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Como fazer um plano de negócios?

Entrevistado - Cesar Simões Salim


Em: 15/08/03

Professor de Plano de Negócios do Programa de Empreendedorismo


da PUC-Rio e autor do livro Construindo Planos de Negócios - Ed.
Campus

Você acredita que hoje em dia não se pensa em abrir um


negócio sem antes fazer um bom plano de negócios?
Infelizmente, ainda hoje muitos novos negócios são abertos no Brasil
sem que seja feito antes um plano de negócios. Um outro ponto que
é preocupante também: boa parte dos que fazem um plano de
negócios antes de iniciá-lo não se preocupam depois em seguir o
plano e em atualizá-lo periodicamente.

Em que consiste um plano de negócios?


Um Plano de Negócios é um documento que contem todos os
aspectos importantes que precisam ser pensados, investigados e
decididos antes de levar um empreendimento para frente. Consta da
especificação do negócio e de seu modelo, da analise das condições
de mercado para o que vai ser vendido e da sua concorrência e de
alternativas de fornecimento alternativas. Depois disso, é planejada a
estratégia de como conseguir uma determinada fatia desse mercado
e como organizar o empreendimento para realizar estes objetivos.
Finalmente, é preparado o plano financeiro que revelará o quanto vai
ser necessário investir, por quanto tempo o empreendedor vai
precisar colocar dinheiro para equilibrar o negócio e ao final de um
certo período qual vai ser a rentabilidade do negocio.

Para quem interessa o plano de negócios?


O primeiro interessado no plano de negócios é o próprio
empreendedor que poderá aprofundar suas idéias sobre o negócio e
testá-las antes de iniciar o empreendimento, aprimorando dessa
forma suas concepções e estratégias para vencer as dificuldades
previsíveis. Para conseguir investidores, o empreendedor terá, no
plano de negócios, a linguagem comum e a base do contrato que será
estabelecido, se eles se colocarem de acordo na parceria. Para obter
a colaboração dos futuros empregados, o investidor também terá, no
plano de negócios, um instrumento de comunicação das metas e dos
caminhos que serão perseguidos. De modo análogo isto também é
verdadeiro com fornecedores e aliados estratégicos. Como se pode
ver, o plano de negócios vai se tornar o roteiro essencial para o
sucesso do empreendimento e para ser seguido na busca das metas e
resultados pretendidos.
Inicialmente, o que é preciso ter em mente para elaborar um
plano de negócios?
A primeira coisa que o empreendedor precisa identificar, para iniciar
um negócio, é a oportunidade. Daí, ele começa a formular sua idéia
sobre como vai funcionar o negócio, desde o que vai ser vendido e
qual o valor que será oferecido ao mercado até a definição do modelo
de seu funcionamento. Uma oportunidade pode gerar diversos
negócios diferentes e o empreendedor deve buscar aquele que esteja
mais próximo de seu sonho, o que ele tem prazer em trabalhar e
aquele vai realizar seus sonhos.

Sendo professor de Plano de Negócios do Programa de


Empreendedorismo da PUC-Rio, você convive com jovens e
suas idéias o tempo todo. O que é necessário, além do Plano
de Negócios, para que a idéia saia do papel?
Idéias podem ser perdidas por vários fatores: um deles é a inércia, o
outro é a falta de instrumentos que ajudem a pessoa a realizá-la e
um outro é a falta de persistência. Ajudamos a combater a inércia
através do ensino de empreendedorismo com a discussão do
comportamento e da atitude do empreendedor para criar uma
consciência clara no jovem sobre o que ele precisa mobilizar dentro
de si para ser um empreendedor de sucesso. Também, através do
ensino, dotamos os alunos dos instrumentos necessários para que ele
se encoraje em colocar suas idéias em prática e até se sinta
confortável em fazê-lo: nesse aspecto, o curso de Planos de Negócios
é o ponto mais importante. Para que o aluno tenha persistência é
necessário que tenha compreendido claramente o projeto que vida
em que se colocou e que seja acompanhado, sobretudo no processo
de incubação da empresa, através de cobrança de resultados mas
também de estímulos aos sucessos parciais que vão sendo obtidos.

Com relação à facilidade na concretização de projetos, o que


essa nova geração tem a seu favor?
Até a geração passada havia condicionantes diferentes daqueles que
existem hoje:

- o ensino do empreendedorismo capacitando os alunos a


implementarem suas empresas é algo que não existia para as
gerações passadas;

- a crença de que primeiro era preciso vivenciar e ganhar experiência


trabalhando em empresas constituídas existia no passado e era uma
conseqüência da falta de uma formação mais ampla dos
universitários, restrita a ensinar apenas o lado técnico do trabalho
que ele viria a desempenhar, deixando intocada a vertente
empresarial que estava subjacente. Podemos dizer que a
Universidade preparava bons empregados, mas não
empreendedores;
- a existência de um movimento e de formas de financiamento e
estímulo aos jovens que queiram empreender através de organismos
nacionais como Sebrae, FINEP e algumas fundações estaduais de
amparo à pesquisa;

- a existência crescente de exemplos de sucesso de jovens


empreendedores, o que estimula a seus pares a tentarem a mesma
sorte, constituindo paradigmas a serem seguidos;

- a dificuldade atual de criação de empregos, que leva os jovens a


procurarem construir seus próprios empregos e a criar suas empresas
para isso.

Você acredita que atualmente o crescente número de jovens


empreendedores poderá mudar o mercado empresarial
brasileiro?
Acredito que este fator sozinho não é suficiente, precisa estar
associado a muitos outros fatores, a saber: uma política
governamental com mecanismos de financiamento e de apoio
técnico; formação de mais professores de empreendedorismo;
ampliação da publicação de livros sobre empreendedorismo;
incentivo para que se escrevam casos para estudo e catalogação
desses casos para uso no ensino; premiação de jovens
empreendedores; criação de mecanismos de micro-crédito para
viabilizar negócios simples e pequenos; ampliação do financiamento
da passagem dos resultados da pesquisa acadêmica para empresas
com objetivo de comercialização; criação de mecanismos que
facilitem a abertura e a administração das pequenas e micro-
empresas; enfim, há muitas medidas que precisam ser tomadas para
dar certo e vir a ser uma revolução no mercado empresarial. Tudo
isso pode ser resumido dizendo que é preciso que o
empreendedorismo entre na agenda nacional, inclusive nas empresas
já constituídas que precisam da inovação para evoluir seus produtos
e serviços.

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