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EFEITO DE DIFERENTES TIPOS DE VERMICOMPOSTOS NA

PRODUTIVIDADE DA CULTURA DE FEIJÃO VULGAR (Phaseolus


vulgaris)
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
LICENCIATURA EM ENGENHARIA AGRO-PECUÁRIA
PRODUÇÃO VEGETAL

EFEITO DE DIFERENTES TIPOS DE VERMICOMPOSTOS NA


PRODUTIVIDADE DA CULTURA DE FEIJÃO VULGAR (Phaseolus
vulgaris)

Inocência Manuel Massuque


Ulónguè, 2019

Inocência Manuel Massuque

EFEITO DE DIFERENTES TIPOS DE VERMICOMPOSTOS NA


PRODUTIVIDADE DA CULTURA DE FEIJÃO VULGAR (Phaseolus
vulgaris)

Orientador:

Eng.° Zoio Joaquim Bonomar

Co-orientador:

Eng.° Belmiro Rogério Naite

Monografia submetida à Faculdade de Ciências


Agrárias, Universidade Zambeze, Ulónguè, em
parcial cumprimento dos requisitos para a
obtenção do Grau de Licenciado em Engenharia
Agro-Pecuária, especialidade em Produção
Vegetal.

Ulónguè, 2019
III
DECLARAÇÃO DE AUTORIA

Eu, Inocência Manuel Massuque, declaro que esta monografia é resultado do meu
próprio trabalho e está a ser submetida para a obtenção do grau de Licenciatura em Engenharia
Agro-pecuária na Especialidade em Produção Vegetal na Faculdade de Ciências Agrárias da
Universidade Zambeze em Ulónguè. Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau
ou para avaliação em nenhuma outra Universidade. Todas obras de outros autores consultadas
neste trabalho foram devidamente citadas e encontram-se na lista de referências bibliográficas.

_____________________________________________

(Inocência Manuel Massuque)

Ulónguè, 2019

IV
DEDICATÓRIA V

Dedico este trabalho ao meu amor sem dor que perdi a muito cedo que é a minha mãe
Laura Joaquim Massango pelos seus ensinamentos, conselhos, proteção, pelo seu amor
incondicional por mim e ao meu pai Manuel Tichua Massuque pelo seu amor e interesse por
mim. Ao meu irmão Armando Manuel Massuque pelo presente que me deu, que é a oportunidade
de poder me formar.

V
AGRADECIMENTO VI

Agradeço a Deus pelo dom da vida, proteção, saúde que tem me concedido dia apos dia
ate eu poder terminar a formação.

Ao meu pai pela Educação e meus irmãos, tias, primos, cunhadas pelos incentivos,
conselhos durante a minha formação.

Ao meu Supervisor o Engenheiro Zoio Bonomar pelas críticas, conhecimento transmitido,


pela compreensão e pela confiança em mim depositada desde o início da realização do trabalho.
Ao meu co-orientador Engenheiro Belmiro Rogério Naite pelo apoio, criticas e paciência, pelo
material que culminou na realização do ensaio. Aos todos funcionários do CITTA em especial o
Sr. Albertino Alberto e ao Engenheiro chuaca.

A todos docentes e funcionários da faculdade de ciências agrarias que contribuíram para


minha formação o meu muito obrigado.

Ao meu amado namorado Messias Juma Rasde pela sua paciência comigo, carinho,
atenção, conselhos, críticas e pelo incentivo pois sim contribuíram para a minha formação e
desempenho na faculdade, dizer que és um homem muito maravilhoso e presente de Deus na
minha vida.

As minhas aminhas: Karina De Fátima Abel Martinho, Isabel Xavier, Amelia Tiane,
Cartília Mavie. Joana Germano, Leocádia Seda, Dina Mandaliza, pelo vosso apoio e amor meu
muito obrigado

Aos meus conterrâneos: Rosário Bila, Amadeus Pelembe, Hélio Banze, Carla Diaquino,
André Langa, Fernando Machavane, Piedade Mucavele pelo vosso carinho e incentivo

A minha igreja Celebração: agradeço a pastora Dianne Stauber e Pastor Mélvin Stauber
pelo apoio e pelas vossas orações. A minha igreja Assembleia de Deus Africana Agonia: pastor
Kozana, pastor Isidoro, conselheiro Isaac e Batsirai, Ester Reis, Kudzanai Bero, Dalington,
Marlene, Mariel, pelas orações e amizade.

Aos meus chefes do estágio José Munguabe e Pita Johane e a todos meus colegas em
especial de geração 15: Castigo Fore, Gabriel Maurício, Márcia Macajo, António Gopane. Ao
VI
engenheiro José Tivane pela disponibilidade e interesse que teve comigo, Também a dona Rute
Sneque pela hospitalidade e a todos que não mencionei mas que de uma forma me ajudaram o
meu muito obrigado.

VII
EPIGRAFE VIII
Imagine uma vida sem oxigénio, em vida as nossas acções contribuem para a devastação
do pulmão natural (florestas), sem o oxigénio não há vida. Somos chamados a uma
consciencialização e mudança de atitude, pensando num futuro promissor dos nossos filhos que
também precisam do pulmão natural para melhor respiração…

Anónimo

Imagine a life without oxygen, in life our actions contribute to the devastation of the
natural lung (forest), without oxygen there is no life. We are called to are awareness and change
attitude, thinking of a promising future for our own who also need the natural lung for better
breathing…

Anonymous

VIII
RESUMO IX
O feijão vulgar ( Phaseolus vulgaris L.) é uma cultura importante na economia e
segurança alimentar e nutricional da população Moçambicana, visto que é uma das principais
fontes de proteína e calorias. Sendo assim a utilização de vermicomposto como fonte de
fertilidade ao solo, é importante devido os efeitos em diversos cultivos, podendo ser produzido a
partir de diversos resíduos queiram vegetais assim como de origem animal. Sendo crucial o
conhecimento sobre a sua produtividade, para a sua disponibilidade para os produtores e pelos
consumidores fazendo uma agricultura sustentável. Portanto o presente trabalho tem como
objetivo de avaliar o efeito de diferentes tipos de vermicomposto na produtividade da cultura de
feijão vulgar nas condições edafo-climáticas do distrito de Angónia. O ensaio foi montado nos
campos do CITTA, localizado na Vila Ulónguè na Estrada Nacional 304 (N304), no povoado do
Maué, sendo conduzido sob regime de irrigação no período de junho de 2019 até outubro de
2019. Foi utilizado o delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições e quatro
tratamentos dentro de uma área de 236,25m2 e cada parcela foi de 12m2 totalizando um universo
de 16 parcelas, onde o tipo de vermicomposto constituiu um tratamento. Os tratamentos
utilizados foram: T1- sem aplicação de nenhum tipo de vermicomposto, T2- vermicomposto
produzido a partir de restolhos de soja, T3- vermicomposto produzido a partir de restolhos de
colmo de milho e T4- vermicomposto produzido a partir de restolhos de capim. Foram avaliados
as seguintes variáveis: altura da planta, número de vagens por planta, número de grãos por vagens
e produtividade. Os dados apos serem colectados, foi submetido ao pacote estatístico STATA. Os
resultados apresentaram diferenças significativas entre os diferentes tipos de vermicomposto
estudados, para a variável altura da planta não houve diferença significativa entre os diferentes
tipos de vermicomposto. Em relação as variáveis produtivas (número de vagens por planta,
numero de grãos por vagens e produtividade), o vermicomposto produzido a partir de restolhos
de soja e capim tiveram maior média em relação aos outros tipos de vermicomposto em estudo
tendo ocasionado a melhor produtividade que foi de (1.42t/ha e 1.31t/ha).

Palavras-chaves: Feijão vulgar (Phaseolus vulgaris L.), vermicomposto, Produtividade.


ABSTRACT X

Common bean (Phaseolus vulgaris L.) is an important crop in the food and nutritional
economy and security of the Mozambican population, since it is a major source of protein and
calories. Therefore use of vermicompsts as a source of soil fertility is important due to the effects
on various crops and can be produced from various residues of both animal and plant origin.
Knowledge of its availability to producers and consumers for sustainable agriculture is crucial
therefore; the present work aims to evaluate the effect of different types of vernacular compounds
on common bean crop productivity in the soil and climatic conditions of angonia district. The
trial was set up in the fields of CITTA, located at villa ulongue, on the national road 304(No.
304), in the conducted under the irrigation regime from june 2019 to October 2019. Of
randomized blocks, with four repetitions and four treatments within an area of 236.25m2 and each
plot was 12m2 antotaling a universe of 16plots, where the type of vermicompost constituted one
treatment. The treatments used were: T1- without application of any vermicompost, T2:
vermicompost produced from soybean stubble, T3: vermicompost produced from corn stubble
and T4- vermicompost produced from grass stubble. The following variables were evaluated:
plant height, number of pods per plant, number of beans per pod yield. Data were collected and
submitted to the STATA statistical package. The results showed significant differences between
the different types of vermicompost,for the plant height variable there was no significant
difference between the different types of vermicompost. In relation to the productive variables
(number of pods per plant, number of grains per pod and yield), the vermicompost from soybean
and grass stubbles had higher average in relation to the other types of vermicompost under study,
causing than was (1.42t/ha and 1.31t/ha).

Keywords: Common bean (Phaseolus vulgaris L.), vermicomposto, productivity.

IX
X
LISTA DE FIGURAS XI
Figura 1: Croqui: Esquema da área experimental ......................................................................... 12

Figura 2: 20 Dias depois de Emergência ....................................................................................... 36

Figura 3: 25 Dias apos Emergência (Controlo Fitossanitário) ...................................................... 37

Figura: Abertura de Linhas para Melhor Absorção da Agua pelas Plantas................................... 38

Figura: Estágio de Floração ........................................................................................................... 39

Figura: Fase de Enchimento de Grão ............................................................................................ 40


LISTA DE QUADROS XII
Quadro 1. Precipitação média dos últimos 5 anos (mm) ................................................................. 9

Quadro 2. Características dos solos ............................................................................................... 10

XII
LISTA DE TABELAS XIII

Tabela 1: Valores médios de altura da planta (AP) ....................................................................... 14

Tabela 2: Valores médios de número de vagens por planta (NVP)............................................... 16

Tabela 3: Valores médios de número de grãos por vagem (NGV) ............................................... 17

Tabela 4: Valores médios de produtividade (PROD) .................................................................... 18

Anexo daTabele 1:Altura de Planta ............................................................................................... 27

Anexo da Tabela 2:Número de Vagens por Planta........................................................................ 29

Anexo da Tabela 3: Número de Grãos por Vagem ....................................................................... 31

Anexo da Tabela 4:Produtividade ................................................................................................. 33

Anexo 5: Coeficientes de Variação ............................................................................................... 35


LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS XIV
%: Percentagem

IP: Plataforma de inovação;

PM: Projecto Morep;

BMM: Bolsa de Mercadoria de Moçambique;

CITTA: Centro de Investigação e Transferências de Tecnologias;

MAE: Ministério de Administração Estatal;

Sr: Senhor;

DPA: Direção Provincial de Agricultura;

ANOVA: Análise de Variância;

AP: Altura da Planta;

pH: Potencial de Hidrogénio;

NVP: Número de vagens por planta;

Cm: Centímetro;

C.V: Coeficiente de Variação;

NGV: Número de grãos por vagem;

PROD: Produtividade;

t: Tonelada;

Kg: Quilogramas;

ha: hectares;

DBC: Delineamento de Blocos Casualizados;

et al: e outros autores;

XIII
g: Gramas;

H0: Hipótese nula;

H1: Hipótese alternativa;

NUA: Nutrição Andino;

SDAE: Serviços distritais das atividades económicas;

t/ha: toneladas por hectare;

XIV
XV
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
O feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) é a espécie mais cultivada no gênero Phaseolus,
que ainda inclui P. coccineus, P. acutifolius, P. lunatus. O feijoeiro comum contribui com cerca
de 95% da produção mundial entre os feijões. É cultivado em cerca de 100 países, destacando-se
India, Brasil, China, Estados Unidos e México, responsáveis por cerca de 63% do total
produzido. O feijão comum, Phaseolus vulgaris L. é um alimento de grande importância no
mundo, mas mesmo assim, não tem recebido dos agricultores a devida atenção. De um modo
geral tem sido cultivado em pequenas áreas ou intercalado em outras culturas (DEUBER, et al.
2007).

Na Região centro de Moçambique, a comercialização de feijão vulgar (Phaseolus vulgaris


L.) é uma das estratégias muito importante para os agricultores em a para melhoria das condições
de vida. Especialmente os jovens agricultores incluindo as mulheres investem na produção de
feijão vulgar como forma de aumentar seus bens e cobrir as necessidades das suas famílias. Com
o envolvimento na Plataforma de Inovação (IP), estes agricultores aprenderam que podem ter
mais benefícios a partir de feijão vulgar (PM, 2015).

O feijão é planta de clima tropical, de ciclo curto (60 a 120 dias), exigindo uma estação
húmida, propícia ao crescimento, e uma seca, no fim do ciclo, que favorece a colheita e a
conservação das sementes.

As fases mais críticas de deficiência hídrica são: emergência, floração e enchimento das
vagens. Em termos de quantidade de água, 300 a 500 mm são suficientes para um ciclo de 90
dias. Consideram-se ótimas as temperaturas situadas entre 18°C e 30°C (PEREIRA. et al. 1998).

A compostagem e a vermicompostagem são alternativas de tratamento desses resíduos


que serão indispensáveis para o desenvolvimento sustentável. Elas representam a reciclagem de
nutrientes, da matéria orgânica que mantém os solos vivos e produtivos e há possibilidade de
aplicação desses processos no campo e na cidade de maneira ampla e benéfica (NELSON, et al.
2014).

1
de vemicomposto
Retitar ja que apenas apenas se trata

A compostagem “é um processo biológico aeróbio e controlado de transformação de


resíduos orgânicos em resíduos estabilizados, com propriedades e características completamente
diferentes do material que lhe deu origem”, onde obtêm-se como principal produto o húmus –
adubo inodoro, rico em nutrientes (ferro, boro, cobre, zinco, molibdênio, cloro) e macronutrientes
(potássio, nitrogênio, fósforo) (CORRÊA, et al. 2015).

O processo de vermicompostagem assemelha-se à compostagem, porém, na primeira


utiliza-se minhocas para promover e acelerar o processo de degradação da matéria orgânica, para
consequente formação de húmus, onde o húmus produzido pelas minhocas é, em média, 70%
mais rico em nutrientes que os húmus convencionais. Esse húmus apresenta ainda a vantagem de
ser neutro, uma vez que as minhocas possuem glândulas calcíferas, corrigindo assim ou, pelo
menos, facilitando a correção do pH do substrato (CORRÊA, et al. 2015).

1.1 Definição do Problema Científico

O feijão (Phaseolus vulgaris L.) é uma das leguminosas de grande importância económica
por ser a principal fonte de proteína na alimentação da população de baixa renda, e por ser
cultivado em todas as regiões do país.
A produtividade obtida em nível de cultivo do feijão é muito baixa quando comparada ao
potencial das variedades recomendadas. Esta baixa produtividade é devida a vários fatores, tais
como: métodos inadequados de cultivo, solos com baixa fertilidade e não utilização de variedades
produtivas. Entre estes fatores, a adubação orgânica para feijão tem sido pouco utilizada pelos
produtores (VENTURINI, et al. 2003). Face a estes factores, pretende-se saber o vermicomposto
com mais efeito no aumento da produtividade na cultura de feijão vulgar.
R Aliado a este facto surge a seguinte questão: Que tipo de vermicomposto ira proporcionar
e
maior produtividade na cultura de feijão vulgar.
t
i
1.2 Justificativa
r
a
A presente pesquisa surge na necessidade para encontrar subsídios uteis com relação a uso
r
de adubos orgânicos, especialmente o vermicomposto convista a minimizar os custos e criação de
um bom ambiente numa produção da cultura de feijão vulgar no sector familiar; por um lado, por
outro, se trata de uma produção ecologicamente limpa. A maior parte das investigações da cultura
de feijão vulgar, em Moçambique, foram feitas na província do Niassa. Os resultados de
2
investigações feitas em Lichinga na campanha 95/96, mostraram que a produtividade do feijão
vulgar no sistema de produção local era baixo, devido principalmente a pragas e doenças segundo
(DAVIES, et al. 1996).
Nesse contexto, há uma busca de informações sobre agentes biológicos que poderão
auxiliar na melhoria das condições físicas e químicas do solo, bem como produção vegetal. Da
mesma forma, a adopção de tecnologias que minimizem a dependência da cultura aos
fertilizantes representa, pois, um passo importante para aumento da produtividade a custo
reduzido (NUNES.2017).
Em termos de nutrientes, o vermicomposto se dispõe de teor de nitrogênio, cálcio,
potássio, magnésio e fósforo. Em relação a fatores físicos aumenta a aeração, drenagem, retenção
de água e nutrientes, e biologicamente, propicia a ativação microbiológica e o aumento da
bioestrutura do solo (NELSON, et al. 2014).

1.3 Hipóteses

H0- Os diferentes tipos de vermicomposto tem efeito na produtividade da cultura de feijão vulgar
nas condições edafoclimáticas do distrito de Angónia.

H1-Os diferentes tipo de vermicomposto não tem efeito na produtividade da cultura de feijão
vulgar nas condições edafoclimáticas do distrito de Angónia.

1.4 Objectivos

Objectivo geral

 Avaliar o efeito de diferentes tipos de vermicomposto na produtividade da cultura de


feijão vulgar (Phaseolus vulgaris) nas condições edafoclimáticas do distrito de Angónia.

Objectivos específicos

 Analisar o efeito de diferentes tipos de vermicompostos na produtividade da cultura de


feijão vulgar (Phaseolus vulgaris) nas condições edafoclimáticas do distrito de Angónia.

 Identificar o vermicomposto com maior efeito na produtividade do feijão vulgar;

3
CAPÍTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Origem e dispersão do feijão vulgar

O gênero Phaseolus teve como centro de origem as Américas, concretamente no México,


em seguida domesticado na Mesoamérica a 7000 anos A.C., e foi posteriormente disseminado
para América do Sul (SANTOS, et al. 2017). O feijão comum teve dois centros e outro terceiro
de menor participação de domesticação, sendo o primeiro a América Central e o segundo na
região Sul dos Andes entre Argentina e Perú, e o terceiro de menor evidência que foi a Colômbia.

Segundo BORGES, et al (2007) o feijoeiro foi domesticado no continente americano, há


cerca de 9000 – 1000 a.C., contudo o local exato ainda é objecto de investigação e polemica.

Em Moçambique, o feijão vulgar é, principalmente, cultivado entre as altitudes de 1300-


1400 m, nos planaltos de Angónia, em Tete e Lichinga, em Niassa nas terras altas das províncias
de Zambézia e Manica em condições de sequeiro. Em outras regiões do País, a cultura é
desenvolvida na época fresca e seca, em condições de irrigação, principalmente nas províncias de
Maputo e Gaza (MBOANE, et al. 2005).

2.2 Importância de feijão vulgar

A cultura de feijão vulgar (Phaseolus vulgaris L.), tem grande importância na alimentação
humana, em vista de suas características proteicas e energéticas. Em nosso país, esta leguminosa
tem importância social e econômica, por ser responsável pelo suprimento de grande parte das
necessidades alimentares da população de baixo poder aquisitivo, que ainda tem apresentado
taxas de crescimento relativamente altas e também pelo contingente de pequenos produtores que
se dedicam à cultura (SEDIYAMA, et al. 2001). Segundo os mesmos autores, os grãos
representam uma importante fonte proteica na dieta humana dos países em desenvolvimento das
regiões tropicais e subtropicais. De toda a produção mundial 47% provem das Américas e cerca
de 10% do leste e sul da África.

A cultura de feijão vulgar, apresenta propriedades nutricionais importantes, sendo


excelente fonte de ferro, proteínas, carbohidratos, minerais e vitaminas (MANOS, et al. 2013).

4
2.3. Principais produtores do feijão vulgar no mundo e zonas de cultivo em Moçambique

Os principais produtores do feijão vulgar no mundo são a Índia, Brasil, China, EUA,
México. Na África Tropical a cultura encontra-se principalmente na zona Este da África: Quénia,
Etiópia, Uganda, Ruanda, Burundi, Zaire, Tanzânia, Malawi, Zâmbia, Zimbabwe e Moçambique
(RULKENS, 1996).

Segundo BMM, et al (2016), a produção mundial de feijão aumentou 59,1% no período


compreendido entre 1961 e 2005. Os cinco principais países de maior produção de feijão são o
Brasil, a China, a Índia, a Birmânia e o México, representando mais de 65% da produção
mundial. O Burundi e o Ruanda são os países com maior densidade de produção (7,91 e 7,58
t/km², respectivamente). Em Moçambique distinguem-se três grupos de variedades e as principais
regiões de cultivo de feijão comum são: Niassa, Tete, Manica, Maputo e Gaza (RULKENS,
1996).

2.4 Aspcetos

2.4.1 Exigências Hídricas

Segundo CANDA, et al (1998), a cultura de feijão precisa de água, desde a altura da


sementeira ate muito perto da maturação fisiológica. Os mesmos autores, consideram que o
período crítico é a fase do início da floração até um pouco antes da formação das vagens.

A cultura exige um mínimo de 300 mm de precipitação pluviométrica bem distribuídos


durante o ciclo. É mais susceptível a défice hídrico durante a floração e no estágio inicial de
formação das vagens. O período crítico ocorre 15 dias antes da floração. O défice hídrico causa
redução da produtividade devido ao menor número de vagens/planta e, em menor escala, à
diminuição do número de sementes/vagem (TÁVORA, et al. 2006). O efeito negativo causado
pela redução de água fornecida a cultura pode ser minimizado conhecendo-se as características
pluviais de cada região e o comportamento das culturas em suas fases fenológicas.

2.4.2 Temperatura

A planta de feijão é sensível a altas e baixas temperaturas, sendo a média ótima entre 18 e
24°C e a temperatura ideal 21°C. Médias acima de 30°C e abaixo de 12°C podem provocar

5
abortamento de flores, vagens e grãos. Na fase de germinação, temperaturas baixas podem atrasar
a emergência e também prejudicar o desenvolvimento das plantas (ANONIMO, 2010).

Altas temperaturas exercem maior influência no desenvolvimento de sementes e


estruturas florais, entre outros processos fisiológicos danificados por este factor climático. Na
presença de temperaturas muito elevadas, a planta começa o processo de abscisão dos órgãos
reprodutivos, sendo que em temperaturas acima de 35ºC praticamente não há formação de
vagens, comprometendo significativamente a produção final (STEINHAUSER, 2016).

2.4.3 Humidade Relativa

A humidade relativa óptima está situada entre 60% a 70% durante todo o ciclo vegetativo
da cultura, todavia verifica se maior tolerância a humidade no início do desenvolvimento da
cultura (DINIZ, 2006).

2.4.4 Luminosidade

A luminosidade é um factor climático muito importante para o desenvolvimento da


cultura que corresponde à resposta dos organismos às mudanças de luz e escuro em ciclos de 24
horas. Para STEINHAUSER (2016), a baixa intensidade luminosa em períodos longos tem
provocado danos a cultura, dentre os prejuízos que pode causar verifica-se a diminuição da
quantidade de ramos laterais assim como de folhas, diminuição da espessura da folha, redução do
número dos estomas na área foliar e diminuição da produção de grão, sendo que esta depende
maioritariamente da actividade fotossintética

2.4.5 Solo

De acordo com VIEIRA, et al. (2006), o feijão adapta-se a diferentes condições de textura
de solo, desde levemente arenosos até altamente argilosos. Entretanto, áreas baixas são sujeitas a
inundação e solos mal drenados devem ser evitados em épocas de altos índices pluviométricos,
dando-se preferência ao cultivo em áreas mais elevadas e bem drenadas.

De acordo com PEREIRA, et al. (2014), a faixa de pH ótimo para o cultivo do feijão é de
5,8 a 6,2. O défice nutricional durante os primeiros dias após a sementeira pode comprometer o
crescimento radicular e, por conseguinte, o desenvolvimento das plantas.

6
2.5. Vermicompostagem

A vermicompostagem é o termo usado para a transformação biológica de resíduos


orgânicos, em que as minhocas atuam acelerando o processo de decomposição. As minhocas são
conhecidas popularmente como vermes, daí a origem do nome vermicomposto (RICCI, 2002). A
minhocultura é atividade altamente interessante para a produção de adubo orgânico de qualidade
(SCHIEDECK, et al. 2007).

A minhoca ingere terra e matéria orgânico equivalente ao seu próprio peso e digere e
expele cerca de 60% do que comeu sob a forma de excrementos (húmus), em muito menos tempo
que a natureza. A minhoca recicla assim restos de comida e outra matéria orgânica, produzindo
um adubo orgânico muito rico em flora bacteriana (cerca de 2000 milhares de bactérias vivas e
ativas, por cada grama de húmus produzido) e devolvendo à terra cinco vezes e meio mais azoto,
duas vezes mais cálcio, duas vezes e meio mais magnésio, sete vezes mais fósforo e onze vezes
mais potássio do que contém o solo do qual se alimenta (NELSON, et al. 2014).

A importância das minhocas para a fertilização e recuperação dos solos já era reconhecida
pelo filósofo Aristóteles, que definia estes seres como "arados da terra", graças à sua capacidade
de escavar os terrenos mais duros (NELSON, et al. 2014).

Animal extremamente útil para a agricultura e que passa quase todo o seu ciclo de vida
debaixo da terra, a minhoca melhora as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo:
perfura-o, formando galerias subterrâneas e descompacta-o. Algumas das vantagens da utilização
do húmus de minhoca como adubo natural incluem:
Não agressivo para o ambiente e fonte de nutrientes para as plantas, especialmente de
azoto, fósforo, potássio, cálcio e magnésio, controlo da toxicidade do solo, corrigindo excessos
de alumínio, ferro e manganês, contribuição para um pH mais favorável ao desenvolvimento das
plantas, redução da lixiviação e volatilização dos nutrientes das plantas, entrada de água e ar
facilitada, drenagem controlada, evitando encharcamentos, alteração da estrutura do solo,
suavizando efeitos de erosão, compactação, impermeabilização e desertificação, promoção da
agregação de solos arenosos, população microbiana fixadora de azoto abundante, aumento da
resistência das plantas a pragas e doenças, absorção favorecida dos nutrientes pelas raízes das
plantas (NELSON, et al. 2014).

7
2.5.1 Características do vermicomposto

O adubo orgânico estabilizado, seja por meio da compostagem convencional ou por meio
da vermicompostagem, representa excelente condicionador do solo, favorecendo especialmente a
melhoria das propriedades físicas do solo (agregação das partículas do solo, infiltração de água).
Entretanto, o processo de vermicompostagem altera quantitativamente e qualitativamente a
composição das substâncias húmicas dos materiais orgânicos, favorecendo a formação da matéria
orgânica estabilizada, tornando a mineralização mais lenta e a liberação de nutrientes mais
gradual (ALMEIDA, et al 2003).

2.6. Descrição da Variedade

Pediposgree: CAL 96//CAL 96/G 14519. Possui um hábito de crescimento determinado,


Peso de 100 sementes é de 45g. Cor do grão é encarnado raiado, é resistente às doenças como
a Ferrugem. No país é mais produzida em zonas altas. São necessário cerca de 76 kg/ha de
semente (AMANE, et al. 2011)

OBSERVAÇÃO: Inserir neste capitulo:


1. Composicao química de vermicomposto (e principalmente se fizeram analise laboratorial
2. Exigencias nutricionais da cultura de feijão vulgar.

8
CAPÍTULO III: MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Localização da área de estudo

O estudo foi conduzindo no Centro de investigação de transferência de tecnologias


(CITTA) localizado na vila Ulónguè, Distrito de Angónia.

O distrito da Angónia está situado no extremo norte-nordeste da Província de Tete, sendo


limitado a Norte, Nordeste e Este pelo território do vizinho Malawi, a Sul pelo distrito de
Tsangano, e a Noroeste pelo distrito de Macanga.

A superfície do distrito1 é de 3.272 km2 e a sua população está estimada em 349 mil
habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 106,7hab/km2,
prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 434 mil habitantes (LOURENÇO, 2014).

3.1.1 Características edafoclimáticas da área de estudo

3.1.2 Clima, Relevo e Solos


O distrito e caracterizado pela predominância de um clima tropical húmido, com a
temperatura média anual a rondar entre os 18ºC a 22ºC e humidade relativa de 70%. A
precipitação média anual oscila entre 1100 a 1200 mm.

Quadro 1. Precipitação média dos últimos 5 anos (mm)


2007/ 2008 2008/ 2009 2009/ 2010 2010/ 2011 2011/ 2012
Precipitação 1.037,5 1.054,4mm 828,4mm 1.229,7 mm 1.475,1mm
média mm
Fonte: MAE. 2014.

A topografia é dominantemente muito ondulada a dissecada nesta região de alta altitude,


que ocorre de forma fragmentada sendo geograficamente localizada nas zonas do complexo de
Marávia-Angónia. As principais formações montanhosas são: o Monte Dómuè – 2.095m,
Macungua – 1.797m e Chirobwé – 2.021m de altitude.
No geral, os solos são argilo-arenoso, argilosos e vermelhos e em alguns casos de textura
pesada (MAE. 2014)

9
Quadro 2. Características dos solos
Características dos Tipos de Solos
solos Solos de textura Solos castanhos Solos líticos Solos de
média, resultantes de textura média coluviões de
de rochas textura média,
sedimentares argilosos
castanhos
Características Franco-argilo Franco-argilo Franco-argilo Franco-argilo
dominantes do arenoso castanho arenoso castanhoArenoso arenoso castanho
solo solos profundos solos profundos castanho Pouco solos profundos
profundo,
sobre rocha
alterada
Formas de relevo Colinas Encostas médias Zonas Dambo, fundo do
inferiores erosionadas vale plano

afloramentos
rochosas
Topografia Ondulado Ondulado Montanhosa Severamente
(declive) Ondulado
Drenagem Boa Moderada Excessiva Imperfeita a ma
Matéria orgânica Moderada Baixa a alta Boa moderada Moderada a alta
no solo
Tipo de Floresta densa ou Floresta densa Mata aberta Mata aberta
vegetação mata aberta ou mata aberta mediana ou mediana ou
pradaria pradaria
Principais Fertilidade do solo Fertilidade do solo Profundidade de Drenagem
limitações risco e erosão
p/agricultura
Capacidade terra Aptidão boa Aptidão boa Florestas, reservas Aptidão
naturais moderada
Aptidão regadio Moderadamente Moderadamente Não Moderadamente
recomendada
apta apta apta
Fonte: – DPA – Tete

10
Observação: Retirar o quadro acima
indicado, descrever apenas os solos
predominantes na área de Pesquisa

O Distrito de Angónia quanto ao relevo é uma zona planáltica que influi bastante na
agricultura como no clima tropical húmido. O ponto mais alto do distrito é o monte Dómuè com
uma altitude de 2.096 m.

3.2 Condução do ensaio

O delineamento experimental foi o de blocos completamente casualizados com 4


repetições. Os tratamentos utilizados foram quatro diferentes tipos de vermicomposto. Com uma
área total de 236.25m2 (comprimento 17.5m e largura 13.5m) em que cada parcela teve uma área
de 12m2 (comprimento 4m e largura 3m) e a área útil foi de 192m2.

3.2.1 Preparação do solo e demarcação da área

A preparação do solo foi mecanizada com recurso trator em que fez se uma lavoura no dia
19 de junho e uma gradagem no dia 20 de junho, em seguida fez se a demarcação do campo
usando estacas, cordas e fita metrica no dia 30 de junho. (Qual foi a profundidade da
LAVOURA)

3.2.2 Incorporação do vermicomposto e sementeira

A incorporação do vermicomposto foi feita no dia 1 de julho do corrente ano, foram


utilizados 300Kg de vermicomposto onde o tratamento 1 não foi aplicado nenhum tipo de
vermicomposto, os tratamentos 2, 3, e 4 receberam 100kg de vermicomposto para cada, e em
cada parcela foram aplicados 25kg de vermicomposto em que foi distribuído 4.16kg por linha. A
sementeira foi manual, foi feita no dia 2 de julho que colocou se uma sementes por covacho sob
espaçamento de 0,50 m entre linhas e 0,10 m entre plantas, em parcelas constituídas de 6 linhas.

11
(Qual foi a base desta quantidade?????) Veja o que diz a
literatura em termos da dose redcomendada para aplicação de
vermicomposto e as exigências da cultura, a base deve ser esta.

Tem que inserir esta informação urgente

3.2.4 Controlo Fitossanitário

Para o controlo fitossanitário, efetuou-se a pulverização a fim de controlar geada???? (a


geada e uma doenca? Praga? Como se explica isso???) com o pulverizador dorsal de 16litros com
o produto Dithane (qual a quantidade do produto que aplicou? especificar) para o controlo de
pragas e doenças não usou se nenhum tipo de controlo pois não houve ocorrência de pragas e
doenças desde a sementeira até no final do ciclo vegetativo. O controlo de infestante foi manual
com ajuda de enxada, fez se o primeiro controlo no dia 10 de agosto e o segundo no dia 23 de
agosto. (que tipo de infestantes encontrou no campo???? Melhor especificar)

3.2.5 Colheita

A colheita realizou-se no dia 25 de outubro, foi manual com ajuda de sacos em que a cultura já
tinha atingido o final do seu ciclo vegetativo, as vagens já tinham secado perfeitamente e depois
da colheita levou se as vagens no armazém.

NÃO HOUVE REGA???? Se regou faca menção das


quantidades de agua que aplicou durante o ciclo Ou se
sabe a quantidade de agua de precipitação…..
3.3. Figura 1: Croquis: Esquema da área experimental

17.5m

12
T1 T2 T3 T4
0.5m
T2 0.5m T4 T2 T3
13.5m

T3 T1 T4 T1

T4 T3 T1 T2
3m

+
4m

3.3.1. Descrição dos tratamentos

Tratamento 1 (T1) – testemunha em que não aplicou se nenhum tipo de vermicomposto;

Tratamento 2 (T2) – vermicomposto produzido a partir da palha de soja;

Tratamento 3 (T3) – vermicomposto produzido a partir de colmo de milho;

Tratamento 4 (T4) – vermicomposto produzido a partir de restolhos de capim;

3.3.2 Variáveis estudadas

Altura da planta (AP) – foi colhida 60 dias apos a sementeira com recurso fita metrica desde a
base até a última folha.

Número de vagens por planta (NVP) - foi colhida plantas de linhas centrais e de seguida a
contagem de vagens nas plantas escolhidas, com 60 plantas que correspondem a uma amostra de
25%.

13
Número de grãos por vagem (NGV) - foi utilizado plantas colhidas na determinação de número
de vagens por planta que depois debulhou se as mesmas e de seguida foi feita a contagem de
grãos.

Produtividade (PROD) - essa variável foi determinada pelo peso de grãos por parcela depois de
ser debulhado.

3.3.3. Análise de dados

Os dados foram submetidos a processamento estatístico com o emprego do programa STATA-


13.0 (sistema para analise estatística), onde se fez primeiro o teste de normalidade (Shapiro-Wilk)
seguido do teste de homogeneidade (Breusch-Pagan). Por último fez se a análise de variância
(ANOVA) para o DBC e o teste de Tukey para a comparação de médias ao nível de significância
de 5%.

CAPÍTULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÃO


Faz-se uma introdução, por exemplo:

Os parâmetros em análise encontram-se inseridos nas tabelas 1, 2, 3 etc., sua interpretação


segue na ordem seguinte:

4.1 De acordo com a tabela1, constatou-se que (A.P), constatou-se que não houve diferenças
significativas entre os tratamentos avaliados pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.

Tabela 1: Valores médios de altura da planta (AP)

Tratamentos AP (cm)

14
1 31,54 a
2 35,85 a
3 33,87 a
4 35,03 a
Média geral 34,07
C.V. (%) 8,21
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não apresentam diferenças significativas entre si pelo teste de Tukey a
5% de significância.

Resultados semelhantes a estes foram encontrados por OLIVEIRA et al,. (2007), no seu
estudo, verificou que não houve diferenças significativas na pesquisa, segundo estes autores por
se tratar de um hábito de crescimento da variedade da cultura que é NUA 45 e por se tratar de
material diferente de produção que apresenta mesmas percentagens de nitrogénio.
Estudos conduzidos por SILVA (2014), sobre o efeito de diferentes vermicomposto na
produtividade de feijão em regiões de baixa altitude, não houve diferença significativa entre as
parcelas, corroborando com o presente trabalho, provavelmente o resultando pode ser ocasionado
através da resposta das condições ambientais (precipitação, temperatura e humidade) logo na fase
de crescimento.
Ainda SILVA (2014), fundamenta que a altura da planta é uma característica objectivada
pelos melhoradores para reduzir as perdas na produtividade dos grãos quando for utilizado
colheita mecanizada e se tratando de ume variedade comum crescimento uniforme pode ser
recomendado para os estudos de semelhantes a este.
Resultados contraditórios foram observados por SANTOS, et al. (2013), os diferentes
tipos de vermicomposto respondem de diferentes maneiras a luminosidade, onde nas parcelas em
que foi aplicado o vermicomposto com maior percentagem de nitrogénio apresentam maior
crescimento em altura, provavelmente deve-se a época pelo qual foi conduzido o ensaio do autor
acima citado.

OBSERVAÇÃO “e qual e o papel dos


teus dados???” Precisa fazer dar maior
enfase dos seus resultados e não apenas
15
comparar com os dados de entre outros
autores. Tem que fazer este trabalho para
todas as variáveis……… Claro???????
4.2.Número de Vagens por Planta (N.V.P) Os resultados da tabela…, revelaram diferencas
significativas entre os tratamentos avaliados pelo teste de Tukey ao nível de significância de
5%. Os tratamentos 2 e 4 foram os que apresentaram os maiores valores de número de
vagens por planta com 12,01 e 12,38 vagens por planta respectivamente.
Tabela 2: Valores médios de número de vagens por planta (NVP)

Tratamentos NVP
1 7,63 b
2 12,01 a
3 9,19 ab
4 12,38 a
Média geral 10,30
C.V. (%) 24,82
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não apresentam diferenças significativas entre si pelo teste de Tukey a
5% de significância.

De acordo com LUZ et al. (2004), o melhor tipo de vermicomposto é aquele que
possibilita às culturas maior retenção de água, pois em condições de estresse ambiental
possivelmente estas culturas serão mais resistentes. Com base nisso o melhor tipo de
vermicomposto foi o do T2 e T4, uma vez que proporcionou um maior NVP.

Segundo DENARDI (2017), fundamenta que o feijão cultivado nas condições de uma
adubação orgânica possui menor NVP mas com maior peso dos grãos devido ao seu tamanho
quando comparados ao cultivo convencional.
Estudos conduzidos por BUENO (2016), sobre avaliação dos diferentes tipos de
vermicomposto na região sul brasileira, envolvendo variedades de origem andina, com mesmas
condições de vermicomposto em estudo. Não houve diferença significativa para o NVP,
provavelmente o resultado deve-se as condições em que o ensaio foi conduzido.

16
Resultados contraditórios foram observados no experimento conduzido por MAIA (2009),
no trabalho de pesquisa que realizou, avaliando o efeito de diferentes tipos de vermicomposto na
produtividade da cultura de feijão vulgar, em que não houve diferença significativa entre os
tratamentos, o autor obteve NVP do T2-14.61 e T4-14.90 de vagens, o que está acima comparado
com esta pesquisa, o resultado provavelmente deve-se a época da pesquisa.
Mesma OBSERVAÇÃO que de cima

4.3.Número de Grãos por Vagem (N.G.V)

Os resultados obtidos, referentes à média da variável número de grãos por vagem para os
tratamentos em estudo, encontram-se apresentados na tabela 3. Com base nos dados, constatou-se
que houve diferenças significativas entre os tratamentos avaliados pelo teste de Tukey ao nível de
significância de 5%. Os tratamentos 2 e 4 foram os que apresentaram os maiores valores de
número de grãos por vagem com 5,25 e 5,50 grãos por vagem respectivamente.

Tabela 3: Valores médios de número de grãos por vagem (N.G.V)

Tratamentos NGV
1 3,75 b
2 5,25 a
3 4,50 ab
4 5,50 a
Média geral 4,75
C.V. (%) 19,60
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não apresentam diferenças significativas entre si pelo teste de Tukey a
5% de significância.

MBOANE (2005), sustenta que além de factores ambientais, o número de grãos por
vagens é característica peculiar de cada variedade é determinada geneticamente, tendo pouca
influência do meio.

De acordo com ALMEIDA (2016), quando estudava sobre matéria orgânica na cultura de
feijão vulgar (phaseolus vulgaris) em duas épocas, onde constatou que o número de grãos por
vagens não tem alterações significativas descritas pela literatura. Este é um factor de alta
influência genética.

17
Estudo conduzidos por NASCENTE, et al. (2006), sobre efeito do vermicomposto nas
culturas em meados de junho, região de baixas altitudes, não registou diferenças significativas
estatisticamente. Tendo obtido uma média de 4 grãos por vagens, contradizendo com os
resultados do presente estudo. As prováveis causas estão relacionadas a baixa altitude e a época
da condução que foi no inverno. Os factores relacionados a altitude como a aumento da
temperatura em regiões de baixa altitude, fazem com que a cultura cresça mais vegetativamente
do que reprodutivo influenciando a variável número de grãos por vagens.

4.4. Produtividade (PROD)

Os resultados obtidos, referentes à média da variável produtividade para os tratamentos


em estudo, encontram-se apresentados na tabela 4. Com base nos dados, constatou-se que houve
diferenças significativas entre os tratamentos avaliados pelo teste de Tukey ao nível de
significância de 5%. O tratamento 4 foi o que apresentou a maior produtividade com 1,42 t/ha,
contudo não diferindo significativamente do tratamento 2 com 1,31 t/ha.

Tabela 4: Valores médios de produtividade (PROD)

Tratamentos PROD (t/ha)


1 0,97 a
2 1,31 ab
3 0,98 a
4 1,42 b
Média geral 1,17
C.V. (%) 20,91
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não apresentam diferenças significativas entre si pelo teste de Tukey a
5% de significância.

Resultados similares envolvendo efeito de matéria orgânica na cultura de feijão foram


encontrado por RIBEIRO, et al. (2000), em que os tratamentos feitos com adubação orgânica
(tabela. 4) determinaram aumento significativo na produtividade, com destaque para o tratamento
feito com vermicomposto usando restolhos de capim e soja, onde o maior foi (2,6t/ha), diferindo
estatisticamente da testemunha sem adubação.
MBOANE (2005), sustenta que o desempenho produtivo de uma cultura em um cultivo
orgânico está directamente relacionado com vários factores, interação variedade-ambiente.

18
Segundo BUENO (2016), cada tipo de vermicomposto responde diferentemente as
condições expostas pelo ambiente.
Segundo VENTURINI, et al. (2013) constatou que não houve diferenças significativas na
forma de adubação com vermicomposto, e sem aplicação de adubo químico????? (adubo mineral)
que não apresentou variação na produtividade de grãos entre os seus tratamentos, que obteve a
máxima de 2.71t/ha de produtividade, o que esta muito abaixo do presente trabalho, este
resultado se deve provavelmente a variedade usada para o estudo.

19
CAPÍTULO V: CONCLUSÃO

 Na variável de crescimento a altura da planta não foi influenciada pelos diferentes tipos
de vermicomposto quando comparado com as variáveis produtivas NVP, NGV e PROD
que foram influenciadas pelos diferentes tipos de vermicomposto;
 A produtividade do feijão vulgar sob diferentes tipos de vermicomposto, tiveram um
efeito significativo, para os tratamentos 2 e 4 validando assim a hipótese nula.

(PRECISA CONDENNSAR ESTA CONCLUSAO, NÃO


TA SE PERCEBERRRRRRR)

V de soja e de capim

20
CAPÍTULO VI: RECOMENDAÇÕES

 Para mais um subsidio de informação técnica detalhada a cerca do efeito do


vermicompostos , há necessidade de realizar um experimento com efeito isolado de
vermicomposto e combinado com adubo mineral quer nas mesmas condições
edafoclimaticas ou um outro ambiente de producao diferente . ( realização de estudos do
género, com os mesmos tipos de vermicomposto, no mesmo local que foi conduzida a
pesquisa, assim como aplicação destes em diversas culturas produtoras de grão para
obtenção de resultados precisos visto que este resultado demonstra que o vermicomposto
pode ser recomendado como forma de substituir, total ou parcialmente a adubação
química; )
 Promover a informacao desta tecnlogia e adoptar o uso dos resultados obtidsos atraves
de demonstrações junto as áreas de produção do sector familiar. (Sejam incluídos os
produtores nos trabalhos do género, como forma deles adotar o cultivo orgânico usando o
vermicomposto;)
 Que sejam feitas análises laboratoriais para melhor compreender o valor nutricional de
cada tipo de vermicomposto.
 Treinar aos produtores pelo uso de vermicompostos

21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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em três safras no município de guarapuava-pr, GUARAPUAVA-PR, 2016. Disponível
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grãos, Maputo, 2011.
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Www.googleacademico.com.

25
26
CAPÍTULO VII: ANEXOS
Anexo da Tabela 1:Altura de Planta

27
28
Anexo da Tabela 2:Número de Vagens por Planta

29
30
Anexo da Tabela 3: Número de Grãos por Vagem

31
32
Anexo da Tabela 4:Produtividade

33
34
Table 0-1:Anexo 5: Coeficientes de Variação

35
Figura 2: 20 Dias depois de Emergência

36
Figura 3: 25 Dias apos Emergência (Controlo Fitossanitário)

37
Figura 4: Abertura de Linhas para Melhor Absorção da Água pelas Plantas

38
Figura 5: Estágio de Floração

39
Figura 6: Fase de Enchimento de Grão

40

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