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Terra de Imortais: A Primeira Batalha por Honma

Prólogo: A Origem

Dizem que o primeiro imortal surgiu durante um fenômeno meteorológico único, um


tipo de aurora boreal nunca vista antes, que teve seus efeitos no mundo inteiro e
durou 37 dias ininterruptos, há aproximadamente 1700 anos atrás. É dito que no último
dia desse fenômeno, na costa italiana da Calábria, o imortal foi visto saindo do mar
pelos povos que moravam por ali como homens, elfos e anões. Sua aparência era de
homem mortal, com cabelos castanhos curtos, barba bem aparada, pele de tonalidade
clara, bem-apessoado e de um porte físico imponente. A única característica que o
distinguia dos demais homens era a cor de seus olhos: de um verde tão nítido e
cristalino, que pareciam duas esmeraldas.
Intrigados, os que estavam por perto aproximaram-se do imortal e tentaram
comunicar-se com ele de várias maneiras, nas línguas dos homens, elfos e anões,
porém sem sucesso. A linguagem do misterioso imortal era estranha aos ouvidos,
soava como de outro mundo, divina. As únicas palavras que as pessoas conseguiram
compreender no momento e puderam registrar foram Alenrus e Honma. Entenderam a
palavra Alenrus como sendo o nome próprio do imortal e a palavra Honma como
sendo a sua raça ou lugar de origem. E a partir daquele dia, aquele ser misterioso e
sua raça imortal ficaram conhecidos como Honmanus.

Alenrus, como ficou conhecido o imortal que apareceu na costa calabresa, afeiçoou-se
daquele povo e, passado algum tempo, não só aprendeu o idioma daquelas pessoas,
como suas culturas, seus valores e suas histórias. E conforme ele aprendia, passou a
ensinar muitas coisas sobre seu próprio povo e cultura, seus conhecimentos e
tecnologias, que eram avançados para aquela época. Ensinou àquele povo sobre
fabricação de automóveis, estufas para produção de alimentos, pavimentação de
estradas, represas para gerar eletricidade e, até mesmo, a produção de armas de
fogo. O avanço tecnológico que ocorreu naquele período foi como um salto no tempo:
um dia homens, elfos e anões caçavam no escuro com espadas, arcos e machados.
No outro, com lanternas alojadas em seus rifles, pistolas e fuzis.

Alguns anos após a chegada de Alenrus, outro fenômeno meteorológico ocorreu, outra
aurora boreal como a de anos atrás, e muitos outros imortais surgiram nos litorais de
todos os continentes do mundo, no que é registrado como a “Ascensão dos
Honmanus”. Esses seres eram muito semelhantes entre si, com seus cabelos
castanhos, pele clara e os olhos como duas esmeraldas. E assim como Alenrus,
adaptaram-se facilmente às culturas dos povos da Terra e ensinaram seus avanços
tecnológicos, industriais e agrícolas, ganhando facilmente a confiança da maior parte
da população.

Os Honmanus começaram a fazer parte do cotidiano, sendo aclamados no mundo


inteiro, e misturaram-se e coabitaram com seus nativos, preferencialmente com elfos e
homens, gerando uma prole diferenciada: um tipo novo, com longevidade sobrenatural
e habilidades físicas e intelectuais que ultrapassavam o senso comum daquela época.
E com o passar do tempo, tornava-se cada vez mais raro algum homem ou elfo ou até
mesmo anão de sangue puro.
Essa nova raça de híbridos, devido à sua inteligência nata, passou a participar da
política dos seus países, e o que antes era chamado de Planeta Terra, após um
consenso entre eles, passou a ser chamado de Planeta Honma. Entretanto, com o
passar do tempo, os híbridos de elfos e os híbridos de homens começaram a se
desentender em suas ideias, cada um deles tomando para si o título de “Primeiro”,
afirmando que seus antepassados haviam sido os primeiros a receber os imortais, os
primeiros a coabitarem com eles e os primeiros a gerarem prole.
E essa tensão entre os povos, antes aliados e amigos, agora estranhos entre si, que
iniciaria a Primeira Grande Guerra de Raças, ou como ficou comumente conhecida:

A Primeira Batalha por Honma.


Capítulo 1: A Segregação

- O dia está frio, não se esqueça de levar um agasalho, meu amor! – gritou Anna da cozinha,
enquanto preparava o café-da-manhã.
- Claro, claro! Pode deixar! – respondeu Greco, do banheiro.
Era uma manhã de 5 graus negativos na pacata cidade de International Falls, no estado de
Minnesota, Estados Unidos. O primeiro-tenente Marco Greco preparava-se para mais uma
semana de plantão na base militar em que operava, em Duluth.
Duluth ficava em torno de 270 quilômetros de distância de International Falls, o que tornava a
ida para o trabalho praticamente uma viagem. Infelizmente Greco não havia conseguido a
transferência para uma base militar mais próxima de onde morava, e como ele e a esposa
cresceram em International Falls, também não pensavam em se muda r tão cedo. Todos se
conheciam na pequena cidade com seus 7000 habitantes, e Greco ainda não estava pronto
para abandonar tantas memórias.
Mas para a sorte dele, sua esposa Anna era uma mulher compreensiva e compartilhava do
desejo do marido de se manter na cidade onde cresceram. Afinal, antes de se casarem, já eram
amigos de infância. Os locais do primeiro olhar, da primeira risada e do primeiro beijo estavam
ali e não poderiam ser transferidos para outro lugar, um outro lugar desconhecido.

- Maçãzinha, o café está pronto? – disse Greco, aproximando-se por trás de Anna e dando-lhe
um abraço apertado. “Maçãzinha” era o apelido carinhoso que Greco deu a Anna, do dia em
que se conheceram, embaixo de uma macieira.
- Quase, ainda faltam as panquecas, mais uns 5 minutinhos... – Anna corou com o abraço.
Apesar dos anos que se conhecem, Greco é o primeiro e único amor da vida dela.

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