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Ciclone Idai

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Ciclone Idai
Categoria 3 (EFSS)
Ciclone Idai em 14 de março de 2019.
Formação 4 de março de 2019
Dissipação 21 de março de 2019
Vento mais 195 nós (361 km/h, 224 mph)
forte (1 min)
Pressão 940 hPa (mbar)
mais baixa
Danos US$ 7 milhões
Fatalidades 762[1][2][3][3][4] (possivelmente
mais de 1000)[5]
Áreas África do Sul, Moçambique,
afetadas Malawi e Zimbábue
O ciclone Idai foi o ciclone tropical mais forte a atingir Moçambique
desde Jokwe em 2008. A décima tempestade nomeada e o sétimo
ciclone tropical da temporada de ciclones no Índico Sudoeste de 2018-
2019, o Idai teve origem numa depressão tropical que se formou na
costa leste de Moçambique em 4 de março. A depressão atingiu o país
no final do dia e permaneceu como um ciclone tropical durante toda a
sua caminhada por terra. No dia 9 de março, a depressão ressurgiu no
Canal de Moçambique e foi atualizada para a Tempestade Tropical
Moderada Idai no dia seguinte.
O sistema começou então a intensificar-se rapidamente, atingindo uma
intensidade de pico inicial como um intenso ciclone tropical com ventos
de 175 km/h em 11 de março. Idai então começou a enfraquecer devido
a mudanças estruturais em curso dentro de seu núcleo interno, caindo
para a intensidade do ciclone tropical. A intensidade de Idai
permaneceu estagnada por aproximadamente um dia antes de começar
a se intensificar novamente. Em 14 de março, Idai atingiu a intensidade
máxima com ventos máximos sustentados de 195 km/h e uma pressão
central mínima de 940 hPa (27,76 inHg). Idai começou então a
enfraquecer à medida que se aproximava da costa de Moçambique
devido a condições menos favoráveis. Em 15 de março, Idai atingiu
terra firme perto da Beira, em Moçambique, como um ciclone tropical
intenso.[6] Idai trouxe fortes ventos e causou graves inundações em
Madagascar, Malaui e Zimbábue, além de Moçambique, que mataram
mais de 700 pessoas e afetaram outras centenas de milhares de
pessoas.[7][8]

Índice

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2 3 4
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Ligações externas Impacto[editar | editar código-fonte]

Enchentes em Tete, Moçambique inundaram numerosas casas depois de Idai ter


feito a sua primeira aterragem
Idai causou graves inundações em Madagascar, Malauí, Moçambique,
Zimbábue e África do Sul, causando mais de 700 mortes. Só em
Moçambique contaram-se 518 vítimas mortais.[9] Mais de 2,5 milhões de
pessoas experimentaram os efeitos diretos do ciclone, com centenas de
milhares precisando de ajuda.[10]
A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do
Crescente Vermelho descreveu os danos na região como "massivos e
horripilantes", sendo que corpos foram encontrados a flutuar nas águas
de Beira depois da tempestade.[5] Dias após a chegada do ciclone, os
rios Pungoé e Buzi, no centro de Moçambique, sobrepuseram as suas
margens.[11] Em 19 de Março, uma secção de 50 km do Buzi continuava
inundada.[12]
O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, disse que mais de 1000
pessoas morreram[12] e que este foi "um dos piores desastres" no
hemisfério sul, depois que o rápido aumento das águas causou um
"oceano interior" em Moçambique.[13]
Voluntários distribuem ajuda humanitária em Chimanimani.
O UNICEF estimou que são necessários cerca de 10 milhões de dólares
para as necessidades mais urgentes das crianças.[14] As Nações Unidas
e seus parceiros apelaram por 40,8 milhões de dólares como ajuda de
emergência para ajudar as pessoas afetadas pelo Idai em
Moçambique.[15]
A Força Nacional de Defesa da África do Sul prestou assistência aérea
e terrestre aos esforços de socorro no Malawi e Moçambique a partir de
16 de março.[16] Em 18 de março, o Departamento para o
Desenvolvimento Internacional do Reino Unido enviou 7,95 milhões de
dólares para Moçambique e Malawi como ajuda humanitária.[17] Em 19
de março, a União Europeia liberou uma ajuda emergencial de 3,5
milhões de euros (3,97 milhões de dólares) para Moçambique, Malawi e
Zimbábue,[18] enquanto a Sociedade do Crescente Vermelho dos
Emirados Árabes Unidos forneceu uma ajuda emergencial de 4,98
milhões de dólares para os países já citados.[19]
Em 22 de março, o Brasil anunciou a doação de 100 mil euros para
apoiar o governo de Moçambique nos trabalhos de resgate e
reconstrução emergenciais. A doação será feita por meio de fundo
solidário a ser criado no âmbito da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa.[20]
Ver também[editar | editar código-fonte]
• Ciclone Jokwe
Referências
1 ↑ «Floods kill 126 people in SA, Malawi, Mozambique». ZBC News. 14 de
março de 2019. Consultado em 14 de março de 2019
2 ↑ «Cyclone Idai death toll passes 750 with more than 110,000 now in camps».
The Guardian. 24 de março de 2019. Consultado em 24 de março de 2019
3 ↑ Ir para: 
 a b «"Lives shattered": Cyclone death toll tops 500 in southern Africa;
hundreds more still missing». CBS News. 21 de março de 2019.
Consultado em 22 de março de 2019
4 ↑ «Overwhelmed rescuers forced to leave some cyclone victims behind». CBS
News. Agence France-Presse. 20 de março de 2019. Consultado em 20
de março de 2019
5 ↑ Ir para: 
 a b «Hundreds feared dead after Cyclone Idai». BBC News. 18 de
março de 2019. Consultado em 18 de março de 2019
6 ↑ «Intense Tropical Cyclone Idai Warning 26» (PDF). Meteo France La
Reunion. 15 de março de 2019. Consultado em 15 de março de 2019.
Cópia arquivada (PDF) em 15 de março de 2019
7 ↑ «Floods kill 126 people in SA, Malawi, Mozambique». ZBC News. 14 de
março de 2019. Consultado em 14 de março de 2019
8 ↑ «Cyclone Idai leaves scores dead in Zimbabwe, Mozambique». DW.
Consultado em 16 de março de 2019
9 ↑ observador.pt (1 de abril de 2019). «Moçambique. Número de mortos sobe
para 518 e morre primeira vítima de cólera na Beira». Consultado em 1 de
abril de 2019
10 ↑ Max Bearak (19 de março de 2019). «'Everything is destroyed':
Mozambique fears massive human toll from Cyclone Idai». The
Washington Post. Consultado em 19 de março de 2019
11 ↑ Matthew Hill (18 de março de 2019). «Mozambique Flood Death Toll
May Be More Than 1,000, Zitamar Says». Bloomberg. Consultado em 18
de março de 2019
12 ↑ Ir para: 
 a b «Cyclone Idai: 'Massive disaster' in Mozambique and
Zimbabwe». BBC. 19 de março de 2019. Consultado em 19 de março de
2019
13 ↑ https://news.sky.com/story/mozambique-cyclone-idai-one-of-the-worst-
disasters-in-the-southern-hemisphere-11670347
14 ↑ «UNICEF diz que são necessários 8,8 ME para ajudar crianças em
Moçambique afetadas pelas intempéries». Diário de Notícias. 15 de março
de 2019. Consultado em 15 de março de 2019
15 ↑ «Tropical Cyclone Idai: Appeal for US$40.8 million to provide life-saving
assistance». ReliefWeb. United Nations. 16 de março de 2019. Consultado
em 17 de março de 2019
16 ↑ «South African National Defence Force rescues flood victims across
cyclone hit SADC countries». African Daily Voice. 18 de março de 2019.
Consultado em 18 de março de 2019
17 ↑ «Cyclone Idai: UK pledges £6m of aid for hundreds of thousands hit by
cyclone in Mozambique and Malawi». gov.uk. 18 de março de 2019.
Consultado em 19 de março de 2019
18 ↑ «EU releases €3.5 million in emergency aid following cyclone Idai and
deadly floods in Mozambique, Malawi and Zimbabwe». European External
Action Service. 19 de março de 2019. Consultado em 19 de março de
2019
19 ↑ Wam (19 de março de 2019). «UAE to send Dh18.3m relief aid for 1.5m
affected by Cyclone Idai». Khaleej Times. Consultado em 19 de março de
2019
20 ↑ «Doação para Moçambique no contexto da emergência humanitária
gerada pelo ciclone Idai». www.itamaraty.gov.br. Consultado em 27 de
março de 2019
Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre


Ciclone Idai
• MFR Track Data of Intense Tropical Cyclone Idai (em francês)
18S.IDAI from the United States Naval Research Laboratory

Ciclone Jokwe
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Ciclone Jokwe
colspan="2" class="" style="text-
align:center; background-
color:#FFC140
text-align:center; background-
color:#FFC140" | Categoria 3 (EFSS)
Ciclone tropical intenso
(ECIS)
O ciclone Jokwe sobre o Canal de
Moçambique em 10 de Março de 2008
Formação 4 de Março de
2008
Dissipação 15 de Março de
2008
Vento mais forte 110 nós (204
(1 min) km/h, 127 mph)
Vento mais forte 105 nós (194
(10 min) km/h, 121 mph)
Pressão mais baixa 940 hPa
(mbar) ou 705
mmHg
Danos Desconhecidos
Fatalidades No mínimo 10
Áreas afetadas Madagáscar
(Antsiranana) e
Moçambique
(Nampula e
Zambézia)
colspan="2" style="text-align:center;
background-color:#FFC140
background-color:#FFC140" | Parte da
Temporada de ciclones no Oceano
Índico sudoeste de 2007-08
O ciclone Jokwe (designação do JTWC: 22S; também conhecido como
ciclone tropical intenso Jokwe) foi um intenso ciclone tropical que
afetou o extremo norte de Madagáscar e a costa das províncias de
Nampula e Zambézia, em Moçambique em Março de 2008. Jokwe
formou-se de uma persistente área de convecção em 4 de Março e
seguiu para oeste-sudoeste. Após atingir a província de Antsiranana, no
extremo norte de Madagáscar no final da noite de 5 de Março,
encontrou condições favoráveis no Canal de Moçambique e
rapidamente intensificou-se antes de atingir a costa das províncias de
Nampula e Zambézia, em Moçambique antes de seguir para o sul.
Jokwe causou grandes danos, principalmente em Moçambique, levando
a enchentes severas e danos causados pelo vento que chegou a 200
km/h. Nas províncias de Nampula e Zambézia, os danos foram severos.
Segundo o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), mais
de 50 mil pessoas ficaram desabrigadas. Mais de 13 mil casas foram
totalmente destruídas e outras 3 mil foram parcialmente danificadas.
Além do mais, a Ilha de Moçambique também foi severamente afetada.
Toda a região ficou sem eletricidade e sem comunicação.

Índice

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Referências História meteorológica[editar | editar
código-fonte]

O caminho de Jokwe
Uma área de distúrbios meteorológicos formou-se a nordeste de
Madagáscar.[1] Esta área fortaleceu-se lentamente assim que seguia
para oeste-noroeste. Em 4 de Março, o Joint Typhoon Warning Center
(JTWC) emitiu um aviso de formação de ciclone tropical para o sistema
em desenvolvimento.[2] Logo depois, o Centro Meteorológico Regional
Especializado (CMRE) de Reunião começou a emitir avisos regulares
sobre a perturbação tropical "12R", notando o deslocamento para oeste-
sudoeste do sistema devido a uma alta subtropical situado ao seu sul.[3]
No começo da madrugada de 5 de Março, o JTWC começou a emitir
avisos regulares sobre o ciclone tropical 22S (Jokwe).[4] Inicialmente, o
sistema apresentava uma circulação ciclônica razoável com o seu
centro exposto devido aos ventos de cisalhamento orientais
moderados.[5] Seis horas depois, o CMRE de Reunião classificou a
perturbação na depressão tropical "13R" enquanto o sistema continuava
a seguir para oeste-sudoeste e para oeste.[6] O sistema fortaleceu-se e o
CMRE de Reunião classificou o sistema numa tempestade tropical
moderada seis horas depois mesmo o sistema sendo relativamente
pequeno.[7]
Continuando a seguir para oeste, na periferia noroeste de uma alta
subtropical, Jokwe fez landfall na província de Antsiranana, extremo
norte de Madagascar no final da noite de 5 de Março. Após passar por
Madagascar, Jokwe enfraqueceu-se ligeiramente devido à interação de
sua circulação ciclônica com os terrenos rochosos da ilha.[8] Logo após,
Jokwe começou a sofrer rápida intensificação e o CMRE de Reunião
classificou diretamente Jokwe num ciclone tropical. O sistema também
desenvolveu um olho irregular.[9] Depois, o olho ficou mais bem definido,
embora bastante pequeno, apenas com 28 km de diâmetro. Por volta de
20:00 UTC, o olho de Jokwe passou a cerca de 150 km ao sul de
Mayotte.[10]
No começo da madrugada de 7 de Março, Jokwe enfraqueceu-se
ligeiramente, tornando-se uma tempestade tropical intensa, sendo que
seu olho desapareceu em imagens de satélite.[11] Durante aquele dia, o
ciclone variou muito quanto a sua intensidade, devido a mudanças no
ambiente e a fácil acepção do sistema devido ao seu pequeno tamanho
assim que continuava a seguir para oeste pela periferia da alta
subtropical.[12]
Jokwe começou a sofrer novamente rápida intensificação e foi
classificado como um ciclone tropical por volta do meio-dia de 7 de
Março.[13] e como um ciclone tropical intenso seis horas depois. O
ciclone desenvolveu novamente um pequeno olho, com menos de
18 km de diâmetro.[14] No começo da madrugada de 8 de Março, Jokwe
alcançou seu pico de intensidade, com ventos constantes em 10
minutos de 205 km/h.[15]
Jokwe durante seu pico de intensidade, pouco antes de atingir a costa
moçambicana
Continuando a seguir para oeste, na periferia de uma alta subtropical,
Jokwe começou a se enfraquecer ligeiramente assim que sua circulação
ciclônica começou a interagir com a costa de Moçambique.[16] Por volta
de meio-dia de 8 de Março, Jokwe fez landfall, entre a Ilha de
Moçambique e a cidade de Angoche, na costa moçambicana, com
rajadas de vento que ultrapassavam 200 km/h. Devido à interação da
circulação ciclônica de Jokwe com Moçambique, o sistema
enfraqueceu-se rapidamente num ciclone tropical.[17] Jokwe começou a
seguir para o sudoeste com a aproximação de um cavado de médias
latitudes. Com isso, o centro do ciclone começou a seguir sobre a costa
de Nampula.[18] Na madrugada de 9 de Março, parte da circulação
ciclônica de Jokwe estava sobre Moçambique, que causou um
enfraquecimento adicional e o ciclone tornou-se uma tempestade
tropical intensa.[19]
Jokwe emergiu no Canal de Moçambique novamente assim que
começou a seguir para o sul devido à aproximação de um cavado de
média latitude. Com isso, o ciclone encontrou novamente condições
favoráveis e tornou-se novamente um ciclone tropical. Um olho
novamente se formou no interior das áreas de convecção do sistema.[20]
No entanto, devido ao pequeno tamanho do ciclone, Jokwe respondia
muito rapidamente às algumas pequenas variações do ambiente. Seu
olho desapareceu em imagens de satélite.[21] No entanto, o olho
reapareceu seis horas depois, mostrando a tendência de intensificação
do ciclone.[22] No começo da madrugada de 11 de Março, o sistema
fortaleceu-se suficientemente para ser classificado como um ciclone
tropical intenso. No entanto, o padrão de nuvens de Jokwe deteriorou-
se em imagens de satélite. Horas antes, o centro de Jokwe passou a
apenas 35 km a leste da Ilha Europa. Na ilha, uma estação
meteorológica registrou uma pressão atmosférica mínima de 985,5
mbar. Jokwe intensificou-se mesmo sobre uma área com condições
marginais de desenvolvimento.[23]
Assim que Jokwe aproximou-se do cavado de médios a altos níveis que
o conduzia para o sul, começou a ser abatido por ventos de
cisalhamento verticais produzidos pelo cavado e Jokwe enfraqueceu-se
num ciclone tropical.[24] No começo da madrugada de 12 de Março, os
ventos de cisalhamento vindos do noroeste enfraqueceram ainda mais o
sistema e Jokwe enfraqueceu-se numa tempestade tropical intensa.
Seu centro ficou exposto das áreas de convecção, que migraram para
sudeste devido aos fortes ventos de cisalhamento. O cavado de média
latitude e de médios a altos níveis dissipou-se, permitindo a
regeneração da alta subtropical. Com isso, Jokwe começou a mover-se
novamente para oeste.[25]
Imagem TRMM do Ciclone Jokwe
No entanto, Jokwe interrompeu a sua tendência de enfraquecimento
devido à formação de novas áreas de convecção, mesmo
continuamente abatido por ventos de cisalhamento.[26] No começo da
madrugada de 13 de Março, um olho desenvolveu-se novamente no
interior do sistema. Jokwe começou a mover-se para noroeste devido à
influência de áreas de alta pressão sobre o Zimbábue.[27] Com a
diminuição dos ventos de cisalhamento, Jokwe continuou a se fortalecer
e tornou-se, por um período de 4 horas, novamente um ciclone
tropical.[28]
No entanto, os ventos de cisalhamento ocidentais começaram
novamente abater o ciclone, que se enfraqueceu novamente uma
tempestade tropical intensa. As áreas de convecção migraram para o
semicírculo oriental do sistema, deixando o centro da circulação de
Jokwe exposto.[29] O sistema ficou quase estacionário em seu
movimento, por estar numa área com correntes concorrentes de vento
assim que continuou a se desorganizar.[30] Os ventos de cisalhamento
continuaram a abater o sistema e Jokwe enfraqueceu-se numa
tempestade tropical moderada.[31] Durante o dia de 14 de Março, os
ventos de cisalhamento se intensificaram, deixando a circulação
ciclônica de baixos níveis totalmente exposta das áreas de convecção
restantes. Com isso, Jokwe enfraqueceu-se numa depressão tropical.[32]
Ao mesmo tempo, o JTWC emitiu seu último aviso sobre o Ciclone
Tropical 22S (Jokwe).[33] No começo da madrugada de 15 de Março,
Jokwe enfraqueceu-se numa perturbação tropical e o CMRE de
Reunião emitiu seu último aviso sobre o sistema.[34]
Preparativos[editar | editar código-fonte]
Assim que Jokwe adentrou o Canal de Moçambique, o diretor do
Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique, Mussa Mustafá,
disse que a cidade portuária de Nacala poderia ser atingida por chuvas
torrenciais e ventos de até 140 km/h.[35] Em 7 de março, o Centro
Nacional de Operações de Emergência de Moçambique (CENOE)
recomendou aos residentes nos distritos costeiros de Zambézia e
Nampula a ficarem alertas. Naquele momento, os distritos de Moma,
Mogincual, Mossuril, Angoche e Ilha de Moçambique já estavam
sofrendo com chuvas moderadas a fortes causadas pelos primeiros
sinais da chegada do ciclone. O CENOE disse aos residentes e as
autoridades locais a terem as medidas de precaução necessárias e
também para seguirem qualquer outro alarme emitido pelo CENOE.[36]
Logo após, assim que a previsão da trajetória foi mudada para uma
região mais ao sul, já não era esperado que o olho do ciclone atingisse
diretamente o país africano. No entanto, o alerta continuava, pois
mesmo sem atingir diretamente a costa moçambicana, Jokwe poderia
causar fortes ventos e chuvas para a região.[37] No entanto, segundo o
diretor do Instituto Nacional de Meteorologia, não havia planos para a
evacuação das áreas ameaçadas pelo ciclone.[38]
Já após atingir as províncias de Nampula e Zambézia, o ciclone Jokwe,
que tinha rumado para o sul e emergido novamente no Canal de
Moçambique, começou a representar uma ameaça para a costa de
Inhambane, um alerta amarelo foi declarado para os distritos de
Vilanculos e Govuro, importantes regiões turísticas de Moçambique.[39]
Impactos[editar | editar código-fonte]
Durante a noite de 5 de Março, o ciclone Jokwe atingiu o extremo norte
da ilha de Madagascar, na província de Antsiranana, com ventos de até
115 km/h. A ilha turística de Nosy Be, a cerca de 480 km ao norte de
Antananarivo, capital de Madagascar, foi a mais afetada. Na ilha, cerca
de 44 casas foram destruídas, que deixou mais de 400 desabrigados. A
capital da província, a cidade de Antsiranana, apesar de ser atingida
pelo ciclone, saiu ilesa e não houve relatos de danos.[40]
Nampula, juntamente com Zambézia, foi duramente atingido pelo ciclone Jokwe
Por volta do meio-dia de 8 de março, o olho do ciclone Jokwe atingiu a
costa de Moçambique, entre o distrito de Angoche e a Ilha de
Moçambique, com ventos de até 200 km/h. O governo moçambicano
declarou alerta vermelho para a província de Nampula e um alerta
amarelo para outras províncias da região central. Segundo o Ministro da
Administração Estatal, Lucas Chomera, que também é vice-presidente
do Conselho Coordenador de Gestão de Desastres, disse à rádio que o
governo moçambicano tinha começado a avaliação dos danos
provocados por Jokwe. Segundo ele, foram enviados equipes de
socorro para ajudar as autoridades locais nos esforços de alívio.[41]
Assim que o ciclone movia-se paralelamente à costa moçambicana, a
CENOE avisou novamente aos residentes a ficarem em locais seguros
e que não se aventurem ao ar livre, devido ao risco representado pelos
ventos fortes. O CENOE também avisou aos donos de barcos de pesca
para que ancorassem firmemente suas embarcações e para não irem,
em nenhuma hipótese, para o mar.[42]
O distrito da Ilha de Moçambique, na costa setentrional de Nampula,
ficou totalmente sem o fornecimento de eletricidade, devido aos ventos
fortes e às chuvas torrenciais. Os ventos ciclônicos derrubaram postes e
danificaram casas feitas de materiais frágeis. As duas escolas da ilha
foram destelhadas e o comando policial local ficou sem comunicação,
pois sua antena caiu com os ventos. O Instituto Nacional de
Gerenciamento de Calamidades (INGC) enviou equipes de especialistas
para assistir na avaliação, juntamente com as autoridades locais, na Ilha
de Moçambique. O CENOE novamente recomendou às autoridades
locais para que tomassem as medidas devidas.[43]
Em 9 de Março, foram divulgadas as primeiras informações sobre a
avaliação dos danos.[44] Em 10 de Março, novas informações foram
liberadas. Paulo Zucula, diretor do INGC, disse que Jokwe foi mais
perigoso do que o Ciclone Favio, que atingiu o país um ano antes.
Segundo ele, milhares de pessoas foram afetados.[45] Os desabrigados
recorreram a abrigos públicos.[46]
Sumário de precipitação associada ao ciclone Jokwe entre 6 e 10 de Março
Segundo Bonifácio António, diretor do INGC, pelo menos 80 escolas
foram destelhadas. O Exército moçambicano liberou estradas por retirar
árvores caídas.[47] Em Angoche, todo o fornecimento de eletricidade foi
interrompido. Um gerador foi instalado no distrito. Cerca de 75% do
sistema de eletricidade do distrito foi destruída. Em Mogincual, o ciclone
afetou duas fábricas de processamento de caju. Em Mossuril, uma
ponte foi levada pela água. A penitenciária local foi destelhada e 11
painéis solares que fornecia eletricidade para uma casa de saúde foram
destruídos. O INGC enviou um helicóptero para sobrevoar os distritos
afetados pelo ciclone em Nampula, para que a avaliação fosse mais
bem executada. Também foram enviados alimentos, tendas e utensílios
culinários para as regiões afetadas. O governo também ativou a
Unidade Nacional de Proteção Civil para remover árvores caídas e
postes de eletricidade, para ajudar as pessoas a reconstruírem suas
casas.[48] 1.600 casas foram destruídas em Mogincual, 230 em Mossuril
e 131 na Ilha de Moçambique. O alerta vermelho foi estendido para
Zambézia, nos distritos de Pebane e Maganja da Costa, e para a capital
da província, Quelimane. O ciclone gerou ondas de até sete metros.[49]
Assim que Jokwe moveu-se mais ao sul, um alerta amarelo foi
declarado para a província turística de Inhambane.[50] O fundo para
crianças das nações unidas disse que enviou equipes para avaliar a
situação das crianças na região afetada pelo ciclone.[51] No total, 55.000
desabrigados e 165.000 pessoas afetadas pelo ciclone.[52] Alerta de
ciclone foi dado em Govuro e Vilanculos, cidades turísticas. Mais de
13.000 casas foram destruídas, de acordo com Bonifácio António,
diretor do INGC. Mesquitas sucumbiram com o vento forte. No total, 10
pessoas morreram como conseqüência da passagem de Jokwe[53]; um
homem morreu quando sua casa desabou. Três pessoas morreram
quando um muro de uma mesquita caiu sobre elas. Outras quatro
morreram quando uma árvore caiu.[54]
Após a tempestade[editar | editar código-fonte]
O Instituto Nacional de Gerenciamento de calamidades de Moçambique
disse que distribuiu tendas e alimentos para 25.000 pessoas afetadas
por Jokwe.[55] A cruz vermelha de Moçambique montou 145 tendas e
distribuiu 97 lonas. Além disso, a Cruz Vermelha distribuiu redes para
mosquitos, cobertores, baldes plásticos e esteiras de dormir.[56] O Fundo
de Alimentos das Nações Unidas distribuiu alimentos para emergências
para cerca de 60.000 pessoas afetadas.[57]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Portal da
meteorologia

• Moçambique
• Madagascar
• Nampula (província)
• Inhambane (província)

Referências
21 ↑ «ABIO10A». Joint Typhoon Warning Center. Consultado em 12 de
março de 2008
22 ↑ Joint Typhoon Warning Center. «TCFA». Consultado em 12 de março
de 2008
23 ↑ Météo-France. «Perturbação tropical 13R ad 01». Consultado em 12 de
março de 2008[ligação inativa]
24 ↑ Weather Unisys. «Tropical Cyclone 22S ad 01». Consultado em 12 de
março de 2008
25 ↑ Météo-France. «Tropical Disturbance 12R». Consultado em 12 de
março de 2008
26 ↑ Météo-France. «Tropical Depression 12R». Consultado em 12 de março
de 2008
27 ↑ Météo-France. «Moderate Tropical Storm Jokwe ad 01». Consultado
em 12 de março de 2008[ligação inativa]
28 ↑ Météo-France. «Moderate Tropical Storm Jokwe». Consultado em 12
de março de 2008[ligação inativa]
29 ↑ Météo-France. «Tropical Cyclone Jokwe». Consultado em 12 de março
de 2008[ligação inativa]
30 ↑ Météo-France. «Tropical Cyclone Jokwe». Consultado em 12 de março
de 2008
31 ↑ Météo-France. «Severe Tropical Storm Jokwe». Consultado em 12 de
março de 2008[ligação inativa]
32 ↑ Météo-France. «Severe Tropical Storm Jokwe». Consultado em 12 de
março de 2008
33 ↑ Météo-France. «Tropical Cyclone Jokwe». Consultado em 13 de março
de 2008
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