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Gestão Integral de Trabalhos em Altura.

TASK®

INTRODUÇÃO

A promoção da segurança nos ambientes laborais que se realizam serviços que envolvem a exposição de
trabalhadores ao risco de quedas é item de reconhecida importância quando se leva em conta uma informação
devastadora. Estima-se que um percentual entre 30 a 40% dos acidentes de trabalhos em todo mundo são
decorrentes de quedas de altura durante a execução de serviços.

Em face dos desafios à segurança que os trabalhos em altura executados em serviços de inspeção,
montagem, desmontagem, manutenção, reparos, pintura, construção, entre outros, fizeram jus a uma
regulamentação oficial do Ministério do Trabalho e Emprego, órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde ocupacional, para a publicação da norma regulamentadora NR-35 – Trabalho em Altura,
com objetivo de estabelecer os requisitos mínimos e as medidas de proteção necessárias para as rotinas de
trabalhos em altura garantirem a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta e indiretamente
com essas atividades.

A norma regulamentadora nacional para trabalhos em altura é documento em contínuo desenvolvimento.


Desde a sua publicação o seu texto base já passou por uma profunda revisão de conceitos no item que aborda
os sistemas de proteção contra quedas e, ainda, já recebeu o acréscimo de dois anexos normativos: o Anexo I –
Acesso por Cordas e o Anexo II – Sistemas de Ancoragens.

A norma NR-35 também é uma norma que oferece a sua complementação por outras normas oficiais
estabelecidas por órgão competentes. Por exemplo, no ambiente da indústria da construção civil temos os
dispositivos contidos na NR-18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil que
contém exigências para medidas de proteção que são adequadas para determinadas situações de trabalhos em
altura, como por exemplo, o uso de redes de segurança, andaimes e plataformas de trabalho aéreo. O mesmo
entendimento se aplica à NR-34: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e
Reparação Naval, para os trabalhos em altura realizados em estaleiros e abordo de instalações marítimas ou
embarcações. A norma ainda permite a sua complementação com normas internacionais aplicáveis quando
não existir qualquer norma técnica oficial brasileira sobre tema específico necessário ao estabelecimento das
medidas de proteção necessárias aos trabalhos em altura.

Sendo assim, as empresas hoje possuem o amparo legal de uma norma oficial para trabalhos em altura de
forma a orientá-las claramente para o estabelecimento de procedimentos próprios de segurança para o
planejamento, análise, organização, liberação e execução de trabalhos em altura. Outros setores responsáveis
pelo desenvolvimento de normas técnicas também vêm produzido de forma profícua novas referências para
certificação de equipamentos de proteção individual contra quedas de altura ou para orientação e seleção de
soluções técnicas que contribuem enormemente para elevar o nível de proteção nas nos trabalhos em altura.
Porém, ainda que tenhamos por trás todo um acervo técnico normativo, o compromisso de assegurar um
ambiente de trabalho livre de perigos ou riscos que ameacem a segurança dos trabalhadores envolvidos nos
trabalhos em altura deve ser assumido de forma equilibrada e consensual pelos empregadores, seus
representantes, seus trabalhadores e por seus prestadores de serviço.

E os alarmantes índices de acidentes por queda de altura somente serão realmente reduzidos quando o
compromisso de segurança assumido pelos envolvidos direta e indiretamente para execução de trabalhos em
altura for encardo como o verdadeiro compromisso de proteção de suas próprias vidas.

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OBJETIVO DO CURSO

Esse material desenvolvido pela TASK - COLLEGE tem por objetivo oferecer aos profissionais técnicos do
ramo da indústria da construção civil e naval, refinarias, petroquímicas, petrolíferas, transformação,
mineração, transmissão elétrica, eólica entre outras, envolvidos em trabalhos executados com risco de queda
as informações necessárias para correta interpretação normativa apresentando as situações de risco mais
comuns, defendendo a importância da observância da forma correta de se executar um trabalho em altura
com segurança e o uso correto dos equipamentos de proteção individual e medidas de proteção coletiva.

Nosso manual de Gestão Integral de trabalhos em altura busca apresentar a maior quantidade de
informação possível para orientar os profissionais qualificados em segurança do trabalho e demais profissionais
responsáveis direta ou indiretamente, para a organização e acompanhamento de trabalhos em altura no todo
ou em parte. Devido ao grande volume de informações normativas, técnicas e doutrinárias dividimos o nosso
trabalho em duas partes:
Parte I – Gestão para planejamento, organização, liberação e supervisão de trabalhos em altura.
Parte II – Gestão para especificação, controle, inspeção e cuidados com equipamentos de proteção
individual e equipamentos auxiliares.

A utilização desse manual é restrita aos treinamentos ministrados pela TASK, sendo proibida a sua
reprodução ou utilização para finalidades diversas dos objetivos educacionais a que se destina sem a
autorização expressa dos autores.

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PARTE I
GESTÃO PARA PLANEJAMENTO,
ORGANIZAÇÃO, LIBERAÇÃO E SUPERVISÃO DE
TRABALHOS EM ALTURA

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1. NORMATIZAÇÃO
A legislação nacional que estabelece as exigências, orientações, padrões e cuidados com a prevenção de
acidentes e gerenciamento dos trabalhos em altura está reunida no seguinte conjunto de normativas nacionais
oficiais ou técnicas:

1.1. PORTARIA SIT Nº 313/2012: NR-35 - TRABALHO EM ALTURA


Essa norma editada pelo Ministério do Trabalho e Emprego estabelece os requisitos mínimos e as medidas
de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

1.2. PORTARIA MTE Nº 593/2014: NR-35 - ANEXO I: ACESSO POR CORDAS


Esse anexo da trata dos procedimentos de aplicação das técnicas de acesso por corda aplicáveis em
conformidade com os requisitos da NR-35.

1.3. PORTARIA MTb Nº 1.113/2016: NR-35 - ANEXO II: SISTEMAS DE ANCORAGENS


Esse anexo aplica-se aos sistemas de ancoragens como parte do sistema de proteção individual contra
quedas definido pela NR-35.

1.4. PORTARIA MTE Nº 3.214/1978: NR-18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA


INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
Essa norma editada pelo Ministério do Trabalho e Emprego estabelece diretrizes de ordem administrativa,
de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da
Construção.

1.5. PORTARIA SIT n.º 200/2011: NR-34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL
Esta norma editada pelo Ministério do Trabalho e Emprego estabelece os requisitos mínimos e as medidas
de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e
reparação naval.

1.6. PORTARIA MTE Nº 3.214/1978: NR 06 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI


Essa norma editada pelo Ministério do Trabalho e Emprego estabelece definições legais, forma de
proteção, requisitos de comercialização e responsabilidades quanto ou uso dos equipamentos de proteção
individual.

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1.7. PORTARIA MTE Nº 3.214/1978: NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E


EQUIPAMENTOS
Essa norma editada pelo Ministério do Trabalho e Emprego estabelece as referências técnicas, princípios
fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e
estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de
utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação,
comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas

1.8. PORTARIA SIT n.º 293/2011: NR-12 – ANEXO XII: EQUIPAMENTOS DE GUINDAR PARA
ELEVAÇÃO DE PESSOAS E REALIZAÇÃO DE TRABALHO EM ALTURA (Redação da pela
Portaria MTb n.º 1.110, de 21 de setembro de 2016)
Este anexo aplica-se aos equipamentos de guindar especialmente projetados, construídos ou modificados
para uso com pessoas nos trabalhos em altura.

1.9. ABNT NBR 14.626:2010: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA QUEDAS DE


ALTURA – TRAVA-QUEDA DESLIZANTE GUIADO EM LINHA FLEXÍVEL
Esta norma especifica os requisitos, métodos de ensaios, marcação, manual de instruções e embalagem
para trava quedas deslizante guiado em linha flexível.

1.10. ABNT NBR 14.676:2010: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA QUEDAS DE


ALTURA – TRAVA-QUEDA DESLIZANTE GUIADO EM LINHA RÍGIDA
Esta norma especifica os requisitos, métodos de ensaios, marcação, manual de instruções e embalagem
para trava quedas deslizante guiado em linha rígida.

1.11. ABNT NBR 14.628:2010: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA QUEDAS DE


ALTURA – TRAVA-QUEDA RETRÁTIL
Esta norma especifica os requisitos, métodos de ensaios, marcação, manual de instruções e embalagem
para trava quedas deslizante guiado em linha flexível.

1.12. ABNT NBR 14.629:2010: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA QUEDAS DE


ALTURA – ABSORVEDOR DE ENERGIA – ESPECIFICAÇÃO E MÉTODOS DE ENSAIO
Esta norma especifica os requisitos, métodos de ensaios, marcação, manual de instruções de uso dos
absorvedores de energia.

1.13. ABNT NBR 15.834:2010: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA QUEDAS DE


ALTURA – TALABARTE DE SEGURANÇA

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Esta norma especifica os requisitos, métodos de ensaios, marcação, manual de instruções e embalagem
para talabartes de segurança de comprimento fixo e regulável. Os talabartes de segurança, conforme esta
norma, serão utilizados como componentes ou elementos de conexão.

1.14. ABNT NBR 15.835:2010: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA QUEDAS DE


ALTURA – CINTURÃO DE SEGURANÇA TIPO ABDOMINAL E TALABARTE DE SEGURANÇA
PARA POSICIONAMENTO E RESTRIÇÃO
Esta norma especifica os requisitos, métodos de ensaios, marcação, manual de instruções e embalagem
para cinturão abdominal e talabartes de segurança para posicionamento e restrição.

1.15. ABNT NBR 15.836:2010: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA QUEDAS DE


ALTURA – CINTURÃO DE SEGURANÇA TIPO PARA-QUEDISTA
Esta norma especifica os requisitos, métodos de ensaios, marcação, manual de instruções e embalagem
do cinturão de segurança tipo paraquedista.

1.16. ABNT NBR 15.837:2010: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA QUEDAS DE


ALTURA – CONECTORES
Esta Norma especifica os requisitos, métodos de ensaios, marcação, manual de instruções e embalagem
para os conectores de equipamentos de proteção individual para trabalhos em altura.

1.17. ABNT NBR 16.325:2014: PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA - DISPOSITIVOS DE


ANCORAGENS TIPO A, B e D (PARTE 1); DISPOSITIVOS DE ANCORAGEM TIPO C (PARTE 2)

Norma editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas que especifica os requisitos, métodos de ensaios
e instrução para uso e para marcação de dispositivos de ancoragem tipos A, B, C e D projetados exclusivamente para
utilização com equipamentos e sistemas de trabalho em altura que utilizam um cinturão de segurança tipo
paraquedista.

1.18. ABNT NBR 15.475:2013: ACESSO POR CORDA – QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE


PESSOAS
Norma editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas que estabelece uma sistemática para qualificação
e certificação de profissionais de acesso por corda por um organismo de certificação.

1.19. ABNT NBR 15.595:2016: ACESSO POR CORDA – PROCEDIMENTO PARA APLICAÇÃO DO
MÉTODO
Norma editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas que estabelece uma sistemática para aplicação
dos métodos de segurança do profissional, de sua equipe e de terceiros no acesso por corda.

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Esta norma se aplica às atividades de ascensão, descensão, deslocamentos horizontais, resgate e autoresgate
dos profissionais e da equipe de acesso por corda, com restrições, em combinação com dispositivos têxteis e
mecânicos de ascensão, descensão e de segurança, para o posicionamento em um ponto ou posto de trabalho,
estando em locais de difícil acesso, onde cordas são utilizadas como os principais meios de acesso.

1.20. ABNT NBR 16.489:2017: SISTEMAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA


TRABALHOS EM ALTURA – RECOMENDAÇÕES E ORIENTAÇÕES PARA SELEÇÃO, USO E
MANUTENÇÃO

Norma editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas que estabelece recomendações e orientações
sobre a seleção, uso e manutenção de sistemas de proteção individual contra quedas (SPIQ) para uso no local de
trabalho para prevenir e/ou reter quedas de uma altura.

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2. DEFINIÇÕES
Reduzir os acidentes de quedas de altura e promover um alto nível de segurança para os trabalhadores
nos locais de trabalho que oferecem um risco de queda é um objetivo a ser perseguido, cujo sucesso requer o
envolvimento das empresas contratantes, empreiteiras, dos trabalhadores e dos órgãos públicos normativos e
de seus departamentos fiscalizadores. Para que esse objetivo seja alcançado é necessário um conhecimento
inicial das normativas que regulamentam essa atividade, principalmente a norma regulamentadora oficial NR-
35. Todavia, ainda contamos com outras normas regulamentadoras como a NR-18 para a indústria da
construção civil e a NR-34 para indústria da construção naval que servem para complementar a gestão de
trabalhos em altura com o emprego de sistemas previstos nessas normas como andaimes, escadas portáteis,
redes de proteção, plataformas de trabalho e guarda corpo temporários, plataformas de trabalho aéreo e
equipamentos de guindar. Ainda contamos com a NR-11 com os requisitos de segurança para as atividades de
movimentação de cargas suspensas ou utilização de equipamentos veiculares do tipo cesta aérea para
elevação de pessoas, situação essa muito comum nos trabalhos em altura de montagem industrial, e a NR-12
com os requisitos e medidas de proteção para prevenção de acidentes com máquinas e equipamentos durante
suas fabricação e utilização, incluindo os sistemas de segurança, como por exemplo, padrão de guarda corpo e
meios de acesso permanente, como por exemplo padrão de rampas e escadas fixas.

Há também que se destacar o respeito às exigências contidas nas normas técnicas brasileiras editadas pela
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Essas normas são, em geral, as referências normativas
utilizadas para a o projeto, fabricação e certificação de produtos regularmente utilizados nos trabalhos em
altura, como por exemplo, os equipamentos de proteção individual contra quedas (cinturão de segurança,
talabartes, trava-quedas, absorvedores de energia e conectores) e os dispositivos de ancoragem (olhais, cintas,
tripés e linhas de vida, etc) em nosso país.

Portanto, como um meio de facilitar o entendimento para requisitos e orientações legais e técnicas
estabelecidos nas normas regulamentadoras oficiais e nas normas técnicas nacionais, apresentamos as
seguintes definições para os principais termos técnicos empregados mais conhecidos, buscando, assim, uma
terminologia padronizada:

2.1. TRABALHO EM ALTURA


Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior,
onde haja risco de queda.
[Portaria MTE nº 593/2014 - NR-35]

2.2. ABSORVEDOR DE ENERGIA


Dispositivo destinado a reduzir o impacto transmitido ao corpo do trabalhador e sistema de segurança
durante a contenção da queda.
[Portaria MTE nº 593/2014 - NR-35]

Também definido como componente ou elemento de um sistema antiqueda desenhado para dissipar a
energia cinética desenvolvida durante uma queda de determinada altura.
[ABNT NBR 14.629:2010]

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2.3. ACESSO POR CORDA


Técnica de progressão utilizando cordas, com outros equipamentos para ascender, descender ou se
deslocar horizontalmente, assim como para posicionamento no local de trabalho, normalmente incorporando
dois sistemas de segurança fixados de forma independente, um como forma de acesso e o outro como corda
de segurança utilizado com cinturão de segurança tipo paraquedista.
[Portaria MTE nº 1471/2014 - NR-35 – ANEXO I]

2.4. ANDAIME
Plataforma para trabalhos em alturas elevadas por meio de estrutura provisória ou dispositivo de
sustentação.
[Portaria MTE nº 3214/1978 - NR-18]

2.5. ANÁLISE DE RISCO – AR


Avaliação dos riscos potenciais, suas causas, consequências e medidas de controle.
[Portaria MTE nº 593/2014 - NR-35]

2.6. ANCORAGEM ESTRUTURAL


Elemento fixado de forma permanente na estrutura, no qual um dispositivo de ancoragem ou um EPI pode
ser conectado.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.7. ATIVIDADES ROTINEIRAS


Atividades habituais, independentemente da frequência, que fazem parte do processo de trabalho da
empresa.
[Portaria MTE nº 593/2014 - NR-35]

2.8. AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE


Demonstração de que os requisitos especificados em norma técnica relativos a um produto, processo,
sistema, pessoa são atendidos.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.9. CARGAS
2.9.1. LIMITE DE CARGA DE TRABALHO

Carga máxima que pode ser elevada por um item de equipamento de acordo com as condições especificadas
pelo fabricante.
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[ABNT NBR 16489:2017]

2.9.2. CARGA DE TRABALHO SEGURA

Carga de trabalho máxima de um item de equipamento de acordo com as condições especificadas por um
profissional legalmente habilitado.
NOTA Esta carga é igual ou inferior ao limite de carga de trabalho referente a este equipamento.
[ABNT NBR 16489:2017]

2.9.3. CARGA NOMINAL MÁXIMA

Massa máxima, em quilogramas, do trabalhador, incluindo ferramentas e equipamentos carregados, que


pode ser suportada por um componente de um sistema de proteção individual de queda, conforme especificado
pelo fabricante.
[ABNT NBR 16489:2017]

2.9.4. CARGA NOMINAL MÍNIMA

Massa mínima, em quilogramas, do trabalhador, incluindo ferramentas e equipamentos carregados, que pode
ser suportada por um componente de um sistema de proteção individual de queda, conforme especificado pelo
fabricante.
[ABNT NBR 16489:2017]

2.9.5. CARGA MÍNIMA DE RUPTURA

Carga mínima que um equipamento novo precisa resistir ao ser ensaiado em condições específicas.
[ABNT NBR 16489:2017]

2.10. CERTIFICAÇÃO
Atestação por organismo de avaliação de conformidade relativa a produtos, processos, sistemas ou pessoas
de que o atendimento aos requisitos especificados em norma técnica foi demonstrado.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.11. CERTIFICADO
Que foi submetido à certificação.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.12. CESTA AÉREA


Equipamento veicular destinado à elevação de pessoas para execução de trabalho em altura, dotado de
braço móvel, articulado, telescópico ou misto, com caçamba ou plataforma, com ou sem isolamento elétrico,
podendo, desde que projetado para este fim, também elevar material por meio de guincho e de lança
complementar (JIB), respeitadas as especificações do fabricante.
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[Portaria MTE nº 293/2011 - NR-12 - ANEXO XII]

2.13. CESTO ACOPLADO


Caçamba ou plataforma acoplada a um guindaste veicular para elevação de pessoas e execução de
trabalho em altura, com ou sem isolamento elétrico, podendo também elevar material de apoio indispensável
para realização do serviço.
[Portaria MTE nº 293/2011 - NR-12 - ANEXO XII]

2.14. CESTO SUSPENSO


Conjunto formado pelo sistema de suspensão e a caçamba ou plataforma suspensa por equipamento de
guindar que atenda os requisitos de segurança deste anexo, para utilização em trabalhos em altura.
[Portaria MTE nº 293/2011 - NR-12 - ANEXO XII]

2.15. CINTURÃO DE SEGURANÇA TIPO PARAQUEDISTA


Equipamento de Proteção Individual utilizado para trabalhos em altura onde haja risco de queda,
constituído de sustentação na parte inferior do peitoral, acima dos ombros e envolto nas coxas.
[Portaria MTE nº 593/2014 - NR-35]

O cinto de segurança tipo paraquedista pode consistir em fitas, ajustadores, fivelas e outros elementos,
dispostos e acomodados de forma adequada e ergonômica sobre o corpo de uma pessoa para sustentá-la em
posicionamento, restrição, suspensão, sustentação durante uma queda e depois da sua detenção.

[ABNT NBR 15.836:2010]

2.16. CINTURÃO DE SEGURANÇA TIPO ABDOMINAL


Equipamento que envolve no mínimo a cintura do usuário, ajustável, com elemento(s) de engate aos quais
é fixado o talabarte de posicionamento ou restrição.
[ABNT NBR 15.835:2010]

2.17. CONDIÇÕES IMPEDITIVAS


Condições impeditivas: situações que impedem a realização ou continuidade do serviço que possam
colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador.
[Portaria MTE nº 593/2014 - NR-35]

2.18. CONECTOR
Dispositivo de ligação entre componentes, que se abre e que permite ao usuário montar um sistema
antiqueda e unir-se direta ou indiretamente a um ponto de ancoragem.

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[ABNT NBR 15837:2010]

2.19. DISPOSITIVO DE ANCORAGEM


Dispositivo removível da estrutura, projetado para utilização como parte de um sistema pessoal de
proteção contra queda, cujos elementos incorporam um ou mais pontos de ancoragem fixos ou móveis.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.20. DISTÂNCIA DE FRENAGEM


Distância percorrida durante a atuação do sistema de absorção de energia, normalmente compreendida
entre o início da frenagem e o término da queda.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.21. DISTÂNCIA DE QUEDA LIVRE


Distância compreendida entre o início da queda e o início da retenção.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.22. ELEMENTO DE ENGATE


Elemento de um cinturão de segurança para conexão de um elemento de ligação.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.23. ELEMENTO DE ENGATE PARA RETENÇÃO DE QUEDAS


Elemento de engate projetado para suportar força de impacto de retenção de quedas, localizado na região
dorsal ou peitoral.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.24. ELEMENTO DE FIXAÇÃO


Elemento destinado a fixar componentes do sistema de ancoragem entre si.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.25. ELEMENTO DE LIGAÇÃO


Elemento com a função de conectar o cinturão de segurança ao sistema de ancoragem, podendo incorporar
um absorvedor de energia. Também chamado de componente de união.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

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2.26. EQUIPAMENTOS AUXILIARES


Equipamentos utilizados nos trabalhos de acesso por corda que completam o cinturão tipo paraquedista,
talabarte, trava quedas e corda, tais como: conectores, bloqueadores, anéis de cintas têxteis, polias,
descensores, ascensores, dentre outros.
[Portaria MTE nº 1471/2014 - NR-35]

2.27. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção
Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção
de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários
dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente
e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
[Portaria SIT nº 25/2001 - NR-06]

2.28. ESTRUTURA
Estrutura artificial ou natural utilizada para integrar o sistema de ancoragem, com capacidade de resistir
aos esforços desse sistema.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.29. EXTENSOR
Componente ou elemento de conexão de um trava quedas deslizante guiado.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.30. FATOR DE QUEDA


Relação entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o comprimento do equipamento que
irá detê-lo.
[Portaria MTE nº 593/2014 - NR-35]

2.31. FORÇA DE IMPACTO


Força dinâmica gerada pela frenagem de um trabalhador durante a retenção de uma queda.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.32. FORÇA MÁXIMA DE APLICAÇÃO


Maior força que pode ser aplicada em um elemento de um sistema de ancoragem.
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[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.33. GUINDASTE
Veículo provido de lança metálica de dimensão variada e motor com potência capaz de levantar e
transportar cargas pesadas.
[Portaria MTE nº 3214/1978 - NR-18]

2.34. GUINDASTE VEICULAR


Equipamento hidráulico veicular dotado de braço móvel articulado, telescópico ou misto destinado a elevar
cargas.
[Portaria MTE nº 293/2011 - NR-12 - ANEXO XII]

2.35. GRUA
Equipamento pesado empregado no transporte horizontal e vertical de materiais.
[Portaria MTE nº 3214/1978 - NR-18]

2.36. INFLUÊNCIAS EXTERNAS


Variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção das medidas de proteção, para segurança das
pessoas, cujo controle não é possível implementar de forma antecipada.
[Portaria MTE nº 593/2014 - NR-35]

2.37. OPERAÇÃO ASSISTIDA


Atividade realizada sob supervisão permanente de profissional com conhecimentos para avaliar os riscos
nas atividades e implantar medidas para controlar, minimizar ou neutralizar tais riscos.
[Portaria MTE nº 1471/2014 - NR-35]

2.38. PERMISSÃO DE TRABALHO – PT


Documento escrito contendo conjunto de medidas de controle visando o desenvolvimento de trabalho
seguro, além de medidas de emergência e resgate.
[Portaria MTE nº 593/2014 - NR-35]

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2.39. PLATAFORMA DE TRABALHO AÉREO


Plataforma de Trabalho Aéreo – PTA é o equipamento móvel, auto propelido ou não, dotado de uma
estação de trabalho (cesto ou plataforma) e sustentado em sua base por haste metálica (lança) ou tesoura,
capaz de erguer-se para atingir ponto ou local de trabalho elevado.
[Portaria SIT nº 40/2008 - NR-18 – ANEXO IV]

2.40. PONTO DE ANCORAGEM


Parte integrante de um sistema de ancoragem onde o equipamento de proteção individual é conectado.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.41. PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO


Trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe.
[Portaria MTE nº 593/2014 - NR-35]

2.42. RISCOS ADICIONAIS


Todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos existentes no trabalho em altura, específicos de cada
ambiente ou atividade que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no trabalho.
[Portaria MTE nº 593/2014 - NR-35]

2.43. SISTEMA DE ANCORAGEM


Conjunto de componentes, integrante de um sistema de proteção individual contra quedas - SPIQ, que
incorpora um ou mais pontos de ancoragem, aos quais podem ser conectados Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) contra quedas, diretamente ou por meio de outro componente, e projetado para suportar as
forças aplicáveis.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35 – ANEXO II]

2.44. SISTEMA DE ACESSO POR CORDAS


Sistema de trabalho em que são utilizadas cordas como meio de acesso e como proteção contra quedas.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.45. SISTEMA DE POSICIONAMENTO NO TRABALHO


Sistema de trabalho configurado para permitir que o trabalhador permaneça posicionado no local de
trabalho, total ou parcialmente suspenso, sem o uso das mãos.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

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2.46. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS


Sistema destinado a eliminar o risco de queda dos trabalhadores ou a minimizar as consequências da
queda.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.47. SISTEMA DE RESTRIÇÃO DE MOVIMENTAÇÃO


SPQ que limita a movimentação de modo que o trabalhador não fique exposto a risco de queda.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.48. SISTEMA DE RETENÇÃO DE QUEDAS


SPQ que não evita a queda, mas a interrompe depois de iniciada, reduzindo as suas consequências.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

2.49. SUSPENSÃO INERTE


Situação em que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema de segurança, até o momento do
socorro.
[Portaria MTE nº 593/2014 - NR-35]

2.50. TALABARTE
Dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para sustentar, posicionar e limitar
a movimentação do trabalhador.
[Portaria MTE nº 593/2014 - NR-35]

O talabarte de segurança pode ser constituído de uma corda de fibras sintéticas, um cabo metálico, uma
fita ou uma corrente.
[ABNT NBR 15.834:2010]

2.51. TRAVA QUEDAS


Dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação
vertical ou horizontal, quando conectado com cinturão de segurança para proteção contra quedas.
[Portaria MTE nº 593/2014 - NR-35]

Para trava queda deslizante em linha flexível (corda ou cabo de aço) o equipamento é definido como sendo
o dispositivo antiqueda que dispõe de uma função de bloqueio automático e de um mecanismo guia.
[ABNT NBR 14.626:2010]

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Para trava queda deslizante em linha rígida (trilho) o equipamento é definido como sendo um sistema
formado por uma linha de ancoragem rígida, um trava queda deslizante, com bloqueio automático unido a
uma linha de ancoragem rígida e um conector ou extensor terminado em um conector.
[ABNT NBR 14.627:2010]

Para trava quedas retráteis o equipamento é definido como sendo o dispositivo antiqueda que dispõe de
uma função de travamento automático de retrocesso que mantém a linha retrátil em tensão.
[ABNT NBR 14.628:2010]

2.52. TRABALHADOR QUALIFICADO


Trabalhador que comprove conclusão de curso específico para sua atividade em instituição reconhecida
pelo sistema oficial de ensino.
[Portaria MTE nº 593/2014 - NR-35]

2.53. ZLQ – ZONA LIVRE DE QUEDA


Região compreendida entre o ponto de ancoragem e o obstáculo inferior mais próximo contra o qual o
trabalhador possa colidir em caso de queda, tal como o nível do chão ou o piso inferior.
[Portaria MTE nº 1113/2016 - NR-35]

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3. CAPACITAÇÃO, APTIDÃO E AUTORIZAÇÃO PARA TRABALHOS EM ALTURA


Todo profissional que possa receber tarefas relacionadas às suas funções laborais que envolvam o
planejamento, a organização e a execução de trabalhos com risco de queda deve receber a adequada
capacitação, para que seja considerado autorizado a tomar parte dos trabalhos em altura, devendo ainda ser
submetido a exames clínicos específicos para que também seja considerado apto do ponto de vista físico.
Trata-se de uma visão abrangente apresentada pela NR-35, pois o treinamento não está previsto apenas para
os executantes dos trabalhos. Profissionais responsáveis pelo seu planejamento, como por exemplo, gestores,
líderes e encarregados de serviços, e profissionais responsáveis pela organização, como por exemplo, os
profissionais qualificados em segurança do trabalho e os supervisores ou coordenadores das equipes de
trabalho em altura também devem estar capacitados de acordo com a previsão na norma, ainda que não
estejam diretamente envolvidos com a execução dos serviços em local com exposição ao risco de queda. Tal
exigência demonstra o intuito da norma de envolver o maior número possível de pessoas que tenham
participação direta ou indireta na execução de trabalhos em altura em face do seu alto potencial de acidentes.

A NR-35 considera trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado de
saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal da
empresa. Portanto, para uma pessoa ser considerada autorizada para trabalhar em altura deverá atender a três
requisitos formais da norma: ser capacitada através de treinamento específico, ser considerada apta para o
trabalho através de atestado de saúde ocupacional e estar autorizada formalmente pelo seu empregador.

3.1. CAPACITAÇÃO PARA TRABALHO EM ALTURA


O desenvolvimento humano encontra nos treinamentos uma das mais antigas e tradicionais ferramentas
para a capacitação profissional. Os treinamentos possuem diversas linguagens e objetivos, mas todos eles
convergem para a necessidade de orientar as pessoas dominar um determinado conhecimento essencial,
aumentar a produtividade sem correr riscos desnecessários, atualizar as pessoas com relação a determinadas
práticas e processos mais eficientes e dar sustento ao seu desenvolvimento pessoal.

Para os treinamentos de segurança e saúde ocupacional somam-se aos objetivos acima a proteção da vida
humana nos locais de trabalho onde reconhecidamente existem riscos de acidentes em determinadas
atividades críticas como são os trabalhos em altura. A proteção do trabalhador em altura estará amparada por
treinamentos com conteúdo definido na NR-35 com o intuito de habilitar trabalhadores e torná-los
competentes para:
- Desempenhar os seus deveres que lhe foram atribuídos de acordo com seu nível de
responsabilidade, seja com relação ao planejamento, organização, liberação ou execução;
- Compreender claramente os riscos inerentes aos trabalhos em altura;
- Utilizar os procedimentos operacionais e instruções de segurança adotadas para realização de
trabalhos em altura;
- Conhecer as medidas de proteção contra quedas existentes e como deverão ser implementadas;
- Saber utilizar corretamente os equipamentos e demais elementos de um sistema de proteção
individual contra quedas;
- Reconhecer sinais claros de condições inseguras para a execução de trabalhos em altura ao qual foi
designado.
- Reconhecer os defeitos ou limites de uso dos equipamentos e demais elementos de um sistema de
proteção individual;
- Saber como se realiza uma inspeção de pré-uso de seu equipamento.

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De acordo com as exigências da NR-35 as empresas estão obrigadas a promover programas de capacitação
e treinamento para seus trabalhadores indicados para a realização de trabalhos em altura. O trabalhador
capacitado para trabalho em altura aquele deve ser submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático,
com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir:
a) Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
b) Análise de Risco e condições impeditivas;
c) Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;
d) Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e
limitação de uso;
e) Acidentes típicos em trabalhos em altura;
f) Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros
socorros.

A NR-35 ainda prevê a necessidade do empregador de realizar treinamento periódico bienal e sempre que
ocorrer quaisquer das seguintes situações:
a) Mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) Evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) Retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;
d) Mudança de empresa.

Esse treinamento periódico com validade de 02 anos deve ter carga horária mínima de oito horas,
conforme conteúdo programático definido pelo empregador. Isso significa que além do conteúdo previsto pela
NR-35, as empresas poderão definir um conteúdo complementar e específico para a sua realidade quando for
o caso. Assim como a carga horária também pode ser alterada, porém respeitando o mínimo de 8 horas.

O instrutor que ministrar o treinamento de trabalho em altura deve comprovar a sua proficiência no
assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho. Ser proficiente significa
possuir pleno conhecimento sobre determinado assunto. Em se tratando de treinamentos para trabalhos em
altura o conhecimento a ser apresentado pelo instrutor deverá compreender habilidades teóricas para os
temas relacionados e habilidades práticas para o uso correto dos equipamentos e sistemas de proteção contra
queda normalmente empregados. A NR-35 não determina qual é a formação que o profissional deverá
apresentar para ser considerado um instrutor para treinamentos de trabalho em altura. Os profissionais
qualificados em segurança do trabalho (engenheiros ou técnicos) poderão apresentar conhecimentos mais
amplos sobre os aspectos, requisitos, procedimentos e práticas para trabalhos em altura e medidas de
proteção contra quedas em virtude da sua formação específica e, portanto, são apontados pela norma como os
responsáveis pelos treinamentos. A sua formação em segurança do trabalho poderá até ser um meio de
comprovação de sua proficiência, mas não é um pré-requisito para ser instrutor. Acreditamos que seria
recomendável o instrutor possuir a qualificação em segurança do trabalho, por se encontrar já inserido em
atividades profissionais que se relacionam com aos princípios de segurança para trabalhos em altura. Porém, é
admitido pela norma que o instrutor possa apresentar qualquer qualificação, desde que apresente proficiência
para os tópicos abordados no conteúdo do treinamento de trabalho em altura. Todavia, nesse caso, o
treinamento ministrado por um profissional proficiente deverá estar sob responsabilidade de um profissional
qualificado em segurança do trabalho.

A capacitação dos trabalhadores para trabalhos em altura deverá estar formalmente registrada. A NR-35
exige que os treinamentos sejam registrados no prontuário de cada trabalhador como forma de evidência de
controle de sua validade e para fins de procedimentos internos e administrativos dos empregadores para
autorizar seus empregados a trabalharem em altura. Admite-se também que os registros possam ser utilizados

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como evidências de treinamento quando forem objetos de auditorias ou inspeções por organismos ou
autoridade competente em fiscalização do trabalho.

3.2. APTIDÃO PARA TRABALHO EM ALTURA


Segundo a NR-35, cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem
atividades em altura, garantindo que:
a) Os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados;
b) A avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação;
c) Seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura,
considerando também os fatores psicossociais.

O PCMSO é um programa obrigatório nas empresas, estabelecido através da NR-7 para coordenar e
monitorar as condições de saúde dos seus trabalhadores, no intuito de promover uma melhor qualidade de
vida em condições mais saudáveis possíveis e identificar qualquer desvio que possa comprometer a capacidade
laboral do trabalhador em decorrência de atividades perigosas ou insalubres. O programa possui um médico
coordenador que será responsável pela anamnese e pelo exame físico. De acordo com a sua sistemática
poderão estar previstos exames complementares e a periodicidade para avaliação dos trabalhadores.

O parecer médico indicando a aptidão para trabalho em altura deve estar consignado no próprio ASO –
Atestado de Saúde Ocupacional do trabalhador, bem como a indicação de todos os exames complementares
realizados.

O estado de saúde do trabalhador, apesar de não ser o fator preponderante nas causas de acidentes com
quedas nos trabalhos em altura, deve ser considerado como objeto de observação devidamente pesquisada
por ocasião da realização dos exames ocupacionais. Por ser um trabalho caracterizado por uma atividade física
de intensidade variada, condições como epilepsia, hipertensão, cardiopatia, diabete, vertigem, tontura,
distúrbios no equilíbrio e coordenação motora (por exemplo, labirintite), obesidade e deficiência física, visual
ou auditiva, podem ser apontados como exemplo de condições que predispõem a inaptidão dos trabalhadores
e que possam concorrer com fatores que provocam acidentes por quedas de altura. Cabe ao médico
coordenador do PCMSO estabelecer quais seriam os exames complementares necessários para comprovar ou
elucidar as restrições de saúde ou doença que possa inabilitar um profissional a trabalhar em altura.

Fatores psicossociais relacionados ao ambiente de trabalho ou a execução da tarefa propriamente dita


também devem ser examinados criteriosamente. Ansiedade, distúrbios no sono, alimentação inadequada,
utilização de medicação controlada, depressão, alcoolismo, consumo de drogas e fobias como a acrofobia
(medo de altura) são fatores que nem sempre são identificados facilmente na anamnese ocupacional. Por isso,
seria bastante conveniente submeter os trabalhadores às avaliações psicológicas em conjunto com os demais
exames complementares já estabelecidos pelo PCMSO.

Alguns problemas de ordem psicológica não são de fácil diagnóstico, mas atualmente, diante das pressões
cada vez mais encontradas nos locais de trabalho por distintas razões nem sempre diretamente relacionadas
ao ambiente de trabalho, tornam-se uma grande preocupação dos responsáveis pelo controle da saúde
ocupacional dos trabalhadores. Problemas psicológicos são reações sofridas pelas pessoas que são atribuídas a
uma reação do seu organismo. Logo, os exames mais comuns e tradicionais não terão o efeito desejado em
estabelecer os diagnósticos correto. Algumas reações são até fáceis de perceber mesmo sem uma avaliação
psicológica. O medo de altura é uma reação que podemos observar em uma pessoa sem muito esforço. A

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própria pessoa que possui medo de altura também consegue se diagnosticar. Porém, existem distúrbios que
são de difícil diagnóstico. O distúrbio neurovegetativo (DNV) é um transtorno psicológico no qual a pessoa
passa e seus sintomas são atribuídos a um mau funcionamento de um sistema ou órgão inervado e controlado
pelo sistema neurovegetativo (autônomo), sem que exaustivos exames indiquem algum problema significativo
nesse sistema ou órgão. Os sistemas cardiovascular, gastrointestinal, respiratório e urogenital são os sistemas
que são afetados por esse distúrbio. É classificado como um tipo de somatização ou transtorno de conversão,
ou seja, quando o emocional é a principal causa sintomas físicos. É uma condição psicológica que quando
imposta deixa a pessoa absolutamente inerte a qualquer estímulo externo. A pessoa pode entrar em um DNV
quando não suporta a situação de ansiedade oriunda de qualquer evento real ou imaginário, e nesse contexto
pode ocorrer estresse em excesso levando-o a uma possível depressão profunda. Ela pode ainda apresentar
exaltações fora do normal ou uma extrema inibição para alguma atividade.

Entendemos que o setor médico poderá encontrar dificuldades para a determinação dos exames
complementares para os executantes de trabalhos em altura. Não existe nenhuma legislação prevendo quais
seriam os exames específicos para essa atividade. Mesmo assim, entendemos que de forma preventiva o
profissional de medicina ocupacional poderá estabelecer estudos que o auxiliem em sua pesquisa sobre as
possíveis patologias relacionadas a uma condição de saúde que não habilite uma pessoa desempenhar os
esforços físicos compatíveis com os esforços realizados nos trabalhos em altura. A norma somente apresenta
uma orientação que esses exames devem ser úteis para ajudar no diagnóstico de mal súbito que é um sintoma
clínico caracterizado como a perda súbdita da consciência pela pessoa. É um problema que se manifesta de
repente, em pessoas aparentemente saudáveis. Ou seja, um trabalhador autorizado considerado apto pode ser
vítima de um mal súbito. Dessa forma, como seria possível para o profissional médico diagniosticar um mal
súbito de forma preventiva já que este pode ser desencadeado por inúmeros fatores. Pesquisas indicam que
90% dos casos de mal súbito são desencadeados por problemas no sistema cardiovascular. Tal informação é
um exemplo de análise que pode auxiliar os profissionais médicos no direcionamento sobre quais exames
complementares que devem ser sugeridos para que seja providenciado um protocolo específico para exames
relacionados à trabalhos em altura, incluindo um exame minucioso de todo o histórico clínico atual e pregresso
dos trabalhadores e, sempre que for possível, proporcionar um acompanhamento psicológico dos mesmos.

Como os sintomas de muitas doenças são de difícil diagnóstico ou de difícil percepção em uma pessoa que
outrora se apresentava saudável, uma prática muito usual a ser empregada pelas pessoas que estejam
encarregadas de liberar os trabalhos em altura ou de supervisionar a execução desses trabalhos é questionar
todos os trabalhadores autorizados antes do início de qualquer atividade com diferença de nível se ele se
encontra com condições físicas e psicológicas para desempenhar os trabalhos. Tal informação seja ela positiva
ou negativa deve ser registrada no documento de permissão de trabalho daquela tarefa para que o trabalhador
seja encaminhado ao setor médico para uma reavaliação.

3.3. AUTORIZAÇÃO PARA TRABALHOS EM ALTURA


As empresas deverão, ainda, formalizar a autorização ao trabalhador capacitado para que o mesmo possa
desempenhar suas rotinas de trabalho em locais com risco de queda. A autorização para trabalho em altura é
um ato formal e administrativo dos empregadores. Todavia, para que se tenha o devido efeito, a autorização
somente será concedida após ter sido atendido os dois requisitos essenciais anteriores: a capacitação através
de treinamento e a aptidão física através do atestado de saúde.

As empresas devem manter um cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da autorização
de cada trabalhador para trabalho em altura. Essa exigência da norma tem como objetivo identificar quais são
os trabalhadores autorizados a trabalhar em altura e comprovar a sua capacitação e a sua aptidão, bem como a

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validades desses dois comprovantes. Certificados de treinamento e atestados de saúde ocupacional são
documentos entregue aos trabalhadores. Porém, por questões de gerenciamento de pessoas que necessitam
de um rigoroso controle de autorizações para execução de tarefas específicas, principalmente aquelas que se
caracterizam por serem de alto risco, o cadastro deverá ser monitorado e atualizado permanentemente. A sua
gestão poderá ser através de meios físicos (documentos impressos) ou informatizados (registros eletrônicos ou
crachás) que comprovem o atendimento ao requisito legal da norma.

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4. CAUSAS DE ACIDENTES COM QUEDAS E ESTATÍSTICAS


As quedas de altura são uma das causas mais comuns de acidentes mortais nos locais de trabalho,
infelizmente vitimando centenas de pessoas todos os anos. O impacto social e econômico causado e os custos
dos acidentes são terminantemente inaceitáveis quando existem hoje medidas técnicas, administrativas e
tecnologias disponíveis (sistemas) que são perfeitamente capazes de controlar os riscos desses acidentes.

Os acidentes por quedas com diferença de nível podem provocar óbitos, uma vasta gama de lesões graves,
desde a perda total da mobilidade (tetraplegia) a toda uma série de limitações e incapacidades parciais, que
limitam a reintegração dos trabalhadores com esses problemas no mercado de trabalho e acarretam uma
perda substancial de rendimentos. Esses acidentes podem igualmente contribuir para desvalorizar, diante da
opinião pública, a imagem dos setores que atuam ou se beneficiam das operações de trabalhos verticais,
tornando mais difícil atrair mão de obra qualificada e investimentos públicos e privados para o setor.

Informações do MTE revelam que a maioria dos casos de acidentes com quedas que resultarem em óbito
do trabalhador ocorreram em alturas inferiores a 10 m. Não é apenas a distância de queda que pode matar o
trabalhador, mas também a maneira como ele está trabalhando e a forma como ele cai, o tipo de impacto que
sofre e quais foram os órgãos do trabalhador afetados diretamente pela queda.

Dados mais recentes apresentados pelos auditores fiscais do trabalho compreendendo o período de 2011
a 2015 apresentam as seguintes estatísticas para os acidentes com quedas de altura no Brasil:

ACIDENTES 2011 2012 2013 2014 2015


ACIDENTES TOTAIS 423.382 414.312 423.548 421.660 376.736
ACIDENTES POR QUEDAS DE ALTURA 45.667 44.389 45.285 45.808 41.080
PERCENTUAL COMPARATIVO 10,79% 10,71% 10,69% 10,86% 10,90%
AFASTAMENTO (+ 15 DIAS) TOTAIS 71.723 64.153 64.114 61.020 60.496
AFASTAMENTO (+ DE 15 DIAS) POR QUEDAS 11.454 10.372 10.456 10.172 10.325
PERCENTUAL COMPARATIVO 15,97% 16,17% 16,31% 16,67% 17,07%
ÓBITOS TOTAIS 1620 1468 1508 1472 1339
ÓBITOS POR QUEDAS DE ALTURA 275 252 236 243 198
PERCENTUAL COMPARATIVO 16,98% 17,17% 15,65% 16,51% 14,79%

Tomando por análise apenas o ano de 2015 morreram 59 trabalhadores na construção civil, 11
trabalhadores no transporte rodoviário e 08 trabalhaodres no setor elétrico, vítimas de quedas nos trabalhos
em altura. A indústria da construção civil (e aí se incluem os serviços de montagem eletromecânica em geral)
ainda é o setro da indústgria brasileira que merece uma maior atenção no que tange a se estabelecer controles
mais rígidos de segurança nos trabalhos em altura. Todavia, já é nítida uma tendência de dimunição dos
acidentes por quedas em virtuda do advento da norma regulamentadora NR-35 publicada desde 2012.

Dados estatísticos internacionais também reforçam a ideia de que os trabalhos em altura sempre
aparecem entre as pricipais causas de acidents fatais. Nos Estado Unidos, dados publicados pela OSHA –
Occupational Safety and Health Administration tendo o ano de 2015 como referência revelam que de um total
de 937 óbitos registrados na indústria da construção civil, 364 ocorreram por queda de altura. Isso dá um
percentual de 38,8% sobre o total de óbitos.
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Já no Reino Unido, dados publicados pelo HSE – Health and Safety Executive publicados tendo o ano de
2016 como referência revelam que de 144 óbitos registrados, 37 ocorreram por queda de altura. Isso nos dá
um percentual de 25,7% sobre o total de óbitos. Com relação aos acidentes não fatais, de um total aproximado
de 622.000 cerca de 37.000 ocorreram por quedas.

As condutas ou comportamentos (atos inseguros) e as condições inseguras estão entre as causas mais
comuns verificadas nos acidentes com quedas. Podemos afirmar que os trabalhos em altura são atividades
laborais marcadamente crítica que merecem toda a nossa atenção devido ao período de exposição ao risco que
os trabalhadores ficam. De uma forma geral, esse período se desenvolve em dois momentos, a saber:
I. Enquanto acessa o local de trabalho em altura (com ou sem equipamento de segurança);
II. Enquanto trabalha em altura (execução dos serviços em si).

Desta forma, fica fácil compreendermos que esse período de exposição ao risco de queda é constante
enquanto se desenvolverem as atividades.

As quedas com diferença de nível são apontadas como a principal causa de acidentes de trabalho graves e
fatais em todo mundo, inclusive no Brasil. A indústria da construção civil é o setor industrial que apresenta um
maior volume de casos de acidentes de trabalho provocados por quedas de altura. A grande maioria desses
acidentes estão relacionados, principalmente, à ausência de proteções coletivas, utilização de equipamentos
de proteção incompatíveis ou defeituosos e a falta de procedimentos ou instruções de trabalho devidamente
implementadas que visem à eliminação do perigo ou a minimização dos efeitos de uma queda de altura.

Outro ponto que também se apresenta como um fator preocupante para as causas de acidente por quedas
é a capacitação dos profissionais para trabalhos em altura. É muito comum observarmos pessoas recebendo
uma capacitação duvidossa, superficial, inadequada ou incompleta. A capacitação tem um papel fundamental
como uma medida de caráter preventivo aos acidentes por quedas, exatamente pelos seus altos índices de
ocorrência. Infelizmente, é comum observarmos a forma negligente em que as empresas e as pessoas
encarregadas da capacitação do trabalhador abordam os treinamentos ministrados muito distantes dos
princípios de um capacitação séria e engajada em assegurar a plena absorção dos conteúdos teóricos e
práticos, bem como a sua correta aplicação em locais em que o risco em potencial inerente a essas atividades
em altura afetam a vida do trabalhador.

Os principais exemplos de causas de acidentes ocorridos nos trabalhos em altura são:


- Desatenção ou excesso de confiança (baixa percepção do risco)
- Falta de treinamento ou treinamento inadequado;
- Ausência de um sistema de proteção contra quedas coletivo ou individual;
- Uso incorreto do EPI designado;
- Utilização de EPI incompatível com a tarefa;
- Falta de inspeção no EPI e demais componentes de um sistema de proteção contra quedas;
- Colapsos nas estruturas provisórias de trabalho (andaimes ou plataformas);
- Superfícies, como por exemplo, pisos e telhados, fragilizados ou instáveis;
- Contato com energias perigosas, pincipalmente eletricidade;
- Acesso perigoso a determinado local de trabalho em altura;
- Quedas de objetos (materiais, equipamentos, ferramentas, etc.);
- Objetos em movimento na área destinada à execução de trabalhos em altura;
- Fadiga/cansaço do trabalhador devido uma carga horária de trabalho excessiva;
- Fobias (acrofobia);
- Ausência de planejamento e supervisão;
- Descumprimento e/ou desconhecimento de norma, procedimento ou práticas de execução segura.
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5. PLANEJAMENTO E GESTÃO DE SEGURANÇA NOS TRABALHOS EM ALTURA


A execução de serviços envolvendo trabalhos em altura são uma das atividades mais comuns nas rotinas
de trabalhos das empresas. Mesmo assim, apesar de ser uma prática conhecida e bastante executada as
quedas ainda se colocam como um dos maiores tipos de acidentes do trabalho no Brasil. Muito disso decorre
do pensamento geral em somente se preocupar com a segurança contra quedas quando se trata de grandes
desníveis. Uma queda poderá ser grave ou fatal, independente de se tratar de pequena ou grande altura. O
objetivo de todas as normativas, procedimentos e boas práticas de segurança nos trabalhos em altura deverá
sempre ser o da prevenção de qualquer evento ou condição capaz de gerar um acidente por queda.

Todavia, nas rotinas operacionais comuns em unidades industriais em terra ou em alto mar, como por
exemplo, petroquímica, metalurgia, automotiva, óleo & gás, construção civil ou naval, mineração, eólica,
aviação, energia, telecomunicações, etc. são encontradas variadas condições ou locais caracterizados como
trabalhos em altura com um potencial risco de queda:
- Trabalhos com apoio de andaimes;
- Trabalhos com apoio de escadas portáteis;
- Trabalhos com apoio de rampas temporárias;
- Trabalhos com uso de plataformas de trabalho aéreo;
- Trabalhos com uso de cesto suspenso;
- Trabalhos com uso das técnicas de acesso por cordas;
- Trabalhos de montagem estrutural eletromecânica;
- Trabalhos de montagem, manutenção ou limpeza de telhados, calhas e coberturas;
- Trabalhos de pintura, manutenção e limpeza predial em fachadas;
- Trabalhos de instalação ou manutenção de equipamentos diversos;
- Trabalhos de manutenção em redes ou sistemas elétricos;
- Trabalhos de instalação e manutenção de equipamentos de processos industriais;
- Trabalhos de inspeção em estruturas ou em equipamentos de processos industriais;
- Trabalhos em espaços confinados;
- Trabalhos de manutenção em torres de telecomunicações;
- Trabalhos de montagem e manutenção de aerogeradores;
- Trabalhos de revegetação, estabilização e manutenção de taludes;
- Trabalhos sobre veículos de grande porte (fora de estrada);
- Trabalhos de manutenção sobre aeronaves;
- Trabalhos de manutenção sobre veículos de transporte público ou de cargas (ônibus, trens, metrôs,
bondes, caminhões, etc...);
- Trabalhos de construção ou reparação de navios ou plataformas marítimas de exploração de petróleo;
- Trabalhos em torres de perfuração de petróleo & gás em terra;
- Trabalhos de estocagem de materias ou produtos diversos;
- Qualquer outro local ou sistema instalado em estruturas verticais com diferença de nível e risco de
queda.

5.1. RESPONSABILIDADE NOS TRABALHOS EM ALTURA


Um sistema de trabalho em altura deve contemplar uma série de medidas técnicas e administrativas que
envolvam responsabilidades que deverão ser divididas e assumidas tanto pelas empresas quanto pelos seus
trabalhadores, a fim de que seja assegurada a eficácia do próprio sistema de trabalho.

A NR-35 traz as seguintes responsabilidades para as empresas:


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a) Garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta norma;


b) Assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de
Trabalho - PT;
c) Desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;
d) Assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo,
planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis;
e) Adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção
estabelecidas nesta norma pelas empresas contratadas;
f) Garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;
g) Garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção
definidas nesta norma;
h) Assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não
prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
i) Estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;
j) Assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela
análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
k) Assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta norma.

Quanto aos trabalhadores, suas responsabilidades de acordo com a NR-35 são:


a) Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos
expedidos pelo empregador;
b) Colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta norma;
c) Interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de
riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;
d) Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou
omissões no trabalho.

5.2. HIERARQUIA DOS PRÍNCÍPIOS DE SEGURANÇA CONTRA QUEDAS


Um dos pontos fundamentais para o planejamento de trabalhos em altura encontra-se disposto na própria
NR-35 sob a forma de uma hierarquia de segurança para as medidas de controle de riscos de acordo com a
seguinte ordem de prioridade:
I. Medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução;
II. Medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do
trabalho de outra forma;
III. Medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser
eliminado.

Não se colocar em risco de queda sempre deverá ser a primeira opção diante da necessidade de se
executar uma atividade que envolve trabalho em altura. O principal risco associado aos trabalhos em altura é o
risco de acidente por queda de um local com diferença de nível de altura. Evitando esse risco estaríamos
descaracterizando o que seria um trabalho em altura, e passaríamos a adotar outro processo de trabalho mais
seguro para os executantes. No entanto, sabemos que na maioria das vezes não existirá a possibilidade de
contar com meios alternativos para executar um trabalho sem se expor ao risco de queda. Por outro lado, é
plenamente possível encontrarmos métodos de trabalhos ou tecnologias diferenciadas para se executar

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determinadas tarefas com o mesmo grau de eficiência, comparando-se em termos de segurança, com os
métodos de trabalho que empregam as técnicas de trabalho em altura.

Um exemplo poderia ser a execução de um serviço de manutenção ou reparo de determinado


equipamento instalado em local com diferença de nível e risco de acidente por queda. Um meio alternativo
poderia ser desinstalar o equipamento do local onde se encontra movimentá-lo para o nível do solo e depois
liberá-lo para que os trabalhadores executassem suas atividades agora ao nível do solo e sem o risco de queda.
É claro que não estaremos eliminando 100% o risco de acidente por queda. Ao executar a sua desinstalação,
será necessária a presença de trabalhadores no local onde o equipamento outrora estava instalado. Porém,
estaremos limitando o tempo de exposição dos trabalhadores ao risco de queda somente para esta etapa da
atividade, onde as demais etapas mais críticas e demoradas estariam sendo realizadas ao nível do solo.

As medidas que buscam eliminar o risco de queda são basicamente fundamentadas em medidas de
engenharia. A sua aplicação, dependendo da solução empregada, poderá até dispensar os trabalhadores do
uso dos seus equipamentos de segurança. Na verdade, essas medidas devem, obrigatoriamente, antecipar o
emprego dos sistemas de proteção individual contra quedas. Sistemas de guarda corpo e rodapé, telas de
proteção ou qualquer outro tipo de barreira física são exemplos mais comuns de medidas que eliminam o risco
de acidentes por quedas.

Finalmente, as medidas que minimizam os efeitos da queda são a última e derradeira solução de proteção
a ser empregada quando não for possível eliminar o risco de acidentes por queda. Nesse tipo de situação, a
queda é um fator presente. Os sistemas de proteção a serem utilizados nessas condições somente terão efeito
de minimizar os efeitos da queda já que o seu funcionamento somente é desencadeado quando ocorre à
própria queda.

Em resumo, diante da hierarquia universal de segurança contra quedas nos trabalhos em altura, se não for
possível evitar a realização do próprio trabalho em altura, deveremos tomar as medidas preventivas
necessárias para proteger a segurança e a saúde dos seus trabalhadores com base nesses princípios, como por
exemplo:
- Redução do tempo de exposição ao risco de queda: Transferir, no que for possível, a execução do
serviço para o nível do solo.
- Identificação do risco de queda e estabelecimento das medidas de controle: Elaboração de AR –
Análise de Risco;
- Orientações administrativas e técnicas para execução do trabalho: Procedimentos operacionais;
- Organização e autorização para execução do trabalho: Sistema de Permissão de Trabalho;
- Eliminação do risco de queda ou estabelecimento de barreiras de isolamento;
- Implementação de sistemas de proteção coletiva contra quedas;
- Implementação de sistemas de proteção individual contra quedas se não for possível eliminar o risco
de queda, para limitar ou minimizar as consequências da queda.

A correta interpretação dessa hierarquia de segurança proposta em muito contribuirá na adoção de


medidas preventivas para condições de risco de quedas existentes ou condições de risco que possam ser
criadas. Como já afirmamos anteriormente, uma condição de risco de queda deverá ser identificada, eliminada
ou controlada a qualquer custo. Normalmente, um acidente por queda não oferece uma segunda chance para
o trabalhador.

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5.3. SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS


Não sendo possível evitar a execução de trabalhos em locais com potencial risco de queda, torna-se
obrigatório para os responsáveis por planejar e liberar os trabalhos em altura providenciar a instalação de
sistema de proteção contra quedas, a ser selecionado de acordo com as conclusões da análise de risco para o
trabalhao em altura, considerando o risco de queda, o movimento da queda, a altura de trabalho, a existência
de pontos de ancoragem, além dos demais riscos a que os trabalhadores ficarão expostos.

Os sistemas de proteção contra quedas se destinam a eliminar o risco de queda dos trabalhadores ou
minimizar as consequências da queda. Segundo a NR-35 esse sistema deverá:
- Comprovar que é o sistema escolhido mais adequado ao trabalho a ser executado;
- Ser selecionado de acordo com análise de risco, considerando, além dos riscos a que o trabalhador
está exposto, os riscos adicionais;
- Ser selecionado por profissional qualificado em segurança do trabalho;
- Ter resistência para suportar as cargas máximas previstas a serem submetidos durante sua
utilização e no evento de uma queda;
- Atender as normas técnicas nacionais, ou na sua inexistência às normas técnicas internacionais
aplicáveis.
- Ter todos os seus elementos compatíveis e submetidos a uma sistemática de inspeção.

Os requisitos diferenças e critérios de seleção dos sistemas de proteção contra quedas serão encontrados
no Capítulo 6 deste manual.

5.4. ANÁLISE DE PERIGOS/RISCOS


Todo trabalho em altura é caracterizado como uma atividade perigosa devido as suas particularidades
inerentes ao tipo de trabalho, condições e riscos em que normalmente se colocam. A principal característica é
a ausência de meios, condições ou barreiras que impeçam o trabalhador de sofrer um acidente cuja maior
consequência é a queda de altura. Portanto, se o trabalho em altura é uma atividade que oferece um potencial
para riscos de queda, ele deverá ser previamente planejado de uma maneira bastante criteriosa, pois como já
foi dito anteriormente, os acidentes por quedas em altura sempre se apresentam entre os maiores índices de
acidentes no trabalho em todo mundo.

Uma das formas mais eficazes para se preparar um trabalho ou operação segura é a adoção de
metodologias disciplinadas para identificar e avaliar os perigos existentes e estimar os seus riscos na forma de
alguma das técnicas mais conhecidas de análise. O planejamento, a organização e a execução dos trabalhos em
altura sempre serão atribuições de trabalhadores capacitados, autorizados e envolvidos nos processos de
gestão de riscos internos de uma empresa para o planejamento, preparação, liberação e execução de trabalhos
perigosos. Portanto, para as pessoas envolvidas nas análises de Perigos/Riscos também deverão existir algum
tipo de qualificação ou preparação formal para condução desses trabalhos.

As técnicas de análise de riscos mais utilizadas são a APR – Análise Preliminar de Riscos e a ART – Análise
de Riscos da Tarefa. Trata-se de técnicas desenvolvidas especificamente para aplicação nas etapas de
planejamento de projetos, visando uma identificação precoce de situações indesejadas, o que possibilita a
adequação do projeto antes que recursos de grande monta tenham sido comprometidos.

Muitas vezes confundidos, acreditamos que cabe aqui uma rápida e clara definição do que é Perigo e o
que é Risco:

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PERIGO = Característica de uma atividade ou substância que expressa a sua condição de causar algum tipo de
dano a pessoas, instalações e meio ambiente. É uma propriedade intrínseca da atividade ou da substância que
produz efeitos indesejáveis quando em contato com pessoas, instalações e o meio ambiente.
RISCO = Medida da capacidade que um perigo tem de se transformar em um acidente com consequências
variadas. Está relacionado com a possibilidade de ocorrerem falhas que exponham os perigos e a magnitude
dos danos gerados.

Assim Risco é definido como o produto da probabilidade de ocorrência de um determinado evento e a


magnitude das consequências:

R = P x C (Probabilidade X Consequência)
Normalmente a APP ou APR é empregada na fase inicial de concepção e desenvolvimento de grandes
empreendimentos, como por exemplo, as plantas de processos industriais, na identificação de seus perigos e
determinação dos riscos que possam existir. Basicamente essa técnica busca respostas consistentes para as
seguintes perguntas elementares:
- Quais são os perigos ou fontes de perigos?
- O que pode dar errado e como?
- Quais as chances disso ocorrer?
- Quais as consequências?

Ela não exclui a necessidade de outros tipos de avaliações de riscos. Ao contrário, é uma precursora de
outras análises mais específicas.

Os principais propósitos de uma análise de perigo são:

- Identificação e prevenção dos perigos/riscos ocupacionais;


- Desenvolvimento de diretrizes para permitir o prosseguimento de projetos
- Divulgação de informações relativas a esses perigos/riscos aos trabalhadores envolvidos;
- Selecionar as melhores medidas para eliminação ou controle dos perigos;
- Provisão de procedimentos de segurança para gestão de riscos;
- Provisão de treinamentos específicos para os trabalhadores de acordo com os riscos identificados;
- Meios de organização de trabalho e implementação das medidas de segurança.

À medida que cada perigo é identificado, as causas em potencial, os efeitos e a gravidade dos acidentes,
bem como as possíveis medidas corretivas e/ou preventivas, são também descritas. Para que o trabalho seja
completo, é preciso aproveitar experiências anteriores, proveniente do maior número possível de fontes
diferentes. Estas fontes compreendem estudos de riscos de instalações ou atividades semelhantes, experiência
operacional em processos similares e listagem de riscos.

Os resultados da análise serão registrados convenientemente em um formulário a ser criado pelos


elaboradores apresentando: os perigos identificados, as causas, o modo de detecção, efeitos potenciais,
categorias de freqüência, categrias de severidade x consequências), categorias de risco, as medidas
corretivas/preventivas e o número do cenário.

Ao final, combinando-se as categorias de freqüência com as de severidade obtêm-se a Matriz de Riscos, a


qual fornece uma indicação qualitativa do nível de risco de cada cenário identificado na análise. Essa tabela
determina se o risco está em um nível aceitável ou se está em um nível crítico com consequências graves que

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necessitam a implantação imediata de medidas de controle para diminuir a freqüência ou severidade do


acidente ou ambos e também para quaisquer observações pertinentes da atividade perigosa em estudo.

É sabido que o risco principal identificado nos trabalhos em altura é o risco de acidente por quedas.
Todavia, poderão existir outros riscos específicos para cada ambiente ou processo de trabalho executado em
altura que direta ou indiretamente ameaçam a integridade física e a saúde dos trabalhadores envolvidos.
Portanto, da mesma forma em que são estabelecidas medidas preventivas de eliminação e controle para o
risco de queda, também deverão existir medidas preventivas de eliminação e controle pra esses outros riscos.

Para a avaliação desses riscos adicionais poderemos organizá-los para efeitos de identificação em classes
que usualmente utilizam uma nomenclatura estabelecida pela norma regulamentadora NR-09 – PPRA. Com
base nessa metodologia, seguem abaixo alguns dos exemplos de riscos mais comuns encontrados nos
trabalhos em altura:

QUEDAS DE ALTURA
BATIDA CONTRA
QUEDA DE OBJETOS
ELETROCUSSÃO
INCÊNDIOS
RISCOS DE ACIDENTES ESMAGAMENTOS
PRENSAGENS
MÁQUINAS SEM PROTEÇÃO
ILUMINAÇÃO DEFICIENTE
ANIMAIS PEÇONHENTOS
SOTERRAMENTOS

CALOR
FRIO
UMIDADE
RISCOS FÍSICOS PRESSÃO
VIBRAÇÕES
RUÍDO
RADIAÇÕES IONIZANTES OU NÃO-IONIZANTES

GASES
VAPORES
POEIRAS
RISCOS QUÍMICOS FUMOS
NÉVOAS
PRODUTOS QUÍMICOS EM GERAL

VÍRUS
BACTÉRIAS
RISCOS BIOLÓGICOS FUNGOS
BACILOS
INSETOS
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ARRANJO FÍSICO INADEQUADO


ESFORÇO FÍSICO INTENSO
ESFORÇO FÍSICO REPETITIVO
POSIÇÕES INADEQUADAS
RISCOS ERGONÔMICOS LEVANTAMENTO DE PESO
TRABALHOS NOTURNOS
TRABALHOS EM TURNOS

Para uma correta avaliação dos riscos onde uma diferença de nível perigosa não possa ser eliminada para
a execução segura de determinada tarefa, os seguintes questionamentos devem fazer parte da metodologia de
análise risco para trabalhos em altura:
a) Como é o local de trabalho? Ex. Instalação, arranjo físico, acesso, posicionamento, equipamentos,
materiais, ambiente, condições climáticas, interações no ambiente operacional, etc.
b) Qual é o trabalho a realizar? Ex. Natureza do trabalho, duração do trabalho, frequência, materiais e
ferramentas a ser utilizada, área necessária para a execução, etc.
c) Qual é a fonte de risco? Ex. Diferença de nível, proximidade de um espaço vazio, ausência de barreiras,
fontes de calor, eletricidade, materiais perigosos, trabalhos perigosos sobrepostos, etc.
d) Qual o perfil do trabalhador? Ex. Deslocamentos e posturas que precisam adotar função,
responsabilidades, qualificação, experiência, idade, tamanho, aptidão física, restrições médicas, físicas
e psicossociais, etc.
e) Qual o sistema de proteção contra queda a ser utilizado? Ex. Sistema de proteção coletiva ou sistema
de proteção individual contra quedas (restrição de movimentação, retenção de quedas,
posicionamento no trabalho ou acesso por cordas).

Portanto, a análise de risco constitui-se em um verdadeiro conjunto de métodos e técnicas aplicados a


uma atividade perigosa que identifica e avalia qualitativa e quantitativamente os riscos que essa atividade
representa para as pessoas, as instalações e o meio ambiente. Diante do risco principal de acidente por quedas
de altura que, por só, já é merecedor de uma atenção séria, e passando pela diversidade dos riscos já comentos
que se constituem em uma característica marcante dos trabalhos em altura, a NR-35 determina que todo
trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.

Segundo a NR-35, deve além dos riscos inerentes ao trabalho em altura a análise de risco deverá
considerar os seguintes itens em suas avaliações:
a) O local em que os serviços serão executados e seu entorno: O local exato de execução dos trabalhos
em altura e toda a área circundante, superior e inferior a esse local deve ser avaliado com relação à
presença de energias perigosas, presença de gases ou vapores tóxicos, pisos instáveis ou frágeis,
superfícies desniveladas, presença de pessoas que não façam parte dos trabalhos, entre outras
situações.
b) O isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho: Estabelecer barreiras físicas temporárias
para isolar o local de risco da presença de pessoas não autorizadas, bem como placas informativas
sobre o trabalho em altura em execução e os riscos presentes no local.
c) O estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem: Os sistemas de ancoragem como parte de
um sistema de proteção contra quedas devem ser avaliados quanto à sua resistência, quantidade de
usuários, compatibilidade e definição dos pontos de fixação.

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d) As condições meteorológicas adversas: condições de altas temperaturas, baixas temperaturas, chuvas,


descargas atmosféricas, vento forte, baixa humidade atmosférica são exemplos de condições
meteorológicas adversas que podem afetar a segurança durante a execução dos trabalhos.
e) A seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e
individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da
redução do impacto e dos fatores de queda: a determinação do sistema de proteção individual contra
queda somente poderá ser feita com base em uma análise de risco preliminar. A especificação do
sistema, o seu tipo, os EPI’s a serem empregados, a certificação dos equipamentos, a compatibilidade
entre seus componentes, os seus limites de uso e o controle da sistemática de inspeção são a serem
considerados durante a análise de risco.
f) O risco de queda de materiais e ferramentas: Avaliar a possibilidade de quedas de ferramentas e
materiais provocadas durante a execução dos trabalhos de forma a estabelecer medidas preventivas,
como por exemplo, telas de proteção, amarração de ferramentas ou utilização de porta ferramentas.
g) Os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos: Trabalhos em altura sobrepostos por
outros trabalhos de natureza diversa podem ser afetados por riscos que outrora não seriam
identificados na atividade principal em si. Também deve ser avaliado se os riscos existentes em um
trabalho em altura possam afetar a segurança de outros trabalhadores envolvidos em trabalhos
simultâneos.
h) O atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras:
a NR-35 se complementa com as demais normas existentes no que tange ao estabelecimento de
medidas preventivas para atividades que possuam riscos próprios independentemente de serem
executadas em locais que apresentam o risco de acidente por quedas. A NR-10, NR-11, NR-18, NR-33
são exemplos de normas regulamentadoras que normalmente são utilizadas nos trabalhos em altura e
que devem ter suas exigências atendidas quando for comprovada a necessidade de sua aplicação.
i) Os riscos adicionais: Avaliar não somente o risco intrínseco de acidentes por quedas, mas como
também todos os demais riscos de acidentes, físicos, químicos biológicos e ergonômicos que, direta ou
indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde dos trabalhadores.
j) As condições impeditivas: todas as situações identificadas que possam impedir o início ou interromper
a continuidade dos trabalhos em altura. Podem ser situações ocorridas no próprio ambiente de
trabalho, influências externas ou até mesmo a ausência de procedimentos administrativos.
k) As situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o
tempo da suspensão inerte do trabalhador: Todo trabalho em altura deve apresentar um plano de
resgate elaborado previamente descrevendo quais serão os procedimentos de resgate a serem
aplicados aos trabalhadores vítimas de acidentes por quedas, independente de estarem ou não
amparados por sistemas de proteção contra quedas, de forma a otimizar o tempo de resposta para
essas emergências.
l) A necessidade de sistema de comunicação: avaliar se a distância entre a supervisão e os executantes
de trabalhos em altura ou até mesmo entre os próprios executantes constitui-se em uma barreira para
se estabelecer uma forma de comunicação segura para as pessoas envolvidas nos trabalhos em altura.
Outras situações como presença de ruído constante ou interferências de radiofrequência também
podem ser apontadas como barreiras para se estabelecer um sistema de comunicação eficiente.
Devemos considerar a utilização de sistemas de comunicação alternativos, como por exemplo, sinais
manuais.
m) A forma de supervisão: Deve ser estabelecido na análise se a supervisão será presencial,
semipresencial ou remota e ainda, como ela será exercida.

Somente depois de realizada uma completa e cuidadosa análise de riscos para os trabalhos em altura, as
medidas administrativas, medidas de engenharia e a seleção dos equipamentos e sistemas de proteção contra

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quedas apropriados poderão ser seguramente escolhidos e implementados respaldados pelos resultados
produzidos pela própria análise.

5.5. SUPERVISÃO DOS TRABALHOS EM ALTURA


A NR-35 determina que os empregadores deverão assegurar que todos os trabalhos em altura sejam
realizados sob uma supervisão. A norma não nos apresenta quem seriam os profissionais que poderiam
assumir essa função de supervisor de trabalhos em altura. Acreditamos que qualquer profissional qualificado e
treinado, ciente de seus deveres, responsabilidades e direitos, além de uma comprovada experiência nesses
cenários poderiam assumir a função de supervisão. Todavia, a mesma norma não deixa claro quais seriam as
atribuições diretas desse profissional para o exercício da supervisão dos trabalhos em altura.

Embora não se trate de uma regra, geralmente a responsabilidade pela supervisão dos trabalhos em altura
acaba recaindo nas atribuições normais dos profissionais qualificados em segurança do trabalho. Essa
supervisão pode ser exercida presencialmente em campo ou pode ser remota. A forma será aquela que atenda
aos princípios de segurança de acordo com as peculiaridades dos trabalhos e as situações de emergência
definidas pela análise de risco.

5.6. PT – PERMISSÃO DE TRABALHO


Após o estudo completo das informações evidenciadas na Análise de Risco passaremos para a fase de
emissão da PT - Permissão de Trabalho para a atividade que se executará com risco de queda. Uma das
ferramentas mais importantes e práticas dentro de um sistema de gestão de saúde e segurança do trabalho, a
PT que será desenvolvida para trabalhos em altura deverá possuir algumas características particulares
específicas para as operações de trabalhos verticais.

A emissão da PT deve obedecer aos requisitos determinados na etapa de planejamento que, por sua vez, é
feita com base em diagnóstico sobre as condições de segurança relacionadas à liberação do equipamento,
sistema ou local objeto da execução do trabalho em altura. Esse diagnóstico é obtido através da Análise de
Risco como da atividade como vimos anteriormente. Atualmente, as análises de risco por serem, às vezes,
muito complexas, as empresas passaram a adotar uma ferramenta de avaliação de forma mais simplificada
chamada de ART – Análise de Risco da Tarefa ou AST – Análise de Segurança da Tarefa que poderá se tronar um
anexo à PT.

A NR-35 exige que a PT seja emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da permissão,
disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua
rastreabilidade.

A NR-35 determina que a PT deva conter as seguintes orientações:


a) Os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;
b) As disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;
c) A relação de todos os envolvidos e suas autorizações.

A permissão de trabalho é um documento que nos apresenta a metodologia de trabalho sob forma de
orientações diretas para os executantes de trabalhos em altura relativas às medidas de segurança a serem
implantadas e mantidas ao longo do trabalho. A NR-34 apresenta, de forma exemplificativa, determinações a
serem estabelecidas antes do início de qualquer trabalho em altura e que deverão constar na Permissão do
Trabalho emitida:
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a) O isolamento e a sinalização de toda a área sob o serviço antes do início das atividades;
b) Adoção de medidas para evitar a queda de ferramentas e materiais, inclusive no caso de paralisação
dos trabalhos;
c) Desenergização, bloqueio e etiquetagem de toda instalação elétrica nas proximidades do serviço;
d) Instalação de proteção ou barreiras que evitem o contato acidental com instalações elétricas aéreas,
conforme procedimento da concessionária local, na inviabilidade técnica de sua desenergização;
e) Interrupção imediata do trabalho em altura em caso de iluminação insuficiente ou condições
meteorológicas adversas, como chuvas e ventos superiores a quarenta quilômetros por hora, dentre
outras.

O sistema de permissão de trabalho prevê uma validade determinada para a PT. Para os trabalhos em
altura a NR-35 determina que a PT deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de
trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não ocorram
mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.

5.7. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PARA ATIVIDADES ROTINEIRAS


Atividades rotineiras de trabalhos em altura são aqueles serviços comuns que fazem parte das atividades
operacionais ordinárias executados normalmente pelos trabalhadores em uma área de trabalho situada em
locais elevados. A NR-35 prevê que para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco possa
estar contemplada no respectivo procedimento operacional.

Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem conter, no


mínimo:
a) As diretrizes e requisitos da tarefa;
b) As orientações administrativas;
c) O detalhamento da tarefa;
d) As medidas de controle dos riscos características à rotina;
e) As condições impeditivas;
f) Os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;
g) As competências e responsabilidades.

Todavia, se as atividades operacionais a serem realizadas em locais elevados se tratarem de intervenções


especiais que sejam atividades de trabalho em altura não forem rotineiras, essas atividades devem ser
previamente autorizadas mediante Permissão de Trabalho. Nesse caso, todas as medidas de controle aplicáveis
deverão ser avaliadas pela análise de risco e evidenciadas na Permissão de Trabalho.

5.8. FATORES TÉCNICOS


Além daqueles fatores relacionados diretamente com o local e o trabalho a ser executado em altura, a NR-
35 estabelece que a execução do serviço também deva considerar as influências externas que possam alterar
as condições do local de trabalho já previstas na análise de risco.

Os seguintes fatores influenciam sobremaneira a escolha das técnicas, procedimentos e orientações a


serem empregados nos serviços a serem executados em altura:
- Tempo de exposição ao risco: tempo necessário para a execução do serviço;

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- Número de trabalhadores envolvidos: quantidade estrita dos trabalhos necessários para a execução do
serviço;
- Grau de repetição do serviço: os serviços são feitos com frequência ou os equipamentos podem ser
usados em outros serviços;
- Relação Custo x Benefício: verificar quanto custa à proteção e quanto de proteção eficaz ela oferece;
- Produtividade: a proteção aumenta a produtividade dos trabalhadores e acelera a execução do serviço
devido a implementação de práticas e condições seguras;
- Espaço físico e interferência: há espaço suficiente para a execução segura ou existem obstáculos que
devem ser vencidos?
- Outras atividades executadas nas áreas circunvizinhas que possam interferir no planejamento adotado
para o trabalho em altura liberado.

5.9. CONDIÇÕES IMPEDITIVAS


Com já visto anteriormente, condições impeditivas são quaisquer situações que impedem a realização ou
continuidade do serviço que possam colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador.

São exemplos de condições impeditivas:


- Condições meteorológicas;
- Ausência de supervisão;
- Ausência de sistemas de proteção contra quedas (coletivos ou individuais);
- Ausência de registros de segurança (AR, PT, Plano de Resgate, etc.);
- Condições de saúde dos trabalhadores que desaconselham o trabalho em altura (pressão alta, mal
estar, cefaleia, gripes, distúrbios, etc.);
- Riscos adicionais: Mecânicos, Químicos, Biológicos e Ergonômicos;
- Presença de animais peçonhentos;
- Outras condições operacionais de trabalhos ou processos que interfiram nos trabalhos em altura;
- Acidentes e Situações de Emergências.

Verificada a existência de condições impeditivas os trabalhos deverão ser estabelecidos procedimentos


para que as atividades não sejam liberadas ou sejam continuadas até que seja normalizada a situação ou
estabelecidas medidas imediatas para seu controle.

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6. SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS


Não sendo possível evitar a execução de trabalhos em locais com potencial risco de queda, torna-se
obrigatório para os responsáveis por planejar e liberar os trabalhos em altura providenciar a instalação de
sistema de proteção contra quedas, a ser selecionado de acordo com as conclusões da análise de risco para o
trabalho em altura, considerando o risco de queda, o movimento da queda, a altura de trabalho, a existência
de pontos de ancoragem, além dos demais riscos a que os trabalhadores ficarão expostos.

Os sistemas de proteção contra queda poderão fornecer uma função de proteção ativa ou passiva. Sua
função irá depender do tipo de sistema que poderá ser um SPCQ - Sistema de Proteção Coletiva contra Queda
ou um SPIQ - Sistema de Proteção Individual contra Queda. Em geral os sistemas de proteção coletiva
oferecem uma função de proteção passiva, enquanto que os sitems de proteção individual oferecem uma
função de proteção ativa. Seguindo os conceitos de hierarquia de segurança estabelecidos para proteção
contra quedas deveremos optar inicialmente pelos sistemas de proteção coletivos. Caso fique contatado que o
mesmo seja inviável ou a sua segurança oferecida seja insuficiente, devermos utilizar os sistemas de proteção
individuais como último recurso.

6.1. REQUISITOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS


Os sistemas de proteção contra quedas se destinam a eliminar o risco de queda dos trabalhadores ou
minimizar as consequências da queda. Os mesmos podem ser selecionados e projetados para sua instalção
durante as obras de construção ou montagem de edificações ou estruturas industriais. Durante as obras, já
podem ser concebidas as medidas de controle para os riscos durante as etapas de execução, utilização e
manutenção, conseguindo medidas mais simples, econômicas e eficazes. Os sistemas poderão ser temporários
ou poderão permanecer instalados por um período indeterminado.

Todavia, os sitemas de proteção contra quedas também podem ser instalados em edificações e estruturas
já existentes. Porém, deverá ser realizada uma análise minunciosa do seu local de instalção para assegurar a
viabilidade do sistema de proteção contra queda a ser instalado nas estruturas existentes, o que poderá
oferecer alguma dificuldade relacionada à incompatibilidade dos sistemas selecionados com o local ou as
estruturas disponíveis para sua instalação.

Os sistemas de proteção contra quedas deverão ser selecionados com base nas informações
fundamentadas na análise de risco. Segundo a NR-35 esse sistema deverá:
a. Ser adequado à tarefa a ser executada.
Considerar as características específicas do trabalho em altura, entre elas:
- O local, sua configuração e as condições do ambiente de trabalho;
- Os detalhes da tarefa, suas etapas e métodos de execução do trabalho;
- As características dos trabalhadores (perfil, tamanho e massa corporal);
- Os materiais, ferramentas, equipamentos e substâncias a serem utilizados;
- A instalação, utilização e desmontagem do SPQ.

b. Ser selecionado de acordo com Análise de Risco, considerando, além dos riscos a que o trabalhador
está exposto, os riscos adicionais.
Os riscos a que o trabalhador está exposto se referem aos riscos específicos do trabalho em altura,
principalmente os riscos que possas causar a queda, entre eles:

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- Aberturas nas superfícies de trabalho ou no acesso aos locais de trabalho;


- Superfícies (pisos ou telhados) fragilizados ou com risco de afundamento ou quebra;
- Bordas livres de proteção contra quedas;
- Bordas com quinas cortantes ou abrasivas;
- Zona livre de queda insuficiente;
- Presença de interferências na trajetória de queda;
- Possibilidade de movimentos pendulares durante a queda
- Os riscos adicionais, como por exemplo, instalações ou equipamentos energizados, espaço
insuficiente para execução do trabalho, iluminação deficiente, máquinas ou equipamentos que
possam provocar lesões nos trabalhadores quando em contato com elas, trabalhos a quente (solda
e corte), gases ou vapores perigosos, temperaturas extremas, desabamentos, soterramentos, etc.

c. Ser selecionado por profissional qualificado em segurança do trabalho.


O profissional qualificado em segurança do trabalho pode ser um engenheiro de segurança ou um técnico
de segurança do trabalho. Esse profissional não deverá ser confundido com o profissional legalmente
habilitado. O mesmo poderá ter formação que o qualifique como profissional legalmente habilitado, sem,
todavia, isso se tornar uma obrigação.

d. Ter resistência para suportar a força máxima aplicável prevista quando de uma queda.
Esse item se aplica aos sistemas de retenção de quedas. Os sistemas de restrição de movimentação devem
ser dimensionados para suportar a força máxima aplicável prevista gerada pela movimentação dos
trabalhadores, materiais e equipamentos.

e. Atender às normas técnicas nacionais ou na sua inexistência às normas internacionais aplicáveis.


Quanto à estrutura onde será instalado, devem ser atendidas as normas técnicas nacionais aplicáveis.
Conforme o tipo de material empregado, as referências normativas nacionais são a NBR – 8800 Projeto de
estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios, a NBR - 14762 Dimensionamento de
estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio, a NBR - 7190 Projeto de estruturas de madeira e a
NBR - 6118 Projeto de estruturas de concreto — Procedimento.
Também há normas técnicas para alguns sistemas de proteção contra queda coletivos, como a NBR 14718 -
Guarda-corpos para edificação, norma específica para guarda-corpos definitivos.
Ainda não há uma norma brasileira para guarda-corpo temporário. A norma europeia EN 13374 Temporary
edge protection systems – Product specification – Test methods pode ser usada como referência.
Outras normas aplicam-se a alguns componentes que podem ser utilizados em sistemas de proteção contra
quedas, como por exemplo, os chumbadores de fixação nas seguintes normas: NBR 14827 - Chumbadores
instalados em elementos de concreto ou alvenaria - Determinação de resistência à tração e ao cisalhamento,
NBR 14918 - Chumbadores mecânicos pós-instalados em concreto - Avaliação do desempenho e NBR 15049 -
Chumbadores de adesão química instalados em elementos de concreto ou de alvenaria estrutural -
Determinação do desempenho.

f. Ter todos os seus elementos compatíveis e submetidos a uma sistemática de inspeção.


A função de segurança de um componente que faça parte de um sistema de proteção contra quedas não
pode interferir com a função de segurança de outro componente do mesmo sistema. É importante verificar
primeiramente junto ao fabricante do sistema ou seu fornecedor. Caso sejam insuficientes as informações o
projetista do sistema deverá ser consultado, ou, se necessário, poderá ser feito um ensaio de desempenho
para o sistema projetado.
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A sistemática de inspeção deve ser considerada na análise de risco e atender às normas técnicas vigentes e
às orientações do fabricante, fornecedor ou projetista.
Os sitemas de proteção contra quedas podem ser do tipo coletivo ou individual. Os seus conceitos,
requisitos, objetivos e diferenças serão estudados à parte nos Capítulos 7 e 8 deste manual.

6.2. HIERARQUIA DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS


A seleção dos sistemas de proteção contra quedas também poderá partir de uma orientação consistente
com o mesmo critério hierárquico estabelecido nos princípios de segurança para trabalhos em altura. Portanto,
respeitadas as diferenças entres os riscos existentes a serem controlados, o tipo de tarefa a ser executada, o
local de trabalho escolhido e as tecnologias existentes, os responsáveis pela especificação e implementação
dos sistemas poderão ter à disposição uma série de soluções que oferecem uma proteção mais alta até aquelas
que oferecem uma proteção mais baixa.

MAIS ALTA MAIS BAIXA


NÍVEIS DE CATEGORIA DE
EXEMPLO DE MEDIDAS PROTETORAS
PRIORIDADE EQUIPAMENTO
COLETIVA INDIVIDUAL
PLATAFORMA DE TRABALHO AÉREO SISTEMAS DE RESTRIÇÃO DE
PREVINE (ELIMINA UMA
MAIS ALTA SISTEMA DE GUARDA CORPO E RODAPÉ MOVIMENTAÇÃO
QUEDA)
BARREIRAS FÍSICAS (REDES) SISTEMAS DE ACESSO POR CORDA
MINIMIZA A DISTÂNCIA E AS SISTEMA DE RETENÇÃO ATRAVÉS DE REDES SISTEMAS DE RETENÇÃO DE
MAIS BAIXA CONSEQUÊNCIAS DE UMA DE SEGURANÇA QUEDAS
QUEDA SISTEMAS DE AMORTECIMENTO DE QUEDA

Seguindo a hierarquia de soluções de proteção para pessoas que trabalham em altura acima que nos é
apresentada pela norma técnica NBR 16489:2017, poderemos estabelecer alguns exemplos práticos, sempre
considerando que as medidas de proteção coletiva têm prioridade sobre as medidas de proteção individual,
conforme a seguir:
1ª opção: Não fazer trabalho em altura;
2ª opção: Utilização de plataformas de trabalho aéreo (PTA);
3ª opção: Montagem de plataformas de trabalho fixas ou temporárias com guarda corpo;
4ª opção: Instalação de sistemas de guarda corpo;
5ª opção: Utilizar equipamentos de proteção individual empregados nos sistemas de proteção contra
queda do tipo acesso por cordas (NBR 15.595 Procedimento para aplicação do Método);
6ª opção: Utilizar equipamentos de proteção individual empregados nos sistemas de proteção contra
queda do tipo restrição de movimentação;
7ª opção: Instalação de sistemas de redes de retenção de quedas;
8ª opção: Utilizar equipamentos de proteção individual empregados nos sistemas de proteção contra
queda do tipo retenção de quedas;
9ª opção: Utilização de escadas portáteis.

Os exemplos acimas não se constituem como opções únicas ou definitivas. As empresas deverão
estabelecer a sua hierarquia de soluções mais apropriada para suas atividades, de acordo com sua política de
segurança e saúde do trabalho e através de um sistema de análise de risco fundamentada para cada condição
de trabalho a ser executado e os seus riscos intrínsecos.
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7. SISTEMAS DE PROTEÇÃO COLETIVA CONTRA QUEDAS


Os sistemas de proteção coletiva contra quedas têm por objetivo eliminar o risco de queda para uma
maior quantidade de trabalhadores de forma simultânea em um local que oferece exposição ao risco de queda.
São projetados para estabelecer uma barreira física de isolamento em determinados locais que não existam
condições se se evitar o contato dos trabalhadores com o risco de queda. Essas barreiras buscam a proteção
mais completa para os trabalhadores em altura, de maneira que seja possível executar os trabalhos em altura
sem recorrer ao uso dos equipamentos de proteção individual contra queda. Os seus projetos partem do
princípio de que ainda é possível utilizar medidas técnicas e de engenharia para permitir a execução de
trabalhos em altura sem que exista a possibilidade de quedas dos trabalhadores.

O sistema de proteção coletiva contra quedas pode ser permanente ou temporário e deve ser adequado
com a tarefa a ser executada e selecionado de acordo com as avaliações obtidas a partir da análise de risco. O
sistema deverá ser projetado por profissional legalmente habilitado, atender às normas técnicas nacionais ou
na sua ausência às normas internacionais aplicáveis e ainda ter todos os seus elementos compatíveis e
submetidos a uma sistemática de inspeção.

Dentre os sistemas de proteção coletivos mais utilizados destacamos os seguintes:

7.1. GUARDA CORPO


Trata-se de um dos sistemas de proteção coletiva mais utilizada em locais elevados com risco de acidentes
por queda de altura, onde não existem barreiras físicas que impeçam a queda de um trabalhador. São
anteparas rígidas construídas em materiais metálicos ou em madeira com o objetivo de proteger os
colaboradores contra quedas e projeção de materiais.

Quando se tratarem de sistemas de guarda corpo provisórios ou temporários utilizados na indústria da


construção civil deve atender aos seguintes requisitos dispostos na NR-18:
- Altura de 1,20 m para o travessão superior e 0,70 m para o travessão intermediário;
- Rodapé com altura de 0,20 m;
- Espaçamento das colunas verticais de apoio não devem exceder 2,43m;
- Ser de material rígido e capaz de resistir ao esforço horizontal de 80 kgf/cm 2 aplicado no seu ponto
mais desfavorável;
- O guarda corpo deverá atender estar numa altura que elimine a possibilidade de queda de pessoas e
objetos, ficar em torno do usuário em todas as direções possíveis e suas bordas devem apresentar
superfícies lisa, redondas ou chanfradas de forma que não provoquem ferimentos no colaborador e
nem danifiquem seus equipamentos de segurança.

Para máquinas e equipamentos, excepcionalmente, a NR-12 estabelece outro padrão de dimensões para
os guarda corpo. Enaquanto que, normalmente, os sistemas de guarda corpo utilizados na construção civil para
efeitos de aplicaçao da NR-18 são temporários, os sistemas de guarda corpo previstos ns NR-12 são
permanentes e deverão ser construídos com as seguintes dimensões e características:
- Ser dimensionados, construídos e fixados de modo seguro e resistente, de forma a suportar os esforços
solicitantes;
- Ser constituídos de material resistente a intempéries e corrosão;
- Possuir travessão superior a 1,10 m a 1,20 m de altura em relação ao piso ao longo de toda a extensão,
em ambos os lados;
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- O travessão superior não deve possui superfície plana, a fim de evitar a colocação de objetos;
- Possui rodapé de, no mínimo, 0,20 m de altura e travessão intermediário a 0,70 m de altura em relação
ao piso, localizado entre o rodapé e o travessão superior.

7.2. REDES DE PROTEÇÃO


As redes de proteção são um dos sistemas mais utilizados na indústria da construção civil, exatamente
pela admissibilidade de proteger um número maior de trabalhadores em determinados postos de trabalho em
que a configuração do local naõ oferece a possibilidade de se utilizar outra tecnologia.

O objetivo de se instalar as redes de segurança são 2:


- Impedir a queda de pessoas ou objetos;
- Limitar a queda de pessoas ou objetos.

Normalmente as redes instaladas para impedir a queda de pessoas ou objetos são instaladas
verticlamente nos acessos ou locais com boradas livres das fachadas de edificações em fase de construção,
manutenção ou reparação.

Já as redes de proteção para queda de pessoas fazem parte de um sistema de proteção coletiva do tipo
limitador de quedas constituído de uma rede de material resistente e elástico, cordas de sustentação,
amarração e perimétrica e conjunto de sustentação, fixação e de ancoragens. Sua finalidade é limitar e
amortecer a queda do trabalhador em caso de acidente por queda de altura. É importante ressaltar que o
dispositivo de rede de proteção é um sistema que, a nosso ver, não elimina o uso do EPI, pois poderão existir
outras áreas no local onde a rede está instalada com possibilidade de exposição ao risco de queda,
principalmente nos pontos periféricos das extremidades da rede.

A NR-18 dispõe que as redes de segurança instaladas como um sistema limitador de queda de altura se
trata de uma medida alternativa aos trabalhos realizados em plataformas temporárias ou até mesmo
estruturas definitivas, porém incabadas, existentes nas atividades de construção civil ou montagem industrial
eletromecânica.

Segundo a NR-18 as redes de segurança deverão possuir as seguintes características para seu uso como
sistema limitador de queda:
- As cordas de sustentação e periférica que constituem o sistema deverão ter um diâmetro mínimo
de 16 mm resistência de 30 kN (3000 Kgf);
- O sistema deve ter, no mínimo, 2,5 m de projeção horizontal a partir da face externa da estrutura;
- Entre a superfície de trabalho e a inferior do sistema deverá ter uma altura máxima de 6 m;
- A estrutura de sustentação deve ser projetada de forma a evitar que o sistema trabalhe folgado;
- A estrutura de sustentação deverá ser dimensionada por profissional legalmente habilitado;
- O sistema deve ser inspecionado semanalmente para verificação das condições de todos os
elementos e pontos de fixação;
- Os elementos de sustentação do sistema não poderão ser utilizados para outra finalidade;
- O projeto deverá fornecer detalhamento técnico descritivo das fases de montagem, deslocamento à
medida que a obra evolui e de desmontagem;
- O projeto deverá ser assinado por profissional legalmente habilitado;
- As fases de montagem, deslocamento e desmontagem deverão ser supervisionadas pelo
responsável técnico da obra;
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- As redes devem ser utilizadas até a conclusão dos serviços de estrutura e de vedação periférica;
- Poderão ser colocados tecidos sobre a rede que impeçam a queda de objetos pequenos, desde que
esteja prevista no projeto original do sistema;
- As redes instaladas devem ser submetidas a inspeções semanais para a verificação das condições de
todos os seus elementos e pontos de fixação;
- A rede e seus elementos de sustentação deverão ser armazenados em local adequado, seco,
acondicionados em recipientes adequados e protegidos contra deterioração.

No Brasil ainda não existem normas técnicas para contrução, ensaios e certificação das redes de segurança
da mesma forma em que os equipamentos de proteção contra quedas são certificados. A NR-18 dispõe que
sejam utilizadas as normas europeias EN 1263-1 e EN 1263-2 para confeccção e testes, bem comopara atender
os requisitos de segurança de sua montagem.

Material utilizado na confecção das redes de segurança


As redes devem ser fabricadas em fibras sintéticas. Não são utilizadas as fibras naturais devido a sua
sensibilidade a intempéries, se enfraquecem quando expostas continuamente aos agentes atmosféricos que
favorecem a sua deterioração (água, luz e variação de temperaturas), serem menos resistentes do que as fibras
sintéticas e ainda podem apodrecer facilmente com tempo ou por ataque de bactérias ou mofo.

Portanto fibras sintéticas como a poliamida e o poliéster são as mais utilizadas, pois são mais leves,
suportam mais cargas, são resistentes aos agentes atmosféricos, não apodrecem e amortizam melhor os
efeitos produzidos pela queda devido a sua elasticidade.

Outros aspectos de segurança a serem levados em consideração:


- As intempéries: As redes são habitualmente utilizadas em condições ambientais sujeitas aos efeitos das
intempéries. Os rigores climáticos afetam diretamente a sua durabilidade e afetam de forma diferente
as redes de acordo com a natureza dos seus materiais construtivos. A utilização de estabilizadores tem
sido uma solução encontrada pelos fabricantes para aumentar a resistência das redes e tornar o
processo de degradação mais lento.
- Proteção contra exposição ao calor: Na realização de trabalhos a quente em locais elevados protegidos
pela rede de segurança deverá ser levado em consideração a sensibilidade das fibras estáticas ao calor.
Pingos de solda podem facilmente queimar as cordas utilizadas na confecção das redes provocando
rasgos nas partes derretidas da rede. Embora as fibras naturais sejam mais resistentes ao calor, já
vimos que essas também apresentam outros fatores que não recomendam o seu uso. Uma solução
seria a utilização de fibras resistentes ao calor, como por exemplo, a aramida ou a colocação de
coberturas sobre a rede também construídas a partir de fibras sintéticas resistentes ao calor.
- Agentes químicos: Para utilização das redes de segurança em ambiente de exposição à agentes
químicos agressivos os responsáveis pelo seu projeto e utilização devem avaliar a resistência dos
materiais construtivos da rede em comparação coma as características físico químicas dos agentes
químicos. É conhecido que muitos agentes corrosivos, como por exemplo, cloro e amônia são capazes
de provocar uma rápida degradação nas fibras sintéticas. Uma solução pode ser a aplicação de um
tratamento químico nas fibras sintéticas utilizadas na construção da rede para diminuir a sua
degradação
- Óxido de ferro: O ferro é um material muito utilizado em quase todos os tipos de projetos da
construção civil e principalmente na construção naval. A oxidação excessiva é capaz de atacar as fibras
e enfraquece-las com o tempo.
- Estabelecer procedimento operacional de montagem que também contemple a necessidade de
sistemas de proteção individual para os montadores quando for o caso.
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8. SISTEMAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA QUEDAS


Um Sistema de Proteção Individual contra Quedas – SPIQ é utilizado nas seguintes situações:
I. Sempre que houver a impossibilidade de adoção do Sistema de Proteção Coletiva contra Quedas – SPCQ;
II. Sempre que o SPCQ não oferecer aos trabalhadores completa proteção contra os riscos de queda;
III. Para atender uma situação de emergência, como por exemplo, resgates em altura.

Os sistemas de proteção individual contra quedas são compostos por:


- Um sistema de ancoragem
- Um elemento de ligação
- Um equipamento de proteção individual

O SPIQ pode ser projetado para ser de restrição de movimentação, de retenção de quedas, de
posicionamento no trabalho ou de acesso por cordas. A sua seleção e especificação deve ser feita por
profissional qualificado em segurança do trabalho através de análise de risco, devendo ter resistência para
suportar a carga máxima aplicável prevista quando de uma queda e atender às normas técnicas nacionais ou na
sua inexistência às normas internacionais aplicáveis, assegurar que a força de impacto transmitida ao
trabalhador seja inferior a 6kn quando de uma eventual queda, ter seus elementos compatíveis e ser
submetidos a uma sistemática de inspeção.

A análise do profissional qualificado em segurança do trabalho para especificação do SPIQ deverá ainda
considerar, no mínimo, os seguintes requisitos para a seleção dos elementos que compõe o sistema de
proteção individual:
a) Que o trabalhador deve permanecer conectado ao sistema durante todo o período de exposição ao
risco de queda.
b) A distância de queda livre.
c) A utilização de um elemento de ligação que garanta um impacto de no máximo 6kn seja transmitido ao
trabalhador quando da retenção de uma queda.
d) A Zona Livre de Queda.
e) Compatibilidade entre os elementos do SPIQ.

A NR-35 adota a seguinte visão para a configuração de um SPIQ:

SISTEMA DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA QUEDAS

DIRETAMENTE NA ESTRUTURA
SISTEMA DE ANCORAGEM ANCORAGEM ESTRUTURAL
DISPOSITIVO DE ANCORAGEM

TALABARTES
ELEMENTO DE LIGAÇÃO TRAVA-QUEDAS
ABSORVEDOR DE ENERGIA

CINTURÃO DE SEGURANÇA DO TIPO


EPI PARAQUEDISTA

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Sistemas de Ancoragem
Os sistemas de ancoragem são talvez a parte mais importante de um SPIQ, pois trata-se do elemento que
deverá comprovar ser resistente o suficiente para suportar todos os esforços aos quais o sistema pode ser
submetido, entre eles, os esforços produzidos pelos efeitos de uma queda do trabalhador.

Sistemas de ancoragens são definidos pelo Anexo II da NR-35 como um conjunto de componentes,
integrante de um sistema de proteção individual contra quedas - SPIQ, que incorpora um ou mais pontos de
ancoragem, aos quais podem ser conectados Equipamentos de Proteção Individual (EPI) contra quedas,
diretamente ou por meio de outro componente, e projetado para suportar as forças aplicáveis.

O ponto de ancoragem é definido pela NR-35 como sendo parte integrante de um sistema de ancoragem
onde o equipamento de proteção individual é conectado. Portanto, é o local exato onde o trabalhador irá
conectar o elemento de ligação de seu EPI (cinturão de segurança tipo paraquedista).

A configuração do um sistema de ancoragem conforme NR-35 e seu Anexo II poderão oferecer pontos de
ancoragem para conexão do EPI instalados através das três formas:
- Diretamente na estrutura;
- Na ancoragem estrutural;
- No dispositivo de ancoragem.

Os dispositivos de ancoragem são uma das formas de se estabeler o sistema de ancoragem para trabalhos
em altura mais utilizados em todo mundo. São equipamentos fabricados na condição de produtos submetidos
a ensaios e avaliação de conformidade para sua certificação tal quais os equipamentos de proteção contra
queda. A NR-35 define o dispositivo de ancoragem como sendo o dispositivo removível da estrutura, projetado
para utilização como parte de um sistema pessoal de proteção contra queda, cujos elementos incorporam um
ou mais pontos de ancoragem fixos ou móveis.

Atualmente contamos no Brasil com norma técnica nacional NBR 16325 NBR 16.325:2014 – Proteção
Contra Quedas de Altura – Dispositivos de Ancoragem a ser utilizada pafra fabricação, testes e certificação
desses dipositivos.

Elemento de Ligação
O Elemento de ligação, também chamado de componente de união, é utilizado para conectar o EPI do
trabalhador ao sistema de ancoragem. Os elementos de ligação utilizados com o EPI dentro de um SPIQ são:
- Talabarte (para sistemas de restrição movimentação)
- Talabarte com absorvedor de energia (para sistemas de retenção de quedas)
- Trava queda deslizante guiado para corda ou para cabo de aço (para sistemas de retenção de
quedas)
- Trava queda retrátil (para sistemas de retenção de quedas)

O elemento de ligação selecionado deverá assegurar que ao reter a queda sofrida pelo trabalhador a força
de impacto produzida pela queda que possa ser transmitida ao proprio trabalhador seja de, no máximo 6Kn
(aproximadamente 600 Kgf).

EPI – Equipamento de Proteção Individual


EPI é definido pela norma regulamentadora NR-6 como sendo todo dispositivo ou produto, de uso
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a
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saúde no trabalho. Conforme a metodologia proposta pela NR-35, o cinturão de segurança tipo paraquedista
sempre será o EPI para efeitos de um SPIQ. O EPI de proteção contra quedas tem como objetivo minimizar as
consequências de uma queda ao protegê-lo de impactos ontra o piso ou obstáculos próximos, mantê-lo numa
posição segura após a queda e não agravar possíveis lesões provocadas. A norma ainda determina que esse
equipamento deve ser:
- Certificado;
- Adequado para a utilização pretendida;
- Utilizado considerando os limites de uso;
- Ajustados ao peso e à altura do trabalhador.

Atualmente os equipamentos de proteção contra quedas possuem a sua avaliação de conformidade no


âmbito do Sistema Brasileiro de Normalização, Metrologia e Qualidade Industrial - SINMETRO. Através de sua
Portaria nº 32/2009 o MTE delegou poderes ao INMETRO para elaborar regulamentos técnicos para de
qualidade, avaliação da conformidade e fiscalização desses equipamentos. Com a publicação da Portaria nº
388/2012 estabeleceu-se o RAC – Requisitos de Avaliação de conformidade para certificação dos EPI’s para
proteção contra quedas com diferença de nível por organismos de terceira parte (OCP – Organismos de
Certificação de Produtos), onde o INMETRO atua como órgão competente para a acreditação dos certificados
de conformidade emitidos por esses organismos para os equipamentos submetidos a análises e ensaios. Isso se
aplica aos cinturões de segurança (paraquedista e abdominal), ao elemento de ligação (talabarte e trava-
quedas) e demais componentes (absorvedor de energia e conectores).

No entendimento da NR-35, o cinturão de segurança tipo paraquedista é o único EPI do sistema de


proteção individual contra queda. Os demais equipamentos como talabartes e trava-quedas são elementos de
ligação. Portanto, a certificação ocorrerá para este item e deverá seguir o entendimento da NR-06 que
considera o EPI para proteçao contra queda com diferença de nível o seguinte em seu Anexo I, Letra I:

1) CINTURÃO DE SEGURANÇA COM DISPOSITIVO TRAVA QUEDA


a) Cinturão de segurança om dispositivo trava queda para proteção do usuário contra quedas em
operações com movimentação vertical ou horizontal.

2) CINTURÃO DE SEGURANÇA COM TALABARTE


a) Cinturão de segurança com talabarte para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos
em altura;
b) Cinturão de segurança com talabarte para proteção do usuário contra riscos de queda no
posicionamento em trabalhos em altura.

O cinturão de segurança tipo paraquedista, o talabarte e o trava queda possuem suas próprias normas
técnicas para suas certificações. Contudo, para assegurar a compatibilidade entre eles quando utilizados como
elementos de um SPIQ, o cinturão assume o papel do EPI, devendo indicar quais são as referências dos
modelos de talabartes e trava-quedas que são utilizados como elementos de ligação para o equipamento. Essa
é a regra corroborada pelo Ministério do Trabalho para a emissão do Certificado de Aprovação (CA) do EPI.
Sendo assim, encontraremos apenas no cinturão de segurança paraquedista as marcações com nome do
fabricante, lote de fabricação (ou número individual), selo do INMETRO, número da norma técnica do
equipamento e, finalmente o número do CA emitido, enquanto que nos talabartes e trava-quedas deverão
conter as marcaçoes previstas em suas respectivas normas técnicas e o selo do INMETRO.

Vimos, portanto, que todo SPIQ é composto de três elementos: Um sistema de ancoragem, um elemento
de ligação e um EPI. Está determinado pela NR-35 que a sua seleção deverá ser feita mediante análise de risco

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e ser especificado por profissional qualificado em segurança do trabalho. Os elementos de um SPIQ, por sua
vez, possuem seus próprios componentes de diversos tipos e modelos com aplicações e efeitos distintos. Por
isso a sua especificação torna-se fundamental para que seja assegurada uma compatibilidade entre os
elementos do sistema. Os componentes dos elementos de um sistema de proteção individual contra queda
serão apresentados no Capítulo 10 desse manual.

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9. TIPOS DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA QUEDAS - SIPQ


Partindo do princípio de sempre colocar a segurança em primeiro lugar, o ideal seria sempre preparar os
postos de trabalho em locais elevado em um ambiente o mais seguro possível e isento de qualquer risco de
queda. Porém, sabemos que apesar de todos os esforços para aplicação de medidas técnicas e de engenharia
nem sempre isso é viável. A partir desse momento, quando as medidas de proteção coletiva não são suficientes
para uma completa proteção dos trabalhadores, passamos a admitir a hipótese de uma queda como
consequência de acidentes que ocorrem nos trabalhos em altura. Para restringir os deslocamentos dos
trabalhadores em locais onde exista uma exposição real ao risco de queda ou para minimizar os efeitos de uma
queda deverão ser selecionados e implementados sistemas de proteção individual contra quedas como
derradeira solução de segurança e prevenção de acidentes por quedas nos trabalhos em altura.

O SPIQ – Sistema de Proteção Individual contra Queda possui diferentes configurações, elementos e
componentes. Além de seus conhecimentos para a segurança e prevenção de acidentes nos trabalhos em
altura, é importante que todos os colaboradores que trabalham em altura possuam o treinamento prático
adequado para seus deslocamentos horizontais e verticais em áreas com potencial risco de acidentes por
queda, relativo ao uso de algum tipo de sistema de proteção individual contra quedas.

Os tipos de sistemas de proteção individual contra quedas previstos na NR-35 são:


- Sistema de restrição de movimentação
- Sistema de acesso por corda
- Sistema de retenção de quedas
- Sistema de posicionamento no trabalho

9.1. SISTEMA DE RESTRIÇÃO DE MOVIMENTAÇÃO


É tido como o sistema de proteção individual contra quedas mais seguro entre todos, pois está destinado
a impedir que um trabalhador acesse um local onde o risco de acidente por queda é real.

Esse sistema é composto pela seguinte configuração:


- Um sistema de ancoragem
- Um dispositivo de retenção de quedas, de posicionamento ou de restrição (talabarte de segurança ou
talabartes de posicionamento e restrição).
- O EPI (cinturão de segurança tipo paraquedista ou tipo abdominal)

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O sistema permite um deslocamento restrito do trabalhador em determinada superfície de trabalho onde


haja risco de queda, estabelecendo uma zona limite com um perímetro determinado onde esteja assegurado
que o trabalhador não estar posicionado, em nenhum momento durante a execução de seus trabalhos, em
local onde o mesmo possa sofrer uma queda.

A NR-35 determina que o sistema de ancoragem destinado ao uso em sistemas de restrição de


movimentação deve ser dimensionado para resistir às forças que possam vir a ser aplicadas. Dentre os sistemas
de ancoragem que podem ser utilizados temos, por exemplo, dispositivos de ancoragem certificados (olhais),
linhas de vida, estruturas e ancoragens estruturais.

9.2. SISTEMA DE ACESSO POR CORDA


Sistema de movimentação vertical empregada para execução de trabalhos em áreas industriais com locais
de difícil acesso, onde a via de progressão estabelecida pela equipe ao local do serviço é constituída de cordas.
Na execução das atividades com acesso por cordas devem ser utilizados procedimentos técnicos de escalada
industrial, conforme estabelecido em norma técnica nacional ou, na sua ausência, em normas internacionais.
A exemplo do que já acontece em outros países que adotam normativas regionais e/ou internacionais
para aplicação do método de acesso por cordas e para qualificação e certificação do profissional de acesso por
cordas através de organismos de certificação acreditados, como por exemplo, IRATA (Reino Unido), o Brasil
possui norma técnica nacional para a capacitação específica desse trabalhador de acordo com a normativa NBR
15.475:2013: Acesso por Cordas – Qualificação e Certificação de Pessoas.

Atualmente o acesso por cordas encontra-se regulamentado no Brasil através do Anexo I da NR-35 que o
assim define: “Técnica de progressão utilizando cordas, com outros equipamentos para ascender, descender ou
se deslocar horizontalmente, assim como para posicionamento no local de trabalho, normalmente
incorporando dois sistemas de segurança fixados de forma independente, um como forma de acesso e o outro
como corda de segurança utilizado com cinto de segurança do tipo paraquedista”.

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Além do cinturão de segurança tipo paraquedista, o trabalhador qualificado irá utilizar equipamentos
auxiliares para sua progressão nas cordas, como por exemplo, ascensores, descensores, trava-quedas
deslizante guiado para corda e talabartes específicos.

Para que um trabalhador se torne um profissional de acesso por corda o mesmo deverá se candidatar a
um processo de qualificação e certificação de pessoas baseado na normativa técnica NBR 15475 – Acesso por
Corda – Qualificação e certificação de pessoas.

O organismo certificador de pessoas deve ser acreditado pelo Organismo Acreditador Nacional que é o
INMETRO, conforme os requisitos da norma ABNT NBR ISO/IEC 17.024.

No momento possuímos três organismos certificadores de pessoas para acesso por cordas reconhecido no
Brasil, a saber: ABENDI – Associação Brasileira de Ensaios Não-Destrutivos e Inspeção, o IRATA Brasil –
International Rope Access Trade Association a ANEAC – Associação Nacional das Empresas de Acesso por
Cordas. Os treinamentos e avaliações são realizadas por empresas que são reconhecidas como centro de
exames ou centros de treinamentos acreditados por um dos organismos existentes.

O sistema de qualificação e certificação está estruturado da seguinte maneira para os trabalhadores


iniciantes ou para aqueles que buscam sua re-certificação ou certificação para os demais níveis de proficiência:

NÍVEL TREINAMENTO EXPERIÊNCIA VALIDADE

I 8h Teórico + 32h Prático Nenhuma. 3 Anos

II 8h Teórico + 32h Prático 1000 horas como Nível I + 12 meses de experiência 3 Anos

III 8h Teórico + 16h Prático 3000 horas como Nível II + 30 meses de experiência 3 Anos

A empresa executante de serviços por acesso por cordas deverá apresentar procedimento operacional
formal, englobando aspectos de segurança com exigências mínimas a serem atendidas, descrevendo a
responsabilidade de cada empregado dentro de seu nível de qualificação de acordo com a atividade a ser
desenvolvida na equipe de trabalho e um plano de autoresgate e resgate dos profissionais em caso de
emergências. Para isso as equipes de acesso por corda contam com procedimentos de trabalho para execução
de atividades por meio da técnica de acesso por corda definidos na norma técnica NBR 15595 – Acesso por
Corda – Procedimento para aplicação do método, além dos demais requisitos exigidos pelo Anexo I da NR-35.

9.3. SISTEMA DE RETENÇÃO DE QUEDA


Sistema de proteção individual contra quedas destinados a trabalhos em altura, onde o trabalhador fica
exposto ao risco de acidente por queda ao longo da execução dos serviços, ainda que seja por um curto
período de tempo. Esse sistema somente deverá ser escolhido se não houver a possibilidade de utilizar
sistemas mais seguros que evitem a queda, como é o caso dos sistemas de restrição de movimentação.

Em determinados trabalhos em altura onde o trabalhador fica exposto diretamente ao risco de queda
podem ocorrer situações em que o mesmo possa se desequilibrar e perder o contato físico com a sua superfície
de trabalho sofrendo, assim, uma queda. O sistema de retenção não evita que o trabalhador sofra uma queda.
Ele está projetado para restringir a queda e minimizar os seus efeitos. O sistema de ancoragem selecionado
deve estar dimensionado para retenção de quedas e ser resistentes a todos os esforços ou impactos que
poderá sofre quando ocorrer uma queda de altura.
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Esse sistema é composto pela seguinte configuração:


- Um sistema de ancoragem que pode apresentar um ponto de ancoragem fixo, ou
uma linha de vida vertical ou uma linha de vida horizontal
- Um dispositivo de retenção de quedas (talabarte de segurança ou trava quedas e
poderá possuir absorvedores de energia quando o impacto produzido pela queda
for maior do que 6K no sistema especificado)
- O EPI (cinturão de segurança tipo paraquedista)

O sistema de retenção de quedas deve ser visto dentro de uma hierarquia de


segurança para as opções de sistemas de proteção individual contra quedas como a
última opção. Isso se explica pelo fato que toda a queda tem um potencial para gerar
ferimentos de diferentes magnitudes. O trabalhador pode sofre um impacto em uma
estrutura que lhe cause lesões, pode sentir um impacto violento dependendo da altura
de sua queda no exato momento em que o sistema retém totalmente a sua queda, ou
ainda pode ficar exposto à intolerância ortostática também conhecida como trauma de
suspensão inerte.

Como progredir verticalmente em estruturas metálicas?


A seguir passamos algumas recomendações de segurança para os trabalhadores que necessitam fazer
deslocamentos verticais através de escadas tipo “marinheiro” ou estruturas metálicas.

Antes de progredir:
a) Garantir que seja submetido à avaliação prévia de saúde;
b) Verificar as condições dos pontos de ancoragem disponíveis;
c) Verificar as condições das linhas de vida instaladas;
d) Planejar uma via segura para progredir;
e) Visualizar a trajetória do movimento de pêndulo para identificar áreas
de contato físico, principalmente se correr no risco de queda;
f) Selecionar e inspecionar os equipamentos/ferramentas a serem
utilizados, mantendo-os em recipiente próprio ou amarrados;
g) Testar os equipamentos antes de iniciar a movimentação.

Durante a Progressão
a) Sempre selecionar pontos de ancoragem para conexão de seu EPI
acima da linha da cabeça, preferencialmente;
b) Nunca se colocar em fator de queda (no máximo ficar em fator de
queda inferior a 1);
c) Para progressões verticais utilizar talabarte duplo ou trava quedas;
d) Quando utilizar talabarte duplo de progressão, verificar qual é a ZLQ –
Zona Livre de Queda exigida pelo equipamento.
e) Para posicionamento utilizar o talabarte de posicionamento NUNCA utilize o seu talabarte duplo de
progressão como talabarte de posicionamento.
f) Recomenda-se, ao escalar uma escada ou estrutura, usar três pontos de contato físico (2 mãos e 1 pé
ou 2 pés e 1 mão), além do próprio EPI que irá protege-lo contra quedas.
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9.4. SISTEMA DE TRABALHO POSICIONADO


Sistema de proteção individual contra queda projetado para prover uma sustentação completa ou parcial
de um trabalhador quando o mesmo não consegue manter-se seguramente equilibrado em uma determinada
superfície ou estrutura de trabalho.

Outra vantagem oferecida por esse sistema é permitir o trabalhador ficar com suas mãos livres para
manusear ferramentas e materiais não necessitando sustentar ou equilibrar a sua sustentação que está sendo
feita pelo próprio sistema de trabalho posicionado.

Na verdade, esse sistema não é um sistema de proteção contra quedas completo. A sua função é fornecer
um suporte primário para o trabalhador numa dada superfície ou estrutura. Estaria mais para um sistema
auxiliar do que para um sistema de proteção. Por isso esse sistema deverá incluir obrigatoriamente um sistema
de retenção de quedas, de forma que se houver um desequilíbrio do trabalhador amparado ou suspenso pelo
sistema de posicionamento, uma queda será prevenida ou retida pelo sistema de retenção de quedas.

Esse sistema é composto pela seguinte configuração:


- Um sistema de ancoragem
- Um dispositivo de retenção de quedas (talabarte de segurança, trava quedas e poderá possuir
absorvedores de energia quando o impacto produzido pela queda for maior do que 6Kn no sistema
especificado)
- Dispositivo de posicionamento (talabarte de posicionamento)
- O EPI (cinturão de segurança tipo paraquedista)

O talabarte de posicionamento é instalado nos elementos de engate laterais posicionados na parte


abdominal do cinturão de segurança.

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9.5. FATOR DE QUEDA


O fator de queda é aplicado quando estamos utilizando equipamentos ou sistemas dinâmicos (com
absorção de energia). É calculado pela seguinte fórmula:
FQ = D (queda) / D (corda)

O FQ é uma referência teorica medida em um valor absoluto. Portanto, não existe uma unidade de medida
específica (comprimento, energia, força, etc.). Trata-se de uma orientação importantíssima para os
trabalhadores em altura. Quanto menor for o fator de queda mais seguro você estará. Menor será a
possibilidade de sofrer algum tipo de lesão provocada pelo choque provocado pela queda ou pela colisão com
algum obstáculo.

FQ > 2

EXEMPLOS DE FATOR DE QUEDAS


FQ = 2

FQ = 1

FQ < 1

Por exemplo, um trabalhador sofre uma queda de 3 metros utilizando um talabarte duplo com gancho MGO de
1,5 m de comprimento:
FQ = 3 / 1,5 → FQ = 2

Outro exemplo, um trabalhador suspenso na corda sofre uma queda de 0,5 metros utilizando um trava queda
para corda com uma fita de 0,5 metros de comprimento:
FQ = 0,5 / 0,5 → FQ = 1

Uma queda em FQ 1 já é uma ocorrência preocupante para a integridade física do trabalhador. Uma queda
em FQ 2 poderá provocar graves lesões (incapacitantes ou não). Qualquer queda acima de FQ 2 será
potencialmente mortal para o trabalhador.
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10. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E ELEMENTOS DE LIGAÇÃO DO SPIQ


Quando as medidas administrativas, técnicas, coletivas e de engenharia não forem suficientes para
controlar os riscos de queda, os equipamentos individuais contra quedas de altura serão utilizados dentro de
um sistema de proteção individual projetado para a proteção dos trabalhadores. Os equipamentos contra
quedas de altura apenas são utilizados quando for tecnicamente impossível utilizar um sistema de proteção
coletiva.

Os EPI´s e seus componentes utilizados na proteção contra quedas são partes de um sistema e possuem os
seguintes objetivos principais:
- Proteger os trabalhadores contra o risco de queda (sistema de retenção da queda);
- Minimizar a distância e as consequências para os trabalhadores que tenham caído (sistema de
amortização da queda);
- Devem constituir-se ainda em um meio de salvamento seguro.

No Brasil o EPI é definido pela NR-06 como sendo todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado
pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Segundo a NR-35, os Equipamentos de Proteção Individual tomam parte como um dos elementos que
compõem a cadeia de segurança inserida no conceito do SPIQ - Sistema de Proteção Individual contra Queda e
são projetados e concebidos para emprego nos seguintes tipos de SIPQ:
1. Equipamentos de Proteção Individual de restrição de movimentação;
2. Equipamentos de Proteção Individual de retenção de queda;
3. Equipamentos de Proteção Individual de posicionamento no trabalho;
4. Equipamentos de Proteção Individual e equipamentos auxiliares para as técnicas de acesso por cordas.

Todavia, mesmo diante da preocupação em normatizar os processos para projetos, fabricação e


certificação dos equipamentos de proteção individual, de forma a apresentar produtos sob os mais elevados
níveis de proteção e qualidade, um equipamento terá a sua eficiência colocada realmente à prova quando for
corretamente selecionado pelos empregadores e utilizados adequadamente pelos trabalhadores usuários, de
acordo com as responsabilidades que lhes são atribuídas pela NR-06 quanto à utilização dos equipamentos:

Responsabilidade dos Empregadores:


a) Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
b) Exigir seu uso correto dos empregados e colaboradores;
c) Fornecer ao trabalhador somente EPI aprovado com a indicação do Certificado de Aprovação – CA,
expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do MTE;
d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
g) Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

Responsabilidade dos Empregados:


a) Usar, utilizando o EPI apenas para a finalidade a que se destina;
b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
d) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

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10.1. CINTURÃO DE SEGURANÇA TIPO PARAQUEDISTA


Equipamento composto por sustentações na parte inferior do peitoral, acima dos ombros e envolto nas
coxas. Esse equipamento é constituído por fitas, fivelas de ajuste, argolas e outros elementos, montados de
forma adequada e ergonômica no corpo do usuário de forma a sustentá-lo posicionado ou suspenso após a
retenção de uma queda.

Dentro de um SPIQ, considera-se o cinturão de segurança como o único EPI. Para trabalhos em altura
liberados com o amparo de um sistema de retenção de quedas somente poderão ser utilizados cintos do tipo
paraquedista.

O cinto não é capaz de proteger o trabalhador de forma isolada. Ele sempre será parte de um sistema de
proteção individual contra quedas conjugado a um elemento de ligação, que também deverá estar aprovado
por meio de certificação (Ex: Talabartes e trava quedas). Existem muitos modelos de cinturão tipo
paraquedista, porém a sua principal característica é possuir um ou dois elementos de engate para retenção de
queda onde serão conectados os talabartes e dispositivos trava quedas. Estes elementos de engate estão
posicionados na parte superior das costas (dorsal) ou na altura do peito (esternal).

Todo cinto de segurança deve ser usado com ajuste suficiente para que o usuário não escorregue e escape
do equipamento, para que não sofra de algum tipo de trauma em caso de queda (distribuição uniforme do
choque) ou não venha sofrer os efeitos da síndrome do cinto.

10.2. TALABARTE DE SEGURANÇA


EPI para conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para sustentar, posicionar e limitar a
movimentação do trabalhador. São constituídos de material têxtil (fitas ou cordas em poliamida e/ou
poliéster), cabo metálico (aço inox) e são dotados de conectores metálicos (ganchos) de diferentes amplitudes.

Os talabartes utilizados para deslocamentos em altura e retenção de quedas serão utilizados em conjunto
com o cinto paraquedista. Ao utilizar os talabartes de segurança sempre leve em consideração a escolha de um
ponto de ancoragem posicionado acima da altura do elemento de engate do cinturão de segurança para sua
conexão, uma área de queda livre de obstáculos, um ajuste de modo a restringir a distância da queda para
evitar colisões com obstáculos próximos e evitar quedas que produzam movimentos pendulares que também
possam fazer com que o trabalhador venha a colidir com alguma estrutura inferior.

Em sistemas de retenção de quedas que possam gerar uma energia de choque superior a 600 kgf, o
talabarte deverá acompanhado de dispositivo absorvedor de energia (ABS). Para a utilização dos talabartes
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com absorvedores de energia o usuário deverá conhecer o comprimento máximo do absorvedor quando este é
acionado em caso de queda para determinar a ZLQ – Zona Livre de Queda. Normalmente, essas informações
deverão constar no manual técnico dos equipamentos.

Durante as progressões verticais ou


posicionamento temporário é proibido fazer
“enforcamentos” com os talabartes. A amplitude do
conector (gancho) do talabarte deverá ser avaliada
antes no planejamento das atividades em altura.
Trata-se de um grave desvio.

Também é um grave desvio utilizar os talabartes


de progressão como talabarte de posicionamento. O
EPI não foi projetado e nem testado para essa forma
de utilização. Cargas excessivas sobre o ABS poderão
danificar ou enfraquecer as suas costuras.

10.3. TALABARTE DE POSICIONAMENTO E RESTRIÇÃO


É um equipamento que serve para conectar um cinturão de segurança tipo abdominal a um ponto de
ancoragem ou para circundar uma estrutura, de maneira a constituir um suporte, ou ainda, evitar que o
usuário alcance uma zona onde exista o risco de uma queda de altura.

Não se trata de um elemento de ligação a ser utilizado em sistemas de proteção contra quedas destinados
à retenção de quedas. Os elementos de engate do cinturão de segurança tipo abdominal em que é conectado o
talabarte de posicionamento e restição não podem ser utilizados como elementos de engatge para retenção de
quedas. Esses lementos de engate estão posicionados nas laterais do cinturão na altura do abdômem.
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O uso do talabarte de posicionamento não elimina a utilização de outro EPI de proteção contra quedas
que, nesse caso poderá ser um trava quedas ou um talabarte duplo de progressão.

10.4. ABSORVEDOR DE ENERGIA (ABS)


O absorvedor de energia é um elemento de um sistema antiquedas com o objetivo de
dissipar a energia cinética desenvolvida durante uma queda de altura. O dispositivo funciona
como um amortecedor para reduzir o impacto dessa energia desenvolvida que poderá ser
transmitido ao corpo do trabalhador no momento da retenção da queda

O absorvedor de energia é a solução a ser empregada nos elementos de ligação utilizados


nos sistemas de proteção individual contra quedas que possam produzir uma força de
impacro superior a 6 kN quando de uma queda.

Ao utilizar um EPI dotado de ABS deverá ser verificado o comprimento total do


absorvedor em caso de queda do trabalhador que poderá provocar o seu acionamento,
quando for necessário determinar uma ZLQ que permita a utilização de um elemento de
ligação com o absorvedor.

10.5. TRAVA QUEDA DESLIZANTE GUIADO


Trava-quedas deslizantes são equipamentos que possuem um travamento automático no momento de
retenção de uma queda. Existem dois tipos de trava quedas deslizantes: trava queda deslizante guiado em
linha rígida (trilho metálico) e linha flexível (cabo de aço ou de corda).

A conexão do trava queda no cinto paraquedista normalmente é feita no ponto de conexão antiquedas
esternal dos cinturões de segurança paraquedista. Porém, alguns modelos podem ser utilzados no ponto de
conexão antiquedas dorsal. São os modelos que possuem um extensor para que possam ser conectados no
ponto dorsal dos cinturões de segurança paraquedista utilizados nas técnicas de acesso por corda.

Trava queda deslizante guiado para linhas flexíveis são dispositivos antiqueda com função de bloqueio
automático quando ocorre uma queda e que possuem um mecanismo guia ao longo da linha ao qual é
utilizado.

O trava queda de linha flexível pode ser do tipo instalado em cordas (de 11 a 12 mm) ou cabos de aço de 8
mm. As cordas ou cabo de aço que servirão como linha de vida para o trava quedas deverão ser compatíveis
com o modelo de trava-queda utilizado. O tipo de corda ou cabo de aço, bem como os seus diâmetros deverão
ser especificados conforme indicação do fabricante do trava-quedas.

Já o trava queda deslizante guiado para linhas rígidas é um dispositivo antiqueda com função de bloqueio
automático quando ocorre uma queda e que possui um mecanismo de guia que o deixa unido a uma linha
rígida (normalmente um trilho metálico). Os trava quedas deslizantes guiados, tanto para linhas flexíveis como
para linhas rígidas, deverão ser conectados no elemento de engate do conturão paraquedista. Poderão ser
conectados diretamente com um conector ou com o uso de um extensor. Os fabricantes deverão determinar o
comprimento máximo dos extensores para cada modelo de trava-quedas, quando aplicável.

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Os trava quedas deslizantes também deverão indicar qual a ZLQ exigida pelo elemento de ligação para
assegurar que o usuário não venha a colidir com nenhum obstáculo abaixo do nível em que esteja posicionado.
Essas informações deverão constar no manual técnico dos equipamentos.

10.6. TRAVA QUEDA RETRÁTIL


Trava queda retrátil é um dispositivo antiqueda que dispõe de uma função de travamento automático de
retrocesso que mantém a linha retrátil em tensão. Sua linha retrátil pode ser constituída por um cabo de aço
ou por uma fita têxtil que serve de conexão entre o EPI e o sistema de ancoragem. Suas linhas retráteis
possuem tamanhos diversos de acordo com a necessidade de deslocamento ou distância de queda estimada.

Os trava quedas retráteis também deverão indicar qual a ZLQ exigida pelo elemento de ligação para
assegurar que o usuário não venha a colidir com nenhum obstáculo abaixo do nível em que esteja posicionado.
Essas informações deverão constar no manual técnico dos equipamentos.

Todavia, também é importante conhecer os ângulos de trabalho formados pelo cabo do equipamento em
relação ao ponto de ancoragem. A grande maioria desses equipamentos trabalha com desvios com ângulos de
até 30°, porém alguns chegam a 45°. Quando os trava-quedas retráteis são utilizados em desvios com ângulos
superiores aos determinados pelos fabricantes poderá fazer com que o equipamento não funcione
corretamente na retenção de uma queda.

O trava queda retrátil pode ser uma excelente opção quando o local de trabalho em altura não oferece
uma ZLQ segura, pois normalmente, são os lementos de ligação que exigem a menor ZLQ necessária para reter
uma queda com segurança para os usuários.

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10.7. CONECTORES
Também chamados de mosquetões são equipamentos construídos em aço (carbono ou inox) ou em
alumínio. Para operações de trabalhos em altura em áreas industriais reomendamos o uso dos mosquetões de
aço inox.

São utilizados para conexão dos equipamentos de segurança no cinto paraquedista, nos elementos de
ligação, nos equipamentos auxiliares ou nos pontos de ancoragem. Também podem ser utilizados nos sistemas
de polias para movimentação de cargas ou para operações de resgate.

10.8. ZONA LIVRE DE QUEDA


Uma informação muito relevante que deverá contar nos projetos dos sistemas de ancoragem é a
chamada ZLQ – Zona Livre de Queda. É definida pela NR-35 como sendo a região compreendida entre o ponto
de ancoragem e o obstáculo inferior mais próximo contra o qual o trabalhador possa colidir em caso de queda,
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tal como o nível do chão ou o piso inferior. Os elementos de ligação como, parte de um sistema de ancoragem,
deverão indicar qual é a sua ZLQ para que esta seja compatível com a ZLQ existente nos locais onde serão
utilizados os sistemas de proteção individual contra quedas do tipo retenção de queda.

O tamanho da ZLQ é variável e depende dos seguintes fatores:


- O sistema de ancoragem que está sendo empregado
- O elemento de ligação que está sendo usado
- O fator de queda em que o trabalhador está posicionado
- A altura da sua ancoragem

Podemos exemplificar o cálculo para uma ZLQ para um sistema de ancoragem composto por um dispositivo de
ancoragem fixo do tipo olhal de ancoragem, um elemento de ligação (talabarte ou trava quedas) e um cinturão
de segurança tipo paraquedista. A ZLQ é um somatório que compreende o espaço de segurança (1 metro) + a
distância entre o elemento de engate do cinturão de segurança tipo paraquedista (ponto dorsal ou esternal) e
os pés do trabalhador (1,5 m) + a distância de frenagem (que poderá existir ou não e ainda variar conforme o
tipo e as características do elemento de ligação) + o comprimento do elemento de ligação (que também varia
conforme o tipo e características do elemento de ligação). Se o elemento de ligação possuir um absorvedor de
energia, deverá ser incluída a abertura máxima do absorvedor em função da retenção de uma queda.

As informações sobre o cinturão de segurança tipo paraquedista e os elementos de ligação deverão ser
obtidas junto aos seus fabricantes nos manuais de utilização de seus produtos. Quando o elemento de ligação
dispõe de um absorvedor de energia deverá ser acrescentado ao somatório o comprimento da abertura
máxima do absorvedor de energia.

AVALIAÇÃO DA ZONA LIVRE DE QUEDA PARA UM TALABARTE DE 1,50 M E ABS DE 1,40


ZLQ = 1,5 (A) + 1,4 (B) + 1,5 (C) + 1 (D) = 5,4 metros.
SERÁ NECESSÁRIA UMA ZONA LIVRE DE QUEDA DE 5,40 METROS*
*Nesses casos a maioria dos fabricantes acaba arredondando esse valor para 6
metros.

A = Tamanho total do Talabarte completo.

B = Tamanho da abertura total do ABS.

C = Altura do trabalhador do ponto em que estiver conectado ao cinto (A1 ou A2) até
a ponta de seus pés, padronizada em 1,5 m.

1 METRO = Distância de segurança.

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11. EQUIPAMENTOS AUXILIARES


Equipamentos auxiliares são os equipamentos têxteis e metálicos utilizados nos trabalhos em altura com
aplicação das técnicas de acesso por corda que completam o cinturão tipo paraquedista, talabarte, trava-
quedas e corda, tais como: conectores, bloqueadores, anéis de cintas têxteis, polias, descensores, ascensores,
dentre outros. Tratam-se de equipamentos desenvolvidos a partir dos primeiros modelos de equipamentos
criados para as atividades desportivas de espeleologia, montanhismo e escalada.

Conforme os requisitos estabelecidos no Anexo I da NR-35 os equipamentos auxiliares utilizados em


trabalhos em altura devem ser certificados de acordo com normas técnicas nacionais ou, na ausência dessas,
de acordo com normas técnicas internacionais. Todavia, existem poucas normas internacionais para estes
equipamentos e as que existem quase não são utilizadas como referência para processos de avaliação de
corformidade para certificação de produtos em padrões mais exigentes. Por esta razão o mesmo Anexo I
permite que na inexistência de normas técnicas internacionais, a certificação por normas estrangeiras poderá
ser aceita desde que atendidos aos requisitos previstos na norma europeia (EN). As normas europeias, apesar
de serem normas regionais, são as normas técnicas mais utilizadas em todo mundo para construção, ensaios e
certificação desses equipamentos

11.1. CORDAS
A corda é uma das mais antigas e versáteis ferramentas de trabalho da espécie humana, com uso
documentado, há, pelo menos, 5.300 anos. Talvez essa seja a principal razão para ela já ter se tornado um
elemento bastante comum no dia-a-dia do trabalhador. Como todas as ferramentas, a corda passou por uma
evolução considerável, tendo hoje uma grande variedade de qualidade e acabamento.

Cada tipo de corda tem características e propriedades únicas, que permitem uma função particular
adaptável a uma aplicação específica. As cordas têm procedências distintas e também não são fabricadas da
mesma maneira. Tantas diferenças exigem que o profissional da área de segurança conheça profundamente o
material a ser utilizado. Para determinar a aplicação que favoreça a escolha de um tipo ou fabricante de corda,
levaremos em conta a matéria-prima utilizada na fabricação e os atributos técnicos de cada corda.

A tecnologia de construção de cordas mais utilizada se chama Kernmantle, que significa uma corda
composta de uma alma (núcleo) e capa (camisa). A capa sempre vai trançada ao redor da alma e protege a
corda da abrasão, contribuindo em aproximadamente 1/3 da resistência da corda. Os diâmetros das cordas
recomendadas para os trabalhos em altura na indústria são de 11 mm até 12 mm. Já para as operações de
resgate são utilizadas cordas com diâmetros de 10,5 mm a 11,2 mm, embora para operações de resgate
urbano também seja muito comum à utilização de cordas com diâmetro de 12,7 mm.

As cordas são parte vital nos trabalhos em altura. Por isso na hora de adquiri-las temos que pensar bem
para que vão ser destinadas. Procure utilizar cordas que possuam uma certificação comprovada. As cordas
certificadas de fabricação europeia são o que há de mais resistentes no mercado. No Brasil, embora exista um
padrão especificado pela NR-18, as cordas ainda não são vistas como EPI, ao contrário como são reconhecidas
na Europa e na América do Norte.

As principais características das cordas para trabalhos em altura segundo a NR-18 são as seguintes:
- Ser construída em trançado triplo e alma central;
- Trançado externo em multifilamento de poliamida;
- Trançado interno em multifilamento de poliamida;

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- Alma central torcida em multifilamento de poliamida;


- Alerta visual na cor amarela;
- Diâmetro nominal de 12 mm;
- Carga de ruptura mínima de 20 kn;
- Fita interna no interior do trançado interno com a seguinte gravação NR 18.16.5 ISO 1140 1990,
nome do fabricante e seu CNPJ;

A avaliação de sua carga de resistência deverá ser feita por laboratórios de ensaios acreditados pelo
Sistema Brasileiro de Metrologia e Qualidade Industrial com base nos ensaios previstos na norma ISO
2307:2012 - Cabos de fibra — Determinação de certas propriedades físicas e mecânicas.

Uma importantíssima informação sobre cordas nacionais a se destacar é que as cordas construídas com
base nos requisitos da NR-18 são específicas para atividades de trabalhos em altura, e não estão aprovadas
para utilização em acesso por cordas ou operações de resgate técnico.

TIPOS DE MATERIAIS UTILIZADOS:


Basicamente existem dois tipos de corda: as fabricadas à base de fibras naturais e as
de fibras sintéticas.

FIBRA NATURAL: Não é recomendada para operações que envolvam pessoas em


trabalhos em altura, uma vez que não oferece nenhuma certificação de órgãos
reconhecidos oficialmente. Esta fibra, de origem vegetal, está sujeita à rápida
deterioração, ou seja, é dotada de vida útil relativamente curta. Quando exposta à
chuva e ao sol, pode perder até 50% de sua resistência. Possui uma maior facilidade
em adquirir mofo e, com isso, apodrece mais facilmente.
Exemplos: cânhamo, algodão, fibras de coco, linho e sisal.

As cordas de sisal são as mais comuns e baratas. A explicação é simples:


envelhecem rapidamente, além de serem muito sensíveis a fungos e bactérias.

FIBRA ARTIFICIAL OU SINTÉTICA: Foi desenvolvida em 1930, quando os


cientistas da DuPont descobriram os polímeros sintéticos que desenvolveriam
os filamentos. As propriedades e aplicações da fibra sintética utilizada nas
cordas diferem em vários aspectos. Podem ser fabricadas com o emprego das
seguintes fibras sintéticas: Poliamida (Nylon), Poliéster, Polipropileno,
polietileno, kevlar e Dyneema.

De acordo com suas propriedades específicas, as fibras podem ser mais


resistentes a grandes cargas, possuírem maior elasticidade, relativa resistência
ao calor, resistência à radiação UV, serem capazes de flutuar e não apodrecem
com o mofo, fungos ou bactérias. Todavia, a grande maioria é sensível a grandes altas temperaturas,
superfícies abrasivas e produtos químicos corrosivos. Algumas fibras são extremamente resistentes à abrasão
(Kevlar e Dyneema). O Dyneema também é resistente à radiação UV.

PRINCIPAIS TIPOS DE CORDAS


Corda estática: Uma corda estática está desenhada para operações especialmente de ancoragem, linhas de
vida e sistemas complexos, sendo similares a um cabo de aço. Entre elas temos Dyneema e Kevlar.

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Corda semi-estática (Baixo Coeficiente de Alongamento): É uma corda que se alonga em, aproximadamente,
2% a 5% quando está com carga. Em um choque severo de carga provocado por uma queda pode se esticar até
20%, chegando próximo de sua carga de ruptura. A corda semi-estática não tem capacidade suficiente para
dissipar grandes forças, por isso o usuário deve estar sempre abaixo do ponto de ancoragem. São as cordas
utilizadas em acesso por corda e operações de resgate.
Tipos de corda semi-estática: Tipo A - Superior a 10 mm de diâmetro e Tipo B – Entre 9 mm e 10 mm de
diâmetro.
Corda dinâmica: São bastante usadas pelos escaladores e estão destinadas especificamente para dissipar a
energia de uma caída. Portanto, são definidas como equipamentos esportivos. Submetidas a uma carga normal
possuem elasticidade de 7% a 10%. Quando submetidas à cargas dinâmicas (quedas), se alongam de 40% a
60%.

CUIDADOS ESPECIAIS:
É importante que as pessoas envolvidas nos trabalhos em altura recebam orientações corretas para utilização
segura e cuidados necessários que deverão ter ao empregarem a corda em seus sistemas de proteção contra
quedas. A corda pode até ser mais resistente do que um cabo de aço, porém é um tipo de equipamento que
pode sofrer danos sérios e, às vezes, de difícil percepção.

É muito difícil prever a validade de uso de uma corda. Alguns fabricantes chegam a conceder 10 anos de
validade de uma corda nova ser colocada em uso. Porém, após a sua colocação em uso, a sua validade irá
depender de uma série de fatores, como por exemplo, sua rotina de uso, tipo de operação, forma pela qual é
utilizada, o ambiente de trabalho ou produtos à que ela se expõe. O ideal é sempre inspecionar as cordas antes
e depois do seu uso como uma forma de controle seguro.

CRITÉRIOS DE SEGURANÇA E CUIDADOS PRÁTICOS:


- Usar luvas, evitando queimaduras nas mãos.
- Dimensionar o diâmetro e o tamanho da corda para o EPI ou sistema de segurança preparado.
- Não expor as cordas a altas temperaturas, evitar contato com substâncias químicas e não
desnecessariamente ao sol (raios UV).
- Evitar atrito entre duas cordas em movimento.
- Evitar abrasão em superfícies ásperas.
- A corda tem que ser protegida contra bordas cortantes e ferramentas.
- Não se deve pisar nas cordas destinadas trabalhos envolvendo pessoas.
- Não arrastar a corda pelo piso.
- Forrar o piso onde for deixar a corda para preparar o trabalho ou resgate.
- Desfazer todos os nós após as atividades.
- Revisar antes e depois de cada atividade.
- As cordas devem permanecer acondicionadas em bolsas, identificadas e bem etiquetadas.
- Controlar, através de um registro de inspeção e histórico de uso, todas as utilizações de uma corda.

CRITÉRIOS DE ARMAZENAMENTO:
- As cordas não devem ser guardadas molhadas ou úmidas, e caso seja necessário transportá-las para
local mais adequado para a lavagem, transportar em recipiente que favoreça a ventilação.
- O local onde a corda vai ficar armazenada (almoxarifado, mochila, loja ou depósito) deve ser arejado,
fresco, seco e ventilado, protegido contra radiação solar e de exposição a produtos químicos.

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- Quando armazenadas no almoxarifado as cordas deverão ser dispostas fora de mochilas ou recipientes,
sem nós e de forma que a mesma seja ventilada.
- Cordas devem ficar armazenadas longe de produtos químicos, mesmo quando estocadas em
recipientes fechados.
- Evitar enrolar as cordas entre o cotovelo e a palma da mão porque isto dificultará a utilização
posterior. Além disso, a corda fica torcida, o que numa situação de trabalho acarretará uma queda no
desempenho do equipamento.
- Existem métodos de colocar cordas em bolsas de forma a evitar torções ou nós que atrapalhem a
operação.

CRITÉRIOS DE LIMPEZA:
- Quando compramos uma corda, temos que colocá-la de molho na água durante 12 horas, e depois
deixar secar a sombra, sem pressa. O tempo de secagem mínimo é de 48 horas.
- Quando sujas não devem ser lavadas com sabão comum. Usar sempre sabão ou detergente neutro, se
necessário;
- O processo de secagem deve ser natural, em local ventilado e à sombra.
- Não secar em aquecedores, capô de veículos, radiadores ou com secadores.
- As cordas podem ser lavadas em máquinas de lavar roupa, colocando-as em uma sacola de malha larga
(tipo saca de frutas). Isto evita que a corda enrosque no agitador da máquina.
- Alternativamente podem ser lavadas colocando-as de molho em reservatórios plásticos.

11.2. DESCENSORES
Descensores são equipamentos metálicos utilizados para descidas controladas em cordas, assegurar algum
sistema de cordas, sistemas de resgate e sistemas de pré-engenharia para movimentação e resgate de pessoas.
Possuem placas móveis para sua abertura e instalação das cordas e um dispositivo próprio de fechamento.
Para sua operação dispõem de uma alavanca para bloquear ou liberar a corda. Trabalham somente com cordas
semi-estáticas de diâmetros que variam de 9 a 13 mm.

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São equipamentos certificados por duas normas europeias, porém com campos de aplicação diferentes,
embora as características exigidas para o equipamento sejam basicamente as mesmas. A EN 12.841 certifica
esse equipamento (como um dispositivo do tipo C) para uso individual nas técnicas de acesso por corda,
quando seja necessária realizar uma descida em corda suspensa e contar com um sistema de parada
automática sem o uso das mãos em qualquer ponto da corda. Portanto, trata-se de dispositivos de operação
manual unicamente. Além do bloqueio quando está com carga, possuem uma trava anti pânico (no caso de
uma operação forçada do equipamento) e um controle da velocidade de descida (máximo de 2 m/s).

Já para as situações exclusivas de descidas para evacuação e resgate de pessoas, os descensores possuem
certificação pela norma europeia específica EN 341. De acordo com essa norma podem ser do Tipo 1
(automáticos) ou Tipo 2 (manuais).

11.3. BLOQUEADORES
Os bloqueadores são equipamentos metálicos utilizados para
progressões em cordas ou para assegurar algum sistema de cordas, e que
possuem uma capacidade de livre deslizamento unilateral ao longo da
própria corda. Desliza apenas para um sentido, enquanto se bloqueia no
outro sentido devido ao seu dispositivo de bloqueio chamado de came.

Os bloqueadores que possuem mordentes em seu came são aqueles


utilizados nas manobras de acessão nas progressões verticais em cordas.
Esses bloqueadores podem ser do tipo ventral, de punho e de pés. Para o
método de acesso por corda para
trabalhos em altura ou pra progressões
em corda para resgate é necessário o
uso conjugado de um bloqueador
ventral e outro bloqueador de punho,
assegurados ao cinto de segurança do
resgatista para realizar as manobras de
progressões verticais com auxílio de um
pedal. Esses bloqueadores também são
homologados pela normativa europeia
EN 12.841 (Tipo B).

Já os bloqueadores que não possuem dentes em seu came possuem um sistema de bloqueio por
esmagamento da corda. Estes são muito úteis para bloqueio e captura de cargas movimentadas em um sistema
de polias. Também são opções melhores para o tensionamento de tirolesas, em comparação com os
bloqueadores dentados.

Esses bloqueadores também são certificados pela normativa europeia EN 567.

11.4. POLIAS
Dispositivos utilizados nos sistemas de vantagem mecânica (redução de esforço) e sistemas de tirolesas.
São construídas em aço ou alumínio. Nas áreas industriais devem ser construídas em aço. Existem também
polias para uso com corda e polias para uso com cabo de aço.

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São equipamentos muito utilizados nas manobras de içamento de pessoas ou de cargas. Támbém é um
equipamento importante para as situações de resgate que envolve a movimentação de macas com vítimas
através de sistemas de redução de forças e contrapesos. Quando aplicadas nos sistemas de redução de forças
proporcionam algum tipo de vantagem mecânica, pois permitem elevar cargas de peso considerável de uma
forma mais controlada e com menor desgaste físico possível do resgatista. Também são utilizadas como parte
de sistemas de pré-engenharia para movimentação de pessoas nas operações de resgate.

11.5. TALABARTES
São talabartes específicos para as técnicas de acesso por cordas para resgate. Podem ser duplo (“Y”) sendo
um curto e um longo, ou podem ser simples (“I”) com tamanho único. São utilizados para a conexão do
resgatistas em pontos de ancoragem, para posicionamento temporário do resgatista em estruturas, para
reassegurar equipamentos (bloqueador de punho, por exemplo) ou para o resgatista acompanhar o resgate do
acidentado se conectando ao seu cinto de segurança ou ao sistema de movimentação da maca.

Normalmente esses equipamentos são produtos fabricados e certificados conforme a norma europeia EN
354. Todavia, ainda é muito comum encontrarmos equipes de resgate que utilizam talabarte que são montados
pelos próprios resgatistas com uso de cordas dinâmicas. Todavia, esses talabartes não possuem certificação
como um equipamento.

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12. SISTEMAS DE ANCORAGENS


A escolha das estruturas e locais de trabalho para a instalação de sistemas de ancoragem que forneçam os
pontos de ancoragem como parte de um sistema de proteção individual contra quedas, que servirão de
conexão segura do trabalhador durante todo o período de exposição ao risco de queda é um item de relevante
importância e deve ser estabelecido mediante análise de risco conforme é exigido pela NR-35.

A NR-35 define em seu Anexo II os Sistemas de Ancoragem como sendo um conjunto de componentes,
integrante de um sistema de proteção individual contra quedas - SPIQ, que incorpora um ou mais pontos de
ancoragem, aos quais podem ser conectados Equipamentos de Proteção Individual (EPI) contra quedas,
diretamente ou por meio de outro componente, e projetado para suportar as forças aplicáveis. Os pontos de
ancoragem mencionados na definição normativa é a parte do sistema onde o equipamento de proteção
individual do trabalho deverá ser conectado por intermédio de um elemento de ligação compatível com o
sistema de proteção contra queda selecionado.

Um sistema de ancoragem pode apresentar diferentes configurações de instalação, das mais simples às
mais complexas. Muitos são instalados de forma permanente. Outros são instalados de forma temporária
enquanto durarem os serviços. A instalação dos sistemas de ancoragens requer um verdadeiro planejamento
de forma a oferecer todas as informações necessárias à melhor seleção do sistema de ancoragem, bem como
para elaboração de seus projetos, quando necessários, que determinem o tipo de sistema de ancoragem a ser
utilizado, atendendo ainda, como um mínimo, os seguintes requisitos previstos na NR-35:

a. Os sistemas de ancoragem tratados pela NR-35 poderão possuir distintas finalidades de acordo com o
tipo de SPIQ a ser empregado no trabalho em altura a desenvolver.
Os requisitos legais da norma são aplicados aos sistemas de ancoragem instalados para trabalhos em
altura com sistemas de retenção de queda, sistemas de restrição de movimentação, sistemas de
posicionamento no trabalho e para os sistemas de acesso por cordas.

b. Análise de risco para estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem.


Todo o planejamento para um trabalho em altura deverá ser precedido por uma análise de risco. E um
dos itens fundamentais, entre outros, é o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem que são
parte do sistema de proteção contra quedas. A análise definirá a necessidade de instalação de um dos
tipos de sistema: diretamente na ancoragem, na ancoragem estrutural ou dispositivo de ancoragem, de
acordo com o resultado da avaliação do local, de instalação existente e o tipo de tarefa a ser executada.

c. Os sistemas de ancoragem estrutural devem possuir projeto e a instalação deverá estar sob-
responsabilidade de um profissional legalmente habilitado.
Se se tratar de algum modelo de ancoragem estrutural instalado de forma fixa e permanente o seu
projeto deverá ser emitido por profissional legalmente habilitado e a execução de sua instalação
também deverá estar sob-responsabilidade desse profissional (com emissão de ART junto ao CREA). As
ancoragens estruturais não são conceituadas como dispositivo de ancoragem. Portanto, não são
submetidas a ensaios para certificação conforme norma técnica.

d. Os pontos de ancoragem da ancoragem estrutural devem possuir marcação realizada pelo fabricante
ou responsável técnico.
Como não se tratam de dispositivos de ancoragem com regulamentação própria, é exigido que a
ancoragem estrutural apresente as mesmas informações daqueles dispositivos sobre o seu fabricante,
número de lote ou série e a quantidade máxima de trabalhadores que poderão estar conectados. Desta
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forma estaria assegurada a rastreabilidade da ancoragem para efeitos de inspeções periódicas e a


informação segura para os usuários desse modelo de sistema de ancoragem com relação aos seus limites
de uso.

e. Os sistemas de ancoragem temporários devem atender os requisitos de compatibilidade a cada local


de instalação e ter os pontos de fixação definidos por profissional legalmente habilitado.
Quando se tratar de sistemas de ancoragem temporárias ou móveis as estruturas onde estes serão
montados deverão ter os seus pontos de ancoragem avaliados e aprovados por um profissional
legalmente habilitado. Além de se avaliar a resistência desses locais, também deverá ser verificado se
essas estruturas são compatíveis para a finalidade a que se destina (retenção de quedas, restrição de
movimentação, posicionamento no trabalho ou acesso por cordas) e se os materiais construtivos
utilizados na composição das ancoragens são compatíveis com a estrutura oferecida.

f. O sistema de ancoragem permanente deve possuir projeto e a instalação deve estar sob-
responsabilidade de profissional legalmente habilitado.
O projeto de um sistema de ancoragem deverá ser elaborado por profissional legalmente habilitado,
estando sob sua responsabilidade através de uma ART – Anotação de Responsabilidade técnica. A NBR
16.325 apresenta uma relação de informações que deverão constar no projeto.

g. Ser submetido à inspeção inicial e periódica quanto à sua integridade.


Todo dispositivo de ancoragem deverá ser inspecionado antes de sua utilização e periodicamente, por
um período não superior a 12 meses. Para isso deverá ser desenvolvido um procedimento operacional
que estabeleçam os critérios de inspeção, tipos ou níveis de inspeção, responsabilidades, registros e
liberação de utilização dos mesmos.

h. Ser instalado por trabalhadores capacitados.


A equipe de instalação deverá ser capacitada para a montagem e instalação de todos os componentes de
um sistema de ancoragem. É importante que os instaladores sejam treinados pelos fabricantes dos
dispositivos de ancoragem a serem instalados, bem como serem conhecedores das técnicas de
instalação específicas de cada componente de um sistema de ancoragem.

i. Os dispositivos de ancoragem devem ser certificados, ou fabricados em conformidade com normas


técnicas sob-responsabilidade de profissional legalmente habilitado, ou projetado por profissional
legalmente habilitado conforme normas técnicas vigentes.
Inicialmente devem ser utilizados dispositivos de ancoragem certificados. A norma técnica NBR 16.325 é
uma norma de certificação para os dispositivos, a exemplo do que já ocorre no continente europeu com
a norma técnica EN 795. O processo de certificação é feito por organismos de terceira parte o que
dispensa a necessidade de profissional legalmente habilitado. Todavia, ainda não estão implementados
no Brasil os requisitos de avaliação de dispositivos de ancoragem por terceira parte. Desta forma, a NR-
35 determina que os dispositivos sejam fabricados ou projetados sob-responsabilidade de profissional
legalmente habilitado.

Ainda sobre o tema sistemas de ancoragens encontramos outra referência normativa disposta nos
requisitos estabelecidos na norma regulamentadora NR-18 – Condições de Segurança e Saúde na Indústria da
Construção Civil.

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No ambiente da indústria da construção civil a NR-18 obriga que as edificações com, no mínimo, quatro
pavimentos ou altura de 12m (doze metros) a partir do nível do térreo instalar dispositivos destinados à
ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção
individual a serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas.

Segundo a NR-18 os pontos de ancoragem devem:


a. Estarem dispostos de modo a atender todo o perímetro da edificação;
b. Suportar uma carga pontual de 1.500 kgf (mil e quinhentos quilogramas-força);
c. Constar do projeto estrutural da edificação;
d. Ser constituído de material resistente às intempéries, como aço inoxidável ou materiais de
características equivalentes.

Os pontos de ancoragem definitivos deverão ser identificados, sinalizados e apresentar em sua estrutura
em caracteres indeléveis e bem visíveis o seguinte:
a. A razão social do fabricante e o seu CNPJ;
b. Indicação da carga de 1.500 Kgf;
c. Material da qual é constituído;
d. Número de fabricação/série.

O dispositivo mencionado da NR-18 causa uma pequena confusão quando buscamos a sua leitura em
conjunto com as disposições da NR-35. A confusão a que mencionamos está no conceito de ponto de
ancoragem como elemento de um sistema de ancoragem. Existe uma diferença de conceito entre as duas
normas para o termo ponto de ancoragem. A diferença também está relacionada à sua aplicação. A NR-18
estabelece os requisitos de pontos de ancoragem para uso na sustentação de andaimes. Andaimes são
sistemas de acesso e não sistemas de proteção contra quedas. E ainda que a mesma norma também se refira a
cabos de segurança para uso de proteção individual, não está clara se a sua destinação é para sistemas de
proteção individual contra quedas.

Portanto, o disposto no referido item da NR-18 não se aplica ao conceito de sistemas de proteção contra
quedas estabelecidos na NR-35. Os requisitos para identificação de sistemas de ancoragem, como por exemplo,
ancoragens estruturais ou dispositivos de ancoragens, já se encontram determinados na NR-35, assim como a
necessidade de projetos elaborados ou construídos sob a responsabilidade de profissionais legalmente
habilitados ou, ainda a utilização de dispositivos de ancoragem certificados que já apresentam as informações
sobre sua resistência, instalação e forma de utilização de acordo com as orientações dos seus fabricantes.

Desta forma, segundo o conceito da NR-35, a montagem de um sistema de ancoragem poderá estar
instalada através das três formas abaixo:
a. Diretamente na estrutura.
b. Na ancoragem estrutural.
c. Por dispositivo de ancoragem.

12.1. SISTEMA DE ANCORAGEM DIRETAMENTE NA ESTRUTURA


Sistemas de ancoragem baseados em pontos de ancoragem diretamente na estrutura como parte
integrante de um SPIQ utilizam simplesmente a própria estrutura (natural ou artificial) como o ponto a ser
usados pelos trabalhadores para conectarem os seus equipamentos e dispositivos de proteção contra quedas.
Por exemplo, ao escalar uma estrutura metálica com um elemento de ligação do tipo talabarte duplo com
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gancho, o trabalhador irá utilizar os conectores do talabarte diretamente na estrutura que lhe serve como
ponto de ancoragem.

São ancoragens para uso temporário. A estrutura deve possuir a capacidade de resistir aos esforços
produzidos durante os deslocamentos dos trabalhadores em altura e os esforços produzidos pelos efeitos de
uma queda, ainda que a estrutura tenha sido construída para uma finalidade diversa. A sua utilização sempre
irá depender dos requisitos de compatibilidade a cada local, conforme procedimento operacional a ser
elaborada uma correta utilização de uso dessas estruturas que servirão como ponto de ancoragem e os seus
pontos de fixação deverão ser definido sob-responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

Portanto, entendemos que as empresas que autorizam a execução de trabalhos em altura com
deslocamentos verticais e horizontais onde os trabalhadores irão conectar os seus equipamentos diretamente
nas estruturas disponíveis, deverão identificar e cadastrar essas estruturas que servirão como ponto de
ancoragem como forma de assegurar o correto uso do sistema e garantir aos trabalhadores que aquele ponto
está avaliado e liberado para sua utilização.

Quando um sistema de ancoragem for montado diretamente na estrutura, como por exemplo, linhas de
vida temporárias, a estrutura integrante de um sistema de ancoragem deve ser capaz de resistir às máximas
cargas que possam ser transmitidas pelo sistema de ancoragem. A resistência será estabelecida através de
cálculos elaborados por um profissional legalmente habilitado com formação técnica e acadêmica que lhe
confira competência para desenvolver uma metodologia científica para analisar o ponto de ancoragem, o
projeto de instalação e o tipo de dispositivo que será empregado no projeto.

A resistência também poderá ser determinada através de testes de carga que poderão ser estabelecidos
por normativa aplicável ao assunto ou por uma metodologia de teste desenvolvida sob a responsabilidade de
um profissional legalmente habilitado.

A utilização de estruturas de diferentes composições é um assunto que leva sempre em consideração a


experiência e o conhecimento dos profissionais envolvidos nas diversas atividades verticais, sejam elas
profissionais ou esportivas. A resistência de uma ancoragem estrutural poderá ser muito desigual. Por
exemplo, ao longo de uma estrutura em concreto é praticamente impossível garantir que a qualidade de
resistência do material sempre será a mesma.

12.2 SISTEMA DE ANCORAGEM NA ANCORAGEM ESTRUTURAL


As ancoragens estruturais são aqueles elementos fixados permanentemente a uma estrutura na qual um
dispositivo de ancoragem ou o próprio EPI pode ser conectado diretamente. Essa estrutura segundo a NR-35
poderá ser utilizada para integrar o sistema de ancoragem, desde que apresente capacidade de resistir aos
esforços desse sistema.

Vigas ou colunas metálicas ou em concreto são exemplos de estruturas que poderão ser empregadas para
receberem a montagem das ancoragens estruturais. Conforme disposto da NR-35, a sua utilização é permitida
desde que seja acompanhada de um projeto elaborado por profissional legalmente habilitado, de acordo com
norma técnica nacional ou, na sua inexistência, por norma técnica internacional. Adicionalmente, as
ancoragens devem ser rastreáveis, logo devem apresentar informações sobre o seu fabricante e um número de
série ou lote ou outro meio de rastreabilidade.

Sistemas de ancoragem com base em ancoragens estruturais são desenvolvidos a partir de elementos
estruturais, normalmente metálicos, fixados de forma permanente à estrutura principal no qual o equipamento

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de proteção contra queda do trabalhador possa ser conectado diretamente, ou possa ser instalado um
dispositivo de ancoragem. As ancoragens estruturais podem ser fixadas de forma permanente através de
soldas, adesivos químicos ou durante a pré-concretagem de um componente estrutural. Esses produtos
possuem uma resistência elevada e reconhecida, sendo largamente utilizados na indústria da construção civil.

A utilização de ancoragens estruturais deverá estar embasada por um projeto para seu dimensionamento
e construção sob responsabilidade de um profissional legalmente habilitado. Isso poderá ser obtido através de
desenhos ou croquis do elemento, bem como através da especificação dos materiais utilizados para sua
construção, suas dimensões e a forma com que será fixado a uma estrutura. Os projetos para esses elementos
e sua forma de fixação deverão utilizar normas técnicas nacionais ou na sua ausência em normas técnicas
internacionais aplicáveis. Uma das referências para o dimensionamento desses projetos de ancoragens
estruturais é a norma técnica NBR 8800 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto
de edifícios.

Uma ancoragem estrutural também pode ser composta por dispositivos de ancoragem. Inicialmente, são
dois tipos de sistemas de ancoragem distintos. As ancoragens estruturais são sistemas fixos e instalados
permanentemente, enquanto que os dispositivos de ancoragem são sistemas móveis e instalados
temporariamente ou por um tempo indeterminado. Todavia, se algum dispositivo de ancoragem é instalado
em alguma estrutura de forma definitiva, ele deixa de ser um dispositivo de ancoragem conforme sua norma
técnica NBR 16325 e passa a ser definido com uma ancoragem estrutural.

Qualquer situação que envolva algum tipo de sistema de ancoragem não coberto por normativa técnica
aplicável poderá ter como referência os próprios parâmetros de especificação e testes previstos nas
normativas conhecidas. Em razão de não existir nenhum outro tipo de documento técnico legal que defina
algum tipo de requisito, especificação, ensaios ou procedimentos de certificação desses elementos não
cobertos, os fabricantes, projetistas e instaladores acabarão por utilizar as referências normativas já existentes,
na falta de outro documento legal que disponha em contrário. Para esses casos excepcionais, tanto a legislação
brasileira quanto europeia permite que sejam utilizadas suas referências para esses dispositivos não cobertos,
desde que seja garantido um fator de segurança de, no mínimo, dois para todo o sistema e que uma força de
impacto produzida por uma queda menor do que 6 kn seja gerada no corpo do trabalhador protegido por esse
sistema.

Os pontos de ancoragem da ancoragem estrutural deverão receber algum tipo de marcação para fins de
rastreabilidade. Como não se tratam propriamente de um equipamento ou produto certificável é importante
que os mesmos possuam uma forma de serem parte de um sistema de grestão para fins de um procedimento
operacional de utilização e inspeções periódicas. Portanto, esses pontos de ancoragem deverão ser
identificados e sinalizados contendo a carga de resistência, o número máximo de pessoas ancoradas
simultaneamente, o seu fabricante e um número de série para rastreabilidade.

12.3. SISTEMA DE ANCORAGEM NO DISPOSITIVO DE ANCORAGEM


Dispositivos de ancoragem são produtos fabricados a partir de requisitos mínimos estabelecidos em
normas técnicas que também prevê submetê-los a ensaios para sua certificação por terceira parte.

A NR-35 define como um dispositivo removível da estrutura, projetado para utilização como parte de um
sistema pessoal de proteção contra queda, cujos elementos incorporam um ou mais pontos de ancoragem
fixos ou móveis.

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A norma técnica nacional para os dispositivos de ancoragem NBR 16325 também apresenta sua própria
definição, dispondo os dispositivos de ancoragem como sendo uma montagem de elementos que incorporam
um ou mais pontos de ancoragem ou pontos de ancoragem móveis, que podem incluir um elemento de
fixação, é projetado para utilização como parte de um sistema pessoal de proteção contra quedas e também
de forma que possa ser removido da estrutura e ser parte do sistema de ancoragem.

Ambas as referências normativas apresentam as duas características essenciais dos dispositivos de


ancoragem: móveis e removíveis. Além da certificação, são essas as caraterísticas que diferem os dispositivos
de ancoragem entre todos os demais tipos de sistemas de ancoragens disponíveis como elemento parte de um
sistema de proteção contra queda.

Dispositivos de ancoragem são, por definição, dispositivos submetidos à certificação como um produto.
Embora ainda não exista um sistema de avaliação de conformidade implementado pelo órgão acreditador
nacional INMETRO para os dispositivos de ancoragem, a norma técnica nacional NBR 16325 foi elaborada com
vocação para ser utilizada como a referência de requisitos de avaliação e ensaios de certificação desses
dispositivos. Essa norma foi baseada na norma europeia EN 795, tida como uma das mais antigas e
referendadas normas de certificação de dispositivos de ancoragem em todo mundo.

Um dispositivo de ancoragem submetido a requisitos de certificação de terceira parte poderia nos


oferecer as seguintes vantagens para os projetos de sistemas de ancoragens, entre outras:
- Comprometimento com a qualidade do produto;
- Redução de perdas ou de defeitos de fabricação dos dispositivos;
- Garantia de controle sobre a produção do item;
- Promover o aperfeiçoamento contínuo do produto e dos seus processos produtivos;
- Otimizar os investimentos dos clientes em relação a procedimentos de controles e avaliações;
- Evitar a concorrência desleal e profissionalizar o mercado de uma forma a estabelecer uma alta
competitividade conforme as normas técnicas aceitas.

De acordo com a norma técnica nacional NBR 16325, temos 4 tipos de dispositivos de ancoragem
classificados da seguinte forma:
1. Dispositivos de ancoragem Tipo A (1 e 2)
2. Dispositivos de ancoragem Tipo B
3. Dispositivos de ancoragem Tipo C
4. Dispositivos de ancoragem Tipo D

12.4. DISPOSITIVOS DE ANCORAGEM TIPO A


São dispositivos comumente fabricados em formatos de olhais ou placas de formatos distintos. São
construídos em materiais metálicos como o aço inox (melhor indicado), aço carbono e alumínio. Podem ser
fixados em estruturas de concreto, alvenaria ou metálicas, dependendo do elemento de fixação que irá ser
aplicado. Alguns modelos possuem o seu próprio elemento de fixação incorporado ao dispositivo.

Dependendo do seu formato e aplicação, esses dispositivos podem suportar carga em mais de uma
direção, embora a sua instalação quase sempre irá fixar o equipamento de acordo com a carga que será exigida
para suportar os efeitos de uma queda conforme o projeto do sistema de ancoragem. Para efeitos de ensaios
para sua certificação, esses dispositivos são testados com uma carga estática de 12 kN, embora a grande
maioria suporte uma carga de resistência, no mínimo, superior ao dobro desse valor dependendo do fabricante
e material utilizado.
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Alguns modelos também apresentam testemunho de queda (indicativo de que o equipamento foi
submetido a uma força impacto no momento de retenção da queda). Para efeitos de controle e revisão
periódica é uma característica interessante de se contar nos dispositivos. Todavia, ainda que um dispositivo
possua testemunho de queda, isso não desobriga as empresas de estabelecerem procedimentos de inspeções
rotineiras e periódicas.

Ainda falando sobre as diferenças e atributos dos modelos de dispositivos do Tipo A, os modelos em
formato de olhal simétrico geralmente permite a instalação de uma corda diretamente no dispositivo sem o
uso de um conector, desde que a sua estrutura não apresente partes cortantes que possam provocar algum
dano perigoso à corda.

Os dispositivos do Tipo A, subdividem-se também em dois tipos específicos:


Tipo A1: Dispositivo de ancoragem projetado para ser fixado a uma estrutura por meio de uma
estrutural ou de um elemento de fixação.

Tipo A2: Dispositivo de ancoragem desenvolvido para ser fixado em telhados inclinados.

São dispositivos geralmente utilizados em telhados ou planos que apresentam uma inclinação que
favorece esforços no sentido transversal à sua instalação.

12.5. DISPOSITIVOS DE ANCORAGEM TIPO B


São definidos como sendo um dispositivo de ancoragem transportável com um ou mais pontos de
ancoragem estacionária. Podem ser construídos a partir de materiais têxteis (em geral poliamida ou poliéster)
ou materiais metálicos (aço ou alumínio).

O seu transporte até o local em que será utilizado e a sua instalação é feita pelo próprio trabalhador que
irá utilizá-lo dentro de um sistema de proteção individual contra quedas. São instalados em estruturas
constituídas em concreto, alvenaria, metálicos ou em madeira. Geralmente são elementos estruturais tais
como vigas ou coluna, porém podem ser instalados em outros exemplos de estruturas desde que tenham sido
previamente avaliados e aprovados por profissional legalmente habilitado.

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Como se tratam de dispositivos para uso em sistemas de ancoragem temporários, os modelos de


dispositivos do Tipo B devem atender aos requisitos de compatibilidade a cada local que será instalado e ter os
seus pontos de fixação definidos sob a responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

Uma exigência importante da norma brasileira para trabalhos em altura é que para os sistemas de
ancoragem devem ser elaborados os procedimentos operacionais de uso para os mesmos. Os dispositivos de
ancoragem do Tipo B são um perfeito exemplo deitem que necessita de um procedimento formal, baseado nas
instruções dos fabricantes do dispositivo, que apresente sob forma de instruções técnicas a forma de se
transportar o dispositivo, instalar o dispositivo, como será utilizado, quais os elementos de ligação compatíveis
com o dispositivo, os limites de utilização do dispositivo, como deverá ser desinstalado e o que deverá ser
inspecionado no dispositivo antes do seu uso e periodicamente.

Os dispositivos desse tipo podem ser metálicos ou têxteis. A sua carga de resistência mínima em testes
para ser certificado deve suportar uma carga estática de 12 kN ou para elementos não metálicos, caso não o
seja fornecida evidência de durabilidade a carga estática deve ser 18 kN.

Os exemplos de dispositivos tipo B mais conhecidos são as cintas ou anéis de ancoragem, tripés, linhas de
vida, barras para acoplamento em perfis metálicos ou dispositivos removíveis com travas.

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As linhas de vida temporárias são indicadas para trabalhos em altura de curta duração que necessita da
rápida montagem de um sistema de ancoragem que possa ser utilizado para retenção de quedas ou restrição
de movimentação com possibilidade de oferecer uma área de trabalho maior protegida por um sistema de
proteção individual contra quedas.

As cintas ou anéis de ancoragem são construídos em materiais têxteis ou metálicos. Para os anéis de
ancoragem têxteis os materiais mais utilizados são a poliamida, o poliéster e a aramida.

Os materiais têxteis se destacam pela sua maleabilidade e alta resistência. Todavia, possuem deficiências
com relação a superfícies abrasivas, cortantes ou aquecidas e podem sofrer sérios danos por ataque de
produtos químicos. Portanto, as cintas têxteis podem ser substituídas por cabos metálicos para uso como
dispositivo de ancoragem Tipo B. Todavia, é importante ressaltar que embora o aço também seja um material
mais resistente a intempéries, trata-se de um outro exemplo de material estático, o que leva a não
recomendarmos para trabalhos onde seja necessário prever uma absorção de energia dinâmica provocada por
quedas.

As barras de acoplamento em perfis metálicos são uma solução muito prática para prover um ponto de
ancoragem temporário instalado em vigas metálicas com perfil em “I”, muito comum na maioria das plantas
industriais. Trata-se de um equipamento ajustável através de uma pinça regulável ao tamanho do perfil e
fixado através de uma prensa. Existem modelos para instalação vertical ou horizontal.

Os dispositivos removíveis com travas são muito úteis para sua instalação em orifícios existentes nas
estruturas metálicas ou de concreto. A rapidez e facilidade de instalação são suas principais vantagens. Porém,
sua utilização dependerá muito do tamanho do orifício disponível.

Os tripés também são equipamentos muito conhecidos para serem utilizados como dispositivos
temporários onde não encontramos estruturas para instalação dos dispositivos de ancoragem móveis. Seu uso
mais comum aparece nos trabalhos em espaços confinados. São dispositivos que possuem regulagem de altura
e de abertura de suas pernas, o que deve ser avaliado com relação à superfície escolhida para sua instalação.

12.6. DISPOSITIVOS DE ANCORAGEM TIPO C


São os dispositivos de ancoragem definidos como linhas de vida flexíveis horizontais, porém, mais
conhecidos simplesmente como linhas de vida. Para os efeitos da norma técnica NBR 16325 o dispositivo de
ancoragem Tipo C é uma linha horizontal subtendida como a que deriva do plano horizontal não mais de 15°
(quando medido entre ancoragens de extremidade e/ou intermediárias em qualquer ponto de sua extensão).

Devido aos aspectos peculiares ao seu método de ensaio, projetos, acessórios e instalações a NBR 16.325
optou por colocar os dispositivos de linhas de vida numa segunda parte dentro da norma brasileira.

Os sistemas de linhas de vida são uma das soluções mais básicas para trabalhos em altura em telhados ou
superfícies onde não existem sistemas de proteção coletiva, onde se faz necessário o deslocamento dos
trabalhadores ao longo de um ou mais pontos em edificações ou estruturas que não ofereçam um controle
para o risco de queda. Ao longo desse deslocamento o trabalhador percorre toda a área em paralelo à linha de
vida instalada permanecendo 100% do tempo conectado a ela. Dependendo do seu projeto e instalação, são
sistemas com projetos capazes de oferecer proteção contra quedas para mais de um trabalhador ao mesmo
tempo. Na verdade, se constituem em um sistema de ancoragem para trabalhos em altura em relação às quais
um trabalhador poderá conectar diretamente o seu EPI contra quedas (componente de união), como por

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exemplo, talabartes e trava quedas, para seu deslocamento seguro (horizontal ou vertical) ou conectar o seu
EPI diretamente a um ponto móvel de ancoragem que fica adicionalmente fixado à linha de vida.

O ponto móvel de ancoragem é definido como sendo como o elemento adicional móvel da linha de vida
no qual um dispositivo de conexão pode ser conectado. Trata-se de um elemento mais comumente utilizado
nas linhas de vida rígidas.

Outro elemento igualmente importante que podemos encontrar nos sistemas de linhas de vida flexíveis
horizontais são os bloqueadores de fim de linha. Quando exista a possibilidade do ponto móvel de ancoragem
ou componente de união (EPI) seja desconectado da linha ao chegar a suas extremidades se faz necessária a
instalação de um bloqueador assegurando que os elementos ou equipamentos não sejam desconectados
involuntariamente do sistema.

Nas linhas de vida que possuam múltiplos vãos, encontraremos as ancoragens intermediárias instaladas
entre as ancoragens de extremidade. Essa necessidade poderá exigir que o ponto móvel de ancoragem ou o
componente de união (EPI) tenha como característica a possibilidade de passar pelas ancoragens
intermediárias sem se desconectarem involuntariamente ou sem ficarem bloqueados nas ancoragens
intermediárias.

Para que o projeto de linha de vida seja eficaz e seguro é preciso que seja definido o seu tipo de solução
técnica de proteção contra o risco de quedas: deslocamento restrito ou retenção de quedas para uma melhor
seleção do EPI mais apropriado para a situação de trabalho.
Os dispositivos de ancoragem tipo C são especificamente as linhas de vida flexíveis que poderão ser
temporárias ou permanentes.

As linhas de vida flexíveis horizontais permanentes são aquelas que foram projetadas para serem
instaladas em local específico sem o objetivo de serem retiradas em um curto período de tempo. Já as linhas de
vida flexíveis horizontais temporárias foram projetadas para serem instaladas em locais diferentes por um
curto período de tempo. Ao final das atividades permite-se que ela seja retirada do local de instalação.

As linhas de vida flexíveis horizontais temporárias também são chamadas de linhas transportáveis ou
linhas móveis possuem características idênticas ás linhas de vida permanentes. Para a sua instalação é indicado
que se tenha ao menos um projeto de identificação, cálculos e determinação dos pontos de ancoragem
resistentes e compatíveis para o modelo de linha de vida horizontal temporária. Também devemos estabelecer
seus procedimentos de instalação, utilização e desinstalação. De acordo com o tipo de trabalho a ser executado
também deverão ser estabelecidos procedimentos para determinar qual equipamento de proteção individual é
compatível para ser utilizado como componente de união entre o cinto paraquedista e a própria linha,
devendo, ainda, indicar qual é a sua ZLQ – Zona Livre de Queda.

As linhas de vida flexíveis horizontais temporárias podem ser constituídas por cordas, fitas ou cabos
metálicos. Todos os modelos possuem um dispositivo tensionador para esticar a linha dentro dos limites
estabelecidos pelo fabricante do produto. Alguns modelos já possuem como elemento um ponto móvel de
ancoragem para a conexão do componente de união.

Já a linha de vida flexível permanente constitui-se praticamente em um capítulo à parte no mundo dos
dispositivos de ancoragem. Trata-se de sistemas complexos cuja concepção e instalação não se resumem a
uma mera questão de conectar-se a qualquer corda, fita ou cabo extremamente “forte”. São sistemas de
engenharia que exigem disciplina e abordagens normativas e técnicas a fim de assegurar que serão utilizadas e
funcionarão de acordo com o projeto pretendido.

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Infelizmente, é muito comum encontrarmos projetos de linhas de vida flexíveis permanentes sem
qualquer critério técnico ou amparo legal para sua instalação. A instalação de uma linha de vida flexível
horizontal apresenta uma série de requisitos exigentes de desempenho e segurança que são
proporcionalmente afetados por uma boa instalação ou por erros ou negligências em suas instalações ou
projetos base. No caso de ocorrência de uma queda de altura, existe a necessidade do projeto de linha de vida
prever a força de retenção a que o trabalhador poderia receber a distância em que o trabalhador poderia cair
livremente antes de ter a sua queda retida pelo sistema, as cargas que poderão ser geradas no sistema e as
cargas que são transmitidas às ancoragens de extremidade, que tipicamente são uma magnificação da força de
retenção, isso sem falar ainda na deflexão (flecha ou “V”) formada na linha de vida após a retenção da queda
do trabalhador.

Em uma linha de vida instalada existem dois momentos distintos, cada qual com responsabilidades
diferenciadas:
- A fabricação do dispositivo certificável;
- A instalação do dispositivo na estrutura aplicável.

Portanto, haverá um momento que é todo do fabricante envolvido na concepção do projeto, construção,
testes, orientações e certificação do produto, e outro momento do instalador envolvido na forma de instalação
do produto de acordo com as recomendações técnicas e requisitos normativos. Em casos excepcionais,
podemos encontrar as duas situações em uma única pessoa/empresa. As duas demandas são de alta
complexidade e em dado momento poderão depender de cálculos de engenharia feitos por pessoas
capacitadas para atribuir confiabilidade ao produto ou ao projeto de instalação.

Ao fornecer cargas de resistência sobre o dispositivo de ancoragem que serão previamente calculados e
depois confirmados através de ensaios previstos em norma, o fabricante estará validado tão somente o
produto e suas configurações variáveis permitidas para sua instalação e utilização.

Com relação ao instalador, segundo o Anexo B da NBR 16.325, recai sobre ele a responsabilidade de
calcular a compatibilidade deste produto com o local que será instalado seguindo as recomendações do
fabricante. Para atender a essa responsabilidade em assegurar que os materiais de base em que os dispositivos
de ancoragem serão instalados são compatíveis com o próprio produto a ser instalado, o instalador poderá
depender de outros cálculos onde a norma brasileira não foi muito clara em atribuir a responsabilidade.

Para todos os dispositivos de ancoragem o Anexo A da mesma norma informa que o projeto de instalação
precisa prever a solidez de fixação da ancoragem estrutural que serve para a fixação do dispositivo de
ancoragem. Essa previsão pode ser obtida por intermédio de ensaios ou cálculos. A norma não identifica de
que é a responsabilidade para efetuar os ensaios ou cálculos. Mas, facilmente, podemos concluir que após a
instalação o próprio instalador deverá fazer alguns ensaios de confiabilidade no sistema instalado, embora a
norma não forneça nenhum parâmetro ou método de teste para os instaladores. Já com relação aos cálculos
sobre a solidez da estrutura isso deverá ser realizado por profissional legalmente habilitado que, em nossa
opinião, poderá ser visto como um terceiro momento no projeto de instalação de uma linha de vida,
posicionado entre a fabricação do dispositivo e a sua instalação definitiva. Como a estrutura ou edificação são
de propriedade de empresas que assumem a necessidade de instalação de um dispositivo de ancoragem,
acreditamos que a responsabilidade de assegurar que a sua estrutura é resistente o suficiente para receber um
produto é da própria empresa proprietária da edificação, muito embora entendemos que ela também possa
subcontratar essa demanda específica.

As linhas de vida flexíveis horizontais podem ser constituídas por cabos metálicos, cabos sintéticos
(cordas) ou fitas sintéticas.

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Se a linha de vida pertence a um modelo que utiliza cabo de aço galvanizado, esta galvanização deve estar
de acordo com a norma NBR ISO 2.408. Se nas terminações dos cabos forem utilizados grampos para a sua
fixação, estes devem ser fabricados conforme NBR 11.098, e o seu fechamento e acabamento deve obedecer
ao raio mínimo de curvatura para o cabo (utilizando sapatilhas) e seguir os critérios com relação à quantidade,
posicionamento, espaçamento e torque de aperto para os grampos conforme a NBR 11.099.

Se a linha de vida for confeccionada total ou parcialmente em material têxtil, suas fitas ou fios devem ser
fabricados a partir de fibras sintéticas virgens monofilamentado ou multifilamentado, adequados para a
utilização prevista. Não é aceitável o uso do polipropileno como matéria prima.
Os dispositivos de ancoragem tipo C são submetidos a testes de força estática aplicando-se uma carga de
12 kN ou, para elementos não metálicos, caso não seja fornecida evidência de durabilidade, a carga estática
deve ser de 18 kN.

Excepcionalmente onde o fabricante permitir que mais de um usuário utilize o dispositivo de ancoragem
de forma simultânea, as cargas de ensaio devem ser acrescidas de 1 kN para cada usuário adicional. Assim, por
exemplo, se for uma linha de vida para 3 usuários o ensaio deverá aplicar uma carga estática de 14 kN (12 kN
+1 kN +1 kN).

No âmbito das normativas NBR 16.325 e EN 795 não foram cobertas as linhas de vida verticais flexíveis.
Diferentemente das linhas de vidas horizontais, as linhas de vida verticais precisam contar com elemento de
conexão entre o trabalhador e a linha que não permita o deslizamento, a não ser que seja voluntariamente
efetuado pelo usuário do sistema quando realiza os seus deslocamentos verticais. No caso de uma queda este
elemento reterá a queda ao ficar bloqueado na própria linha. Os equipamentos de proteção individual do tipo
trava quedas deslizantes guiados em linhas de vida flexíveis ou rígidas certificados pelas normativas NBR
14.626 e NBR 14.627 cumprem melhor os requisitos de segurança para proteção do trabalhador em sistemas
de linhas de vida instaladas verticalmente ou em planos que se desviem num ângulo superior a 15° do plano
horizontal.

12.7. DISPOSITIVOS DE ANCORAGEM TIPO D


Dispositivo de ancoragem empregado em uma linha de ancoragem rígida que não se desvie do plano
horizontal por mais de 15°, quando medido entre uma ancoragem de extremidade e uma intermediária em
qualquer ponto de sua trajetória.

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Esse sistema é formado basicamente por um trilho rígido metálico por onde desliza um carro ou um trole
que servirá como ponto móvel de ancoragem para conexão do componente de união (EPI). Pode ser instalada
na horizontal ou no sentido vertical. Para as linhas de vida rígidas verticais o ponto de ancoragem móvel
também deverá possuir um mecanismo de atuação que atenda as características de um equipamento de
retenção de quedas do tipo trava queda deslizante guiado para linhas rígidas e certificado conforme NBR
14.627.

As linhas de vida rígidas são uma solução técnica onde as distâncias a serem percorridas são menores.
Outras vantagens são que esses dispositivos, quando utilizados para reter uma queda, não formam deflexões
que acabam exigindo uma ZLQ maior como acontece com as linhas de vida flexíveis, transmitem uma carga
menor para as ancoragens quando utilizada para reter uma queda e permitem um livre deslizamento do ponto
móvel de ancoragem por não possuírem ancoragens intermediárias na maioria das vezes.

Os dispositivos de ancoragem tipo D também são submetidos a testes de força estática aplicando-se uma
carga de 12 kN.
Excepcionalmente onde o fabricante permitir que mais de um usuário utilize o dispositivo de ancoragem
de forma simultânea, as cargas de ensaio devem ser acrescidas de 1 kN para cada usuário adicional. Assim, por
exemplo, se for uma linha de vida para 3 usuários o ensaio deverá aplicar uma carga estática de 14 kN (12 kN
+1 kN +1 kN).

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13. ELEMENTOS DE FIXAÇÃO PARA DISPOSITIVOS DE ANCORAGENS


O que é um elemento de fixação de ancoragens? É um elemento natural ou artificial que permite fixar
uma corda ou algum outro sistema de proteção contra quedas através de dispositivos de ancoragens metálicos,
fitas, conectores entre outros.

As fixações naturais são aquelas que não necessitam de meio artificial para sua instalação, a não ser a
própria corda, fitas, cintas, cordins e mosquetões. São mais utilizadas nas atividades esportivas.

A NR-35 define elemento de fixação como sendo o elemento destinado a fixar componentes do sistema de
ancoragem entre si. São fixações artificiais especificamente projetadas para fixar equipamentos, podendo, em
alguns casos, serem compatíveis para a fixação de dispositivos de ancoragem.

Vantagens das fixações artificiais:


Possuem uma resistência comprovada já que utilizam dispositivos certificados, possui um grande número de
modelos e opções no mercado, oferece distintos tipos de fixações apropriadas para variados tipos de material
de base.
Desvantagens das fixações artificiais:
Sua instalação ou desinstalação é mais trabalhosa e demorada. Para alguns modelos é preciso aguardar um
tempo de fixação antes de utilizá-la. Existem outros tipos de fixação não permitem que o dispositivo de
ancoragem seja removido após o uso.

Os elementos de fixação mais utilizados nos dispositivos de ancoragem são os chumbadores mecânicos
que atuam por expansão e os chumbadores químicos que atuam por adesão.

13.1. CHUMBADORES MECÂNICOS


São elementos metálicos utilizados para fixação dos dispositivos de ancoragens. Tecnicamente são
chamados de chumbadores, sendo os mais tradicionais os parafusos, os parafusos com cone de expansão, mais
conhecidos como parabolt e as barras roscadas. Podem ser fixados em bases de concreto, rochas naturais,
madeiras maciças e em alguns casos para compor um sistema de fixação para elementos metálicos.

Esses tipos de chumbadores possuem como referência técnica para instalação e métodos de ensaio a
norma técnica nacional NBR 14827:2002.

Segundo esta norma são chumbadores para a instalação em elementos de concreto ou alvenaria,
portanto, instalados em concreto pronto e já endurecido (pós-concretagem). Ainda de acordo com a mesma
norma temos dois tipos de chumbadores para instalação em concreto ou alvenaria já endurecido:
1) Chumbador de Expansão: Chumbador de pós-concretagem que obtém a sua força de ancoragem
através de um sistema mecânico de expansão radial, que exerça forças de atrito contra a face interna
de um furo aberto em um membro estrutural.
2) Chumbador de Segurança: Chumbador de pós-concretagem que obtém a sua força de ancoragem
através de um sistema mecânico de expansão de uma parte do chumbador dentro de um trecho do
furo, que é maior em diâmetro do que o restante. A seção de diâmetro aumentado do furo pode ser
pré-alargada ou alargada através do processo de expansão, durante a aplicação do chumbador. Os
parabolts são um tipo de chumbador de segurança.

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Qualquer fixação artificial mecânica ao ser instalada é submetida a uma tensão, ou seja, esforços
mecânicos de diferentes características gerados pela estrutura de fixação que atuam sobre o elemento de
fixação. O estudo dessas forças é o que nos permite dimensionar a carga de resistência de um elemento capaz
de suportar as cargas que serão aplicadas nele para assegurar a utilização de dispositivos de ancoragem para
trabalhos em altura ou operações de resgate técnico vertical.

Nos chumbadores mecânicos podemos observar 5 tipos de esforços diferentes aplicados:


Compressão: É a força que se exerce ao pressionar a fixação no sentido em que fora introduzida em um
material de base. A compressão se desenvolve quando uma força axial aplicada estiver atuando no mesmo
sentido dirigido para o interior do orifício em que está sendo introduzida a fixação. Ela decorre do mecanismo
de expansão do chumbador que provoca um aumento de seu diâmetro em determinado do elemento.
Cisalhamento: Também conhecida como tensão de corte, é a força que se exerce no sentido perpendicular à
fixação. Como seu próprio nome indica, é a resistência que representa uma fixação metálica a ser cortada ou
cisalhada. A resistência ao cisalhamento de uma fixação instalada em um material de base será a carga de
ruptura ao exercer uma força em direção ao solo.
Tração: Também chamada de extração, é a força que se exerce no sentido oposto ao sentido de instalação da
fixação. A resistência à tração de uma fixação instalada em um material de base será a carga de ruptura ao
exercer uma força axial sobre a fixação para fora da base, como se pretendesse arrancá-la do ponto onde ela
foi instalada.
Torção: É a força que se exerce ao girar uma parte da fixação quando a parte oposta se encontra fixa. Se na
parte exterior do elemento de fixação introduzido num material de base começarmos a exercer um aperto
demasiadamente forte chegaremos a um momento em que a fixação se submeterá a uma torção aplicada ao
eixo longitudinal do elemento.

Dentre os chumbadores mecânicos mais utilizados destacamos os seguintes:

CHUMBADOR DE EXPANSÃO DE SEGURANÇA- PARABOLTS


São chumbadores metálicos maciços em formato cilíndrico que possuem uma de suas extremidades
rosqueada com uma porca e uma arruela, e na outra extremidade uma chapa cônica com uma bucha. As
chapas se expandem gradativamente à medida que se exerce uma pressão sobre elas devido à força criada no
aperto da porca na extremidade roscada do chumbador. A origem do nome parabolt se deve ao nome de um
fabricante de elementos de fixação espanhol da região da Catalunha conhecido por esse nome.
Podem ser fabricados em aço carbono ou aço inox. Preferencialmente pelas razões já conhecidas
deveremos dar preferência ao uso dos modelos em aço inox. Porém, é importante ressaltar que todo o
dispositivo: fixação, buchas, porcas, arruelas e a placa de ancoragem (ou olhal) também deverão ser de inox
para fins de compatibilidade entre os elementos metálicos.

Dentro das condições adequadas de instalação e nos materiais de base permitidos os parabolts possuem
uma elevada resistência e cargas de ruptura superiores aos demais chumbadores mecânicos. Podem ser
instalados em concreto, rochas duras, semiduras e para rochas mais macias ou concreto poroso podem ser
selecionados modelos de maior longitude e com sistema de dupla expansão.
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São elementos que necessitam de ferramentas perfurantes para sua instalação. São fixações invioláveis,
portanto, depois de instaladas não podem ser desinstaladas. Todavia, os dispositivos de ancoragem neles
instalados podem ser retirados.

BARRAS ROSCADAS
Não são definidas como chumbadores, já que se trata de um tipo de elemento à parte da fixação. São
hastes metálicas em aço carbono ou inox e que normalmente são utilizadas como passantes para a fixação
mecânica em estruturas metálicas, estruturas de alvenaria ou madeira.

É muito comum utilizar mais de uma barra para a fixação de placas ou suportes especiais que servirão de
base para a instalação dos dispositivos de ancoragem. Em alguns casos, também podem ser fixados através de
fixações químicas, todavia não seria uma instalação muito técnica já que existem dispositivos de ancoragens
mais adequados para o uso de instalações químicas.

13.2. CHUMBADORES QUÍMICOS POR ADESÃO


Os chumbadores químicos são os elementos de fixação mais resistentes que existem no mercado para a
instalação de dispositivos de ancoragens. Podem ser empregadas como materiais adesivos para elementos de
fixação do tipo barra roscada ou podem ser utilizadas para fixar o dispositivo de ancoragem diretamente no
material de base existente. São os elementos de fixação que oferecem o maior grau de segurança para
instalação dos dispositivos de ancoragem. São indicadas para rochas duras, semiduras ou moles e estruturas
em concreto, concreto poroso ou alvenaria. Esses tipos de chumbadores possuem como referência técnica
para instalação e métodos de ensaio a norma técnica nacional NBR 15049:2004.

Esta norma define o chumbador de adesão química como sendo um chumbador de pós-concretagem que
obtém a sua resistência de ancoragem através de um composto químico colocado entre a parede e o furo e a
parte embutida do chumbador. Os materiais usados incluem resina epóxi, resina de poliéster, materiais à base
de cimento ou outros tipos semelhantes que endurecem através de uma reação química.

Existe uma série de produtos químicos desenvolvidos para fixação por adesão. São compostos por dois
componentes: uma resina adesiva (em maior quantidade) e um catalizador (em menor quantidade), que ao
entrarem em contato reagem entre si para formarem um adesivo de elevadíssima resistência. Uma vez
misturados é destinado um tempo mínimo para sua manipulação e aplicação no material de base para a
fixação do dispositivo de ancoragem e um tempo para endurecimento completo para que o sistema de
ancoragem esteja liberado para uso. Esse tempo poderá variar de acordo com o tipo de produto, tipo de
material de base e a temperatura do ambiente.

A sua grande resistência se deve à forma com que a resina se integra ao material de base, fazendo com
que toda uma área de 360° ao redor da instalação esteja atuando quando o dispositivo de ancoragem estiver
suportando uma carga. Por isso, testes realizados já revelaram que as cargas de resistência mais elevadas
foram obtidas quando os dispositivos de ancoragem foram submetidos à tração. Ademais, as fixações químicas
não provocam tensões internas no ponto de ancoragem devido não necessitarem de elementos expansivos
para sua fixação.

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Os dispositivos de ancoragem a serem instalados por fixações químicas são hastes metálicas com formatos
distintos. Todavia as barras roscadas são as opções mais utilizadas servirão para fixação de dispositivos de
ancoragens através de porcas e arruelas colocadas na extremidade da barra roscada. Também são chamados
de tensores e são introduzidos em orifícios que serão feitos, preferencialmente, com uma inclinação de 10-20°
para favorecer o trabalho de fixação do adesivo.

PRINCIPAIS TIPOS DE ADESIVOS QUÍMICOS

Resina Epóxica:
São as mais conhecidas, mais resistentes e baratas encontradas no mercado. São
comercializadas em potes, um contendo a resina e outro contendo o catalizador. Sua
resistência a compressão é de cerca de 700 kg/cm², a resistência a flexão e tração é de
300 kg/cm² e sua aderência ao aço é de 100 kg/cm². Devido a sua altíssima resistência
é a única que está aprovada para instalação de fixações lisas (sem ranhuras).

Necessitam de um período de endurecimento maior, cerca de 3 dias em um


ambiente com temperatura média de 10°C ou 2 dias para uma temperatura média de
20°C. Com temperaturas maiores esse tempo poderá ser menor. Após a mistura o seu
período para manipulação é de 30 minutos. Não devem ser utilizadas em
temperaturas inferiores a 5°C ou em ambientes que estejam continuamente molhados.

A sua aplicação é bastante trabalhosa e requer bastante destreza e rapidez dos instaladores para evitar
desperdício do material, contaminações no local de aplicação ou sujeiras com a própria resina na área envolta
da instalação. Os instaladores deverão calcular a quantidade necessária da mistura para aplicação nos furos já
realizados. Recomenda-se não haver perda de tempo para a utilização do produto uma vez que já tenham sido
misturados. A sua principal reação química já ocorre mesmo que ainda não tenha sido aplicado no furo.

Também são comercializadas em bisnagas com os dois produtos a serem utilizadas com pistolas
aplicadoras especiais que tornam a tarefa de aplicação mais fácil e com menor desperdício do produto.
Todavia, ainda assim, cuidados com aplicação são necessários. Os bicos injetores utilizados devem ser trocados
de tempos em tempos para evitar contaminações na aplicação ou o seu entupimento devido aos resíduos que
permanecem no seu interior.

Sua vida útil é muito superior a qualquer outro tipo de fixação. Muitos fabricantes e usuários desse tipo de
elemento afirma que sua durabilidade é capaz de chegar a, no mínimo, 30 anos.
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Resina Epóxica-Acrílica
Possui basicamente as mesmas características de resistência do que a resina epóxica. Sua vantagem é o
seu tempo de endurecimento que é bem menor. Em função da temperatura ambiente poderá levar de 90
minutos até 1 dia e meio. A temperatura também acaba por influenciar em seu período de manipulação, de 90
a 2 minutos apenas.

A sua aplicação é mais fácil e limpa do que as resinas de pote. Normalmente as resinas epóxica-acrílicas já
são comercializadas em um cartucho duplo (bisnagas) que é instalado em sua pistola aplicadora que mistura os
produtos (resina e endurecedor) numa proporção ideal. Tal qual as bisnagas de epóxi, as pistolas aplicadoras
para as resinas epóxica-acrílica também contam com um bico injetor que normalmente fica com algum resto
de produto em seu interior após uma aplicação. Esse bico deve ser trocado a cada aplicação. Os resíduos que
ali sobram podem reagir ou endurecer numa proporção diferente de uma nova aplicação, podendo resultar
numa baixa qualidade adesiva do produto.

Apesar de ser um sistema mais fácil de se trabalhar trata-se de um produto mais caro. Também não está
indicado para uso de dispositivos de fixação lisos.

Resinas de Poliéster
É um adesivo híbrido de poliéster destinado a utilização em matérias de base em alvenaria e blocos ocos.
Seu período de endurecimento é de 6 horas à 30 minutos, dependendo da temperatura ambiente. Embora o
período de endurecimento seja mais rápido do que as resinas mais tradicionais, a sua carga de resistência é
bem menor.

Ampola química
São produtos comercializados em ampolas de vidro que contém em seu interior a resina e o catalizador
em compartimentos separados em seu interior. Normalmente a sua composição química é à base de poliéster,
viniléster ou estireno.

Após introduzir a ampola em um orifício já perfurado a instalação do elemento de fixação ou dispositivo


de ancoragem irá quebra-la fazendo com que seus componentes entrem em contato e comecem a reagir entre
si. O instalador deverá fazer giros com o dispositivo de ancoragem introduzido para ajudar na mistura dos
produtos químicos. O seu período de endurecimento também é bem rápido. Dependendo da temperatura no
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ambiente poderá levar de 4 horas à 10 minutos para uma aderência total. São mais baratas e mais econômicas,
já que sua aplicação é relativamente fácil e praticamente não ocorrem desperdícios do produto. São indicadas
para materiais de base maciços, como por exemplo, concreto, estruturas metálicas e madeiras.

Relativamente, todos os elementos de fixação químicos podem ser utilizados em locais húmidos ou que
estarão expostos à água durante o seu período de utilização. O adesivo acaba atuando como um material
selante e impermeabilizante do elemento metálico de fixação ou do próprio dispositivo de ancoragem,
oferecendo assim, uma maior resistência à corrosão. Todavia, a existência de umidade durante a sua instalação
poderá determinar um maior tempo para sua adesão total ou uma resistência menor do ponto de ancoragem.

Devemos também limpar e retirar partículas. Após, colocamos as chapas e chumbador e apertamos.
Utilize conforme necessidade e, caso necessário, retire a placa e
guarde o equipamento (se o modelo utilizado for móvel).

DISTÂNCIA ENTRE CHUMBADORES:


X – Distância mínima entre centros de dois chumbadores = 10
vezes o diâmetro correspondente.
Y – Distância mínima de um chumbador à borda do concreto = 5
vezes o diâmetro do correspondente.

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14. UTILIZAÇÃO DE CORDAS E NÓS PARA SISTEMAS DE ANCORAGEM


TEMPORÁRIOS
São elementos móveis instalados temporariamente como pontos de ancoragens temporários. Podem ser
construídas em fitas sintéticas costuradas, cintas em fibra sintética com argolas, fitas sintéticas tubulares,
cordas ou cabos de aço inox. Todos os elementos devem ter uma carga de ruptura mínima de 15 Kn, embora
isto dependa muita da forma de instalar a ancoragem.

As técnicas de instalação de ancoragens mais comuns na indústria são as ancoragens simples e as ancoragens
semi-equalizadas.

ANCORAGENS SIMPLES: É a ancoragem constituída de um único ponto de ancoragem instalado que recebe
100% da carga neste ponto. Por se tratar de uma ancoragem simples, é mais fácil e rápida de se instalar.
Todavia, é necessário que a estrutura onde será instalada seja avaliada e aprovada para montagem de sistemas
de ancoragem para trabalhos em altura.

ANCORAGENS SEMI-EQUALIZADAS: É a ancoragem constituída por dois ou mais pontos de ancoragem,


onde a carga é dividida igualmente para esses pontos de acordo com a distância dos mesmos ou movimentos
em que a corda montada possa sofrer durante o seu uso normal. A repartição de cargas pode ser feita com o
uso somente de fitas ou pode ser feita através do próprio nó empregado.

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Uma especial atenção deve ser dada às ancoragens semi equalizadas com relação aos ângulos formados na
repartição de carga. Quanto maior o ângulo formado maior será a carga suportada nos pontos de ancoragem.

A figura ao lado representa um esquema de instalação de ancoragens semi equalizadas levando como exemplo
uma referência de carga suspensa de 100 Kg. O ângulo
máximo recomendado é de 120°, pois o mesmo provoca
uma repartição de carga de 100 kg para cada ponto. Em
ângulos superiores à esse limite a carga distribuída seria
superior ao peso da própria carga suspensa.

Para a montagem sistemas de ancoragem temporários com cordas para as situações comuns de trabalhos
em altura como é o caso de linhas de vida horizontais ou verticais os trabalhadores necessitam de um
conhecimento sobre a montagem de alguns nós de encordoamento.
Os nós são frutos de técnicas desenvolvidas ao longo dos anos com diversas funções para se estabelecer
uma amarração segura para algum equipamento ou uma carga. É um item que até hoje é objeto de vários
estudos e teorias relativas à sua performance e limitações. Não vamos entrar em detalhes teóricos muito
profundos, porém é importante destacar as seguintes informações sobre os nós:
- Todos os nós subtraem resistência das cordas.
- Quanto menor o diâmetro da corda, maior subtração de perda.
- Os nós devem ser fáceis de fazer e desfazer.
- Importante conhecer as capacidades técnicas de cada nó em cada situação.
- Não guardar cordas com nós que tenham sofrido tensão.
- As pontas restantes devem ficar com, no mínimo, 10 cm.

Historicamente o nó oito duplo é o mais recomendado para ancoragens de segurança. Existem variáveis deste
nó e distintas formas de fazê-lo.

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OITO DUPLO: Um dos nós mais conhecidos e utilizados nos trabalhos verticais e operações de resgate, destaca-
se pela facilidade da montagem e extrema resistência. É utilizado para montagem de cordas fixas em
cabeceiras e também pode ser empregado montado diretamente sobre ancoragens naturais ou estruturais
(oito duplo guiado pelo chicote). O seu ponto negativo é o forte esmagamento que ele provoca na corda. Sua
perda de resistência é de 25 a 30%.

OITO DUPLO COM DUPLA ALÇA: Uma variante do oito duplo muito utilizado para montagem de cordas fixas
em cabeceiras. Com possui duas alças é possível realizarmos uma repartição das cargas suportadas pela corda,
já que as suas alças serão instaladas em diferentes pontos de ancoragem. Também funcionam como um nó
com dupla segurança (back up). Também é possível montá-lo com 3 alças o que permite repartir a carga
aplicada em mais pontos de ancoragem distintos. Por ser um nó que consome muita corda e forma uma
construção muito robusta, não provoca muito esmagamento na corda. Todavia, seu ponto negativo ocorre
exatamente pelo consumo de corda para montá-lo, ainda mais se empregarmos a sua variante com 3 alças. A
perda de resistência do oito duplo com dupla alça é de aproximadamente 20%.

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NÓ DINÂMICO: É um excelente recurso, muito utilizada em situações de resgate técnico. Mas se apresenta
como uma solução prática para montagem de ancoragens debreáveis. São ancoragens que podem ser
utilizadas como parte de um sistema de resgate para descer algum trabalhador que sofreu uma queda de
altura e ficou suspenso na linha de vida de corda. Todavia é um nó que precisa ser muito bem treinado, pois é
fácil de desfazer, inclusive quando se estiver com cargas. O seu uso na montagem de sistemas de ancoragem
deve ser empregado mediante um procedimento formal para evitar confusões ou erros durante a sua
instalação pelos trabalhadores.

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15. MEIOS DE ACESSO A LOCAIS COM DIFERENÇA DE NÍVEL DE ALTURA E RISCO DE


QUEDA
A execução dos trabalhos em altura, na ausência de meios normais para acesso à locais com diferença de
nível de altura, contar com tecnologias diversas para providenciar uma forma dos trabalhadores acessarem
com segurança determinado local para a execução de trabalhos em altura. Os meios de acesso mais utilizados
são as estruturas fixas instaladas temporariamente ou os equipamentos móveis, auto propelidos ou não, para
elevação de trabalhadores até os locais para execução dos serviços.

Os andaimes seriam o exemplo mais comum de estrutura montada de forma temporária e as PTA –
Plataforma de Trabalho Aérea seria o exemplo mais comum de equipamentos móveis. Outro exemplo de
equipamentos móveis seriam os equipamentos de guindar para a elevação de pessoas.

15.1 ANDAIMES
São plataformas provisórias para trabalhos em
locais elevados, construídas em estruturas tubulares,
encaixes, acoplamentos e outros acessórios. Todo
andaime deverá possuir uma Ficha de Liberação de
Andaime contendo lista de verificação dos requisitos de
segurança a serem atendidos para a liberação do
andaime.

Os três tipos mais conhecidos de andaimes são:


Fachadeiros, Suspensos e Em Balanço.

O dimensionamento dos andaimes e de sua


estrutura de sustentação e fixação deve ser realizado
por profissional legalmente habilitado. Esse profissional
é responsável pela elaboração de memória de cálculo
que deverá ser mantida no local de trabalho.

Os principais procedimentos para preparação e


utilização de andaimes nos trabalhos em altura são:
- Deve ser emitida PT para montagem, desmontagem e manutenção de andaimes.
- A montagem, desmontagem e manutenção devem ser executadas por trabalhador capacitado, sob a
supervisão e responsabilidade da chefia imediata.
- É obrigatório o uso pelo montador do cinto de segurança do tipo paraquedista, com talabarte duplo e
suas ferramentas apropriadas deverão estar acondicionadas e presos ao cinto.
- Isolamento da área durante os serviços de montagem, desmontagem ou manutenção.
- Os andaimes em processo de montagem, desmontagem ou manutenção devem ser sinalizados com
placas: vermelha = proibição do uso; ou verde = liberação do uso.
- Os andaimes somente devem ser utilizados após serem aprovados pelo profissional de segurança e
saúde no trabalho ou, na inexistência desses, do responsável pelo cumprimento desta norma,
conjuntamente com o encarregado do serviço.
- A aprovação deve ser consignada na ″Ficha de Liberação de Andaime″ que será preenchida, assinada e
afixada no andaime.

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- Os andaimes devem ser fixados a estruturas firmes, estaiadas ou ancoradas em pontos que
apresentem resistência suficiente à ação dos ventos e às cargas a serem suportadas.
- Poderá ser dispensada a fixação quando a torre do andaime não ultrapassar, em altura, três vezes a
menor dimensão da base de apoio.
- A estrutura do andaime em balanço deve ser contra ventada e ancorada para eliminar oscilações.
- Os montantes devem ser firmemente apoiados em sapatas sobre base sólida e nivelada capaz de
resistir aos esforços solicitantes e as cargas transmitidas.
- Somente devem ser utilizados andaimes móveis até seis metros de altura, com rodízios providos de
travas e apoiados em superfícies planas.
- As peças devem ser inspecionadas e avaliadas periodicamente, consignando os resultados em lista de
verificação sob a supervisão de profissional legalmente habilitado.
- O piso de trabalho deve ter forração completa, antiderrapante, ser nivelado e fixado de modo seguro e
resistente, permanecendo desimpedido.
- É permitida a emenda por sobreposição, desde que seja:
• Prevista no projeto do andaime ou justificada a inviabilidade técnica da justaposição por
profissional de segurança e saúde no trabalho ou, na inexistência deste, pelo responsável pelo
cumprimento desta norma;
• Apoiada sobre uma travessa e com pelo menos vinte centímetros para cada lado, criando uma
sobreposição de, no mínimo, quarenta centímetros, caso quem que é obrigatória a sinalização
adequada do local (indicando a existência do ressalto e pintura de uma faixa de alerta no piso),
bem como a fixação cuidadosa das pontas, de modo a não permitir que fiquem levantadas do
piso.
- A plataforma do andaime deve ser protegida em todo o seu perímetro, exceto na face de trabalho,
com:
• Guarda-corpo rígido, fixo e formado por dois tubos metálicos, colocados horizontalmente a
distâncias do tablado de setenta centímetros e um metro e vinte centímetros;
• Rodapés, junto à prancha, com altura mínima de vinte centímetros.
- Quando houver possibilidade de queda em direção à face interna, deve ser prevista proteção adequada
de guarda-corpo e rodapé.
- As aberturas nos pisos devem ser protegidas com guarda-corpo fixo e rodapé.
- Os andaimes com pisos situados a mais de um metro de altura devem ser providos de escadas ou
rampas.
- É proibido a retirada ou bloqueio de dispositivos de segurança do andaime;
- É proibido o uso de escadas e outros meios para se atingir lugares mais altos, a partir do piso de
trabalho de andaimes;
- É proibido o deslocamento de andaimes com trabalhadores e/ou ferramentas sobre os mesmos.
- Caso seja necessário instalar equipamento de içamento de cargas, deve-se escolher o ponto de
aplicação em conformidade com o projeto, de modo a não comprometer a estabilidade e a segurança
do andaime.

15.2 PLATAFORMAS DE TRABALHO AÉREO


As PTA - Plataformas de Trabalho Aéreo são definidas pela NR-18 como sendo o equipamento móvel, auto
propelido ou não, dotado de uma estação de trabalho (cesto ou plataforma) e sustentado em sua base por
haste metálica (lança) ou tesoura, capaz de erguer-se para atingir ponto ou local de trabalho elevado.

Para trabalhos em altura com apoio de uma PTA é necessário que exista um procedimento de registro do
tipo check list operacional antes de qualquer operação.
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Os procedimentos e requisitos gerais de segurança para trabalhos e operações com plataformas


elevatórias são:
- Pessoal qualificado com permissão para operar;
- Todos os trabalhadores na PTA devem utilizar EPI’s de proteção contra quedas, como por exemplo,
cinto de segurança tipo paraquedista conectado ao ponto de ancoragem específico da plataforma
através de talabarte de segurança ou a outro dispositivo específico previsto pelo fabricante;
- Quando estiver executando serviços, o trabalhador deverá estar ancorado no ponto específico para os
talabartes identificado no cesto da PTA e não nas partes superiores do cesto. Isso evita que o operador
seja arremessado para o lado de fora do cesto no caso de um acidente com o conhecido efeito
catapulta;
- Quando estiver executando serviços de montagem eletromecânica, como por exemplo, montagem de
“pipe rack”, o trabalhador deverá ficar ancorado no ponto de ancoragem do cesto e não na estrutura
do “pipe rack”;
- A capacidade nominal de carga definida pelo fabricante da PTA não pode ser ultrapassada em
nenhuma hipótese.
- Durante o deslocamento da plataforma somente é permitida uma pessoa dentro da gaiola;
- Interromper as operações com a PTA quando surgirem condições climáticas que indiquem a
paralisação das atividades;
- Sempre posicionar a PT de frente para a direção do deslocamento da máquina;
- Sempre colocar um vigia e usar o sistema de sonorização e iluminação quando dirigir em área onde a
visão seja obstruída;
- A PTA deve estar afastada das redes elétricas de acordo com o manual do fabricante ou estar isolada
conforme as normas específicas da concessionária de energia local, obedecendo ao disposto na NR-10.
Algumas plataformas possuem restrições diferentes, portanto sempre será necessário consultar o
manual de seu fabricante;
- Mantenha-se afastado de uma rede ou dispositivo elétrico submetido a uma tensão de até 50.000 volts
conforme Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre do Anexo I da NR 10;
- O local onde estiver sendo realizado o trabalho deve ser devidamente isolado, impedindo a passagem
de pessoas;

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- Quando a plataforma estiver sendo utilizada em áreas próximas à movimentação de carga, a exemplo
de pórtico, talha, empilhadeira, deve-se adotar medidas específicas que evitem colisões. Assegure-se
de que os operadores das outras máquinas suspensas ou no solo estejam cientes da presença da
plataforma elevada;
- O local de posicionamento deve ser firme, plano e isento de buracos e saliências;
- Não amarre a PTA a qualquer estrutura adjacente com fios, cabos ou itens similares;
- Nunca posicione pranchas, escadas, degraus ou dispositivos semelhantes na unidade para fornecer
alcance adicional;
- Mantenha os calçados e a área da plataforma sem lama, óleo, graxa e outras substâncias
escorregadias;
- As grades da plataforma não devem ser usadas para manejo de materiais;
- Nunca use a lança como guindaste ou para qualquer objetivo que não seja posicionar o pessoal, suas
ferramentas e equipamentos;
- Antes de sair da máquina verifique se a mesma está parada e com o sistema de freio travado;
- Faça inspeção periódica de segurança e vistoria diária da plataforma;
- A inspeção do equipamento e do local de trabalho deve ser feita por pessoas competentes;
- É proibido o uso da PTA para o transporte de trabalhadores e materiais não relacionados aos serviços
em execução;
- Não opere uma PTA com mau funcionamento;
- Não abaixe a PTA antes de recolher inteiramente a extensão da plataforma;
- Não eleve a PTA enquanto estiver em movimento.

15.3 EQUIPAMENTOS DE GUINDAR E ELEVAÇÃO DE PESSOAS PARA TRABALHOS EM


ALTURA
Embora exista a proibição da NR-18 para movimentação de pessoas por equipamentos de movimentação
de cargas, atualmente já existem equipamentos de guindar que atendem a outras exigências normativas que
permitem a movimentação de pessoas para trabalhos em altura. O Anexo XII da NR-12 – Segurança no
Trabalho em Máquinas e Equipamentos oferece a alternativa de se utilizar cesta aérea, cesto acoplado ou cesto
suspenso.

Para trabalhos em altura com apoio dos equipamentos de guindar também será necessário que exista um
procedimento de registro do tipo check list operacional antes de qualquer operação.

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Cesta aérea é o equipamento veicular destinado à elevação de pessoas para a execução de trabalhos em
altura, dotado de braço móvel, articulado, telescópico ou misto, com caçamba ou plataforma, com ou sem
isolamento elétrico, podendo, desde que projetado para este fim, também elevar material por meio de
guincho ou de lança complementar.
O cesto acoplado é uma caçamba ou plataforma acoplada a um guindaste veicular para a elevação de
pessoas nos trabalhos em altura.

Dentre as principais exigências para utilização de cesta aérea e cesto acoplado nos trabalhos em altura
destacamos:
- Existência de ancoragem para cinto de segurança tipo paraquedista;
- Controles claramente identificados na parte superior e na parte inferior e protegidos quanto à
operação inadvertida ou acidental;
- Os controles inferiores deverão possuir dispositivo que prevaleça sobre os controles superiores
quando da sua movimentação;
- Sistema de nivelamento do cesto que evite o seu basculamento;
- Dispositivos de parada de emergência nos dois controles;
- Sistema estabilizador com indicação de inclinação;
- Sistema de operação de emergência em caso de pane;
- Ponto de aterramento;
- Grau de isolamento elétrico;
- O cesto deverá possuir a borda com cantos arredondados;
- Indicação de carga;
- É proibida a movimentação de cargas, exceto as ferramentas e materiais necessários para a
execução dos trabalhos quando puderem ser acondicionados de forma segura e não ultrapassarem
a capacidade de carga do equipamento;
- Informações sobre as configurações de uso do equipamento e identificação dos riscos envolvidos na
operação do equipamento.

O cesto suspenso é o conjunto formado pelo sistema de suspensão e a caçamba ou plataforma suspensa
por equipamento de guindar que atenda aos requisitos do Anexo XII para trabalhos em altura. O cesto
suspenso somente deverá ser utilizado quando for comprovada a inviabilidade técnica de uso de PTA, cesta
aérea ou cesto acoplado através de laudo elaborado por profissional legalmente habilitado mediante a emissão
de ART – Anotação de Responsabilidade Técnica.

Dentre as principais exigências para utilização de cesto suspenso nos trabalhos em altura destacamos:
- O equipamento de guindar utilizado para içamento do cesto deverá atender aos requisitos do
Anexo XII;
- O cesto deverá ser projetado por profissional legalmente habilitado contendo suas especificações
construtivas, memória de cálculo e emissão de ART – Anotação de Responsabilidade Técnica;
- A utilização do cesto suspenso deverá estar sob a responsabilidade de Engenheiro de Segurança do
Trabalho;
- A supervisão dos trabalhos com cestos suspensos deverá ser executada por Engenheiro ou Técnico
de Segurança do Trabalho;
- Realização de análise de risco;
- Elaboração de plano de movimentação de pessoas;
- Elaboração de procedimentos operacionais e de emergência;
- Emissão de permissão de trabalho para movimentação de pessoas;

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- A operação do cesto aéreo deverá ter a presença física de profissional capacitado em


movimentação de carga desde o planejamento até a conclusão;
- O cesto deverá ter uma capacidade mínima de 136 kgf;
- Provisão de sistemas de comunicação via rádio para os ocupantes do cesto;
- Adoção de código de sinalização de movimentação de cargas para movimentação do cesto;
- O equipamento de guindar deverá contar com anemômetro com alerta visual e sonoro que indique
velocidade dos ventos igual ou superior a 35 Km/h;
- Aterramento elétrico;
- Dispositivo limitador de velocidade (máximo de 30 metros por minuto);
- Dispositivo de tração que impeça a queda livre do cesto;
- Dispositivo de parada de emergência;
- É obrigatória, imediatamente antes da movimentação, a realização de reunião de segurança sobre a
operação com todos os envolvidos contemplando as atividades a serem desenvolvidas, o processo
de trabalho, os riscos identificados e as medidas de proteção que serão consignadas em documento
a ser arquivado com o nome legível e assinatura dos participantes.

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16. TRABALHOS EM ALTURA COM EMPREGO DE ESCADAS FIXAS OU PORTÁTEIS


Escadas são um dos dispositivos de transposição de pisos com diferença de nível mais empregada no
mundo todo. Também poderá ser uma ferramenta usual para atividade de acesso à local com diferença de
nível nos trabalhos em altura. Quando se trata de escadas fixas o seu projeto deverá prever medidas de
proteção contra queda. Quando se tratar de escadas portáteis, deverão ser adotados procedimentos de
utilização ou limitação de seu uso, em face do grande histórico de acidentes envolvendo esse equipamento.

16.1 ESCADAS PORTÁTEIS


Escadas portáteis são ferramentas muito comuns em situações de trabalhos em altura na indústria em
geral. Todavia, em face do elevado número de acidentes provocados, muito dos quais possíveis de serem
evitados, a utilização de escadas deve ser encorajada apenas para tarefas limitadas a facilidade de sua
execução, altura limitada, um curto período de tempo ou quando não se justifique a utilização de outros meios
de acesso mais seguros em função das características dos locais em que o empregador não teria como alterar.
Os riscos mais comuns na utilização de escadas são:
- Deslizamento lateral da escada (parte superior) ou dos seus pés;
- Basculamento para trás da escada demasiadamente vertical;
- Ruptura de degraus ou montantes;
- Desequilíbrio do trabalhador durante a execução dos serviços ou durante seu deslocamento;
- Escorregões do trabalhador nos degraus da escada;
- Posição inadequada do trabalhador;
- Entalamento do trabalhador;
- Dificuldade de içamento de materiais;
- Queda de materiais ou ferramentas;
- Contatos diretos ou indiretos com objetos ou instalações energizadas;
- Vertigem ou mal súbito do trabalhador.

Os procedimentos e requisitos gerais de segurança para trabalhos e deslocamentos em escadas são:


- As escadas somente deverão ser utilizadas para trabalhos temporários de pequeno porte, curta
duração e realizados a baixa altura. Para serviços prolongados recomenda-se a instalação de andaimes
ou utilização de plataformas móveis;
- Serviços que requeiram a utilização simultânea de ambas as mãos somente podem ser feitos com
escada de abrir com degrau largo ou utilização de talabarte de posicionamento em estrutura rígida;
- Deve ter base sólida, antiderrapante, com extremos inferiores (pés) nivelados e sem arredondamento;
- Não utilize escadas sujas, molhadas, com pés ou degraus quebrados, soltos, podres, emendados,
amassados, trincados ou rachados, ou faltando parafuso ou acessório de fixação;
- A escada deve ser apoiada em piso sólido, nivelado e resistente, para evitar recalque ou afundamento;
- Não apoie a escada em superfícies instáveis, tais como grama, caixas, tubulações, tambores, rampas,
superfícies de andaimes ou ainda em locais onde haja risco de queda de objetos;
- Em piso instável, providenciar uma base sólida e antiderrapante para a mesma;
- Em locais de trânsito de veículos, a escada deve ser protegida com sinalização e barreira, de acordo
com o procedimento de trabalho específico;
- As escadas portáteis não devem ser posicionadas nas proximidades de portas, em áreas de circulação
de pessoas ou máquinas, onde houver risco de queda de materiais ou objetos, nas proximidades de
aberturas e vãos e próximo à rede elétrica e equipamentos elétricos desprotegidos;
- Nos trabalhos a quente, é vedada a utilização de escadas de madeira;
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- Quando for necessário utilizar escadas perto de portas, estas devem estar fechadas, sinalizadas e
isoladas para acesso à área;
- Ao subir e descer uma escada o usuário deve colocar-se na posição frontal, apoiando-se com as duas
mãos nos montantes ou nos degraus desde que não estejam lisos ou com contaminação, posicionando
os pés em um degrau de cada vez. O usuário não deverá subir com calçado molhado ou escorregadio;
- As ferramentas utilizadas para o trabalho não devem estar soltas sobre a escada, a não ser que tenham
bandeja apropriada para esta função;
- Ao executar serviços, ambos os pés do usuário devem estar sobre os degraus da escada;
- Durante o uso de escada somente uma pessoa deve subir de cada vez;
- Quando necessário o uso de cinto de segurança deve ser fixado em um ancoradouro, fora da escada,
exceto uso de talabarte para posicionamento envolto em estrutura rígida (Ex.: serviço em poste);
- As escadas simples devem ser amarradas no ponto de apoio, de modo a evitar escorregamento ou
quedas frontais ou laterais. Quando não for possível, outro colaborador pode segurá-la;
- Nunca fique nos últimos degraus de uma escada. Devem-se deixar, no mínimo, dois degraus da
extremidade superior;
- Nenhuma escada deve ser arrastada no chão quando for transportada ou sofrer impactos nas laterais e
degraus. Escada com 4 metros ou mais deve ser transportada por duas pessoas;
- Após sua utilização, a escada deve retornar ao seu local de origem. Não deixar a mesma abandonada
no chão, nem apoiada contra paredes e estruturas;
- A escada deve ser guardada em local seco e abrigada, longe de umidade ou calor excessivo;
- Deve ficar em posição horizontal e apoiada em vários pontos de acordo com o seu tamanho para evitar
empenamento;
- As escadas não devem ser pintadas, para evitar ocultar rachaduras ou nós da madeira;
- As escadas de madeira não devem apresentar farpas, saliências ou emendas;
- Os degraus devem permanecer limpos, livres de óleos, graxas e produtos químicos;
- Trimestralmente toda a escada deve ser submetida a uma inspeção minuciosa, bem como antes de
cada uso para verificar suas condições gerais.
- A extremidade superior das escadas simples deve ultrapassar em cerca de um metro o ponto que se
deseja atingir.

AS ESCADAS PORTÁTEIS EMPREGADAS NOS TRABALHOS EM ALTURA DEVERÃO POSSUIR MONTANTE DUPLO

TRABALHADOR SEMPRE DEVERÁ SUBIR OU DESCER DE FRENTE


PARA OS SEUS DEGRAUS DA ESCADA

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POSIOCIONAMENTO: A distância horizontal da base à


linha de prumo que passa pelo apoio superior deve
corresponder a ¼ da distância entre a base e o apoio
superior, ou seja, para uma parede de quatro metros de
altura, a base da escada deve estar afastada um metro
da parede. O ângulo formado pela escada com a
horizontal deve situar-se entre 50 e 75. Se o ângulo for,
por exemplo, de 80, a escada se encontra
demasiadamente próxima da parede, podendo haver
quedas. Se o ângulo for menor que 50, a escada pode
envergar.

Escada Portátil de Abrir


- Devem possuir degraus largos (profundidade mínima de sete centímetros);
- Devem possuir tirantes ou limitadores de curso (corrente articulada ou
separador resistente) dispostos em pontos intermediários de sua extensão;
- Quando aberta, os tirantes devem permanecer na posição de abertura máxima.
Isso trava a escada na sua posição de abertura máxima, impedindo, assim,
deslocamentos bruscos;
- Não é permitido o uso e cordas, arames ou fios como limitadores de curso;
- Este tipo de escada não deve ser utilizado como escada de apoiar;
- Deve ser dada atenção especial quanto ao estado de conservação dos tirantes,
dobradiças, pinos e ferragens de articulações.

Escada Portátil Extensiva


- Deve ter dispositivo limitador de curso, colocado no quarto vão a contar da
catraca;
- A escada deve possuir roldanas, guias e ancoragem adequadas, duas trancas
automáticas e corda para manobra de extensão;
- Quando a escada estiver estendida, a corda deve ser bem esticada e amarrada nos
degraus de base, para não ficar no chão e garantir que a seção superior não caia,
em caso de abertura das catracas;
- Quando em posição, a seção inferior deve sempre estar superposta à superior;
- Deve ser dada atenção especial quanto ao estado de conservação dos dispositivos
de travamento e fixação do segundo lance, catracas, roldanas, guias e corda para
manobra de extensão.
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16.2 ESCADA MARINHEIRO (FIXA)


São escadas fixas permanentes constituídas por estruturas
metálicas e utilizadas para acesso a lugares elevados ou de
profundidade que excedam 6 m (seis metros), com grau de
inclinação em relação ao piso variando de 75° (setenta e cinco
graus) a 90° (noventa graus), possuindo gaiola de proteção.

A gaiola de proteção é uma armação de metal composta


por montantes, anéis e barramentos utilizada com proteção em
torno da escada para evitar quedas de pessoas. Seus montantes
são fixados na vertical diretamente nas paredes; os anéis são
fixados horizontalmente nos montantes; os barramentos são
paralelos aos montantes, fixados aos anéis e servem para
aumentar a rigidez da estrutura. As escadas fixas tipos
marinheiros com mais de 6 m de altura devem possuir gaiola de
proteção instalada a partir de 2 m do piso, ultrapassando 1 m a
superfície a ser atingida acompanhando a altura dos montantes.

Para atividades da construção civil e montagem


eletromecânica usaremos as referências normativas e técnicas
da NR-18 e seu RTP 04. Para equipamentos e máquinas em
qualquer ramo de trabalho usaremos as referências normativas
e técnicas da NR-12 e seu Anexo 03.

Quando as escadas do tipo marinheiro possuírem mais de 10 m de altura deverão ser instaladas
plataformas intermediárias de descanso a cada lance distante 9 metros uma das outras extremidades
superiores dos seus montantes deverão ultrapassar 1 m a superfície do nível que se deseja atingir.

Muito embora os aerogeradores modernos contem com elevadores de pessoas para movimentação
vertical dos trabalhadores até a nacelle, todos também devem possuir escadas fixas e os trabalhadores devem
ser capazes de conhecer a sua utilização correta incluindo seus acessórios e componentes.

As escadas fixas do tipo marinheiro nos aerogeradores são tratadas como sistemas específicos que
atendem normativas diversas técnicas internacionais, como por exemplo, EN 50308, ISO 14122, BS 4211, BS
5395-3 e ANSI A 14.3.

São fabricadas em alumínio e da mesma forma do que as escadas marinheiro tradicionais, as escadas
internas dos aerogeradores deverão possuir uma plataforma de descanso a cada 6 metros. Porém essa
plataforma possui dimensões bem menores servindo apenas ao intuito de oferecer ao trabalhador um
pequeno piso intermediário para descanso enquanto realiza a escalada até a nacelle.

De acordo com a EN 50308 as escadas internas dos aerogeradores com alturas superiores a 3 metros
deverão contar com um sistema de proteção individual contra quedas do tipo linha de vida com equipamento
anti queda (trava quedas) incorporado. A linha de vida pode ser do tipo trilho rígido ou flexível de cabo de aço.
Todavia, não se adotam linhas de vida flexíveis de material sintético têxtil (cordas).

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17 DINÂMICA DA QUEDA
O que acontece com você durante uma queda? Como seu corpo reage a uma queda? Que tipo de lesões
um trabalhador acidentado pode sofrer em uma queda? O estudo da dinâmica da queda pode nos ajudar a
elucidar essas questões de forma a subsidiar fundamentos de segurança para os usuários dos equipamentos de
proteção individual contra quedas com relação a sua correta colocação, utilização e posicionamento durante a
execução das atividades laborais verticais.

Inicialmente, antes que o EPI comece a funcionar no intuito de restringir a queda, o indivíduo irá descer
em queda livre com a velocidade dessa queda acelerando aos poucos. Uma vez percorrida a distância prevista
em queda livre, e de acordo com o ponto em que o indivíduo está ancorado, o ponto onde o EPI está instalado
no cinto e o comprimento do equipamento que irá deter a queda, o equipamento de proteção contra quedas
tem o seu sistema ativado. O indivíduo ainda percorre mais uma distância que corresponde à desaceleração
normal provocada pelo funcionamento do EPI, até parar totalmente. A força de limitação da queda produzida
pela frenagem ou bloqueio da queda provocada pelo EPI detém a sua queda. Essa força de limitação da queda
(energia) atinge o corpo podendo provocar lesões leves ou graves dependendo da distância percorrida pela
queda e o tipo de tecnologia desenvolvida pelo EPI empregado.

Para prevenir as lesões nos trabalhadores provocadas pelo uso do EPI, existem acessórios que podem
absorver ou reduzir essa força empregada junto ao corpo do trabalhador, como também informações técnicas
e procedimentos seguros para seu deslocamento durante os trabalhos em altura que devem ser passados e
determinados previamente durante o planejamento dos trabalhos.

17.1 ENERGIA DE CHOQUE


Ocorre em equipamentos ou materiais estáticos (sem absorção de energia). A energia criada pelo choque
de uma queda é transferida para pessoa e para a ancoragem. Essa energia é calculada pela seguinte fórmula:
EP = m.h.g (onde “g” é a gravidade: 9,8 m/s. Em geral arredondamos para 10 m/s).
Exemplo: Uma pessoa de 100 kg + 1 talabarte de 1,5 m:
EP = 100 x 1,5 x 10 = 1.500 kgf/j

Estudos já revelaram que o corpo humano resiste a uma energia de choque de, no máximo, 1.250 kgf/j.
Portanto, para a solução do problema acima, deveremos manter sempre o ponto em que a pessoa estiver
ancorada acima da cabeça ou utilizarmos absorvedores de energia.

17.2 FATOR DE QUEDA


O fator de queda é aplicado quando estamos utilizando equipamentos ou sistemas dinâmicos (com
absorção de energia). É calculado pela seguinte fórmula:
FQ = D (queda) / D (corda)
São utilizados os seguintes parâmetros como fatores de segurança admitidos para caso de queda nos
trabalhos em atura:
 Fator < 1: Equipamentos sem absorção de energia;
 Fator a partir de 1: Utilizar absorvedores de energia nos seus EPI’s;

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 Fator 2: Valor máximo de FQ para trabalhos em altura e com o uso de absorvedores de energia
Exemplo: 1 talabarte de 1,60 m de comprimento + distância de queda de 1,60 m
FQ = 1,6 / 1,6 = 1. Portanto, o FQ desta queda é 1. O trabalhador poderá, em tese, utilizar um EPI sem
absorvedor de energia.

O FQ é uma orientação importantíssima para os


trabalhadores em altura. Quanto menor for o fator
de queda mais seguro você estará. Menor será a
FQ = 2 possibilidade de sofrer algum tipo de lesão
provocada pelo choque provocado pela queda ou
pela colisão com algum obstáculo.

FQ > 1

Uma queda em FQ 1 já é uma ocorrência


preocupante para a integridade física do
trabalhador. Uma queda em FQ 2 poderá provocar
graves lesões (incapacitantes ou não). Qualquer
queda acima de FQ 2 será potencialmente mortal
para o trabalhador.
FQ = 1

FQ < 1

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18 TRAUMA DE SUSPENSÃO INERTE


Trauma é toda e qualquer lesão de extensão, intensidade e gravidade variáveis, que pode ser produzida
por agentes físicos (como o impacto de uma queda), de forma intencional ou acidental. Mesmo estando
protegidos por algum equipamento ou sistema anti-quedas, os traumas causados por uma queda ou por
suspensão inerte podem provocar graves lesões ou até a morte dos trabalhadores em altura acidentados
nessas situações.

Uma queda do trabalhador ocorrida nos trabalhos em altura poderá provocar lesões
osteomusculares em seu corpo, como por exemplo, hematomas, escoriações, lacerações,
sangramentos, deslocamentos ósseos, fraturas ósseas (expostas ou não), distensões
musculares ou nas articulações ou rompimento de músculos. Dependendo da energia
gerada pela queda, poderá causar lesões mais sérias a ponto de até provocar
rompimento de órgãos vitais, levando a vítima a um grave quadro de hemorragias
internas.

Mas os efeitos de acidentes nos trabalhos em altura não se restringem a algum tipo
de lesão ou trauma provocado apenas pela queda. A suspensão inerte é igualmente
perigosa à integridade física de um trabalhador em altura. Ela é definida pela normativa
NR-35 como sendo a situação em que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema
de segurança, até o momento do socorro.

O Trauma de Suspensão Inerte ou Síndrome do Cinto ou trauma ortoestático, como também é chamado,
pode ocorrer quando uma pessoa fica em suspensão no cinto de segurança por um longo período de inércia
durante a execução de serviços ou nos casos de quedas seguidas de inconsciência e consequente inércia
ficando em suspensão pelo próprio cinto de segurança.

O Trauma de Suspensão Inerte ou Síndrome do Cinto provoca um grave risco de paralisação do nosso
sistema circulatório. Nesse caso a circulação do sangue venoso fica seriamente comprometida. Na posição que
a vítima se encontra as tiras das pernas do cinto podem comprimir as veias, fazendo com que o sangue
bombeado pelo coração se acumule nas pernas (membros inferiores). Quando isso acontece, o retorno do
sangue venoso fica comprometido. O coração e subsequentemente o cérebro não receberão sangue e oxigênio
suficiente para funcionar adequadamente, resultando em uma série de reações que podem culminar com a
perda da consciência e, em casos mais extremos, a morte do trabalhador.

Na ocorrência de trauma de suspensão o trabalhador poderá ter os seguintes sintomas: palidez, náuseas,
visão turva, sudorese, câimbras, fraqueza, edema dos membros inferiores (inchaço), inconsciência ou morte.

Uma pergunta que ainda persiste é: “Por quanto tempo uma pessoa resistiria numa posição suspensa e
inerte após a queda?”

A resposta não é tão simples. Depende do organismo de cada pessoa. Depende do impacto recebido na
queda, depende do seu nível de consciência após a queda, depende do equipamento que utilizava para reter a
queda ou depende da forma como a pessoa está equipada com seu EPI. Portanto, são muitas variáveis a serem
consideradas.

Todavia, estudos iniciados nos anos 1970 pelo médico ocupacional francês Dr. Maurice Amphoux sobre a
suspensão traumática pós-queda nos modelos de cintos utilizados para trabalhos em altura naquela época
(protótipos dos cintos paraquedistas atuais) já descreviam, para sua surpresa, inúmeras perturbações
fisiológicas em todos os seus experimentos realizados com indivíduos, como por exemplo, uma significante
modificação do ritmo cardíaco dos voluntários, sem, contudo, apresentar sinais de alerta. Ainda que fossem
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modificados os modelos de cinto laborais e tivesse substituídos os próprios voluntários em seus experimentos,
o tempo em que começavam a surgir os efeitos da suspensão sempre era o mesmo, entre 2 a 12 minutos.
Como alguns voluntários chegaram a apresentar perda da consciência durante os experimentos o Dr. Amphoux
resolveu interrompe-los devido à possibilidade de ameaça à saúde dos voluntários.

Na década de 1980 esses estudos retornaram com a COMED – Comissão Médica do SSF – Serviço de
Espeleosocorro Francês. Nos seus vários protocolos de estudos clínicos científicos sobre o comportamento do
ser humano após uma queda e a sua permanência em suspensão e inerte, a COMED levou em considerações
profissionais que são especializados em permanecer um longo período em suspensão durante a realização
normal de uma atividade, como por exemplo, espeleólogos, e profissionais que utilizam equipamentos de
proteção contra quedas e somente ficarão em suspensão e numa posição inerte no evento de uma queda.
Estes últimos correspondem ao perfil da grande maioria dos trabalhadores autorizados em altura no mundo
todo.

E os resultados foram preocupantes conforme a tabela a seguir:

TEMPO POSIÇÃO PULSO OBSERVAÇÕES


0 MIN. EM PÉ 93
2 MIN. PENDURADO 93 FORMIGAMENTO EM AMBOS OS PÉS
3 MIN. PENDURADO 109
5 MIN. PENDURADO 109 ENDURECIMENTO DOS QUATRO MEMBROS
5 MIN. 30 SEG. PENDURADO 109 RESPIRAÇÃO OFEGANTE ACOMPANHADA DE SENSAÇÃO DE CALOR NA CABEÇA
SENSAÇÃO DE MAL ESTAR EMINENTE E IMPOSSIBILIDADE DE MUDAR DE
6 MIN. PENDURADO 109
POSIÇÃO

7 MIN. PENDURADO PERDA DA CONSCIÊNCIA ACOMPANHADA DE BRADICARDIA


7 MIN. 13 SEG. SOLTO PERSISTÊNCIA DA BRADICARDIA
13 MIN. DEITADO PERSISTÊNCIA DA BRADICARDIA
25 MIN. DEITADO 90 NORMAL
32 MIN. SENTADO NORMAL
34 MIN. EM PÉ NORMAL

Ainda que o voluntário do teste acima tenha sucumbido ao trauma de suspensão em apenas 7 minutos,
qualquer outra pessoa normal não resistiria muito mais do que isso (vide as experiências do Dr. Amphoux).

Como evitar o trauma de suspensão inerte? Diante da inevitabilidade de uma queda, é impossível se
estabelecer uma medida que evita a ocorrência do trauma de suspensão inerte. Porém, muitos fatores podem
ajudar a reduzir a possibilidade de trauma de suspensão. Dentre as principais medidas preventivas podemos
destacar as seguintes:
- Utilização do EPI adequado ao trabalho;
- Correta colocação do cinto de segurança;
- Ajuste suave das tiras das pernas (perneiras);
- Controlar o tempo de trabalho em suspensão (no caso de acesso por cordas ou suspensão temporária);
- Nunca ficar estáticos (sempre se movimentar com cuidado e flexionar as pernas);
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- Se estiver próximo de superfícies firmes, utilize-as como apoio e descanso para as pernas;
- Utilizar assentos tipo cadeirinha quando disponível;
- Utilizar o cinto de segurança conectado a algum tipo de dispositivo ou sistema de absorção de choque;
- Previsão de planos de resgate com técnicas de remoção rápida das pessoas suspensas após a queda.

No caso de um trabalhador ser resgatado com vida em uma situação onde ele tenha sofrido de um trauma
de suspensão (síndrome do cinto), algumas medidas deverão ser adotadas, visando evitar a piora de seu estado
e auxiliar na sua recuperação gradual:
- Estando a vítima em suspensão, o resgatista deverá balançar cuidadosamente as pernas da vítima para
melhorar a circulação do fluxo sanguíneo;
- Após abaixar a vítima jamais colocá-la deitada com as pernas esticadas na horizontal;
- Caso a vítima esteja inconsciente, devemos deitá-la de lado e com as pernas dobradas;
- Caso a vítima esteja consciente, devemos deixá-la sentada com as pernas com os joelhos dobrados;
- Se possível retire o cinto (corte-o em último caso) ou afrouxe as tiras;
- Verificar o pulso e a respiração;
- Chame por socorro de profissional da área médica (de preferência especializado);
- Após, encaminhar a vítima para um hospital e realizar uma avaliação completa incluindo outros
traumas que possa ter sofrido e sequelas do trauma de suspensão inerte.

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19 CONDUTAS EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA E SALVAMENTO

Embora as empresas venham se empenhando em adotar práticas mais seguras de trabalhos em altura,
situações de emergência poderão ocorrer envolvendo acidentes com os trabalhadores. Sendo assim, algumas
medidas preventivas deverão ser implementadas em caso de perigo iminente ou acidentes:
a) Procedimentos de emergência, por exemplo, para a evacuação de trabalhadores dos locais de trabalho
temporários em altura em caso de incêndio;
b) Passagens, em qualquer dos sentidos, entre os meios de acesso e as plataformas que permitem uma
evacuação rápida dos trabalhadores em caso de perigo iminente;
c) Informação aos trabalhadores de que existem no local de trabalho procedimentos de emergência e
equipes de resgate;
d) Meios de comunicação, acionamento e alarme de emergência e quais os seus procedimentos de
utilização;
e) Procedimentos e equipamentos que permitam ao trabalhador acidentado recuperar-se por si mesmo;
f) Um sistema de autoresgate a ser desenvolvido pelos próprios companheiros das equipes de trabalho;
g) Possibilidade de contatar os serviços de emergência locais ou externos;
h) Existência de equipamentos de resgate e primeiros-socorros adequados;
i) Existência de trabalhadores treinados ou equipes especializadas responsáveis pelas medidas de
primeiros-socorros e resgates.

A NR-35 determina que as empresas devam disponibilizar equipe para respostas em caso de emergência
para trabalho em altura. Essa equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que
executam o trabalho em altura, em função das características das atividades.

Além da capacitação técnica das equipes responsáveis pelas medidas de salvamento, as pessoas que
compõem essas equipes deverão passar por uma avaliação onde fique comprovado possuírem aptidão física e
mental compatível com a atividade a desempenhar.

Os equipamentos destinados às operações de resgate técnico vertical possuem características específicas


e certificações nacionais e internacionais que também devem ser levadas em consideração. Nem sempre os
equipamentos utilizados nas operações de trabalho serão os mesmos utilizados numa operação de resgate. As
empresas devem assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as respostas a emergências.

A equipe de resgate responsável pela execução das medidas de salvamento deve estar capacitada a
executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a
desempenhar.

19.1 PROCEDIMENTOS DE RESGATES EM ALTURA


Caso seja necessária alguma ação de salvamento e resgate de trabalhadores acidentados durante as
atividades com trabalho em altura, estas ações deverão ser executadas por equipe especializada ou
trabalhadores treinados e com envolvimento do setor de segurança do trabalho e saúde ocupacional da
empresa. Todos os sistemas e procedimentos a serem utilizados em uma operação de resgate exigem um
planejamento antecipado. Antes de se apresentarem para um trabalho em altura com risco de queda, os
trabalhadores devem contar com um plano de resgate implantado pela empresa onde estejam definidos
claramente os seus objetivos, funções e responsabilidades, além daquilo que o próprio plano exige que os
trabalhadores cumpram no momento da ocorrência de um acidente.

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A NR-35 exige que as ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem
constar do plano de emergência da empresa.

As informações mínimas e orientações necessárias que devem constar no plano de resgate em altura
deverão contemplar, no mínimo, o seguinte:
a) Descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da APR;
b) Descrição das medidas de salvamento e de primeiros socorros a serem executadas em caso de
emergência;
c) Seleção dos equipamentos e das técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação
de emergência, resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas;
d) Meios de acionamento da equipe responsável pela execução das operações de resgate;
e) Exercício simulado periódico de salvamento e combate a incêndio, considerando possíveis cenários de
acidentes para trabalhos em altura, realizado, no mínimo, uma vez a cada ano.

19.2 PLANOS DE RESGATE EM ALTURA


Todas as medidas administrativas, protocolos de atendimento, procedimentos de resgate, medidas de
primeiros socorros e capacitação dos resgatistas deverão constar no PAE – Plano de atendimento de
Emergência das empresas estruturado de acordo com as normas nacionais.

Por que as empresas estão obrigadas a providenciar o resgate de um trabalhador? Existem 3 razões
básicas porque as empresas precisam elaborar e implementar procedimentos prévios para se estabelecer
ações de resgate nos trabalhos em altura e espaços confinados:
1. As normas regulamentadoras oficiais nacionais assim determinam
2. A vítima necessita de auxílio imediato para minimizar o seu sofrimento ou salvá-lo de situação de grave
ameaça à sua vida
3. É de responsabilidade dos empregadores estabelecerem medidas de proteção à vida e à saúde dos
trabalhadores em suas instalações ou locais de trabalho

De fato, a legislação brasileira aplicável aos trabalhos em altura obriga as empresas a possuírem um PAE
com previsão para acidentes ocorridos nos trabalhos em altura. A NR-35 determina que “As ações de respostas
às emergências que envolvam o trabalho em altura devem constar do plano de emergência da empresa”.

Do ponto de vista legal, a norma determina que a análise de risco para os trabalhos em altura deve, além
dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar as situações de emergência e o planejamento do resgate
e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador. Desta forma, seguindo
os requisitos legais perguntamos: Em qual momento seria correto para se elaborar um plano de resgate?
Porque elaborar um plano de resgate? Quem deverá elaborar o plano de resgate?

Nos trabalhos em altura sempre que não for possível evitar a sua execução as empresas são obrigadas a
providenciarem sistemas de proteção contra quedas para os trabalhadores que possam estar expostos aos
riscos de quedas de altura durante a execução dos seus serviços. Um sistema de proteção contra quedas é
aquele projetado para posicionar o trabalhador em altura, eliminar o risco de queda dos trabalhadores ou a
minimizar as consequências da queda. No momento em que a escolha recai sobre um sistema projetado para
reter a queda do trabalhador, este seria o momento apropriado para se pensar em elaborar um plano de
resgate, pois, admite-se a possibilidade de um acidente por queda.

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Vimos no Capítulo 10 do presentemanual a configuração do SPIQ – Sistema de Proteção Individual Contra


Queda conforme a visão da NR-35. Todavia, essa visão se apresenta um pouco incompleta. Nenhum SPIQ será
completo apenas por reter a queda. O mesmo deverá apresentar a forma de salvamento do trabalhador
conforme já se apresenta nas legislações e doutrinas internacionais mais destacadas sobre o assunto. Falta
exatamente a abordagem obrigatória de se elaborar planos de resgate em altura para as vítimas que estejam
impossibilitadas de buscarem um condição segura por meios próprio após ter sido amparada por um sitema de
retenção da queda. Logo, acreditamos que um sistema de proteção individual contra quedas somente será
efetivo se compreender o seguinte:

SISTEMA DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA QUEDAS

DIRETAMENTE NA ESTRUTURA
SISTEMA DE ANCORAGEM ANCORAGEM ESTRUTURAL
DISPOSITIVO DE ANCORAGEM

TALABARTES
ELEMENTO DE LIGAÇÃO TRAVA-QUEDAS
ABSORVEDOR DE ENERGIA

CINTURÃO DE SEGURANÇA DO TIPO


EPI
PARAQUEDISTA

COMO RETIRAR A VÍTIMA DE


PLANO DE RESGATE SEU EPI APÓS A MESMA?
SOFRER UMA QUEDA?

Plano de resgate em altura é um documento formal elaborado pelos responsáveis pela implantação,
organização e execução dos procedimentos de resgate, estabelecendo de uma forma antecipada qual será a
estratégia, as medidas e as técnicas de resgate a serem aplicadas para remover com segurança uma pessoa que
tenha sofrido uma queda por diferença de nível, amparada por um equipamento de segurança como parte de
um sistema de proteção individual contra queda, podendo prever procedimentos para execução do seu auto-
resgate ou do seu resgate através de equipamentos e sistemas de resgate apropriados.

A sua elaboração deve envolver os reponsáveis pela gestão de segurança e saúde responsáveis pelo
planejamento e liberação dos trabalhos em altura, mas, principalmente os responsáveis pela execução das
medidas de resgate, podendo ser resgatistas profissionais, bombeiros militares, bombeiros profissionais civis,
brigadistas e, para situações mais simples, até mesmo a própria equipe de trabalho em altura.

O plano de resgate é o documento vital para atestar a eficiência completa de um sistema de proteção
contra queda. Um trabalho em altura planejado com um sistema de proteção contra queda sem o amparo de
um plano de resgate sempre será considerado um trabalho planejado pela metade. Não elaborar um plano de
resgate é negligenciar a segurança dos trabalhadores envolvidos na execução de trabalhos em altura.

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Quando um trabalhador em altura protegido por um sistema de proteção contra queda sofre uma queda e
permanece suspenso pelo seu cinto paraquedista é importante que sejam adotadas medidas imediatas de
resgate o mais rápido possível devido as seguintes razões:
1. O trabalhador pode ter sofrido ferimentos durante a queda ou no momento da sua retenção
2. O trabalhador que ficar suspenso em seu cinto paraquedista por longos períodos podem sofrer um
severo acúmulo sanguíneo em seus membros inferiores que podem leva-lo a um trauma por suspensão
inerte
3. O trabalhador suspenso vítima de uma queda pode entrar em pânico com a demora do resgate
4. O evento que provocou a queda pode necessitar de ações imediatas de controle que somente poderão
ser adotadas após a execução do resgate e salvamento da vítima

Todavia, como o resgate de um trabalhador que tiver sofrido uma queda e permanece suspenso em seu
sistema de proteção individual contra queda será conduzido pela equipe de resgate? O questionário abaixo
pode nos ajudar a desenvolver um plano de resgate com propostas mais simples e rápidas de atuação dos
responsáveis pela execução do resgate propriamente dito:

1. Se um trabalhador sofre uma queda e permanece suspenso é possível que os próprios trabalhadores
executem o resgate?
2. Os trabalhadores responsáveis pelas medidas de resgate possuem os devidos equipamentos?
3. Se o resgate não será executado pela própria equipe de trabalho quem serão os responsáveis pelas
medidas de resgate?
4. A equipe de resgate interna ou externa possui os devidos equipamentos individuais e coletivos de
resgate?
5. Como será verificada a ocorrência de um acidente por queda de altura?
6. Quem poderá testemunhar o acidente por queda de altura?
7. Como o trabalhador vítima de queda poderá chamar por socorro?
8. Quem o trabalhador vítima de queda poderá pedir socorros?
9. Como será acionado o resgatista ou a equipe de emergência?
10. Existem informações completas para a comunicação e notificação do acidente?
11. Existem informações completas sobre o estado de saúde trabalhador vítima de acidente por queda?
12. Como será mantida a segurança dos resgatistas e da própria vítima durante a execução do resgate?
13. Como o (s) resgatista (s) irão acessar o ponto em que se localiza a vítima suspensa?
14. Quais as ações que poderão ser implementadas para que o tempo de resposta seja inferior a 10
minutos para uma vítima suspensa, de forma a evitar óbito ou traumas por suspensão inerte?
15. O que deverá ser feito se o trabalhador vítima de queda de altura estiver com algum tipo de lesão
identificada que ponha em risco a sua vida?
16. Como as demais pessoas presentes no cenário do acidente deverão estar protegidas?
17. Como o cenário do acidente será preservado para investigação posterior sobre as causas do acidente?
18. Existem outra dificuldade, necessidades ou considerações importantes?

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O mais importante a ser considerado para se estabelecer um pré-planejamento de emergências que


envolvam acidentes nos trabalhos em altura e em espaços confinados é verificar, antecipadamente, a sua
eficiência através de exercícios simulados nos cenários reais de trabalhos. Esta prática deverá ser periódica
para os trabalhos de rotina nas empresas ou proporcional a duração da execução dos trabalhos quando for o
caso de serviços contratados por um período determinado, como por exemplo, serviços executados em
paradas de manutenção.

19.3 EQUIPAMENTOS DE RESGATES


A normativa NR-35 obriga as empresas a disponibilizar os recursos de respostas às emergências
necessárias para as equipes de resgate. As empresas devem assegurar que a equipe possua os recursos
necessários para as respostas a emergências.

Muitos equipamentos de trabalhos em altura podem apresentar soluções de resgate quando ocorrer
algum acidente com queda. Todavia, nem sempre os equipamentos utilizados nas operações de trabalho serão
os mesmos utilizados numa operação de resgate. Para operações mais complexas serão necessários alguns
equipamentos mais específicos para operações de resgate técnico vertical. Esses possuem características
específicas, mais atributos de desempenho superior e certificações nacionais e internacionais que também
devem ser levadas em consideração.

Os equipamentos a serem utilizados nas operações de resgate em altura vão depender da técnica
escolhida para acesso à vítima. Sistemas de polias (vantagem mecânica), dispositivos automáticos de descida
controlada, triângulos de evacuação (fraldão) e macas são alguns exemplos de equipamentos que, por sua vez,
possuem uma variação de modelos com aplicações distintas que precisam ser avaliados na adoção de planos
de resgate específicos para a realidade em que o trabalho em altura se executa.

Seja sua necessidade de resgate ou de evacuação, a escolha da ferramenta adequada para o resgate é
crítica. Uma vez escolhida uma técnica de resgate ou uma vez definidos quais serão os equipamentos ou kits de
resgate a serem disponibilizados para os trabalhadores, é importante que todos sejam devidamente treinados
para o desempenho seguro e eficiente dos equipamentos e apresentem a performance desejada para a
resposta de uma emergência. Lembre-se de sempre que o resgate de trabalhadores suspensos após uma
queda deve ser efetuado da forma mais rápida e segura possível.

É exatamente dentro desse entendimento sobre os equipamentos para resgates de pronto para uso de
trabalhadores capacitados que surgem os sistemas de pré-engenharia aplicáveis para as situações de
emergência nos trabalhos em altura.

Sistemas de pré-engenharia são sistemas desenvolvidos por fabricantes com um componente principal de
operação manual ou automática para controle de movimentação vertical por corda ou combinando por
múltiplos componentes, dentro de um dispositivo normatizado e aprovado por normas técnicas de certificação
para sua utilização em uma situação de trabalho ou resgate em altura ou espaço confinado, oferecendo como
vantagens o seguinte:
- Já se encontra montado para pronto uso
- Possui versões para controle manual ou automático
- Possui um controle de descida por um limite de velocidade
- Possui algum tipo de bloqueio automático quando cessa a sua operação ou quando se ultrapassa o
limite de velocidade de descida
- Oferece felicidade de instalação em pontos de ancoragem previamente determinados
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- Oferece facilidade de operação com reduzida margem de erro


- Alguns modelos possuem capacidade para descerem 2 pessoas ao mesmo tempo
- Minimiza a exposição do resgatista a riscos inerentes ao atendimento de uma resposta de
acidentes

Embora as características particulares desses equipamentos ofereçam um alto grau de segurança,


confiabilidade e facilidade de uso, os mesmos apresentam limitações, ainda que poucas. Por exemplo, para que
o sistema atinja o seu objetivo é necessário que a vítima esteja em um ponto acessível pelos trabalhadores que
serão responsáveis pela execução das medidas de resgate, com o amparo dos seus próprios equipamentos de
proteção individual utilizados. Portanto, é um sistema compatível com os meios mais tradicionais de proteção
individual contra quedas e de conhecimento comum pelos trabalhadores capacitados e formados em um nível
de resgate para uma atuação sempre limitada. No caso de vítimas localizadas em locais inacessíveis através dos
meios tradicionais, os resgatistas deverão estar capacitados e formados a atuarem em emergências mais
complexas, com o emprego de outros meios de acesso mais especializados, como por exemplo, as progressões
verticais em cordas suspensas. Todavia, essa situação já estaria restrita a uma outra realidade de resgates,
bastante específica e pouco frequente, em comparação com os acidentes mais comuns envolvendo quedas nos
trabalhos em altura executados na indústria em geral.

Os sistemas de pré-engenharia podem ser de dois tipos: dispositivos de controle de descida automática ou
dispositivos de descidas controladas manualmente.

Existe uma forte tendência a se utilizar sistemas automáticos que, como melhor opção, independem da
operação de um usuário para controle de descida da vítima. Essa facilidade se explica pelo tipo de usuário sem
grandes necessidades de especialização de resgates para operações complexas, como é o caso dos
trabalhadores, e pelas dificuldades que determinados postos de trabalho nos oferecem, como por exemplo,
uma quantidade limitada de pessoas disponíveis para resgate, trabalhos em áreas remotas ou um tempo de
resposta muito grande, caso fique estabelecido no planejamento que a execução das medidas de resgate será
de responsabilidade de uma equipe ou serviço externo.

Os sistemas de pré-engenharia que utilizam decensores de operação manual contam em geral com uma
alavanca para controle de descida e bloqueio em caso de uma parada necessária. A alavanca também deve
contar com um dispositivo anti-pânico em caso de um acionamento excessivo. Aqueles que possuem uma
operação automática contam com um sistema de freio centrífugo para controle independente de descida e
bloqueio automático, não sendo necessário alavancas ou um outro meio de acionamento. Os descensores
automáticos podem ainda contar com um volante para controle de elevação de pessoas, para o caso de um
resgate que seja necessário o içamento da vítima até um outro patamar mais elevado.

Alguns são projetados para uma única utilização (descida) e outros são projetados para serem utilizados
por várias vezes, porém dentro de um limite de tempo de uso ou quantidade de descidas percorridas.

Os sistemas de pré-engenharia são disponibilizados em kits personalizados e padronizados para cada


realidade de trabalho em altura. Podem acompanhar de uma mochila de transporte com corda suficiente para
a altura de trabalho desejada, dispositivos para ancoragem (anéis de fita ou cabos de ancoragem) e
mosquetões para sua instalação. Também podem fazer parte de kits de resgate mais completos que incluem
cinturões de resgate (fraldão), protetores de corda, macas, etc.

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Principais recomendações de uso com descensores / evacuadores:


- Utilize apenas se for treinado no equipamento com relação as suas formas de utilização admissíveis
para evacuação e resgates;
- As pessoas que utilizam os descensores deverão apresentar condições de aptidão física e profissional;
- Jamais utilize os descensores como equipamentos de retenção de quedas;
- Sempre utilizar os descensores com outros equipamentos de proteção individual compatível;
- Sempre obedecer aos limites de carga, descida e utilização do equipamento;
- Sempre antes de utilizar realizar as inspeções rotineiras pelos próprios trabalhadores;
- Realizar as inspeções periódicas de acordo com as recomendações do fabricante, em um período não
superior a 12 meses.
- Sempre utilize os mecanismos de frenagem auxiliar dos descensores caso o equipamento esteja sendo
operado com sua carga máxima.
- Verifique os locais indicados para sua ancoragem com relação à resistência do ponto e outros riscos
como contato com superfícies aquecidas, abrasivas ou cortantes.
- Sempre transporte o equipamento em mochilas adequadas e não misture em meio a outras
ferramentas de trabalho.
- Sempre mantenha o kit de resgate nas melhores condições de acondicionamento e organização em
suas mochilas.
- Sempre verifique se o alcance de operação de seu descensor está compatível com a altura do seu local
de trabalho.

Dentre os equipamentos de resgate também poderemos contar com


outros sistemas de pré-engenharia, caso a necessidade de um resgate não seja
apenas baixar uma vítima. São sistemas que eventualmente poderão ser
utilizados para içamento de uma vítima e ao mesmo temo fazer movimentação
de pessoas em suspensão.

O R-ALF é um equipamento do fabricante ISC desenvolvido para içamento,


descida e movimentação de pessoas, oferecendo configurações de um sistema
de vantagem mecânica que varia entre o 3x1 ao 5x1. O sistema 3x1 possui um
desempenho mais rápido e seria empregado para o resgate de uma única
pessoa. Já o sistema 5x1 seria indicado para o resgate de duas pessoas ou para
uma operação de movimentação vertical em suspensão.

Esse sistema conta com uma polia auto-blocante com um dispositivo de


bloqueio e desbloqueio automático incorporado para a sua operação. Pode ser
utilizado para uma pessoa ou para duas pessoas (para os casos de resgate).

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Sendo necessária a imobilização de vítimas para as operações de resgate em altura, os trabalhadores


poderão contar com diferentes tipos de maca, cada uma compatível com a realidade dos cenários
apresentados. As macas STR e H-STR já foram testadas e aprovas em inúmeros cenários de resgate vertical,
incluindo resgates em altura, resgates estruturais, resgates em espaços confinados e, inclusive, resgates em
aerogeradores.

Seja sua necessidade de resgate ou de evacuação, a escolha da ferramenta adequada para o resgate é
uma decisão crítica. Uma vez escolhida, é importante que os trabalhadores ou equipes de resgate estejam
devidamente treinados para o desempenho seguro e eficiente da mesma. Lembre-se de sempre resgatar um
trabalhador acidentado por queda da forma mais rápida e segura possível.

19.4 CAPACITAÇÃO EM RESGATES EM ALTURA


A normativa NR-35 determina que as empresas devam dispor de equipe para respostas em caso de
emergência para trabalho em altura. Essa equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios
trabalhadores que executam o trabalho em altura, em função das características das atividades.

É bem verdade que a tendência das empresas é buscar a contratação de equipes especializadas em
respostas de emergências ou capacitar os seus brigadistas nas técnicas de resgate vertical, embora existam
técnicas e manobras simples que os próprios trabalhadores, com o treinamento adequado, podem
perfeitamente executar com segurança no salvamento de algum colega de sua equipe de trabalho que tenha
se acidentado.

A normativa NR-35 exige que a equipe de resgate responsável pela execução das medidas de salvamento
deve estar capacitada a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental
compatível com a atividade a desempenhar.

Uma das grandes dificuldades encontradas pelas empresas no que se refere à capacitação das equipes de
resgate é a ausência de normas que regulamentem os treinamentos de resgate nas suas mais variadas formas e
níveis de operação. Atualmente, após a regulamentação da profissão de Bombeiro Profissional Civil
encontramos esses profissionais com uma certa capacitação em resgates em altura, com base na normativa da
ABNT NBR 14.608 utilizada como referência para o curso de formação desses bombeiros civis. Os brigadistas
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também contam com outra norma da ABNT, a NBR 14.276 como referência para o curso de formação de
brigadas de incêndio.

Essas normativas trazem nos programas de seus treinamentos apenas um conteúdo básico para as técnicas
de resgate em altura. Para uma verdadeira e completa capacitação e formação de equipes de resgate seria
recomendável buscar sistemas de treinamentos que traduzem para uma realidade industrial as melhores
técnicas aplicáveis para as operações de resgate técnico vertical em todos os seus níveis de dificuldade. Um
exemplo seria o Sistema College desenvolvido pela TASK para formação de equipes de resgate e chefes de
equipe de resgate, em que se apresenta um conteúdo desenvolvido para as mais modernas e complexas
técnicas de resgate atuais, numa carga horária de 104 horas totalmente dedicada as emergências que envolva
acidentes em espaços confinados e acidentes com quedas nos mais variados setores da indústria, entre eles,
petroquímica, mineração, offshore, construção civil, elétrico, eólico, montagem, automação, etc.

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20 SISTEMAS DE POLIAS
Embora existam hoje os descensores automáticos e os kits de resgate pré-montados, poderá ser
necessários durante um resgate contar com sistemas de movimentação vertical montados com cordas e polias
para o resgate de trabalhadores acidentados. Os sitemas de polias, também chamados de sistema de vantagem
mecânica produz uma força maior do que a força aplicada. Com esses sistemas podemos içar cargas
pesadíssimas, porém com um esforço físico muito menor.

Um sistema de polia possui algumas vatagens em relação aos desensores automáticos, principalmente
quando a manobra de resgate exigir a recuperação da vítima de um ligar mais baixo para um lugar mais alto.

Na montagem dos sistemas de polias devemos levar em consideração alguns fatores importantes como o
tamanho da corda, o número de polias, a velocidade do sistema, o alcance pretendido e a sensibilidade dos
movimentadores durante o içamento.

Os sistemas de polias mais utilizados são o 3:1 (3 roldanas e 1 corda) e o 4:1 (4 roldanas e 1 corda). Em
tese, para se descobrir o alcance de cada sistema basta dividir o tamanho da corda pelo número de polias, ou
seja:

- Sistema 3 x 1 (corda de 60 m): 60 ÷ 3 = 20 m de alcance.


- Sistema 4 x 1 (corda de 60 m): 60 ÷ 4 = 15 m de alcance.
- Porém, é fundamental levar em conta outras variáveis para um cálculo mais preciso, como por
exemplo, o ponto de ancoragem e o ponto onde a equipe de resgate irá manusear o sistema.

O sistema de polias proporciona uma vantagem mecânica ao mesmo tempo em que reduz o esforço físico
(força) para o içamento de cargas. Esse esforço é reduzido, em razão do número de polias móveis instaladas no
sistema.

- Sistema 3 x 1 (peso de 120 kg): 120 ÷ 3 = 40 kgf de esforço.


- Sistema 4 x 1 (peso de 120 kg): 120 ÷ 4 = 30 kgf de esforço.

Nos sistemas de polias ainda instalamos bloqueadores ou descensores como dispositivos de bloqueio e
controle de descida durante a movimentação da carga sem que ela caia.

Sistema 3 x 1 Sistema 4 x 1

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PARTE II
GESTÃO PARA ESPECIFICAÇÃO, CONTROLE,
INSPEÇÃO E CUIDADOS COM EQUIPAMENTOS
DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E EQUIPAMENTOS
AUXILIARES PARA TRABALHOS EM ALTURA

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1. INTRODUÇÃO
Por que devemos inspecionar os Equipamentos de Proteção Individual contra quedas, de acesso por cordas e
aqueles destinados às operações de resgate técnico? Existem benefícios para se realizar inspeções periódicas e
completas dos EPI’s?

Muitas outras indagações poderão ser geradas a partir do momento que nos dedicarmos, particularmente, ao
tema sobre os equipamentos de proteção individual e sistemas de proteção contra quedas aplicadas nos
trabalhos em altura, nos trabalhos em suspensão por técnicas de acesso por cordas e nas operações de resgate
técnico vertical, quanto ao seu conceito, seu projeto, sua produção, seus testes, seus exames, sua certificação,
sua especificação, seus treinamentos, seu uso correto, sua manutenção, sua conservação, sua vida útil e seu
controle. Todas essas variáveis deverão ser seriamente consideradas quando abordamos os equipamentos de
uma forma mais profissional diante dos dados estatísticos oficiais, nacionais e internacionais, que nos apontam
as quedas de altura como uma das maiores causas de acidentes na indústria em geral. É essencial que o
conjunto de medidas administrativas e técnicas que passam, inclusive, pelos próprios EPI’s recebam um maior
grau de importância, na medida em que verificamos que a eficiência de um sistema de proteção contra quedas
estabelecido poderá muito depender das condições de segurança que um EPI, um dispositivo de ancoragem,
uma corda ou um conector, por exemplo, possa oferecer ao exercer sua função principal de segurança.

O propósito do EPI sempre será evitar ou minimizar os efeitos de lesões ou a morte propriamente dita de um
trabalhador como resultado de uma queda de altura. É importante se ter em conta que para o risco de
acidente seja controlado, o equipamento deve ser inspecionado regularmente para se assegurar que o mesmo
esteja funcionando corretamente e que este seja o equipamento apropriado para a tarefa que será executada.
Não levar a cabo as inspeções periódicas obrigatórias é uma das causas pelas quais os acidentes ainda
continuam a ocorrer, ainda que o trabalhador seja treinado e esteja utilizando o seu EPI.

A visão moderna que se aplica hoje ao EPI nos auxilia em responder as perguntas iniciais. Atualmente, exige-se
que um EPI não esteja somente presente na execução dos trabalhos em altura apenas como um obrigatório
conforme um procedimento de segurança, mas sim como um item que reúna todos os atributos de
confiabilidade para prevenção de acidentes, o uso correto, a sua preservação em condições seguras de uso e
para a obtenção do seu máximo desempenho quando utilizado para minimizar os efeitos de um acidente por
quedas.

Vejamos as situações a seguir. Existem acidentes por quedas de altura que ocorrem mesmo quando a vítima
esteja utilizando um EPI. Isso se deve à má seleção de um EPI no qual estaria inadequado para a tarefa a se
executar ou com a técnica de trabalho em altura a ser desempenhada ou por ser incompatível com outros
elementos de um sistema de proteção pessoal contra quedas. Também existem casos de acidentes por quedas
de altura que ocorrem com trabalhadores que receberam as melhores opções de proteção contra quedas,
devido os mesmos trabalhadores não estarem adequadamente treinados com relação ao uso correto do
equipamento ou por possuírem uma formação deficiente para capacitá-los a trabalharem em altura. Da mesma
forma, um acidente por queda de altura pode ocorrer por falhas do EPI devido às ações exigidas para seus
cuidados, como por exemplo, revisão, conservação, higienização e guarda terem sido deliberadamente
negligenciadas pelos empregadores e pelos trabalhadores.

Portanto, a visão moderna de um EPI se apoia na figura de um tetraedro, onde seus 4 lados significam: Produto
(especificado), Treinamento (com o produto), Inspeção (do produto) e o EPI propriamente dito apoiado nos
três lados anteriores.

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PRODUTO

EPI

INSPEÇÃO TREINAMENTO

As vantagens que essa visão poderá passar para as empresas são:

• Assegurar a rastreabilidade do EPI


Ao estabelecermos um programa formal de inspeções estaremos controlando um EPI desde o momento em
que ele foi adquirido ao realizar as inspeções de aquisição, passando por uma sequência de inspeções
rotineiras e periódicas para aquele equipamento que possui um número individual único de forma a rastrear a
sua vida útil desde o momento em que foi fabricado até o momento em que será descartado.

• Manutenção da Qualidade do EPI


Um equipamento bem cuidado onde sejam obedecidas integralmente todas as orientações quanto ao uso
correto, conservação, manutenção, higienização, guarda e transporte estará sempre garantido quanto ao seu
desempenho no mais lato grau de segurança e qualidade que se espera do mesmo ao longo de sua vida útil.

• Garantia Técnica do EPI


Atualmente, a garantia técnica de um EPI somente poderá ser invocada ao seu fabricante quando os
empregadores ou os trabalhadores conseguem comprovadamente evidenciar que sempre utilizaram o
equipamento nas formas previstas pelos fabricantes e dentro dos limites de performance e resistência do
equipamento e quanto às ações estabelecidas para sua conservação nas melhores condições de segurança
contidas nos seus manuais de instruções de uso.
• Melhor aplicabilidade e uso seguro do EPI

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Todo o processo de seleção do equipamento começa com a especificação de seus atributos que caibam dentro
das necessidades exigidas por uma determinada tarefa a ser executada em altura ou quando o ambiente que
se desenvolverá os trabalhos também assim exigir. O melhor equipamento nem sempre será o mais caro ou o
mais moderno, mas sim, sempre será aquele que atingir o mais alto grau de segurança que suas características
técnicas oferecem, independentemente de origem, preço ou fabricante. O bom EPI é aquele que salva vidas,
sem provocar prejuízos à saúde dos trabalhadores.

• Otimização de recursos destinados aos processos de aquisição e reposição dos EPI’s


Um EPI que faz parte de uma rotina de inspeções a cada vez que for usado, ou que esteja sempre
periodicamente submetido a um procedimento de revisões programadas, estrará, sem dúvida, em condições
de ter uma vida útil mais longa do que aquele que não recebe nenhum tipo de atenção ou cuidado específico
para sua preservação. Um EPI bem cuidado sempre será substituído em um intervalo de tempo muito maior,
pois estará condicionado a atingir a vida útil máxima estimada pelo seu fabricante. Um EPI mal cuidado deverá
ser continuamente substituído, já que suas condições de uso seguro irão se perder rapidamente, exigindo,
assim um desembolso para aquisições num curto espaço de tempo entre a aquisição inicial e as aquisições
posteriores.

• A importância de se ter Inspetores Competentes


Assim como é importante contarmos com profissionais capacitados e responsáveis por assumir a supervisão
dos trabalhos em altura, e profissionais capacitados e autorizados para trabalharem em altura, é igualmente
importante contarmos com inspetores qualificados e competentes para conduzirem os procedimentos que
envolvam o controle das inspeções de um EPI. Os inspetores devem possuir um conhecimento profundo de
como funciona o equipamento, a forma como ele será utilizado, o ambiente de trabalho em que ele estará
inserido, como ele deve ser transportado, como ele deve ser conservado e guardado, os seus limites de
utilização, a sua durabilidade e de seus componentes, o seu comportamento quando empregado para reter
uma queda, a validade de suas certificações e a comercialização daquele produto que sem dado momento se
tornou um EPI e passou a atender os requisitos legais para sua certificação.

No Brasil ainda não encontramos uma regulamentação para as pessoas responsáveis para a execução das
inspeções detalhadas nos equipamentos. Para as inspeções de uso, sabemos que essa responsabilidade recai
sobre os trabalhadores usuários. Mas quando se tratam de defeitos mais relevante ou não tão fáceis de serem
percebida, a formalização de registros para controle do equipamento por toda a sua vida útil e a
implementação de ações de reparos, manutenção, higienização e descarte controlado, percebemos que esse
inspetor poderá necessitar de uma capacitação mais completa.

Os inspetores são parte de uma cadeia de segurança que envolve os profissionais participantes da gestão de
uma atividade crítica, como é o exemplo dos trabalhos em altura. Nenhuma parte dessa cadeia deverá ser
frágil a ponto de dar margem a possibilidade de um acidente fatal por queda de altura onde se esperava que o
EPI tivesse um desempenho eficaz para assim o evitar. Se algum EPI projetado para proteção contra quedas de
altura não estiver funcionando corretamente por uma série de razões, ou não é o equipamento adequado para
o tipo de proteção desejado para aquela tarefa, não haverá conhecimento, treinamento nem formação
suficiente que garanta de forma única e exclusiva, que os trabalhadores autorizados em altura sejam capazes
de identificar todas as não conformidades de um EPI ou a sua inadequação para um trabalho em altura que
possa representar um risco para sua vida e saúde. O mais alto grau de segurança que se poderá colocar em um
equipamento de proteção individual de forma a proteger os trabalhadores será alcançado no momento em
que os próprios trabalhadores possam confiar no desempenho de um equipamento, assegurada pela qualidade
do produto e aliada a manutenção de suas condições de eficiência e segurança através de inspeções realizadas
por inspetores competentes para os equipamentos de proteção individual contra quedas de altura.
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Por último, uma importante condição deverá ser assegurada aos inspetores de equipamentos: a
independência. Quer seja o inspetor um empregado da própria empresa possuidora dos equipamentos ou quer
seja o inspetor um empregado de uma empresa contratada, a sua independência deverá ser respeitada para
que possua condições e segurança de tomar decisões sempre de forma imparcial sobre a aprovação ou a
reprovação de determinado EPI.

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2. NORMAS LEGAIS
No Brasil as normas aplicáveis para o desenvolvimento de procedimentos de registro e controle de inspeção de
equipamentos para atividades laborais realizadas em altura estão dispostas nas seguintes normativas
nacionais:
- NR-35: Trabalhos em altura
- NR-06: Equipamentos de Proteção Individual – EPI;
- Portaria SIT nº 451/2014: Estabelece procedimentos para acesso ao sistema CAEPI – Certificado de
Aprovação de Equipamento de Proteção Individual, para o cadastro de empresas e/ou importadores de
Equipamentos de Proteção Individual e para emissão e renovação do Certificado de Aprovação – CA de
Equipamentos de Proteção Individual – EPI;
- Portaria SIT nº 452/2014: Estabelece as normas técnicas de ensaios e os requisitos obrigatórios
aplicáveis aos Equipamentos de Proteção Individual – EPI enquadrados no Anexo I da NR-06
- NBR – Normas Brasileiras da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

A NR-35 é uma norma que admite ser complementada por outras normas técnicas oficiais estabelecidas pelos
órgãos competentes e na ausência ou omissão dessas por normas internacionais aplicáveis. Logo, em caso de
omissões normativas nacionais para as necessidades de proteção adicionais para as situações de trabalhos em
altura, podermos estar aplicando as normativas internacionais relacionadas ao tema. Nesse raciocínio
estaremos utilizando como referências normativas internacionais as normativas técnicas europeias (EN), pois
se tratam de diplomas legais aos quais as normas aplicáveis aos equipamentos nacionais estão mais alinhadas.

Com o advento da NR-35, a NR-06 – Equipamentos de Proteção Individual recebeu inúmeras revisões no intuito
de atender uma nova visão para os equipamentos que estão obrigados a serem submetidos a rigorosos
processos de avaliação de conformidade para sua certificação, bem como para os procedimentos de inspeções
periódicas que também se tornaram obrigatórios para o atendimento dos requisitos de manutenção da
qualidade e garantia técnica de um EPI. As portarias 451, 452 e 535 do Ministério do Trabalho e Previdência
Social trouxeram inúmeras alterações para os processos de avaliação dos equipamentos para obterem o CA –
Certificado de Aprovação e assim, atenderem ao requisito legal para se tornarem oficialmente um EPI.

Os processos de certificação dos Equipamentos de Proteção Individual dos equipamentos de proteção contra
quedas também passaram a fazer parte das avaliações de certificação por organismos de terceira parte no
âmbito do SINMETRO conforme veremos no Capítulo 7.

As normas técnicas brasileiras (NBR) da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas serão apresentadas
no capítulo que abordará o processo de certificação dos Equipamentos de Proteção Individual. Essas normas
são aquelas utilizadas pelos fabricantes e organismos de certificação para o desenvolvimento de um produto
com o propósito de se tornar um EPI e os requisitos, métodos de ensaio, marcações, manual de utilização e
embalagens no qual o produto deverá apresentar para atender ao processo de avaliação de conformidade
aplicados no Brasil.

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Na Europa contamos com a EN 365: Equipamentos de Proteção Individual Contra Quedas de Altura. Requisitos
Gerais para Instruções de Uso e Marcação. Essa normativa técnica obriga que os fabricantes disponibilizem em
seus Equipamentos de Proteção Individual ou demais equipamentos não apenas com instruções de uso
correto. Dentro do conceito europeu sobre a necessidade de se implementar as inspeções periódicas, as
instruções contidas nos manuais dos equipamentos também deverão apresentar informações necessárias para
manutenção e revisão periódica.

Essa normativa também apresenta uma definição para uma pessoa competente para conduzir as inspeções dos
equipamentos de proteção individual. A pessoa competente para inspeções de EPI é a “Pessoa conhecedora
dos requisitos existentes relativos à revisão periódica e as recomendações e instruções emitidas pelo fabricante
aplicáveis ao componente, subsistema ou sistema a revisar”. Essa pessoa deve ser capaz de identificar e avaliar
a relevância dos defeitos, iniciar as ações corretivas e dispor dos recursos necessários para exercer sua
competência.

A EN 365 ainda reconhece que existirá a necessidade de o inspetor competente receber uma formação
apropriada do fabricante ou de seu representante autorizado para um determinado equipamento ou para
vários grupos de equipamentos devido às características próprias, complexidades ou inovações para conduzir
suas ações derivadas das inspeções com propriedade. A norma também reconhece a necessidade das pessoas
competentes responsáveis pelos reparos recebam conhecimentos mais criteriosos para as revisões, montagem,
desmontagem, avaliação dos componentes ou substituição de componentes receberem uma formação sempre
atualizada devido às modificações ou aperfeiçoamentos que um determinado equipamento poderá receber.

Como uma referência da necessidade de também estabelecermos os mesmos cuidados para os equipamentos
destinados às operações de resgate, a normativa americana NFPA 1670 – Standards on Operations and Training
for Technical Search and Rescue Incidents da NFPA – National Fire Protection Association também determina
que deve ser providenciado treinamento apropriado para que todo equipamento seja utilizado e receba a
devida manutenção de acordo com as instruções dos fabricantes. Os profissionais de emergência devem ser
treinados sobre os cuidados, utilização, inspeção, manutenção e limitações dos equipamentos de proteção
designados e disponibilizados para uso das equipes de resgate.

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3. EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Quando as medidas administrativas, técnicas, coletivas e de engenharia não forem suficientes para controlar os
riscos de queda, os EPI’s contra quedas de altura serão utilizados para a proteção dos trabalhadores. Os EPI
contra quedas de altura apenas são utilizados quando for tecnicamente impossível utilizar um sistema de
proteção coletiva.

Os EPI’s contra quedas de altura são sistemas que possuem os seguintes principais objetivos:
- Proteger os trabalhadores contra o risco de queda (sistema de retenção da queda);
- Minimizar a distância e as consequências para os trabalhadores que tenham caído (sistema de
amortização da queda);
- Devem constituir-se ainda em um meio de salvamento seguro.

No Brasil o EPI é definido pela NR-06 como sendo todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Segundo a NR-35, os Equipamentos de Proteção Individual tomam parte como um dos elementos que
compõem a cadeia de segurança inserida no conceito do SPIQ - Sistema de Proteção Individual contra Queda
que é constituída por:
a. Um sistema de ancoragem;
b. Um elemento de ligação;
c. Equipamento de Proteção Individual.

O sistema pode utilizar EPI’s projetados e concebidos a serem empregados nas seguintes metodologias de
trabalhos em altura:
- Equipamentos de Proteção Individual de restrição de movimentação;
- Equipamentos de Proteção Individual de retenção de queda;
- Equipamentos de Proteção Individual de posicionamento no trabalho;
- Equipamentos de Proteção Individual de acesso por cordas.

Como exigências complementares, porém igualmente fundamentais para sua eficácia, a NR-35 também
determina que os Equipamentos de Proteção Individual contra quedas devem ser:
a. Certificados;
b. Adequado para a utilização pretendida;
c. Utilizados considerando os limites de uso;
d. Ajustado ao peso e a altura do trabalhador.

Todo equipamento possui um projeto básico para sua construção. O EPI – Equipamento de Proteção Individual
contra quedas deve ser projetado de forma a manter o usuário em posição ergonômica e segura. No caso de
uma queda deve protegê-lo de colisão com obstáculos ou com o piso, mantê-lo numa posição segura após a
queda e não agravar possíveis lesões, evitando assim situações como uma energia de queda (força de impacto)
superior a 6 kN, trauma de suspensão, enforcamento, etc.

Porém, antes de qualquer coisa, devemos deixar sempre bem claro que o EPI não evita a ocorrência de
acidentes, mas sim minimiza as suas consequências.

No Brasil, temos como princípios básicos e obrigatórios na concepção e fabricação de EPI os seguintes:

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- Propiciar, dentro das condições normais das atividades, o nível mais alto possível de proteção;
- Levar em consideração o conforto e a facilidade de uso por diferentes grupos de trabalhadores, em
diferentes tipos de atividades e de condições ambientais;
- Propiciar o menor nível de desconforto possível;
- Não acarretar riscos adicionais ao usuário e não reduzir ou eliminar sentidos importantes para
reconhecer e avaliar os riscos das atividades;
- Todas as partes do EPI em contato com o usuário devem ser desprovidas de asperezas, saliências ou
outras características capazes de provocar irritação ou ferimentos;
- O EPI deve adaptar-se à variabilidade de morfologias do usuário quanto a dimensões e regulagens, ser
de fácil colocação e permitir uma completa liberdade de movimentos, sem comprometimento de
gestos, posturas ou destreza;
- O EPI deve ser tão leve quanto possível, sem prejuízo de sua eficiência, e resistentes às condições
ambientais previsíveis;
- O EPI que se destina a proteger simultaneamente contra vários riscos deve ser concebido e fabricado
de modo a satisfazer as exigências específicas de cada um desses riscos e de possíveis sinergias entre
eles;
- Os materiais utilizados na fabricação não devem apresentar efeitos nocivos à saúde.

A força de frenagem de um Equipamento Individual de Proteção para retenção de quedas não deve gerar uma
força de frenagem que provoque algum dano físico ao usuário trabalhador. No Brasil prevaleceu o mesmo
entendimento europeu que estabeleceu um limite para essa força em, no máximo, 6 kN ou 600 Kgf
(recomendação por segurança) sobre o corpo do trabalhador quando este estiver utilizando um cinto para-
quedista completo.

Já no padrão americano a força de frenagem do equipamento definida pela OSHA 1926.502 limita essa força a
no máximo 8 kN ou 800 Kgf (recomendação por segurança) sobre o corpo do trabalhador quando este estiver
utilizando um conto para-quedista completo.

Como o Equipamento de Proteção Individual é conceituado perante as demais legislações internacionais?

Como já falamos, o conceito de EPI no Brasil se aproxima muito da visão do EPI na Europa, porém, apenas no
que tange ao seu processo de certificação de conformidade para sua aprovação e comercialização. Logo, o
conceito europeu puro e simples do equipamento na verdade se distancia um pouco do conceito brasileiro.

A definição europeia para Equipamento de Proteção Individual apresentada pela Diretiva 89/686 é a de que se
trada de “Qualquer dispositivo ou meio que se destine a ser envergado ou manejado por pessoa com vista à sua
proteção contra um ou mais riscos susceptíveis de ameaçar a sua saúde bem como a sua segurança”.

Igualmente são considerados como EPI pela mesma diretiva:


a) O conjunto constituído por vários dispositivos ou meios associados de modo solidário pelo fabricante
com vista a proteger uma pessoa contra um ou vários riscos susceptíveis de surgir simultaneamente;
b) Um dispositivo ou meio protetor solidário, de modo dissociável ou não, de um equipamento individual
não envergado ou manejado por uma pessoa com vista a exercer uma atividade.
c) Componentes intermutáveis de um EPI, indispensáveis ao seu bom funcionamento e utilizados
exclusivamente nesse EPI.

Dentro da metodologia da Comunidade Europeia, conforme a Diretiva 89/686 de 1989 os EPI’s estão divididos
em três categorias:

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Categoria 1 (Risco Mínimo): Essa categoria de EPI não necessita passar por organismo para certificação de sua
conformidade, portanto ficam isentos de exame CE. Possuem um desenho simples que permitem o seu usuário
julgar a sua eficiência contra riscos mínimos.

Categoria 2 (EPI Padrão): Para essa categoria de EPI aplicam-se as mesmas exigências para os EPI’s Categoria 1,
porém, será necessária uma certificação de exame CE.

Categoria 3 (EPI contra perigos mortais, sérios ou irreversíveis): São os equipamentos que protegem o usuário
contra risco de morte. Estão incluídos nessa categoria os EPI’s destinados a proteger contra quedas de
determinada altura, como por exemplo, cintos, cordas, descensores, etc. Os EPI’s deverão ter um certificado de
exame CE e apresentar um Sistema de Garantia da Qualidade.

Já na interpretação da legislação norte americana contida no CRF 29, subpart 1910, EPI significa um
equipamento utilizado para minimizar a exposição do trabalhador aos variados riscos ocupacionais. Deve ser
disponibilizado sempre que as medidas de controle administrativas e de engenharia e as práticas seguras de
trabalho não ofereçam suficiente proteção para os trabalhadores.

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4. DEFINIÇÕES
As definições dos equipamentos utilizados nos trabalhos em altura, técnicas de acesso por cordas e resgate
técnico vertical estão baseadas na melhor conceituação do equipamento definida em norma técnica nacional
(NBR) ou europeia (EN), conforme a seguir:

Absorvedor de Energia: Componente ou elemento de um sistema antiquadas desenhado para dissipar a


energia cinética desenvolvida durante uma queda de uma determinada altura. (NBR 14629)

Avaliação de conformidade: Demonstração de que os requisitos especificados em norma técnica relativos a


um produto, processo, pessoa são atendidos. (NR-35)

Bloqueador: Dispositivo mecânico que, quando se une a uma corda ou cordin de diâmetro apropriado, se
fechará quando se submete uma carga em um sentido e deslizará livremente no sentido contrário. (EN 567)

Cinturão de Segurança tipo Paraquedista: Equipamento de Proteção Individual utilizado para trabalhos em
altura onde haja risco de queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral, acima dos ombros e
envolta nas coxas.
Componente de um sistema de proteção contra queda, constituído por um dispositivo preso ao corpo,
destinado a reter quedas. (NBR 15836)
Nota: O cinto paraquedista pode constituir em fitas, ajustadores, fivelas, e outros elementos, dispostos e
acomodados de forma adequada e ergonômica sobre o corpo de uma pessoa para sustenta-la em
posicionamento, restrição, suspensão, durante uma queda e depois de sua detenção.

Conector: Dispositivo de ligação entre componentes, que se abre e permite ao usuário montar um sistema
antiqueda e unir-se direta ou indiretamente a um ponto de ancoragem. (NBR 15837)

Corda de Alma e Capa Trançada de Baixo Coeficiente de Alongamento: Corda têxtil composta por uma alma
ou núcleo, envolvida por uma capa (camisa ou bainha), projetada para ser usada por pessoas no acesso
mediante corda, e todos os tipos de posicionamento e retenção em pontos de trabalho, assim como na
ascensão, descensão, deslocamento horizontal, operações de resgate e espeleologia. (NBR 15986)

Dispositivos Descensores: Dispositivos automáticos ou operados manualmente, incluindo uma linha, através
dos quais pessoas possam, a uma velocidade limitada, resgatar a si mesmas ou outras a partir de uma posição
mais alta para uma mais baixa de uma maneira que uma queda livre seja prevenida. (EN 341)

Elemento de engate: Elemento de um cinturão de segurança para conexão de um elemento de ligação. (NR-
35)

Elemento de engate para retenção de quedas: Elemento de engate projetado para suportar força de impacto
de retenção de quedas, localizado na região dorsal ou peitoral. (NR-35)

Elemento de ligação: Elemento com a função de conectar o cinturão de segurança ao sistema de ancoragem,
podendo incorporar um absorvedor de energia. Também chamado de componente de união. (NR-35)

Equipamento de Proteção Individual (EPI): Todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. (NR-06)

Equipamentos Auxiliares: Equipamentos utilizados nos trabalhos de acesso por cordas que contemplam o
cinturão tipo paraquedista, talabarte, trava quedas e corda, tais como: conectores, bloqueadores, anéis de
cinta têxtil, polias, descensores, ascensores, dentre outros. (NR-35)
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Extensor: Componente de ou elemento de conexão de um trava quedas deslizante guiado. (NR-35)

Pessoa Competente para Inspeção de EPI de Altura: Pessoa conhecedora dos requisitos existentes relativos a
revisão periódica e às recomendações e instruções emitidas pelo fabricante aplicáveis ao componente,
subsistema ou sistema a revisar. (EN 365)

Manutenção: Ação de conservar o EPI ou outro equipamento em um estado de funcionamento seguro


mediante ações preventivas tais como limpeza e o armazenamento adequado. (EN 365)

Revisão Periódica: Ação que se consiste em efetuar periodicamente uma revisão em profundidade de um EPI
ou de outro equipamento com a finalidade de detectar defeitos, como por exemplo, deteriorização ou
desgaste. (EN 365)

Polia: Conjunto com uma ou mais roldanas montadas em um bloco ou em um corpo, que se pode usar para
acoplar uma corda (de acordo com as normas EN 892 e EN 1891) ou uma corda auxiliar (de acordo com as
normas EN 564) a um conector (de acordo com as normas EN 12275) para assegurar a um alpinista, e que
reduz a fricção quando a corda ou a corda auxiliar se movimentam sob uma corda. (EN 12278)

Sistema de Proteção contra Quedas – SPQ: Sistema destinado a eliminar o risco de queda dos trabalhadores
ou a minimizar as consequências da queda. (NR-35)

Sistema de Posicionamento no Trabalho: Sistema de trabalho configurado para permitir que o trabalhador
permaneça posicionado no local de trabalho, total ou parcialmente suspenso, sem o uso das mãos. (NR-35)

Sistema de Restrição de Movimentação: SPQ que limita a movimentação de modo que o trabalhador não
fique exposto ao risco de queda. (NR-35)

Sistema de Retenção de Queda: SPQ que não evita a queda, mas a interrompe depois de iniciada, reduzindo as
suas consequências. (NR-35)

Talabarte: Dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para sustentar, posicionar
e/ou limitar a movimentação do trabalhador. (NR-35)

Travaqueda Deslizante Guiado em Linha Flexível: Trava queda deslizante com bloqueio automático unido à
linha de ancoragem flexível e conector ou extensor terminado em um conector. (NBR 14626)

Travaqueda Retrátil: Dispositivo antiquadas que dispõe de uma função de travamento automático e de um
mecanismo automático de retrocesso que mantém a linha retrátil em tensão. (NBR 14628)

Zona Livre de Queda – ZLQ: Região compreendida entre o ponto de ancoragem e o obstáculo inferior mais
próximo contra o qual o trabalhador possa colidir em caso de queda, tal como o nível do chão ou piso inferior.
(NR-35)

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5. CERTIFICAÇÃO DO EPI
Nesse capítulo iremos abordar especificamente o processo de avaliação de conformidade para certificar um
produto como um EPI no Brasil e as normas técnicas utilizadas para os ensaios.

Também iremos abordar o processo europeu de avaliação de certificação europeu, bem parecido com o nosso,
porém apresentando um número maior de normas técnicas. Aqui cabe um rápido comentário. Para algumas
atividades, em destaque as operações de resgate e de acesso por cordas, os Equipamentos de Proteção
Individuais utilizados, não possuem, em sua maioria, uma norma técnica nacional para a sua certificação. Logo,
com o amparo da NR-35, iremos utilizar as normas técnicas europeias aplicadas para seus produtos
certificados, devido a ausência de uma norma nacional aplicável ao tema.

Por último, apresentaremos rapidamente o processo de avaliação de conformidade para certificação dos
equipamentos de resgate definidos pela norma norte-americana NFPA 1983 da National Fire Protection
Association.

5.1. CERTIFICAÇÃO NO BRASIL


No processo de certificação brasileiro o EPI de fabricação nacional ou importado só poderá ser posto à venda
ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

Inicialmente, o Ministério do Trabalho e Emprego através de sua Portaria 32/2009 delegou ao INMETRO a
competência para coordenar e elaborar regulamentos técnicos para avaliação do EPI, acreditar e fiscalizar os
organismos e laboratórios responsáveis por emitir laudos visando à emissão de CA pelo MTE.

Atualmente, o EPI de proteção contra queda com diferença de nível utilizado para trabalhos em altura
constante no Anexo I da NR-06 possui o seu sistema de avaliação no âmbito do SINMETRO baseado nos
critérios definidos nos Requisitos de Avaliação de Conformidade (RAC), estabelecidos pelo INMETRO através da
Portaria n° 388/2012 do MTE, para um processo de avaliação e certificação do equipamento por organismo de
terceira parte (OCP – Organismo Certificador de Produtos).

A metodologia de certificação brasileira se aproximou da metodologia de certificação europeia, onde a


certificação do produto é obtida por meio de ensaio de tipo previsto em norma técnica, avaliação e aprovação
do sistema de gestão da qualidade do fabricante ou importador, acompanhamento através de auditorias no
fabricante ou importador, quando houver, e ensaio em amostras retiradas no comércio e/ou no fabricante ou
importador.

Portanto, para sua comercialização e utilização como EPI, e para efeitos da emissão ou renovação do seu CA
(Certificado de Aprovação), os equipamentos ensaiados em laboratórios nacionais credenciados e certificados
no âmbito do SINMETRO deverão apresentar certificado de conformidade vigente emitido pelo OCP
responsável pela avaliação do equipamento, conforme se extrai do estabelecido na Portaria n° 535/2016 do
MTPS.

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Para que o EPI receba o CA no Brasil é preciso que o fabricante ou importador primeiro solicite o seu cadastro
junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho. Após o seu cadastro o
fabricante poderá solicitar a aprovação do seu EPI. Isso deverá ser feito nos termos do artigo 4º da Portaria SIT
nº 451/2014 do MTE.

Após o seu cadastro junto ao sistema CAEPI – Certificado de Aprovação de Equipamento de Proteção
Individual, o fabricante ou o produtor poderá exigir para a emissão ou renovação do CA de ensaiados em
laboratórios credenciados e certificados no âmbito das avaliações do SINMETRO junto ao Departamento de
Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência Social, desde que sejam apresentados
os seguintes itens:
a) Fotografias nítidas e coloridas do EPI que evidenciam todo o equipamento bem como suas marcações
exigidas pela NR-06;
b) Apresentar o memorial descritivo do EPI, suas características técnicas, materiais empregados na sua
fabricação, uso a que se destina e suas restrições;
c) Cópia do certificado de conformidade emitido em nome da empresa requerente do CA, que comprove
que o produto teve a sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
d) Cópia do certificado de origem e da declaração do fabricante estrangeiro que autorize o importador a
comercializar o produto no Brasil, quando se tratar de EPI importado, ambos com tradução
juramentada para língua portuguesa.

As normas técnicas brasileiras para os equipamentos destinados à proteção contra quedas nos trabalhos em
altura são:
- ABNT NBR 14.626:2010: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura – Travaqueda
deslizante guiado em linha flexível;
- ABNT NBR 14.627:2010: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura – Travaqueda
deslizante guiado em linha rígida;
- ABNT NBR 14.628:2010: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura – Travaqueda
retrátil;
- ABNT NBR 14.629:2010: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura – Absorvedor de
energia;
- ABNT NBR 15.834:2010: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura – Talabarte de
segurança;
- ABNT NBR 15.835:2010: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura – Cinturão de
segurança tipo abdominal e talabarte para posicionamento e restrição;
- ABNT NBR 15.836:2010: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura – Cinturão de
segurança tipo paraquedista;
- ABNT NBR 15.837:2010: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura – Conectores.

Embora sejam equipamentos tradicionalmente utilizados nos trabalhos em altura, os cintos paraquedistas e os
conectores poderão apresentar modelos específicos para uso em operações de resgate.

5.2. CERTIFICAÇÃO CE/EN


Dentro da metodologia da Comunidade Europeia, conforme a Diretiva 89/686 de 1989 os EPI’s estão divididos
em três categorias:

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Categoria 1 (Risco Mínimo): Essa categoria de EPI não necessita passar por organismo para certificação de sua
conformidade, portanto ficam isentos de exame CE. Possuem um desenho simples que permitem o seu usuário
julgar a sua eficiência contra riscos mínimos. O fabricante desse equipamento deverá:
a. Assegurar que o equipamento cumpre as normas básicas de segurança e saúde conforme o anexo II da
Diretiva 89/686;
b. Juntar sua documentação técnica conforme o anexo III da Diretiva 89/686;
c. Emitir a Declaração de Conformidade CE sobre a fabricação do EPI conforme art. 12 do anexo VI da
Diretiva 89/686;
d. Estampar a marca CE no corpo do equipamento conforme art. 12 e 13 do anexo IV da Diretiva 89/686;

Categoria 2 (EPI Padrão): Para essa categoria de EPI aplicam-se os requerimentos anteriores (letras “a”, “b”,
“c” e “d”). Todavia, para cumprimento das exigências contidas nas letras “c” e “d” será necessário uma
certificação de exame CE. Para que isso ocorra o fabricante dessa categoria de EPI deverá:
e. Apresentar uma solicitação para exame CE por um organismo credenciado. Se estiver conforme, o
organismo irá elaborar um certificado de exame CE e notificar o fabricante;

Categoria 3 (EPI contra perigos mortais, sérios ou irreversíveis): Estão incluídos nessa categoria os EPI’s
destinados a proteger contra quedas de determinada altura. Para essa categoria aplicam-se os requerimentos
anteriores (letras “a”, “b”, “c”, “d” e “e”). O fabricante deverá ainda atender à exigência de apresentar um
Sistema de Garantia da Qualidade de acordo com um dos procedimentos dispostos nos artigos 11A e 11B da
Diretiva 89/686, com o objetivo de assegurar a integridade dos processos de fabricação dos equipamentos.
Para que isso ocorra o fabricante dessa categoria de EPI deverá:
f. (1) “Sistema de garantia da Qualidade CE do Produto Final”. O fabricante solicita ao organismo
credenciado a garantir que os EPI’s que produzem estão conforme com o certificado de exame CE. Os
controles necessários serão realizados pelo organismo eleito pelo fabricante, e será efetuado sem aviso
(ao acaso) e, normalmente, em intervalos de, pelo menos, um ano. O fabricante irá receber um
informe pericial do organismo credenciado;
f. (2) “Sistema de Garantia de Qualidade CE de Produção com Vigilância”. O fabricante apresentará uma
solicitação de aprovação do seu sistema de qualidade para um organismo credenciado de sua escolha.
O fabricante autorizará o organismo credenciado a ter acesso às suas instalações para efeitos de
inspeção. O organismo realizará auditorias periodicamente para certificar-se de que o fabricante
mantém e aplica o sistema de qualidade aprovado. O organismo poderá realizar as visitas sem aviso
prévio ao fabricante.

Quando tudo estiver aprovado o fabricante recebe a notificação do organismo credenciado com o CE seguido
de quatro números, que representam o número do laboratório que avaliou ou inspecionou o processo de
fabricação do equipamento. CE significa Conforme Exigências das EN (European Normative).

Na Europa o CEN – Comitê Europeu de Normatização conta com dois subcomitês para regulamentação dos
processos de certificação de equipamentos para as atividades em altura, um para os equipamentos
profissionais e outro para os equipamentos esportivos. Embora sejam distintos, os equipamentos regulados
pelos dois comitês poderão ser utilizados nas operações de resgate.

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O CEN TC 160: Comitê Técnico para Equipamentos de Proteção Individual contra quedas é responsável por
regulamentar, entre outros equipamentos, os produtos abaixo que normalmente também são utilizados nas
operações de resgate:
- EN 341: Equipamento de Proteção Individual Contra Queda de Altura. Dispositivos de Descida;
- EN 353-1: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura. Trava Quedas do tipo Guiado
em linha de Ancoragem Rígida;
- EN 353-2: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura. Trava Quedas do tipo Guiado
em Linha de Ancoragem Flexível;
- EN 354: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura. Talabartes;
- EN 358: Equipamento de Proteção Individual para Trabalho Posicionado e Prevenção Contra Quedas de
Altura. Cintos para trabalho posicionado e restrito e talabartes de trabalho posicionado;
- EN 360: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas em Altura. Travaqueda do tipo retrátil;
- EN 361: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas em Altura. Cinto de Segurança;
- EN 362: Equipamentos de Proteção Individual Contra Quedas de Altura. Conectores;
- EN 363: Equipamentos de Proteção Individual Contra Quedas de Altura. Sistemas de Proteção contra
Quedas;
- EN 365: Equipamentos de Proteção Individual Contra Quedas de Altura. Requisitos Gerais para
Instruções de Uso e Marcação;
- EN 397: Capacetes de Segurança para Indústria;
- EN 795: Proteção Contra Quedas de Altura. Dispositivos de amarração. Requisitos e ensaios;
- EN 813: Equipamento de Proteção individual Contra Quedas de Altura. Cinto de Segurança;
- EN 1891: Proteção Contra Quedas de Altura. Cordas entrançadas com baixo coeficiente de
alongamento;
- EN 12841: Equipamentos de Proteção Individual Contra Quedas de Altura. Sistemas de Acesso por
Cordas. Dispositivos de Ajuste em Cordas.

O CEN TC 136: Comitê Técnico para Equipamento de montanhismo é responsável por regulamentar, entre
outros equipamentos, os produtos abaixo que normalmente também são utilizados nas operações de resgate:
- EN 564: Equipamentos de Montanhismo. Acessórios de Corda – Requerimentos de Segurança e
Métodos de Teste;
- EN 567: Equipamentos de Montanhismo. Ascensores – Requerimentos de Segurança e Métodos de
Teste;
- EN 12275: Equipamentos de Montanhismo. Conectores – Requerimentos de Segurança e Métodos de
Teste;
- EN 12278: Equipamentos de Montanhismo. Polias – Requerimentos de Segurança e Métodos de Teste.

Importante ressaltar aqui que o processo normativo CE, igualmente ao processo brasileiro do INMETRO,
implica apenas em controle de qualidade. Portanto, não são normas de gestão da qualidade, embora as
exigências legais para regularização do produto como um EPI, acabarem por exigir dos fabricantes que adotem
um sistema de gestão da qualidade em seus processos produtivos. O CE e o INMETRO são processos
normativos de conformidade.

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5.3. CERTIFICAÇÃO ANSI


Já na metodologia Americana os equipamentos de proteção contra quedas são certificados de acordo com as
normativas americanas da OSHA – Occupational, Safety and Health Administration e a ANSI – American
Normative Standarts Institute.

Os requisitos dos equipamentos de proteção contra quedas para os equipamentos certificados pela OSHA são
encontrados nas normas 29 CRF 1910.132, 29 CRF 1915.159, 29 CRF 1926.104 e 29 CRF 1926.502. Já as
exigências da ANSI para certificação desses equipamentos são encontradas na série de normas Z359 – 2007.

5.4. CERTIFICAÇÃO NFPA


As normas da NFPA – National Fire Protection Association aplicam-se para especificação do projeto,
desempenho, testes e certificação de equipamentos exclusivos para as operações de emergência e resgates. Os
EPI’s devem ser certificados conforme os requisites de desempenho contidos na norma NFPA 1983:2006. Em
geral essa norma não se aplica para equipamentos onde as situações específicas ditam outros critérios de
desempenho como resgates em montanhas, resgates em cavernas, escaladas, uso recreativo e proteção contra
quedas na indústria e na construção civil. Todavia, poderemos ter equipamentos que possuem certificação
NFPA e que também atendem os requisitos de desempenho de outras normas para utilização em outras
operações.

Todas as certificações de equipamentos NFPA deverão ser realizadas por um organismo certificador que
atenda ao programa de certificação contido no item 4.2 da NFPA 1983 e que seja acreditado de acordo com o
padrão ISO 65 – General requirements for bodies operating product certification systems. O seu processo de
acreditação deve ter sido realizado por uma sociedade acreditadora em conformidade com o padrão ISO 17011
– General requirements for accreditation bodies accreditating conformity assesment bodies.

O programa de inspeção do fabricante para a certificação de seus equipamentos será realizado pelo organismo
em, pelo menos 2 visitas aleatórias e não anunciadas no período de 12 meses para se verificar a conformidade
continuada do equipamento. O organismo certificador poderá selecionar aleatoriamente amostras dos
equipamentos a serem certificados nas linhas de produção do fabricante, no seu estoque ou no mercado
consumidor (varejista), para a realização de testes específicos dos materiais, componentes e sistema de
garantia da qualidade do fabricante estejam consistentes com os requisitos de certificação do equipamento.

Ainda no programa de certificação NFPA os fabricantes deverão possuir um programa de garantia da qualidade
que possua um sistema de recall e um sistema de alertas de segurança para o produto certificado. A NFPA
também exige que esse fabricante possua a certificação ISO 9001.

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6. VALIDADE DE UM EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


A validade de um equipamento está condicionada a duas situações de significado e importância distintas: a
validade do CA – Certificado de Aprovação e a vida útil do equipamento.

A validade do CA de um EPI para fins de sua comercialização está determinada pela NR-06 da seguinte forma:
a) De 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua
conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
b) Do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso.

Os EPI’s de proteção contra quedas de altura estão submetidos à avaliação compulsória do INMETRO. A
validade de seus Certificados de Aprovação – CA está condicionada à manutenção da certificação no âmbito do
SINMETRO, e terá a validade equivalente àquela do certificado de conformidade emitido pelo Organismo
Certificado de Produto – OCP responsável pela avaliação do equipamento.

O §1º do art. 12ª da Portaria SIT nº 452 dispões que no caso de EPI de proteção contra queda de altura
composto por cinturão de segurança, talabarte e/ou trava quedas, a data de validade do CA será equivalente
àquela do certificado de conformidade do cinturão de segurança.

O Certificado de Conformidade emitido com base nos requisitos de avaliação de conformidade do INMETRO
possui a validade de 03 anos. Após a concessão do Certificado de Conformidade, o OCP deverá programar e
realizar auditorias de manutenção no Sistema de Gestão da Qualidade do Processo produtivo do fabricante ou
do importador do EPI:
a) A cada 09 meses para fabricantes ou importadores que não possuam Sistema de Gestão da Qualidade
certificado;
b) A cada 18 meses para fabricantes ou importadores que possuam Sistema de Gestão da Qualidade
certificado.

A validade do CA começa a correr a partir de sua emissão pelo DSST do MTE, estando condicionado à
manutenção do certificado de conformidade do EPI. De posse do CA, os fabricantes e importadores estarão
autorizados a produzirem e negociarem os Equipamentos de Proteção Individual certificados para os
consumidores finais. A validade do CA está condicionada a manutenção da validade do certificado de
conformidade do EPI dentro do seu processo de avaliação no âmbito do SINMETRO. Logo, o CA apenas
determina o prazo para a comercialização do equipamento, e não da sua validade de uso que é determinada
pelo fabricante ou importador. Portanto, a observância da validade do CA é necessária tão somente para fins
de compra e venda do EPI. O fabricante ou importador somente poderá vender seus equipamentos que
possuírem o CA na validade e as empresas somente poderão adquirir os equipamentos que possuírem o CA na
validade.

Já a vida útil de um equipamento não está ligada diretamente à sua comercialização, mas sim a sua própria
utilização. Os fabricantes e a melhor doutrina determinam que a validade do produto ou vida útil é a
durabilidade máxima estimada para os materiais construtivos aplicados nos equipamentos metálicos ou
têxteis, sendo essa a data limite em que o fabricante garante a total eficácia e qualidade do equipamento,
desde que sejam seguidas as instruções de utilização, conservação e inspeção determinadas nos seus manuais.

Em geral, a vida útil dos equipamentos é determinada pela maioria dos fabricantes da seguinte forma, desde
que estejam submetidos a um programa formal de inspeções:

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- Metálicos: Indeterminado
- Têxteis: 10 anos

A vida útil do equipamento depende de cada fabricante. Por exemplo, o fabricante Singing Rock estabelece que
para os produtos fabricados após o ano de 2009 a vida útil dos equipamentos têxteis é de 12 anos a partir da
data de fabricação e de até 10 anos a partir da primeira data de uso. Para os equipamentos metálicos o tempo
de vida útil é por tempo indeterminado. Para os produtos fabricados após o ano de 2005 a vida útil dos
equipamentos têxteis é de 10 anos e dos equipamentos metálicos é por tempo indeterminado.

No padrão da grande maioria dos fabricantes a vida útil dos equipamentos têxteis é de 10 anos (capacetes
inclusive), desde que tenha passado por todas as inspeções anteriores. Para os equipamentos metálicos a vida
útil é por tempo indeterminado, desde que o equipamento tenha passado por todas as inspeções anteriores.

Ultrapassados o tempo de vida útil dos produtos têxteis o equipamento deve ser reprovado, inutilizado e
descartado.

Todavia, não há meios de se estabelecer se todos os equipamentos, independentemente de serem construídos


em materiais metálicos ou têxteis, conseguirão atingir o limite da vida útil estimada pelos fabricantes. Os
fatores que realmente irão determinar a sua durabilidade são: o desenvolvimento de um controle através de
um programa formal de inspeções periódicas, a forma como é utilizado pelos trabalhadores, à maneira como o
mesmo é guardado e conservado e o ambiente de trabalho em que está sendo utilizado.

Um EPI com o CA vencido poderia continuar a ser utilizado mesmo quando essa validade tiver sido expirada?
A utilização de EPI com CA vencido (desde que adquirido dentro do prazo de validade do seu CA) é permitida,
desde que seja observada a vida útil indicada pelo fabricante, de acordo com as características dos materiais de
composição, o uso ao qual se destina, as limitações de utilização, as condições de armazenamento e a própria
utilização.

A observação da validade de uso é do empregador que fornecerá o EPI aos seus trabalhadores.

COMO ISSO SERÁ CONTROLADO?

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7. SISTEMAS DE MARCAÇÃO INDIVIDUAL DE FÁBRICA DO EPI


Todos os fabricantes possuem um sistema próprio ou exigido por regulamentos governamentais para a
identificação, marcação e numeração dos equipamentos. Esse procedimento é importantíssimo para
montagem do estoque, controle do inventário e para a rastreabilidade dos equipamentos submetidos a
programas formais de inspeções e controle das revisões para manutenção de garantia técnica do EPI.

No Brasil todos os equipamentos nacionais ou importados possuem um sistema de marcação de fábrica único
que obedece obrigatoriamente às exigências legais dispostas na NR-06 e regulamentadas pela Portaria SIT nº
452/2014.

A Portaria determina que todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, ao longo de sua
vida útil, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI
importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.

O lote de fabricação é marcado com o objetivo de identificar a quantidade de unidades produzidas daquele EPI
do mesmo modelo e seguindo o mesmo processo produtivo num determinado espaço de tempo. Para efeitos
das exigências legais nacionais, um lote de fabricação para um EPI específico estará limitado a um período de
30 dias.

A data de fabricação do EPI também deverá estar marcada de forma indelével, legível em cada exemplar do
equipamento. A expressão da data de fabricação deverá indicar, no mínimo, o mês e o ano de fabricação do
equipamento.

Quanto ao lote, acrescentamos, ainda, que o mesmo deverá possuir uma forma ou um código de numeração
que permita estabelecer a sua rastreabilidade do fabricante até o seu consumidor final.

Essa exigência não impede que além das informações contidas nesse sistema de marcação os fabricantes
possuam um sistema de marcação próprio para seus produtos com outras informações que julgar necessárias
para os usuários. Se essas marcações sinalizadas precisam ser rigorosamente respeitadas pelos usuários do EPI,
elas deverão ser perfeitamente legíveis, completas, precisas e compreensíveis, assim como deverão
permanecer no equipamento ao longo da sua vida útil prevista.

Caso não seja possível tecnicamente efetuar as marcações obrigatórias no equipamento, o fabricante ou
importados deverá inserir as informações das marcações na embalagem do produto e em seu manual de
instruções.

Além do mínimo exigido pela Portaria SIT nº 452 para as marcações, os EPI’s poderão apresentar outras
informações nas suas marcações obrigatórias por força da norma técnica específica para cada tipo de
equipamento.

Sendo assim, em geral, as marcações de um Equipamento de Proteção Individual contra quedas exigidas de
acordo com a legislação, poderão apresentar as seguintes informações mínimas:
- Pictograma indicando que o usuário deve ler o manual de instruções;
- Um pictograma com a letra “A” maiúscula, em cada elemento de engate para proteção contra
queda (caso seja um cinturão de segurança tipo paraquedista);
- Indicação da ZLQ – Zona Livre de Queda (caso seja um elemento de retenção de quedas, por
exemplo, trava quedas e talabartes com ou sem absorvedores de energia);

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- A resistência estática mínima no eixo maior ou a resistência informada pelo fabricante (quando
maior) correspondente à posição fechada e travada do equipamento (caso seja um conector);
- Número da norma (norma técnica para ensaio do equipamento);
- Código e tamanho do equipamento (principalmente no caso do cinturão de segurança tipo
paraquedista);
- Data de fabricação e lote
- Logotipo e/ou nome do fabricante nacional ou importador;
- Identificação do modelo e do tipo;
- CA – MTE.

Quanto a sua numeração de rastreabilidade, cada fabricante desenvolve um código próprio que poderá
agregar numa única sequência numérica ou alfanumérica as informações quanto ao número do lote, número
individual do equipamento e a sua data de fabricação.

O sistema de marcação do fabricante Task obedece ao seguinte padrão, aplicável para os equipamentos
metálicos ou têxteis:
- Número único (ou lote)
- Mês
- Ano

Ex. 000340616
A sequência de 9 dígitos representa:
00034: número individual
06: mês
16: ano

O sistema de marcação do fabricante ISC obedece ao seguinte padrão aplicável aos equipamentos metálicos:
Ex. 14/56365/09
14: Ano de fabricação 2014.
56365: Número do Lote.
09: Número de incremento. Número de unidades daquele item fabricado naquele lote.

O sistema de marcação do fabricante Singing Rock obedece aos seguintes padrões:


Equipamentos Metálicos:
Ex. 0169 – 37-07 – 0207
0169: É o número único do item feito naquele dia.
37-07: Número do lote.
0207: Semana (02) e ano de fabricação (07 ou 2007).

Equipamentos Têxteis:
Ex. 174 / 1073364 / 11/10
174: É o número único do item feito naquele dia.
1073364: Número do lote.
11/10: Mês (11 ou novembro) e ano de fabricação (10 ou 2010).

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Já o sistema de marcação do fabricante Petzl é único como a maioria dos fabricantes, tanto para equipamentos
metálicos quanto para equipamentos têxteis:

Ex. 06058FB2018
06: ano.
058: É o número de dias daquele ano (dia 58 de 2006. Ou seja, a data de fabricação é 27/02/2006).
FB: É o controle ou as iniciais da pessoa que realizou a inspeção de controle de qualidade final.
2018: É o número único do item feito naquele dia.

O sistema de marcação do fabricante CT Climbing obedece ao seguinte padrão aplicável aos equipamentos
metálicos e têxteis:
Ex. 0343 – 127 – 15
0343: É o número progressivo único do item feito naquele dia.
127: Dia da fabricação no ano (07/05).
15: Ano de fabricação 2015.

O sistema de marcação do fabricante Kong obedece ao seguinte padrão aplicável aos equipamentos metálicos
e têxteis:
Ex. 000282 – 14 – 1449
000282: É o número individual único do item feito naquele dia.
14: Ano de fabricação.
1449: Número progressivo.

O sistema de marcação do fabricante Anthron obedece ao seguinte padrão aplicável aos equipamentos
metálicos:
Ex. 22 – 12 – 197
22: Semanas do ano (22 semanas está dentro do mês de maio).
12: Ano de fabricação 2012
197: Número individual.

Além da numeração individual, encontramos nos equipamentos outro tipo de marcação que são os
pictogramas. Neles encontramos as informações relativas a certificação (CE/EN/NFPA/ANSI), nome do produto,
resistência do produto e forma correta de uso.

Para efeitos internos, caso as empresas proprietárias de equipamentos de proteção contra quedas para
trabalhos ou operações de resgate queiram implantar um código próprio para a numeração de seus
equipamentos, esse procedimento não poderá afetar a integridade física do equipamento e nem a sua
segurança durante o uso.

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8. CÓDIGOS DE MARCAÇÃO INTERNA DO CONSUMIDOR FINAL PARA SEUS EPI’S


As empresas proprietárias dos EPI’s e sistemas de ancoragens de proteção contra quedas devem desenvolver
um padrão interno próprio de numeração individual e independente da marcação de fábrica do equipamento.
Isso serve para ajudar a designar a propriedade do equipamento (a quem ele pertence) e poderá facilitar a
rastreabilidade do equipamento além de ser mais uma opção de identificação quando a marcação de fábrica se
tornar ilegível com o tempo.

Essa marcação individual interna deverá estar registrada nas fichas de histórico do equipamento e nas suas
fichas de inspeções. Todavia, os responsáveis pelo sistema de gestão de EPI devem tomar cuidados para que
essa marcação não danifique as características originais do equipamento ou que provoquem algum tipo de
deformidade que possa reduzir a resistência ou desempenho seguro do equipamento. Por isso, devem
obedecer aos seguintes critérios:
a. Equipamentos Têxteis
Não devem ser marcados no seu corpo. A marcação deve ocorrer em locais específicos do equipamento, se
houver. Se não houver, marcar nas etiquetas do equipamento. Se a marcação for através de canetas, estas
deverão possuir uma tinta compatível quimicamente com a matéria prima utilizada na fabricação (ex.
poliamida, poliéster, aramida, etc.).

b. Equipamentos Metálicos
Não podem ser marcados por tipografia ou por algum processo que efetue ranhuras que alterem suas
características construtivas, sua capacidade de resistência ou que exponha o equipamento a algum processo de
degradação por fissuras ou oxidação incomum, por exemplo. Devem ser marcados com fitas adesivas
específicas. Uma alternativa bastante segura e eficiente é realizar gravações a laser.

c. Capacetes
Alguns adesivos utilizados para tal podem provocar contaminação química no capacete. Gravações por
tipografia ou a laser irão provocar fissuras ou queimaduras no equipamento. Existem adesivos específicos para
esse tipo de marcação que poderão ser obtidos com o fabricante. Caso não exista essa possibilidade,
deveremos nos informar com o fabricante que tipo de adesivo poderia ser utilizado, para que a composição
química de sua cola não venha a provocar danos no casco do equipamento.

d. Cordas
As cordas devem ser marcadas nas duas extremidades (no fim). Recomenda-se o uso de etiquetas protegidas
por plástico termo retrátil. Devem informar o comprimento, a espessura e a data de uso. Podem ser utilizadas
canetas com tintas específicas para cordas (Beal, Blue Water ou Singing Rock). Se a corda for cortada em duas e
for reutilizada, os dois pedaços devem ser remarcados e as informações da corda inicial devem ser transferidas
para outra ficha de inspeção.
Ex: Corda 01 foi cortada em duas. Agora ficamos com a corda 01A e a corda 01B.

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9. INFORMAÇÃO DE CARGA DO EQUIPAMENTO


Com relação à resistência do equipamento nas condições normais de uso ou nas condições mais exigente,
como é o caso das operações de resgate, duas informações aparece no corpo dos equipamentos:
- WLL (Working Load Limit – Limite de Carga de Trabalho);
- SWL (Safe Working Load) ou CTS (Carga de Trabalho Segura);
- MBS (Minimum Breaking Strenght – Resistência de Ruptura Mínima);
- MBL (Minimum Breaking Load – Carga de Ruptura Mínima);

WLL (Limite de Carga de Trabalho) é carga máxima que pode ser sustentada por um equipamento sob as
condições especificadas pelo seu fabricante. É uma informação muito empregada para os equipamentos
empregados nas técnicas de acesso por cordas para trabalhos ou operações de resgate, como por exemplo,
descensores e ascensores.

A WLL poderá apresentar mais de um valor. Logo, alguns equipamentos poderão apresentar um limite de carga
de trabalho normal, um limite de carga de trabalho mínimo e um limite de carga de trabalho máximo (esta
última em geral direcionada para os especialistas em resgate).
Ex. Descensor D4 (atende EN 12.841, Tipo C e NFPA 1983).
WLL – 60 a 240 Kg p/ 100 mts de corda (60 kg carga mínima e 240 kg carga máxima).
MBS – 16 Kn ou 1600 Kgf

SWL (Carga de Trabalho Segura) é a carga de trabalho máxima de um equipamento de acordo com as
condições específicas designada por uma pessoa competente. A SWL pode ser determinada a partir das
referências de carga de resistência de um determinado equipamento, onde se atribui um fator de segurança
para se chegar à sua carga de trabalho segura.

FATOR DE SEGURANÇA (FS): É a relação entre a carga de ruptura de um equipamento e a carga admissível que
pretendemos para aquele determinado equipamento, com o objetivo de evitar maior possibilidade de falha.

O Fator de Segurança (FS) sempre será um valor maior do que 1. Porém, valores específicos irão depender do
tipo de material empregado, finalidade pretendida, normativa aplicada ou referência doutrinária em que se
busca o amparo técnico.

Uma das referências doutrinárias muito utilizada para o fator de segurança estabelece um valor específico para
os produtos têxteis e um outro valor específico para os produtos metálicos:
- Têxtil: Fator 10. Ex. Corda de 30 Kn (3000 Kgf). Aplicando-se o fator de segurança teremos 3000 ÷ 10 =
300 Kgf;
- Metálico: Fator 5. Ex. Mosquetão de 40 Kn (4000 Kgf). Aplicando o fator de segurança teremos 4000 ÷
5 = 800 Kgf.

Alguns doutrinadores e alguns normatizadores nacionais e internacionais tendem ao raciocínio de que a carga
de trabalho segura deverá ser especificada por um profissional legalmente habilitado. Para isso esse
profissional poderá fazer uso de cálculos ou testes específicos próprios.

MBS (Resistência de Ruptura Mínima) ou MBL (Carga de Ruptura Mínima) correspondem ao mesmo conceito. É
a carga mínima em que um equipamento novo se rompe quando é ensaiado em condições específicas
determinadas por alguma normatização. A NFPA 1983 possui para os equipamentos de resgate sujeitos a essa
norma procedimentos específicos para o ensaio de MBS.
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10. FASES DO EQUIPAMENTO


O equipamento passa pelos seguintes momentos até chegar ao seu usuário final:

Processo de compra do equipamento:


- Escolha do equipamento adequado;
- Escolha do fornecedor;
- Cópia do certificado do equipamento (CA/EN/CE/NFPA/ANSI/OSHA).

Utilização rotineira do equipamento:


- Informações sobre o equipamento: Manual técnico disponível para os usuários.
- Treinamento com relação ao uso do equipamento.
- Lista de verificação antes do uso para todo equipamento.

Controle de Inspeção/Limpeza/Reparo:
- De acordo com os procedimentos e recomendações de manutenção, preservação e higienização
indicadas pelo fabricante.
- Formação de instrutores competentes.
- Contato direto com fornecedores ou fabricantes.
- Alguns itens podem receber substituição de componentes, porém outros não.

Armazenamento do equipamento:
- Os equipamentos deverão ser acondicionados nas condições indicadas pelos fabricantes.
- As empresas usuárias dos equipamentos deverão disponibilizar um estoque controlado para a
gestão desses EPI’s.
- Disponibilização de um local para quarentena.

Garantia/Assistência Técnica do equipamento:


- Em caso de reclamações e defeitos as empresas deverão possuir um meio de acionarem a
garantia dos equipamentos e a sua assistência técnica para solução dos problemas encontrados
na sua utilização.
- Manutenção periódica obrigatória de fábrica para determinados Equipamentos de Proteção
Individual.

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EQUIPAMENTOS

EMPRESA

ALMOXARIFADO

ALMOXARIFADO

QUARENTENA

USUARIOS

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11. SISTEMA DE GESTÃO DE EPI


Nos dias de hoje os sistemas de gestão de segurança e saúde se tornaram praticamente parte integrante da
organização gerencial de toda a empresa. Esse sistema permite a uma organização controlar os riscos de
acidentes e doenças ocupacionais ao passo que promovem uma grande melhoria em seu desempenho. Dentro
desse sistema de SSO (Segurança e Saúde Ocupacional) encontramos outros subsistemas recomendados, entre
eles, um sistema de gestão para os EPI’s utilizados pela empresa.

A eficiência do EPI não depende apenas da sua qualidade. É necessário um bom gerenciamento com relação
aos processos de escolha, especificação, compra, entrega, condições de uso, obrigatoriedade de uso,
treinamento, inspeções e controle. E esse sistema somente estará funcionando quando os gerentes e
empregados estiverem conscientizados da importância da utilização do EPI na forma correta e adequado para
os riscos em que estão expostos e das inspeções que assegurem as condições de uso efetivo e seguro dos EPI’s.

Em face dos múltiplos cenários que envolvem operações verticais para rotinas de trabalho ou operações
verticais para resgates e da diversidade de EPI’s de proteção contra quedas existentes, um sistema de gestão
para esses equipamentos torna-se uma ferramenta fundamental de controle para assegurar o desempenho
seguro desses equipamentos quando empregados e exigidos nas situações simples ou complexas a que se
destinam.

As normativas brasileiras não falam expressamente que as empresas são obrigadas a programar um sistema de
gestão. Porém, as exigências contidas nas NR-6 e NR-35 terminam por conduzir as empresas a desenvolverem
essa gestão que acaba por envolver não apenas os equipamentos de proteção contra quedas como também os
demais EPI’s utilizados na empresa.

A NR-6 prevê em seu subitem 6.6.1 que as empresas, entre outras exigências, estão obrigadas a:
a) Adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) Exigir seu uso;
c) Fornecer ao trabalhador somente o EPI aprovado pelo órgão nacional competente;
d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
g) Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) Registrar o fornecimento do EPI ao trabalhador.

Ainda na NR-6 ficam estabelecidas obrigações para o empregado com relação ao seu EPI:
a) Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina;
b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação do EPI;
c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o EPI impróprio para uso;
d) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

A NR-35 prevê em seu item 35.5.6 que com relação ao momento de aquisição e periodicamente os EPI’s que
fazem parte de um SPIQ devem passar por inspeções, recusando-se aqueles que apresentarem defeitos ou
deformações. Já o subitem 35.5.6.1 determina que devem ser realizadas inspeções de rotina antes do início dos
trabalhos para todos os elementos que fazem parte de um SPIQ.

A NR-35 também considera em seu item 3.2 que os trabalhadores capacitados para trabalhos em altura
deverão receber treinamento que receba conhecimentos sobre seleção, inspeção, conservação e limitação de
uso dos EPI’s entre outros temas importantes sobre os riscos inerentes às operações verticais.
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Portanto, fica fácil percebermos a importância de um sistema de gestão para registro e monitoramento dessas
exigências legais para os equipamentos, acessórios e sistemas de ancoragem.

11.1 DOCUMENTOS A SEREM MANTIDOS


Embora a elaboração de um sistema de gestão de EPI possa parecer ser simples, o projeto e a documentação
deste sistema são tão importantes quanto sua implementação para que se alcance o verdadeiro objetivo que é
a prevenção de acidentes e doenças do trabalho.

Abaixo relacionamos os documentos que precisam ser desenvolvidos para a manutenção de um sistema de
gerenciamento dos equipamentos utilizados para operações de trabalhos e resgates em altura:
a) Relação de fornecedores aprovados;
b) Relação de equipamentos aprovados;
c) Certificados de conformidade (CA/CE/EN/NFPA/ANSI/OSHA);
d) Ordens de compra/Notas de entrega/Notas Fiscais;
e) Laudos de inspeção (formulários de inspeções dos equipamentos);
f) Ficha de controle do histórico de uso do equipamento;
g) Manuais técnicos;
h) Informativos de recall;
i) Informativos adicionais do fabricante;
j) Controle do usuário;
k) Normas aplicáveis.

As informações que devem ser registradas no sistema de gestão de EPI são:


- Inspeções antes, durante e após o uso caso tenha sido observado alguma não conformidade.
- Rastreabilidade;
- Marcação;
- Certificação;
- Problemas;
- Defeitos;
- Recall;
- Inspeções periódicas completas;
- Buscar determinar o período máximo de utilização do equipamento pelas inspeções;
- Registro de manutenção: colocar as datas do que foi trocado em manutenção;
- Compatibilidade dos equipamentos e sistemas;
- Registro dos treinamentos (usuários e inspetores);
- Métodos de armazenamento;
- Atualizações normativas;
- Revisão de procedimentos do sistema de gestão.

11.2 CUIDADOS ESPECIAIS COM OS EPI’s E SUA DOCUMENTAÇÃO


Adotando-se um sistema de gestão de EPI’s, os seguintes cuidados especiais deveremos adotar desde o
momento que adquirimos o equipamento até o momento que utilizamos o mesmo:
- Equipamentos falsos;

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- Equipamentos de procedência inidônea ou duvidosa;


- Certificados falsos;
- Acondicionamento inadequado;
- Equipamento inadequado à sua necessidade operacional;
- Desorganização dos documentos;
- Armazenamento de equipamentos em inspeção junto com equipamentos em uso ou equipamentos
reprovados ou condenados ao descarte.

11.3 ARQUIVO DE DOCUMENTAÇÃO


O tempo de arquivamento recomendado para os equipamentos deverá obedecer ás seguintes orientações:
- Cópia dos formulários de inspeção rotineira, aquisição, periódica ou de fábrica: Recomenda-se que
sejam mantidos no arquivo por, pelo menos, 05 anos após o equipamento ter sido rejeitado, desde
que não exista nenhuma ação judicial em curso. Após esse prazo, a documentação poderá ser
descartada, porém recomenda-se o arquivamento de um arquivo morto eletrônico.
- Manual técnico ou orientações ou consultas formais aos fabricantes: Deve ficar à disposição por toda
a vida útil do equipamento.
- Cópia do certificado: Deve ficar à disposição por toda vida útil do equipamento.
- Nota Fiscal: Deve ficar à disposição por toda a vida útil do equipamento ou de acordo com os
processos contábeis do consumidor final.

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12.ESTOQUE/ALMOXARIFADO
O estoque ou almoxarifado é um local de extrema importância e responsabilidade para a acreditação de seu
sistema de gestão de EPI. Poucas pessoas devem ter acesso ao local e aquela que tenham acesso devem ser
indicadas, treinadas e estarem conscientes de suas responsabilidades para o controle seguro dos
equipamentos.

Os pontos necessários para implantação de um estoque são:


- Local: Deve ser fechado, ergonômico, arejado, ventilado, iluminação controlada, temperatura
controlada, limpo, higienizado e distante de áreas que podem promover a presença de agentes
corrosivos ou agressivos aos equipamentos;
- Iluminação: A radiação UV é um dos inimigos de certos materiais têxteis, principalmente a poliamida.
Os estoques ou almoxarifados deverão utilizar tipos de iluminação que não emanam radiação UV. A
iluminação fluorescente é a mais utilizada. Embora a radiação UV emanada desse tipo de lâmpada seja
baixa, recomenda-se a utilização de lâmpadas que não produzam nenhum tipo de emanação de
radiação UV, como por exemplo, as lâmpadas de LED;
- Responsável pelo estoque: Pessoa treinada e qualificada para realizar inspeções detalhadas ou
especiais (necessária a qualificação do fabricante);
- Criar um sistema de controle de entrada e saída de equipamentos, identificando o EPI, o seu usuário e
o histórico de uso do EPI;
- Implementar um procedimentos operacional de inspeções periódicas e de fábrica dos EPI’s.

Os usuários ao receberem o EPI do estoque devem atender às necessidades de:


- Treinamento adequado;
- Inspeção antes de uso;
- Controle de inspeção fornecido pelo responsável do estoque.

As principais recomendações para armazenamento dos equipamentos são:


- Temperaturas extremas (quente ou frio, verificar no manual técnico);
- Deixar longe da luz solar direta;
- Guardar em local bem ventilado;
- Armazenar em local limpo, descontaminado e de forma adequada;
- Evitar contato com substâncias corrosivas ou agressivas.

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13.FORMULÁRIO DE INSPEÇÃO E DE HISTÓRICO DE EPI


Os dois documentos a serem desenvolvidos necessários para o controle das inspeções dos EPI’s, acessórios e
sistemas de ancoragem são a ficha de inspeção e a ficha de histórico.

Todas as inspeções devem possuir um registro, uma evidência formal de que a mesma foi efetivamente
realizada por uma pessoa, contemplando os itens necessários para aprovação ou reprovação de um item,
conforme o nível de inspeção ao qual foi submetido.

É importante ressaltar que a NR-35 determina o registro das inspeções. Todavia, a redação do subitem 35.5.6.2
subentende-se que os resultados das inspeções devem ser registrados:
- Na aquisição;
- Periódicas e rotineiras quando os elementos do SPIQ forem recusados.

Somos da opinião que os elementos que foram aprovados também devem ter os resultados de suas inspeções
registrados, pois é do interesse de todos de que o EPI esteja sempre aprovado em condições seguras de uso ao
longo de sua vida útil. Para que o equipamento atinja esse objetivo ele deverá ser periodicamente
inspecionado e considerado apto para uso dos seus usuários. Essas informações, para segurança dos processos
de liberação de equipamentos para os trabalhos em altura, deverão estar amparadas em evidências formais.

13.1 FORMULÁRIO DE INSPEÇÃO DO EPI

A ficha de inspeção é o principal documento para controle das condições para uso do EPI. Através dessa ficha o
equipamento pode ser considerado próprio para uso ou ser considerado descartado. Existem dois modelos a
serem desenvolvidos: um modelo destinado às inspeções rotineiras, mais conhecidas como lista de verificação
(check list) e outro modelo mais completo destinado às inspeções de aquisição e periódicas realizadas por
inspetores competentes.

As seguintes informações devem contar nessa ficha:


- Nome e modelo do EPI;
- Certificação do EPI
- Nome do fabricante;
- Nome e endereço da empresa proprietária (consumidor final);
- Endereço da empresa proprietária;
- Lote ou Número individual do EPI (fabricante);
- Código/Número interno adotado pela empresa proprietária (consumidor final);
- Data de compra do EPI;
- Ano de fabricação do EPI;
- Data da primeira utilização do EPI;
- Alertas de segurança e observações sobre o EPI;
- Itens de inspeção do EPI e seus acessórios;
- Comentários e/ou recomendações de manutenção e/ou higienização e/ou descarte do EPI;
- Data de realização da inspeção do EPI;
- Data da próxima inspeção do EPI;
- Nome do inspetor ou empresa de inspeção e endereço.

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Para cada EPI avaliado, seja têxtil ou metálico, o formulário de inspeção deverá apresentar algum tipo de
critério para seus resultados. Na metodologia TASK, adotamos um código de cores para identificar o resultado
atribuído pela avaliação, que, ao seu final, significa:

RESULTADO COR O QUE SIGNIFICA?


COMPONENTE APROVADO PARA USO (QUANDO NOVO) OU AINDA EM BOAS CONDIÇÕES PARA USO (QUANDO
USADO) SEM APRESENTAR DEFEITOS OU NÃO CONFORMIDADES QUE COMPROMETAM A SUA INTEGRIDADE, O
APROVADO VERDE
SEU FUNCIONAMENTO CORRETO E A SEGURANÇA DO USUÁRIO DURANTE SUA UTILIZAÇÃO, DE ACORDO COM AS
INSTRUÇÕES DO FABRICANTE, NORMAS APLICÁVEIS, MELHOR DOUTRINA E RECOMENDAÇÕES DA TASK.

COMPONENTE NÃO LIBERADO PARA USO APRESENTANDO NÃO CONFORMIDADES DE NATUREZA LEVE OU
NECESSIDADE DE HIGIENIZAÇÃO, MANUTENÇÃO PREDITIVA OU CORRETIVA DE SEUS ELEMENTOS OU
SUBSISTEMAS, OU APRESENTANDO INDÍCIOS DE DEFEITOS OU NÃO CONFORMIDADES DE NATUREZA GRAVE, DE
QUARENTENA AMARELO
ACORDO COM AS INSTRUÇÕES DO FABRICANTE, NORMAS APLICÁVEIS, MELHOR DOUTRINA E RECOMENDAÇÕES
DA TASK. CASO SEJA NECESSÁRIO REVISÃO COMPLETA DE COMPONENTES OU REPAROS, O EQUIPAMENTO
DEVERÁ SER ENVIADO AO SEU FABRICANTE.

COMPONENTE REPROVADO PARA USO APRESENTANDO EVIDÊNCIAS DE QUEDAS, DEFEITOS OU NÃO


CONFORMIDADES DE NATUREZA GRAVE QUE POSSAM COLOCAR EM RISCO À SEGURANÇA DOS SEUS USUÁRIOS
REPROVADO VERMELHO
DURANTE A SUA UTILIZAÇÃO, DE ACORDO COM AS INSTRUÇÕES DO FABRICANTE, NORMAS APLICÁVEIS, MELHOR
DOUTRINA E RECOMENDAÇÕES DA TASK.

13.2 FORMULÁRIO DE HISTÓRICO DE USO DO EPI

A ficha de histórico tem o objetivo de identificar o nome dos usuários do EPI, período em que foi utilizado e as
condições em que foi utilizado.

As seguintes informações devem constar nessa ficha:


- Nome e modelo do EPI;
- Lote/Número individual do EPI fabricante);
- Código/Número interno adotado pela empresa proprietária (consumidor final);
- Data de compra do EPI;
- Ano de fabricação do EPI;
- Data da primeira utilização;
- Data em que está sendo retirado o EPI para uso;
- Duração do uso do EPI em campo;
- Responsável pela utilização do EPI (usuário);
- Local de utilização do EPI;
- Comentários ou observações.

Ao final do presente manual poderão ser encontrados os modelos de formulários de inspeção de


equipamentos específicos para cada modelo de equipamento.

Além das fichas de inspeção e de histórico do EPI os demais documentos devem acompanhar o equipamento a
nota fiscal de compra (ou ordem de compra) e o manual técnico do equipamento.

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14 TIPOS DE INSPEÇÃO
No Brasil, os tipos de inspeção conforme a NR-35 são: de aquisição, rotineira e periódica. Existe ainda um
quarto tipo de inspeção que poderá ser realizada por exigência de norma técnica específica do equipamento ou
por exigência da garantia técnica do fabricante.

14.1 INSPEÇÃO DE AQUISIÇÃO

Esta inspeção é realizada para o EPI novo, recém-adquirido que ainda não deu entrada no inventário do
estoque e nem recebeu um código de marcação interno ou de controle de inventário do consumidor final. Nas
inspeções de aquisição é realizada uma análise completa e detalhada do produto e de seus acessórios, bem
como é realizado um teste funcional do mesmo para que sejam verificados possíveis defeitos de fábrica no
equipamento.

Caso seja verificado um defeito de fábrica no equipamento, o mesmo deverá ser colocado em quarentena até
que sua situação seja resolvida junto ao respectivo fabricante, podendo ser reparado ou substituído.

Essa inspeção deverá ser realizada por um inspetor competente capacitado indicado ou contratado para
conduzir os programas de inspeção periódica determinados pelo fabricante e procedimentado pelo
consumidor final.

14.2 INSPEÇÃO ROTINEIRA

É uma inspeção de pré-uso, a nível visual com relação a falhas óbvias, danos ou funcionamento correta do
equipamento. Essa inspeção é realizada pelo próprio usuário do EPI através de uma simples lista de verificação
de pontos importantes a serem checados no equipamento antes de cada vez que ele for utilizado.

14.3 INSPEÇÃO PERIÓDICA

É uma inspeção mais detalhada realizada de acordo com a legislação específica e com base nas orientações do
fabricante. Nessa inspeção são verificadas todas as partes de um equipamento (têxteis e metálicas) e seus
acessórios. Também realizamos um teste funcional do equipamento e seus componentes, verificamos a sua
obsolescência (vida útil), a manutenção de sua certificação e desgaste provocados por uso intenso, mal uso,
condições adversas de transporte guarda e, ainda, a necessidade de manutenção e higienização.

Para as inspeções periódicas deverá ser adotado um padrão de periodicidade para sua execução. No Brasil não
encontramos uma referência para os intervalos de inspeção para os EPIs de proteção contra quedas
empregados nos trabalhos em altura. Somente encontramos uma periodicidade estabelecida no Anexo-I –
Acesso Por cordas da NR-35 aplicáveis aos EPI’s e demais equipamentos empregados nessa técnica específica
de trabalho em altura. Para os equipamentos de acesso por corda deverão ser realizadas inspeções periódicas
a cada 6 meses. Recomendamos que para os equipamentos de resgate também seja seguida essa
periodicidade.

Para os equipamentos de uso geral, poderão ser adotados outros intervalos entre as inspeções periódicas.
Esses intervalos deverão ser determinados pela análise de risco dos trabalhos em altura que se realiza com o
emprego desses equipamentos, em face das condições de uso, intempéries, contaminantes presentes na
atmosfera, forma como são acondicionados e o próprio ambiente de trabalho. Esse período poderá até ser
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menor ou maior do que os 6 meses preconizados para os equipamentos de acesso por corda. Todavia,
recomendamos que esse intervalo nunca seja superior a 12 meses.

Caso o intervalo seja (adotar a que prever o menor espaço de tempo). O mais recomendado é que essas
inspeções sejam realizadas a cada 3 meses.

Essa inspeção também deverá ser realizada por um inspetor competente capacitado para conduzir os
programas de inspeção periódica determinados pelo fabricante e procedimentado pelo consumidor final.

14.4 INSPEÇÃO DE FÁBRICA


Inspeção especial que deverá ser realizada a cada intervalo de uso estabelecido pelo fabricante do
equipamento ou pela normativa específica do equipamento sem uma periodicidade previamente estabelecida.
Também poderá ser realizada compulsoriamente por uma periodicidade pré-determinada (anual, a cada 2
anos, etc.).

A inspeção de fábrica ou especial também é realizada quando é necessário algum reparo no equipamento em
virtude de uma sobrecarga não prevista, um mal funcionamento ou em razão de alguma suspeita de mal
funcionamento que precisa ser investigada pelo fabricante, importador ou seu representante técnico. Caso o
EPI que sofra algum dano, ou seja, utilizado para reter uma queda possa ser reutilizado com base em alguma
previsão de norma técnica nacional ou, na sua ausência, em norma internacional aplicável, o seu reparo ou
recondicionamento deverá ser realizado também pelo próprio fabricante, importador ou seu representante
técnico.

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15 COMPOSIÇÃO DOS EPI’S


Os EPI’s metálicos ou têxteis são constituídos de diferentes materiais e, em muitos casos, são compostos por
mais de um material.

15.1 EQUIPAMENTOS METÁLICOS

Os produtos metálicos, em sua maioria, são constituídos de aço (mistura de ferro + carbono), inox (mistura de
ferro + carbono + cromo), titânio ou alumínio.

Aço Inoxidável: É o aço de melhor qualidade e resistência e, por isso, o mais indicado para os equipamentos
metálicos. Em seu processo de fabricação é empregado principalmente o ferro com uma pequena mistura de
cromo e níquel e de outros elementos, como por exemplo, carbono, titânio, nióbio, silício, fósforo, fósforo, etc.
A composição química e as características próprias do níquel e, principalmente do cromo conferem ao aço
inoxidável uma coloração prateada e, sobretudo com uma elevada resistência mecânica e à corrosão, que
podem variar em função da porcentagem de cada um dos materiais empregados na sua fabricação. O cromo é
o elemento responsável pela formação de uma película protetora do material, produzida quando este está
exposto a um ambiente oxidante (própria atmosfera que contém o oxigênio). Esse fenômeno de reação à
oxidação é conhecido por passivação.
Aço Carbono: Também muito empregado esse material costuma se apresentar nos equipamentos mais
comuns e baratos no mercado. Em geral apresentam uma resistência desejável, porém são mais suscetíveis aos
efeitos da corrosão. Durante sua produção a partir da matéria base que é o ferro são adicionados percentuais
diferentes de elementos de liga que serão responsáveis pela dureza do aço. O carbono é o principal elemento
endurecedor em relação ao ferro para constituir o aço normalmente chamado de aço carbono. A qualidade, a
resistência e a aplicação do aço carbono estão relacionadas à quantidade de carbono que é aplicado em sua
fabricação. Geralmente o aço carbono com baixo teor de carbono (aço de baixa aeração) utiliza um teor menor
de carbono em sua composição e acrescenta outros elementos como o cromo o níquel e o cobre. Possui uma
melhor resistência à corrosão, porém perde um pouco de sua resistência mecânica.
Alumínio: É possível utilizarmos equipamentos de alumínio em algumas situações. Por exemplo, os talabartes
de progressão e retenção de queda possuem conectores do tipo gancho que são fabricados em ligas especiais
de alumínio. Embora os mosquetões de alumínio sejam normatizados pela EN 12.275 como equipamentos
esportivos, o alumínio é muito utilizado em partes dos demais equipamentos, como por exemplo, os
descensores e bloqueadores empregados nas técnicas de acesso por cordas e operações de resgate. O alumínio
é produzido a partir da bauxita de onde se extrai o óxido de alumínio. No seu processo de fabricação também é
acrescido o carbono como elemento endurecedor. Uma de suas vantagens é a sua leveza. O alumínio possui a
densidade de 1/3 da do aço. Outra grande vantagem sua é a grande resistência à corrosão por aeração, pois
normalmente recebem uma cobertura polida ou anodizada. Isto se deve ao fato do processo de anodização
através de um banho em ácidos e exposição à corrente elétrica que tem a tem a propriedade de criar de forma
controlada uma camada de óxido de alumínio transparente sobre a superfície do alumínio tornando-o mais
durável e resistente à corrosão. Todavia, o alumínio é muito sensível à corrosão por eletrólise, e deforma-se
com maior facilidade quando submetido às grandes cargas de torções.

Os processos de tratamento dos produtos metálicos mais comuns são a anodização e a galvanização.

A anodização é o processo de criar um filme de óxido sobre certos metais por meio da imersão em um banho
eletrolítico. O objetivo da anodização é criar uma camada decorativa e protetora que torna a superfície

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agradável à visão, impermeável e resistente à corrosão atmosférica, intempéries, abrasão e às agressões


químicas, tornando assim, o equipamento mais durável.

Já a galvanização é todo o processo de galvanoplastia em que metais são revestidos por outros mais nobres,
sendo o zinco o mais utilizado, geralmente com o propósito de proteger o equipamento da corrosão.

15.2 EQUIPAMENTOS TÊXTEIS

Os equipamentos têxteis são fabricados com base em diferentes fibras sintéticas de acordo com a sua
especificação para uso. Com a revolução dos polímeros na indústria química, foram desenvolvidas inúmeras
fibras sintéticas com elevada capacidade mecânica, destacando-se inicialmente a Poliamida (Nylon), o Poliéster
e o Polipropileno. As fibras sintéticas possuem uma maior longevidade, não apodrecem e possuem uma maior
quantidade de atributos de resistência, dependendo do tipo de material utilizado na sua fabricação.

A matéria prima têxtil mais utilizada na construção de cordas e equipamentos têxteis é o Nylon®, nome
comercial da fibra de Poliamida desenvolvida pelo fabricante Dupont no final da década de 1930. A Poliamida
se constitui na fibra sintética mais versátil em termos de flexibilidade, alongamento e resistência para as
operações verticais que empregam técnicas de trabalhos em altura, acesso por cordas ou operações de resgate
técnico. Comparando-se peso a peso, a poliamida chega a ser 5 vezes mais forte do que um cabo de aço. Isso
ocorre porque a sua estrutura molecular possibilita a produção de fibras muito largas e contínuas que, pela
disposição torcida, permitem maior elasticidade sem perder resistência estática (sua elasticidade fica entre 10
a 30%). Equipamentos em Poliamida possuem uma durabilidade maior, pois não apodrecem com o mofo,
fungos ou bactérias. Todavia, a Poliamida possui em suas características a possibilidade de absorção da água,
quando molhada. Por exemplo, uma corda em Poliamida, quando molhada, perde de 10 a 20% da capacidade
de carga. Isso faz com que ela fique mais pesada e aumente o seu diâmetro (fica inchada). Porém é um efeito
reversível, pois quando ficam secas voltam as suas propriedades naturais.

As fibras de Poliamida mais utilizada na fabricação de cordas e equipamentos têxteis são o Nylon® 6,6 e o
Nylon® 6 (também conhecido como Perlon). Os equipamentos têxteis em Poliamida se degradam quando
expostas aos raios ultravioletas. O mesmo ocorre com temperaturas elevadas. Suas fibras se mantém estáveis
quando trabalham com temperaturas de até 100°C. O ponto de fusão do Nylon® 6,6 é de 250 °C, enquanto que
o Nylon® 6 possui um ponto de fusão de 190°C.

O Poliéster é uma fibra criada quase que simultaneamente ao Nylon®. Foi criada pelo fabricante Imperial
Chemical Industries em 1941 e recebeu o nome de Terylene®. No ano de 1946 a Dupont adquiriu a patente e
desenvolveu uma fibra similar que recebeu o nome comercial de Dacron®. A partir do ano de 1953 o Poliéster
começou a ser introduzido na fabricação de cordas e demais equipamentos. Essa fibra possui praticamente os
mesmos atributos do Nylon®, mas com características bem diferentes, já que suas fibras são mais pesadas e
menos resistentes em 15%.

As vantagens estão na capacidade de carga e abrasão quando comparado ao Nylon. O Poliéster possui baixa
capacidade de absorção de carga de choque. É uma fibra menos elástica do que o Nylon®. A sua absorção de
água é mínima e tem boa resistência à exposição de raios ultravioleta. O Ponto de fusão é 260 °C, temperatura
que pode ser atingida facilmente em descidas muitos rápidas. Muitas cordas disponíveis possuem a capa de
Poliéster e o núcleo de poliamida. Nesses casos, a alma promove uma alta capacidade de carga de choque
enquanto a capa de poliéster garante proteção contra raios UV.

O Polipropileno e o Polietileno são fibras sintéticas que possuem quase as mesmas características. O Polietileno
foi criado em 1933 e o polipropileno um pouco mais tarde, em 1954. São fibras que possuem como
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característica principal a fabricação de cordas com capacidade de flutuabilidade, pois não absorvem a água.
Porém, suas fibras são 60% mais frágeis que o Nylon®. São altamente resistentes a ácidos e produtos químicos,
porém, frágeis em relação à exposição à radiação UV. Pela sua capacidade de flutuar essas cordas são mais
usadas em resgates aquáticos. Para construção de Equipamentos de Proteção Individual, é proibido a utilização
de polietileno.

No início da década de 1970 começaram a ser desenvolvidos alguns polímeros de altíssima resistência
mecânica. Essas fibras derivadas de uma Poliamida de alto módulo de resistência (HMP – High Modulus
Polyamide), também chamadas de Aramida essas fibras se destacam por serem leves, resistente ao calor e
cinco vezes mais resistente que o aço se comparando por unidade de peso. Deram origem a produtos, como
por exemplo, o Kevlar® desenvolvido pelo fabricante Dupont em 1973, o Twaron® desenvolvido pelo fabricante
Acordis em 1978 e o Technora® desenvolvido pelo fabricante Tenjin. Esses equipamentos possuem alta
capacidade de carga, porém, baixa resistência à abrasão. O Kevlar apresenta uma elasticidade muito inferior a
Poliamida e o Poliéster, por isso produzem equipamentos mais rígidos e com baixa absorção de choque. Sua
maior vantagem está na sua grande resistência quando exposta a fontes de calor. O Kevlar possui ponto de
fusão superior a 420°C. É um material mais utilizado na construção de capas de cordas ou para equipamentos a
serem utilizados em trabalhos a quente ou em locais com desenvolvimento de altas temperaturas.

Technora® é uma variação de fibra aramídica adicionada de copolímeros com grande carga de resistência
estática (comparando-se peso a peso é 8 vezes mais forte do que um cabo de aço). Uma corda de 8 mm de
Technora pode ter uma carga de resistência de 19 kN. Possui resistência a alguns produtos corrosivos e água
salgada, porém possui uma resistência a radiação UV apenas moderada. O seu ponto de fusão é de 500°C. É
mais utilizada nas operações de evacuação e escape de locais sujeitos a incêndios.

Na mesma época do surgimento das fibras aramídica surgiram às fibras de Polietileno de módulo (HMPE – High
Modulus Polyethylene). Deram origem ao Spectra® desenvolvido pelo fabricante Allied Signal em 1975 e ao
Dyneema® desenvolvido pelo fabricante DSM da Holanda que em cooperação com a Toyobo do Japão em
1979. O Spectra® é uma das mais fortes e leves fibras do mundo, e comparando-se peso a peso é 10 vezes mais
forte que o aço e 40% mais resistente que as aramidas. O Dyneema® é fabricado com uma tecnologia chamada
“Gel Spinning Technology method” produz uma “super fibra” muito leve e de resistência extremamente alta,
excelente resistência à abrasão e baixo coeficiente de fricção (é um material muito escorregadio). Totalmente
estática, não pode ser utilizada em operações em que exista a possibilidade de um fator de queda, por menor
que seja devido sua absorção de choque ser praticamente nula. É encontrada em diâmetros de até 6 mm, sua
carga de ruptura é 15 vezes superior ao cabo de aço (comparando-se peso a peso). É resistente à abrasão,
radiação UV e possui capacidade de flutuabilidade. É mais utilizada na fabricação de cordins de 5,5mm com
capacidade de 1.800 Kgf e anéis de fitas para ancoragens em estruturas ou superfícies abrasivas.
Mais recentemente foram desenvolvidos a partir do Poliéster polímeros multifilamentados termoplástico de
alta performance. O Vectran® é uma fibra desenvolvida pelo fabricante Hoechst Celanese em 1990 a partir do
Vectra®, um Poliéster aromático de cristal líquido (LCAP – Liquid Crystal Aromatic Polyester). Vectran® é a única
fibra de LCAP comercialmente disponível no mundo. É bastante similar a Aramida, pois possui um ponto de
fusão alto, cerca de 330°C. Porém, possui uma resistência à abrasão dez vezes superior à Aramida. É um
material que também apresenta uma baixa elasticidade, embora possua boa maleabilidade apropriada para
montagem de nós. Todavia, apresenta baixa resistência à radiação UV.

De uma forma resumida a tabela abaixo fornece as propriedades principais das fibras artificiais utilizadas na
fabricação de equipamentos de proteção individual têxteis:

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POLIAMIDA
PROPRIEDADE POLIESTER HMPE ARAMIDA VECTRAN
6 6.6

PONTO DE FUSÃO 195-230 235-260 230-260 145-160 330-450 330

ABSORÇÃO DE
4,5% 0,4% 0 0 0
HUMIDADE

PERDA DE RESISTENCIA
10-20% 0 < 0,05% 0 0
QUANDO MOLHADO

DURAÇÃO DE SUA
EXCELENTE MUITO BOA BOA BAIXA BOA
FLEXIBILIDADE

RESISTÊNCIA UV BAIXA BOA BAIXA BOA BAIXA BOA

DENSIDADE G/CM³ 1,12 1,14 1,38 0,95 1,45 1,4

ALONGAMENTO 20% 13% 3,5% < 3% 3,5%

FLUTUA NA ÁGUA NÃO NÃO SIM NÃO NÃO

RESISTÊNCIA A
EXCELENTE EXCELENTE EXCELENTE BAIXA BOA
ABRASÃO

Todos os equipamentos, sejam metálicos ou têxteis, possuem um limite de temperatura nas condições de uso
para um desempenho seguro. Normalmente, um padrão geral de limite de temperatura é de – 40°C até + 80°C.
Porém, já foram verificados alguns casos que em temperaturas de + 50°C alguns materiais demonstram alguma
deformação nessas condições.

Qualquer exposição de equipamentos têxteis às substâncias químicas terá a possibilidade de provocar danos
críticos ao equipamento. Normalmente, os efeitos dos danos poderão levar horas, dias, semanas, meses ou até
alguns poucos anos para se tornarem em um dano severo capaz de provocar um grave acidente envolvendo a
equipe de resgate. Ainda que tenhamos cuidados com manutenção e higienização é muito difícil ter uma ideia
precisa de quanto um equipamento perde de resistência ao ser exposto a um produto químico ou quanto
tempo será sua durabilidade quando exposto continuamente a um ambiente agressivo. Porém, apesar das
dificuldades é importante que sejam conhecidos os principais efeitos das substancias químicas mais comuns
sobre os equipamentos têxteis para que sejam estabelecidos cuidados especiais e procedimentos formais para
controle, manutenção, higienização, substituição e descarte de equipamentos pelas equipes de resgate, sob a
forma de um sistema de gestão e inspeções periódicas de todos os EPI’s.

Quanto à exposição a produtos químicos é importante conhecer a composição da corda (o mesmo se aplica aos
demais materiais têxteis) e consultar os fabricantes acerca das propriedades de cada equipamento. Como
forma de consulta abaixo segue uma tabela resumida sobre a resistência das fibras sintéticas mais utilizadas na
fabricação de cordas quando expostas aos ambientes e substâncias químicas mais comuns.
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RESULTADO POLIAMIDA POLIÉSTER POLIPROPILENO HMPE ARAMIDA


(CONDIÇÃO AMBIENTAL DE VECTRAN
EXPOSIÇÃO)
4 DÍAS A 21 HS A 6 MESES A
20°C 60°C 20°C 60°C 6 MESES 21°C 21°C
20°C 70°C 20°C
ÁCIDO ACÉTICO 10% L L I I I L I I I - I

ÁCIDO ACÉTICO 50% L C I I I L I L L -


ÁCIDO CLORÍDRICO 2% L C L L I I I L C C L

ÁCIDO CLORÍDRICO 10% C C L L I I I C D - C

ÁCIDO CLORÍDRICO 30% D D L C I I I D D -

ÁCIDO CRÔMICO 1% D D L C L L C - - -

ÁCIDO CRÓMICO 10% - - - - - L - C - -

ÁCIDO CRÓMICO 10% D D C C L L D - - -

ÁCIDO FÓRMICO 40% - - - - - - - L - -

ÁCIDO FÓRMICO 75% - - I L - - I I - -

ÁCIDO FLUORÍDRICO 2% D D I L I I L I L -

ÁCIDO FLUORÍDRICO 10% D D D D I I I I C

ÁCIDO FLUORÍDRICO 20% D D D D I I I D D -

ÁCIDO FOSFÓRICO 25% D D L C I - I I I

ÁCIDO FOSFÓRICO 50% D D C D I - I L L

ÁCIDO LÁTICO 20% L C I I I I I - -

ÁCIDO NÍTRICO 10% D D I L I L I C C C L

ÁCIDO NÍTRICO 50% D D L C C D I D D -

ÁCIDO NÍTRICO 70% D D C D - D C C 24H D -

ÁCIDO SULFÚRICO 10% C D L C I I I L C - I

ÁCIDO SULFÚRICO 50% C D L C I L L D D - L

ACETONA I I L C I L I I I -

AMONÍACO (GÁS) - - L C I I I - - -

SOLUÇÃO DE AMONÍACO 10% L L C C I I I I I L

SOLUÇÃO DE AMONÍACO 25% C C C C I I I I I -

ÁGUARRÁS I I I I C C I - - - -

ÁGUA CLORADA I L I I I L C - - - I

ÁGUA SALGADA I L I L I I I L C - I

BENZENO I I I L - C I I I -

BROMO - - L C C D L - - -

CLORO D D - - D D C - - -

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RESULTADO POLIAMIDA POLIÉSTER POLIPROPILENO HMPE ARAMIDA


(CONDIÇÃO AMBIENTAL DE VECTRAN
EXPOSIÇÃO)
4 DÍAS A 21 HS A 6 MESES A
20°C 60°C 20°C 60°C 6 MESES 21°C 21°C
20°C 70°C 20°C
CLOROFORMIO L L L L C D I L C -

DIÓXIDO DE CARBONO L L I I I I I - - - I

DIÓXIDO DE AZUFRE D D L C I I - - - -

ÉTER ETÍLICO I - I - L - I - - - I

ETILENO GLICOL I - I - I I I - - -

FENOL 5% C D L C C - - I - -

GLICERINA I I I I I I I - - -

HIDRÓXIDO DE SÓDIO 10% I I L C I I L L C C I

HIDRÓXIDO DE SÓDIO 50% L C D D I I - - - -

HIPOCLORITO DE CÁLCIO 20% D D L L L L L - - -

HIPOCLORITO DE SÓDIO 5% - - I I - - - D - -
1000h

METANOL I L I I I I I L L -

METILETILCETONA I - I - I C I I I -

NAFTALINA I - I L I I I I I I

NITROBENZENO C D D D L - I - - -

ÓLEO ISOLANTE I I I I I C I I I -

ÓLEO LUBRIFICANTE I I I I I L I - - -

PERÓXIDO DE HIDROGÊNO 1% C D I I I I L - - -

PERÓXIDO DE HIDROGENO 3% D D L C I L L - - -

PETRÓLEO - - - - - C I - - - -

QUEROSENE - - - - L D I I I I

QAV I I I I L C I I I I I

SILICONA I I I I I I I - - -

SULFATO DE HIDROGENO I L L L I I - - - -

TOLUENO I I I I - C I I I L

TREICLOROETILENO I I I I - C I I I -

XILENO I I I I C C I - - -

I: EFEITOS INSIGNIFICANTES / L: EFEITOS LIMITADOS / C: EFEITOS CONSIDERABLES / D: DISOLVE

OBS 1: OS TESTES PARA POLIAMIDA E POLIÉSTER NÃO POSSUEM DURAÇÃO CONHECIDA.

OBS 2: OS TESTES PARA HMPE NÃO POSSUEM INFORMAÇÃO SOBRE A TEMPERATURA DO AMBIENTE (PROVAVELMENTE 20°C).

OBS 3: AINDA NÃO SE POSSUÍA INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS SOBRE O VECTRAN NA ÉPOCA DOS TESTES.

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16 ITENS DE VERIFICAÇÃO NOS EPI’S


O inspetor qualificado deve ser capaz de reconhecer sinais ou sintomas de problemas com os equipamentos
que afetam a sua integridade ou comprometam a sua segurança durante o seu uso.

Sinais: Deve ser investigada visualmente qualquer anormalidade no equipamento. O mais correto é sempre
comparar o equipamento com outro equipamento idêntico novo.

Sintomas: Diante de qualquer informação, reclamação ou identificação de mau funcionamento do


equipamento deve ser verificada seu histórico de uso e seu histórico de inspeção.

Identificados sinais e sintomas de problemas com os equipamentos, também se torna necessário que o
inspetor conheça que tipos de defeitos o equipamento pode apresentar. Defeitos em equipamentos diferentes
apresentam diferentes implicações, logo não podemos generalizar os defeitos, é preciso conhecer de forma
específica e aprofundada o projeto de cada equipamento e material do qual cada um deles é constituído.

As avaliações são, sobretudo, inspeções visuais, táteis, funcionais, comparativas e documentais, onde são
observados, no mínimo, os seguintes elementos:

EQUIPAMENTOS METÁLICOS EQUIPAMENTOS TÊXTEIS


CONECTORES, ARGOLAS, FIVELAS, TRAVAQUEDA DESLIZANTES, CINTO PARAQUEDISTA, TALABARTES (CINTAS), ABSORVEDORES DE
POLIAS, DESCENSORES, BLOQUEADORES, ASSEGURADORES, FREIOS, ENERGIA, CORDAS, CORDINS, ANÉIS DE FITA, CINTAS OU FITAS,
PLACAS DE ANCORAGENS, OLHAIS DE ANCORAGEM. CAPACETES.
- MARCAÇÃO DO EQUIPAMENTO;
- MARCAÇÃO DO EQUIPAMENTO;
- ESTADO DOS ASSESSÓRIOS;
- DESGASTE EXCESSIVO;
- DESGASTE EXCESSIVO;
- DEFORMAÇÕES;
- MARCAS, MANCHAS OU DESCOLORAÇÃO;
- MARCAS, TRINCAS OU FISSURAS;
- DEFORMAÇÕES OU ESTIRAMENTOS;
- IMPACTOS;
- QUEIMADURAS;
- CORROSÃO;
- CORTES OU RASGOS;
- CONTAMINAÇÕES QUÍMICAS;
- ENFRAQUECIMENTO POR EXPOSIÇÃO À RAIOS UV;
- SUJEIRAS;
- CONTAMINAÇÕES QUÍMICAS;
- FALHAS NO FUNCIONAMENTO;
- SUJEIRAS;
- EXPIRAÇÃO DE SUA VIDA ÚTIL;
- EXPIRAÇÃO DE SUA VIDA ÚTIL;
- DOCUMENTAÇÃO / CERTIFICAÇÃO / APROVAÇÃO.
- DOCUMENTAÇÃO / CERTIFICAÇÃO / APROVAÇÃO.

Todas as inspeções, independentemente do tipo, devem ter os seus resultados registrados nos formulários de
inspeção, tanto para os equipamentos aprovados, como para aqueles reprovados.

A NR-35 determina que os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que apresentarem defeitos, degradação,
deformações ou sofrerem impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, exceto quando sua
restauração for prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas internacionais.

16.1 CREDIBILIDADE DA INSPEÇÃO

Nunca deverão ser emitidos resultados ou pareceres sem que o inspetor tenha o equipamento em suas mãos.
Tampouco adianta inspecionar um equipamento se você não relatar ou demonstrar formalmente que isso foi
feito. Tudo deve ser registrado. Se não foi registrado, não houve inspeção alguma!

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As inspeções são essencialmente visuais, táteis e funcionais. Alguns equipamentos poderão parecer,
visualmente, que se encontram em boas condições, porém, quando submetidos a um teste de funcionamento
poderão revelar um perigo potencial que jamais seria identificado numa inspeção unicamente visual.

Portanto, é importante reforçar a necessidade de se ter uma efetiva gestão dos equipamentos, a manutenção
dos registros (formulários de inspeção) e descarte de itens condenados.

Passamos aqui algumas informações sobre os pontos necessários de inspeção dos equipamentos mais
conhecidos.

16.2 MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA AS INSPEÇÕES

Quais materiais poderemos contar para as inspeções, já que elas são meramente táteis, visuais ou
comparativas e funcionais?

Um inspetor competente está habilitado a realizar inspeções detalhadas, mas não lhe será atribuída à
responsabilidade para efetuar reparos no equipamento. Se tiver a possibilidade de reparos, serão estes reparos
simples e limitados onde não sejam necessárias ferramentas especiais ou necessárias à desmontagem e
remontagem do equipamento.

Portanto, para levar a cabo as suas inspeções, os inspetores poderão contar com alguns acessórios para
facilitar a execução de suas análises. Embora sejam ferramentas muito comuns, algumas delas chegam a ser
essenciais para uma inspeção executada com uma reconhecida qualidade.

Recomendamos que os inspetores tenham sempre em mãos um kit de inspeção que poderá apresentar os
seguintes itens:
- Outro equipamento idêntico, novo e sem uso para comparação;
- Lupa;
- Máquina fotográfica;
- Lixas do tipo leve para metais;
- Escovas macias em nylon;
- Paquímetro;
- Fita métrica;
- Instrumento elétrico para corte ou acabamento a quente;
- Boa iluminação no local de inspeção e uma lanterna, de preferência de cabeça ou capacete;
- Formulário de inspeção e os formulários anteriores;
- Histórico de uso do equipamento e contato dos usuários;
- Um local adequado e ergonômico.

16.3 CONECTORES

Os seguintes itens de inspeção se aplicam aos mosquetões de aço ou alumínio e aos conectores do tipo
gancho:
- Marcação individual (fábrica)
- Marcação interna (cliente);
- Verificação visual do equipamento;
- Verificação de deformações, fissuras ou sulcos;
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- Verificação de desgastes excessivos;


- Verificação de traços de corrosão;
- Verificação de impurezas ou contaminantes;
- Verificação das partes do equipamento: nariz, dente, rebites, mola e rosca-trava;
- Verificação do alinhamento do corpo do equipamento e do sistema de fechamento com a trava;
- Verificar o funcionamento correto do equipamento: retorno da mola e o seu sistema de travamento;
- Analisar as informações da ficha de histórico do equipamento sobre ocorrências e as condições em que
foi utilizado da última vez;
- Limpeza com água morna, escova, sabão neutro e, se necessário lubrifique com óleo de silicone o eixo
e a mola.

16.4 DESCENSORES

Os seguintes itens de inspeção se aplicam aos descensores de placas móveis e com alavancas de operação:
- Marcação individual (fábrica)
- Marcação interna (cliente);
- Verificação visual do equipamento;
- Verificação das placas laterais fixas ou móveis, tanto na parte interna como na externa;
- Verificação de deformações, fissuras ou sulcos;
- Verificação de desgaste excessivo das placas, das polias e das áreas de atrito do equipamento;
- Verificação de traços de corrosão;
- Verificação dos eixos, pinos, rebites e olhais (orifícios) de conexão;
- Verificação da alavanca (manopla) e o seu alinhamento com a placa lateral;
- Verificação da mola de retorno da alavanca;
- Verificação do estado da patilha e de seu funcionamento (retorno);
- Verificação da abertura e fechamento da placa lateral móvel conjugada com a patilha;
- Analisar as informações da ficha de histórico do equipamento sobre ocorrências e as condições em que
foi utilizado da última vez;
- Limpeza com água morna, escova, sabão neutro e, se necessário, lubrifique com óleo de silicone o eixo
e a mola. Limpe as áreas de atrito com um pano (remover excessos de óleo);
- Teste operacional do equipamento na corda.

16.5 TRAVA QUEDAS DESLIZANTES

Os seguintes itens de inspeção se aplicam aos trava quedas guiados deslizantes para cordas ou cabos de aço:
- Marcação individual (fábrica)
- Marcação interna (cliente);
- Verificação visual do equipamento;
- Verificação das placas laterais fixas ou móveis, tanto na parte interna como na externa;
- Verificação de deformações, fissuras ou sulcos;
- Verificação de desgaste excessivo das placas e das áreas de atrito do equipamento;
- Verificação de traços de corrosão;
- Verificação dos eixos, rebites e olhais (orifícios) de conexão;
- Verificação do seu sistema de travamento;
- Verificação da mola de retorno;
- Verificação das partes têxteis conforme recomendações de inspeção para esse tipo de material;
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- Para trava quedas modelo ASAP Petzl, verificar o funcionamento de sua roldana e o estado dos seus
dentes;
- Analisar as informações da ficha de histórico do equipamento sobre ocorrências e as condições em que
foi utilizado da última vez;
- Limpeza com água morna, escova, sabão neutro e, se necessário lubrifique com óleo de silicone o eixo
e a mola. Limpe as áreas de atrito com um pano (remover excessos de óleo);
- Teste operacional do equipamento na corda ou cabo de aço.

16.6 TRAVA QUEDAS RETRÁTEIS

Os seguintes itens de inspeção se aplicam aos trava quedas guiados deslizantes para cordas ou cabos de aço:
- Marcação individual (fábrica)
- Marcação interna (cliente);
- Verificação visual do equipamento;
- Verificação visual quanto ao seu fechamento (parafusos ou rebites), deformações, fissuras ou corrosão
de seu invólucro;
- Verificação de desgaste excessivo, deformações, desfilamento, dobras ou corrosão, se o modelo utilizar
cabo de aço. Deverá se inspecionada toda a extensão do seu cabo de aço;
- Verificação de desgaste excessivo, deformações, desfilamento, cortes, queimaduras ou contaminação
se o modelo utilizar fitas têxteis. Deverá se inspecionada toda a extensão de sua fita têxtil;
- Verificação do seu sistema de travamento;
- Verificação do seu sistema retrátil;
- Verificação de seus conectores quanto a desgaste excessivo, deformações, impactos, sistema de
abertura/fechamento e corrosão;
- Verificar a validade da data de inspeção de fábrica compulsória.
- Analisar as informações da ficha de histórico do equipamento sobre ocorrências e as condições em que
foi utilizado da última vez;
- Limpeza leve com um pano úmido em seu invólucro, se necessário para os casos de excesso de
sujeiras.

16.7 POLIAS

Os seguintes itens de inspeção se aplicam para as polias simples, duplas, móveis ou bloqueadoras:
- Marcação individual (fábrica)
- Marcação interna (cliente);
- Verificação visual do equipamento;
- Verificação das placas laterais fixas ou móveis, tanto na parte interna como na externa;
- Verificação das roldanas;
- Verificação do came ou dispositivo de bloqueio/desbloqueio;
- Verificação de deformações, fissuras ou sulcos;
- Verificação de desgaste excessivo das placas, das áreas de atrito do equipamento e das roldanas;
- Verificação de traços de corrosão;
- Verificação dos eixos e olhais (orifícios) de conexão;
- Verificação do estado dos dentes para os modelos munidos de came anti-retorno;
- Verificação funcional da roldana, da conexão e da abertura das placas;
- Verificação das condições de rotação dos rolamentos ou bucha da roldana;
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- Para os modelos com sistemas de travamento verificar o fecho e bloqueio correto da placa móvel.
- Analisar as informações da ficha de histórico do equipamento sobre ocorrências e as condições em que
foi utilizado da última vez;
- Limpe com uma escova, água e sabão. Para polias montadas com sistemas de rolamento não é
necessária lubrificação.
- Para polias com sistema de came anti-retorno ou outro tipo de dispositivo de bloqueio automático
fazer o teste operacional em corda.

16.8 ASCENSORES

Os seguintes itens de inspeção se aplicam para os ascensores de punho, ventral ou de pé:


- Marcação individual (fábrica)
- Marcação interna (cliente);
- Verificação visual do equipamento;
- Verificação de deformações, fissuras ou sulcos;
- Verificação de desgaste excessivo na área onde a corda desliza;
- Verificação de traços de corrosão;
- Verificação dos eixos e olhais (orifícios) de conexão;
- Verificação do batente anti-retorno, se houver no modelo em inspeção (pode ser sinal de uma de
queda de fator superior a 1);
- Verificação do estado do mordente e seus dentes;
- Verificação do estado da patilha e de seu retorno;
- Verificação das molas do mordente e da patilha;
- Analisar as informações da ficha de histórico do equipamento sobre ocorrências e as condições em que
foi utilizado da última vez;
- Limpeza com água morna, escova e sabão neutro;
- Teste operacional do equipamento na corda. Verifique se o ascensor desliza facilmente corda acima e
se bloqueia quando é puxado para baixo.

16.9 BLOQUEADORES

Os seguintes itens de inspeção se aplicam para os bloqueadores não dentados:


- Marcação individual (fábrica)
- Marcação interna (cliente);
- Verificação visual do equipamento;
- Verificação de deformações, fissuras ou sulcos;
- Verificação de seus pinos de travamento;
- Verificação de desgaste excessivo na área onde a corda desliza;
- Verificação de traços de corrosão;
- Verificação dos eixos e olhais (orifícios) de conexão;
- Verificação do estado do seu came ou dispositivo de bloqueio;
- Verificação das molas ou mecanismo anti-retorno;
- Analisar as informações da ficha de histórico do equipamento sobre ocorrências e as condições em que
foi utilizado da última vez;
- Limpeza com água morna, escova e sabão neutro;

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- Teste operacional do equipamento na corda. Verifique se o bloqueador desliza facilmente corda acima
e se bloqueia quando é puxado no sentido contrário.

16.10 TALABARTES

Os seguintes itens de inspeção se aplicam para os talabartes simples, duplo, com ou sem absorvedores de
energia:
- Marcação individual (fábrica)
- Marcação interna (cliente);
- Verificação visual do equipamento;
- Verificação do estado das cordas ou das fitas que compões o talabarte;
- Verificação do estado do seu absorvedor de energia (se houver);
- Verificação se existe queimaduras, cortes, costuras puídas, descoloração, contaminações e inspeção
táctil para encontrar pontos endurecidos ou amolecidos;
- Para as partes metálicas do talabarte, como por exemplo, conectores, bloqueadores ou asseguradores
proceder à inspeção conforme recomendações específicas desses itens;
- Verificação da compatibilidade do talabarte com a parte metálica;
- Analisar as informações da ficha de histórico do equipamento sobre ocorrências e as condições em que
foi utilizado da última vez.

16.11 CINTURÃO DE SEGURANÇA

Os seguintes itens de inspeção se aplicam para os cinturões de segurança tipo paraquedistas:


- Marcação individual (fábrica)
- Marcação interna (cliente);
- Verificação visual do equipamento;
- Verificação do estado das fitas com relação a cortes, estiramentos, queimaduras, descolorações,
contaminações, abrasão e desfiamento das costuras;
- Verificação das argolas com relação à corrosão, impactos, sulcos, fissuras e desgastes excessivos;
- Verificação do estado das fivelas de ajuste com relação à corrosão, sulcos, fissuras e do seu sistema de
ajuste;
- Para verificação do tipo de conector instalado no cinto (mosquetão ou maillon) proceder conforme
recomendações de inspeção para conectores;
- Verificação das partes de proteção do cinto se houverem;
- Verificação dos elementos de conforto (acolchoados), das perneiras, das ombreiras, da placa dorsal e a
peça de afastamento das fitas. Termine com os passadores e os porta-materiais;
- Verificação das costuras de suporte e de segurança com relação a fios cortados, distendidos ou
desgastados? As costuras de suporte são por vezes difíceis de diferenciar das costuras de segurança.
Em caso de dúvida peça opinião dum especialista ou faça a verificação como costuras de segurança.
- Analisar as informações da ficha de histórico do equipamento sobre ocorrências e as condições em que
foi utilizado da última vez;
- Limpeza com água morna, escova, sabão neutro. Deixar secar completamente por um período mínimo
de 48h à sombra e em local arejado.

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16.12 CORDAS

Os seguintes itens de inspeção se aplicam para as cordas do tipo semi-estática:


- Marcação interna (cliente);
- Verificação visual do estado da capa com relação a cortes, desgastes por abrasão, queimaduras,
descolorações e contaminações;
- Verificação táctil da alma. Impor sobre todo o comprimento da corda um raio de curvatura regular com
as suas mãos. Faça variar a curva entre os seus dedos para detectar pontos duros, moles ou ângulos
marcados.
- Para cordas preparadas com costuras verificar seu estado com relação a fios cortados, descosidos ou
desgaste excessivo;
- Verificação do comprimento da corda;
- Analisar as informações da ficha de histórico do equipamento sobre ocorrências e as condições em que
foi utilizado da última vez;
- Se necessário, limpeza com água morna, escova, sabão neutro. Deixar secar completamente por um
período mínimo de 48h à sombra e em local arejado.

16.13 CINTAS, FITAS E ANÉIS DE FITA

Os seguintes itens de inspeção se aplicam para os dispositivos têxteis de ancoragens costurados ou não, com
ou sem argolas metálicas:
- Marcação individual (fábrica)
- Marcação interna (cliente);
- Verificação ao longo de toda a fita com relação a cortes, desgaste, estiramentos, queimaduras,
descolorações, contaminações e desfiamento das costuras;
- Se a fita possuir anéis verificar o seu estado com relação à corrosão, sulcos, fissuras, amassos e
desgastes excessivos;
- Verificação das fivelas de ajuste com relação à corrosão, sulcos, fissuras, amassos, desgastes excessivos
e funcionamento de seu sistema de ajuste;
- Analisar as informações da ficha de histórico do equipamento sobre ocorrências e as condições em
que foi utilizado da última vez;
- Se necessário, limpeza com água morna, escova, sabão neutro. Deixar secar completamente por um
período mínimo de 48h à sombra e em local arejado.

16.14 CAPACETE

Os seguintes itens de inspeção se aplicam para os diferentes capacetes empregados nas operações verticais:
- Marcação individual (fábrica)
- Marcação interna (cliente);
- Verificação visual da parte externa e interna do equipamento com relação a fissuras, impactos,
queimaduras, desalinhamento e sinais de contaminação química;
- Verificação da carneira e da jugular com relação à fixação, corte, desgaste ou contaminação;
- Verificação dos sistemas de ajuste da carneira e da jugular;
- Verificação do estado dos clips de fixação das lanternas;

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- Verificação do sistema de fecho da jugular. Alguns modelos de capacete possuem fivelas que devem
abrir entre 15 e 25 kg (capacetes de indústria EN 397) e outros com fivelas que resistem a 50 kg
(capacetes de alpinismo e outros);
- Analisar as informações da ficha de histórico do equipamento sobre ocorrências e as condições em que
foi utilizado da última vez;
- Se necessário, limpeza com água morna, escova, sabão neutro. Deixar secar completamente por um
período mínimo de 48h à sombra e em local arejado;
- É possível fazer marcações nos capacetes com canetas e adesivos apropriados. Devemos evitar pintá-
los ou colar adesivos diversos.

16.15 EQUIPAMENTOS EM QUARENTENA

Pessoa de confiança designada pela empresa deve ser responsável pela guarda dos equipamentos retirados de
uso para serem inspecionados. Geralmente é a mesma pessoa responsável pelo estoque dos EPI’s.

16.16 EQUIPAMENTOS REPROVADOS

Os equipamentos rejeitados devem ser segregados dos equipamentos em condições de uso e guardados em
local específico. Recomenda-se também a sua inutilização de forma que não seja mais possível a sua operação.

Os equipamentos devem ser inutilizados a fim de se evitar a sua indevida reutilização da seguinte forma:
- Cordas e fitas: Devem ser cortadas em pedaços bem pequenos;
- Cintos: Devemos cortar o cinto inteiro;
- Talabartes: Devemos cortar o talabarte inteiro e inutilizar seus conectores;
- Conectores: Devemos danificá-los de forma irreparável;
- Capacete: Devemos retirar seus ajustes e inutilizá-lo.

16.17 DESCARTE DE EQUIPAMENTOS

Após serem considerados reprovados e inutilizados, após a sua baixa, os equipamentos serão descartados. As
empresas devem possuir um procedimento de descarte. É possível que alguns equipamentos rejeitados
também estejam contaminados por produtos químicos perigosos. Uma vez reprovado o equipamento deve ser
imediatamente retirado de serviço.

Antes do serem descartados os equipamentos deverão ser inutilizados de forma definitiva. Para formalização
do descarte do equipamento será necessária a sua baixa através de uma ficha de inspeção definitiva que
considerou o equipamento reprovado. Recomenda-se que sejam anexadas fotos do equipamento para fins de
evidência de sua neutralização.

Para o descarte definitivo dos equipamentos devemos consultar o sistema de gestão para descarte de resíduos
da empresa, a legislação ambiental do país ou a legislação específica do estado.

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17 CUIDADOS ESPECIAIS COM OS EPI’S

Além dos cuidados acima descritos para um gerenciamento correto, os EPI’s precisam de cuidados especiais
com relação ao seu correto acondicionamento, condições de uso e durante a realização das inspeções.

17.1 EQUIPAMENTOS METÁLICOS

Os produtos metálicos, dependendo do uso, apresentam uma durabilidade maior do que os produtos têxteis. A
maior preocupação com os metálicos sempre será a corrosão.

A corrosão é sem dúvida a maior preocupação que deveremos ter com relação aos materiais metálicos
empregados nos EPI’s. Ainda que possam sofrer um desgaste natural pelo uso, pequenas batidas ou arranhões,
a grande maioria dos equipamentos ainda manterá a sua resistência prevista até sofrerem uma possível
ruptura total. Todavia, os efeitos particulares da corrosão poderão ser devastadores para o EPI e, por isso,
resulta ser muito importante conhecermos o seu mecanismo de atuação, as causas que levam o seu
surgimento, suas formas de prevenção e outras medidas as quais deveremos estabelecer para proteção dos
equipamentos de proteção contra queda ou acessórios e demais componentes também metálicos utilizados
nos equipamentos têxteis.

Durante a sua utilização os equipamentos metálicos (mosquetões, descensores, ascensores, polias, argolas,
etc.) poderão receber uma série de forças transmitidas diretamente sobre eles. Poderão receber forças
transmitidas pelo seu movimento normal durante sua utilização, poderão receber forças transmitidas quando
em se opões a algum outro material metálico (torções), poderão receber forças geradas pelo sistema de
ancoragem, poderão receber forças transmitidas pela carga suspensa de pessoas (seja em operações de
trabalho, de resgate ou testes de instalações) ou ainda, poderão receber cargas geradas por uma queda.

Quando submetido a esses diferentes tipos de força, o material metálico poderá passar por momentos
distintos dentro de uma faixa de atuação em zonas. A primeira é a zona de trabalho que corresponde a uma
faixa de cargas em que o material irá suportar normalmente. Se aumentarmos a força aplicada sobre o material
este poderá entrar numa segunda zona de atuação chamada de zona de deformação ou esgotamento, onde
começam a ser observadas imperfeições ou deformações na estrutura do metal. Finalmente, quando
chegamos ao último estágio entramos na zona de destruição onde ocorre a ruptura do material metálico. Essa
faixa de atuação que regula os momentos de resistência do metal poderá ser afetada sensivelmente a partir do
momento em que o material metálico passa a sofrer um ataque corrosivo dos mais variados tipos, que poderá
torna-lo menos resistente e suscetível a provocar graves acidentes.

Define-se corrosão como um ataque ou reação química ou eletroquímica que poderá sofrer um material
metálico num ambiente que produz a deterioração indesejável do material e de suas propriedades, tais como,
resistência mecânica, elasticidade, ductilidade, estética, etc. Em certos casos, quando a corrosão está em níveis
elevados, torna-se impraticável sua remoção, sendo, portanto, a prevenção e o controle as melhores formas de
evitar acidentes com o uso de equipamentos metálicos nos sistemas de proteção contra quedas nos trabalhos
em altura ou operações de resgate vertical.

A forma mais comum de prevenção da corrosão para os materiais metálicos está envolta no próprio processo
construtivo do material metálico, como é o caso do aço inox que se passiva na grande maioria dos meios
corrosivos, especialmente na atmosfera.

Existem muitos tipos de corrosão. Para efeitos de nosso estudo, os tipos de corrosão mais observados nos
materiais metálicos empregados nas atividades de trabalhos em altura ou operações de resgate vertical são:

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CORROSÃO UNIFORME: É a mais comum, também conhecida por corrosão atmosférica. Consiste em uma
camada visível de óxido de ferro pouco aderente que se forma em toda a extensão do perfil. É caracterizada
pela perda uniforme de massa e, consequente, diminuição da secção transversal do equipamento. Ocorre
devido à exposição direta do material metálico a atmosfera ou a um ambiente agressivo ou pela falta de um
sistema protetor aplicado no metal.

CORROSÃO ELETROQUÍMICA: Também chamada de corrosão eletrolítica ou galvânica, ocorre quando


materiais metálicos com potenciais elétricos diferentes entram em contato com a presença de um eletrólito. O
metal mais ativo (com mais potência negativa) transforma-se em um anodo e se corrói, enquanto que o outro
metal se transforma em um catodo e se protege galvanicamente. Esse tipo de corrosão pode ser evitada
quando utilizamos os componentes metálicos similares dentro da mesma série eletromotora. É o que acaba
determinando a incompatibilidade entre os materiais metálicos que não estão dentro da mesma série, como
por exemplo, o aço inox, o aço carbono e o alumínio. Portanto, é sempre oportuno utilizarmos nos sistemas de
ancoragens dispositivos, elementos e equipamentos totalmente construídos em aço inox. Para efeitos de
armazenamento e transporte, também é recomendável deixar os materiais metálicos de composições
diferentes acondicionados separadamente.

CORROSÃO POR PONTOS: Também conhecida como corrosão por picadas. Altamente destrutiva esse tipo de
corrosão gera perfurações como se fossem picadas na superfície dos equipamentos, sem apresentar uma
perda notável de massa e peso da sua estrutura. Pode ser difícil de ser detectada quando em estágios iniciais,
pois na superfície a degradação é bem pequena se comparada à profundidade que pode atingir no
equipamento. Ela ocorre normalmente em locais expostos a ambientes húmidos ou salinos.

CORROSÃO POR RANHURAS: São imperfeições encontradas na superfície do equipamento provocadas por
mau uso ou por contato com outras superfícies de mesma dureza. Por seu tamanho diminuto, as ranhuras
muitas vezes passam despercebidas em manutenções e se tornam visíveis somente quando o material oxidado
aflora na superfície. Riscos, gretas, pontos parafusados entre outros são enquadrados nesse tema e recebem
uma solução semelhante à corrosão por frestas.

CORROSÃO GRANULAR: Também chamada de corrosão por baixa tensão. É um tipo de corrosão que se
manifesta quando o material metálico, em condições ambientais particulares, está exposto a uma ação
combinada de dois fatores: uma tensão mecânica (em geral tração ou cisalhamento) e um local de ação
corrosiva leve. Ocorre na estrutura interna do metal e pode se desenvolver de maneira muito rápida, o que
torna o fenômeno bastante preocupante. É observada quando surgem trincas nos contornos de um material
metálico (Intergranular) ou quando se manifesta sob a forma de trincas que se propagam pelo interior dos
grãos do material (transgranular).

CORROSÃO POR EROSÃO: É um tipo de corrosão gerada pelo desgaste mecânico de determinado material
metálico provocada pela abrasão de sua superfície. A ação erosiva sobre o material é produzida pelo
deslocamento de um material sólido ou de um material líquido ou gasoso contendo partículas sólidas. Essa
abrasão remove a película passivante constituída de produtos residuais da corrosão e expõe novamente o
material a um novo processo corrosivo. O resultado desse ciclo é processo de degradação acelerado do
material através de dois tipos de corrosão simultâneo.

CORROSÃO POR ATRITO: Provocada quando ocorre um atrito contínuo ou vibrações entre os materiais
metálicos ou entre os componentes móveis de um material metálico, que estão em contato pressionando um
contra o outro. A ausência de lubrificação dos materiais metálicos pode colaborar para esse processo de
corrosão. Por isso, os rolamentos das polias possuem uma lubrificação natural de fábrica para o seu melhor
desempenho. Os movimentos gerados entre os metálicos provocam um atrito entre eles capaz de remover a
película passiva de passivação, o que acaba facilitando o ataque corrosivo por aeração.
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É muito difícil se estabelecer com precisão o quanto um processo de corrosão pode representar de perda de
resistência de um material metálico exposto a um ambiente agressivo. Ainda que existam técnicas de ensaios
não destrutivos capazes de identificar as deficiências de um material metálico após um ataque corrosivo,
sempre seremos da opinião que, por se tratar de dispositivos de segurança contra quedas onde as cargas que
estarão por eles suportadas são as vidas de trabalhadores, profissionais de acesso por corda ou resgatistas, o
mais correto sempre será substituir o equipamento ou acessório metálico oxidado por outro novo em perfeitas
condições para assegurar sua perfeita utilização.

Muito também se questiona sobre a possibilidade de gravação dos equipamentos metálicos através de algum
tipo de dispositivo de gravação ou mesmo uma gravação manual, porém permanente. Primeiro devemos
avaliar o tipo de equipamento e se o local da gravação poderá representar um comprometimento da segurança
da operação do equipamento ou comprometer as gravações obrigatórias ou de fábrica que os equipamentos
precisam apresentar ao longo de toda a sua vida útil. Todavia, a recomendação é não os gravar.

17.2 EQUIPAMENTOS TÊXTEIS

Os maiores inimigos dos produtos têxteis construídos a partir de fibras sintéticas são a abrasão, os raios UV
(ultravioleta), contaminações químicas e o calor.

A radiação UV é encontrada nas áreas externas produzidas pelo sol ou por alguma fonte de calor como é o caso
das soldas. Um equipamento têxtil sofrerá uma degradação natural que é peculiar ao seu tipo de matéria prima
construtiva. Porém, o excesso de exposição a intempéries (radiação, sol, chuva, etc.), ou exposição
desnecessária à ambientes corrosivos ou salinos, poderá acelerar o enfraquecimento de suas fibras sintéticas.

A iluminação utilizada em locais fechados também poderá ser um fator de desgaste para os equipamentos
têxteis. Em locais fechados encontramos as lâmpadas fluorescentes que também são grandes fontes de
radiação UV. Por isso, é recomendado que a iluminação do estoque seja feita com lâmpadas fluorescentes ou
lâmpadas de LED.

Nos serviços que envolvem pinturas devem ser tomados cuidados com as tintas à base de solventes e os
vapores por ela produzidos.

Nos serviços que envolvem jateamento podem provocar a impregnação de particulados nos equipamentos
têxteis.

Nas áreas onde industriais onde se desenvolvem inúmeros processos produtivos é muito comum a presença de
gases ou vapores ácidos ou corrosivos a partir de matérias primas utilizadas ou como resíduos emanados dos
próprios processos industriais. O equipamento têxtil exposto à essa condição poderá sofre um desgaste mais
rápido do que o esperado.

17.3 CONTAMINAÇÕES QUÍMICAS NOS EQUIPAMENTOS

Os itens metálicos são os mais resistentes. Porém, deveremos atentar para o fato que, dependendo do tipo de
contaminação, nem sempre aqueles equipamentos feitos de aço serão mais resistentes que os equipamentos
feitos em alumínio.

Todavia, devemos considerar a possibilidade de produtos metálicos impregnados com produtos químicos
contaminarem produtos têxteis.

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Já equipamentos têxteis são conhecidamente resistentes a cargas estáticas ou até dinâmicas, porém são
bastante frágeis com relação a contaminações de produtos químicos.

Quanto aos capacetes, dependendo do modelo, poderá ter uma razoável resistência a contaminações.

Portanto, recomenda-se a consulta aos guias químicos ou às FISPQ – Fichas de Informação de Segurança de
Produtos Químicos para averiguar de determinado produto poderá provocar reações perigosas que ameacem
o desempenho de algum equipamento têxtil, dependendo de sua concentração ou tempo de exposição do
equipamento ao contaminante.

O site www.coleparmer.com fornece importantes informações sobre a incompatibilidade química entre


produtos.

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18 HIGIENIZAÇÃO DOS EPI’S

Alguns cuidados especiais devem ser tomados para a higienização dos EPI’s quando necessária à sua limpeza e
desinfecção.

Os fabricantes deverão informar se existe um processo de higienização específico para seu equipamento, bem
como informar se a higienização poderá resultar em alteração das características originais do equipamento.

A higienização é, sem dúvida, uma das formas de conservação do equipamento em condições seguras de uso.
Porém, se ela é realizada sucessivamente deverá ser levado em consideração pelos inspetores e consumidores
finais que a mesma também provoca um certo desgaste, ainda que leve, ao próprio equipamento. Portanto, a
recomendação de higienização deverá ser adotada quando for estritamente necessário para a preservação e
segurança do EPI.

18.1 EQUIPAMENTOS METÁLICOS


Os equipamentos metálicos devem ser limpos com água e devidamente secos. Podem ser lubrificados com
lubrificantes à base de silicone ou com óleo bem leve (óleo de máquina). Também pode ser utilizado grafite,
porém provoca muita sujeira. Jamais devem ser utilizados produtos anticorrosivos como WD 40, por exemplo.

Devem ser bem secos para a aplicação de lubrificantes e para a sua guarda no estoque. Remover o excesso de
lubrificante dos equipamentos antes de guardá-los.

18.2 EQUIPAMENTOS TÊXTEIS


Os equipamentos têxteis podem ser lavados com água morna (máx. de 30°C) e sabão neutro. Podem ser
colocados de molho, lavados à mão ou com escovas com cerdas plásticas e macias. Também podem ser lavadas
em máquinas de lavar. Nesse caso recomendamos que os equipamentos sejam primeiramente colocados em
sacos vazados (ou feitos em telas) para evitar a abrasão, nós ou impactos nos acessórios dos equipamentos que
tiverem partes metálicas. Também é importante que a máquina destinada à higienização dos EPI’s seja
exclusiva para essa destinação afim de que sejam evitadas contaminações.

Os equipamentos têxteis deverão ser secos por um período de, no mínimo 48 h, em lugar ventilado, à sombra
(longe da luz solar direta) e distante de raios UV.

A lavagem pode ser feita com detergentes desde que sejam neutros ou com um ph de 5,5 a 8,5. Após ser
lavado com o detergente o EPI deve ser enxaguado abundantemente até ser removido qualquer indício de
detergente. Alvejantes, amaciantes ou qualquer outro produto à base de cloro jamais deverá ser utilizado para
o processo de lavagem do EPI.

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NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

- Ministério do Trabalho e Emprego NR-06: Equipamento de Proteção Individual – EPI;


- Ministério do Trabalho e Emprego NR-35: Trabalho em Altura;
- Portaria SIT nº 535 de 11/05/2016 do Ministério do Trabalho e Previdência Social;
- Portaria SIT nº 451 de 20/11/2014 do Ministério do Trabalho e Emprego;
- Portaria SIT nº 452 de 20/11/2014 do Ministério do Trabalho e Emprego;
- Nota Técnica nº 146 de 10/07/2015 da CGNOR do Ministério do Trabalho e Emprego;
- Portaria INMETRO nº 388 de 24/07/2012 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior;
- Diretiva 2001/45/CE – Relativa às disposições mínimas de segurança e saúde para utilização dos
equipamentos de trabalho;
- EN 365:2005 – Equipamentos de Proteção Individual Contra Quedas de Altura. Requisitos Gerais para
Instruções de Uso e Marcação;
- Diretiva 1989/686/CE – Relativa à aproximação das legislações dos Estados-membros respeitantes aos
equipamentos de proteção individual;
- BS 8437:2005+A1:2012: Code of Practice for selection, use and maintenance os personal fall protection
systems and equipment for use in the workplace;
- OSHA 29 CRF 1910.23 – Fall Protection General Industry;
- OSHA 29 CRF 1926.502 - Fall protection systems criteria and practices
- ANSI Z.359.1 – 2007 – Safety Requirements For Personal Fall Arrest Systems, Subsystems and
Components;
- NFPA 1983:2012 – Standard on Life Safety Rope and Equipment for Emergency Services.
- Manuais de Instruções dos seguintes fabricantes de equipamentos: TASK, ISC WALES, Singing Rock,
Petzl, CT Climbing, Kong Italy, Anthron.
- Ministério do Trabalho e Emprego NR-34: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção e Reparação Naval;
- Ministério do Trabalho e Emprego NR-18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção Civil;
- NBR 16.325:2014 – Proteção Contra Quedas de Altura – Dispositivos de Ancoragem (Parte 1 e Parte 2);
- EN 795:2012 - Equipamentos de Proteção Pessoal Contra Quedas – Dispositivos de Ancoragem;
- ABNT NBR 15.475:2013: Acesso por Corda – Qualificação e Certificação de Pessoas;
- ABNT NBR 15.595:2008: Acesso por Corda – Procedimento para Aplicação do Método;
- ABNT NBR 14.626:2010: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura – Travaqueda
deslizante guiado em linha flexível;
- ABNT NBR 14.628:2010: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura – Travaqueda
Retrátil;
- ABNT NBR 14.629:2010: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura – Absorvedor de
Energia – Especificação e Métodos de Ensaio;
- ABNT NBR 15.834:2010: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura – Talabarte de
Segurança;
- ABNT NBR 15.835:2010: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura – Cinturão de
Segurança tipo Abdominal e Talabarte de Segurança para Posicionamento e Restrição;
- ABNT NBR 15.836:2010: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura – Cinturão de
Segurança tipo Paraquedista;
- ABNT NBR 15.837:2010: Equipamento de Proteção Individual Contra Quedas de Altura – Conectores;
- TASK - COLLEGE – Livro RTVA – Ricardo Perez e Juan Mouriz, 2011;

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- Recomendação Técnica de Procedimentos - Medidas de Proteção Contra Quedas de Altura,


MTE/Fundacentro, 2001;
- Diretiva 2001/45/CE – Trabalhos em Altura

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