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Raça alentejana
Origem:
Têm origem no Alto e Baixo Alentejo.
Passado:
No passado enquanto foi utilizada na produção de trabalho, esta raça existia
nas regiões de Alto e Baixo Alentejo.
Presente:
Actualmente o bovino alentejano ainda se mantém em raça pura, nas
seguintes regiões. Portalegre, Évora, Beja e Setúbal, devido a uma grande
evolução nos últimos anos da exploração no Alentejo que se deve a razoes de
natureza económica e social, verificou-se a utilização de reprodutores de raça
tipo carne, que substituíram quase por completo a tradicional raça Alentejana.
Perspectivas futuras:
Visto que é importante considerar a raça Alentejana na sua região solar, mas
tem se verificado, nos últimos anos, uma rápida destruição, devido a uma
introdução de raças exóticas (raça estrangeira: Limousine e Charolês).
Sem pensar em salvaguardar a raça Alentejana considera-se que é
necessário tomar medidas de protecção e melhoramento.
Caracterização e síntese:
Uma raça de tipo longilíneo é representado por animais rústicos, energéticos
e mansos, e que no passado recente foram utilizados na produção do trabalho.
Tem-se visto nos testes realizados, que esta raça tem bons caracteres de
boa raça de carne.
Outros:
A maioria das explorações com bovinos de raça Alentejana possui um efeito
superior a 20 cabeças.
De entre as raças bovinas autóctones, a raça Alentejana é aquela que mais
cedo foi objecto de acções de melhoramento.
É uma raça portuguesa cuja carne é comercializada com denominação de
origem “CARNE ALENTEJANA”.
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Raça Arouquesa
Origem:
A raça Arouquesa encontra-se no distrito de Aveiro, tendo como centro
Arouca e arredores.
Passado:
O gado Arouquês teve início nas zonas montanhosas nas serras do nordeste
e leste do distrito de Aveiro. Acabando por estender-se, a toda a zona nascente
da estrada nacional Porto-Lisboa, abrangendo a totalidade dos concelhos de
Castelo de Paiva, Arouca, Vale de Cambra e Severe do Vouga.
Presente:
O gado Arouquês sofreu uma invasão por outras raças, principalmente o
gado turino que alterou o seu solar, presentemente mantém-se nas regiões
Arouquesas e arredores. A progressiva infiltração do gado turino substitui o
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gado Arouquês em varias zonas. A raça pura mantém-se exclusivamente a
norte do rio Vouga.
Estes animais foram expulsos das zonas férteis e encontram-se nas regiões
mais agrestes devido a sua grande capacidade de adaptação.
A D.R.A.E.D.M. através da estação de lacticínios de Passos de Ferreira tem
trabalhado a pedido da associação de criadores desta raça na valorização do
leite destas vacas nomeadamente através do fabrico de um tipo de queijo
regional.
Perspectivas futuras:
Numa zona agricolamente pobre, em solos graníticos, não podemos ter
grandes esperanças de valorizar os efectivos arouqueses existentes, a menos
que pudessem regressar aos vales mais férteis do seu antigo solar, onde a
zona de criação se defendia, produzindo animais de assinaladas características
como produção de carne e de leite.
Raça Brava
Origem:
Podemos considerar o solar da raça brava toda a região de Santarém a
Alcochete, vasta região do Vale do Tejo, desde Vale de Figueira.
Passado:
Esta raça fixou-se numa região que, de acordo com as características
rústicas que lhe são inerentes aliada a extensão de floresta (zona de
charnecas) a proximidade de água leva a ter pastagens abundantes.
Presente:
No presente remoto quando se inicia um desbravamento das terras,
consequente ao aumento populacional e fixação demográfica, houve
necessidade de recorrer a animais para trabalhar as terras que mais tarde vão
ser substituídas pelas maquinas que nesta altura começa a aparecer o gosto
pela bravura dos animais e as exibições esporadicamente e rapidamente se
transformam em touradas.
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Perspectivas futuras:
A instalação desta raça exige terreno adequado em qualidade e extensão
pois porque esta raça pressupõe um adestramento muscular inerente.
Sem este adestramento o animal deixara a desejar em aptidão a bravura,
ressentindo-se o coração e o sistema circulatório: o alvéolo pulmonar acusará
um ritmo mínimo de trabalho nas trocas gasosas.
Raça Barrosã
Origem:
Muito embora a área de criação desta raça se estenda pelos concelhos do
extremo noroeste do distrito de Vila Real ao sub montanhosos dos de Braga e
Viana do Castelo, não resta dúvida que o seu solar de origem se localiza
precisamente na terra do Barroso, que cuja toponímia muito justamente retirou
o nome.
Passado:
É evidente que já não se cevavam bois e lhes apreciava a carne, mas foi o
comércio com Inglaterra que incentivou a recria e a ceva desta raça e elevou a
estatura dos animais, que em notável percentagem, atingiam 40 arrobas.
Passada esta época áurea da exploração e expansão Barrosã, em que se
desenvolvam ao máximo as suas características somáticas, designadamente
no solar, a raça entrou em declínio.
Presente:
Ainda no meado deste século observava nas matanças da Páscoa reses
Barrosãs de mais de 600 kg de carcaça, cevadas em antigas casas de lavoura
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tradicionalmente «enviavam bois para o barco», localizadas, principalmente
nos concelhos da Maia, Vila do Conde e Vila Nova e Famalicão. Não há duvida
que o interesse pela exploração bovina Barrosã vem decaindo
acentuadamente. Ate mesmo quando a produção da sua excelente carne, o
incentivo da maior valorização que lhe era dada pela marchantaria
desapareceu em 1959, ano a partir dói qual esta raça passou a alinhar com
todas as outras nas tabelas de aquisição de bovinos adultos elaborados pelo
Grémio dos Comerciantes de Carnes Verdes do Porto.
Perspectivas futuras:
A contracção da manha territorial ocupada pela raça acentuar-se-á, sem
duvida, ate ficar reduzida no seu solar, quase somente a freguesia de Salto do
concelho de Montalegre, e as de Ruivens e campos, do concelho de Vieira do
Minho. Será esta, essencialmente, a reserva mais rica da raça Barrosã.
Na região minhota, a zona de criação limitar-se-á a partir de cotas de 600
metros, nos contrafortes das serras da Cabreira, Gerês, Amarela, Soajo,
Peneda e Castro Laboreiro, respeitantes aos concelhos de Cabeceiras de
Basto, Vieira do Minho, Terras do Douro, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez e
Melgaço. A estas serranias será de acrescentar o acidentado concelho de Fafe.
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Raça Cachena
Origem:
Encontra-se nas zonas mas altas das serras: Peneda, Soajo e Amarela, no
seio no Parque nacional da Peneda Gerês.
Presente:
É a mais pequena raça bovina portuguesa (altura máxima à cernelha 110
cm) e uma das mais pequenas do mundo.
É uma raça de extrema rusticidade, passam a maior parte do ano em
pastoreiro livre na serra, acompanham os agricultores nas suas periódicas
subidas a brandas, onde condições de clima e declive pouco acentuado
permitem a ocorrência de solos mais profundos onde crescem pastos
abundantes.
O produto:
É a partir do leite desta raça que nasce o queijo “Brandas da Cachena” – um
produto de elevado poder nutritivo, agradável ao paladar e de fácil
conservação. Apresenta uma cor amarelo palha natural, de aromas e “flaveur”
característicos da vegetação espontânea da região. Este queijo é do tipo gordo,
de pasta semi-mole, sendo comercializado pela Cooperativa Agrícola dos
Agricultores de Arcos de Valdevez.
Origem:
Encontra-se no litoral do Baixo Alentejo.
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Presente:
A raça Garvonesa ou Chamusca é uma variante da raça Alentejana. Dada a
evolução verificada, no último decénio, da exploração agrícola no Alentejo,
devido a razões de natureza social e económica, verificou-se a utilização
dominante de reprodutores de raças exóticas – tipo: carne – que substituíram
quase por completo a tradicional população bovina desta região.
Raça Marinhoa
Origem:
O solar do gado Marinhão ocupa uma área fácil e precisa de marcação do
distrito de Aveiro, provém da raça Mirandesa e sofre modificações através da
população e do meio.
Caracterização da região:
Região oriental – Terrenos graníticos e xistosos. Relevo marcado, clima
irregular e culturas em anfiteatro.
Região ocidental – Litoral ou Marinha, origem exclusivamente sedimentar,
ausência de relevo, grande humidade e fracas oscilações térmicas.
Passado:
Em termos de bovinicultura foi esta raça que no passado dominou a zona
acidental no distrito de Aveiro, desde Espinho a Vagos, derivando por vezes
para o interior, como no caso dos concelhos de Águeda, Anadia, Mealhada,
Oliveira do Bairro e ainda certas manchas dos distritos do Porto e de Coimbra.
No presente:
O desenvolvimento da industria de lacticínios originou, como era natural, a
fixação em toda esta região de elevado potencial forrageiro de uma raça
exótica “Holandesa” que com todos os seus derivados, foi revelando para
segundo plano o gado Marinhão constituindo esta nova raça o maior efectivo
do país.
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Perspectivas futuras:
Animais de grande porte continuam a dar importante atributo nas tarefas
agrícolas da região, com particular relevância naquelas zonas em que pelas
suas características alagadiças e arenosas, a mecanização dificilmente entra.
Sendo uma região onde predomina as propriedades em retalho (minifúndio),
o pequeno lavrador não se encontra dimensionado de modo a mecanizar-se
individualmente, necessitando portanto de animais para o amanho desses
terrenos, por isso não poderá dispensar a valiosa colaboração do gado
Marinhão nos trabalhos agrícolas.
Caracterização e síntese:
Raça Maronesa
Origem:
Delimita toda a região serrana do Marão: Vila Real, Vila Pouca de Aguiar,
Murça, Mondim de Bastos, Ribeira de Pena, Alijó e Sabrosa.
Passado:
As referências mais antigas acerca do bovino Maronês datam de 1835.
Esta raça era conhecida pelo nome de vacas molares de Trás-os-Montes,
algumas delas davam 14 litros embora a média fosse de 7 a 10 litros e o seu
leite tinha uma alta percentagem óptima para o fabrico de queijos e manteiga.
Durante muito tempo apareceram alguns escritos a afirmarem que a raça
Maronesa era um cruzamento de Mirandês e Barrosã, devido aos seus solares
serem próximos. A raça Maronesa era considerada uma sub-raça.
Hoje o Maronês é considerado uma raça porque no seu aspecto étnico se
apresentar como há 100 anos atrás, quando se registou pela primeira vez as
suas características.
A sua principal função era o trabalho nos terrenos das serras.
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Presente:
Hoje, parece-nos que o verdadeiro solar do Maronês não sofreu deslocação
sensível, podendo acrescentar-se que este gado é ainda, por assim dizer, o
único representante das raças bovinas de trabalho e talho nos concelhos de
Vila Real, Vila Pouca de Aguiar, Murça, Mondim de Bastos, Ribeira de Pena,
Alijó e Sabrosa, nos quais, à excepção deste último, o número de fêmeas tem
forte preponderância sobre o de machos, facto que define a região como área
de criação da raça, ou seja, o seu solar. Dos produtos aí obtidos, a quase
totalidade das fêmeas são recriadas com vista à renovação dos efectivos de
reprodução, ou abatidas para consumo na região, em idade variável,
geralmente ao desmame, enquanto aqueles machos que não são consumidos
nos centros de criação, naquela fase, em número mais ou menos
representativo, pelos concelhos de Cabeceiras de Bastos, Celorico de Basto,
Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Vila Flor, Amarante, Baião, Felgueiras,
Marco de Canavezes, Lousada, Boticas, Chaves, Mesão Frio, Montalegre,
Régua, Santa Marta de Penaguião, Valpaços, Armamar, Lamego, Moimenta da
Beira, S. João da Pesqueira e Tabuaço, concelhos que correspondem à área
de dispersão do Maronês, onde uns são recriados e ensinados para substituir
os bois de trabalho de idade mais avançada ou, menos frequente, enviados ao
matadouro depois de recriados.
Perspectivas futuras:
Realmente a sua extraordinária rusticidade e poder de adaptação a uma das
regiões mais agrestes do nosso país que tem por cenário as serras do Alvão e
Marão e a facilidade com que se desloca nos terrenos mais ásperos e
acidentados da região onde está implantado o seu centro de criação. Levam-
nos a pensar que a Maronesa entre as nossas raças de trabalho, será a última
a desaparecer ou talvez uma das poucas a sobreviver a sua importância pode
aumentar. Se for generalizada e intensificada a pratica que alguns criadores
seguem de tirar das vacas em lactação algum leite habitualmente para seu
consumo ou outros destinos.
Utilização da raça:
A raça Maronesa é explorada na produção de trabalho e carne, sendo esta
resultante do abate das crias disponíveis e dos animais refogados.
As fêmeas que não são precisas na substituição das vacas velhas, são
vendidas mas em número reduzido.
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Raça Mertolenga
Origem:
Mértola e Alcoutim situam-se mais propriamente no este Alentejano e
alonga-se pelos concelhos dos distritos de Beja, Évora, Portalegre, Santarém e
Setúbal.
Passado:
Inicialmente era muito utilizada na produção de trabalho, nomeadamente no
Vale do Sado e Alcoutim.
Presente:
Actualmente esta raça é quase exclusivamente utilizada na produção de
carne em regime de sequeiro, tanto em raça pura, como em regime de
sequeiro, tanto em raça pura, como em cruzamentos industriais, também
utilizados em espectáculos taurinos como «chamariz» para recolha dos touros
(as chocas).
As crias têm um fraco desenvolvimento. Esta raça é muito vulnerável ao
cruzamento com animais de raça com pelagem afins. Como é o caso da
Charoleza, Andaluza, Limousine. Tem havido uma diminuição dos efeitos puros
mesmo em manadas consideradas puras.
É uma das raças portuguesas cuja carne tem denominação de origem.
Perspectivas futuras:
Futuramente pode ser rentável em cruzamentos industriais. Um dos
objectivos é melhorar a raça criando linhas puras, para assim obter boas
novilhas que serão aproveitadas em cruzamentos genealógico da raça.
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Raça Minhota ou Galega
Origem:
A raça Galega teve origem no Minho mais concretamente no distrito de
Viana do Castelo e foi-se expandindo para os distritos vizinhos Braga e Porto;
ainda muitos exemplares passarem para além das fronteiras devido à
exportação de animais para Inglaterra.
Passado:
Na origem da raça Galega existiam 3 grupos de famílias: grupo dos marelos,
bragueses e os vermelhos no distrito de Viana, representados estes 1/3 do total
desta raça.
Por ser de todas, a mais conformada para a engorda e trabalho, ser também
a de melhor produção leiteira a família dos vermelhos acabou por se impor
fazendo desaparecer os marelos e os bargueses.
Esta raça foi explorada nas 3 funbções: leite carne e trabalho. A função
leiteira é o motor principal das explorações desta raça. A produção de carne
devida sobretudo dos vitelos e das vacas substituídas e de algunsa novilhos
recriados para a engorda.
Eram utilizados no trabalho as juntas de bois que eram empregues nas
lavouras e no transporte de cargas.
Presente:
No presente começa a haver menos exploração desta raça para Inglaterra o
que provocou
Uma grande crise na pecuária pois era da exploração destes animais que a
maioria das explorações optaram por substituir a raça Galega pela turina o que
provocou uma diminuição da raça Galega.
A Galega ficou na zona de Viana do Castelo, onde sofreu vários
cruzamentos com a raça turina o veio aumentar o seu potencial leiteiro.
Perspectivas futuras:
Com o passar dois anos vai verificar-se que esta raça Avis existindo
enquanto for necessário o recurso ao trabalho continuar a ser necessário,
estamos convencidos que a raça Galega continuará a expandir-se, porque são
animais de grande porte e que se adaptam bem aos trabalhos agrícolas.
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Raça Preta
Origem:
É uma raça característica do Alto Alentejo.
Sistema de Produção:
Efectivos com dimensão média de 70 a 120 vacas, sendo a reprodução
normalmente por cobrição natural, ocorrendo sobretudo no Outono-Inverno. Os
vitelos são vendidos ao desmame e os novilhos são normalmente abatidos
entre os18 e 24 meses.
Raça Mirandesa
Origem:
A origem desta raça é Alcatim, concelho de Miranda do Douro.
Nos anos 1955 até 1972 verificou-se uma grande expansão desta raça,
aumentando assim o seu solar para Vimioso, Mogadouro, Bragança, Vinhais e
Macedo de Cavaleiros.
A selecção de animais era feita pelos criadores.
Foi através da expansão e com o aumento dos cruzamentos que se
formaram novas raças como a Marinhoa e Maronesa.
Passado:
Em 1070 os bovinos Mirandeses ocupam maior parte do Alto Alentejo. Esta
raça era explorada principalmente para carne e trabalho no campo.
Em meados do século a raça expandiu-se por todo o Alentejo, mas eram
animais cruzados. Esta espanção deve-se ao facto de haver pouca
alimentação, pois a raça existente (Alentejana) era mais exigente optando
assim pela raça Mirandesa.
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Presente:
A raça Mirandesa está praticamente desaparecida do Alentejo devido à
mecanização agrícola.
Esta raça pura é muito vulnerável ás doenças e o seu crescimento é lento.
Para melhorar estes defeitos é necessário cruza-los com animais mais
robustos, pesados e com velocidade de crescimento maior com a raça
Limousine e Charolês.
Na década dos amos 70 a raça pura foi praticamente eliminada devido aos
cruzamentos.
Perspectivas futuras:
Se não forem tomadas imediatamente medidas que vão garantir a sua
existência sem cruzamentos a raça Mirandesa está em riscos de extinção.
Neste momento a comercialização da carne tem dominação da origem e é
vendida muito mais cara do que a restante carne de bovinos.
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Fig.2- bovino de cobrição
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Áreas Geográficas de Produção, Abate, Desmancha e
Acondicionamento
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Rotulagem da carne de bovino
Legislação comunitária:
Regulamento (CE) nº. 1760/2000 do Parlamento Europeu e do Conselho, de
17 de Julho, que estabelece um regime de identificação e registo de bovinos
e relativo à rotulagem da carne de bovino e dos produtos à base de carne de
bovino, e que revoga o Regulamento (CE) nº. 820/97 do Conselho (JO L204,
11.08.2000);
Regulamento (CE) nº. 1825/2000 da Comissão, de 25 de Agosto, que
estabelece as normas de execução do Regulamento (CE) nº. 1760/2000 do
Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita à rotulagem da carne de
bovino e dos produtos à base de carne de bovino (JO L216, 26.08.2000);
Regulamento (CE) nº. 270/2002 da Comissão, de 14 de Fevereiro, que
altera o Regulamento (CE) nº. 999/2001 do Parlamento Europeu e do
Conselho no que se refere a matérias de risco especificadas e à vigilância
epidemiológica de encefalopatias espongiformes transmissíveis.
Legislação nacional:
Decreto-Lei nº. 323-F/2000, de 20 de Dezembro, que estabelece as regras a
que deve obedecer a rotulagem obrigatória e facultativa da carne de bovino
(DR nº.292, I Série-A);
Despacho nº. 25 958-B/2000, de 20 de Dezembro (DR nº.292, II Série) -
apenas para a carne portuguesa;
Despacho nº. 10 818/2001, de 23 de Maio (DR nº.119, II Série) - apenas para
a carne portuguesa;
Despacho Normativo nº. 30/2000, de 6 de Julho (DR nº. 154, I Série-B) -
Distintivo que indica a aprovação do rótulo facultativo pelo Ministério da
Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.
O que é a rotulagem?
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Quem deve rotular?
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Sim. A carne de bovino cortada aos pedaços, sejam grandes ou pequenos, tem
de respeitar as regras desta rotulagem.
Sim. Toda a carne congelada a partir do dia 1 de Janeiro de 2001 tem de estar
rotulada com as menções obrigatórias.
Existe alguma diferença nos rótulos de carne dos animais com menos e
com mais de 30 meses?
Apenas existe diferença nos rótulos das carcaças à saída do matadouro, e
quando se referirem a animais com menos de 30 meses, os quais terão de
apresentar uma risca azul (Regulamento (CE) nº. 270/2002 da Comissão).
Nos rótulos da carne à saída da sala de desmancha não existe qualquer
diferença.
Código de referência
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Não. Os talhos, não estando licenciados como salas de desmancha, não
podem acrescentar nenhuma informação ao rótulo que acompanha as
carcaças ou peças de carne quando estas chegam ao seu estabelecimento.
Assim, nos talhos as carnes expostas para venda terão o mesmo código de
referência que vinha na carcaça, meia-carcaça, quarto ou peça que lhe deu
origem.
Registos obrigatórios
No caso dos talhos o registo pode ser feito pelo arquivo das facturas?
Sim. Como o registo pode ser documental poderá ser constituído pelas
facturas, desde que estas contenham a informação necessária para identificar
a carne, incluindo a identificação do estabelecimento de onde veio a
carcaça/carne.
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Caso a carne seja picada a pedido do cliente, no momento da compra, já não
terá de ser rotulada, uma vez que o consumidor teve a possibilidade de
conhecer o rótulo da peça ou peças da carne que adquiriu.
Esta menção só pode ser inscrita no rótulo quando a carne for portuguesa, ou
seja, quando a carne for proveniente de animais nascidos, criados e
abatidos em Portugal.
Sim.
Quando a carne for portuguesa, o rótulo poderá ter a bandeira portuguesa e
terão de constar as menções, apresentadas da seguinte forma:
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À saída do matadouro:
Identificação do animal:.....................
Abatido em: PORTUGAL - P - (código) - CE
Origem: PORTUGAL
À saída da sala de desmancha:
Identificação do animal ou do grupo de animais:.....................
Abatido em: PORTUGAL - P - (código) - CE
Desmancha em: PORTUGAL - P - (código) - CE
Origem: PORTUGAL
Ou
Cod. identificação animal:.....................
Abatido em: PORTUGAL - P - (código) - CE
Desmancha em: PORTUGAL - P - (código) - CE
Origem: PORTUGAL
CARNE PORTUGUESA
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É indiferente. No entanto, é mais adequado a menção "Criado em:" por ser um
termo mais abrangente.
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- Preço;
- Nome ou firma ou denominação social;
- A morada do fabricante ou do embalador/acondicionador ou de um
vendedor estabelecido na União Europeia;
- Lista e quantidades de ingredientes;
- Condições especiais de conservação.
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Satisfaça os critérios estabelecidos na norma europeia EN 45011;
Seja proposta pelo operador ou pela organização que requer a
rotulagem da carne;
Possua capacidade jurídica;
Represente os interesses de todas as partes envolvidas no sector.
Os controlos efectuados pelo OIC serão de acordo com o âmbito do Caderno
de Especificações.
Não. Esta menção não poderá constar dos rótulos, uma vez que é uma medida
obrigatória para todos os animais com mais de 30 meses. Toda a carne de
bovinos com mais de 30 meses para ser comercializada teve de apresentar
resultado negativo ao teste da BSE, logo encontra-se toda em igualdade de
condições.
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É obrigatório colocar o distintivo do MADRP quando o rótulo está
aprovado?
Bovinos leiteiros
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Explorações
ST0002 Alexandre de S. de Arriaga e Cunha Sintra 178 2,35 413 11 296 3,07 2,85 14 235
SC0003 Silvalaga, Soc Agro Pecuária, Lda Lourinha 12 1,58 570 10 983 3,41 3,06 17 454
RZ0044 Quinta do Jameal - Soc Agro Pec Santarém 7 3,00 349 10 616 3,50 3,18 11 748
RB0011 Euroleite Sociedade Leiteira Lda Leiria 46 2,57 407 10 503 3,77 3,13 13 246
SK0002 Ruessink & Filhos Agro Pec Lda Salvaterra de Magos 121 2,86 374 10 500 3,81 3,05 12 221
SR0006 Barão & Barão, Lda Benavente 430 2,51 349 10 312 3,41 2,85 11 464
SV0004 Sociedade Nacional Rústica,Lda Loures 2 2,00 770 10 217 3,33 3,24 18 183
WU0055 Baltazar Viana Odemira 10 1,00 303 10 176 3,42 3,07 10 364
SK0005 Agro Pecuária Afonso Paisana, SA Salvaterra de Magos 252 2,07 395 10 133 3,37 3,14 12 411
VF0002 Jurgen Thymn Alter do Chao 108 2,00 351 10 065 3,81 3,12 11 562
Vacas
PTR955981 Alexandre de S. de Arriaga e Cunha Sintra 5 424 16 884 475 455 2,81 2,69
PTS108772 Alexandre de S. de Arriaga e Cunha Sintra 4 350 16 585 467 429 2,82 2,59
FR5613392017 Agroseber Cartaxo 1 315 16 543 740 520 4,47 3,14
PTR824084 Alexandre de S. de Arriaga e Cunha Sintra 5 395 15 867 531 469 3,35 2,96
PTW632352 Jurgen Thymn Alter do Chao 3 739 15 703 575 476 3,66 3,03
PTS200009 Barão & Barão, Lda Benavente 2 322 15 665 458 422 2,92 2,69
PTS111883 Infanta SAG Ldª II Montemor-o-Novo 3 387 15 554 528 449 3,39 2,89
PTS117197 Alexandre de S. de Arriaga e Cunha Sintra 3 424 15 519 539 421 3,47 2,71
PTS117611 Barão & Barão, Lda Benavente 3 394 15 478 486 399 3,14 2,58
PTR961026 Darwim dos Santos & Herdeiros Moita 5 318 15 360 389 457 2,53 2,98
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Qualidade do leite
Qualidade do leite
Constituição físico-química
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Extracto seco desengordurado - Compreende todos os componentes, menos
a gordura (leite desnatado). Por lei, o produtor não pode fazer a remessa dessa
fracção do leite para a indústria. Apenas as indústrias podem manejá-la, por
meio de desnatadeiras, destinando-a à fabricação de leite em pó, leite
condensado, doces, iogurtes e queijos magros.
Densidade
É a relação entre peso e volume. Assim, um litro de leite normal pesa de 1.028
a 1.033 gramas. Abaixo ou acima desse intervalo, o leite pode ter a sua
qualidade comprometida e ser recusado pelas indústrias. Deve-se considerar
que um leite com um alto teor de gordura, como por exemplo, acima de 4,5%,
terá provavelmente uma densidade abaixo de 1.028 gramas. Para evitar
fraudes por aguagem, a densidade do leite é medida, diariamente, na indústria.
Alimentação
Raça do gado
Ordenha
Manejo do bezerro
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No início da ordenha, o leite é sempre mais ralo, aumentando o teor de gordura
à medida que se aproxima do final. Isso ocorre porque a gordura, por ser mais
leve, tende a ficar na superfície do úbere. Então, se o bezerro mama no final,
ele tem acesso a um leite melhor. Do ponto de vista comercial do leite, é
melhor que a cria mame no início da ordenha, por um tempo suficiente para
seu sustento.
Ordem da ordenha
Acidez do leite
Prova do álcool-alizarol
Essa análise não mede exactamente a acidez do leite, mas sim, verifica sua
tendência a coagular. O leite que coagula nessa prova não resiste ao calor,
portanto, não pode ser misturado aos demais.
Nesta prova avalia-se a actividade das bactérias presentes no leite, por meio
de um corante. Quanto mais rápido for o tempo de descoloração do corante de
azul para branco, maior é o número de micróbios existentes. No Brasil, o leite é
aceito quando a descoloração ocorre a partir de duas horas e trinta minutos.
Esse teste classifica o leite brasileiro nos tipos A, B e C.
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É um método mais preciso que determina, com precisão, o número de
bactérias existente no leite. Para o leite tipo C, mais comumente produzido no
Brasil, é utilizado como um controle complementar da qualidade do leite.
Recomendações práticas
Local de ordenha
O leite colostro
Ordenhador
Deve ter boa saúde, trabalhar com roupas e mãos limpas, usar botas e boné,
manter as unhas aparadas e os cabelos curtos, e evitar fumar ou cuspir no
chão, durante a ordenha. Esse trabalhador deve limitar-se somente à ordenha
das vacas. Outras tarefas como conduzir, apartar e pear os animais, raspar e
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lavar o piso devem ser realizadas por um auxiliar. Deve ser bem treinado para
a sua função e conhecer a importância da qualidade do leite na saúde humana.
Utensílios
Ordenha
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Bibliografia
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia8/AG01/arvore/AG01_407_2172
00392418.html
http://www.anable.pt/atables/index.htm
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Leite/GadoLeiteiroZ
onaBragantina/paginas/qualidade.htm
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