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Impermeabilização
Edição 53 - Janeiro/2009
A impermeabilização moldada in loco é um dos sistemas que mais sofrem com a pouca Newsletter Construção Mercado
disponibilidade de profissionais especializados no mercado, sejam aplicadores ou Cadastre-se e escolha os informes
projetistas. Isso porque os impermeabilizantes moldados no local possuem gratuitos
naturalmente menos propriedades controladas pelos fabricantes, e assim ficam mais Acesse e configure seus recebimentos
dependentes da mão-de-obra.
APLICATIVOS
"Nos moldados in loco existe uma série de variáveis muito maior a ser controlada,
enquanto os pré-fabricados já saem com controle de fábrica de uma série de
propriedades", afirma a arquiteta Leonilda Ferme, gerente técnica da Denver Global.
Nessa etapa, denominada projeto básico, a planta da obra precisa ter definidos os
locais a serem impermeabilizados e as cotas adequadas para a execução da
impermeabilização.
Normas técnicas
Check-list
Formação necessária
André Fornasaro
Presidente do
Instituto Brasileiro Onde estão os gargalos na formação dos profissionais que
de atuam na área de impermeabilização?
Impermeabilização
Os gargalos na formação dos profissionais se originam na falta
da cadeira "impermeabilização" nas faculdades. Disso e da
existência de poucos projetistas no mercado decorre a falta de informação das
construtoras. Falta de cultura técnica de base. Assim, o profissional só vai atentar
para a importância da impermeabilização quando o maior problema da obra for os
vazamentos, causados em locais que deveriam ter sido impermeabilizados ou que
tiveram uma impermeabilização malfeita.
Nos últimos anos, com o código do consumidor e maior divulgação dos problemas
que uma impermeabilização malfeita pode acarretar, as construtoras estão dando
mais atenção à impermeabilização?
Debate
Daniel Wertheimer - Não é que o moldado in loco seja um sistema de segunda linha.
Sua aplicação, de fato, é relativamente menos técnica do que a de um outro sistema.
Mas essa aplicação não é como uma pintura apenas. Requer uma série de cuidados de
preparo, de aplicação, de consumo, de homogeneização do material, de estocagem.
A mão-de-obra é muito importante.
Newton Jacobucci - Imagine uma laje de 500 m. Com três ou quatro operadores, é
possível aplicar uma manta pré-fabricada em uma semana. Para impermeabilizar essa
mesma laje com um material moldado no local, dependendo da chuva, podem ser
necessários 20 dias ou mais de trabalho. E se chover no meio do caminho, perde-se
material, que vai para o ralo. E isso exige mais demãos, mais trabalho. Por isso,
acredito que o moldado in loco exige muito mais da mão-de-obra do que o pré-
fabricado. Porque o pré-fabricado já vem com a espessura nominal pronta. Se o
funcionário for treinado para aplicar aquilo a maçarico, ou mesmo com asfalto a
quente, ele faz o serviço. Já no moldado in loco, o aplicador tem que se preocupar
com fissuras, e ainda tem que controlar as demãos, a diluição e a cura.
Eliene Ventura da Costa - Por outro lado, se o aplicador do pré-fabricado não tiver
cuidado, por exemplo, com a proteção mecânica, ele terá problemas da mesma
forma. Os dois serviços precisam de mão-de-obra especializada.
Mas o apelo dos moldados in loco é de que eles são produtos simples de aplicar...
Leonilda - Mas ainda assim é preciso seguir alguns princípios. Tem que prever
consumo adequado, preparo de superfície, introdução de reforços quando necessário.
É preciso também fazer proteções, prever produtos que resistam - ou não - aos raios
ultravioleta.
Paulo Sérgio F. de Oliveira - Não é correto dizer que um sistema moldado in loco é
inferior a um sistema pré-fabricado. Depende da especificação daquele sistema e das
necessidades do usuário. Porque muitas vezes aquela emulsão asfáltica mais simples
pode atender perfeitamente às necessidades do usuário. É preciso cuidado com essa
imagem de que produto mais simples não tem qualidade. Não é isso. O mais simples
pode atender às necessidades.
Jacobucci - O que acontece é que o sistema moldado in loco exige muito da mão-de-
obra. Por exemplo. O projeto determina um consumo do sistema de 3 kg/m2. Mas o
cumprimento disso vai depender da boa vontade do aplicador. Pode acontecer de a
empresa querer economizar e, em vez de 3 kg/m2, aplicar apenas dois sem o cliente
saber.
Ming - Acho que um grande insucesso dos moldados in loco é que neles não há o
costume de se fazer teste de estanqueidade. Nos pré-moldados os testes são feitos.
Jacobucci - Nas pequenas obras, o aplicador não está preocupado em fazer teste. Ele
vai lá, aplica o material na laje, coloca só 2 kg/m2, que é a média, e acha que vai
dar certo. E é claro que não dá.
Oliveira - Um bom projeto tem que prever caimento, índice de incidência solar,
interferências. Impermeabilização é detalhe. Ela exige um tipo de projeto no qual o
problema não é especificar o sistema, o problema é detalhar. E esses detalhes, se não
forem previstos por especialistas, não têm solução.
Jacobucci - Quando somos solicitados para fazer um orçamento, muitas vezes a obra
já está de pé e não se pensou em nenhum detalhe da impermeabilização. Quando
chegamos na obra e falamos para o engenheiro que precisa cortar o rodapé,
desencostar um cano, o cano de água que está na parede do banheiro precisa que a
manta passe por trás, ele diz: -Vamos quebrar o galho. Vamos resolver como dá
porque não vou quebrar nada-. Não há muita preocupação da engenharia de obra do
prédio de pensar na impermeabilização desde o início. E, no final da obra, a
construtora tem dois problemas: pressa para terminar e falta de dinheiro. Então, ela
quer o produto mais barato e o mais rápido possível. Esse é o grande problema da
impermeabilização hoje.
Eliene - Existem alguns construtores que investem muito em projeto de
impermeabilização, mas, na hora da contratação, chamam alguns parceiros, entre
eles aplicadores e até fabricantes, e perguntam o que dá para reduzir naquele
projeto. Isso é um contra-senso.
Então quer dizer que há pontos que precedem a impermeabilização de fato que
prejudicam o trabalho?
Jacobucci - Por exemplo, num banheiro que será impermeabilizado, muitas vezes não
dá para fazer o caimento correto porque não tem cota em relação à porta. Aí só dá
para fazer um pouco - ou nada - de caimento. O que geralmente ocorre quando se faz
a impermeabilização sem nenhum caimento é que começa a brotar água na porta. E o
carpete que está externo ao banheiro começa a umedecer.
Eliene - Para se ter idéia, o nosso SAC faz visitas a obras novas, de apenas três anos,
que já apresentam problemas de patologias. E isso tem a ver com esse problema de
falta de visão sobre o projeto de impermeabilização, de falta de detalhamento.
Oliveira - Mas a gente não sabe quando o projeto da obra está sendo pensado.
Quando a gente chega, a obra já está em andamento.
Leonilda - Uma questão importante de se falar da NBR 9575 é que ela estabelece dois
níveis de projeto que pouca gente conhece: tem o projeto básico, que seria aquele
projeto de concepção, no qual o arquiteto já vai estabelecer o sistema e deixar as
condições favoráveis para a impermeabilização; e o segundo projeto, que é o projeto
executivo. É nesse projeto executivo em que serão feitas as quantificações, a
determinação de espessuras, proteções, enfim, onde vai ser feito todo um
detalhamento. O que noto é que o projeto básico inexiste. A maioria dos arquitetos
ainda está tentando entender o que a norma está pedindo e o que isso vai acarretar
de responsabilidade para eles. E eles muitas vezes pedem socorro para algum
projetista, ou para algum fabricante, e a gente vai em socorro deles.
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