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ERA POSSÍVEL JESUS PECAR?

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Como vimos, o Deus Filho ao encarnar assumiu a natureza humana, sendo assim,
em uma só pessoa, plenamente homem e plenamente Deus. Sabemos também que Jesus
foi em tudo tentado, mas sem pecado (cf. Hb 4.15). O que nos leva a pergunta: Era
possível a pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus, pecar?
Considerações iniciais
Wayne Grudem faz algumas considerações iniciais importantes:
“Para responder a essa pergunta, precisamos distinguir, por um lado, o que as
Escrituras afirmam claramente, e por outro, o que é mais uma inferência de nossa parte.
(1) As Escrituras afirmam claramente que Jesus Cristo jamais pecou de fato […] Não
deve haver nenhuma dúvida a esse respeito em nossa mente . (2) Elas também afirmam
que Jesus foi tentado e que as tentações foram reais (Lc 4.2). Se cremos na Bíblia,
precisamos insistir que Cristo foi “tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas
sem pecado” (Hb 1.15). Se nossa especulação sobre essa questão de Cristo poder ou não
ter pecado leva-nos a dizer que ele não foi verdadeiramente tentado, então chegamos a
uma conclusão errada, a uma conclusão que contradiz afirmações claras das Escrituras.”
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática, 1ª ed. São Paulo: Edições Vida Nova,
1999. p. 442-443.

É uma pessoa que peca, não uma natureza humana isoladamente.


Ronald Hanko nos lembra que não é uma natureza que peca, mas uma pessoa:
“Alguns têm dito que as tentações de Cristo poderiam ser reais somente se fosse
possível para ele pecar em sua natureza humana. Que ele não pecou é devido apenas ao
fato dele ser Deus também. Em face de tal ensino, devemos enfatizar a verdade que não
era possível que ele pecasse. Devemos lembrar que não é uma natureza que peca, mas
uma pessoa, e Cristo é uma pessoa somente, o Verbo, o Filho de Deus. Como uma pessoa
divina, ele não poderia pecar. Dizer que era possível que ele pecasse em sua natureza
humana é dizer que Deus poderia pecar, pois pessoalmente, mesmo em sua natureza
humana, semelhante a nossa, ele é o Filho eterno de Deus. Essa, cremos, é uma das
verdades ensinadas em 2 Coríntios 5.21, que diz que ele não conheceu pecado, e em
Hebreus 7.26, que diz que ele era “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores”.”
HANKO, Ronald. A Natureza Humana Sem Pecado de Cristo. Disponível em
<http://www.monergismo.com/textos/cristologia/natureza-humana-sem-pecado-
cristo_hanko.pdf>. Acesso em: 17 de set. de 2007. (grifos meus).
Assim sendo, afirmar que a pessoa de Jesus Cristo poderia pecar implica dizer que
Deus poderia pecar. Wayne Grudem argumenta da seguinte forma:
“Nesse ponto, portanto, vamos além das afirmações claras da Bíblia e tentamos
apresentar uma solução para o problema de Cristo poder ou não cometer pecado? Mas é
importante reconhecer que a seguinte solução é por natureza mais um jeito de combinar
vários ensinos bíblicos, não sendo diretamente sustentada por declarações explícitas das
Escrituras. Tendo isso em mente, é adequado dizer: (1) Se a natureza humana tivesse
existido por si só, independentemente de sua natureza divina, teria sido a mesma natureza
humana que Deus deu a Adão e a Eva. Estaria isenta de pecado, mas mesmo assim seria
capaz de pecar. Por conseguinte, se a natureza humana de Jesus tivesse existido por si,
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https://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/12/era-possivel-jesus-pecar/
haveria a possibilidade abstrata ou teórica de Jesus ter pecado, assim como a natureza
humana de Adão e Eva era capaz de pecar. (2) Mas a natureza humana jamais existiu à
parte da união com sua natureza divina. Desde o momento de sua concepção, ele existiu
como verdadeiro Deus e também verdadeiro homem. Tanto sua natureza humana como
sua natureza divina existiram unidas em uma pessoa. (3) Embora Jesus tivesse
experimentado algumas coisas (tais como fome, sede ou fraqueza) só em sua natureza
humana e não em sua natureza divina […], um ato pecaminoso seria um ato moral que,
aparentemente, teria envolvido toda a pessoa de Cristo. Assim, se tivesse pecado, isso
teria envolvido sua natureza divina bem como a humana. (4) Mas se Jesus como pessoa
tivesse pecado, implicando tanto a natureza humana como a divina no pecado, então o
próprio Deus teria pecado e teria deixado de ser Deus. Mas é claro que isso é impossível
por causa da santidade infinita da natureza de Deus. (5) Assim, se perguntarmos se de
fato era possível Jesus pecar, parece que precisamos concluir que isso não era possível. A
união de sua natureza humana e divina em uma pessoa o impediria de pecar.”
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática, 1ª ed. São Paulo: Edições Vida Nova,
1999. p. 443-444.

Isso não torna as tentações irreais?


Alguns, então, poderão pergunta: mas será que uma pessoa que não cai em tentação
é, de fato, tentada? ou uma pessoa que não pode pecar é totalmente humana? Sobre isso,
Franklin Ferreira e Alan Mayatt respondem:
“Podemos argumentar que a pessoa que resiste à tentação conhece todo o poder da
tentação. A impecabilidade de Cristo “aponta para uma tentação muito mais intensa, não
menos intensa”. Alguém que cede à tentação não sente todo o seu poder, pois cede
enquanto a tentação ainda não chegou à sua força total, não chegou ao seu extremo.
Somente o homem que não cede a uma tentação, “no que diz respeito àquela tentação em
particular, é impecável, [e] conhece aquela tentação em toda sua extensão”. Muitos se
esquecem que Adão poderia não ter pecado e a história seria outra. A possível não queda
de Adão não eliminaria o fato de que ele foi tentado.

Mas uma pessoa que não peca é realmente humana? Como Erickson destaca, “se
dissermos não, estamos sustentando que o pecado faz parte da essência da natureza
humana”. Indo um pouco além, “tal concepção deve ser considerada uma heresia por
qualquer pessoa que creia que a humanidade foi criada por Deus, já que Deus seria então
a causa do pecado, o criador de uma natureza essencialmente má”. Segundo as Escrituras,
o pecado não fazia parte da essência da natureza humana antes da queda. Erickson
destaca que a pergunta correta é: somos tão humanos quanto Jesus? “Pois o tipo de
natureza humana que cada um de nós possui não é a natureza humana pura. A verdadeira
humanidade criada por Deus foi, no nosso caso, corrompida e danificada. No fim, só
houve três seres humanos puros: Adão e Eva, antes da queda — e Jesus”. Após a queda,
os seres humanos não passam de versões corrompidas da humanidade. Como Erickson
conclui: “Jesus não é apenas tão humano quanto nós; ele é mais humano. Nossa
humanidade não é um padrão pelo qual possamos medir a dele. Sua humanidade,
verdadeira e não adulterada, é o padrão pelo qual nós seremos medidos”. O primeiro
Adão era somente um homem criado. o último Adão, Cristo não era e não é somente um
homem, Ele é teantrópico, Ele é Deus e é também homem. Isto faz da sua humanidade
algo diferente da nossa, pois o centro da nossa personalidade humana é humano e o
centro da personalidade de Cristo é divino, é o Verbo. Daí o termo teológico Unidade
Hipostática”.
FERREIRA, Franklin. MYATT Alan. Teologia Sistemática, 1ª ed. São Paulo: Vida
Nova, 2007. p. 523. (grifos meus).

Por que a impecabilidade de Jesus é importante?


Ronald Hanko conclui:
“Que Cristo não tinha pecado significa que ele não tinha o pecado original, o
pecado que temos de Adão (Rm 5.12). Nesse respeito, também, ele era imaculado. O
nascimento virginal de Jesus e o fato que Deus era seu Pai, também o Pai de sua natureza
humana, garantiu que dentre todos os descendentes de Adão, Cristo somente nasceu puro
e santo.
Ele não somente não tinha o pecado original; ele também não tinha nenhum pecado
real. Durante toda a sua vida, desde o tempo quando nasceu, Cristo nunca quebrou os
mandamentos de Deus, nunca errou (nem infinitesimamente), e nunca falou uma palavra
frívola que não glorificasse a Deus. Ele era perfeito!
Em suma, portanto, sua impecabilidade significa que ele não tinha o pecado
original, nem qualquer pecado real e não tinha a possibilidade de pecar. Isso, como
Hebreus nos diz, é a razão dele poder ser nosso Salvador.
Como alguém sem pecado, ele não precisava oferecer sacrifício primeiro pelos seus
próprios pecados, mas foi capaz de oferecer em nosso favor um sacrifício perfeito (Hb
7.27). Portanto, ele pôde se fazer pecado em nosso lugar, para que pudéssemos ser feitos
a justiça de Deus nele (2Co 5.21).
A impecabilidade de Cristo, então, é a garantia que sua justiça é perfeita, e que ela
é nossa. Tudo o que ele mereceu por sua morte ele não precisava para si mesmo; ele
adquiriu para nós, que estávamos em tão grande necessidade.”
HANKO, Ronald. A Natureza Humana Sem Pecado de Cristo. Disponível em
<http://www.monergismo.com/textos/cristologia/natureza-humana-sem-pecado
cristo_hanko.pdf>. Acesso em: 17 de set. de 2007.

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