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Romantismo: seus perigos e como enfrentá-los


Texto básico: Romanos 12.1,2
Introdução:
O Romantismo foi um movimento artístico, cultural e filosófico, que surgiu na Europa
em meados do século 18 e se estendeu por quase todo o século 19. Talvez a melhor
maneira de defini-lo seja entendê-lo como uma reação ao racionalismo e iluminismo,
especialmente em oposição a alegação de que não se deve aceitar qualquer elemento
empírico como fonte do conhecimento verdadeiro. O apóstolo Paulo, em Rm 12.1,2,
depois de dizer que devemos apresentar nosso “corpo como um sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus”, nos ensina que não podemos nos amoldar ao presente século, mas sim,
devemos ser “transformados pela renovação da nossa mente”.
Na lição de hoje vamos estudar algumas características do Romantismo e ver como, à luz
de Romanos 12.1 e 2, podemos responder aos desafios desse movimento, que embora
antigo, continua influenciando negativamente a igreja em nossos dias.
1) Misticismo x Escritura.
Misticismo transmite a ideia de que o relacionamento com Deus se consegue através da
intuição ou da experiência pessoal e subjetiva. Em outras palavras, o indivíduo busca uma
experiência com Deus à parte da revelação bíblica, ou até mesmo em contradição ao que
a bíblia ensina. Os místicos sempre valorizam a experiência em detrimento da Palavra.
Uma experiência mística valoriza as emoções, não o intelecto.
Observem que o apóstolo Paulo diz que podemos “experimentar a boa, perfeita e
agradável vontade de Deus”. O verbo utilizado por Paulo para “experimentar” (dokimazo)
traz a ideia de que a vontade de Deus não é algo distante, inalcançável. É possível prová-
la, comprová-la, experimentá-la, mas o caminho para isso não é o misticismo, mas sim,
através do conhecimento da vontade de Deus. Não é através de “um sentimento de paz
interior” ou “uma voz suave aos ouvidos”, mas através do uso adequado da mente que
busca conhecer a vontade de Deus.
Por abrir mão do aspecto racional, ou seja, do conhecimento da verdade é que o
misticismo estava ganhando adeptos na igreja de Colossos (Cl 2.18,19). A Palavra de
Deus estava sendo deixada de lado e os crentes alegavam ter comunhão com seres
angelicais através de visões e outras experiências místicas.
O misticismo presente no Romantismo e na igreja de colossos, embora de maneira
diferente, ainda está presente em nossos dias. Especialmente no movimento
neopentecostal, onde se abraça um tipo de fé que rejeita a racionalidade e a suficiência
das Escrituras. Falsos profetas, inescrupulosos, objetivando lucros financeiros, mudam a
mensagem do Evangelho e acrescentam práticas místicas como sal grosso, água ungida
sobre o rádio, óleo santo, sabonete do amor, e coisas semelhantes, enganando as pessoas
e levando o povo a colocar sua confiança em amuletos. O apóstolo Paulo diz que essa
prática mística não passa de carnalidade (Cl 2.18,19). Um crente espiritual pode sim
experimentar a vontade de Deus, mas não através de supostas visões. Ele é regido pela
Palavra de Deus. Ele precisa “experimentar a vontade de Deus” e essa vontade está
claramente expressa nas Sagradas Escrituras (Ef 5.17).
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2) Entretenimento
O Romantismo não pode ser definido apenas como uma manifestação na literatura, mas
como um espírito de época onde o objetivo era atender as necessidades burguesas por
entretenimento. As pessoas nessa época, eram consumidoras da arte e de tudo que era
voltado para a diversão.

A Escritura não é contra a arte e a diversão. Ao contrário, devemos ver os momentos


de lazer como presentes de Deus (1Co 10.31). No entanto, com a justificativa de que é
para Deus, alguns líderes cristãos estão transformando a Igreja em lugar de
entretenimento. Igrejas sendo transformadas em um “teatro”, no sentido de servirem mais
para shows, onde o objetivo é divertir os membros. É o que tem sido intitulado de "igreja
ao gosto do freguês" - culto breve, música animada, curas, prosperidade e a satisfação de
todos.
Existem igrejas em que o pastor é um especialista em comunicação. Ao invés de um
púlpito, o que se tem é um palco. Alguns templos possuem plataformas, que giram ou
sobem e descem, com luzes coloridas, som alto com peritos em efeitos especiais e
coreógrafos. A pregação nestes cultos é voltada para satisfazer o “cliente”, sempre
enfatizando os benefícios temporais de ser cristão. O maior objetivo é sempre alimentar
o apetite das pessoas por entretenimento e nunca confrontá-las com a verdade de Cristo.
Se isso for feito, perde-se o “cliente”. Estamos vendo surgir uma nova modalidade de
pastor, o “Pastor Coaching”. Onde a pregação do Evangelho tem sido substituída por
palestras de orientação profissional, motivacional e de autoajuda.
Paulo, na passagem que estamos estudando, diz que precisamos “oferecer nossos corpos
como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (12.2). O verbo “oferecer” é um termo
técnico e foi tirado da linguagem dos sacrifícios do AT. Assim como no Velho
Testamento, as pessoas ofereciam animais em sacrifício a Deus, Paulo diz que agora
devemos oferecer nosso corpo (mãos, boca, língua, pernas, olhos, coração, mente) ao
Senhor, como sacrifício agradável a ele. Sendo assim, nenhum culto pode ser agradável
a Deus quando está cheio de misticismo. Nossa adoração deve ser orientada pelo ensino
claro das Escrituras.
Não tenho dúvidas de que podemos ser criativos na maneira como apresentamos o
evangelho, mas não podemos corromper a mensagem adotando métodos pragmáticos.
3) Individualismo e os mandamentos recíprocos.
O “presente século” (Rm 12.2) exalta o individualismo, o egoísmo. Esta postura presente
nos românticos, e tão própria dos tempos pós-modernos, parte do pressuposto que o ser
humano é uma unidade moral autônoma, e enfatiza apenas os aspectos como a liberdade
de escolha, a busca a qualquer preço dos prazeres, a realização pessoal, e a possibilidade
de viver sem depender do outro. Dizem: “O importante é ser feliz”.
Uma das marcas da ideologia romântica pode ser vista em nossos dias na maneira como
as redes sociais têm influenciado negativamente nossos relacionamentos. É muito
comum, pessoas se afastarem e mergulharem no mundo virtual, perdendo o contato com
a realidade. Alguns gastam horas num bate-papo com “amigos” na internet, mas em razão
da ausência do contato físico, da falta de confiança e da superficialidade dos
relacionamentos, experimentam tristeza, frustração e solidão. Não podemos “nos amoldar
a esta realidade”. Precisamos “renovar a nossa mente”. Apenas uma mente renovada
poderá experimentar a perfeita, boa e agradável vontade de Deus. E esta renovação da
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mente só é possível mediante a Palavra de Deus. E a Bíblia nos ensina sobre a necessidade
de vivermos na dependência uns dos outros. Não é suficiente estar rodeado de pessoas; é
necessário conviver de maneira certa, sadia e harmoniosa. Consciente ou não, a maioria
das relações pessoais que formamos servem aos nossos próprios interesses; embora isto
não seja de todo errado, em sua forma extrema pode ser sinal de nossa imaturidade
relacional. Paulo diz que “nossa mente precisa ser renovada”, e isso é possível pelo ensino
da Escritura. A bíblia apoia a individualidade, não o individualismo. Paulo, em I Co 12:21
diz: “E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça
aos pés: Não tenho necessidade de vós”. Aqui, o apóstolo faz uma crítica às pessoas que
pensavam que podiam funcionar bem, sem a contribuição dos demais. Em Rm 12.5,
utilizando da analogia do corpo humano, Paulo diz que “somos membros uns dos outros”.

Temos na Bíblia o que chamamos de “mutualidade”. O termo se refere às expressões


recíprocas, ou seja, àquelas frases do NT onde aparecem a expressão “uns aos outros”.
São os chamados “mandamentos recíprocos”, pois indicam as nossas obrigações mútuas
na comunidade cristã. (cf. Jo.15:12,17; Rm 15.7; 1 Co.12:24b-25). É pretensão e
arrogância espiritual, e não maturidade, pensar que podemos construir nossa
espiritualidade no isolamento. Viver isolado do relacionamento com outros crentes é
prognóstico de queda na vida cristã: “É melhor serem dois do que um, ai do que estiver
só; pois caindo, não haverá quem o levante” Ecl. 4:10. Nenhum membro do Corpo de
Cristo adquiriu tal maturidade que está apto a suprir suas próprias necessidades, levando-
o a abrir mão da assistência de outros irmãos. (Hebreus 10:25; Atos 2.44-47; Provérbios
27:17; Gálatas 6.2)
4) Sentimentalismo e o uso da mente
Outra característica importante a ser destacada no Romantismo é o sentimentalismo. O
romântico analisa e expressa a realidade por meio dos sentidos. O Romantismo, diferente
do que ensina o apóstolo Paulo, ressaltava os sentimentos humanos e não a mente, ou a
razão. Todos nós sabemos da importância da mente para o corpo. É ela quem controla
nossos sentimentos, nossas vontades e nossas escolhas. Podemos dizer que a saúde do
corpo depende em muito da saúde da mente. Na vida cristã, nossa mente exerce um papel
fundamental de nos guiar em tudo o que fazemos. Paulo nos orienta a sermos
“transformados pela renovação da mente”. No entanto, parece que a mente tem sido
bastante negligenciada por muitos cristãos. O ensino de Paulo aqui vai contra o espírito
do antiintelectualismo do romantismo ainda presente na igreja moderna.
Não é errado ter e expressar tais emoções (Provérbios 13.15). Foi o próprio Deus quem
nos criou assim. Nossos sentimentos são parte de sermos criados à sua imagem e
semelhança. Não somos pessoas meramente intelectuais que conseguem, friamente,
separar o saber do sentir. Deus nos deu emoções como uma bênção. No entanto, os
sentimentos não servem como um parâmetro seguro para julgar nossa relação com Deus.
Nem sempre nossas emoções estarão em perfeita harmonia com o que é certo ou errado.
As Escrituras Sagradas nos advertem que nosso coração é enganoso e dele procedem os
maus desígnios - “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem
o conhecerá? ” Jr 17.9
Imagine a dor e angústia de um casal que acaba de enterrar seu filho. O que dizer de um
pai de família que recebe a notícia de sua demissão do emprego. Pense na viúva que
perdeu seu marido. Seria possível ter fé mesmo em meio a sentimentos tão aflitivos, onde
impera confusão e dor? Seria possível experimentar consolo e ter a certeza de que Deus
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está cuidando de nós, mesmo nessa situação? Podem eles, ainda assim, ter esperança que
Deus os ama e quer seu bem? Penso que sim.
A vida não é indolor. O sofrimento é inevitável. Em nossa caminhada pela vida vamos
experimentando muitos momentos onde nossos sentimentos e desejos terão de ser
controlados e administrados. O autor aos Hebreus diz: “Ora, a fé é a certeza de coisas que
se esperam, a convicção de fatos que se não veem.” (11.1). E o apóstolo Paulo ensinou
que “andamos por fé e não pelo que vemos.” (2 Coríntios 5:7).
Chamo a sua atenção para a pessoa de Jesus. Ele é nosso exemplo de que os sentimentos
ou emoções não servem como fator seguro ou decisivo da vida cristã. No Jardim do
Getsêmani, Jesus experimentou a maior de todas as aflições. Sua oração ao Pai foi: “se
possível, afaste de mim este cálice”. Mas o que ele fez diante de tamanha aflição? Fugiu?
Negou a dor? Cedeu às suas vontades? Não! Cristo resistiu, e por causa da sua
dependência do Pai, ele enfrentou a cruz.
Nossa sociedade, ainda influenciada pelos ideais românticos, enaltece os sentimentos e o
conforto. Muitos crentes influenciados pela teologia da prosperidade, têm desenvolvido
intolerância à dor. Acabam abraçando o falso ensino de que qualquer sofrimento do
cristão indica falta de fé. Não é o que a Bíblia ensina - (1 Pe 3.7; Jo 16.33; I Co 4.11; I
Tm 5.23; Gl 4.13).
Não podemos incorrer nesse erro. Nossa fé deve estar alicerçada na Escritura Sagrada e
não em nossos sentimentos ou arrepios passageiros. Confiar em nossos sentimentos pode
nos levar a duvidar das promessas de Deus, questionar suas respostas às nossas orações
ou colocar em dúvida seu amor por nós (Sl 73.2,3).
Nossa fé deve estar alicerçada em Cristo, não em nós mesmos. Somos fracos e hesitamos
o tempo todo. Nossas emoções alternam constantemente. Os sentimentos são importantes
na vida cristã, mas não podemos confiar demasiadamente neles.
Conclusão e aplicação
Como pudemos perceber, individualismo, entretenimento, subjetividade e sentimentos,
serviam como espelhos pelos quais o mundo podia ser melhor compreendido à luz dos
ideais românticos. Não podemos permitir que a vida cristã, o culto a Deus ou nossa
teologia sejam influenciados pelos ideais românticos.
À luz do que foi estudado, procure responder as seguintes questões:
a) Pensando no “individualismo”, como podemos melhorar a comunhão em nossa
igreja? Dê pelo menos três sugestões.
b) Considerando que sofrimento é inevitável, quais as verdades bíblicas que podem
lhe ajudar a enfrenta-lo com esperança?
c) Como podemos ajudar pessoas que estão envolvidas com o “misticismo
evangélico”?
d) Quais as maneiras que você observa hoje dentro de algumas igrejas que indicam
que elas estão abraçando a filosofia do entretenimento? Como combate-las?

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