
Tendo em vista a necessidade de en- de ampliar a vigilância epidemiológi- Causas Externas” e às “Causas Externas
tender e acompanhar esse panorama ca para DANT no Estado. de Morbidade e de Mortalidade”, res-
organizou-se o sistema de vigilância pectivamente.
que já era utilizado para as doenças Os agravos que fazem parte da vigi-
transmissíveis, objetivando subsidiar lância da DANT são os acidentes e
os sistemas de saúde com coleta e aná- violências e estes se expressam com
lise das informações capazes de norte- impacto no adoecimento e morte da
ar as políticas de prevenção das doen- população, perpassando por todas as
ças não transmissíveis, os programas faixas etárias e interferindo na quali-
Índice:
Capa
Vigilância de DANT
Conceitos: Acidentes e violências 2
Considerações Finais 20
Página 2 Vigilância de Violências
Acesse: http://
www.opas.org.br/
cedoc/hpp/
ml03/0329.pdf
Página 4
Vigilância de Violências
Fonte: Adaptado de KRUG et al, 2002.
Volume 1, número 1 Página 5
O que é VIVA?
Algumas publicações...
http://www.conass.org.br/arquivos/file/conassdocumenta16.pdf
http://www.conass.org.br/arquivos/file/conassdocumenta17.pdf
• Portaria Nº 1.876 de 14 de agosto de 2006, que institui as diretrizes nacionais para preven-
ção do suicídio.
• Portaria Nº 2.472 de 31 de agosto de 2010, que define a relação de doenças, agravos (dentre
esses as violências) e eventos em saúde pública de notificação compulsória
Página 11 Vigilância de Violências
Figura 2– Municípios notificadores de casos de violências, segundo GRS . Minas Gerais, 2009-2010.
Januária
Pirapora
Teófilo Otoni
Diamantina
Patos de Minas
Barbacena Ubá
São João Del Rei
Alfenas
Leopoldina
Varginha
Juiz de Fora
Municípios
Pouso Alegre Sem notificação
Com notificação
Área da GRS
MUNICÍPIOS n % MUNICÍPIOS n %
MUNICÍPIOS n % MUNICÍPIOS n %
A notificação de violência
doméstica, sexual e/ou outras
violências f0i inserida ao SI-
NAN, em 2009 e nesse ano
ocorreram 2.002 notifica-
ções. Em 2010, (dados atuali-
zados em 13/08/2010) foram
1.486 até o momento. Con-
cluímos, portanto, que entre
esses dois anos houve um
progresso quanto ao aumento
do número de casos notifica-
dos. Houve aumento percen-
tual de 23% no número médio Figura 4- Frequência de casos por sexo. Minas Gerais, 2009-2010.
de notificações por mês
(Figura 3) Tal fato reforça a Em seguida, totalizando
disseminação e a importância 14,3% dos casos, aparece a
desse agravo na rede de saúde faixa etária de 40 a 59 anos.
do Estado. Os grupos etários que repre-
sentaram menores números
Dentre todas as notificações
de casos foram as crianças
(n= 3.488) presentes no ban-
de 0 a 9 anos e idosos de 60
co de dados, mais da metade
e mais anos, com 12,1% e
delas tiveram como vítima
3,5%, respectivamente.
mulheres (Figura 4). Quanto à
raça/etnia (Figura 5), a maior
frequência foi registrada na
branca com 35,1%. Porém, ao
Figura 5- Frequência de casos por raça/etnia. Minas Gerais, 2009-
somarmos a parda e a preta,
ambas totalizam 37,9%. A-
quelas cuja variável foi igno-
rada representou 24%.
A figura 7, que representa os Figura 7- Frequência de casos por zona de ocorrência. Minas Gerais, 2009-2010.
casos por zona de ocorrência,
mostra que a urbana é a que
possui o maior número de
notificações (62,5%). A soma-
tória do número de notifica-
ções na qual esse campo foi
deixado “em branco” ou pre-
enchido com “ignorado” cor-
respondem a 31,5% do núme-
ro total de notificações.
Na variável escolaridade
44,8% das notificações tive-
ram o campo ignorado pre-
Figura 9- Frequência de casos por escolaridade. Minas Gerais, 2009-2010.
enchido. Em relação às de-
mais, percebeu-se que as
pessoas com nível de escola-
ridade inferior ao ensino
superior correspondeu ao
percentual de 37%. Enquan-
to que aquelas com ensino
superior incompleto ou com-
pleto representou 2,1%
(Figura 9).
Página 16 Vigilância de Violências
Com relação ao tipo de vio- Figura 10- Frequência de casos por violência sofrida, segundo sexo. Minas Gerais,
lência, as três formas mais 2009-2010.
freqüentes foram: violência
física com 2.621 notificações
(75,1%), violência sexual
com 931 casos (26,6%) e
violência psicológica/moral
com 753 notificações
(21,5%). O sexo feminino
apresentou percentual mais
elevado que o sexo masculi-
no em quase todos os tipos
de violência, sofrendo varia-
ção de acordo com a modali-
dade da violência (Figura 9).
Figura 15- Frequência de casos por número de autores envolvidos. Minas Gerais, 2009-2010.
Ao se analisar o número de
autores envolvidos, observa-
se que na maioria dos casos,
apenas um autor estava en-
volvido (56,8%). Somente
14,4% das notificações tive-
ram envolvimento de dois ou
mais autores. Por outro lado,
as opções ignorado e em
branco somaram 28,8%, res-
pectivamente. (Figura 15)
Figura 16- Frequência de casos por sexo do provável autor da agressão. Minas Gerais, 2009-2010.
Figura 17- Frequência de casos por suspeita de uso de álcool pelo agressor. Minas Gerais, 2009-2010.
Figura 18- Frequência de casos por encaminhamento no setor saúde. Minas Gerais,
2009-2010.
Dentre as notificações de vio-
lências, o encaminhamento
ambulatorial foi o mais fre-
quente com 50,4% (Figura 14),
o que sugere que as violências
sofridas pelas vítimas têm gera-
do cuidados ambulatoriais.
Logo em seguida a variável
“Não se aplica” com 823 notifi-
cações que correspondem a
23,5%, significando que não
houve necessidade de encami-
nhamentos da vítima no setor
saúde. Ao se agrupar as variá-
veis: “ignorado” e “em branco”
estas totalizaram 16,7% das
notificações, o que interfere na
qualidade dos dados.
Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis
Elaboração