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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ

2ª VARA DOS FEITOS DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE TERESINA DA


COMARCA DE TERESINA
Praça Edgard Nogueira, Cabral, TERESINA - PI - CEP: 64000-830

PROCESSO Nº: 0836978-69.2019.8.18.0140


CLASSE: AÇÃO CIVIL DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (64)
ASSUNTO(S): [Dano ao Erário]
AUTOR: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PIAUI

Nome: MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PIAUI


Endereço: Avenida Lindolfo Monteiro, 911, Fátima, TERESINA - PI - CEP: 64049-440

RÉU: JOAO RODRIGUES FILHO, FRANCISCO JOSE ALVES DA SILVA

Nome: JOAO RODRIGUES FILHO


Endereço: Rua Anfrísio Lobão, 1820, Jóquei, TERESINA - PI - CEP: 64049-280
Nome: FRANCISCO JOSE ALVES DA SILVA
Endereço: Rua Senador Luís Mendes Ribeiro Gonçalves, 4491, Morada do Sol, TERESINA - PI - CEP:
64055-350

DECISÃO

O(a) Dr.(a) nomeJuizOrgaoJulgador, MM. Juiz(a) de Direito da 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública da
Comarca de Teresina da Comarca de TERESINA, MANDA o Oficial de Justiça designado que, em cumprimento
ao presente Despacho-mandado, proceda a CITAÇÃO/INTIMAÇÃO conforme decisão abaixo

DECISÃO-MANDADO

1. Trata-se de AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE


RESPONSABILIDADE POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
CUMULADA COM RESSARCIMENTO AO ERÁRIO interposta pelo
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ em face de JOÃO
RODRIGUES FILHO (ex Coordenador de Comunicação Social do Estado do
Piauí - CCOM)e FRANCISCO JOSÉ ALVES DA SILVA (ex Secretário de
Administração).

Aduz oMinistério Público do Estado do Piauí que


instaurou, através da 44ª Promotoria de Justiça, o Inquérito Civil Público nº
07/2017, a fim de apurar irregularidades em contrato firmado pela Secretaria de
Estado da Administração (SEAD) mediante dispensa de licitação nº 19/2015 via
Processo Administrativo nº AA.002.1.002408/15-45.

Relata que, trata-se de contrato, firmado com as empresas


DALLAS Comunicação LTDA-ME, NOVA COMUNICAÇÃO LTDA-EPP e
S.A. PROPAGANDA LTDA-EPP, que possui como objeto contratação de

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serviços de publicidade. O valor previsto do contrato em comento é de R$
3.935.702,50 (três milhões, novecentos e trinta e cinco mil, setecentos e dois reais
e cinquenta centavos).

Descreve que oTribunal de Contas do Estado, através da


5ª Diretoria de Fiscalização da Administração Estadual (DFAE), realizou
diligência para verificar a regularidade destes atos por parte da SEAD no dia 20
de maio de 2015, no âmbito do TC nº 010936/2015, constatando diversas
irregularidades, tais como: a) dispensa de licitação indevida – fundamentação
jurídica da contratação direta no art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93: situação de
emergência “fabricada”; b) identidade de propostas – ausência de competitividade
e economicidade com consequente contratação de todas as empresas que
ofereceram propostas – violação ao art. 70 da Constituição Federal e ao art. 2º, 3º
e 26, parágrafo único, incisos II e III, da Lei nº 8.666/93 ec) ausência de adequada
pesquisa de preços – violação ao art. 26, parágrafo único, incisos II e III, da Lei nº
8.666/93.

Narra ainda, que em consonância com o Relatório da


DFAE, o Ministério Público de Contas emitiu o Parecer nº 2016RD0033 no dia
14 de abril de 2016, reiterando as irregularidades apontadas.

Ressalta queno âmbito do TC nº 005206/2015, que versa


sobre a prestação de contas geral do exercício de 2015, o Ministério Público de
Contas, por meio do Parecer nº 2017RE0030 (doc. 03), apontou o pagamento de
despesas empenhadas na natureza de despesa 339039 (serviços terceiros pessoa
jurídica), no montante de R$ 4.447.249,23 (quatro milhões, quatrocentos e
quarenta e sete mil, duzentos e quarenta e nove reais e vinte e três centavos), com
serviços de publicidade e propaganda, que não se enquadram no art. 24, inciso IV,
da Lei nº 8.666/93, utilizado como fundamento a dispensa de licitação nº
019/2015.

Aponta que em sede de decisão no âmbito do TC nº


005206/15, apensados os processos TC nº 010936/2015, TC nº 012178/2015 e TC
nº 013588/2015, por meio do Acórdão nº 087/2018 o Tribunal de Contas
sintetizou as impropriedades/falhas apuradas, após o contraditório.

Ressaltaque mesmo diante das irregularidades apontadas,


o Plenário decidiu, à unanimidade, divergindo do parecer ministerial, pelo
julgamento de regularidades com ressalvas às contas da Coordenadoria de
Comunicação Social – CCOM.

Esclareceque diante das irregularidades constatadas,


considerando o parecer ministerial e considerando que as instâncias judicial e
administrativa não se confundem, concluiu-se pela necessidade de proposição
desta Ação Civil Pública por atos de Improbidade Administrativa ante a ausência

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de procedimento licitatório e a contratação por dispensa de licitação com
inobservância aos requisitos legais, nos termos dos arts. 37, XXI, CF, da Lei nº
8.666/93 e da Lei nº 8.429/92.

Requer em sede de liminar, seja declarada a


indisponibilidade dos bens dos requeridos JOÃO RODRIGUES FILHO e
FRANCISCO JOSÉ ALVES DA SILVA, já qualificados, no valor de R$
4.447.249,23 (quatro milhões, quatrocentos e quarenta e sete mil, duzentos e
quarenta e nove reais e vinte e três centavos) e ao final, a condenação dos réus nas
sanções do artigo 12 da Lei nº 8.429/92.

É o relatório suscinto.

Vieram-me os autos conclusos.

Decido o pedido liminar.

PEDIDO LIMINAR

Quanto ao pedido liminar, observo que a indisponibilidade


de bens é medida prevista no art. 7º da Lei 8.429/92, possível de se impor no
processo judicial quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio, para
fins de assegurar eventual acréscimo patrimonial ilícito.

Art. 7° Quando o ato de


improbidade causar lesão ao patrimônio público
ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a
autoridade administrativa responsável pelo
inquérito representar ao Ministério Público, para
a indisponibilidade dos bens do indiciado.

Entendo que, embora a referida medida restritiva


patrimonial não enseje expropriação imediata dos bens ou não necessite de
comprovação de dilapidação patrimonial para a sua concessão, há que se aferir,
como requisito mínimo, a existência de vestígios de comprovação dos de
improbidade apontados. Analisando os documentos anexados aos autos é inviável
aferir, de imediato, as irregularidades delineadas na inicial pela parte autora, no
que concerne a prática de atos de improbidade administrativa.

Entendo que, embora a referida medida restritiva


patrimonial não enseje expropriação imediata dos bens ou não necessite de
comprovação de dilapidação patrimonial para a sua concessão, há que se aferir,
como requisito mínimo, a existência de vestígios de comprovação dos de
improbidade apontados.

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Considere-se, ainda, que para a discriminação dos atos de
improbidade eventualmente praticados requer-se análise minuciosa, o que
somente poderá ser aferido após a regular instrução do feito.

Assim, indefiro o pedido liminar de indisponibilidade de


bens dos requeridos.

Conforme artigo 17, § 7º, da Lei nº 8.429/92, determino a


notificação dos requeridos para, querendo, apresentarem manifestação, no prazo
de 15 (quinze) dias.

Intime-se.

2. DETERMINO QUE O PRESENTE DOCUMENTO SIRVA, AO MESMO TEMPO, COMO


DESPACHO E COMO MANDADO.

3. Por este documento, fica o Oficial de Justiça que o portar autorizado a requisitar força policial para o
cumprimento da diligência nele determinada. CUMPRA-SE, NA FORMA E SOB AS PENAS DA
LEI. Poderá o Oficial de Justiça, para o cumprimento da diligência do mandado, proceder conforme o
disposto no § 2º do art. 212 do CPC.

TERESINA-PI, 19 de dezembro de 2019.

Carmelita Angélica Lacerda Brito de Oliveira


Juiz(a) de Direito da 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública da Comarca de Teresina

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