Sei sulla pagina 1di 29

ROMANTISMO

https://pt.wikipedia.org/wiki/Romantismo
ORIGENS DO ROMANTISMO
• O romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas
últimas décadas do século XVIII na Europa que durou por grande parte
do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária
ao racionalismo e ao iluminismo[1] e buscou um nacionalismo que viria a
consolidar os estados nacionais na Europa.
• Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o romantismo
toma mais tarde a forma de um movimento, e o espírito romântico passa a
designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores
românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama
humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o
século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo iluminismo e pela razão, o
início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela
emoção e pelo eu.
ORIGENS E CARACTERÍSTICAS DO
ROMANTISMO
• O termo romântico refere-se ao movimento estético, ou seja, à tendência
idealista ou poética de alguém que carece de sentido objetivo.

• O romantismo é a arte do sonho e fantasia. Valoriza as forças criativas do


indivíduo e da imaginação popular. Opõe-se à arte equilibrada dos
clássicos e baseia-se na inspiração fugaz dos momentos fortes da vida
subjetiva: na fé, no sonho, na paixão, na intuição, na saudade, no
sentimento da natureza e na força das lendas nacionais
CONTEXTO HISTÓRICO
• O culto à natureza e à imaginação já havia começado com os escoceses
no século XIII, quando surgiram as primeiras histórias de cavaleiros e donzelas,
em verso. Nessa época, as narrativas eram chamadas de romance, palavra que
deriva do advérbio latino romanice, que significa "na língua de Roma".
• A origem do que viria a ser conhecido como "romantismo", no entanto, fora
plantada no século XVII, quando o "espírito clássico"começaria a ser contestado
na Grã-Bretanha.
• O romantismo surgiu na Europa em uma época em que o ambiente intelectual era
de grande rebeldia. Na política, caíam sistemas de governo despóticos e surgia
o liberalismo político (não confundir com o liberalismo econômico do século XX).
No campo social imperava o inconformismo. No campo artístico, o repúdio às
regras. A Revolução Francesa é o clímax desse século de oposiçã
CONTEXTO HISTÓRICO
• Alguns autores neoclássicos já nutriam um sentimento mais tarde dito romântico
antes de seu nascimento de fato, sendo assim chamados pré-românticos. Nesta
classificação encaixam-se Francisco Goya e Bocage.
• O romantismo surge inicialmente naquela que futuramente seria a Alemanha e
na Inglaterra. Na Alemanha, o romantismo, teria, inclusive, fundamental
importância na unificação germânica com o movimento Sturm und Drang
(Tempestade e impetuosidade. Emoção acima da razão).
• O romantismo viria a se manifestar de forma bastante variada nas diferentes artes e
marcaria, sobretudo, a literatura e a música (embora ele só venha a se manifestar
realmente aqui mais tarde do que em outras artes). À medida que a escola foi
sendo explorada, foram surgindo críticos à sua demasiada idealização da
realidade. Destes críticos surgiu o movimento que daria forma ao realismo.
• No Brasil, o romantismo coincidiu com a Independência política do Brasil em 1822,
com o Primeiro reinado, com a Guerra do Paraguai e com a campanha
abolicionista.
DIVISÃO DO ROMANTISMO
• Segundo Jacques Barzun, existiram três gerações de artistas românticos. A primeira emergiu entre
1790-1800, a segunda na década de 1820, e a terceira mais tarde nesse mesmo século.
• 1ª geração — As características centrais do romantismo viriam a ser o lirismo, o subjetivismo,
o sonho de um lado, o exagero, a busca pelo exótico e pelo inóspito de outro. Também
destacam-se o nacionalismo, presente da coletânea de textos e documentos de caráter
fundacional e que remetam para o nascimento de uma nação, fato atribuído à época medieval,
a idealização do mundo e da mulher e a depressão por essa mesma idealização não se
materializar, assim como a fuga da realidade e o escapismo. A mulher era uma musa, ela era
amada e desejada mas não era tocada.
• 2ª geração — Posteriormente também seriam notados o pessimismo e um certo gosto pela morte,
religiosidade e naturalismo. A mulher era alcançada mas a felicidade não era atingida.
• 3ª geração — Seria a fase de transição para outra corrente literária, o realismo, a qual denuncia
os vícios e males da sociedade, mesmo que o faça de forma enfatizada e irônica (vide Eça de
Queirós), com o intuito de pôr a descoberto realidades desconhecidas que revelam fragilidades.
A mulher era idealizada e aces
CARACTERÍSTICAS
• Individualismo
• Os românticos libertam-se da necessidade de seguir formas reais de intuito
humano, abrindo espaço para a manifestação da individualidade, muitas vezes
definida por emoções e sentimentos.
• Subjetivismo
• O romancista trata dos assuntos de forma pessoal, de acordo com sua opinião
sobre o mundo. O subjetivismo pode ser notado através do uso de verbos na
primeira pessoa. Trata-se sempre de uma opinião parcelada, dada por um
indivíduo que baseia sua perspectiva naquilo que as suas sensações captam. Com
plena liberdade de criar, o artista romântico não se acanha em expor suas
emoções pessoais, em fazer delas a temática sempre retomada em sua obra.
• Idealização
• Empolgado pela imaginação, o autor idealiza temas, exagerando em algumas de
suas características. Dessa forma, a mulher é vista como uma virgem frágil, o índio é
visto como herói nacional e a noção de pátria também é idealizada.
• Sentimentalismo exacerbado
• Praticamente todos os poemas românticos apresentam sentimentalismo já que essa
escola literária é movida através da emoção, sendo as mais comuns a saudade, a
tristeza e a desilusão. Os poemas expressam o sentimento do poeta, suas emoções
e são como o relato sobre uma vida.
• O romântico analisa e expressa a realidade por meio dos sentimentos. E acredita
que só sentimentalmente se consegue traduzir aquilo que ocorre no interior do
indivíduo relatado.
• Emoção acima de tudo.
• Egocentrismo
• Como o nome já diz, é a colocação do ego no centro de tudo. Vários artistas
românticos colocam, em seus poemas e textos, os seus sentimentos acima de tudo,
destacando-os na obra. Pode-se dizer, talvez, que o egocentrismo é um
subjetivismo exagerado.
• Natureza interagindo com o eu lírico
• A natureza, no romantismo, expressa aquilo que o eu-lírico está sentindo no momento narrado. A
natureza pode estar presente desde as estações do ano, como formas de passagens, à
tempestades, ou dias de muito sol. Diferentemente do Arcadismo, por exemplo, que a natureza é
mera paisagem. No romantismo, a natureza interage com o eu-lírico. A natureza funciona quase
como a expressão mais pura do estado de espírito do poeta.
• Grotesco e sublime
• Há a fusão do belo e do feio, diferentemente do arcadismo que visa a idealização do
personagem principal, tornando-o a imagem da perfeição. Como exemplo, temos o conto de "A
Bela e a Fera", no qual uma jovem idealizada, se apaixona por uma criatura horrenda.
• Medievalismo
• Alguns românticos se interessavam pela origem de seu povo, de sua língua e de seu próprio país.
Na Europa, eles acharam no cavaleiro fiel à pátria um ótimo modo de retratar as culturas de seu
país. Esses poemas passam-se em eras medievais e retratavam grandes guerras e batalhas.
• Indianismo
• É o medievalismo "adaptado" ao Brasil. Como os brasileiros não tinham um
cavaleiro para idealizar, os escritores adotaram o índio como o ícone para
a origem nacional e o colocam como um herói. O indianismo resgatava o
ideal do "bom selvagem" (Jean-Jacques Rousseau), segundo o qual a
sociedade corrompe o homem e o homem perfeito seria o índio, que não
tinha nenhum contato com a sociedade europeia.
• Byronismo
• Inspirado na vida e na obra de Lord Byron, um poeta inglês. Estilo de vida
boémio, voltado para vícios, bebida, fumo , podendo estar representado
no personagem ou na própria vida do autor romântico. O byronismo é
caracterizado pelo narcisismo, pelo egocentrismo, pelo pessimismo, pela
angústia.
ROMANTISTMO NAS ARTES
PLÁSTICAS. DELACROIX, LOUVRE
O VIAJANTE SOBRE O MAR DE
NÉVOA, 1818 - CASPAR DAVID
FRIEDRICH
PINTURA DO ROMANTISMO
BRASILEIRO
• Foi a principal expressão das artes plásticas no Brasil na segunda metade
do século XIX. Essa produção pictórica se inseriu na evolução local do
movimento romântico e coincidiu aproximadamente com o período
do Segundo Reinado, mas suas características foram bastante singulares,
diferenciando-se em vários pontos em relação à versão original do
Romantismo europeu e da mesma forma não pode ser considerada um
paralelo exato da importante manifestação do Romantismo na literatura
brasileira da mesma época. Teve uma feição palaciana e contida, trouxe
forte carga neoclássica e logo se mesclou ao Realismo, Simbolismo e outras
escolas, em uma síntese eclética que vigorou até os primeiros anos
do século XX.
PEDRO AMÉRICO: A FALA DO
TRONO, C. 1872. MUSEU IMPERIAL
PEDRO AMÉRICO: INDEPENDÊNCIA
OU MORTE, 1888. MUSEU PAULISTA
ROMANTISMO NO BRASIL - POESIA
Primeira geração - Indianista ou Nacionalista
• Influência direta da Independência do Brasil (1822)
• Nacionalismo, ufanismo
• Exaltação à natureza e à pátria
• O Índio como grande herói nacional
• Sentimentalismo
ROMANTISMO NO BRASIL - POESIA
Segunda geração - Ultrarromantismo ou Mal do Século
• Ultrarromantismo - Há uma ênfase nos traços românticos. O sentimentalismo é ainda mais exagerado.
• Byronismo - Atitude amplamente cultivada entre os poetas da segunda geração romântica e relacionada ao
poeta inglês Lord Byron. Caracteriza-se por mostrar um estilo de vida e uma forma particular de ver o mundo;
um estilo de vida boêmia, noturna, voltada para o vício e os prazeres da bebida, do fumo e do sexo. Sua forma
de ver o mundo é egocêntrica, narcisista, pessimista, angustiada e, por vezes, satânica.
• Spleen - Termo inglês que traduz o tédio, o desencanto, a insatisfação e a melancolia diante da vida (significa,
literalmente, "baço").
• Mal do Século
• Fuga da realidade, evasão - Através da morte, do sonho, etc.
• Satanismo - A referência ao demônio, às cerimônias demoníacas proibidas e obscuras. O inferno é visto como
prolongamento das dores e das orgias da Terra.
• A noite, o mistério - Preferência por ambientes fúnebres, noturnos, misteriosos, apropriados à reflexão sobre a
morte, depressão e solidão.
• Mulher idealizada, distante - A figura feminina é frequentemente um sonho, um anjo, inacessível. O amor não se
concretiza e em alguns momentos o poeta assume o medo de amar.
ROMANTISMO NO BRASIL - POESIA
Terceira geração - Condoreira
• 1888 - Abolição da Escravatura
• 1889 - Proclamação da República
• Influenciada pelos acontecimentos sociais, discursa sobre liberdade,
questões sociais, o abolicionismo.
• Uso de exclamações, exageros, apóstrofes.
• Mulher presente, carnal.
• Volta-se para o futuro, progresso.
• Luta pela liberdade, temáticas sociais.
• O condor simboliza a liberdade, por isso geração condoreira
A PROSA ROMÂNTICA

• A prosa romântica inicia-se com a publicação do primeiro romance brasileiro "O Filho do
Pescador", de Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa em 1843. O primeiro romance brasileiro em
folhetim foi "A Moreninha", de Joaquim Manuel de Macedo, publicado em 1844. O romance
brasileiro caracteriza-se por ser uma "adaptação" do romance europeu, conservando a estrutura
folhetinesca européia, com início, meio e fim seguindo a ordem cronológica dos fatos.
• O Romance brasileiro poderia ser dividido em duas fases: Antes de José de Alencar e Pós-José de
Alencar, pois antes desse importante autor as narrativas eram basicamente urbanas, ambientadas
no Rio de Janeiro, e apresentavam uma visão muito superficial dos hábitos e comportamentos da
sociedade burguesa.
• E com José de Alencar surgiram novos estilos de prosa romântica como os romances regionalistas,
históricos e indianistas e o romance passou a ser mais crítico e realista. Os romances brasileiros
fizeram muito sucesso em sua época já que uniam o útil ao agradável: A estrutura típica do
romance europeu, ambientada nos cenários facilmente identificáveis pelo leitor brasileiro(cafés,
teatros, ruas de cidades como o Rio de Janeiro).
• O sucesso também se deve ao fato de que os romances eram feitos para a classe burguesa,
ressaltando o luxo e a pompa da vida social burguesa e ocultando a hipocrisia dos costumes
burgueses. Por isso pode-se dizer que, no geral, o romance brasileiro era urbano, superficial,
folhetinesco e burguês. Dentre os vários romancistas românticos brasileiros, merecem destaque:
A PROSA ROMÂNTICA
• Joaquim Manuel de Macedo;
• José de Alencar
• Bernardo Guimarães
• Franklin Távora
• Visconde de Taunay
• Manuel Antônio de Almeida
GONÇALVES DIAS
GONÇALVES DIAS
I-JUCA PIRMA
• O poema relata a história de um guerreiro tupi sobrevivente e fugitivo da
destruição na costa que cai aprisionado por uma
tribo antropófaga dos Timbiras e que deve ser sacrificado conforme o rito.
Antes dos sacrifícios o chefe Timbira propõe que àquele que vai ser morto
deve cantar às suas façanhas para que os bravos Timbiras tenham maior
gosto em sacrificá-lo; e assim inicia o seu canto:
• Meu canto de morte,
guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
nas selvas cresci,
Guerreiros, descendo
Da tribo Tupi.
• Entretanto, a cena que se segue é um pedido de clemência em virtude de ser o
último sobrevivente da sua tribo e ter ainda a responsabilidade de cuidar do velho
pai, velho e cego. Depois do seu canto os Timbiras não querem mais sacrificá-lo e
então o jovem parte triste com à recusa, entretanto quando chega junto do velho
pai, este percebe que o filho está com cheiro da tinta com que este
está ungido para efeitos de sacrifício, então ambos travam uma conversa porque o
velho pai, interessado na bravura do filho, quer saber como fugiu à massa. Quando
descobre que o filho não terminou o ritual nem tampouco matou os seus agressores
decide que devem ir à tribo terminar o ritual.
• Entretanto, ao chegarem na tribo Timbira o velho Tupi descobre o engodo, que o
filho em verdade havia chorado em presença da morte e então o pai amaldiçoa o
filho:
• Tu choraste em presença da morte?
Na presença de estranhos choraste?
Não descende o covarde do forte:
Pois choraste, meu filho não és
• O pai pragueja uma sequencia de desgraças para o filho, que manchara a
honra e o nome na raça Tupi. O filho, não podendo suportar o ódio do pai,
se enche de valentia e num súbito ato, declara ataque a toda a tribo
Timbira. O cego reconhece o brado do filho, e ouvindo os barulhos da que
se formou entendeu que o filho lutava com bravura. A confusão acabou
quando o chefe Timbira gritou:
• "— Basta, guerreiro ilustre! Assaz lutaste, — E para o sacrifício é mister forças.
• Ouvindo isso, o velho Tupi caiu em choro copioso. Choro de alegria.
• O caso virou história contada nas noites por um velho Timbira.

Potrebbero piacerti anche