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RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA

1 INTRODUÇÃO

Compreende-se como assistência Psicopedagógico clínico, a averiguação e a intervenção para


que se compreenda o sentido, o ensejo e a modalidade de aprendizagem do sujeito, com a
intenção de sanar suas dificuldades. Sendo assim, o diferencial entre o psicopedagogo e outros
profissionais é que seu eixo central é o transmissor da aprendizagem, assim como o neurologista
sobrepõe o aspecto essencial ; o psicólogo, a “psique”; o pedagogo, o conceito escolar.

A Psicopedagogia Clínica investiga incondicionalmente os processos cognitivos, emocionais,


sociais, culturais, orgânicos e pedagógicos que intervêm na aprendizagem, com o propósito de
criar circunstâncias que desempenhem o prazer de compreender em seu todo, abrangendo a
ascensão da associação entre, professores, pais, formadores pedagógicos e demais especialistas
que percorrem na esfera educativa do educando.

Cabe informar que no relacionamento com o aluno, o psicopedagogo constitui uma análise
ponderada, que consente levantar uma sequência de proposições precursora de métodos
capazes de criar a situação clínica que promova uma conexão aceitável e apropriada para
aprendizagem. Entretanto, o psicopedagogo ainda trabalha o caráter, a disponibilidade e a
afinidade com a aprendizagem, a fim de que o aluno torne-se o influente de seu processo,
aproprie-se do seu saber, atingindo autossuficiência para sistematizar seu conhecimento e
aperfeiçoar-se na incumbência de uma adequada autovalorização.

Contudo, a Psicopedagogia Clínica tem como desígnio primordial estudar o que não está
acertadamente correto com o sujeito relacionada a sua forma de compreensão com a
aprendizagem e as questões implícitas do não aprender, bem como a intercessão nos problemas
de aprendizagem em crianças, adolescentes e adultos, investigando o entendimento do sistema
de aprendizagem e suas rupturas, a partir da situação desse sujeito e de todas as variáveis que
intercedem nesse processo.

OBJETIVO GERAL

· Investigar de forma minuciosa os fatores que dificultam a aprendizagem da leitura e da


escrita, além da falta de interação entre os alunos estudados, desenvolvendo um trabalho voltado
para atividades psicopedagógicas

OBJETIVO ESPECÍFICO

· Entrevistar o coordenador e o professor dos alunos estudados;


· Levar a família a compreender o quanto se faz necessário dialogar, usando da sinceridade
para se obter um grande entendimento;

· Aproximar o sujeito da escola e da família, colaborando assim para uma maior


compreensão e desenvolvimento do aluno;

· Aplicar anamnese com pais ou responsáveis;

· Aplicar testes projetivos de leitura e raciocínio lógico;

· Elaborar e encaminhar a devolutiva da queixa para a direção da instituição para que aja
possíveis encaminhamentos;

· Detectar o nível de capacidade da criança;

· Compreender e interpretar o processo do diagnóstico clínico e psicopedagógico,


considerado suas relações com o aluno e a instituição.

1.1 HISTÓRICO DA PSICOPEDAGOGIA

A circulação da Psicopedagogia no Brasil expede ao seu histórico na Argentina, no


entanto o acesso fácil à literatura, e os conceitos dos argentinos muito têm entusiasmado a nossa
prática. Cabe salientar, que muitos profissionais argentinos encontram-se em nosso País, pós-
graduando-se em Psicologia, Psicanálise e mesmo em Psicopedagogia.

A Psicopedagogia por sua vez, não surgiu no Brasil, e nem na Argentina. Pesquisando a
literatura sobre o assunto ressalvado, pode-se constatar que a apreensão com as dificuldades de
aprendizagem teve procedência na Europa, ainda no século XIX

De acordo com Ariés (1981), a preocupação entre os moralistas e os educadores do


século XVII era compreender mais e melhor a criança para transformá-la em um homem racional
e cristão. A partir do século XVIII, a criança passa a ser inscrita em um discurso social em que
predomina o conceito de disciplina, a racionalidade dos costumes, acrescido da preocupação com
a higiene e a saúde física.

Entretanto, no mundo moderno, a afinidade entre conter o saber e apresentar um lugar


nessa sucessão de produção surge como um compromisso de êxitos. E quanto mais importante o
saber, maior seu valor. A escola, ponto de sustentação de ideário liberal, por teoricamente
garantir a igualdade de oportunidade para a aquisição do conhecimento e do desenvolvimento,
vai confirmar a crença de que as diferenças individuais seriam as responsáveis pelo fracasso
escolar e pelas desigualdades sociais.

Cabe informar que o termo Psicopedagogia clínica, seguido por Janine Mery, é
empregado para caracterizar uma ação terapêutica que pondera aspectos pedagógicos e
psicológicos no tratamento de crianças que apresentam fracasso escolar. De acordo com essa
autora, tais crianças “experimentam dificuldades ou demonstram lentidão em relação aos seus
colegas no que diz respeito às aquisições escolares” (MERY,1985,p.16)

Em 1946, foram fundados os primeiros centros psicopedagógicos chefiados por J. Boutonier e


George Mauco, onde se buscava unir conhecimentos da psicologia, da psicanálise e da
pedagogia para tratar comportamentos socialmente inadequados de crianças tanto na escola
como no lar, objetivando a sua readaptação.

Vale salientar também, que em fins do século XIX, foi constituída uma junta médico
pedagógica pelo educador Seguin e pelo médico psiquiatra Esquirol. A partir daí, a
neuropsiquiatria infantil passou a se ocupar dos problemas neurológicos que afetam a
aprendizagem (cf. MERY, 1985,p.11).Contudo, nesse mesmo período, Maria Montessori,
psiquiatra italiana, designou um método de aprendizagem destinado inicialmente às crianças
diferidas. Depois, o método Montessori foi estendido a todas as crianças, sendo hoje empregado
em diversas escolas.

No entanto, a partir de 1980, instituiu-se a Associação Brasileira de Psicopedagogia, com


desígnio de gerar o aprimoramento de seus integrados e a qualidade de sua prática mediante a
concretização de cursos e de encontros científicos. Mais a frente a publicação de um periódico
especializado no espaço de estudo.

Enfim o documento publicado no n° 19 do boletim da ABPp, de 1990, define a


psicopedagogia como área que estuda e lida com o processo de aprendizagem e suas
dificuldades, apresentando como elemento de estudo o sujeito do conhecimento, como as
instituições e os atuantes de transmitância

ESTUDO DE CASO EM PSICOPEDAGOGIA

2.1 Motivo da Consulta


Para principiarmos nosso estágio nos apresentamos no CRAS (Centro de Referência da
Assistência Social), para avaliarmos a instituição e seu desenvolvimento de trabalho. Entretanto,
pudemos observar em uma sala de aula uma turma heterogênea composta de crianças na faixa
etária de 03 a 06 anos de idade , na qual acompanhamos o trabalho da monitora Vanderlea da
Silva Oliveira, Licenciada em Pedagogia, onde nos apresentou uma queixa sobre as dificuldades
encontradas no processo de ensino aprendizagem das crianças.

Scoz (1994) afirma que ocupa-se do processo de aprendizagem humana: seus padrões
de desenvolvimento e a influência do meio nesse processo. A clínica psicopedagógica
corresponde a um de seus campos de atuação, cujo objetivo é diagnosticar e tratar os sintomas
emergentes no processo de aprendizagem. O diagnóstico psicopedagógico busca investigar,
pesquisar para averiguar quais são os obstáculos que estão levando o sujeito à situação de não
aprender, aprender com lentidão e/ou com dificuldade; esclarece uma queixa do próprio sujeito,
da família ou da escola.

Diante dessa perspectiva a psicóloga juntamente com a assistente social nos relatou o
contexto histórico de cada família dos nossos alunos de estudo, os quais denominamos um de
T.S e outro de Y.C, salientando todas as suas dificuldades de aprendizagem e de
comportamentos fora e dentro da escola.

Para um estudo mais aprofundado, solicitamos a presença dos pais ou responsáveis


pelas crianças, onde averiguamos melhor realidade de cada um deles. Todavia para nossa
surpresa os pais de T.S não compareceram, pois os mesmos são separados, e não se
relacionam amigavelmente , sendo assim compareceu apenas a avó materna da criança, onde
enfocou toda a história familiar vivida por T.S de forma espontânea, informando ainda que ela é a
responsável pela criança, pois sua filha não tem nenhum compromisso, por ser uma viciada em
drogas lícitas e ilícitas.

Em relação a Y.C, nos deparamos com um caso bem diferente, pois a criança não mora
com seus pais, e nem tampouco com seus avós, e sim com sua tia, irmã, da sua avó materna.

Diante disso, analisamos que as influências que ocorrem em favor das DA dessas
crianças, são ocasionadas pela falta de afetividade, devido a ausência dos seus pais
proporcionando uma desestrutura familiar e um péssimo rendimento não só escolar como em
suas atitudes comportamentais.

Segundo Coutinho e Moreira (2004), a criança quando nasce é direcionada por instintos,
através desses instintos ela procura somente sua satisfação. Entretanto, ela já é capaz de
reconhecer autoridades acima dela, isto é, pessoas que vão ajudá-la no decorrer do
desenvolvimento, de sua aprendizagem.

Por isso, deve-se incentivar a criança, na construção de sua independência. A participação dos
pais é de suma importância nesse processo. Percebe-se que os mais importantes nesse
processo são os pais, que não incentivam para essa independência e mais tarde querem cobrar
dos filhos. Como você pode cobrar algo de alguém sendo que nem houve ensinamento de
atitudes comportamentais.
E como afirma Zorzi (2003,p.13) “ o que se quer reforçar é o fato de que a possibilidade
de uma criança crescer e viver em um meio no qual a língua oral e escrita faz parte do dia a dia é
um fator determinante do sucesso de sua aprendizagem”.

2.1.1 Fundamentação Teórica

O presente estudo fundamenta-se nas teorias desenvolvidas por Jean Piaget, Jorge
Visca e Nádia Bossa, idealizadas na busca incessante de mudanças significativas e urgentes do
trabalho de intervenção psicopedagógico no âmbito escolar.

De acordo com (Visca, 1987) a Epistemologia Convergente procura compreender a


contribuição dos aspectos afetivos, cognitivos e do meio sócio educacional, no processo da
aprendizagem do indivíduo e as possíveis dificuldades apresentadas, tendo como base, a
integração dos conhecimentos da psicologia genética, da psicanálise e da psicologia social. A
articulação entre as dimensões afetivas e cognitivas do indivíduo só se completam no
estabelecimento da relação contínua dessas dimensões com o meio onde o indivíduo vive,
formando uma unidade, um sistema com características únicas.

Partindo desse pressuposto a visão psicopedagógica salienta que para aprender são
necessárias as seguintes condições: afetivas para se vincular a ele, criativas para colocá-lo em
prática e associativas para socializá-los, para que a aprendizagem e prazer possam fazer parte
da mesma unidade, a integração do próprio aprendiz e a interdisciplinaridade são condições
essenciais.

É importante enfatizar que os jogos sempre estabeleceram uma forma de atividade


lúdica do ser humano, no sentido de entreter e de educar ao mesmo tempo. Contudo, a relação
entre o jogo e a educação não é algo inédito, desde a antiguidade Gregos e Romanos já
explicitavam a importância do jogo para educar a criança.

“Segundo Piaget (1975), por meio do jogo a criança assimila o mundo para atender seus
desejos e fantasias. O jogo segue uma evolução que se inicia com os exercícios funcionais,
continua no desenvolvimento dos jogos simbólicos, evolui no sentido dos jogos de construção
para se aproximar, gradativamente, dos jogos de regras, que dão origem à lógica operatória.
Segundo o autor, nos jogos de regras existe algo mais que a simples diversão e interação, pois
eles revelam uma lógica diferente da racional”. gradativamente, dos jogos de regras, que dão
origem à lógica operatória. Segundo o autor, nos jogos de regras existe algo mais que a simples
diversão e interação pois, eles revelam uma lógica diferente da racional”

Bossa (2000) afirma que é de suma importância o papel da psicopedagogia nas


instituições escolares, ao dar suporte, diagnosticar, e investigar as causas que impedem a
aprendizagem institucional, a circulação do conhecimento, o papel das lideranças e dos liderados,
como os motivos que levam ao insucesso organizacional interferindo na aprendizagem das
crianças.

Assim, o psicopedagogo, compreende a real necessidade de fazer um acompanhamento


no que concerne a aprendizagem do aluno, criando espaços para que as escolas disponibilizem
recursos necessários para abranger às necessidades de ampliação do saber. Sendo assim, o
psicopedagogo institucional passa a tornar-se um instrumento influente no subsídio da
aprendizagem.

2.1.2 Relato do Desempenho de T.S

T.S é uma criança de 05 anos, de sexo feminino, natural de Itabuna- Bahia, mas que
veio ao mundo de uma gravidez indesejável, mamou apenas um mês, pois sua mãe negou-lhe a
mama, durante o período da gestação ocorreram bastantes quedas, seguidas de desmaios, mora
aos cuidados da avó materna, pois seus pais são separados devido a conflitos constantes,
principalmente porque sua mãe é bastante agressiva e desequilibrada, incapaz de relacionar-se
com a própria família.

Cabe salientar que T.S pertence a uma classe financeiramente baixa, vivendo apenas do
bolsa família, e apesar de T.S conviver com todo esse contexto histórico familiar conturbado, ela
é uma criança aparentemente alegre, espontânea na fala, só chora às vezes quando não cedem
aos seus caprichos, apresenta um curto tempo de concentração sendo considerada uma criança
incansável, na alimentação não consegue alimentar-se sozinha, fazendo muitas bagunças,
apresenta em alguns momentos atitudes destrutivas em relação ao material escolar, se submete
apenas a regras, determinadas pela avó, é dependente de remédios calmantes para dormir, não
é organizada diante das tarefas propostas pelo professor e pelo psicopedagogo.

Questionando T.S descobrimos que a sua preferência era estudar e brincar juntamente
com seu irmão, o qual estuda na mesma sala de aula dela, quanto ao uso alimentar, ressaltou
que sua preferência era ovo e macarrão, e que detestava carne por ser um alimento ruim e
afirmou que é de búfalo. Entretanto perguntamos sobre suas brincadeiras prediletas, e ela
respondeu que adorava brincar de boneca, de areia e principalmente desenhar arco-íris,
percebemos que a criança sente-se feliz em compartilhar tudo o que ela ganha com seu irmão,
então aproveitamos a oportunidade e salientamos também sobre a existência dos seus pais ,e ela
respondeu que eram pais separados e briguentos, sendo o pai residente em Olivença e a mãe
em Itapé.

Contudo, ficamos surpreendidas com as respostas de T.S, pois devido a sua idade e a
baixa estrutura familiar não esperávamos que ela respondesse com tanta veemência os nossos
questionamentos o quais foram muito proveitosos para o desenvolvimento do estágio.

2.2.2 Relato do Desempenho de Y.C

Y. C é uma criança de 05 anos, do sexo masculino, nascida em Itabuna-Bahia, pai não


declarado, com uma gestação tranquila até o sexto mês, mas a partir desse período tudo mudou
, pois sua mãe passou a ser uma pessoa agressiva ingerindo drogas lícitas e ilícitas , acredita-se
que devido a esses problemas comportamentais Y.C ao nascer, necessitou de oxigênio por
curto período, e logo após ficou aos cuidados da sua tia avó, a qual também criou a sua própria
mãe. Todavia passou a usar mamadeira, pois sua mãe negou-lhe até a mama.

Salienta-se também que do ponto de vista emocional dessa criança , ora apresenta-se
passiva ; ora agressiva e que também é uma criança carinhosa e curiosa. Na fala observamos
uma extrema troca de letras , onde gagueja frequentemente, e se esforça muito para falar ,
respondendo todos os nossos questionamentos com muitas dificuldades.

Na opinião de Murray (1980), a gagueira é uma das deficiências mais penalizadas em


nossa sociedade. Muitos gagos aprendem desde cedo que o desejável é não gaguejar. A
sociedade os recompensa pela fluência. Disto decorre que quando não se fala fluentemente, está
se fazendo algo errado. E do erro, origina-se a culpa, por não conseguir falar como desejado e de
acordo com o que os outros esperam que se fale. A sociedade, de modo geral, criou mitos a
respeito da gagueira; a partir da experiência com indivíduos gagos. Consideramos que cabe aos
profissionais da área, informar a população a respeito desse distúrbio, como uma forma de
desmistificar as crenças errôneas criadas a partir de uma visão distorcida e caricata da gagueira.

Contudo, é importante informar que Y.C apresenta também algumas atitudes a serem
relatadas como: adora roer unha , quando está bastante nervoso, tem medo de dormir sozinho,
tem sono muito agitado, faz xixi na cama , assim sendo, tem um excelente relacionamento na
escola e na família , e sempre reage como líder de cada grupo acima citado.

De acordo com a visão da psicóloga Maria Angélica Hartmann Graff , “Roer unhas não
caracteriza um transtorno psicológico, penso que seja a expressão de alguma desordem ansiosa.
O indivíduo não consegue expressar o que sente, tem vergonha, medo, não sabe como falar ou o
que fazer, a ansiedade toma conta e as unhas estão aí para de certa maneira aliviar essa
ansiedade. Pode ser um ato de controle, por exemplo, de impulso, a pessoa está com raiva de
alguma situação e não pode falar, roendo as unhas consegue controlar o impulso e acaba não
expressando o sentimento na via adequada que seria a da fala. Pelo contrário, acaba se
prejudicando ou não dependendo da situação (em algumas discussões é melhor se calar
mesmo).”

2.1.3 Analise Diagnóstica ( Anamnese)

Analisando as informações explicitadas pela avó de T.S chegamos a conclusão que o


modelo de família que a criança convive não corresponde aos padrões de uma correta estrutura
familiar, sendo assim o não aprender de T.S pode está relacionado ao emocional , devido aos
diversos fatores recorrentes da sua história familiar. No entanto, a dinâmica familiar faz com que
T.S apresente dificuldades de aprendizagem sintoma, omitindo-lhe um não aprender formal, e
transgredindo regras de comportamento, tanto na escola como na família, demonstrando para
isso a falta de encorajamento pela aprendizagem formalizada.

Gokhale (1980) diz que a família não é somente o berço da cultura e a base da
sociedade futura, mas é também o centro da vida social. A educação bem sucedida da criança vai
servir de apoio à sua criatividade e ao seu comportamento produtivo escolar. A família tem sido, e
será, a matriz mais poderosa para o desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas.

A família é responsável pelo desenvolvimento psicossocial e maturidade da criança,


proporcionando uma sustentação necessária à individuação. Porém, só conseguirão êxito nesse
processo, famílias organizadas.
Enfim, os pais são os principais responsáveis pela sustentação emocional dos filhos,
para que estes encontrem êxito na aprendizagem escolar, orientando-os para lidar com as
frustrações em relação aos modelos de aprendizagem formal.

2.2.3 Analise Diagnóstica

Partindo do contexto familiar de Y.C, constatamos que na declaração feita por sua tia, a
qual adotou-lhe como filho, compreendemos que as dificuldades de aprendizagem detectada na
criança está relacionada a várias consequências existentes na família como: primeiro sua mãe
negou-lhe afeto, seu pai teve dúvidas, sobre a paternidade exigindo até DNA, mas logo em
seguida desapareceu sem dá notícias, e comprovou-se que o mesmo era usuário de drogas
ilícitas, vindo a óbito, segundo fontes seguras.

Vale relembrar que durante o percurso da entrevista, a tia de Y.C explicitou que a mãe
da criança apresenta um alto grau de distúrbio da fala, gaguejando frequentemente, pouco se
relaciona com o filho e chegam até a discutir como se não houvesse vínculo materno.

Dessa forma, entendemos que a participação dos aspectos afetivos e cognitivos, o


sentimento amor-afetividade construído primeiramente entre mãe e filho vai se generalizando aos
outros, como ao pai, ao irmão, aos tios e aos amigos, existindo assim uma transformação ou
adaptação aos acontecimentos e situações anteriores impregnadas de emoções.

Segundo Rossini (2001 p.9): A afetividade acompanha o ser humano desde o


nascimento até a morte. Ela “está” em nós como uma fonte geradora de potência de energia.

2.3 ENTREVISTA OPERATÓRIA : EOCA

2.3.1 Fundamentação Teórica

Organizamos nossa caixa de acordo com as idades das crianças, a cultura e com os
materiais necessários exigidos com a intencionalidade de investigar o modelo de aprendizagem
do sujeito tais como: folhas de ofício tamanho A4, borracha, caneta, tesoura, régua, livros, cola,
lápis, massa de modelar, lápis de cor, lápis de cera, e quebra-cabeça .

Sobretudo, tem como propósitos: identificar sintomas e formular hipóteses sobre as


possíveis causas das dificuldades de aprendizagem; levantar os possíveis obstáculos que surgem
na relação do sujeito com o conhecimento e alcançar dados a respeito do paciente nos aspectos
afetivos e cognitivos, a fim de elaborar um sistema de hipóteses e traçar linhas de verificação.

Para Visca, a EOCA deverá ser um instrumento simples, porém rico em seus resultados. Consiste
em solicitar ao sujeito que mostre ao entrevistador o que ele sabe fazer, o que lhe ensinaram a
fazer e o que aprendeu a fazer, utilizando-se de materiais dispostos sobre a mesa, após a
seguinte observação do entrevistador: "este material é para que você o use se precisar para
mostrar-me o que te falei que queria saber de você" (VISCA, 1987, p. 72).

2.3.2 HORA DO JOGO

Chegando a hora do jogo iniciamos tanto com T.S como com Y.C utilizando os mesmos
materiais simbólicos. Colocamos dentro de uma caixa, elementos diferenciados com
características: para desenhar, recortar, pegar, olhar, ler, escrever, colocamos também diferentes
elementos com a mesma finalidade, tais como : cola, câmera fotográfica de brinquedo, hidrocor,
tintas guache , entre outros, possibilitando o desdobramento do sujeito. Usamos papéis de ofício
de variadas cores , objetivando investigar a dinâmica e a estrutura realizada pelas crianças.

Segundo (PAIN, 1985) pode-se aplicar a técnica denominada a Hora do Jogo, até a
idade de 9 anos . Para jogar é necessário ter um espaço transicional, um espaço de confiança, de
criatividade, o mesmo espaço que se precisa para aprender.

Na consigna fizemos o seguinte questionamento para cada criança no seu horário


determinado: Gostaríamos de saber o que você sabe fazer, o que lhe ensinaram, e o que
aprendeu a fazer, em seguida observamos como se comportaram, que materiais não utilizaram ,
quais as suas preferências e o que nos mostraram no momento do estudo, as imagens, as
histórias e o que sabiam fazer e responder verbalmente.

Síntese de T.S: Direcionou-se até a caixa, olhou entusiasmada o que tinha dentro dela e
iniciou manuseando uma câmera de brinquedo, a qual apresentava imagens de animais quando
direcionava para a parede, logo em seguida abriu três potinhos de tinta guache e resolveu criar
um desenho diferente, mas para nossa surpresa, ela usou as tintas de uma só vez, criando o seu
desenho artístico. Percebemos algumas características como: apresenta dificuldades em manter
a atenção em tarefas ou atividades lúdicas, parece não escutar algumas vezes quando lhe
dirigem a palavra, não segue instruções e não termina seus deveres escolares, afirmando está
cansada, tendo um comportamento de oposição ou incapacidade de obedecer as instruções
propostas pelos seus mestres.

Síntese de Y.C: Rapidamente direcionou-se até a caixa, curioso, concentrado, manuseou


a caixa pegando uma folha de ofício colorida sem nenhuma dificuldade para desenhar,
posicionando a folha de forma vertical e horizontal, verificando como estava seu desenho,
envolvendo-se silenciosamente. Entretanto é importante salientar que a criança começou a se
distanciar da margem esquerda do papel utilizado, e que esses desenhos criados por ele
representam um mundo de sonho e imaginação, representando certo bem-estar na sua vida
habitual.

2.4 TESTES PROJETIVOS ( DESENHOS, ANALISES E INTERPRETAÇÕES)

2.4.1 Fundamentação Teórica


Os testes projetivos tem como proposito, analisar os vínculos afetivos, desenvolvimento
motor e cognitivo

Recursos disponibilizados: lápis novo sem ponta, apontador, borracha, régua, caneta, folhas A4
coloridas, lápis de cor (madeira, cera ), hidrocor, massa de modelar e tinta guache.

Consigna: Para cada aluno solicitamos que desenhasse o que desejasse espontaneamente.
Logo após o desenho executado por eles, pedimos que cada um no seu devido momento de
sessão contasse o que desenharam.

Execução de T.S: Ela desenhou a seguinte subsequência: Desenhou a família, mas não coloriu,
abaixo de um arco-íris com as cores, verde e amarelo, logo abaixo da folha , desenhou ela
própria , e um sol feito com um pedaço de massa de modelar de cor laranja, e acrescentou seu
nome no final. Todavia pegou outra folha e novamente desenhou-se pintando o desenho na cor
roxa.

Observação T.S: Desenhou na horizontal; a postura é adequada; mas para o lado esquerdo
utiliza lápis de cor de madeira nas cores verde e amarelo; usa folha A4 rosa, lápis, apontador (faz
a ponta do lápis na cadeira, joga o lixo no chão) e borracha; não faz muita pressão no lápis, não
deixa o verso da folha, braço correto; desenha o sol indicando que é dia; colocando nuvens e
arco-íris, o tamanho total do desenho é médio, ocupando quase toda a folha; os tamanhos dos
objetos são sempre pequenos e médios; o distanciamento dos objetos é próximo; a posição do
desenho na folha é expandido; se recusa a desenhar, diz que está cansada de desenhar ;
Relatou que fez as nuvens porque ia chover , e o arco-íris porque o achava muito bonito.

Escreveu no rodapé da folha do lado direito seu nome com letra cursiva maiúscula e
minúscula , acentuou corretamente ; apresentou má coordenação fina, e utilizou letras de
tamanhos iguais na mesma palavra.

Execução de Y.C : Desenhou a família sem colorir, em seguida desenhou o sol já colorindo,
abaixo desenhou uma casa afirmando ser sua própria casa, também colorindo, e no rodapé da
folha escreveu seu nome completo, em seguida utilizou uma outra folha de cor diferente
desenhando novamente o sol , depois uma lua, abaixo o pai, uma quadra de esporte com várias
bolas e mais abaixo da folha desenhou sua família e no rodapé novamente seu nome.

Observação Y.C : O aluno desenhou mais do lado esquerdo da primeira folha, enquanto que na
segunda folha desenhou levando mais para o lado direito, utilizou lápis de cor de madeira nas
cores azul e amarelo; usa folha A4 rosa, e verde, utilizou figuras geométricas como o círculos e o
quadrado, lápis, apontador (faz a ponta do lápis na cadeira, joga o lixo no chão) e borracha; não
faz muita pressão no lápis, braço curvo; desenhou o sol próximo da lua; o tamanho total do
desenho é grande, ocupando toda a folha; o tamanho dos objetos foram grandes, médios e
pequenos ; houve um distanciamento entre pessoas e objetos e somente o sol e a lua ficaram
próximos; se recusa a desenhar, afirmando que não sabia desenhar.

Enfim é importante informar que as provas projetivas formuladas por Jorge Visca
objetivam verificar a rede de vínculos que o sujeito possui diante de três domínios distintos:
familiar, escolar e consigo mesmo.

2.5 DIAGNÓSTICO OPERATÓRIO ( CONCENTRAÇÃO)


2.5.1 Fundamentação Teórica

Por meio da aplicação das provas operatórias, teremos condições de conhecer o


funcionamento e o desenvolvimento das funções lógicas do sujeito. Sua aplicação nos permite
investigar o nível cognitivo em que a criança se encontra e se há defasagem em relação à sua
idade cronológica, ou seja, um obstáculo epistêmico.

A aplicação das provas operatórias tem como objetivo determinar o nível de pensamento
do sujeito realizando uma análise quantitativa, e reconhecer as diferenças funcionais realizando
um estudo predominantemente qualitativo. (VISCA, 2008 )

Para iniciarmos as provas operatórias utilizamos um jogo educativo chamado sólidos


geométricos destinado às crianças na faixa etária de 06 anos, partindo da perspectiva do jogo,
realizamos diversos questionamentos onde cada criança deveria responder de acordo com sua
percepção visual e sua concentração diante das peças do jogo. Fazendo comparações entre
suas formas e cores.

Objetivos para o desenvolvimento do aluno:

· O raciocínio lógico;

· Identificar cores e formas;

· Nomear cores e formas;

· Ampliar o vocabulário;

· As coordenações motoras, visuais e auditivas;

· Criar desenhos livres usando as formas geométricas

2.5.2 Relato do Desempenho de T.S

Ao mostrarmos a caixa com as peças do jogo a T.S demonstrou-se entusiasmada, mas


nunca concentrada, e retirou demasiadamente todas as peças da caixa, espalhando-as sobre a
mesa, então perguntamos se ela conhecia alguma daquelas peças do jogo e se tinha aparência
com alguma coisa que se usa em casa ou na escola, e a aprendiz nos respondeu que conhecia o
circulo que parecia uma bola de futebol e depois pegou uma outra peça , afirmando ser um
quadrado , em seguida pegou a peça do prisma triangular colocando-a sobre dois cilindros
afirmando ser uma casa.

Sendo assim, questionamos sobre as cores de cada peça, onde ela acertou todas as
cores, depois solicitamos que ela juntassem as peças que tivessem as mesmas cores, e
novamente acertou, consequentemente pedimos que juntasse as peças que fossem parecidas,
mas a mesma acertou somente algumas afirmando que estava cansada.

2.5.3 Relato do Desempenho de Y.C


Ao iniciarmos a demonstração da caixa do jogo com os sólidos geométricos pudemos
constatar que Y.C apresentou total interesse, concentrando-se, abrindo sozinho a tampa da caixa
retirando cuidadosamente as peças do jogo, enfocando as seguintes cores: azul, amarelo,
vermelho e verde as quais são representadas nessas peças, vale informar que espontaneamente
a criança pegou duas peças , sendo o cone e o cilindro colocando uma sobre a outra afirmando
ser um lápis , logo após pegou a esfera garantindo ser um círculo e uma bola, e por fim pegou o
prisma triangular afirmando ser uma casa de cachorro, conhecendo todas a cores questionadas ,
e ainda demonstrou noção de quantidade, organizando e contando todas as peças contidas na
caixa.

2.6 CONSERVAÇÃO DE COMPRIMENTO

Material – um cordão de barbante de 20 cm e outro de 30 cm

Objetivo - Perceber a noção de comprimento e a criatividade que a criança possui através da


visualização de imagens.

Cabe salientar que a contação de histórias por ser uma possível ferramenta
psicopedagógica, resgata a construção da aprendizagem das crianças, fazendo parte das suas
vidas, desde pequeninos, quando os pais e os avós, narram aventuras que as vinculam a mundos
fantasiosos, formando crianças leitoras, despertando o imaginário, dando asas as imaginações,
proporcionando momentos de alegria, risos, tranquilidade e até mesmo de emoções.

Soares (2001, p.37), explica que quando as pessoas aprendem a ler e escrever, quando
participam de práticas sociais de leitura e escrita elas se tornam diferentes, mudam seu estado e
condição, isto é, não são as mesmas de antes, quando não sabiam ler e escrever. A apropriação
da escrita faz com que as pessoas mudem seu lugar na sociedade, sua relação com as pessoas
e inserção na cultura, isto é, modificam a forma de viver. Além de tudo isso, a leitura e escrita
ainda transformam os aspectos cognitivos, as pessoas passam a ter controle sobre o que falam,
ampliam o vocabulário e modificam a condição linguística.

2.6.1 Relato do Desempenho de T.S

Colocamos dois cordões de seda de tamanhos diferentes, paralelas sendo que A maior
(>) que B(<). A partir de um livro, só com imagens, solicitamos que a criança narrasse uma
historia a partir das imagens proposta no livro. No final, fizemos a seguinte pergunta: Quem
chegou primeiro ? Chapeuzinho ou o lobo?

Ao realizarmos o teste com a menina, percebemos que ela demonstrou-se uma pouco
desconcentrada, mas de acordo com sua faixa etária de idade, sua contação de história,
evidenciou um QI bastante desenvolvido, sendo capaz de relatar a história com muita criatividade
e muita imaginação, afirmando que chapeuzinho foi quem chegou primeiro.
2.6.2 Relato do Desempenho de Y.C

Ao realizarmos o teste com o menino observamos que ele obteve uma ótima
concentração, apresentando uma boa organização de pensamento, enquanto que na linguagem
oral apresenta inúmeros problemas devido a sua dificuldade apresentada na fala, mesmo assim
compreendemos a sua narrativa afirmando que quem chegou primeiro foi o lobo.

2.7 MOSAICO EDUCATIVO - PROVAS DE CONSERVAÇÃO DE PEQUENOS CONJUNTOS


DISCRETOS DE ELEMENTOS

Objetivo - Fazer com que a criança se familiarize com as diferentes formas geométricas e comece
a desenvolver o trabalho de composição e harmonia.

Desenvolver a coordenação motora, a atenção, a noção de espaço, a relação com as cores e


contrastes, a limpeza na elaboração do trabalho e a noção de proporção.

Relato do Desempenho de T.S:

Ao iniciarmos essa sessão apresentamos a T.S uma caixa com o um jogo educativo
chamado “Mosaico” e solicitamos a mesma que abrisse a caixa observando todos os detalhes
nela contido. Em seguida, pedimos a criança que realizasse alguns desenhos que estavam
disponíveis na caixa e ela desempenhou-se com tranquilidade fazendo um barco, uma pipa e
usou duas peças em forma de triângulo transformando-a segundo ela, em quadrado, todavia
perguntamos sobre as cores e as formas, sendo que as cores ela acertou, mas as formas
somente algumas.

Contudo, pedimos a T.S que contasse as peças e que depois arrumasse-as dentro da
caixa com bastante organização, entretanto ela colocou as mãos sobre a cabeça ficando por
alguns minutos em silêncio e repentinamente, ergueu a cabeça afirmando está cansada, mas
mesmo assim resolveu guardá-los, mas de forma desorganizada.

Relato do Desempenho de Y.C

Ao principiarmos essa sessão, colocamos a caixa do mosaico sobre a mesa e


solicitamos que a criança observasse e abrisse-a, dando sequência, pedimos que ela retirasse
as peças da mesma e realizasse os desenhos contidos na tampa da caixa, sendo assim, Y.C
percebeu que cada um tinha um formato diferente quando agrupados. E a partir daí foi que
pedimos para que ele criasse primeiramente um barco e ele tentou fazer colocando as peças em
pé, e nada dava certo e nós o orientamos que ele colocasse as peças sobre a mesa e que
encontrasse uma melhor forma de construir o seu barquinho e assim ele concluiu com êxito.
Cabe informar que o aluno ficou tão entusiasmado e pediu que deixássemos ele
construir mais desenhos e naturalmente prosseguiu criando duas figuras diferentes, afirmando ser
uma sendo sua própria casa com escadas e outra um círculo.

Finalizando a sessão Y.C organizou todas as peças dentro da caixa fechando-a


entregando organizadamente, então observamos que através do lúdico a criança passa a ter um
interesse maior em socializar dentro e fora da escola.

2.8 CONSERVAÇÃO DE MASSA

Objetivo: investigar as estruturas cognitivas, utilizando as provas operatórias com o aprendente


para analisar em que medida as informações obtidas, permitem complementar o diagnóstico.

Relato do Desempenho de T.S

Dispomos na mesa uma caixa de massa de modelar de variadas cores, onde utilizamos
duas cores diferentes para fazermos duas bolas com diâmetros diferenciados, e perguntamos a
criança qual a maior e qual a menor, mas a criança não foi capaz de estabelecer um grau de
pensamento conservativo, ou seja, oscila seu raciocínio entre a quantidade e o tamanho da
matéria, sendo assim, propomos a criança que criasse qualquer desenho, e ela misturou todas as
cores fazendo uma enorme bola, repartindo-a em vários pedaços, afirmando que iria dividir entre
ela, seu irmão e os seus primos. Todavia retirou-se da sala da sessão para fazer a entrega onde
se encontrava as outras crianças, e em seguida retornou ao local da sessão com apenas seu
pedaço da massa de modelar afirmando que levaria para casa.

Relato do Desempenho de Y.C

Iniciando a sessão com o menino, também expomos a caixa sobre a mesa e solicitamos
que ele criasse o desenho que fosse da sua preferência, e ele pegou primeiramente as cores
laranja e preta, onde confeccionou um animal, dando-lhe o nome de cobra e afirmou ser de
verdade. Ressaltou-nos que não tinha medo de cobra, e se alguma aparecesse na sua frente,
imediatamente pegaria um facão e lhe cortaria o rabo para que o animal não o mordesse.
Prosseguindo a atividade proposta, o menino novamente confeccionou uma nova cobra, mas
agora utilizando apenas uma cor, sendo a rosa, contudo afirmou que essa seria mais bonita do
que a primeira cobra, e assim fez uma linda cobra de massa de modelar.
2.9 JOGOS DE RACIOCÍNIO LÓGICO E PERCEPÇÃO VISO-MOTORA

Objetivo: Possibilitar à criança o desenvolvimento de ideias, estimulando sua criatividade,


percepção viso-motora e também simular várias estruturas civis, para construções de cidades e
diversos tipos de cenários de madeira divertida e educativa.

Relato do Desempenho de T.S

Na frente da criança foi colocada uma caixa de jogo cujo nome é “Pequeno Engenheiro”,
e solicitamos que ela observasse o desenho na tampa da caixa e logo após pudesse montar
espontaneamente o que desejasse, e a criança deu inicio a construção de uma cidade colocando
as peças em sentido plano sobre e mesa, mas sempre querendo parar. Todavia com muito
carinho e motivação pedimos que ela continuasse a montagem, e assim, deu continuidade, e logo
após, perguntamos sobre uma peça diferenciada que havia no jogo e ela afirmou dizendo ser
uma igreja, devido ao formato da porta e do relógio ali existente, pedimos também que ela nos
mostrasse todas as janelas que estivessem abertas e também as fechadas e ela nos mostrou
tranquilamente. Em seguida interrogamos, à respeito da diferença entre sua casa verdadeira e a
construída por ela, nos respondendo que a sua verdadeira casa é bem mais bonita.

Relato do Desempenho de Y.C

Na frente da criança, expomos sobre a mesa uma caixa contendo várias peças e
solicitamos que a mesma montasse um desenho de sua preferência, rapidamente pegou as
peças construindo uma casa em sentido horizontal, logo após, a casa desmontou-se, e
novamente ele refez seguramente, separando peça por peça, sendo: carro e moto em garagens e
ao lado uma linda árvore , casas com telhados, portas e janelas nos seus devidos lugares, e
depois de tudo pronto, disse que iria nos presentear com essa linda construção.

3. CONSERVAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DA QUANTIDADE DE LÍQUIDOS

Objetivos: Avaliar a capacidade da criança em se deparar com dois recipientes diferentes ,


tentando colocá-los com a mesma quantidade de líquidos.

Relato do Desempenho de T.S


Colocamos dois copos cilíndricos transparentes sobre a mesa e pedimos a criança que
nos ajudasse a medir a quantidade de água, de forma que ficassem iguais nos dois copos, e
perguntamos em qual deles havia mais água.

Avaliação: Não conservativo -05 a 06 anos

As respostas não têm justificativas completas, mudando conforme as aplicações de cada


prova.

Relato do Desempenho de Y.C

Colocamos dois copos cilíndricos transparentes sobre a mesa e pedimos à criança que
observasse e nos ajudasse a medir a quantidade de água, de forma que ficassem iguais nos dois
recipientes A e B, e logo em seguida tentasse colocar o mesmo volume no recipiente B, e
perguntamos; em qual deles havia mais água.

Avaliação: Não conservativo -05 a 06 anos

As respostas não têm justificativas completas, mudando conforme as aplicações de cada


prova.

3.1 DOMINÓ DAS CORES

Objetivo: Ajudar a criança no conhecimento das cores, e estimular a percepção visual e a


capacidade de observação.

Relato do Desempenho de T.S

Nessa sessão, colocamos as peças do dominó com as imagens viradas para baixo no
centro da mesa, em seguida pedimos que a mesma pegasse uma peça por vez desvirando-as
fazendo pares e sequenciando de acordo com suas respectivas cores.

Avaliação: Conservativa – a partir dos 05 anos

A criança conhece as cores e compreende que existe uma sequência ordenada de


pares, isto porque foi trabalhado em classe pelo seu professor.

Relato do Desempenho de Y.C


Nessa sessão, colocamos as peças do dominó com as imagens viradas para baixo no
centro da mesa, em seguida pedimos que a mesma pegasse uma peça por vez, desvirando-as
fazendo pares e sequenciando de acordo com suas respectivas cores.

Avaliação: Conservativa – a partir dos 03 anos

A criança apenas desconhece a cor lilás, mas compreende que existe uma sequência
ordenada de pares, organizando-as de acordo com sua percepção visual e a sua capacidade de
observação.

3.2 CONSERVAÇÃO DE ELEMENTOS DISCRETOS

Objetivo: Avaliar a percepção da criança frente aos diferentes objetos e observar a noção de
quantidade na visão da mesma.

Critério de aplicação: Para tornar um prova mais atrativa utilizamos uma linguagem bastante
compreensível aos padrões da criança, e também usamos imagens bem ilustradas condizente a
sua faixa etária.

Relato do Desempenho de T.S

Iniciamos a sessão ordenando em cada lado os números, uns adaptados em joaninhas


com pregadores e outros soltos. Dando prosseguimento a sessão, pedimos a criança que
pegasse primeiramente o número da joaninha que correspondesse a sua idade, e pregasse sobre
o número móvel, e ela acertou, sendo o número 05 harmônico a sua idade, assim sendo,
continuamos a sessão perguntando os demais números, sendo eles de 0 a 9.

Avaliação: Conservativa – a partir de 05 anos.

A criança já possui noção de quantidade e até justifica o óbvio.

Relato do Desempenho de Y.C

Dando início a sessão ordenamos em cada lado da mesa os números, uns adaptados
em joaninhas com pregadores e outros existentes nos números móveis, em seguida solicitamos a
criança que pegasse primeiramente o número da joaninha que correspondesse a sua idade, e
pregasse sobre o número móvel, mas ele não acertou a pergunta, mesmo sendo o número 05
condizente a sua idade, assim sendo, continuamos a sessão perguntando os demais números,
sendo eles de 0 a 9 e ele não conheceu número algum, trocando um pelo outro

Contudo a criança não soube distinguir um número do outro, mas sabe contar de 01 até
11 mesmo apresentando dificuldades na contagem.

4. ALFABETO MÓVEL ILUSTRADO

Objetivo: Estimular o desenvolvimento da linguagem oral e escrita através de atividades de


análise auditiva, construção de palavras e leitura espontânea.

O alfabeto móvel chegou ao Brasil na década de 80, no inicio da proposta construtivista.


Sua intenção é a de consolidar um conceito básico da organização a linguagem escrita: com
apenas 26 letras é possível registrar tudo o que se pensa ou se fala.

Segundo Castillo (1999), para que a criança faça uso da leitura e escrita, tornam-se
necessárias algumas habilidades, tais como: discriminação visual; discriminação auditiva;
memória visual e auditiva; coordenação motora; coordenação motora fina; conhecimento do
esquema corporal; orientação espacial; atenção seletiva; domínio da linguagem oral;
diferenciação entre letras e outros símbolos; cópia de modelo e memorização de relatos curtos,
canções infantis, versos de rima fácil.

Relato do Desempenho de T.S

Organizamos as imagens e algumas letras do alfabeto móvel ilustrado sobre a mesa,


separando-as, uma de cada lado, entretanto para darmos início ao jogo, solicitamos que a
aprendente pegasse a letra inicial do seu nome, sendo a letra T, e que colocasse sobre a
imagem correspondente a mesma letra, e em seguida da mesma forma, até que se formasse seu
nome completo. Dando seguimento, expomos as demais letras do alfabeto, pedindo que a
mesma pegasse por etapa cada imagem correspondente a cada letra, e assim realizou-se a
prova alcançando um resultado positivo.

Contudo, seguindo o pressuposto da escrita infantil de Emilia Ferreiro é importante


informar que a criança encontra-se na hipótese silábica, pois ela estabelece relações entre o
contexto sonoro da linguagem e o contexto gráfico do registro. Sua estratégia é a de atribuir a
cada letra ou marca escrita (uma letra, pseudoletra ou até um número) o registro de uma sílaba
falada, pois começa a perceber que a grafia representa partes sonoras da fala. No entanto, ainda
enxerta letras no meio ou final das palavras por acreditar que, assim, está escrevendo
corretamente. Nessa fase, seu maior conflito são as palavras monossílabas - para ela é
necessário um número mínimo de letras para cada palavra.

Relato do Desempenho de Y.C


Organizamos as imagens e as letras do alfabeto móvel ilustrado sobre a mesa,
separando-as, uma de cada lado, entretanto para darmos início ao jogo, solicitamos que a criança
pegasse a letra inicial do seu nome, sendo a letra Y, e que nos mostrasse. Em seguida pedimos
que ele pegasse as demais letras que formasse seu nome, mas ele teve muitas dificuldades,
ficando muito confuso, e mostrou-nos apenas a letra Y, não encontrando as demais letras. Diante
disso, percebemos que o menino desconhece quase todas as letras do alfabeto, exceto o Y do
seu nome, então resolvemos fazer de uma forma diferente, utilizando somente as imagens,
sendo assim, perguntamos se ele sabia o nome de cada imagem que indicávamos, porém ele
falava os nomes, corretamente, mas quando pedíamos para que ele procurasse na mesa a letra
inicial correspondente ao nome da figura , o mesmo não conseguia associar, trocando todas as
letras.

Contudo, podemos afirmar que essa criança têm dificuldades com as letras,
primeiramente, devido a sua idade, estando em fase de desenvolvimento, e segundo a hipótese
de Emília Ferreiro essa dificuldade acontece porque ele ainda não compreendeu a função da
escrita e ainda confunde a escrita com desenhos.

5. DEVOLUTIVA AOS PAIS DE T.S

O fundamento para a verificação dessa devolutiva foi à observação e às anotações realizadas


durante o período destinado às sessões de atendimento psicopedagógico, concluímos que T.S é
uma criança bastante inquieta, mas que está compatível com o nível de desenvolvimento para
sua faixa etária pré-operatória (05 anos), em relação a Lecto escrita encontra-se no nível pré-
silábico, escrita diferenciada com o valor sonoro inicial, nas atividades realizadas ela fez registros
diferentes entre palavras decompondo a quantidade e a posição e fazendo variação nos
caracteres, pode conhecer ou não os sons de algumas letras ou de todos elas.

Vale salientar que para a reconstrução de suas hipóteses quanto escrita e leitura,
sugerimos a exploração dos conhecimentos já atingidos por T.S com elogios, felicitações por
suas realizações e estímulo para tentar fazer de formas diferentes. O mister do lúdico nessa fase
da vida é de ampla proficuidade, pois as crianças nessa faixa etária fazem agregações, entre o
fantasioso e o real, então jogo de adivinhações, alfabeto móvel, recorte, música, dramatizações,
fantoches, entre outras atividades motivadoras, perpetrarão com que se divertindo ela possa
aprender e que tal aprendizagem seja de fato expressiva, porque dessa maneira ela própria
construa o seu conhecimento.

5.1 DEVOLUTIVA AOS PAIS DE Y.C


A base para a verificação dessa devolutiva foi à observação e as anotações realizadas durante o
período destinado as sessões de atendimento psicopedagógico, onde concluímos que Y.C é uma
criança que encontra-se com muitas dificuldades de aprendizagem, pois apresenta na sua fala
uma disfluência fisiológica, o que pode ocasionar um distúrbio na sua leitura e escrita. Todavia,
acreditamos que o mesmo encontra-se na hipótese de escrita infantil pré-silábica nível 1 de
Emília Ferreiro, pois ele apresenta baixa diferenciação entre a grafia das palavras e escreve de
acordo com o tamanho do que está representado.

É importante ressaltar que para a reconstrução de suas hipóteses quanto às suas dificuldades
na escrita e na leitura, sugerimos a exploração dos conhecimentos já apreendidos por Y.C com
bastante prudência, elogiar por suas realizações e extremo estímulo com ludicidade para tentar
fazer de forma diferente, evitar que aja bullying, primordialmente na sua escola regular, porque
essa considerada agressão física e verbal também pode ocasionar um grande problema
psicológico na criança ocasionando sérias consequências na sua aprendizagem.

5.2 DEVOLUTIVA À INSTITUIÇÃO.

A entrevista de Devolução segundo Weiss (2007) não é um momento isolado do


diagnóstico, mas uma parte de um processo iniciado com o primeiro contato telefônico e parte de
um processo que se prolonga no tratamento.

Com o objetivo de proporcionarmos as decorrências da avaliação psicopedagógica


realizadas durante o período proposto às sessões de atendimento para com as duas crianças,
T.S e Y.C, realizamos as observações e as anotações durante todos os atendimentos para
melhor entendermos, sobre o relacionamento de questões de cunho afetivo, social e intelectual.

Vale salientar que no decorrer da analise feita com T.S constatamos que ela é uma criança que
não se concentra, pois nunca terminava uma atividade proposta sem que tivéssemos que
convencê-la a retornar às tarefas, em relação às habilidades perceptivo-motoras, não apresenta
dificuldades na audição ou visão, convive sem afeto por parte da sua mãe, tem carinho do pai
somente quando ele aparece, fazendo parte de uma família totalmente desestruturada,
demonstra-se ser muito carente, pois chora por qualquer motivo, mas tem um imaginário bastante
avançado para sua faixa etária.

Contudo, conclui-se que em relação às provas operatórias de Piaget, parte delas, a paciente
apresentou resultados acima do esperado para sua idade.

Em relação a analise feita com Y.C constatamos que ele apresenta muitas dificuldades de
aprendizagem principalmente por causa da sua fala, pois não consegue soletrar vocábulos e
devido a isso não diferencia vogal de consoante, e em relação às habilidades perceptivo-motoras,
não apresenta dificuldades na audição ou visão, concentra-se muito bem nas atividades, convive
com bastante afeto, mas não há colaboração nas atividades educacionais por parte da família.

Diante dos atendimentos realizados, pode-se observar que o paciente possui dificuldades
quanto à competência linguística, apresentando leitura precária , dificuldades na escrita das
palavras, e trocas de diversas letras diante das tarefas propostas.

Entretanto, conclui-se que em relação às provas operatórias de Piaget, parte delas o paciente
apresentou resultados abaixo do esperado para sua idade.

Assim como a aprendizagem, o corpo também está em desenvolvimento e precisa de


atividades, até como meio de conduzir a energia típica da idade, sugerimos para as duas crianças
as atividades escolares, um reforço pedagógico, jogos de adivinhações, alfabeto móvel, recortes,
música, dramatizações, fantoches, atividades periódicas (ditado, escrever no quadro); mais um
recinto onde o lúdico predomine, e que de forma diferenciada, eles possam realizar atividades
que venham a desenvolver os seus conhecimentos prévios, e fazer com que eles consigam
adquirir outros, participando efetivamente dessa construção. Sugere-se, para T.S um
acompanhamento psicopedagógico, como forma de facilitar a reabilitação da mesma, a um
desenvolvimento cognitivo correspondente à sua faixa etária; ou seja, facilitar para que a criança
minimize suas dificuldades de aprendizagem, afetividade, atenção e concentração. Já para Y.C,
sugere-se além do acompanhamento psicopedagógico, um fonoaudiólogo como forma de
aperfeiçoamento dos aspectos fonoaudiológicos, da linguagem oral e escrita, da fluência, e da
articulação da fala, facilitando no desenvolvimento da sua aprendizagem.

Findando, para o desenvolvimento físico relacionado à disciplina e a boa conduta da


vivacidade, sugerimos para as crianças o trabalho multidisciplinar na realização das atividades,
tendo em vista que essas atividades requerem um nível elevado, atividades físicas, capoeira,
futebol, vôlei, balé, música, a fim de melhorar a concentração, tranquilidade disciplinar por parte
de T.S, adquirindo êxitos nas suas realizações, sendo que os dois possam obter um suporte
psicopedagógico sempre ativo para sanar as dificuldades de aprendizagem salientadas; bem
como, observar as práticas educativas dos professores como forma de excluir quaisquer
hipóteses de dificuldades de ensino.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreendendo os aspectos especificados, podemos firmar que a psicopedagogia


demanda os ensejos das dificuldades da ação de aprender, ponderando o indivíduo em suas
múltiplas grandezas. Diante da organização deste trabalho de estágio clínico, consistiu-se em
evidenciar a realidade dos estudos de caso, que tiveram como finalidade avaliar e conhecer os
problemas de aprendizagem, possibilitando a nós, pós-graduandas, uma perspectiva
aprofundada sobre o verdadeiro sentido do trabalho psicopedagógico clínico. Assim sendo, o
desígnio desse trabalho teórico e prático foi de avaliação, para que conseguíssemos averiguar a
competência das aprendizagens das crianças.

Cabe informar que os fundamentais aspectos trabalhados com as crianças foram: Área
Emocional, Área Cognitiva, Área Perceptivo-Motora, sendo que na área emocional foram
trabalhadas várias técnicas como: observação do comportamento das crianças através de
desenhos e enfrentamento das situações novas. Na área cognitiva, as crianças demonstraram
através das avaliações das provas Piagetianas, onde os seus desenvolvimentos se encontram
dentro do esperado de acordo com suas idades cronológicas, no entanto, em alguns momentos
apresentaram oscilações. Intervimos em linha reta relacionada à alfabetização, trabalhando todas
as letras do alfabeto até a compreensão de sucintos textos. Quanto à área perceptivo-motora
foram desenvolvidas várias técnicas: investigação da leitura e da escrita, (EOCA), porém nesta
área diante dos procedimentos empregados apenas uma das crianças apresentou déficits de
competência de leitura e escrita, sendo necessárias mais intervenções na questão da
alfabetização, sendo Y.C.

Consequentemente, diante dos aspectos significativos nesses casos, podemos


assegurar que o objetivo foi alcançado, entretanto, sugerimos que a menina T.S seja
encaminhada para um acompanhamento psicológico e também psicopedagógico, pois podemos
informar que na área cognitiva detectou-se alterações importantes quanto à sua atenção, não se
concentrando em nenhuma atividade proposta, no nível emocional foi percebido sentimentos de:
desproteção, abandono, e baixa autoestima, além de insegurança nas relações familiares e
sociais, impedindo assim, vínculos importantes para o seu desenvolvimento afetivo; a angústia, o
medo e as tensões são direcionadas para área corporal nos surtos de impaciência, e até
agressividade.

Em relação a Y.C, sugerimos que ele seja encaminhado para uma fonoaudióloga, pois
sua maior dificuldade encontra-se na sua fala, impedindo seu desenvolvimento na sua
aprendizagem, entretanto, podemos assegurar que na área cognitiva, ele não apresenta
alterações relacionada à sua atenção, memória, antecipação, classificação e percepção; poucas
dificuldades nas relações espaço-temporais, mas apresenta dificuldades em conceitos de
números – que evidencia um estágio de pensamento operacional-concreto inicial com predomínio
no intuitivo; deficiências quanto à competência linguística, pois não identifica vogais, não
reconhece as consoantes, e não faz relação entre grafema e fonema, apresentando leitura e
escrita no nível pré-silábico nível 1. Todavia no nível emocional não foi percebido sentimentos de
desconfiança, desproteção, abandono, apenas tem medo de dormir sozinho e tem enurese
noturna.

Desta forma, foram realizadas onze (11) sessões psicopedagógicas com as crianças, e
com o objetivo de aprimorarmos ainda mais os nossos conhecimentos relacionados às
dificuldades apresentadas pelas crianças, acompanhamos T.S juntamente com sua avó numa
consulta médica com o especialista em psiquiatria Josicélin Fonseca na cidade de Barro Preto
Bahia, com intuito de detectarmos informações que pudéssemos obter êxito; a cerca de
determinados assuntos, bastante pesquisados e explorados, proporcionando um estudo
minucioso e de sensibilização para um resultado satisfatório e significativo, ampliando ricamente
nosso leque de conhecimentos na área psicopedagógica, tanto no âmbito pessoal, como no
profissional, mostrando-nos assim que “Psicopedagogia” não é estática no tempo, e sim acreditar
que o aprendizado está em constante mudança.
REFERÊNCIAS

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· WEISS, Maria Lucia L. Psicopedagogia Clínica – uma visão diagnóstica dos problemas de
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