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Arte e Perceção II

AULA 14-03-2019

Texto "O que é um ato de criação", de Gilles Deleuze:

- de um lado, todo mundo sabe muito bem que ter uma idéia é algo que acontece raramente

- A filosofia não é feita para refletir sobre qualquer coisa - ou seja, ela vale por si só, e não por
existirem as outras coisas.

- “refletir-sobre”

- ninguém precisa da filosofia para refletir - a filosofia não é a mãe de todas as ciências, mas sim
um domínio como qualquer outro

- Se a filosofia existe, é porque ela tem seu próprio conteúdo - a filosofia tem a sua potência própria

- a filosofia é uma disciplina tão criativa - a filosofia cria conceitos, que não preexistem, porque
eles têm de ser criados. Conceito = forma de compreender alguma coisa/desarticular as coisas
pelas articulações.

- necessidade = ligação natural com o território; nexo primeiro com uma determinada arte.

- O que vocês inventam não são conceitos - o artista não está interessado na forma de
compreender, mas sim na forma de mostrar; na arte não há conceitos e sim ideias.

- bloco = a arte aguenta-se por si própria

Filme "Vento" - o vento é a personagem central, que é mostrado como nunca o


havíamos visto até então.

- Deleuze diz que o que define o cinema não é o facto de contar uma narrativa/história, e sim o
auto-tempo e o auto-movimento.

- Descoberta

- solitário = relação consigo próprio; é saber-se único. Ser solitário é diferente de ser isolado (estar
isolado é não ter companhia, e precisar dela).

- Espaço-tempo = condições dos sistemas percetivos; tem em comum o que se manifesta.

- A filosofia não é uma máquina de dedução; é no atrito com os objetos que se estabelece a
ligação. É haver disponibilidade para reconhecer o que está a ver.

- A mão numa imagem - Deleuze questiona o que a mão faz. A mão está lá como objeto
cinematográfico.

Filme "Picpocket (??)" ('carteirista' em português)

Curta-metragem "Menos de 7", no youtube (5 minutos), de Max Aub, baseado no


livro 'Crimes Exemplares'

- O cineasta pode precisar do romance medíocre.

AULA 21-03-2019

Texto "O que é um ato de criação", de Gilles Deleuze [cont.]:

- Para Delleuze, a arte não se define de modo institucional (a dos museus). Para ele, se a arte tiver
estética e ética, é uma arte, mesmo que os museus não concordem com isso.

- Comunicação entre as áreas criativas, apesar de haver especificidades em cada uma.

- A arte tem ideias, mas não necessariamente conceitos.

- A arte conceptual é a arte de reconhecer ideias; para ele, não há arte sem aventura, sem viagem,
que tem a ver com o risco, com o conhecimento de si e dos outros.

- Não há nada pior para a viagem do que o trajeto.

- Ideal é diferente de idealização; idealização é sempre violenta e constrangedora, e o ideal não o é


necessariamente.

- Descobrir-se na arte é libertar-se de clichés.

- Delleuze diz que "qualquer escritor gagueja à sua maneira"; gaguejar é hesitar na palavra, e é aí
que entra o pensamento.

- O "Idiota", de Dostoiévski, é alguém preso a uma ideia, é a vida levada a uma grande intensidade.

Livro "A Hora da Estrela" (editora Relógio d'Água), de Clarice Lispector (?) - sobre
uma empregada, nula, sem quaiser atributos de beleza ou inteligência, sem nada
interessante, e o texto dá majestade à nulidade - dá à empregada o direito de ser,
de deixar ser o que é.

- Delleuze diz que todos somos diferentes e que alguns são singulares, mas Hannah Arendt não
aceita a singularidade, pois pensa que isso é uma violência (para ela, podemos ser uma nulidade).
Anna Harendt diz que "todos somos estrangeiros".

- "Um belo encontro" é o que nos fazer descobrir outras coisas, e não assemelharmo-nos à outra
pessoa, é uma potenciação, assim como os verdadeiros amigos.
Livro "Genealogia da Moral", de Nietzsche - não se preocupa com o 'sim' ou o
'não', mas sim com o momento em que nos tornamos maduros

- Delleuze diz que "a cultura deve ser a segunda natureza".

- Ser inútil: qual a relação dos inúteis no mundo?

- Para os gregos, uma vida sem ócio é uma vida desregrada, portanto, para eles, ser apenas útil não
era suficiente. Negócio é o oposto de ócio.

- Hannah Arendt diz que na arte é importante a produtividade do inútil, de algo que não tem
utilidade mas que faz pensar e sentir. Ou seja, a arte não é útil na medida em que é produtiva por
ser um fim em si mesma. Arendt aprofunda essa questão no livro "A Crise da Cultura".

- O sonho tem a ver com quem não sonha, com a potência de não sonhar.

Livro "Montagem de Atrações" - sobre a 'estética do choque'

AULA 28-03-2019

- Virtualidade é diferente de possibilidade. Virtualidade é uma espécie de vapor que existe em


torno de um ato e abre possibilidades.

- Deleuze diz que as coisas são virtualidades e não possibilidades.

- Virtualidades são ideias que libertam o fazer.

- Deleuze diz que há ideias que não são específicas; a filosofia não é a mãe do pensamento.

- Somos ações e reações ao mundo; Deleuze tenta descrever as nossas ações e reações ao mundo.

NOTA: Ver o filme "O Exterminador 2"

- Interessa-lhe a "estética das forças". Forças são intensidades com que uma coisa se apresenta.

"Um olho vê e o outro sente."

- Deleuze prefere os artistas das forças; questionar como se extraem forças. Francis Bacon extrai
forças na pintura. Forças é diferente de formas. As forças são sempre afetos, porque não há forças
isoladas, e sim um jogo de forças.

"As forças diabólicas que batem à porta", diz Kafka, cujas obras são diagnóstico.

- Deleuze chama 'expressionismo' às técnicas artísticas que mostram o que se sente.

- Mimésis, para os gregos, não é da categoria da expressão e sim da representação.


- Deleuze fala da importância das ideias que fazem pensar e fazem ver.

- O que vemos não é mais do que a terra deserta, mas a terra tem peso.

- Deleuze discute a relação entre arte e política.

- Deleuze diz que a arte não tem a ver com comunicação ou com uma relação emissor-mensagem-
recetor, porém não é isotérica ou fechada.

- Informação comunica uma crença e uma maneira de agir associada a essa crença.

- Para Deleuze, o poder não é político e sim social, e esse poder liga-se ao político. Para ele, a
política é um problema social.

- Informar é fazer circular uma palavra de ordem - o nosso mundo é mais dominado por passwords
do que por palavras de ordem, numa sociedade de controlo.

- O fim último é a ação, levando-os a agir de uma determinada maneira.

"A Revolução Eletrónica" - livro traduzido em português que fala sobre o feedback.

- O artista é uma espécie de engenheiro social.

- Controlo: regula-se comportamentos das pessoas.

- Sociedades disciplinares baseiam-se na disciplina, e sociedades de soberania baseiam-se no


controlo.

- A disciplina cria pessoas úteis e dóceis. O controlo cria pessoa aparentemente livres e
completamente produtivas.

NOTA: Ver o filme "O Diabo Veste Prada"

"Ditos e Escritos", livro de Michel Foucault

- Ser discutível é estar em crise. A crise é o sintoma do novo.

Aby Warburg - escritor do Atlas

"Ritual da serpente", no Youtube

AULA 04-04-2019

- Foucault fala de um "biopoder", que é um poder sobre a vida, e esta constitui-se de normas,
daquilo que é "normal". Normal tem um sentido crítico. Norma é uma norma de massa.

- Alguma arte é de diagnóstico do seu tempo, mas não toda a arte.


- Texto "Sobre o Haxixe e Outras Drogas".

- Texto "A Refeição Nua", com um capítulo chamado "A Algebrancidade".

- Toda a arte de William Burroughs é uma terapia privada, como na "Dream Machine". Para ele,
tudo o que gera dependência e necessidade é mau.

- "Diário de um Ladrão", texto de Jean Genet

- A terapia de Burroughs é viver bem, e não curar-se de um ponto de vista clínico.

- Texto "Pécura", da Natália Correia.

- Burroughs fala da 'perversidade institucional'

- Livro "Da Democracia na América", de Tocqueville

- "Carta a um Crítico Severo"

- Livro "Condição Humana", de Hannah Arendt - na última parte, ela diz que os outros não a
podem conhecer melhor do que ela mesma, mas podem conhecer uma parte dela que ela não
sabia que tinha.

- Hannah Arendt não diz "o humano", mas sim "os homens" - ela tem a consciência total da
pluralidade, mas a constituição e a igreja não aceitam isso.

- Hannah Arendt admite que a fé não pode existir na política.

- Hannah Arendt usa a expressão "power politics"

- Factos, palavras e conceitos são três coisas diferentes.

- "Não falemos de obra de arte, mas de contra-informação", diz Deleuze.

- Contra-informação enquanto ação, ato, é irredutível à esfera da comunicação e da informação.

- Para Deleuze, a obra de arte tem a ver com o ócio. Ele não usa o termo 'cultura' como uma
cultura dominante e homogénea, mas sim como uma questão de disponibilidade para algo.

- Produtividade inútil - não é inútil no sentido de não servir para nada, mas, pelo contrário, algo
que coloca questões num processo infinito, questões essas que não têm de ter uma resposta
definida.

- A filosofia inventa conceitos.

- "Rua de Mão Única", livro de Walter Benjamin

- "Ser sem precisar de justificar", diz Clarice Lispector.


- "Sabem, falta o povo" - a obra espera por uma comunidade, um povo.

Diferenças importantes entre as duas imagens:

1 - Na primeira, o indivíduo é do género masculino, enquanto que na outra é feminino.

2 - O homem encontra-se vestido de forma elegante, assim como a sua postura (talvez
pertencendo a uma classe social elevada), enquanto a mulher usa uma roupa interior que funciona
como pijama, deixando-a mais exibida, com as costas curvadas.

TPC (para 11-04-2019) - Trabalhar sobre a questão do 'mood', de 'atmosfera', baseando-me nos
arquitetos Tadao Ando e Peter Zumthor que trabalham com espaços atmosféricos.

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