Sei sulla pagina 1di 5

SEGURANÇA DO PACIENTE NA UTI:

Resumo
A UTI é um ambiente que tem por objectivo a manutenção da
vida e a recuperação da saúde, e para isso, utiliza se de intervenções
cada vez mais complexas, aumentando as chances de erros e eventos
adversos que colocam em risco a segurança do paciente.
Objectivo: Apontar os principais eventos adversos/erros que são
cometidos na UTI e as medidas recomendadas para os profissionais da
enfermagem que visam garantir a segurança do paciente em UTI
. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão descritiva e
qualitativa da literatura, utilizando como técnica a revisão integrativa.
Resultados: Percebeu-se que os principais erros e falhas que ocorrem
dentro das Unidades de Terapias Intensivas, estão relacionados a três
categorias: aos medicamentos; aos registros nos prontuários e
seguimento da SAE e os eventos adversos observados foram ulcera por
pressão, infecções da corrente sanguínea,flebites, hipotensão arterial,
em sua maioria de competência da enfermagem. Aprincipal
recomendação consiste na comunicação, na capacitação e na
conscientização dos profissionais sobre os erros e eventos adversos.
Considerações finais: Os profissionais da enfermagem devido à
assistência direta ao paciente são responsáveis pela manutenção de sua
segurança. No entanto, o despreparo e a falta de conhecimento dos
profissionais fazem com que garantir essa segurança seja um grande
desafio. Diante disso, conclui-se que existem inúmeras falhas na
assistência de enfermagem, e nesse sentido, espera-se que este
trabalho possa contribuir para melhorar a qualidade dessa assistência e
que os profissionais da enfermagem possam garantir a segurança dos
pacientes na UTI.
Palavras-chaves: Assistência. Segurança. Eventos adversos.

1 INTRODUÇÃO
Atualmente a expressão “segurança do paciente”, tem sido muito utilizada na
área da saúde e se tornado uma das temáticas mais inovadoras e prioritárias nas
últimas décadas. Ela é definida como ato de evitar, prevenir e melhorar os possíveis
eventos adversos e erros cometidos pelos profissionais na prática assistencial e que
possam colocar em risco a vida dos pacientes, principalmente pelos profissionais da
enfermagem, a fim de assegurar uma assistência de qualidade (VINCENT, 2010;
CAPUCHO; CASSIANI, 2013; CAVALCANTE et al., 2015).
Essa preocupação em não causar nenhum dano ao paciente é datada desde o
começo da medicina, e manifestada por Hipócrates e por Florence Nigthingale, que
em sua obra “Notas sobre Hospitais”, já retratava sobre as condições de trabalho e
sobre as estratégias de prevenção de erros durante o desempenho da assistência de
saúde, uma vez que, a segurança do paciente além de refletir a qualidade da
assistência, constitui-se um direito das pessoas. Daí a necessidade e a preocupação
que se têm sobre essa temática (CARVALHO, 2009; FREITAS et al., 2014).
Com o surgimento de novas tecnologias se tornou possível observar a
ocorrência de eventos indesejados e falhas na qualidade e segurança da assistência.
Isso porque antes os tratamentos eram simples e seguro, porém ineficazes. Com a
modernidade, as terapias se tornaram cada vez mais complexas e eficazes, no
entanto, mais perigosas, o que requer muita habilidade dos profissionais,
principalmente os atuantes na UTI (TAVARES, 2013; VINCENT, 2010).
Franciele Ferreira da Cruz, et al. Segurança do paciente na UTI: uma revisão da
literatura.
Revista Científica FacMais, Volume. XII, Número 1. Abril. Ano 2018/1º Semestre. ISSN
2238-8427.
Págin
a
169
Vale ressaltar que a falta de conhecimento e segurança dos profissionais de
saúde, fazem com que acabem realizando procedimentos errados, colocando em
risco a vida do paciente. Por esse motivo garantir um cuidado seguro tem sido um
desafio constante para as organizações de saúde (TAVARES, 2013; FREITAS et al.,
2014).
Sobre essa questão, o relatório do Instituto Americano de Medicina apontam
dados importantes em relação à segurança do paciente, onde os erros de medicação
foram responsáveis pela morte de 7.391 americanos. Sabe-se que os profissionais da
enfermagem são responsáveis pela segurança do paciente, e também da qualidade e
eficácia da assistência a qual está sendo prestada, uma vez que, eles passam a maior
parte do tempo em contato com os pacientes (DIAS et al., 2014; CAVALCANTE et al.,
2015).
De acordo com Toffoletto (2008), quanto mais complexa as terapias, maior será
o avanço e a utilização de tecnologias, e associados a isso, tem-se a sobrecarga de
trabalho e a falta de conhecimento e habilidades, levando ao erro durante a
assistência de enfermagem, e consequentemente danos ao paciente, principalmente
da UTI.
Sabe-se que a UTI consiste num ambiente que tem por finalidade a
manutenção da vida e recuperação da saúde, e por isso, possui um alto grau de
complexidade, onde o paciente em estado crítico necessita de atendimento
especializado e eficaz. Em virtude dessa complexidade e da utilização de vários
procedimentos e intervenções terapêuticas, as chances de ocorrer eventos adversos
e erros são ainda maiores, colocando em risco a segurança e a vida do paciente
(SILVA; CUNHA; MOREIRA, 2011; ALVES et al., 2016; BECCARIA et al., 2009).
Segundo Reason (2009), existem duas abordagens acerca do erro: a primeira
refere-se ao próprio sujeito, ou seja, ao profissional, e consistem nos atos inseguros,
como desatenção, descuido, negligência, imprudência; e a segunda abordagem
refere-se ao sistema, ou seja, as instalações, organização, entre outros, que levam as
falhasativas, e consequentemente a ocorrência de eventos adversos e/ou incidentes.
Nesse sentido, por entender e reconhecer que a qualidade do cuidado de
enfermagem está ligada diretamente a segurança do paciente e que os profissionais
da enfermagem são mais propensos a eventos adversos e a erros durante a prestação
de assistência, pretende-se com o presente estudo responder ao seguin
INTRODUÇÃO
Intensiva dos hospitais participantes, sendo 27 leitos do HC-FMUSP e 20 leitos do HU.
As UTIs participantes do HC-FMUSP apresentam alta demanda pelo fato deste hospital
ser referência para outros hospitais de alta complexidade na sua área de abrangência.
A UTI do HU atende a pacientes clínico-cirúrgicos. Foram incluídos neste estudo todos
os pacientes com idade superior a 15 anos internados nos serviços descritos acima, no
período de maio Um dos maiores desafios na gestão em saúde é a análise dos
indicadores de qualidade e o impacto potencial na segurança do paciente. A segurança
do paciente tem por objetivo a redução do risco de danos desnecessários relacionados
aos cuidados de saúde para um mínimo aceitável, de acordo com conhecimento atual,
dos recursos disponíveis e no contexto em que os cuidados foram prestados(1). As
falhas na segurança do paciente causam também sofrimento humano e aumento de
custos(2). Dentre os diversos fatores que podem influenciar na segurança de pacientes
internados, destacam-se os incidentes e eventos adversos (EA)(3). Incidentes de
segurança do paciente, conforme classificação da Organização Mundial de Saúde, são
eventos ou circunstâncias que poderiam resultar, ou resultam em complicações
desnecessárias ao paciente decorrentes do cuidado à saúde(1). Entende-se por
“desnecessária” neste con-texto, os erros, transgressões e atos deliberadamente
perigosos que ocorrem em cuidados de saúde. Os incidentes surgem quer de atos
intencionais ou não intencionais. Os erros são ge-ralmente não intencionais, enquanto
que as transgressões são usualmente intencionais. Um incidente pode ser classificado
em incidente sem danos ou com danos. Este último é também chamado de evento
adverso(EA). Dano implica em prejuízo na estrutura ou nas funções do corpo e/ou
qualquer efeito de-letério daí resultante, incluindo lesão, doença, sofrimento, in-
capacidade ou morte, e pode ser físico, social ou psicológico. Os eventos adversos e
incidentes são relevantes indicadores de qualidade, fornecendo informações
imprescindíveis para o pla-nejamento de um sistema de saúde mais seguro(4).Embora
os EAs possam acontecer em qualquer setor da as-sistência à saúde, pacientes em
Unidades de Terapia Intensiva (UTI) são particularmente vulneráveis a essas
complicações, quer seja pela necessidade de decisões de alto risco, muitas vezes de
forma urgente, a utilização de arsenal medicamentoso mais com-plexo, um número
elevado de procedimento diagnósticos, pelo alto número de intervenções realizadas,
em função da gravidade e labilidade dos pacientes internados nesse local(5). Apesar
dessa vulnerabilidade, são poucas publicações relacionadas à seguran-ça de pacientes
submetidos a cuidados intensivos.A frequência de eventos adversos (EA) em pacientes
hospi-talizados varia amplamente, de 10 a 60%(6-7), enquanto que os incidentes sem
lesão podem chegar a impressionantes 60% das internações. Em uma UTI,
aproximadamente 20% dos pacientes podem sofrer um EA e, destes cerca de 40-45%
podem ser con-sideradosevitáveis(5,8)Interessante notar que, em quase metade dos
episódios relatados, as complicações são consideradas pre-veníveis ou evitáveis(1).
Estudos norte-americanos mostram que os EAs evitáveis contribuíram para a morte de
44.000 a 98.000 pessoas/ano(9). Além disso, os EAsafetam as taxas de sobrevida dos
pacientes significativamente e independentemente(10).Na análise de segurança dos
pacientes em cuidados in-tensivos, destaca-se a questão da detecção de incidentes
sem lesão (I), uma vez que estes podem ser seguidos de eventos adversos e
comprometer a segurança dos pacientes. A identi-ficação de padrões recorrentes e de
fatores que possam con-tribuir para os incidentes sem lesão pode ser considerada um
pré-requisito para a elaboração de estratégias preventivas efe-tivas nesse quesito.
Pesquisas sobre incidentes sem lesão sem segurança do paciente são escassas(11).Na
análise dos fatores relacionados aos EA em pacientes em UTI, destaca-se o papel da
Enfermagem, uma vez que este é o local em que há maior demanda para as atividades
dos enfermeiros e há exigência de ações rápidas e de observação continuada por parte
desses profissionais(4). As condições de trabalho do pessoal de enfermagem,
caracterizadas, por ve-zes, pela sobrecarga de trabalho e pela jornada em regime de
plantões são fatores de risco para a segurança do paciente(12). Carayon&Gurses(13)já
referiam, em 2005, que a inadequação do quadro de enfermagem é fator que
compromete a qualida-de do cuidado de pacientes em cuidados intensivos. Weiss-
manetal.(14)inclusive observaram que um aumento de 0,1% na razão
paciente/enfermeiro levou a um aumento de 28,0% na taxa de eventos adversos nas
instituições pesquisadas. Es-ses autores também demonstraram que a carga de
trabalho é um fator de risco para a segurança dos pacientes em UTI.Embora a carga de
trabalho da Enfermagem tenha sido evidenciada como fator de risco para a segurança
do paciente, em especial naqueles em UTI, a grande maioria dos estudos realizados é
do tipo retrospectivo e, por isso, compromete a detecção e o registro de EAs,
limitando consideravelmente a reprodutibilidade das conclusões observadas. Assim, a
pr-sente pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de estudar, prospectivamente, a
influência da carga de trabalho da Enfer-magem no risco de incidentes sem lesão e de
eventos adver-sos relacionados à competência de enfermagem em pacientes
internados em unidades de terapia intensiva.METODOLOGIATrata-se de estudo
observacional, prospectivo, tipo coorte, qualitativo, descritivo realizado em dois
hospitais universitá-rios de alta complexidade, o Instituto Central do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) que
conta com 910 leitos e o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU) que
tem 258 leitos, localizados no município de São Paulo. O projeto de pesquisa foi
submetido à análise dos Comitês de Ética em Pesquisa das instituições participantes
onde obteve aprovação (Cappesq 0279/07).Os cenários foram Unidades de Terapia a
agosto de 2009. Os pacientes foram acompanhados até sua saída dos serviços
incluídos no estudo (alta ou óbito).Os EAs e incidentes sem lesão que tiveram seu
início antes da admissão dos pacientes nos serviços estudados não foram incluídos.

Potrebbero piacerti anche