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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Aplicabilidade Das Normas Constitucionais ...................................................................................................2

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Aplicabilidade Das Normas Constitucionais


Falar em aplicabilidade das normas constitucionais é falar na eficácia delas; para que uma norma
constitucional seja aplicada, é indispensável que ela possua eficácia. Mas o que é eficácia? É a capaci-
dade que uma norma jurídica tem de produzir efeitos.
Se os efeitos produzidos se restringem ao âmbito normativo, temos a chamada eficácia jurídica;
enquanto que se são concretos, reais, temos a dita eficácia social. A primeira, portanto, é a capaci-
dade que uma norma constitucional tem de revogar todas as outras leis que com ela apresentem di-
vergência. Já a segunda, também conhecida como efetividade, é a aplicabilidade na prática, concreta,
da lei.
Todas as normas constitucionais possuem eficácia jurídica, mas nem todas têm eficácia social.
Logo, é possível afirmar que todas as normas constitucionais possuem eficácia. O problema surge
quando uma delas não pode ser aplicada na prática, ou seja, não possui eficácia social.
Para explicar esse fenômeno, foram desenvolvidas várias classificações acerca do grau de eficácia
de uma norma constitucional. A classificação mais adotada pela doutrina e mais cobrada em prova é
a defendida pelo professor José Afonso da Silva. Para esse estudioso, a eficácia social se classifica em:
˃ Eficácia Plena
˃ Eficácia Contida
˃ Eficácia limitada
As normas de eficácia plena são aquelas autoaplicáveis. São leis que possuem aplicabilida-
de direta, imediata e integral; seus efeitos práticos são plenos. É uma norma que não depende de
complementação legislativa para produzir efeitos. Exemplos: art. 1º; art. 5º, caput e incisos XXXV e
XXXVI; art. 19; art. 21; art. 53; art. 60, § 1º e 4º; art. 69; art. 128, § 5º, I e II; art. 145, § 2º; entre outros.
As normas de eficácia contida também são autoaplicáveis. Assim como as da plena, elas têm
aplicabilidade direta e imediata, contudo, sua aplicação não é integral. É nesse ponto que a eficácia
contida se diferencia da eficácia plena; a norma daquela nasce plena, mas pode ser restringida
por outra lei. Daí a doutrina chamá-la de norma contível, restringível ou redutível. Essas espécies
permitem que outra norma reduza a sua aplicabilidade. São regras que produzem resultados imedia-
tos, mas esses efeitos podem ser restringidos. Exemplos: art. 5º, VII, XII, XIII, XV, XXVII, XXXIII;
art. 9º; art. 37, I; art. 170, parágrafo único; entre outros.
Já as normas de eficácia limitada são desprovidas de eficácia social. Diz-se que essas leis não
são autoaplicáveis, possuem aplicabilidade indireta, mediata e reduzida ou diferida. São normas
que dependem de outra para produzirem efeitos. O que as difere das normas de eficácia contida é a
dependência de outra regra para que produza resultados sociais. Enquanto as de eficácia contida
produzem efeitos imediatos, os quais poderão ser restringidos posteriormente, as de eficácia
limitada dependem de outra norma para produzirem efeitos.
Cuidado para não pensar que essas espécies normativas não possuem eficácia; como afirmamos
anteriormente, elas compreendem eficácia jurídica, mas não têm eficácia social. Por essa razão, a
doutrina afirma que elas contêm eficácia negativa, paralisante ou impeditiva. Significa dizer que,
mesmo não possuindo aplicabilidade social imediata, as normas de eficácia limitada possuem apli-
cabilidade jurídica imediata, direta e vinculante por estabelecerem limites para atuação estatal.
→ As normas de eficácia limitada são classificadas ainda em:
˃ a) Normas de eficácia limitada de princípio institutivo (organizativo ou organizatório).
˃ b) Normas de eficácia limitada de princípio programático.
As normas de eficácia limitada de princípio institutivo são aquelas que dependem de outra lei
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para organizar ou instituir estruturas, entidades ou órgãos. Exemplos: art. 18, § 2º; art. 22, parágrafo
único; art. 25, § 3º; art. 33; art. 88; art. 90, §2º; art. 102, §1º; art. 107, §1º; art. 113; art. 121; art. 125, §3º;
128, §5º; art. 131; dentre outros.
As normas de eficácia limitada de princípio programático são aquelas que apresentam verda-
deiros objetivos a serem perseguidos pelo Estado, programas a serem implementados. Em regra,
possuem fins sociais. Exemplos: art. 7º, XI, XX, XXVII; art. 173, §4º; art. 196; art. 205; art. 215; art.
218; art. 227; dentre outros.
O Supremo Tribunal Federal possui algumas decisões que conferiram o grau de eficácia limitada
aos seguintes dispositivos: art. 5º, LI; art. 37, I; art. 37, VII; art. 40, § 4º; art. 18, §4º.
O parágrafo 1º do artigo 5º da Constituição Federal prevê que:
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
Quando a Constituição Federal se refere à aplicação de uma norma, na verdade, está falando da
sua eficácia. Resta-nos saber o que o parágrafo 1º do artigo 5º quis dizer com “aplicação imediata”.
Para você traduzir essa expressão, basta analisar a explicação apresentada acima. Segundo a
doutrina, as normas possuem aplicação imediata ou são de eficácia plena ou contida; ao que parece,
o texto constitucional quis restringir a eficácia dos direitos fundamentais em plena ou contida, não
existindo, em regra, normas definidoras de direitos fundamentais com eficácia limitada. Entretanto,
pelos próprios exemplos aqui apresentados, não é essa a realidade do texto constitucional. Certa-
mente, existem normas de eficácia limitada entre os direitos fundamentais (7º, XI, XX, XXVII). A
dúvida que surge então é: como responder na prova?
A doutrina e o STF têm entendido que, apesar do texto expresso na Constituição Federal, existem
regras definidoras de direitos fundamentais que não possuem aplicabilidade imediata, as quais são
de eficácia limitada. Diante dessa contradição, a doutrina tem orientado no sentido de se conferir a
maior eficácia possível aos direitos fundamentais. Em sua prova, pode ser cobrada tanto uma questão
abordando o texto puro da Constituição Federal, quanto o posicionamento da doutrina. Responda
conforme lhe for perguntado.
A Constituição previu dois instrumentos para garantir a efetividade das normas de eficácia
limitada: Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão e o Mandado de Injunção. Contudo, a
análise desses institutos ficará para uma próxima oportunidade. Até mais!
Tópico Esquematizado

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EXERCÍCIOS
01. “Norma de eficácia contida”, ou “norma de eficácia restringível”, é aquela que independe de
regulação infraconstitucional para a sua plena eficácia, porém pode vir a ter a sua eficácia ou o
seu alcance restringido por legislação infraconstitucional.
Certo ( ) Errado ( )
02. Na tradição da doutrina norte-americana, incorporada por diversos autores brasileiros, as
normas não autoaplicáveis são aquelas que independem de regulação infraconstitucional para
a sua plena eficácia.
Certo ( ) Errado ( )
03. “Norma de eficácia limitada”, ou “norma de eficácia relativa”, é a que depende de legislação
infraconstitucional para a sua plena eficácia.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 - CERTO
02 - ERRADO
03 - CERTO

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