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Editores
Emilio Fernandes Junior Rosana Espinosa Fernandes
Diagramação
Adriana França Cunha
2 a edição brasileira
Junho de 2011
As citações bíblicas foram extraídas da versão internacional.
Todos os direitos são reservados à Editora Fôlego, não podendo a obra em questão ser reproduzida ou
transmitida por qualquer meio - eletrônico, mecânico, fotocópia, etc. - sem a devida permissão dos
responsáveis.
Almeida, Alcindo
Conselhos para uma vida sábia
Alcindo Almeida, São Paulo: Editora Fôlego, 2011.
Alcindo Almeida
Dedicatória
Dedico este livro a dois grandes amigos que marcaram a minha vida de
maneira profunda e relevante. Dois homens que influenciaram a minha
caminhada pastoral:
Fiquei extremamente feliz pelo fato de ele ter coragem para abordar o livro
mais instigante da Bíblia Sagrada, o livro de Eclesiastes, que foi escrito pelo
sábio rei Salomão.
Salomão trata das questões simples da vida cotidiana até questões mais
inexoráveis como a morte. Ele não se intimida e nos coloca contra a parede
para que busquemos uma vida com sabedoria e entendamos melhor o sentido
dela própria.
Quantos anos você tem? Este livro vai lhe levar a pensar sobre os anos da sua
vida, pois, quem nasceu por estes dias, tem uma vida inteira pela frente.
Quem está com vinte e poucos anos, está com força total, com planos,
projetos e ambições as mais variadas possíveis.
Quem chegou aos 40 ou a metade da vida, começa a olhar para trás para ver o
que deixou de ser feito e ser vivido e começa a projetar, com calma, o que
ainda precisa ser feito e vivido.
Quem já passou dos 50, 60 entrou numa fase em que não há muitos projetos e
nem muitas coisas a serem conquistadas, mas, há uma absoluta vontade de
viver e de ser feliz. Onde você se encaixa neste contexto? O que você precisa
saber para ter, de fato, uma vida com mais sabedoria?
São estas questões desafiadoras que o Pastor Alcindo, à luz da Bíblia, nos
ajudará a encontrar respostas.
Desejo, de todo coração, que o Pai Eterno, através da sabedoria dada a
Salomão e da iluminação dada ao Pastor Alcindo, venha ao encontro das
nossas necessidades existências, emocionais, sociais e espirituais.
Boa leitura e ótima compreensão!
Railton Silva
Verão de 2007
Introdução
Eclesiastes foi emprestado da Septuaginta. Na Bíblia hebraica é
chamadoKohelet. Embora o significado desta palavra seja incerto, tem sido
traduzida em português como "pregador", ou alguém que dirige uma reunião,
alguém que fala pela comunidade. O pregador questiona tudo, analisa e se
posiciona. Critica a cultura e a opressão.
Comumente se aceita que tenha sido Salomão o autor deste livro. No capítulo
1.1-2 há esta sugestão do pregador, filho de Davi. Julgando pela história de
sua vida encontrada na Bíblia, muitas experiências relatadas ali parecem
corresponder às que ele deve ter tido.
Capítulo1
O fim dos seres humanos é passar rápido na
vida
(Eclesiastes 1.1-11)
Então vivemos num mundo tecnológico. Vivemos num mundo dirigido pela
visão tecnológica. Não somos apenas órfãos, mas somos uma ferramenta no
mundo técnico.
Quando saímos da zona rural e vamos para a urbana, ficamos mais secos e
menos sensíveis à realidade do que Salomão diz sobre a vida: Vaidade de
vaidade, tudo é vaidade e correr atrás do vento.
Precisamos aprender a olhar para vida como algo passageiro e o que vale
mesmo é Deus e as pessoas que nos cercam. Ninguém levará um carrinho ao
lado do caixão puxando Notebook, carro, casa e um cofre com dinheiro
investido.
O filme defende, acima de tudo, o viver cristão, as maravilhas que Deus pode
fazer na vida das pessoas que se entregam a Cristo. O filme motiva pessoas
que estão desanimadas e que não conseguem enxergar qualquer perspectiva
no futuro.
Ele quer descobrir se alguma coisa irá fazê-lo feliz. O escritor é o Rei
Salomão e não existe nada que lhe falte para poder encontrar a resposta.
Portanto, ele tenta.
Às vezes, ele chega perto da verdade, mas outras vezes está muito longe dela.
(3.18-22, 7.16 e 17). Mas o ensinamento divino está nos últimos dois
versículos do livro. Eles dão a resposta às indagações de 1.13 e 2.3. Prazer,
ser "bom", aprendizado, riquezas, etc., não podem trazer a felicidade. Por
quê?
Porque o mal é tudo o que há neste mundo. Lembre-se de que Salomão não
conhecia nada sobre o Senhor Jesus. Ele estava buscando por satisfação aqui
neste mundo, mas nós temos encontrado gozo e paz em um Homem celestial.
É importante entender também que quanto mais uma pessoa tenta encontrar a
felicidade aqui, mais infeliz ela se torna.
Quais são os princípios para a vida que Salomão traz para nós?
A vida humana é mais do que a parte física, por isso, merece mais
consideração do que os desejos pelas coisas físicas podem nos dar
(versículo 25).
O texto afirma: Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida,
pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso
corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o
corpo mais do que o vestuário?
Como foi maravilhoso o tempo no passado de vinte ou trinta anos atrás. Não
tínhamos tanta pressa para fazer as coisas. Chegávamos da escola e depois
das tarefas íamos brincar na rua sem medo, sem temor e não precisávamos de
celular para avisar aos nossos pais.
Ela tem nos deixado frios ao mover de Deus e mais envolvidos com uma
correria que visa mais o físico do que o espiritual. Daí, nós dependemos mais
dos recursos, do que daquele que proporciona os tais para nossa
sobrevivência.
No texto de reflexão, Jesus diz que não devemos andar ansiosos pela nossa
vida. A ideia é de não se deixar descuidar quanto ao vestir, quanto ao comer e
quanto ao beber. Porque Deus sabe que precisamos de todas estas coisas para
o suprimento da vida. Mas, quando nós começamos a nos preocupar só com
estas coisas, tornamo-nos avarentos e nos esquecemos que Deus tem o
controle de tudo em suas mãos.
O que devemos fazer é depender daquele que é o dono da vida, daquele que
sustenta a nossa vida. Assim, ele suprirá toda e qualquer necessidade. Pois, a
Bíblia diz que ele suprirá todas as nossas necessidades em glória por Cristo
Jesus.
“É uma pena que, nas igrejas, esta passagem seja freqüentemente lida
isoladamente, fora do seu contexto. E, assim, o significado do Por isso vos
digo introdutório se perde completamente. Portanto, devemos começar
relacionando este "por isso", com o ensinamento que levou Jesus a esta
conclusão. Antes de nos convocar a agir, ele nos convoca a pensar. Convida-
nos a examinar clara e friamente as alternativas que foram expostas, pesando-
as cuidadosamente. Queremos acumular tesouros? Então qual das duas
possibilidades é mais durável? Queremos ser livres e objetivos em nossas
atividades? Queremos servir ao melhor dos senhores? Então devemos
considerar qual é o mais digno da nossa devoção. Apenas depois que
tivermos assimilado em nossas mentes a durabilidade comparativa dos dois
tesouros (o corruptível e o incorruptível) e o valor comparativo dos dois
senhores (Deus e Mamom), estaremos prontos a fazer a escolha” (STOTT,
1981, p. 75).
Que a nossa escolha pela graça de Deus seja pelo incorruptível que nos faz
investir não aqui, mas na eternidade. E quando investimos no eterno,
pensamos mais em Deus e nas pessoas do que em coisas!
Deus cuida dos animais inferiores, como as aves, que não fazem provisão
alguma para si mesmas. Assim também certamente ele cuidará dos seus
filhinhos (versículo 26).
Esta é a segunda razão pela qual não devemos andar de maneira ansiosa,
porque Deus dá provisão de alimento para as aves, que dirá para aqueles que
são povo dele, aqueles que são seus filhos.
A Palavra de Jesus é que nós valemos mais do que as aves. Somos
propriedade exclusiva da Trindade e, portanto, ele suprirá nossas
necessidades. Você está em crise? Saiba desta verdade para o coração. Deus
se importa com você, ele não o abandona. Ele olha para a sua criação com
cuidado e prazer.
Vejam como estamos, às vezes, feito doidos espirituais, sem saber o que fazer
e neste texto, Deus nos dá a resposta. Ele diz: olhem para a beleza dos
campos, não trabalham, não fiam e assim, eles crescem porque eu dou
provisão, alimento, crescimento para eles.
Saibam que nem meu servo Salomão que foi tão rico, se vestiu como eles. Aí,
ele afirma para o seu povo no versículo 30 que se ele veste assim a erva do
campo, que perece muito rapidamente, que dirá o seu povo a quem ele tanto
ama?
Jesus mostra que a preocupação se tornou uma parte tão integral da nossa
vida cotidiana que uma vida sem preocupações não só parece ser impossível,
mas até mesmo indesejável. Suspeitamos que ficar despreocupado, não ser
realista e - pior ainda – é perigoso.
Ele sabe que a mãe sonha em ver o seu filho livre da bebida. Ele sabe que o
marido ora sempre pela conversão da sua esposa. Ele sabe do filho que deseja
uma reconciliação dos seus pais.
Jesus não reage ao nosso estilo de vida cheio de preocupação dizendo que
não deveríamos estar tão ocupados com afazeres terrenos. Ele não tenta nos
retirar dos muitos eventos, atividades, e pessoas que compõem nossa vida.
Não nos diz que o que fazemos não tem importância, valor, ou utilidade.
Nem sugere que devemos nos afastar de nossos envolvimentos e viver vida
calma, tranqüila e retirada das lutas do mundo (NOUWEN, 1984, p. 16).
É importante que compreendamos que Jesus não quer de forma alguma, que
deixemos nosso mundo das atividades. Antes, quer que vivamos nele, mais
firmemente arraigados no centro de todas as coisas. Jesus não fala sobre uma
mudança de atividades, uma mudança de contatos, ou até uma mudança de
ritmo. Ele fala sobre uma mudança de coração.
Esta mudança de coração faz todas as coisas diferentes, até mesmo quando
todas as coisas parecem permanecer as mesmas. A mudança é: Buscai, pois
em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas serão
acrescentadas. O mais importante é onde estão nossos corações. Quando nos
preocupamos, temos nossos corações no lugar errado. Jesus pede que
coloquemos nossos corações no centro, aonde todas as outras coisas irão se
encaixar.
Qual é este centro? Jesus o chama de Reino, o Reino do seu Pai. Para nós do
Século XXI, isto pode não ter muito significado. Reis e reinos não exercem
um papel muito importante em nossa vida diária. Mas somente quando
entendemos as palavras de Jesus como um chamado urgente para colocar a
vida do Espírito de Deus como nossa prioridade é que podemos ver melhor o
que está envolvido.
Um coração que busca o reino do Pai é também um coração que busca a vida
espiritual.
Buscar o reino, portanto, significa colocar a vida do Espírito, dentro de nós e
entre nós como o centro de tudo o que pensamos, dizemos ou fazemos
(NOUWEN, 1984, p. 17). E daí, o resto será acrescentado.
A palavra de Jesus é que não nos preocupemos com o dia de amanhã, Deus
nos dará o que necessitamos segundo a sua vontade. Quanto às dificuldades,
males da vida e provas da vida deixemos com Deus, pois ele permite estas
coisas para que aprendamos a descansar mais nele.
Com esta perspectiva no nosso coração a gente vai aprender que tudo
pertence a Deus, assim, não precisamos ficar buscando o ter, o ter e ter mais.
Porque Deus é dono de tudo e nos dá aquilo que ele quiser dar.
A Bíblia não nos condena a sonhar com uma vida melhor, mas não
podemos colocar o coração na vida material:
Devemos nos lembrar de um princípio fundamental na vida espiritual: Deus
só revela verdades espirituais para atender necessidades espirituais. Ela não
nos proíbe ter uma vida melhor, o problema é quando vivemos em função só
do terreno e do material.
Busquemos crescer, estudar e trabalhar. Mas, façamos isto na medida certa e
sem atrapalhar o relacionamento com Deus e com o nosso próximo.
Lembremos de que a palavra vaidade significa nada, bafo de vento.
Quais são as dicas que temos neste versículo sério?
Capítulo2
Não se esqueça que a vida é passageira
(Eclesiastes 1.12-18)
São os nossos próprios esforços que nos dão nossa identidade artificial que
não satisfaz o nosso coração. O nosso futuro nos apresentará uma visão cada
vez pior da nossa identidade. De fato, esta é a era do computador e da
tecnologia.
A visão bíblica nos mostra que precisamos voltar para a nossa humanidade e
ver que corre sangue em nossa veia. Precisamos enxergar a realidade de
quem somos: pessoas que passam rápido pela vida humana.
A tese de Salomão é que a vida é nada. Ele mostra que podemos conquistar o
mundo, mas não vale de nada. Ele mostra que podemos fazer todas as obras
existentes na terra, mas a vida é constituída de cansaço e enfado. Então o
conselho para nós que ainda estamos vivos é para entender que a vida tem
limites.
Quando nos envolvemos com o orgulho nos esquecemos que o valor da vida
não está nas coisas, e sim, no Reino de Deus. Salomão afirma: E pensei
assim: Eu me tornei um grande homem, muito mais sábio do que todos os
que governaram Jerusalém antes de mim. Eu realmente sei o que é a
sabedoria e o que é o conhecimento.
Salomão mostra que ele entendeu quase tudo na terra, mas ele aprende que o
valor da vida não está tão somente na ciência e na sabedoria.
O valor da vida é nos dedicar nas demandas do Reino de Deus. Então não
deixemos de crescer neste valor espiritual. Porque a vida é assim como esta
baforada de fumaça, a qual é vazia e não passa de um nada.
Capítulo3
A futilidade dos prazeres humanos
(Eclesiastes 2.1-26)
Ricardo II era o mestre da solidão. Ele tem uma peça em que a solidão era a
marca profunda: Rei Liet. A peça trata das coisas e não das pessoas. Era uma
cosmovisão que negava Deus. E que visava às coisas em detrimento das
pessoas. No Século 19, houve a tentativa de abraçar a natureza para se viver a
realidade de órfãos cósmicos.
Voltando à vida de Ricardo II ele pergunta para suas filhas: vocês me amam?
Uma das filhas estava amando não o pai, mas as coisas que o pai possuía. E
ela afirma que o pai é a sua grande alegria de maneira absolutamente falsa.
Porque qualquer dia ela faturaria tudo o que ele tinha.
E finalmente pergunta para a filha mais nova que ele tinha afeição: Você me
ama? E ela não responde nada. O resultado para Ricardo II é que suas filhas
queriam suas posses e não a ele.
Salomão tem algo a nos ensinar sobre isto quando trata sobre as riquezas e a
futilidade que há nelas. Investindo somente nas riquezas e nas posses,
seremos as pessoas mais infelizes e fatigadas da vida!
Salomão conclui que os prazeres e a alegria terrena são inúteis e não passam
de pura vaidade. Ele nos chama a atenção para avaliar as experiências dos
prazeres e vermos que a realidade não passa de futilidade. Então qual o
conselho de Salomão para nós sobre a futilidade da vida?
O conselho é:
É preciso lembrar que a vida humana tem um limite e há futilidade nela.
“Ah, quanta vez, na hora suave. Pela morte vivemos, porque só somos hoje,
porque morremos para ontem. Pela morte esperamos, porque só poderemos
crer em amanhã, pela confiança da morte de hoje. Tudo o que temos é a
morte".
Este capítulo 2 de Eclesiastes nos joga no chão e nos manda parar e refletir
que a vida é fútil e limitada. Eclesiastes nos leva a refletir que todos os
homens chegam à beira do abismo.
“A morte chega cedo, pois breve é toda vida. O instante é o arremedo de uma
coisa perdida. O amor foi começado, o ideal não acabou. E quem tinha
alcançado não sabe o que alcançou. A tudo isto a morte risca por não estar
certo. No caderno da vida que Deus deixou aberto” (Fernando Pessoa–
Cancioneiro).
Que entendamos que tudo nesta vida cai no esquecimento e que o melhor de
tudo é se lembrar do criador, daquele que nos sustenta e nos alimenta através
da sua graça e amor!
Não levaremos nada desta terra
Um dia, todos nós morreremos e não levaremos nada desta terra. Salomão
afirma: Também aborreci todo o meu trabalho, com que me afadiguei
debaixo do sol, visto que o seu ganho eu havia de deixar a quem viesse
depois de mim (versículo 18).
O versículo 21 afirma: Porque há homem cujo trabalho é feito com sabedoria,
ciência e destreza; contudo, deixará o seu ganho como porção a quem por ele
não se esforçou; também isto é vaidade e grande mal.
Salomão diz mais nos versículos 22 e 23: Pois que tem o homem de todo o
seu trabalho e da fadiga do seu coração, em que ele anda trabalhando debaixo
do sol? Porque todos os seus dias são dores e o seu trabalho, desgosto; até de
noite não descansa o seu coração; também isto é vaidade.
Você e eu não levaremos absolutamente nada para a terra. Salomão foi e
ficou tudo para seu filho Roboão torrar da maneira mais imbecil que existe.
Quero finalizar esta reflexão deixando 10 dicas para nós:
3. Você será tolo se for escravo do mundo. Seja escravo do mestre Jesus.
Davi tinha motivos para perceber a diferença entre Deus e o mundo. No
mundo se enchiam os inimigos dele.
Na presença de Deus ele tinha alegrias perpetuamente e delícias profundas.
Seja escravo do mundo e você será dependente dele. O resultado nós já
sabemos.
Sejamos escravos e servos de Jesus e teremos uma vida chamada de
abundante.
6. Desfrute aquilo que é bom do trabalho, mas não seja vencido por ele e
nunca escravo dele.
Tem gente que vive para trabalhar e outros trabalham para viver. O trabalho é
uma forma de honrarmos a Deus. Mas, ele não pode ser senhor do nosso
coração.
Exemplo: há homens e mulheres que estão trocando o tempo com a família
para trabalhar. Há pessoas que deixam de prestar culto a Deus por causa do
trabalho;
8. A vida voa e nos leva somente para um lugar: morte. Há outro poema
de Fernando Pessoa que diz:
“Fiz de mim o que não soube. E o que podia fazer de mim não o fiz. O
dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não
desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho, já tinha envelhecido. Já não sabia vestir o
dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário “
(Fernando Pessoa).
Capítulo4
Tudo tem seu tempo determinado por Deus
(Eclesiastes 3.1)
Somos pessoas medrosas. O medo atrapalha a nossa vida, ele nos faz agir
com o desejo de querer controlar tudo com forças sem necessidade. A grande
verdade é que o medo nos deixa perturbados, e muitas vezes, raivosos com
Deus e com as pessoas (NOUWEN, Henri. Fontes de vida. Rio de Janeiro:
Vozes, 1996, p.11).
A ansiedade nos faz esquecer que até o tempo da nossa vida está sob a
direção do nosso criador. Muitas vezes não conseguimos caminhar na graça
do Pai, com uma vida espiritual sadia porque não entendemos que todo
propósito tem um fim direcionado e controlado por Deus.
É bom sabermos que todos os nossos dias estão contados na presença dele.
Jesus afirma que não cai um fio de cabelo da nossa cabeça se o Pai não
permitir.
Você não sabe o que acontecerá amanhã? Fique na paz do Senhor, ele sabe
daquilo que precisamos. Jesus disse isto aos seus discípulos: O vosso Pai sabe
o que tendes necessidade, antes que lho peçais (Mateus 6.8). Jesus indica a
possibilidade de uma vida sem preocupações, uma vida em que todas as
coisas estão se fazendo novas.
Jesus mostra para os seus discípulos que comida, bebida, regalias, busca por
sobrevivência são coisas para os que não têm dependência de Deus Pai. Deve
haver alguma diferença entre os discípulos de Jesus e os gentios, pois, os tais
não têm esclarecimento algum, por isso, apegam-se tanto às coisas materiais.
Para os servos de Deus, a vida deve ser bem diferente, pois, Deus sabe qual é
o melhor para a nossa vida, para a nossa sobrevivência.
Não podemos ficar como loucos correndo atrás disso ou daquilo. Mas,
devemos descansar nele, pois, ele sabe do que necessitamos para o sustento
da nossa vida diária. Deus conhece todas as nossas necessidades melhor do
que nós mesmos.
A Bíblia diz: O meu Deus segundo as suas muitas riquezas, suprirá todas as
vossas necessidades em glória por Cristo Jesus. Limitar os cuidados e
preocupações ao dia atual produz, finalmente, a eliminação total da
preocupação, pois, é a incerteza quanto ao futuro que gera a ansiedade e a
preocupação mental.
A palavra de Salomão é que para tudo há um propósito. Deus nos dará o que
necessitamos segundo a sua vontade.
Quanto às dificuldades, males da vida, provas da vida, deixemos com Deus,
pois, ele permite tudo para que aprendamos a descansar mais nele.
Com esta perspectiva no nosso coração aprenderemos que tudo pertence a
Deus, assim, não precisamos ficar buscando o ter, o ter e ter mais. Porque
Deus é dono de tudo e nos dá aquilo que ele quiser dar.
Por que somos tão ansiosos?
Capítulo5
Tudo tem seu tempo determinado por Deus
- Parte II
(Eclesiastes 3.2-8)
Devemos saber como estamos vivendo. Uma vida sobre a qual não refletimos
não vale a pena ser vivida. Contemplar a nossa própria vida pertence à
essência do ser humano.
A maior alegria, bem como a maior dor do viver, não vem apenas do que
vivemos, mas ainda mais de como pensamos e sentimos o que vivemos.
Pobreza e riqueza, sucesso e fracasso, morte, vida não são apenas fatos da
vida. Elas são realidades vividas de forma bastante diferente por pessoas
diferentes, dependendo de onde estão situadas.
Nessa vida existe um tempo para cada momento O rei Salomão afirma a
partir do versículo 2: Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de
plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de
curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir;
tempo de prantear e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras e tempo de
ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de abster-se de abraçar; tempo de
buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de
rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de
amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz.
O termo para a palavra tempo no hebraico é: ocorrência, um evento
específico que acontece dentro de uma estação determinada (CHAMPLIN,
2005, Vol. 4, p. 2713).
Salomão trabalha um jogo de oposições no texto. Então há um evento para
nascer e outro para morrer. E isso nos ajuda a entender os limites da nossa
humanidade. Podemos fazer tudo, mas o nosso tempo está determinado.
Aliás, tem uma teologia chamada de Teísmo Aberto.2Os adeptos dela dizem
que construímos o futuro com Deus. Logo a concepção do Teísmo Aberto é
que Deus é ignorante quanto ao futuro. O que nega claramente as Escrituras.
Um dos adeptos é Clarck Pinnock, outro é Gregory Boyd (PIPER, Jonh.
Taylor, Justin Helseth, Paul Kjoss. Teísmo Aberto. São Paulo: Vida, 2006,
p.12).
Gregory Boyd chega a dizer que Deus pode até conhecer antecipadamente o
que ele pretende em sua liberdade, mas não pode saber aquilo que pensamos
fazer em nossa liberdade. Então as nossas decisões são desconhecidas diante
de Deus (PIPER, 2006, p.13). Imediatamente uma pergunta que vem a nossa
mente é: Como podemos construir o futuro com o criador se somos seres
finitos no sentido físico? Como Deus seria ignorante quanto ao dia de
amanhã sendo que ele é Senhor do tempo? Como ele não conheceria os
nossos pensamentos se ele é o nosso dono e criador?
O tempo não é nosso, ele tem um Senhor que está no trono e sabe exatamente
o que acontecerá. Ele sabe quem nascerá e quem há de morrer. Assim não
tem como construirmos a vida, o futuro e os acontecimentos porque não
somos Deus.
Quando Salomão afirma que há tempo de nascer e tempo de morrer, ele
mostra o quanto a nossa estrutura é fraca e limitada. Saibamos dessa
realidade profunda para que não andemos em função dos nossos próprios
propósitos (desejos, inclinações e intenções).
A Bíblia nos mostra claramente que temos tempo de existência determinado
pelo criador. Então vivamos na presença dele enquanto temos fôlego de vida.
Vivamos de maneira tal que a cada dia glorifiquemos e exaltemos o seu
nome. Vivamos de maneira tal que nos lembremos das palavras de Davi no
Salmo 31.15: Nas tuas mãos estão os meus dias.
Salomão afirma em Provérbios 16.1-3: As pessoas podem fazer seus planos,
porém é o Senhor Deus quem dá a última palavra. Você pode pensar que tudo
o que faz é certo, mas o Senhor julga as suas intenções. Peça a Deus que
abençoe os seus planos, e eles darão certo.
Salomão afirma que há tempo de plantar e de arrancar o que se plantou. O
que Salomão quer nos ensinar é que os homens seguem as estações
determinadas por Deus e ponto final. Ele trabalha, ele planta, mas, os
resultados são dados por Deus. Há um texto que nos faz refletir sobre essa
realidade.
O texto de Marcos 4.26-29 afirma: Disse também: O Reino de Deus é assim
como se um homem lançasse semente sobre a terra e dormisse e se levantasse
de noite e de dia, e a semente brotasse e crescesse sem ele saber como. A
terra por si mesma produz fruto, primeiro a erva, depois a espiga, e por
último o grão cheio na espiga. Mas assim que o fruto amadurecer, logo lhe
mete a foice, porque é chegada a ceifa.
Jesus diz que a terra por si mesma produz fruto e quem a cria é Deus. Quem
faz a terra frutificar é Deus. Aplicando para a vida, podemos plantar na vida
em todas as áreas, mas, não podemos nos esquecer que a vontade do criador
prevalece. E quem arranca o que foi plantado é Deus também. A colheita
tanto no que plantamos na vida espiritual, quanto o que é arrancado depende
da graça de Deus.
Também há outra aplicação para plantar na vida. Quem planta graça colhe
graça, quem planta ódio colhe rancor, abandono e separação das pessoas. Há
tempo de plantar e de arrancar o que se plantou no sentido de colheita.
Vejamos o que plantamos dentro do tempo que Deus nos dá. A vida passa
rápido demais! A Bíblia diz que voamos. Então devemos plantar graça, amor,
perdão e justiça.
Salomão afirma que há tempo de matar e tempo de curar. Havia guerras e
conflitos entre os povos. Havia tempo de defesa e tempo em que não poderia
se defender, logo se perdia a vida e as batalhas. Havia tempo em que se
tratava dos feridos para que não perecessem os soldados. Mas, se Deus não
oferecesse condições para a salvação da vida, nada adiantaria.
A ideia que trabalhamos é que há tempo para cada item e momento da vida. E
também há tempo de conflitos, sim. Mas, graças a Deus que há tempo de
cura, há tempo de cuidar dos feridos. E Deus nos chama como igreja para
cuidar dos feridos.
Há muita gente em nossa sociedade com conflitos e essa gente precisa ser
curada de suas feridas. Henri Nouwen no seu livro Sofrimento que Cura
defende a tese de que devemos ser usados pelo Pai para curar o coração de
outros.
Devemos ser um canal de Deus para levar pessoas à cura dos seus conflitos e
as dores da alma. Na visão de Henri Nouwen para passarmos por este
processo precisamos compreender que temos esperança e desespero.
Devemos compreender que temos confrontos existenciais profundos na alma
e no coração (NOUWEN, Henri. Sofrimento que Cura. São Paulo: Paulinas,
2001, p. 31).
Quando temos consciência do chamado de Deus para curar, caminhamos no
propósito e temos condições de ser terapeutas da nossa comunidade mesmo
diante da realidade da nossa própria dor e conflitos existenciais.
É verdade que há tempo de conflitos e eles atrapalham a vida da igreja, das
famílias e de todos, mas, graças a Deus, ele mostra que há tempo de cura, de
cuidar dos feridos. E essa é a missão especial da igreja do Senhor.
Temos de lidar com uma comunidade de pessoas que se constitui numa
geração interiorizada, ou seja, que quer se retirar do seu próprio eu e dos seus
problemas.
Temos de lidar com uma geração órfã, ou seja, uma geração sem pais
espirituais, sem guias e mentores na vida (NOUWEN, 2001, pp. 52, 53); e
por fim, com uma geração convulsiva, ou seja, profundamente agitada.
Agitada com este mundo que tem levado muitas pessoas a uma prisão. É com
as nossas próprias dores e conflitos que temos de levar esta geração a dar a
atenção para o fato de que Deus está dentro de nós e nunca fora de nós
(NOUWEN, 2001, p. 61).
Com a realidade da nossa dor é que temos de ensinar que o mais precioso na
vida é a própria vida, vivida na presença do Pai. É viver a articulação da vida
com os movimentos interiores. Eles acontecem quando somos capazes de
criar espaços pela graça, para que o Deus Pai seja o maior no nosso coração
(NOUWEN, 2001, p. 63). É termos a consciência de que só ele pode nos
curar e nos conduzir como instrumentos da sua graça para curar a outros.
Salomão afirma que há o tempo (época) de derribar e tempo de edificar.
Havia conflitos entre as nações. Uma hora, um derrubava e o outro edificava.
Isso deve ser um fato importante na vida humana.
Há tempo de muita edificação, muitos projetos, mas há um tempo de jogar
tudo fora. Também tem uma analogia com os relacionamentos entre pessoas.
Parece haver a idéia de rompimento e de renovação e também de
reconstrução. O ensino é que em todo o ciclo de construção ou de derribar,
Deus tem um plano para a nossa vida.
Olhemos para a nossa vida e vejamos no tempo de Deus como ela está.
Algumas perguntas nos fazem pensar: o que precisa ser edificado ou
derribado? O que foi rompido em termos de relacionamento e que precisa ser
restaurado na presença de Deus? O que temos de edificar na vida e no Reino?
Salomão afirma que há tempo de chorar e tempo de rir, há tempo de prantear
e tempo de dançar. Algo que precisamos entender é que Deus permite a
tristeza na vida humana. Ela é um item em nós e não tem jeito de escapar
dela.
A morte faz parte da nossa vida, a calamidade faz parte e traz tristeza. Há
tempo em que os acontecimentos são terríveis e geram uma tristeza profunda
em nosso interior. O desespero toma conta do coração e vem a tristeza. Mas,
lá na frente Deus manda o tempo de alegria. Como diz Henri Nouwen:
“Oração não é o que você faz de joelhos; é o que você vive. Seus joelhos
podem funcionar como apoio no momento das suas orações, mas nossa
intenção, sempre, é que a nossa vida seja a nossa oração” (PETERSON,
Diálogos de sabedoria. 2007, p. 113).
Salomão afirma que há tempo de estar calado e tempo de falar. Todos nós
precisamos de um tempo de solidão e de silêncio. Um tempo para exame da
nossa própria alma e coração. E faz todo o sentido porque a solidão do
coração nos ajuda a aproximar o nosso coração das pessoas e isto com
compaixão (NOUWEN, 2000, p. 31).
Quando nos silenciamos nos preparamos para falar. Falar sobre a vontade de
Deus e sobre a direção dele para a vida do próximo e de nós mesmos.
Salomão diz em Provérbios 25.11: Como maçãs de ouro em salvas de prata,
assim é a palavra dita a seu tempo.
Capítulo6
Os conselhos de Deus para o cotidiano da
vida
(Eclesiastes 3.9-11)
Você que dá aula numa escola que os alunos são rebeldes, coloque isto diante
de Deus e peça graça para você amar o seu trabalho e se entregar no seu
chamado para que as crianças ou jovens sejam tocados pela graça de Deus e
melhorem.
Se você está o dia todo dirigindo para a empresa, dê graças a Deus no que
você faz e use algum meio para você executar o seu chamado crescendo
como pessoa e adorador diante de Deus.
Capítulo7
Deus que nos sustenta em tudo
(Eclesiastes 3.12-15)
Capítulo8
A vaidade do poder humano
(Eclesiastes 3.16-22)
O adjetivo “total” não significa que cada pecador está tão completamente
corrompido em suas ações e pensamentos quanto lhe seja possível ser. O
termo é usado para indicar que todo o ser do homem foi afetado pelo pecado.
Também se pode usar o adjetivo “total” para incluir nele toda a raça humana,
sem exceção. Como resultado dessa corrupção inata, o homem natural é
totalmente incapaz de fazer qualquer coisa espiritualmente boa. É o que se
quer dizer por “inabilidade total”. A inabilidade referida nessa terminologia é
a “inabilidade espiritual”. Significa que o pecador está tão espiritualmente
falido que ele nada pode fazer com respeito à sua salvação.
Por que afirmo tudo isto? Porque hoje há um pensamento de que o homem
pode tudo, o homem faz tudo por seu próprio desejo. Ele pode através do
dinheiro e do status conseguir tudo.
Salomão afirma nos versículos 16 e 17: Vi ainda debaixo do sol que no lugar
do juízo reinava a maldade e no lugar da justiça, maldade ainda. Então disse
comigo: Deus julgará o justo e o perverso; pois há tempo para todo propósito
e para toda a obra.
Todavia, sobre nós não caiu somente o castigo, mas instilado, uma
contaminação reside em nós, à qual, de direito, se deve ter uma punição.
Razão porque Agostinho, embora para mostrar mais claramente que ele nos é
transmitido por propagação, freqüentes vezes o chame pecado alheio, ao
mesmo tempo, contudo, também afirma ser ele inerente a cada um de nós.
São muitas as nossas misérias, uma a uma, quão saturadas são elas. Somos
cheios de concupiscências, sujeitos às paixões, repletos de ilusões. Nossa
mente está propensa sempre ao mal, inclinada a todo vício, por fim, plena de
ignomínia e confusão.
A Bíblia fala que até mesmo todos nossos próprios atos de justiça,
examinados à luz da verdade, são achados como se fossem trapos imundos
(Isaías 64.6). Diz também que o homem se tornou semelhante à fatuidade
(Salmo 144.4).
“Tudo isto parece tão claro no papel! Pinte essa coisa de verde e chame-a de
cobiça pura e simples... fácil de ser analisada neste momento objetivo.
Porém, quando deslizamos na cor¬rente de água e começamos a nadar, eis
que surge uma torrente (tão sutil, de início) que nos apanha e nos arrasta.
Logo somos engolfados por ela, e atirados nas cataratas, quase totalmente
descontrolados. Para livrarmo-nos e iniciar nova trajetória nou¬tra direção
(nunca sutil, nunca fácil!) precisamos de nada me¬nos que o poder do Deus
Todo-poderoso. Jamais alguém re¬sistiu à cobiça sem que travasse uma luta
ao mesmo tempo incansável e feroz. O deus chamado Fortuna tem morte
lenta e dolorosa” (SWINDOLL, Charles. A busca do caráter. São Paulo:
Vida, 1991, p. 11).
O homem vive como se não fosse morrer. A soberba vive no seu interior. Ele
faz planos para conquistar, para o amanhã e se esquece do que Tiago diz no
capítulo 4 – se Deus quiser faremos isto ou aquilo.
E tudo isto por causa da falta da consciência do fim do ser humano. Tudo por
falta de uma compreensão de que somos pó e cinza. Não somos
absolutamente nada diante do criador. E os nossos dias são como o vento.
Capítulo9
A amizade é a base do cristianismo
(Eclesiastes 4.1-12)
Há uma frase de Aristóteles que nos leva a refletir seriamente sobre amizade.
A frase diz assim: “Amigos verdadeiros são um refúgio seguro”
(MAXWELL, John C. O valor de uma amizade. São Paulo: United Press,
2006, p. 44).
Salomão chega a uma conclusão: os que morreram são mais felizes do que os
que continuam vivos. E são mais felizes do que todos os que ainda não
nasceram e que ainda não viram as injustiças que há no mundo. Mas,
Salomão detecta algo que predomina como individualismo na vida humana.
Isso tem a ver com algo chamado competição, rivalidade. A produção na vida
não é por uma razão nobre e sim para ultrapassar outros homens. E nessa
perspectiva, Salomão dirá que descobriu que na vida existe mais uma coisa
que não vale a pena. Ela está no versículo 7: é o homem viver sozinho, sem
amigos, sem filhos, sem irmãos, sempre trabalhando e nunca satisfeito com a
riqueza que tem.
E no final do versículo 8 ele afirma que isto é ilusão e é também uma triste
maneira de se viver. Então ele nos ensinará como devemos olhar para a vida
comunitária. Como devemos viver de maneira alegre. Como devemos encarar
o outro que está ao nosso lado. O que aprendemos no texto?
Em Cristo Deus nos torna seres relacionais e não seres isolados na vida
Salomão afirma no versículo 9: É melhor haver dois do que um, porque duas
pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais.
Surge uma pergunta para o nosso coração: o que significa a encarnação de
Jesus?
Ela significa o caminho da descendente quando Deus vem aqui para se tornar
humano como nós. E uma vez entre nós, ele desceu ao desamparo total dos
condenados à morte. Cada fibra do nosso ser é resgatada com a encarnação
de Jesus aqui na terra (NOUWEN, Henri.Cartas para Marc sobre Jesus
Cristo. São Paulo: Loyola, 1999, p. 39).
Antes, o homem era um indivíduo egoísta e fechado em si mesmo. O homem
não tinha referencial de pessoalidade integral. Ele era movido por uma
essência de puro individualismo. Aqui está o fato de Deus enviar o seu
próprio Filho para nos ensinar o que significa ser pessoa.
Ser pessoa significa ter o outro ao nosso lado, significa construir como
reflexo da própria Trindade um caminho do companheirismo, no qual os
seres humanos podem alcançar uma vida de comunhão e celebrá-la na
presença do criador com alegria e regozijo no coração.
A proposta de Salomão é a da cruz de Jesus. Ele não viu a cruz, mas ele já
entendia o significado dela. A proposta da cruz é: É melhor haver dois do que
um. Não foi por acaso que o sumo sacerdote Caifás fez a afirmação em João
11.52: Ele estava para morrer para reunir num só corpo os filhos de Deus,
que andam dispersos.
Vejam que a solidão é estancada quando vem a cruz de Jesus porque nela, ele
reúne um povo para ser pessoal e amoroso. Um povo para não andar só e sim
ao lado do outro. A cruz nos convida para a relação a dois, a três e tantos
mais.
A cruz nos conduz para esse caminho de somar juntos, ela nos faz andar na
conquista do outro sempre. Esse é o ideal de Deus para nós quando nos
casamos. Sermos um na unidade e no relacionamento de marido e mulher.
Esse é o ideal de Deus na vida da igreja porque essa prática destrói a inveja e
a disputa. Porque a luta é para dois e não para um só.
Na vida relacional o lucro é para dois e não para o individualismo carrasco
que traz tristeza. Na vida relacional é necessária a ideia de ajuda mútua
porque sozinho o homem pode falhar, mas com o outro a possibilidade de
vitória é maior, a possibilidade do sucesso é muito mais marcante do que só
para uma pessoa.
O individualismo traz um sucesso solitário enquanto que o relacionamento na
comunidade traz alegria e ações de graças diante do criador. A cruz de Cristo
é o grande elo para percebermos que é melhor sermos dois do que um.
É Cristo que nos mantêm unidos e nos faz voltar para a centralidade para a
qual fomos criados: seres pessoais, seres relacionais. É melhor serem dois na
vida do que um.
Os irmãos não trabalham para uma causa chamada de individualismo.
Trabalham por uma causa chamada de Reino e Reino é sempre relacional.
Saibamos dessa realidade para pensarmos nos projetos de Deus para a vida
comunitária. Não vivamos sozinhos na vida, mas na perspectiva da cruz que
abraça, que ajunta e que faz ter mais de um. É vida de companheirismo que o
Deus da relação nos chama a viver.
Muitos não percebem o quanto Deus nos amou em Cristo Jesus, e nos
colocou no elevador da graça e da eternidade, não entendem o que significa
misericórdia para com os outros.
No relacionamento diário com os amigos e pessoas que nos cercam podemos
empurrar gente para cima ou para baixo. Empurrando para baixo é gesto de
quem não anda na trilha da graça e misericórdia.
Gosto do quanto minha amada mãe me empurrou para cima. Ela cuidou de
mim quando estava muito doente. Lembro-me de quando quebraram minha
perna na escola. Ela ficou o tempo todo no Hospital.
Naquela noite eu sofri muito de dor e ela não pregou o olho. Ficou ali me
abraçando e cuidando de mim. Quando iniciei o Colégio, minha mãe
trabalhava de empregada doméstica para me ajudar nos estudos. Fazia minha
marmita e colocava o pedaço de carne dela para mim e ficava sem comer.
Ela sustentou o meu vôo nas alturas. Ela fez o possível para eu subir mais um
andar da minha carreira. Hoje só estou com uma perspectiva preciosa na vida
porque ela investiu em mim e foi graciosa e teve atos de bondade para
comigo.
Há uma história também profunda no filme Os miseráveis. Após cumprir 19
anos de prisão com trabalhos forçados por ter roubado comida, Jean Valjean
(Liam Neeson) é acolhido por um gentil bispo (Peter Vaughan), que lhe dá
comida e abrigo. Mas, havia tanto rancor na sua alma que no meio da noite,
ele rouba a prataria e agride seu benfeitor.
Quando Valjean é preso pela polícia com toda aquela prata ele é levado até o
bispo, que confirma a história de lhe ter dado a prataria e ainda pergunta por
qual motivo ele esqueceu os castiçais, que devem valer pelo menos dois mil
francos.
Este gesto extremamente nobre do religioso devolve a fé que aquele homem
amargurado tinha perdido. Porque o bispo diz a ele: Jean com esta prata eu
compro a sua alma. Esta prata será a lembrança de que você agora é um novo
homem. Após nove anos ele se torna prefeito e principal empresário em uma
pequena cidade.
Há uma citação de uma frase de James Hunter:
James Hunter diz isto porque ele mesmo percebeu que se concentrou nas
tarefas e se descuidou dos relacionamentos (HUNTER, 2004, p. 34). Só
podemos exercitar a misericórdia que recebemos do Pai através dos nossos
relacionamentos. Tudo na vida gira em torno dos relacionamentos com Deus
e com o próximo.
Sem uma pessoa não podemos nos conhecer como um ser humano de fato.
A verdade para nós é que de nada vale aprender bem se deixarmos de fazer
bem e com a misericórdia do eterno Deus na vida!
O que aprendemos com Salomão no texto?
“A amizade é uma dos mais doces alegrias da vida. Muitos poderiam ter
sucumbido sob a amargura de suas provações se não tivessem encontrado um
amigo” (MAXWELL, 2006, p. 69).
O cordão de três dobras numa amizade não se rompe porque ela está calcada
no coração. Ela está enraizada nos afetos. E uma das maiores construções que
temos na vida é a amizade, é a dedicação para com o nosso próximo. Aliás,
foi sempre isso que o nosso mestre fez. Ele dedicou a sua vida para os outros,
ele investiu tempo nas amizades com Maria, Zaqueu e com aqueles que
necessitavam de gente ao lado.
Ele pediu aos seus discípulos que andassem de dois em dois para concretizar
a idéia do cordão de três dobras que não se rompe facilmente. O Evangelho é
para ser vivido na companhia do outro.
C. S. Lewis afirmou algo que deve nos levar a reflexão: “Não existe prazer
maior na vida quanto um grupo de amigos cristãos reunidos em torno de uma
lareira” (MAXWELL, 2006, p. 121).
Deus era testemunha de que ele e os demais não buscavam glória de homens,
embora pudesse como apóstolo de Cristo. Ele diz que, ao contrário, se
apresentavam brandos entre eles, qual ama que acaricia seus próprios filhos.
Vejam as palavras calorosas desse homem que tanto amava e se doava para
essa igreja: Nós, porém, irmãos, sendo privados de vós por algum tempo, de
vista, mas não de coração, tanto mais procuramos com grande desejo ver o
vosso rosto. Porque, qual é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa de glória,
diante de nosso Senhor Jesus na sua vinda? Porventura não o sois vós? Na
verdade vós sois a nossa glória e o nosso gozo (1 Tessalonicenses 2.17, 19 e
20).
Essa é a ideia do cordão de três dobras que nos faz amar e nos unir com os
outros por amor e pode dedicação completa.
C a p í t u l o 10
A prioridade da reverência e os votos do
coração
(Eclesiastes 5.1-7)
Lembro do ano de 2009 muito bem. Lembro-me que foi um início de uma
nova etapa. Quando o ano terminou fiz uma avaliação da vida. Essa é uma
ocasião em que procuramos Deus em adoração. É uma ocasião em que
falamos com Deus pedindo graça e perdão.
Quando vou à casa de algumas pessoas no início do ano, elas dizem: Pastor,
nesse ano eu voltarei para igreja e pegarei firme. Pode deixar que esse ano eu
pego firme. E quando olhamos as pessoas não pegam firme nada.
Quero chamar a atenção que nas questões de Deus não dá para brincarmos.
Devemos fazer o melhor com respeito e seriedade para com aquele que nos
amou e nos chamou para o seu Reino. Salomão fala sobre a necessidade de
fazermos votos jamais precipitados. Porque voto precipitado nos leva a
perder os frutos do nosso trabalho (CHAMPLIN, 2005, p. 2718).
Fazemos votos de investir nas pessoas ao nosso redor. Mas, é notório como
quebramos com muita facilidade esses votos. Salomão nos convida a fazer
votos com seriedade e em harmonia com a capacidade de cumprirmos aquilo
que prometemos. Principalmente aqueles que fazemos diante de Deus.
Pensemos antes de fazer e para isso Salomão nos adverte:
• Versículo 5: Melhor é que não votes do que votes e não cumpras. Salomão
nos adverte para o abuso em fazer votos diante de Deus. Se não temos
capacidade de cumprir, então não devemos fazer nunca. Não dá para brincar
de igreja. Não dá para dizer que serviremos a Deus com todo o coração se
seremos divididos.
• Versículo 6: Não consintas que a tua boca te faça culpado, nem digas diante
do mensageiro de Deus que foi inadvertência; por que razão se iraria Deus
por causa da tua palavra, a ponto de destruir as obras das tuas mãos?Não
podemos nos colocar voluntariamente numa situação de dificuldade - votos
impensados. Quando prometemos na igreja algo, é na presença de Cristo e
diante dos amigos que o fazemos.
Então Salomão diz para que tomemos cuidado de não utilizar desculpas
falsas: foi um engano, foi um lapso.
• Versículo 7: Porque, como na multidão dos sonhos há vaidade, assim
também, nas muitas palavras; tu, porém, teme a Deus. Salomão nos convida
parta uma atitude séria e nos chama a não sermos como os tolos. Deus
demanda seriedade incondicional. Então Salomão fala que devemos temer a
Deus.
Porque nessa ação de temer a Deus está a nossa espiritualidade
sadia e profunda para que não votemos falsa e hipocritamente e sem sentidos.
Quando tememos ao Senhor, passamos a reverenciá-lo e pensamos melhor no
cumprimento dos votos já assumidos.
C a p í t u l o 11
Sirvamos a Deus sem nos apegar ao terreno
(Eclesiastes 5.8-6.12)
Como cristãos, devemos sim, interferir no rumo da Nação e lutar pelo bem-
estar do povo. Mas, essa postura não é individual, ela é coletiva. Como igreja,
como membros do corpo de Cristo sabemos que não pertencemos ao mundo,
mas temos a obrigação de assumir uma posição combativa contra todas as
artimanhas que visam banalizar ou ofender a criação do eterno Deus. E
fazemos isto através da ação e da oração.
Quando li o livro de Paul Stevens Os outros seus dias senti na pele o tamanho
da responsabilidade em relação ao cuidado com o nosso povo que vive ao
nosso lado. Este livro nos possibilita compreender melhor o que significa
pensar biblicamente e revisitar temas fundamentais para a vida da igreja,
como vocação, ministério, povo de Deus, teologia, trabalho, liderança, poder
e missão.
O texto vai além da mentalidade do cristão que só vai à igreja no domingo,
quando nos propõe o desafio de viver teologicamente. Ele é oportuno por
causa dos desafios que temos como igreja evangélica em nossos dias, entre os
quais posso citar a preocupação com os rumos de nosso crescimento.
“Há muito poucos, bem poucos problemas chocantes da vida que não podem
ser resolvidos pela ingestão de uma quantia infinita de dinheiro. O motivo é
que o dinheiro pode comprar quase tudo o que queremos. O problema é que
temos a tendência de querer apenas as coisas que o dinheiro pode comprar”.
Sabemos que esta é uma grande realidade que Salomão mostra para nós. Ele
mostra que é vão o desejo de ter aqui na terra. Aqui é que mora de fato a
vaidade na vida. Pois, buscar riquezas perecedoras e confiar nelas é algo que
ocupa o coração da gente.
• Todo trabalho é para sobrevivência e não para vida eterna: Salomão mostra
que o homem que busca só a riqueza e o trabalho desenfreado nunca se
satisfaz no seu apetite (Eclesiastes 6.7);
• Melhor é a vista dos olhos do que o andar ocioso da cobiça: Ele mostra que
a simplicidade é melhor do que a cobiça. Aqui há uma dica para termos
cuidado com a busca dos grandes desejos na vida que atrapalham o nosso
foco da esperança em Deus. Tanto que Salomão afirma: Também isto é
vaidade e correr atrás do vento (Eclesiastes 6.9);
• É bom pensar na rapidez da vida sempre: Salomão mostra no versículo 12
que sabe o homem tem poucos dias de vida de vaidade e estes gastam como
sombra. E faz uma pergunta séria: Quem pode declarar ao homem o que será
depois dele debaixo do sol?
Em outras palavras, só Deus sabe daquilo que é melhor para nós. Só Deus
sabe o nosso tempo aqui na terra. Então é melhor desfrutar de Deus e da
concentração da nossa esperança totalmente nele porque o tempo aqui nesta
terra é breve. O nosso tempo é breve como uma sombra que passa. O homem
não compreende esta brevidade, por isso, sempre quer fazer planos e traça
metas para o hoje.
O livro de Jó nos mostra uma realidade importante. Ele
Quando olhamos para este texto ficamos meio perdidos e tristes com a nossa
própria estrutura. Mas, não tem jeito de fugir, é a realidade. Vivemos e
murchamos. Só que o segredo é concentrar a nossa esperança e o nosso
coração totalmente em Deus.
“Se tens riquezas, não te glories delas, nem dos amigos, por serem poderosos,
senão em Deus, que dá tudo, além de tudo, deseja dar-se a si mesmo. Não te
desvaneças com a gentileza ou formosura de teu corpo, que com pequena
enfermidade se quebranta e desfigura. Não te orgulhes de tua habilidade ou
de teu talento, para que não desagrades a Deus, de quem é todo bem natural
que tiveres. Não te reputes melhor que os outros para não seres considerado
pior por Deus, que conhece tudo que há no homem. Não te ensoberbeças
pelas boas obras, porque os juízos dos homens são muito diferentes dos de
Deus, a quem não raro desagrada o que aos homens apraz. Se em ti houver
algum bem, pensa que ainda melhores são os outros, para assim te
conservares na humildade. Nenhum mal te fará se te julgares inferior a todos;
muito, porém, se a qualquer pessoa te preferires. De contínua paz goza o
humilde; no coração do soberbo, porém, reinam inveja e iras sem conta
(KEMPIS, 2000, pp. 22 e 23).
C a p í t u l o 12
Pensemos na eternidade e na sabedoria
divina
(Eclesiastes 7.1-14)
Salomão mostra que o dia da morte do cristão é melhor do que o dia do seu
nascimento. Contudo, o seu nascimento foi essencial para que o dia da sua
morte seja melhor. Todos os dias do cristão em Cristo sobre a terra são bons,
mas estar com Cristo na glória eterna será melhor.
Paulo foi abençoado em Cristo na terra, mas, o ápice da bênção para ele era
estar com Cristo na glória. Ele disse: Porque para mim o viver é Cristo e o
morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei,
então, o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto tendo
desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas
julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne (Filipenses 1.21-24).
Algo que nos faz refletir sobre o dia do nascimento de alguém é que o
nascimento traduz a depravação na raça humana que está neste mundo.
Quando olhamos para as palavras de Davi percebemos algo sério: Eis que em
iniqüidade fui formado e em pecado me concebeu minha mãe (Salmo 51.5).
Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram,
proferindo mentiras (Salmo 58.3).
Daí a nossa conclusão quando Salomão fala que a morte é melhor do que o
dia do nascimento é que a morte remove essa depravação de nós no sentido
de não estarmos mais neste corpo de corrupção. Quando analisamos desta
maneira entendemos o que Paulo quer dizer quando afirma: Porque para mim
o viver é Cristo e o morrer é ganho.
Talvez seja por isso que Salomão afirma para nós que o coração dos sábios
está na casa do luto. Porque neste local pensamos mais seriamente sobre os
valores do Reino de Deus. Pensamos sobre a nossa limitação da vida.
Pensamos mais sobre a necessidade de buscarmos um relacionamento mais
profundo com aquele que é dono da nossa vida e respiração.
Pensamos melhor sobre o cuidado com o prazer que passa tão rápido sobre
nós. Pensamos que não somos infinitos aqui na terra. Um dia a nossa
respiração se findará e nos encontraremos de fato com o criador celestial.
Você tem pensado que hoje pode ser o último dia de respiração?
Diante desta realidade você está preparado para se encontrar com o criador?
Qual a nossa visão sobre a morte?
Salomão nos chama a atenção para a repreensão do sábio do que ouvir canção
do insensato que geralmente bebia nas festas. Já que é um contexto em que
ele fala muito sobre a festa. A escola da sabedoria é melhor do que o
procedimento dos insensatos.
Os grandes projetos que começamos nos fazem perder forças, eles geram
ansiedade e muito esmero. Salomão mostra que o fim das coisas é o processo
que nos faz refletir melhor sobre a caminhada com Deus.
O fim de algo traz alívio e nos faz relaxar. Aqui está a sabedoria da vida. O
fim das coisas, nos deixa mais aliviados e pensativos sobre o Reino de Deus.
O começo das coisas nos faz perder energia, tempo e menos reflexão sobre o
verdadeiro significado da vida.
Salomão diz que melhor é o paciente do que o arrogante. Salomão mostra que
há edificação no processo de humildade. Porque só o humilde tem paciência
para lidar com as questões da vida. O arrogante tem um espírito impaciente e
orgulhoso. Ele tem olhar altivo.
Vejam que os pacientes são preciosos para uma comunidade. Eles têm
domínio e controle gerados pela sabedoria divina. Os insensatos são uma
dificuldade para qualquer grupo. Porque trabalham com a altivez e com a
prepotência.
Deus nos convida para sermos pessoas cuja paciência é uma arte da
sabedoria. A sabedoria gera paciência e nos ajuda a não dar vazão para a
insensatez.
Salomão diz que não devemos nos apressar em nos irar porque a ira se abriga
no íntimo dos insensatos. O homem que perde o controle mostra uma atitude
própria de um insensato na vida. Quem anda com a sabedoria tem o domínio
na questão da ira. Ele não é dominado pela pressa quanto aos ânimos. Ele é
sensato e prudente na hora que é testado na vida.
Salomão diz que jamais devemos dizer que os dias passados foram melhores
do que estes. Pois não é sábio perguntar assim. O que ele quer dizer com isto?
E agora no presente mesmo com lutas de um começo, pois, ele recebe apenas
R$ 75,00 do governo e um pouco de valores da venda de alface e tomate.
Mas, ele fala do passado com graça e do presente como um mover de Deus
na sua vida e fala do futuro com esperança totalmente centrada em Deus.
Isto é sabedoria para vida, isto é modelo de alguém que não calunia a ação e
o mover de Deus na vida. Diferentemente de pessoas que praguejam dizendo
que os dias passados foram melhores e que hoje é uma crise terrível. Seja lá
como foi o nosso passado não podemos nos esquecer que é sábio nos lembrar
do mover de Deus na nossa vida sempre.
Salomão diz que boa é a sabedoria havendo herança e de proveito para os que
vêem o sol. Ele afirma que a sabedoria protege como protege o dinheiro, mas
o proveito da sabedoria é que ela dá vida ao seu possuidor.
Ele fala da questão da prosperidade na vida como algo bom, mas a ênfase
dele é que a sabedoria é imprescindível para o coração. Mesmo porque ele diz
em Provérbios que o princípio da sabedoria é o temor a Deus. Ele diz que a
riqueza maior na vida de uma pessoa é a sabedoria divina.
Ele trabalha a idéia que a sabedoria protege como protege o dinheiro. Ou
seja, o dinheiro pode resolver certos problemas que causam perturbações em
nós, mas a sabedoria serve de sinônimo de conhecimento e é um elemento
espiritual que confere vida a nós.
Por isso, ele afirma em Provérbios 4.13: Retém a instrução e não a largues;
guarda-a porque ela é a tua vida. Salomão diz no capítulo 7.19: A sabedoria
fortalece ao sábio, mais do que dez poderosos que haja na cidade. Ele ainda
diz neste capítulo 7.25: Apliquei-me a conhecer e a investigar e a buscar a
sabedoria e meu juízo de tudo e a conhecer que a perversidade é insensatez e
a insensatez loucura.
C a p í t u l o 13
A sabedoria traz equilíbrio para a vida
(Eclesiastes 8.1-9)
Neste texto, Salomão trabalha a ideia deste caminho da sabedoria que faz o
homem reluzir e até muda a dureza do seu rosto. Ele trabalha a ideia que o
homem que guarda o mandamento não experimenta o mal e conhece o tempo
e o modo.
“Aceite o conselho de Paulo e "ore sem cessar". Nunca perca de vista a casa
de Deus. Quando estiver preocupado com as suas contas, vá até a cozinha de
Deus. Quando estiver se sentindo mal por causa de um erro, levante os olhos
ao telhado. Quando visitar um novo cliente, sussurre uma oração ao entrar no
escritório: "Venha o teu reino para este lugar". Quando achar-se numa
reunião tensa, mentalmente, caminhe até a fornalha e ore: "Deixe a paz do
céu ser sentida na terra" (LUCADO, Max. A grande casa de Deus. Rio de
Janeiro: CPAD, 2004, p. 121).
C a p í t u l o 14
Tenhamos uma vida pura diante de Deus
(Eclesiastes 9.8)
Quanto à vida deste homem, sabemos que ele andou de maneira séria com
Deus e em santidade de vida. Não é por acaso que este livro já vendeu mais
de 22 milhões de cópias.
A vida de Frank Laubach tem algo precioso também. Frank nasceu nos
Estados Unidos no dia 2 de setembro de 1884, quase 200 anos após a morte
do Irmão Lawrence. Quarenta e cinco anos mais tarde, Frank Laubach estava
servindo como missionário nas Filipinas. Embora tenha realizado muitas
coisas louváveis nesses 45 anos, entre elas um ministério realmente notável e
cheio de fé entre os muçulmanos no sul das Filipinas, temos de admitir que
ele foi um soldado da cruz relativamente desconhecido.
Foi nesta época, aos 45 anos de idade, que Frank Laubach deu início à prática
de permanecer na presença de Cristo. É interessante perceber que, 40 anos
depois, quando deu o que considerava um passo muito pequeno, por causa do
tempo, em direção à eternidade, Frank Laubach morreu. Aos 85 anos ele era
um dos homens mais conhecidos e mais queridos do século XX
(LAWRENCE, 2004, p. 18).
Tentar dizer quem foi Frank Laubach ou mesmo resumir sua vida em um
espaço tão pequeno é simplesmente impossível. Ele foi o homem mais
viajado dos tempos modernos. Ficou conhecido em quase todos os lugares da
terra. Inúmeras honras lhe foram concedidas; entretanto, na ocasião em que
recebeu o famoso prêmio “Homem do Ano”, disse humildemente: “O Senhor
não quer contar meus troféus, mas minhas cicatrizes.”
Ele escreveu mais de 50 livros, muitos deles best-sellers que tiveram uma
influência de escala mundial. Foi, talvez, o maior educador dos tempos
modernos e foi apontado por muitas pessoas como uma das figuras mais raras
do século.
Seguindo a justiça:
A grande ênfase da Escritura é que Deus escolhe vasos limpos, "instrumentos
de justiça" (Romanos 6.13). Ele escolhe estes vasos para o uso santo e para o
cumprimento de seus propósitos.
Não há dúvida de que na exortação de Paulo a Timóteo ele ordena que este se
purifique, se é que deseja ser apto para o uso do Mestre. E para isto acontecer
ele precisa se envolver com a prática da justiça. Ele precisa ser um jovem de
atos corretos na vida.
“Não precisamos de arte nem de ciência para ir até Deus. Tudo o que
precisamos é de um coração firmemente determinado a não se dedicar a outra
coisa que não seja a ele, por amor a ele e tão somente amá-lo”... “Nossa
santificação não está na mudança de nossas obras, mas em fazer, por amor a
Deus todas aquelas coisas que normalmente fazemos por nós mesmos”
(LAWRENCE, 2004, pp. 77 e 80).
Que reflitamos sobre isto e peçamos ao Senhor para que derrame a graça de
vivermos na presença dele de maneira santa e irrepreensível!
C a p í t u l o 15
Façamos tudo que está ao nosso alcance no
Reino
(Eclesiastes 9.1-10)
Salomão diz que para aquele que está na companhia dos vivos há esperança;
porque melhor é o cão vivo do que o leão morto. Sobre a morte Salomão diz
que os vivos sabem que vão morrer, mas os mortos não sabem coisa alguma e
nem terão recompensa, pois, a sua memória jaz no esquecimento.
O conselho para os vivos é para ir, comer com alegria o pão e beber com
alegria o vinho. A sua palavra no versículo 5 é: Pois os vivos sabem que
morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles
daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao
esquecimento.
Salomão começaria dizendo que olha para a vida e não encontra marcos
seguros e inabaláveis. Ele diria que examinou a vida com olhos críticos e nela
viu muita coisa sem sentido, procurou padrões e não os encontrou.
Precisamos nos engajar com o projeto do Reino todo dia e toda hora
A palavra de Salomão é que devemos fazer tudo que vem à nossa mão com
todo o fôlego, com todas as forças que Deus nos dá. Mas, por que devemos
fazer tudo conforme as nossas forças?
Porque Salomão inspirado por Deus mostra que vamos para um lugar
chamado sepultura, onde até a segunda vinda de Cristo, não haverá nenhum
projeto, nenhuma obra, nenhum conhecimento humano e nenhuma sabedoria
humana. Então enquanto Deus nos dá a oportunidade de desfrutar de coisas
boas e ruins. Sugiro que aproveitemos ao máximo as realidades que Deus nos
permite desfrutar na nossa vida. Sabem por quê?
Porque nós não sabemos o nosso tempo aqui na terra. Você e eu não sabemos
quando partiremos desta terra para o Pai. Então façamos tudo o que está ao
nosso alcance para a glória do Pai. Precisamos fazer tudo o que está diante de
nós e com todo o nosso fôlego porque é para o Senhor. Pois, Paulo diz em 1
Coríntios 10.31: Quer comais, quer bebais ou façais qualquer coisa, fazei
tudo para a glória de Deus.
Saibam que um dia, todos nós morreremos, portanto, precisamos valorizar
cada minuto, cada hora da nossa vida na presença do Senhor. Temos que
fazer tudo para ele. Qual é o seu dom no Reino de Deus?
É exercitar misericórdia, então faça isto com todas as suas forças. O seu dom
é servir no Reino, então faça com amor e toda a dedicação diante do Senhor.
O seu dom é gerenciar? Faço-o com celebração na vida!
É cuidar de pessoas no hospital? Faça com amor e dedicação todos os dias da
vida que Deus lhe dá. O que temos feito com todas as nossas forças?
Temos depositado as nossas forças na nossa casa? Ah! Pastor, eu preciso
terminar a minha casa, sabe, eu preciso de um cantinho bonito. E você está
certo amigo, mas se esta for a concentração das suas forças, se lembre de que
tudo isso fica! Porque Salomão diz que na sepultura, não há obras, projetos,
conhecimento e nem sabedoria alguma.
Temos depositado tão somente as nossas forças no ganhar dinheiro?
Lembremo-nos de que na sepultura não há como aplicálo. Temos depositado
tão somente as nossas forças na conquista de projetos humanos? Lembremo-
nos de que lá na sepultura não haverá nenhum escritório para desenvolvermos
algum projeto com sabedoria.
Não sabemos o dia de amanhã, portanto, precisamos olhar para o alto e
investir as nossas forças todas no Reino de Deus. Tudo que vier à nossa mão
precisamos fazer para a glória de Deus. Qualquer projeto, qualquer faculdade,
qualquer empreendimento, qualquer desejo, tudo precisa visar a glória de
Deus.
Precisamos marcar a nossa história como um rei chamado Ezequias que fez
tudo quanto tinha possibilidade no Reino de Deus. Restaurou a casa de Deus,
restaurou o templo, restaurou o culto, celebrou a páscoa com o povo de
Israel. E quando ele partiu, a Palavra diz que os habitantes de Jerusalém lhe
prestaram honras na sua morte.
Há um filme que marca demais a nossa vida: O Vôo da Fênix. É a história de
um grupo de pessoas que tem uma missão no deserto do Egito e quando o
avião está sobrevoando o deserto vem uma tempestade e cai no meio do
deserto.
Todos ficam apavorados e não sabem o que fazer. De repente todos percebem
que precisam pensar e um depender do outro porque a comida e a água só
durariam por 30 dias. O que este filme nos ensina?
Que a graça de Deus caia sobre para que também façamos a obra do Reino
servindo e dedicando toda a nossa vida diante do nosso Senhor.
C a p í t u l o 16
A graça de ouvir
(Eclesiastes 9.17)
Há uma frase num dos livros de Ricardo Barbosa que nos leva a parar e
refletir. A frase diz assim:
"Quando o homem ouve, Deus fala. Quando o homem obedece, Deus age.
Não somos nós que falamos a Deus, é Deus quem fala a nós. A lição mais
importante que o mundo necessita é a arte de ouvir Deus. O silêncio é uma
das virtudes cristãs que perdeu seu significado na cultura evangélica
contemporânea” (BARBOSA, Ricardo de Sousa. Janelas para a vida.
Paraná- Curitiba: Encontro,1999, p. 65).
As igrejas não desejam como líder, um pastor que passe algumas horas do dia
recolhido em silêncio e oração; quase sempre procuram alguém que seja
"dinâmico", cheio de novas idéias, que esteja sempre pronto a mobilizar a
igreja para os grandes empreendimentos, ativo e que não desperdice seu
tempo com atividades não produtivas.
Nossos cultos e nossa vida religiosa precisam ser preenchidos de forma a não
deixar espaços vazios, pois, o silêncio para o homem moderno, atua como a
presença de uma pessoa inoportuna que insiste em denunciar nossos
fracassos. Não há nada mais constrangedor num culto ou reunião de oração
do que os espaços vazios entre uma oração e outra. Se estes espaços não
forem preenchidos rapidamente por orações ou cânticos, eles o serão por
gritos de aleluia.
Diante desta realidade, o que precisamos fazer para buscar a graça de ouvir
Deus?
Para eles, o grande exemplo de oração na Bíblia é Maria, mãe de Jesus, que
apenas respondeu dizendo: Eis aqui a serva do Senhor; que se cumpra em
mim segundo a sua vontade (Lucas 1.38). Portanto, oração é a nossa resposta
à proposta e chamado de Deus. A primeira palavra é sempre de Deus; a nós
cabe a segunda palavra: a resposta. O apóstolo Paulo nos afirma que somos o
templo do Espírito Santo, o lugar da sua morada. Ele está em nós e vive em
nós.
Assim precisamos de uma postura de ouvir Deus, depois podemos falar. Pois
como diz Salomão: As palavras dos sábios, ouvidas em silêncio, valem mais
do que os gritos de quem governa os tolos (Eclesiaste 9.17).
Que a graça do Pai caia sobre nós para que tenhamos no coração, a graça de
ouvir Deus hoje, amanhã e sempre!
C a p í t u l o 17
Preservando a sabedoria no coração
(Eclesiastes 10.1-20)
Quando lemos Salomão dizendo que o coração sábio se inclina para o lado
direito entramos numa crise enorme. Porque as matérias dos jornais retratam
escândalos profundos dos cristãos evangélicos. Algo está errado na igreja
hoje porque ele não tem caminhado com um coração sábio.
A grande verdade é que Não temos mais sábios e sim, uma porção de gente
na igreja que se diz sábia, mas mostra exatamente o contrário, a estultícia.
Temos que tomar muito cuidado quando chamamos alguém de cristão porque
a cultura moderna tem excluído a oração, a fé e a dependência de Deus. Daí
com toda certeza não temos gerado pela graça de Deus pessoas sábias.
Porque sem oração a igreja permanece num deserto espiritual profundo.
Sem fé ela perde de vista o lado divino que nos leva para um caminho de
sabedoria. E sem dependência de Deus não exercitamos o temor que gera
sabedoria no coração.
“Nossa grande necessidade é nos ocupar com Cristo e nos assentar a seus pés
conforme fez Maria, recebendo assim de sua plenitude. Nosso principal
deleite deve ser considerar atentamente o apóstolo e sumo sacerdote da nossa
confissão, Jesus" (Hebreus 3.1). Deve ser contemplar as várias relações que
ele mantém para conosco, meditar acerca das muitas promessas que ele nos
tem feito, nos demorar na contemplação de seu admirável e imutável amor
por nós. Ao fazermos assim, haveremos de nos deleitar no Senhor de tal
modo que as vozes de sereia deste mundo perderão todo o seu encantamento
em nosso caso” (PINK, A. W. Enriquecendo-se com a Bíblia. São Paulo:
Fiel, 1979, p. 32).
Nem precisamos comentar muito sobre aqueles que são tolos nas palavras.
Eles separam os maiores amigos, eles descobrem o segredo e banalizam a
vida das pessoas. Eles são mexeriqueiros e fofoqueiros. Eles não olham para
si mesmos, olham para vida dos outros. Eles têm uma língua dobre que os
leva para cair no mal. Eles têm uma língua ferina que machuca as pessoas e
não transmitem saúde e graça para os outros.
O conselho de Salomão está diante de nós para tomarmos cuidado com o que
falamos. E para isto precisamos exercitar a sabedoria diária nas Escrituras.
Porque as palavras sábias e retas como afirma Salomão são como o beijo nos
lábios (ler Provérbios 24.26).
Que aprendamos as palavras sábias que geram graça e vida na vida das
pessoas!
C a p í t u l o 18
Agindo na vida lembrando que Deus faz
tudo
(Eclesiastes 11.1-8)
Então ele mostra vários aspectos importantes para nossa vivência como
pessoas que, mesmo sem saber o futuro, precisam investir e produzir na vida:
generosidade e investimento, plantio, não ficar parado esperando o vento,
trabalho árduo na vida, contemplação do dia como ele é, alegria nos dias da
vida e a lembrança dos dias de trevas.
C a p í t u l o 19
Juventude: um presente que deve ser
valorizado
(Eclesiastes 11.9-10)
Vivemos num tempo de muita superficialidade onde a moçada corre atrás dos
clips, dos softwares, das roupas da última moda, do tênis importado e do
carro do último modelo. A moçada curte algo que tem a ver com as baladas,
com os movimentos da agitação.
E dentro da igreja o negócio hoje é ser um cristão “maneiro” sem muita onda
de compromisso. Então uns ficam, outros não ficam, uns fazem sexo, outros
não. Uns colam na hora da prova, outros não. Uns falam mal das pessoas,
outros não.
Na sociedade evangélica brasileira de hoje, não existe mais esta onda careta
de se absolutizar um procedimento ou estabelecer uma única opção. A coisa
liberou geral, então, Deus não é mais considerado aquele Deus santo, puro e
justo. Deus para a moçada é um barato! Jesus, o Santo Filho de Deus é o
máximo, ele é legal e pronto (SILVA, Ricardo Agreste. Geração da hora.
São Paulo: CEP, 1996, p. 20).
Sabem por que estas coisas estão acontecendo no nosso meio? Porque há uma
falta enorme do entendimento e de envolvimento com a Palavra de Deus na
vida jovem. Porque não entendemos de maneira profunda o que Salomão fala
sobre o prazer na vida jovem. A verdade é que nós sendo pais e mentores,
não sabemos lidar com
Por todas estas coisas Deus te trará a juízo Tudo que fizermos nesta vida
terá um resultado lá na frente. Não tem jeito, porque isto é um princípio
bíblico. Aquilo que plantarmos certamente nós colheremos. O jovem tenta se
firmar na vida como indivíduo. Ele busca um lugar ao sol. Por isso, quando
estamos na flor da idade queremos pilotar um carro, logo.
Queremos namorar para outros verem que podemos. Temos alguns
comportamentos de cortar o cabelo, de colocar brinco, de usar determinados
tipos de roupas. Fazemos tudo isto para chamarmos a atenção (PARROT,
Los. Adolescentes em conflito. São Paulo: Vida, 2003, p. 17). No decorrer
deste processo é que vem a busca pelo prazer e pela diversão. E muitos
problemas decorrem daí:
Seja um jovem apaixonado pela Palavra de Deus Paulo dizia para Timóteo
que ele deveria ser zeloso e fazer todo o esforço para se apresentar diante de
Deus como um trabalhador fiel do Evangelho. Um jovem do Senhor deve ser
aquele que leva a sério e põe em prática os preceitos da Palavra de Deus em
seu coração.
Um jovem aprovado por Deus é aquele que possui um coração voltado para a
Palavra de Deus, alguém que se esmera em conhecer as Escrituras. Timóteo
não poderia fazer isto de maneira vergonhosa em hipótese alguma.
A lição para os jovens é muito simples e singela, vocês precisam ser
apaixonados pela Palavra de Deus. Paulo deu um conselho muito precioso ao
jovem Timóteo. E a ideia em 2 Timóteo 2.15 sobre manejar, conhecer e se
dedicar na Palavra é de alguém que corta reto, ou seja, uma comparação com
aqueles que aravam a terra em linha totalmente reta porque sabiam muito
bem o que estavam fazendo, conheciam o seu serviço. Jovens, a vida cristã é
algo muito sério, por isso, não podemos brincar de ser cristãos.
Não podemos nos alimentar da Palavra de Deus somente aos domingos de
manhã e nos encontros da noite. Porque não seremos apresentados diante de
Deus como jovens aprovados e preparados para toda boa obra.
Paulo disse a Timóteo: Meu filho fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus
(2 Timóteo 2.1). Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso
Senhor Jesus Cristo, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das
aflições do evangelho segundo o poder de Deus (2 Timóteo 1.8). Sofre
comigo as aflições como bom soldado de Jesus Cristo (2 Timóteo 2.3).
Não seja influenciado pelo secular, mas pelo Reino de Deus na vida
Jovens, hoje temos muitas alternativas para a vida secular ser vivida com
preenchimentos. Temos os Shoppings da vida, os cinemas, teatros, parques,
namorados, namoradas e etc. Mas, a nossa vida espiritual depende de tudo o
que fizermos. Pois, se formos fortes nos momentos a sós com Deus, seremos
fortes na vida cristã, seremos aprovados diante do nosso Pai Celestial.
Sendo fracos nos nossos momentos a sós com Deus, seremos raquíticos na
vida cristã e reprovados diante do nosso Pai Celestial. O Reino é maior do
que pensamos. O Reino de Deus nos faz olhar para a juventude como um
presente de Deus para ser desfrutado com graça a sabedoria.
O Reino de Deus nos mostra a alegria verdadeira de andar com Deus.
Podemos nos divertir, mas não sermos influenciados pelos padrões da
sociedade secular. A influência tem que vir do Reino.
Quando um jovem tem a Palavra no seu coração, ele é apto para testemunhar
na sociedade com seriedade. Ele tem como ser testemunha viva no seu lar
quando os pais não são convertidos ainda. Ele adquire pela graça do Pai um
caráter como o de Timóteo, alguém que Paulo confiava e sabia que era
temente diante de Deus.
Por isso, com muita certeza, ele desafia Timóteo para fugir dos desejos da
mocidade que fazem com que o jovem se afaste das coisas de Deus. Ele o
desafia a seguir a justiça, a fé (conjunto de verdades), o amor, a paz com o
próximo que obedece a Palavra e isto com um coração puro diante de Deus.
Termino esta reflexão com uma experiência de uma moça da Comunidade
Presbiteriana de Pirituba. Há alguns dias, ela teve um processo interessante
em sua vida. Ela tinha de fazer um concurso que seria ótimo para ela,
profissionalmente falando. Só que já estava trabalhando num hospital. O
concurso foi realizado e ela passou na primeira etapa. Agora haveria a
segunda etapa num dia todo e da semana.
O que dizer no trabalho? Como se portar?
Havia riscos a correr. Perguntando para algumas amigas sobre o que ela
poderia fazer, algumas disseram: inventa que você estava como uma
indisposição estomacal e vai. Ela pensou: meus princípios não me permitem
fazer isto. Então passou a noite orando e pedindo graça ao Senhor.
No outro dia, ela criou coragem e foi falar com a sua chefe. E por sinal,
quando ela entrou na sala havia três chefes do setor de enfermaria daquele
hospital.
Ela disse: estou com uma dificuldade enorme e não quero mentir. Tenho um
processo seletivo de um concurso que passei e o processo acontece hoje. A
sua chefe disse: qual o horário? Ela respondeu: seria agora pela manhã. A
chefe dela lhe disse: o que está esperando? Pode ir.
Ela saiu às pressas louvando a Deus pela graça de agir com consciência
tranqüila e por honrar o Deus a quem ela serve. E chegando lá no local,
mesmo atrasada, as outras moças não tinham chegado ainda.
Detalhe, dentro de um plano de Deus, elas chegaram 5 minutos depois. Ela e
outras moças fizeram o processo. O resultado é que ela foi aprovada e é uma
das colocadas para o cargo daquele concurso prestado. Através da
experiência desta amiga chamada Gabriela Devechi aprendemos o valor de se
importar com o Reino de Deus nos mínimos detalhes da nossa vida. Hoje esta
amiga é uma grande profissional e Deus tem honrado o seu compromisso no
Reino dele!
Que o eterno Deus nos ajude a valorizar o presente da juventude que ele dá
vivendo de maneira pura e sadia!
5 Ariel de Castro Alves, advogado, é coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos,
presidente do Projeto Meninos e Meninas de Rua e membro da Comissão da Criança e do Adolescente
do Conselho Federal da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil e do Conselho Nacional da Criança e
do Adolescente– Artigo publicado originalmente na revista Transformação, da Visão Mundial, em
março de 2007, pp. 4-8.
C a p í t u l o 20
Jovens: lembrem-se do que os pais
ensinaram sobre Deus
(Eclesiastes 12.1)
Este jovem comete o erro de permitir que sua triste infância o impeça de ser
um adulto livre na vida. Traumatizado pelos abusos sofridos no passado,
Antwone Fisher descarrega sua ira em brigas constantes com seus
companheiros da Marinha. Na verdade, o filme é o relato do próprio
Antwone Fisher a partir de seu livro autobiográfico, Voltando a Viver.
Mal sabia ele que este primeiro passo em direção ao consultório médico o
conduziria numa jornada para casa. Ele não imaginava que aprenderia a lidar
com todas as perdas sofridas por não ter um pai e uma mãe. E porque ele era
tão agressivo e insubordinado.
Com o apoio do médico que acaba sendo como um pai para ele - mais do que
qualquer pessoa já foi - e da mulher com quem aprende a amar, ele encontra
coragem para parar de brigar, enfrentar seu passado de maus-tratos e começar
a se curar. Só então ele consegue procurar a família que nunca chegou a
conhecer e se apaziguar com aquela que conheceu bem, até demais.
Nascido numa prisão, Fisher passou seus dois primeiros anos de vida num
orfanato, sendo posteriormente adotado pela esposa de um pastor protestante.
Porém, em vez de conseguir uma família, o garoto encontrou verdadeiros
torturadores, já que era freqüentemente espancado por sua mãe adotiva (e,
como se não bastasse, a filha desta abusava sexualmente do menino, que
tinha apenas 6 anos de idade).
É realmente espantoso que ele tenha conseguido se tornar um adulto
funcional, embora agressivo. O mais incrível é que ele tem consciência do
seu próprio processo de necessidade da cura emocional.
A verdade é que este rapaz é cheio de crises e dilemas que não foram
resolvidos. Crises que ele passou por não ter um pai presente. Crises por ser
abandonado pela sua mãe. Crises por ter sido criado por uma mulher
absolutamente desumana e que batia nele, colocava fogo perto dele para
assustá-lo e o chamava freqüentemente de negro maldito.
Talvez essa seja a história de alguns hoje. Alguns que são pais e não
conseguem tratar bem seus filhos e alguns que são filhos, que não são
compreendidos pelos pais e se revoltaram profundamente.
Os jovens são como o orvalho e não como o granito. Então é necessário que
os pais invistam alguns minutos e aprendam a compreender melhor seus
filhos adolescentes. É preciso a tentativa de adentrar no território do mundo
adolescente.
Tudo isso num contexto dinâmico de ação e reação. Ser filho pressupõe se
relacionar com outra relação, numa forma triangular: mãe - pai - filho. Todo
filho está inscrito numa linhagem que carrega o peso da história de cada um
dos seus pais.
A vida sexual começa em geral por volta dos 16 anos (mas cerca de 22%
perdem a virgindade aos 14 anos). E cerca de 83% dos entrevistados já
mantiveram relações sexuais.
O acesso à Internet (15% para 66%). Pelo menos 79% dos jovens usam o
"torpedo" do celular para falar com os amigos, e a avalanche de blogs e
fotoblogs não passa despercebida pela geração plugada na Web: 79% dos
jovens sabem o que é Blog.
Há 77% de jovens que sabem o que é Fotoblog. Há 48% que já passaram pelo
Orkut, a principal rede de relacionamentos da Internet, e 43% usam o
Messenger, programa de mensagens instantâneas da Microsoft. Hoje mais de
60% usam Facebook e Twitter.
• Ter fé (94%),
• Ser honesto (89%),
• Ser amigo e leal (87%)
• Ter uma boa relação familiar (86%)
• Ser trabalhador e responsável (77%)
• Viver numa sociedade mais justa (59%)
• Ter um trabalho que traga realização (58%)
• Ser estudioso (58%)
Ter um corpo bonito e saudável (63%) ( Revista Ultimato. Para não virar a
cabeça. Setembro/Outubro. 2010 - Ano XLIII, p. 25).
Todas as estatísticas de alguma maneira refletem dentro das nossas
comunidades cristãs, pois, os nossos jovens estão na igreja 120 horas por ano
e na escola 920 horas. Temos 168 horas por semana. Destas 168 horas os
nossos jovens vêm à igreja menos do que 10% destas horas.
Então a influência da tecnologia e das atividades seculares são maiores. Os
nossos adolescentes e jovens estão expostos aos prazeres e tentações das
drogas e do consumismo.
É preciso entender, como igreja, que temos uma responsabilidade enorme de
investir um tempo de qualidade e exercer uma influência profunda do Reino
na vida deles porque a proposta para o rapaz e a moça perderem princípios e
valores de Deus é forte demais.
É preciso perceber a necessidade de acompanhar o crescimento e o processo
de desenvolvimento mental, físico e espiritual dos nossos jovens e
adolescentes. Precisamos perceber que, quando o filho começa a crescer e
ganhar espaço na casa, surge à adolescência. Parece que a família deixa de
ser normal. Os pais deduzem que alguma coisa excepcional está acontecendo
em sua casa (PETERSON, 2007, p. 11).
Precisamos como igreja ensinar nossos filhos que vivemos bem quando
vivemos de acordo com o projeto original, para o qual nascemos. Nascemos
para amar e sermos amados. Como diz C. S. Lewis no seu livro O problema
do sofrimento: “Deus nos criou para a felicidade, mas a felicidade de sermos
um, indo a ele numa relação de amor” (LEWIS, C. S. O problema do
sofrimento. São Paulo: Vida, 2006, p. 58).
Um fator interessante para avaliação é que a adolescência é um presente de
Deus para os pais na meia-idade.
Ela não é apenas um processo estabelecido por Deus para levar crianças à
idade adulta, é ainda o plano dele para fornecer algo essencial aos pais nos
anos em que são críticos na vida deles também.
Deus dá filhos para restaurar a nossa percepção de ser criatura, um filho dele,
para que vivenciemos a renovação da condição essencial para entrar no Reino
de Deus (PETERSON, 2007, p. 12).
Tanto os adolescentes como os jovens e pais têm uma parceria no
crescimento espiritual na presença de Deus.
Agora sim, chegamos ao texto de Eclesiastes, pois, ele nos dá uma chamada
ao jovem para se alegrar e se lembrar do Senhor nos dias da mocidade não se
esquecendo de que o Senhor pedirá contas de tudo. Só que não é uma
responsabilidade só dos jovens, é dos pais também.
Porque a Bíblia diz que quem ensina a criança no caminho em que deve
andar são seus pais. Ela diz também que a glória dos filhos são seus pais. E a
honra dada aos pais tem a ver com o ensino que eles dão aos seus filhos.
A palavra hoje é dirigida tanto para adolescentes e jovens como para os pais
também. Porque pais têm responsabilidade profunda na formação e
desenvolvimento moral, espiritual e afetivo dos seus filhos.
Vejamos o que Salomão tem a nos ensinar.
O primeiro princípio que aprendemos é:
Não se esqueçam do que seus pais ensinaram sobre Deus e sobre o seu
Reino
Frustração: Como pai, não consigo passar todos os valores e princípios para
os meus filhos. E também vejo como é difícil educá-los. Pois, inculcar neles
os preceitos de Deus é uma tarefa que exige, constantemente da nossa parte
muito tempo e dedicação com os filhos. E nessa correria da vida vejo que,
muitas vezes, não consigo passar todos os valores que desejo. Pode parecer
simplista a minha resposta.
Alegria: A maior alegria são eles mesmos. Pois, apesar do trabalho que dá
instruir os nossos filhos nos dias de hoje, eles são presentes que Deus nos dá,
seja gerado no ventre materno ou gerado no coração (adoção).
Frustração: Ver alguns defeitos nos meus filhos que são defeitos que tenho
na minha vida.
Alegria:O crescimento físico, intelectual, emocional e espiritual deles.
Essa descoberta é sempre acompanhada pela perplexidade dos pais: Eu, não
reconheço mais os meus filhos. Onde foi que errei?
Muitos pais não estão disponíveis para se questionarem nessa crise
existencial. Assumem posições extremas: ou proíbem tudo – ou permitem
tudo, liberam, transferem suas frustrações.
Na educação, a maior dificuldade quando os filhos estão crescendo é ir
alargando os limites com compreensão, amor e carinho. Assim surgem
perguntas: Como me relacionar com meus filhos sem competição? Como me
relacionar com meus filhos sem perder o respeito e a autoridade?
Para responder as perguntas é necessário observarmos as palavras de
Salomão neste texto: Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua
mocidade, antes que venham os maus dias e cheguem os anos em que dirás:
Não tenho prazer neles.
Antes Salomão afirma que os jovens podem curtir a vida reconhecendo os
limites que ela tem. Agora ele convida os jovens a se lembrarem do criador
nos dias da juventude (alvorecer da vida). É para os jovens se lembrarem de
Deus na mocidade antes de chegarem ao estado lastimável da idade avançada
(CHAMPLIN, 2005, Vol. 4, 2738).
As razões para esta lembrança são:
• Com o criador na mente e no coração o jovem agirá
corretamente e guardará a Torá (Lei) e desta maneira terá uma
vida temente;
• Com o criador na mente e no coração o jovem pensará
mais no processo de amadurecimento na vida e no preparo
para a velhice;
• Com o criador na mente e no coração o jovem experimenta
o melhor da sua vida de maneira sadia e eficaz.
Só que, para este processo acontecer na vida de um jovem, ele precisa de um
mentor, ele precisa de um pai e uma mãe que ensinem as verdades contidas
na Bíblia. Ele precisa de referenciais. Ele precisa de modelos.
Pais e mães, os jovens não se lembram de Deus por acaso. Eles precisam do
aprendizado desde cedo. Eles precisam formar o caráter deles e a vida ética
deles olhando para os pais. Não é por outro propósito a não ser o de
aprendizado que Salomão diz: Ensina a criança no caminho em que deve
andar e ainda quando for velho não se desviará dele (Provérbios 22.6).
Salomão ensina que temos responsabilidade profunda na lembrança de quem
Deus é na vida dos filhos. Então devemos ter uma atitude de seriedade e fé
diante do privilégio de criar filhos no Senhor. Temos apenas uns 18 ou 20
anos para completar em cada filho a etapa de formação.
Não podemos perder nenhum desses anos. Precisamos de graça, amor e
sabedoria para fazer isto no meio de uma sociedade que liberou geral e que
não tem mais respeito pelos pais.
É preciso que os pais tenham a plena consciência para encaminharmos a
geração seguinte, à vontade de Deus. É a idéia da criação de uma criança em
Israel. O texto de Deuteronômio 6.7 afirma: Tu as inculcarás a teus filhos e
delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e
ao levantar-te (Deuteronômio 6.7).
Esta tarefa não é fácil. Requer uma dedicação seria durante muitos anos. Mas,
é Deus quem nos assegura a sua graça e sabedoria. As palavras de Salomão
são sérias tanto para os pais que criam seus filhos como para os filhos que
recebem o ensino.
Os jovens devem se lembrar daquilo que aprenderam de seus pais sobre o
caráter e vontade de Deus. Porque isto lhe trará um livramento enorme para
não dizer jamais: Não tenho prazer neles.
Quero deixar alguns conselhos para pais e filhos no processo de educação e
de aprendizado sobre quem Deus é:
• Pais: Compreendem a natureza da criança (Provérbios 22.15; Salmo 51.5).
Elas não se inclinam naturalmente para o bem. Por isso devemos ensiná-las,
formá-las e discipliná-las. O texto de Provérbios 22 afirma que a criança tem
a maldade no seu coração e por isso necessita da varinha santa que educa e
forma.
• Filhos: Saibam que Deus quer que vocês cresçam e
amadureçam através do modelo de seus pais.
• Pais: Saibam que a presença de vocês é essencial para ajudar
a lembrança dos filhos sobre Deus. Vocês precisam crescer e
amadurecer junto com seus filhos. Orar com eles e por eles. Vocês
precisam buscar o entendimento dos conflitos deles desde a fase
infantil. Lembrem-se de que é na família que eles aprenderão acerca da fé em
Cristo. As crianças não ouvem apenas as palavras dos pais, ouvem as
intenções e atitudes por detrás das palavras. Elas aprendem o que os pais
realmente admiram e desprezam. Se eles desprezam Deus e os seus
princípios, seus filhos também farão o mesmo.
• Filhos: A formação do caráter é a capacidade para enfrentar as
responsabilidades da vida, trabalho, casamento, sólida base moral, auto-
disciplina, auto-estima, domínio próprio, controle sobre os sentimentos,
gostos e etc. Só que a ajuda dos pais é essencial para o desenvolvimento
sadio destes processos.
• Pais: Sejam exemplos de instrução, disciplina e carinho. Tudo isto é
expressão prática do amor.
• Devemos considerá-los como herança do Senhor. Temos, portanto, a
responsabilidade diante de Deus de criá-los para a sua glória. Os filhos
precisam saber o que há nos escritos bíblicos. Que Deus ama aos seus e que
vivem na dinâmica do cuidado divino (PETERSON, 2007, p. 31).
• Filhos: Jovens têm inseguranças que precisam ser trabalhadas via mentoria.
Então olhem para seus pais com graça reconhecendo que eles já passaram
pelos conflitos que vocês passam. Eles têm a experiência. Então ouçam os
conselhos dos pais. Porque A Bíblia diz: Ouve o conselho e recebe a
instrução para que sejas sábio nos teus dias por vir (Provérbios 19.20).
• Pais: Lembrem-se de que a presença das diferenças entre vocês e seus filhos
enfatiza o amor e não o ódio. Cresçam com os filhos mesmo no meio das
diferenças. Falem, mas ouçam também o que eles têm a dizer sobre os
dilemas e conflitos existentes. Com ouvidos carinhosos podermos escutar
suas idéias, verificar como pensam, como julgam e nos ajudam a aceitá-los
com seus limites.
• Filhos: O importante na vida é dar vazão para o crescimento diante de Deus
e se lembrar de quem Deus é. Ele é o Deus de amor, de bondade, de justiça e
que corrige a quem ele ama. Então, lembrem-se, todos os dias da vida, de
Deus e do seu Reino. Isto fará a diferença total na sua vida. Cresçam na graça
e conhecimento de Deus. Cresçam na obediência a sua Palavra e vocês verão
o diferencial. Não negociem a consciência cristã de vocês por nada deste
mundo. Percam tudo na vida menos a consciência diante de Deus.
O propósito de Deus é que não sejamos mais meninos, levados de um lado
para o outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por outro vento de
doutrina ou ensinamento.
O propósito de Deus é que o conheçamos através dos nossos pais e
valorizemos tudo aquilo que aprendemos desde cedo e assim andemos com
ele, na presença dele, no temor dele sabendo que a vida é como o vento que
passa muito rápido e vai embora.
Quando olhamos para Abraão, percebemos um homem que amava o seu
filho. Um pai que se preocupava de maneira profunda com o seu filho. O
relato de Gênesis 24 é elucidativo para nós, no Século XXI. Ele está
preocupado com o futuro do seu filho. Ele ora pelo seu filho e tem um servo
na sua casa, Elieser que é encarregado de procurar no meio do povo de Israel
uma esposa para Isaque.
Ele faz o seu servo lhe jurar dizendo no capítulo 24.2-4: E disse Abraão ao
seu servo, o mais antigo da casa, que tinha o governo sobre tudo o que
possuía: Põe a tua mão debaixo da minha coxa, para que eu te faça jurar pelo
Senhor, Deus do céu e da terra, que não tomarás para meu filho mulher
dentre as filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito; mas que irás à
minha terra e à minha parentela, e dali tomarás mulher para meu filho Isaque.
Interessante que aconteceu todo o processo de busca e o servo encontrou
Rebeca que era prima de Isaque e no momento em que Isaque voltava do
campo à tarde depois de meditar e levantando os olhos, viu a Rebeca e se
tornaram marido e mulher. E o texto afirma que ele a amou. Assim Isaque foi
consolado depois da morte de sua mãe. Vemos aqui a história de um pai que
investe em todos os sentidos na vida do seu filho. Preocupa-se com o futuro
dele. E o ensina a orar diante de Deus.
Abraão é modelo para nós, hoje, de alguém que anda com o seu filho e divide
todos os espaços da vida dele sem perder a postura. Seja um pai como Abraão
e aprenderá como andar com seu filho em todas as fases da vida dele.
Em um artigo para a revista Mission Frontiers, Chuck Edwards e John
Stonestreet, do Summit Ministeries, organização que lida especialmente com
jovens universitários e suas crises, apontam algumas razões para o
afastamento dos jovens: “o aumento de professores liberais” (que passam sua
aversão ao cristianismo para os alunos, que se tornam “presas da retórica
anticristã”), “a ausência de fundamentação adequada” (muitos estudantes se
dizem cristãos, mas são incapazes de explicar por que acreditam no que
acreditam) e “uma visão errada do cristianismo” (enquanto uns se opõem a
ele, outros simplesmente não o entendem).
Mas como ajudá-los? Stonestreet faz um alerta: em vez de tentar fazer com
que o cristianismo pareça atraente e divertido para os jovens, devemos nos
preocupar em garantir que isso que estamos transmitindo seja de fato
cristianismo.
Ele propõe as seguintes ideias:
Devemos mostrar não somente a que nos opomos, mas também o que
defendemos:
Muitos estudantes são vítimas de escolhas imorais porque lhes falta uma
visão maior de suas vidas. Muitos sabem mais sobre o que é proibido do que
sobre o propósito para o qual Deus os chama.
C a p í t u l o 21
A dinâmica da vida compromissada com
Deus
(Eclesiastes 12.2-8)
O sol é uma figura agradável que lembra vida. A luz lembra o quanto a
juventude é brilhante e cheia de esperança. E Salomão chama a atenção
dizendo que devemos nos lembrar do criador antes que se escureçam o sol e a
luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir às nuvens depois da chuva. Ou seja,
antes que o dia da escuridão venha, o jovem deve se lembrar do seu criador.
Salomão nos adverte que um dia a doença de Parkinson que é uma afecção do
sistema nervoso central que acomete principalmente o sistema motor, pode
nos pegar. Ele fala que um dia podem cessar os dentes que caem. Ele fala
sobre a perda da visão por causa da catarata.
Ele fala da fraqueza dos ossos que é a osteoporose quando afirma do temor
do que é alto e espantos no caminho. Ou seja, a idéia de andar com cuidado
para que os ossos na sua fragilidade não se quebrem. E fala da rapidez em
que chega a morte quando ele se refere à sua casa eterna – sepultura, ou seja,
o lugar do silêncio eterno.
Então enquanto estamos vivos, jovens, sonhemos com uma geração que não
perde a meninice, mas lembra que um dia o tempo de juventude acabará.
Porém, jamais esta geração deixará de lutar por um caráter verdadeiro, santo
e honesto. Até me lembro de uma canção de Oswaldo Montenegro,
Travessuras:
“Eu insisto em cantar, diferente do que ouvi. Seja como for recomeçar Nada
há, mais há de vir. Disseram-me que sonhar Era ingênuo e dai? Nossa
geração não quer sonhar, pois que sonhe a que há de vir. Eu preciso é te
provar que ainda sou o mesmo menino, que não dorme a planejar,
travessuras. E fez do som da tua risada um hino”.
Que princípios podemos extrair para nossa vida para nos lembrar sempre do
criador? O primeiro princípio é:
Se j a m o s d i s c í p u l o s d o c o m p ro m i s s o e n ã o d o
descompromisso.
Dostoievsky tem uma obra-prima chamada: O idiota. Nesse romance, o
príncipe Myshkin, símbolo de Cristo, é jogado em uma cultura obcecada por
riqueza, poder e conquista sexual.
Mas, o príncipe não possui orgulho, cobiça, malícia, inveja, vaidade ou
temor. Comporta-se de maneira tão anormal que as pessoas não sabem o que
pensar dele. Confiam nele devido à inocência e à simplicidade que
demonstra. Mesmo assim, a falta de outras motivações por parte do príncipe
leva o povo à conclusão de que ele é um idiota.
Dostoievsky entretece os temas: dinheiro, sexo e poder por toda a história,
contrastando o espírito do príncipe com o de todos aqueles que o rodeiam. A
respeito do personagem principal, o narrador observa: "Ele não se importava
com pompa ou riqueza, nem mesmo com estima pública, mas apenas com a
verdade!".
Numa carta, o próprio Dostoievsky disse, acerca do príncipe: "Minha
intenção é a de retratar uma alma verdadeiramente bela" (DOSTOIEVSKY,
Fiodor. O idiota. Rio de Janeiro, São Paulo: Ediouro, 2002, p. 220). A
verdadeira pergunta que paira sobre todo o romance é a seguinte: quem, de
fato, é o idiota?
Talvez a pessoa verdadeiramente tola seja aquela cuja vida é dominada pela
ganância, pela ambição e pela luxúria. Esta história do livro de Dostoievsky
mostra alguém determinado pelo compromisso com o seu viver. Alguém que
estava disposto a viver uma vida simples e relevante com compromisso.
Há um filme que me marcou demais: Um amor para se recordar. O filme é
um dos mais encantadores que já vi, graças a linda estória romântica
totalmente plausível entre os personagens principais.
Landon Carter (Shane West) é um adolescente-problema e está sempre se
metendo em confusões. Quando uma de suas brincadeiras dá errado e deixa
um colega paralisado, ele é forçado a participar do clube de drama da escola,
como punição. Lá que ele conhece a inocente Jamie Sullivan até então uma
estranha para quem ele mal havia olhado. Por sua inocência, Jamie oferece
ajuda a Landon em seu novo papel.
A personalidade contagiante de Jamie, e a conexão natural que Landon sente,
o leva a olhar para seu próprio coração e se dar conta de que há algo mais
nesse relacionamento. No entanto, Jamie é uma garota com a qual Landon
jamais iria querer ser visto 6 meses antes, muito diferente das meninas
superficiais com quem ele costuma sair.
Tudo no filme nos leva a refletir sobre quem somos, sobre a maneira como
temos conduzido nossa vida. Muitas vezes conduzida com perspectivas
mesquinhas, acabamos nos esquecendo do que é essencial.
O amor e o poder que ele tem de transformar, de trazer à existência o que não
existe. E também como é bom viver de maneira radical sem jamais abandonar
os princípios da vida, sem jamais deixar de seguir Deus e tê-lo como a nossa
maior referência e como o Senhor e dono do nosso coração.
As palavras de Salomão: Lembra-te também do teu criador nos dias da tua
mocidade. São para os que possuem compromisso com o Reino de Deus. São
palavras para quem tem reverência diante do Criador e o reconhecem como
Senhor da vida e do coração.
C a p í t u l o 22
Compromisso e fé através do temor a Deus
(Eclesiastes 12.9-14)
O que está ocorrendo na compreensão do temor de Deus na igreja de hoje?
Não dá para agüentar mais ligar o aparelho de TV e ter que engolir pastores
berrando e dizendo chavões que são copiados uns dos outros. Não dá mais
para suportar os líderes de louvor com aquela pobreza de conhecimento
bíblico e superficialidade teológica dizendo que estão ministrando sobre a
vida das pessoas.
Eu diria que está muito mal compreendido e quase não vivido por nós como
cristãos. Quando Leio o livro dos Mártires, vejo a vida dos homens de Deus
pagando um preço alto demais e a vida deles falava muito mais alto por meio
de sangue.
Hoje a vida fala muito mais por uma conduta absolutamente longe de sangue
e perto de divertimento e convicções totalmente distantes dos ricos e
preciosos princípios do Reino de Deus. O que fazer? Precisamos olhar para as
advertências de Salomão que sabia o que significava o temor de Deus.
Salomão fala sobre a vaidade na vida do homem. Ele mostra que o nosso
corpo se degenera, ele passa por dores e sofre até que a morte o arrebate da
vida. Salomão deixa claro que todo homem é conduzido ao pó novamente
como veio. Ele veio do pó e ao pó retornará.
Ele mostra que o pensador louco termina seu tratado em atitude de desespero.
Salomão nos chama a atenção para entender que tudo na vida não passa de
vaidade e tudo é perseguir o vento. Mas, nesse capítulo 12 ele chama a
atenção dos jovens para a lembrança de Deus como o verdadeiro criador da
vida.
E chama a atenção ao atentarmos para as palavras dos sábios que são como
pregos bem fixados. Ele afirma que a conclusão de tudo na vida cheia de
vaidades é: Temamos a Deus e obedeçamos aos seus mandamentos
(CHAMPLIN. Livro de Salmos. Vol. 4, p. 2738).
“Eu defenderei e ensinarei os méritos de Cristo porque eles não são o tesouro
de indulgências e perdões e que a fé é necessária para que receba um
sacramento. A voz de qualquer homem deve ser ouvida quando ele fala de
acordo com as Escrituras e só” (FOXE, 2005, p. 145).
A realidade é que infelizmente hoje os que querem andar com a Palavra não
apenas nas mãos, mas no coração, eles são uma minoria. Pessoas que não
querem se colocar debaixo das luzes dos refletores da fama. Para elas, o
negócio é alcançar pessoas com o Evangelho de Jesus, discipulá-las,
capacitá-las e ajudá-las a exercerem o seu sacerdócio com um caráter honesto
e sincero. Isto não dá ibope e não sai na capa da revista Veja.
Humildade no coração:
É exatamente isso que Jesus desejou de seus discípulos: humildade e espírito
de servo. Tem uma palavra em latim que se chama elatus é aquele que se
eleva acima das pessoas, que se coloca em primeiro lugar. Esse é aquele que
abusa do poder, humilha as pessoas.
Ao contrário, o que teme a Deus, anda contemplando a sua própria
humanidade e se lembra sempre que é pó. Então a humildade dos que andam
com Deus em temor e reverência diante dele é da fragilidade. Os que andam
com Deus reconhecem que são seres humanos que descem a própria
humanidade (GRUN, 2006, p. 24).
No Reino de Deus não há espaço para os arrogantes. Deus resiste a esses tais
e dá graça para aqueles que cultivam o temor através da humildade. Deus
quer que nos esforcemos para formar uma igreja onde os seus membros se
caracterizam por seu anonimato, por seu amor aos perdidos, por sua
mansidão e domínio próprio.
Pela formação de discípulos de Jesus que se caracterizem por sua integridade,
fidelidade, intimidade e amor para com Deus e para com o próximo. Isso com
a prática dessa palavra, humildade. Precisamos ser pessoas que almejam a
semelhança com Jesus e ele é a própria personificação da humildade no
coração.
Vejam as palavras de Salomão: Além de ser sábio, o pregador também
ensinou ao povo o conhecimento, meditando, e estudando, e pondo em ordem
muitos provérbios. Procurou o pregador achar palavras agradáveis, e escreveu
com retidão palavras de verdade (Eclesiastes 12.9-10).
Ele mostra humildade nestas palavras é o homem mais sábio mostrando o que
aprendeu de Deus.
Senso de justiça:
A Palavra de Deus mostra que devemos ser um povo diferente, formado por
discípulos que buscam sempre conhecer a vontade de Deus para a vida. Um
povo que lê, estuda e medita na Palavra de Deus. Discípulos que aprendem a
ser humildes, pacientes, mansos, justos, generosos, sinceros, bons, felizes,
honrados, íntegros e que vivem acima da mediocridade. Discípulos cujo
estilo de vida é amar, perdoar, servir, confessar suas faltas, obedecer,
cumprir, sujeitar-se às autoridades, pagar seus impostos, falar sempre a
verdade, viver de maneira íntegra, buscar a paz com todos.
Confiar em Deus, amar seu próximo, ajudar, compartilhar com os
necessitados, chorar com os que choram, se alegrar com os que se alegram,
ser um com os irmãos, devolver o mal com o bem, sofrer as injustiças, dar
graças sempre por tudo e vencer a tentação.
A Palavra nos ensina que devemos orar sem cessar pela justiça que o profeta
Isaías clama no capítulo 58 do seu livro. Texto afirma nos versículos 7 a 12:
Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas
em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te
escondas da tua carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura
apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor
será a tua retaguarda. Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele
dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o
falar iniquamente; E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita;
então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o
Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e
fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um
manancial, cujas águas nunca faltam. E os que de ti procederem edificarão as
antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e
chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar. Se
desviares o teu pé do sábado, de fazeres a tua vontade no meu santo dia, e
chamares ao sábado deleitoso, e o santo dia do Senhor, digno de honra, e o
honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria
vontade, nem falares as tuas próprias palavras.
O texto afirma no final que Deus julgará toda obra até mesmo o que está
escondido (bom ou ruim). Qual o significado disso? É que Deus nos chama
para uma vida de moral e no campo espiritual de seriedade mesmo que os
outros não nos vejam.
Nos bastidores da vida, Deus nos convida para uma postura séria e relevante.
Sabendo que com toda certeza ele nos exigirá contas. A lembrança é de novo
voltada para Lutero que seguia a sua consciência apoiando-se na Palavra de
Deus (FOXE, 2005, p. 146).
A vida de Lutero era tão séria que os cardeais e bispos tinham medo da
afirmação dele: Estou amarrado pelas Escrituras (FOXE, 2005, p. 154). Deus
nos chama para ser leais em tudo na vida. Ele nos chama para sermos
exemplos de uma vida moral séria. Como foi o apóstolo Paulo que dizia:
Sede meus imitadores como eu sou de Cristo.
Temor a Deus é o que precisamos na vida. E o meio para vivermos isto é nas
Escrituras Sagradas. Elas são o manual de instruções da vida, elas são a
referencia da nossa jornada espiritual, elas são a revelação viva de Deus para
nós.
Termino citando o texto de Hebreus que fala do livro Santo para a vida:
Porque a palavra de Deus é viva e eficaz. E mais cortante do que qualquer
espada de dois gumes. E penetra até a divisão de alma e espírito e de juntas e
medulas. E é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração
(Hebreus 4.12).
Que Deus seja sobre nós no sentido de cultivarmos esse temor diante dele!
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Caso queira conhecer outros lançamentos
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