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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO


CENTROS DE CIENCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS
CURSO DE GEOGRAFIA
DISCIPLINA: BIOGEOGRAFIA
PROF. RESPONSÁVEL: RONALDO ARAUJO

TRABALHO DE CAMPO 2017.2

Data: 01 a 03/12/2017
Local: Município de Alcântara
Objetivos: Conhecer as características ambientais de parte do município de Alcântara e realizar um
estudo integrado a partir de análise geossistêmica dos principais impactos ambientais observados a partir
de interferências antrópicas.
Metodologia: Observação dos impactos no ecossistema com o uso de Matriz de Leopold adaptada.

1. DADOS E CARACTERISTICAS GERAIS DA ÁREA

O município de Alcântara está localizado na Mesorregião Norte Maranhense, Microrregião Litoral


Ocidental Maranhense, pertencente à área de proteção ambiental do litoral Ocidental maranhense. A
altitude da sede é de 32 metros acima do nível do mar e a variação térmica durante o ano é pequena,
com temperaturas que oscilam entre 25°C e 29°C.
O clima da região do município, segundo a classificação de Köppen, é tropical (AW’) com dois
períodos bem definidos: um chuvoso, de janeiro a junho, com médias mensais superiores a 278mm e
outro seco, correspondente aos meses de julho a dezembro. Dentro do período de estiagem, a
precipitação pluviométrica variou de 3,6 a 105,4mm e no período chuvoso de 152,7 a 393,7mm, com
média anual em torno de 1.897 mm. Esses dados são referentes ao período de 1961 a 1990.
O relevo na região é formado por grandes planícies fluviais e fluvio-marinhas, áreas circulação de
águas salobras. A planície aluvionar caracteriza-se por apresentar uma superfície extremamente
horizontalizada, onde os sedimentos inconsolidados (areias, argilas e cascalhos) encontram-se
depositados nas margens e nos leitos dos principais cursos d’águas da região (FEITOSA, 2006).
A vegetação é formada por encraves da floresta Amazônica que se caracteriza por apresentar
árvores altas com formações densas. Em Alcântara, devido ao desmatamento, as árvores da floresta
Amazônica são espaçadas e intercaladas por espécies secundárias, de pequeno porte. Além dessas,
formam-se mangues ao longo dos cursos d’água, esses possuem raízes aéreas, que servem como
escoras (Governo do Estado do Maranhão, 2006/2007).
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2. LOCALIZAÇÃO E OUTRAS REPRESENTAÇÕES DO MUNICIPIO DE ALCÂNTARA

O município de Alcântara está totalmente localizado no Litoral Ocidental. Regionalmente (IBGE,


1992), Alcântara se encontra na Mesorregião do Norte Maranhense e particularmente na Microrregião
do Litoral Ocidental Maranhense, “na qual ocupa o 3º lugar em extensão” (Cavalcante, 1996:77).
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Criado pela Lei nº 24, de 05/08/1836, o município em referência possui segundo IBGE (1997)
uma área de 1.495,6 km2, o que corresponde a 0,45% da superfície estadual (333.365,6 km2). A este
município pertencem as ilhas do Livramento, do Cajual e das Pacas; a sede municipal se localiza a 4
metros de altitude.
Conforme Silva (1996), o município de Alcântara localiza-se através das seguintes coordenadas:
44º 21’ 14” e 44º 43’ 19” de Longitude oeste de Greenwich, e 02º 08’ 09” e 02º 37’ 37” de Latitude sul.
O município de Alcântara limita-se ao Norte com o Oceano Atlântico, ao Oeste com os municípios
de Guimarães, Bequimão e Peri-Mirim, ao Sul com o município de Cajapió, e ao Leste com os municípios
de Cajapió e São Luís, separado deste último pela baía de São Marcos e distando cerca de 22 Km via
marítima a sudeste.
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3. RESTRIÇÃO DE USO A OCUPAÇÃO

A categoria de uso restrita à ocupação corresponde a 152,70 km2 ou 10,21% da superfície do


município de Alcântara. Refere-se aos tipos de ocupação-cobertura estabelecidas (manguezais, campos
inundáveis, apicuns e matagaleria) em que se deve sobressair o equilíbrio do ambiente e a qualidade de
vida da população, assim como que essas áreas são restritas à ocupação tendo em vista as limitações
quanto ao uso, aliadas a tecnologia disponível.

3.1. Manguezais
A cobertura vegetal concernente aos manguezais ocupa uma área de 96,66 km2 ou 63,30% da
categoria restrita à ocupação; é compreendida como aquela que apresenta “grande poder de
regeneração vivendo normalmente em ambiente salino e salobre, acompanha os cursos dos rios
instalando-se nas áreas que sofrem influência das marés” (Radam, 1973: 29).
Em Alcântara, os manguezais integram a APA das Reentrâncias Maranhenses, criada de acordo
com o Decreto Estadual nº 11901/91, corrigido pelo Diário Oficial do Estado nº 195/91. Contudo, tendo
em vista que essa APA equivale a toda a área do município em referência, é que se justifica a não
consideração da mesma nesta análise uma vez que haveria excessiva sobreposição de uso e por
conseguinte perda de detalhes substanciais. Entre as sobreposições de uso destaca-se a área da APA
em relação à área militar (CLA), aos manguezais, área urbanizada, campos inundáveis, floresta biológico
e cultural. Portanto, as áreas de manguezais devem ser abrangidas por mecanismos secundária mista
com predomínio de babaçu, etc.
No município em questão, os manguezais revelam acentuada produtividade pesqueira aliada à
presença de aves litorâneas e limícolas, o que implica em patrimônio que disciplinem o uso de seus
recursos naturais e sua ocupação espacial.

3.2. Campos Inundáveis


Em se tratando de campos inundáveis, esses são compreendidos como o ecossistema em que se
sobressaem os “campos graminosos, mantidos pelas cheias periódicas dos rios que divagam por
numerosos cursos d’água temporários, controlados pelas altas marés que barram as águas dos maiores
rios em suas embocaduras; estão pela colmatagem em lençol, sendo substituídos pela vegetação
lenhosa já desenvolvida nas partes ligeiramente mais elevadas da Baixada Maranhense” (Radam, 1973:
16-17).
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Os campos inundáveis correspondem a 24,59 km2 implicando em 16,10% da categoria restrita à


ocupação; esse ecossistema revela-se restrito à ocupação, uma vez que os seus solos se apresentam
mal drenados, em que pese o fato de, em cerca de seis meses/ano, permanecerem alagados.

3.3. Apicuns
Os apicuns correspondem aos “ambientes deposicionais para onde convergem sedimentos de
origem marinha e continental carreados principalmente por agentes geomórficos de origem climática e
oceanográfica” (Feitosa, 1996: n.p.), que se peculiarizam pela expressiva salinidade em se tratando da
camada mais superficial do solo, adicionado ao predomínio de vegetação representada por gramíneas e
arbustos.
Os apicuns ocupam uma área de 28,79 km2 ou 18,86% do total da categoria de uso em análise.

3.4. APA das Reentrâncias Maranhenses


A Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses foi instituída conforme o Decreto
Estadual nº 11.901 de 11 de junho de 1991, corrigido pelo Diário Oficial do Estado nº 195, de 09 de
outubro de 1991; possui uma área de 2.680.911,20 ha, abrangendo 12 municípios do Litoral Ocidental
do Maranhão: Alcântara, Bacuri, Bequimão, Cândido Mendes, Carutapera, Cedral, Cururupu, Godofredo
Viana, Guimarães, Mirinzal e Turiaçu.
Convém destacar que no caso deste estudo, a referida APA consta apenas para efeito de registro,
pois em Alcântara sua área equivale à de todo o município (1.495, 6 km2), revelando, portanto,
sobreposição em relação às oito categorias de uso obtidas, o que implicaria em perda de detalhes quanto
à análise. Em que pese o fato dessa APA ainda não possuir o devido plano de manejo.

3.5. Mata Galeria


A cobertura vegetal relativa à mata galeria corresponde à “formação das áreas quaternárias
aluviais, influenciadas ou não pelas cheias dos rios; de estrutura complexa, rica em palmeiras” (Radam,
1973: 17). Em termos de espécies predominantes que pertencem à família das palmáceas sobressaem-
se a juçara (Euterpe ssp) e o buriti (Mauritia ssp).
Em Alcântara, a mata galeria equivale a 2,66 km2 ou 1,74% do total categoria de uso restrita à
expansão. Vale notar que a referida cobertura vegetal desempenha um importante papel no sentido de
proteger o sistema de mananciais, sobretudo os ainda não poluídos.
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4. ÁREA DE EXPANSÃO
No que tange à categoria de uso expansão, esta refere-se aos tipos de ocupação – coberturas
estabelecidas que se peculiarizam devido à ausência e/ou previsão de ocupação. A referida categoria
corresponde a 274,23 km2 , o que implica em 18,34% da área total do município de Alcântara. Convém
destacar que, neste caso, o que se evidencia é apenas o revestimento (Capoeira e Floresta Secundária
Mista) e a possibilidade de ocupação/expansão. Todavia, isso não significa que nessas áreas estejam
ausentes tanto o uso residencial quanto o aproveitamento econômico (primário), e sim que esses tem
pouca representatividade espacial.

4.1. Capoeira
A capoeira é o tipo de cobertura vegetal que se peculiariza pelo estrato arbustivo, o qual emerge
em função das derrubadas. É “dominada por arbustos grandes, árvores e palmeiras de rápido
crescimento” (Radam, 1973: 18).
Em termos de espécie, predomina a embaúba (Cecrcopia spp.)
Este tipo de cobertura ocupa uma área de 2,47 km2, significando que corresponde a 0,90% do
total da categoria de uso em análise.

4.2. Floresta secundária mista


A cobertura vegetal concernente à floresta secundária mista é compreendida como a que se
origina devido à “devastação da floresta, por processos que vão desde o arrasamento da área (...) até a
retirada das árvores com valor econômico”. Adiciona-se, pois “a ocorrência da vegetação secundária
latifoliada (...) e as palmeiras” (op. cit.).
No município de Alcântara destacam-se a embaúba (Cecropia spp), o tucum (Astrocaryum spp.)
aliadas à predominância do babaçu (Orbygnia spp). A floresta secundária mista eqüivale a uma superfície
de 271,76 km2 implicando em 99,10% do total da categoria de uso expansão.
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ANALISE INTEGRADA DE UMA GEOBIOCENOSE/ECOSSISTEMA


Esfera Abiótica Biótica Antrópico Econômico
Subsistema clima pedosfera hidrogeografia flora fauna urbano rural
Processo mudanças erosão escoamento desmata extinção Investimentos,
desencadeador climáticas lixiviação transporte mento concentração redução dinâmica
população população Recursos
Financeiros
Conseqüências
I aumento mudança alteração de Urbanização Êxodo Melhores
insolação, decaptação lençol freático habitats Rural salários
temperatura

Conseqüências
II redução lixiviação sedimentação desaparecimento Habitação, mudança Incremento do
umidade turbidez de espécies lixo, profissão comércio
transporte bancos

Conseqüências
III compactação Aumento/ Problemas: redução
topoclima /impermeabili Redução introdução de lazer, saúde produtos Especulação
próprio zação velocidade novas espécies greves agrícolas Imobiliária
inundações criminalidade
escola
hospitais
Conclusão: Mudanças e Impactos Ambientais acentuados com reflexos nos elementos abióticos (clima, colo, água) e bióticos (flora e fauna). Nova estrutura
social com sérios problemas, choques e desajustes, acentuadas mudanças econômicas. Transformação total: ambiental, social e econômica.
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Esfera Abiótica Biótica Antrópico Econômico


Subsistema clima pedosfera hidrogeografia flora fauna urbano rural
Processo
desencadeador

Conseqüências
I

Conseqüências II

Conseqüências III

Discente(s)____________________________________________________________________________________________________________________
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Classificação de aspectos
IMPACTOSAMBIENTAIS
MEIOBIOFÍSICO MEIOANTROPIZADO OUTROS
1. Aspecto significativo
2. Aspecto pouco significativo

Degradação do ambiente
Perda líquida de habitats
ecossistemas aquáticos.

Eliminação da cobertura
Incomodo e desconforto

Impactos sobre a saúde


Alteração da população
Perda da qualidade do

Contaminação do solo

Destruição de habitats

produtividade agrícola
0. Aspecto não significativo

Redução de recursos

doenças infecciosas
qualidade da agua

qualidade da agua

Perda de recursos

Disseminação de
Deterioração da

Deterioração da

Deterioração da

Crescimento da
qualidade do ar

Impactos visual
Classificação de impactos

Alteração dos
subterrânea.

Redução da
 Impacto muito importante

de animais
superficial.

construído

população
terrestres

culturais

humana
naturais
− Impacto pouco importante

vegetal
solo
ASPECTOS
Degradaçãodosolo
USO Perdadevegetação
DOSOLO Restri çõesdeuso
Alteraçãoda topografia
Taxadeerosão
AumentodaTemperatura
CLIMA Alteraçãodapluviosidade
Microclima
CONSUMODOS Matériasprimas
RECURSOS Energia
CONSUMODE Aguassubterrâneas
ÁGUA Aguassuperficiais
EMISSÕES Fontespontuais
HÍDRICAS Fontesdifusas
EMISSÕES Material particulado
ATMOSFÉRICAS Gasese fumaça
EMISSÕES Infiltraçãonosolo
PARAOSOLO Resíduossólidos
OUTRAS Ruído
EMISSÕES Vi brações
Radiações
Usoda terra
Densidadedemográfica
SOCIO Atividadeseconômicas
ECONÔMICO Sítiosarqueológicos
Fluxodeveículos
Construções
Discente(s)_____________________________________________________________________________________________________________________________________
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REFERÊNCIAS

MARANHÃO. Macrozoneamento do Golfão Maranhense: diagnóstico ambiental do município de


Alcântara. São Luís: SEMA/PEGC, 1998.

CORREIA FILHO, Francisco Lages, GOMES, Èrico Rodrigues, NUNES, Ossian Otávio. Projeto
Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea: relatório diagnóstico do município de
Alcântara. Teresina: CPRM - Serviço Geológico do Brasil, 2011.
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