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FITOTERAPIA APLICADA À NUTRIÇÃO

Profa. Dra. Adriana Campos Profa. Me. Camila Leandra Bueno de Almeida
Nutricionista – CRN10 3822 Nutricionista – CRN10 1865
Doutora em Ciências Farmacêuticas Mestre em Ciências Farmacêuticas
FITOTERAPIA
Método de tratamento caracterizado pela
utilização de plantas medicinais em suas
diferentes preparações, sem a utilização de
substâncias ativas isoladas, ainda que de
origem vegetal, sob orientação de um
profissional habilitado.
FITOTERAPIA RDC Nº 14, de 31 de março de 2010

“São considerados medicamentos fitoterápicos os obtidos


com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais,
cuja eficácia e segurança são validadas por meio de
levantamentos etnofarmacológicos, de utilização,
documentações tecnocientíficas ou evidências clínicas.”
RESOLUÇÕES
 RESOLUÇÃO CFN N° 525/2013  Regulamenta a prática da Fitoterapia
pelo Nutricionista, atribuindo-lhe competência para prescrever plantas
medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos como complemento da
prescrição dietética e, dá outras providências.

 RESOLUÇÃO CFN N° 556/2015  Altera as Resoluções nº 416 (2008) e


nº 525 (2013), e acrescenta disposições à regulamentação da prática da
Fitoterapia para o Nutricionista como complemento da prescrição
dietética.
FITOTERAPIA RESOLUÇÃO CFN N° 525/2013

Ao adotar a Fitoterapia o nutricionista deve basear-se em


evidências científicas quanto a critérios de eficácia e
segurança, considerar as contra indicações e oferecer
orientações técnicas necessárias para minimizar os efeitos
colaterais e adversos das interações com outras plantas,
medicamentos e alimentos, assim como os riscos da
potencial toxicidade dos produtos prescritos.
FITOTERAPIA

EFICÁCIA SEGURANÇA QUALIDADE


Implica em um novo momento que permita a reflexão e
qualificação do profissional para sua adoção.

Credulidade de que “o que é da terra não faz mal” tem sido


descontruída pelas evidências científicas  complicações
cardíacas, hepáticas, hematológicas e intestinais; interações
entre eles, com medicamentos e alimentos.
FITOTERAPIA PRESCRIÇÃO

Estado nutricional, doenças, exames,


 Qual efeito terapêutico desejado;
medicações, prescrição dietética.
 Escolha da planta medicinal;
 Forma de extração para obtenção do efeito terapêutico;
 Avaliação de dosagem e duração do tratamento;
 Contra indicações e possíveis efeitos colaterais ou adversos;
 Possíveis interações;
 Legislação vigente (não apenas do Conselho).
FITOTERAPIA PRESCRIÇÃO

Anamnese rigorosa
Avaliação nutricional
 Condição sócio econômica;
Prescrição dietética
 Dados clínicos;
Prescrição fitoterápica
 Medicamentos utilizados;
Exames laboratoriais
 Alergias, intolerâncias, hábito intestinal;
Retorno do paciente
 Hábito alimentar;
Evolução nutricional
 Estilo de vida.
FITOTERAPIA RESOLUÇÃO CFN N° 525/2013

Art. 3º. A competência para a prescrição de plantas medicinais e drogas


vegetais é atribuída ao nutricionista sem especialização, enquanto a
competência para prescrição de fitoterápicos e de preparações magistrais é
atribuída exclusivamente ao nutricionista portador de título de especialista
ou certificado de pós-graduação lato sensu nessa área.

Nutricionista com certificado de


Nutricionista Bacharel
pós graduação ou especialista
• Plantas medicinais in natura
Plantas medicinais in natura
• Droga vegetal (chá medicinal):
Droga vegetal (chá medicinal)
infusão, decocção e maceração
Fitoterápicos e Preparação magistral
FITOTERAPIA CONCEITOS BÁSICOS

Plantas medicinais: Espécie vegetal utilizada com propósitos


terapêuticos  planta fresca, coletada no momento do uso.

Droga vegetal: Planta medicinal ou suas partes, que contenham


substâncias responsáveis pela ação terapêutica, após processo de
coleta e secagem  pode ser íntegra, triturada ou pulverizada.

Chá medicinal: Droga vegetal com fins medicinais a ser preparada


por meio de infusão, decocção ou maceração em água.
FITOTERAPIA CONCEITOS BÁSICOS

Fitoterápico: Produto obtido de planta medicinal ou seus derivados,


exceto substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou
paliativa.

Preparação magistral: É aquela obtida em farmácia, aplicando-se as


boas práticas de manipulação (BPM), a partir de prescrições de
profissionais habilitados ou da indicação pelo farmacêutico e
solicitação de compra: prescrição-farmacêutico-usuário.
FITOTERAPIA RESOLUÇÃO CFN N° 525/2013

Art. 5º. A prescrição de plantas medicinais ou drogas vegetais deverá ser legível,
conter o nome do paciente, data da prescrição, identificação completa do
profissional prescritor (nome e número do CRN, assinatura, carimbo, endereço
e forma de contato) e conter as especificações quanto ao produto prescrito:
1. Nomenclatura botânica, sendo opcional incluir a indicação do
nome popular;
2. Parte utilizada;
3. Forma de utilização e modo de preparo;
4. Modo de usar e posologia (dose, horário de administração e
tempo de uso).
FITOTERAPIA
Forma Farmacêutica: estado final de apresentação que os princípios ativos possuem,
com ou sem a adição de excipientes apropriados, a fim de facilitar a sua utilização e
obter o efeito terapêutico desejado, com características apropriadas a uma
determinada via de administração.
 Cápsulas;
 Comprimidos;
 Pós (sachês, shakes, sucos, sopas);
 Líquidos (chás, tinturas, xaropes, spray);
 Gomas mastigáveis, pastilhas, pirulitos, balas, chocolates medicamentosos.
FITOTERAPIA

Quando ocorre a extração dos princípios ativos + outros componentes


da planta fresca ou da droga vegetal  obtenção de produtos: tintura,
extrato fluido, extrato seco, óleos, entre outros.

Hoje em dia temos a tecnologia que nos permite identificar os


princípios ativos, testar, definir a segurança e determinar
parâmetros farmacológicos e farmacocinéticos.
ANÁLISE FITOQUÍMICA

Material vegetal

Cortado em Maceração
pedaços Metanol Evaporação
pequenos 7 dias

OBTENÇÃO DOS EXTRATOS


ANÁLISE FITOQUÍMICA

Isolamento e
OBTENÇÃO DOS
identificação dos
EXTRATOS
princípios ativos
PRINCÍPIOS ATIVOS
Metabólitos secundários das plantas

Substâncias ativas Compostos bioativos

Flavonoides Terpenos Alcaloides

Taninos Cumarinas Xantonas

Saponinas Lignanas Ác. graxos


ATIVIDADE BIOLÓGICA

Atividade antifúngica Atividade analségica

Atividade antibacteriana Atividade antialérgica

Atividade anti-inflamatória Atividade gastroprotetora

Atividade anticâncer Atividade antioxidante

Testes farmacológicos  modelos in vitro e in vivo


(RAMZAN I.
Phytotherapies, 2015)
Medicamentos fitoterápicos industrializados brasileiros mais vendidos entre
2013-2014, espécies, partes utilizadas, material empregado, e indicações de uso.

(CECHINEL-ZANCHETT CC. Infarma, 2016)


Medicamentos fitoterápicos industrializados brasileiros mais vendidos entre
2013-2014, espécies, partes utilizadas, material empregado, e indicações de uso.

(CECHINEL-ZANCHETT CC. Infarma, 2016)


(CECHINEL-ZANCHETT CC. Infarma, 2016)
Artigos publicados pelo grupo NIQFAR (UNIVALI):
plantas com potenciais atividades biológicas

ESPÉCIE TRATAMENTO ATIVIDADE REFERÊNCIA


Solidago chilensis Extrato metanólico Gastroprotetora de Barros et al.,
(Arnica) (folhas) (in vivo) 2016
Campomanesia reitziana Extrato metanólico Antinociceptiva Nesselo et al.,
(Gabiroba) (frutos) (in vivo) 2016
Synadenium grantii Extrato metanólico Antiproliferativa Campos et al.,
(Janaúba) (caules) (in vitro) 2016
Vernonia condensata Extrato etanólico Gastroprotetora Boeing et al.,
(Boldo baiano) (folhas) (in vivo) 2016
Sphagneticola trilobata Extrato etanólico Anti-inflamatória Fucina et al.,
(Vedélia) (uso tópico) (in vivo) 2016
Cipura paludosa Extrato metanólico Antiproliferativa Campos et al.,
(Alho do mato) (bulbos) (in vitro) 2015
FITOTERAPIA
e
CÂNCER
CÂNCER
Mais de 60% dos agentes anticâncer utilizados são
provenientes de produtos naturais, incluindo

plantas, micro-organismos e organismos marinhos

Interagem com alvos específicos de


diferentes tipos celulares
FITOTERÁPICOS
Minimizam efeitos de medicamentos no

CUIDADO COM INTERAÇÕES!! paciente oncológico


FITOTERÁPICOS CÂNCER

Reparo do DNA Regulação hormonal

Ciclo celular e apoptose Proliferação celular

Expressão gênica Angiogênese e metástase

Resposta inflamatória Imunidade


FITOTERAPIA e CÂNCER
FITOTERAPIA e CÂNCER
Metabólitos secundários  produzidos pelos organismo das
plantas com a função de defesa, podendo ser tóxicos!

De 1960 a 1982, o NCI realizou um programa de


coleta de plantas, com o objetivo de descobrir 3000 espécies
agentes anticâncer derivados de plantas.
O

O O OH

Estrutura química do taxano paclitaxel


O NH O
H
O OH
O
(Taxol®)  Taxus baccata
O O
OH
O
O
FITOTERAPIA e CÂNCER
Alcaloides da Vinca, vinblastina e vincristina (Catharanthus roseus - planta
de Madagascar utilizada popularmente no tratamento de diabetes)
H
N
HO O
N H N
H
N O O N
H HO
H3C O
O
O O N H O
R O HO O

Derivados de camptotecina, isolada da árvore ornamental


chinesa, Camptotheca acuminata (Ex: irinotecano)
Batra P, Sharma AK. Anti-cancer potential of flavonoids: recent trends and
future perspectives. 3 Biotech. (2013) 3:439–459.
Russo M, et al. The flavonoid quercetin in disease prevention and therapy: Facts
and fancies. Biochem Pharmacol. (2012) 83(1):6-15
FITOTERAPIA e CÂNCER

Curcuma longa

 Reduz angiogênese e metástase;


 Inibe proliferação celular;
 Aumenta apoptose das células neoplásicas;
 Aumenta sensibilidade à quimioterapia;
 Ação anti-inflamatória.
Quadir MI, Nagvi ST, Muhammad SA. Curcumin: a polyphenol with molecular
targets for cancer contro. Asian Pac J Cancer Prev. (2016) 17(6):2735–2739.

Curcuma longa
FITOTERAPIA e CÂNCER

Zingiber officinale

Ginger-derived phenolic substances with


cancer preventive and therapeutic
potential.

(KUNDU; NA; SURH, 2009)


FITOTERAPIA e CÂNCER
FITOTERAPIA e CÂNCER
FITOTERAPIA e CÂNCER

CHÁ VERDE
 Modula crescimento das células neoplásicas (expressão de
proteínas envolvidas no ciclo celular);
 Controle de mestástase e angiogênese;
 Reparo do DNA;
 Inibe proliferação celular e induz apoptose;
 Inibe vias de sinalização do câncer.
FITOTERAPIA e CÂNCER
FITOTERAPIA e CÂNCER
FITOTERAPIA e CÂNCER
FITOTERAPIA e CÂNCER

Lentinula edodes (Shiitake)

 Ação citotóxica;
 Melhora imunidade;
 Combate angiogênese;
 Extrato: melhora qualidade de vida dos pacientes em quimioterapia,
principalmente em pacientes com câncer gástrico;
 Regula atividade das células NK (natural killers).

(RAMZAN I.
Phytotherapies, 2015)
FITOTERAPIA e CÂNCER

Piper methysticum (Kava-kava)

 Extrato das folhas e raízes;


 Presença de flavonoides;
 Induz parada no ciclo celular;
 Diminui proliferação celular;
 Induz apoptose (ativa proteínas envolvidas na apoptose).

(RAMZAN I.
Phytotherapies, 2015)
Plantas da flora brasilera com potencial anticâncer

 Gênero Hypericum: H. caprifoliatum, H. myrianthum, H. ternun


 Células tumorais de cólon e pulmão
 Gênero Garcinia: G. achaichairu, G. gardneriana
 Células tumorais de glioma, pulmão, rim, ovário, cólon, próstata e
melanoma murinho
 Gênero Allamanda: A. schottii, A. blanchetti
 Células tumorais de leucemia,
 Casearia sylvestris
 Células tumorais de melanoma, leucemia e intestino
Plantas da flora brasilera com potencial anticâncer
Plantas da flora brasilera com potencial anticâncer
Plantas com potencial anticancer (NIQFAR)
Plantas com potencial anticancer (NIQFAR)
Plantas com potencial anticancer (NIQFAR)
FITOTERAPIA

Tratamento intenso e agressivo


QUIMIOTERAPIA
para o corpo

Alterações intestinais desagradáveis, como a mucosite


intestinal  diarreia, dor abdominal e náuseas

40-100% dos pacientes oncológicos (cerca


de 500 mil pacientes anualmente em uma
esfera global)
MUCOSITE INTESTINAL
Bu-Zhong-Yi-Qi  plantas medicinais chinesas
MUCOSITE INTESTINAL
acampos@univali.br

“A mente que se abre para uma nova ideia

jamais voltará ao seu tamanho original”.

(Albert Einstein)

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