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No dia 05 de junho de 2019 entrou em vigor a Lei 13.

840 a qual dispõe sobre


o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas e as condições de atenção aos usuários
ou dependentes de drogas e para tratar do financiamento das políticas sobre drogas e altera
várias leis sobre políticas públicas sobre drogas.

Dentre as várias modificações, destaca-se a possibilidade de internação compulsória do


usuário ou dependente de drogas. A Lei traz dois tipos de internação nos termos do art. 23-A,
§2°:

Art. 23-A: (...)

§ 3º São considerados 2 (dois) tipos de internação: (Incluído pela


Lei nº 13.840, de 2019)

I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do


dependente de drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

II - internação involuntária: aquela que se dá, sem o consentimento do


dependente, a pedido de familiar ou do responsável legal ou, na absoluta
falta deste, de servidor público da área de saúde, da assistência social ou
dos órgãos públicos integrantes do Sisnad, com exceção de servidores da
área de segurança pública, que constate a existência de motivos que
justifiquem a medida. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

Como pode ser observado, a lei viabiliza claramente a internação de uma pessoa
que não consente com o procedimento,

Já o §5º do art. 23-A detalha o procedimento

5º A internação involuntária: (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

I - deve ser realizada após a formalização da decisão por médico


responsável; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

II - será indicada depois da avaliação sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso e
na hipótese comprovada da impossibilidade de utilização de outras alternativas terapêuticas
previstas na rede de atenção à saúde; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)

III - perdurará apenas pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo máximo de 90


(noventa) dias, tendo seu término determinado pelo médico responsável; (Incluído pela
Lei nº 13.840, de 2019)

IV - a família ou o representante legal poderá, a qualquer tempo, requerer ao médico a


interrupção do tratamento. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Em suas mais de 150 páginas, o presente relatório sistematiza o conjunto de
informações coletadas em cada um dos 28 estabelecimentos visitados – em todos, há
de se frisar, foram identificadas práticas que configuram violações de direitos humanos.

(p.35 inspensão teur)


O artigo 3º da Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todo indivíduo
direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Os artigos seguintes postulam que
ninguém será mantido em escravatura ou em servidão e que ninguém será submetido
à tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
A Convenção Americana sobre Direitos Humanos ratifica, em seu artigo 7º, o direito à
liberdade e segurança pessoais e que ninguém será privado de liberdade física, salvo
pelas causas e nas condições previamente fixadas pelas constituições políticas dos
Estados Partes ou pelas leis de acordo com elas promulgadas.

Dentre os direitos e deveres individuais e coletivos estabelecidos pelo art. 5º da


Constituição Federal de 1988
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei; III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

A promoção das ações na área de saúde fica a cargo do Ministério da Saúde e são
instrumentalizadas por meio do Sistema Único de Saúde – SUS, o qual atua baseado
nos seguintes princípios (Artigo 7º, Lei Federal nº 8.080/1990):
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
2.1 PADRÕES DE USOS DE SPA: DIMENSÕES DE SAÚDE E SOCIAIS.

(pág. 54)
Segundo o site do OBID (Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas), do
Ministério da Justiça, a autoadministração de qualquer quantidade de substância
psicoativa pode ser definida em diferentes padrões de uso de acordo com suas
possíveis consequências. Segundo o observatório, até maio de 2013, os especialistas
utilizavam duas formas diferentes de categorizar e de definir esses padrões, eram elas
CID-10 (10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças da OMS) e o DSM-IV
(4ª edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da
Associação Psiquiátrica Americana). Na literatura especializada se apontam cinco
padrões de uso reconhecidos pela OMS: uso experimental, uso recreativo, uso
controlado/social/funcional, uso nocivo/abuso e dependência.

O uso experimental faz referência aos contatos iniciais que um usuário tem com a droga,
ou a um padrão de uso infrequente ou inconstante. Os graus experimentais
correspondem ao uso de drogas pelo menos uma vez na vida, no ano ou no mês, sendo
que, neste último caso, o consumo não ultrapassa três episódios no período (CEBRID,
2013). Este grau de uso está, em geral, associado ao cigarro e ao álcool.

No padrão recreativo de consumo, a pessoa em situação de uso o faz em contextos


sociais de festas ou locais de diversão, geralmente em grupos e em momentos de lazer.
A finalidade imediata do uso associa-se com momentos de prazer, lazer e descontração.
Este nível não causa dependência e não traz problemas fisiológicos, psíquicos nem
sociais ao consumidor. Normalmente está relacionado com o consumo de drogas
ilícitas.

O padrão controlado (ou social) refere-se ao uso de drogas com regularidade, com uma
certa frequência, mas sem compulsão, geralmente em condições socialmente aceitáveis
e, em alguns casos, na companhia de outras pessoas. Esse tipo de uso não afeta o
funcionamento normal do indivíduo nem leva à dependência, não comprometendo a
possibilidade de redução da frequência de consumo.

O uso nocivo de drogas (também chamado de abuso) e a dependência, que são os tipos
de uso que mais interessam ao nosso objeto de estudo, por trazerem consequências
lesivas ao organismo do cidadão-usuário, suscitam diversas abordagens por parte dos
estudos nos mais diversos ramos da ciência (saúde, assistência, psicologia,
antropologia, sociologia, direito, etc.) e demandam uma análise mais detida e cuidadosa.

Esses dois últimos níveis de uso chamam a atenção pois interferem (ou podem interferir)
diretamente na vida das pessoas, ocasionando danos físicos, psicológicos e sociais
Esses padrões de uso estão representados nos sistemas classificatórios cd-10
CÓDIGO F-10 a 19
http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/WebHelp/f10_f19.htm

A catalogação da substância psicoativa deve ser feita a partir de todas as fontes de


informação possíveis, desde informações fornecidas pelo próprio sujeito, a análises de
sangue e de outros líquidos corporais, a sintomas físicos e psicológicos característicos,
a sinais e comportamentos clínicos, e a outras evidências tais como as drogas achadas
com o paciente e os relatos de terceiros.

Considerando uso de drogas e a heterogeneidade de tipos de usuários, o grande desafio


se dá em razão das tensões entre o dever de respeito à autonomia dos indivíduos e a
necessidade de proteção da vulnerabilidade humana, na medida em que se admite a
existência de grupos de pessoas/usuários que têm potencial autônomo e outros que não
o têm. Aparece então a necessidade de dar a cada um o tratamento específico (não
apenas de saúde), respeitando-se as decisões e atos dos autônomos e protegendo e
empoderando os que se encontrem em situação de vulnerabilidade.

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