Sei sulla pagina 1di 6

Exercícios arqueológicos na geografia onde deitam os sítios arqueológicos ‘Rolim de Moura’,

‘Aliança’ e ‘Elegância’ são levados a cabo desde 1902 (Nordenskjöld, 1919, 1912). O
acúmulo teórico advindo de décadas de pesquisa na região ratifica o vale do rio Guaporé
enquanto locus de interflúvio étnico entre grupos indígenas culturalmente diversas a pelo
menos 7.000 anos antes do presente (Zuse et al., 2019). As inscrições científicas inauguraram
a sucessão referencial de adscrições que nutrem as dúvidas arqueológicas contemporâneas.
Em sentido amplo, elas remetem à relação entre culturas materiais nos mojos bolivianos e na
margem oriental do Guaporé (Becker-Donner, 1956; Miller, 2013, 2009, 1992(a)(b), 1983,
1977; Dougherty & Calandra, 1985, 1984). O inestimável valor arqueológico dos sítios em
apreço deriva, precisamente, da datação doméstica das fases cerâmicas; - estimadas entre
1.000 a 9.000 anos antes do presente; do subsídio a interpretações de interações e
empréstimos interfásicos; assim como da possível extrapolação das vozes “ceramistas” para
outros elementos intraculturais (etnológicos) e interétnicos (geo-sociopolíticos).
Os sítios supracitados estão estabelecidos na bacia do rio Guaporé. A mesma é descrita por
especialistas enquanto historicamente, palco de um processo de vigoroso contato interétnico,
construído sobre migrações milenares que fluíram à região (Crevels; van der Voort, 2009). O
território em questão é faixa de fronteira internacional entre Brasil e Bolívia; é considerado
por especialistas enquanto limite arqueológico da região arqueológica Boliviana Llanos de
Mojos (Zimpel e Pugliese,2016). A região foi lócus de um processo de retomada de pesquisas
arqueológicas a partir das décadas de 1970 e 1980, levadas a cabo inicialmente na margem
Brasileira do rio, pelo arqueólogo Eurico Theófilo Miller no âmbito do programa
PRONAPABA e na margem boliviana por Dougherty e Calandra. Dentre as principais
contribuições das pesquisas de Eurico Miller à arqueologia local está a identificação e
caraterização de duas novas fases cerâmicas: Corumbiara e Pimenteiras, assim como a
caracterização da fase Bacabal.

Menos que demonstrar uma provável origem em comum e uma ligação


1 parágrafo relevância dados, E debatemos isso e isso (Conclusão)
Para que serve a arqueologia? Para que serve a linguística.? Boas, Levi Strauss, conexões com
o trabalho de mais longo prazo. Estruturais.
Regularidade cultural, sincronicamente.
Habilidade cultural de longo prazo.Estabilidade cultural o que è ?
A bacabeira,bacabal tem relaçao com essas fases ? Corumbiara relação diacronia com bacabal
Dois sítios do lado Brasileiro se destacam seja pela antiguidade ou testemunhos de ocupação:
O Abrigo do Sol e o Sambaqui Monte Castelo, localizados respectivamente no alto e no
médio Guaporé. No Abrigo do Sol – com ocupação datada entre 8.700 e 4.500 AC- ocorrem
conjuntos líticos com presença de seixo lascado e lascas brutas. O Sambaqui Monte Castelo
tem datações estimadas em ate 9.500 anos, as camadas superiores do Sambaqui tem presença
de vestígios cerâmicos atribuídos a fase Bacabal, com datações entre 2.576 e 1.615 AC.
A fase Corumbiara espraia-se por ambas as marges da fronteira fluvial Brasil-Bolívia,em
especial no Alto-Médio Guaporé, assim como o baixo curso de seus afluentes. Tem datação
estimada entre 900 e 1746 AD. A fase Pimenteiras por sua vez localiza-se na porção sudeste
do Alto-Médio Guaporé e apesar de não existirem datações é estipulada enquanto
contemporânea a fase Corumbiara. (Miller,1983). As fases Corumbiara e Pimenteiras são
associadas por Miller a duas etnias Tupi distintas e historicamente habitantes de ambas as
margens do Guaporé: Os Pauserna habitantes representativos à Corumbiara e os Mekéns
associados a fase Pimenteiras.
Pesquisas recentes que discorreram sobre o tema; e estabelecendo concordância com as
descrições de Miller (2009) assinalando que a fase Bacabal é a mais antiga das três fases, com
datação estimada em 4.000 anos antes do presente (ZIMPEL e PUGLIESE,2016). Da mesma
forma, a mesma é identificada enquanto representativa em sítios de terra firme do pantanal do
Guaporé ocorrendo em geral em paralelo a presença de TPI e estruturas com valas em formato
circular ou em arco. Da mesma forma, também ocorre em regiões do rio com geografia
favorável à ocupação durante a estação seca - como cabeceiras de igarapés. Em termos
estratigráficos, os sítios com presença de cerâmica da fase Bacabal caracterizam-se em geral,
por possuírem camadas culturais de cerca de 50 cm. (ZIMPEL e PUGLIESE,2016). Miller
(1983) teorizou que a fase Bacabal engendrou-se das relações pretéritas com a cultura
cerâmica Valdívia do Equador que chegou a região do Guaporé pelo Llanos de Mojos
Boliviano e da mesma forma defende que o processo difusionista foi contínuo e espraiou as
influências da cerâmica Bacabal para outras áreas no Alto Rio Guaporé, Cerrado e na Encosta
da Chapada dos Parecis, influenciando as cerâmicas Aguapé, Poia, Galera e Caju assim como
expandido-se para o sul brasileiro, que teria na fase Taquara/Itararé uma das “herdeiras” da
fase Bacabal.
No Alto Guaporé as cerâmicas Poia, Aguapé e Galera são de todas as possíveis “herdeiras” da
Bacabal a com datações cronologicamente mais próximas daquelas da ocupação da fase
Bacabal. As fases Poia, Aguapé e Galera tem datações estimadas respectivamente entre 300
AC e o Século II e os séculos IX e XIV no caso da última. Aguapé e Poia tem presença de
antiplástico Cariapé, alisamento com decoração incisa de motivos de linhas paralelas, curvas e
em zigue-zague na pasta de seu conjunto formado por tigelas rasas e vasos. Por sua vez, a
cerâmica Galera tem padrões de assentamento e decoração também similares a fase Bacabal,
apresentando sítios associados a presença de TPI e conjunto arqueológico com decoração de
incisões em linhas finas com motivos horizontais e verticais em linhas retas, combinação de
linhas retas e escalonadas em conjuntos espaçados, com gravações zoomorfas; losangos e
meio losangos alternados e contínuos, com uma cruz puntiforme no centro; cruzeta simples e
complexa; acrescenta (Miller,2013) a ocorrência de vaso antropomorfos, pesos de fuso e
pendentes.
São assinaladas tanto por Miller (1983) quanto por Zimpel e Pugliese (2016) semelhanças
decorativas – presença de exciso Bacabal nas fases Corumbiara e Pimenteiras - e de padrão de
assentamento - Sítios com camada cultural rasa, e estruturas em terra com aparecimento tardio
no registro arqueológico no século X - entre a fase Bacabal e as fases Pimenteiras e
Corumbiara de ambas as margens do Rio. A este compartilhamento de elementos decorativos
e estruturais entre as fases, presentes nos dois lados da fronteira tentou-se inicialmente
interpretar enquanto uma evidência de assimilação gradual da cultura Bacabal e suas
tecnologias pelos povos produtores das fases Corumbiara e Pimenteiras (MILLER, 2009).
Pesquisas mais recentes assinalam as possíveis semelhanças entre as cerâmicas dos dois lados
da fronteira não enquanto uma problemática cronológica de absolvição da cerâmica Bacabal
pelas outras e sim, uma potencial evidência de contato, troca interétnica entre os povos deste
território e produtores destas cerâmicas.
Jaimes Betancourt (2011,2014), argumenta neste sentido, afirmando que o mosaico cultural
encontrado nos Llanos Orientais aparenta ser mais complexo que as diferenças encontradas
nas estruturas documentadas em terra e a cerâmica pode invariavelmente ser uma alidada
poderosa na interpretação deste código. Duas hipóteses tentam explicar as relações entre as
fases cerâmicas descritas: A primeira, pontua correlações partindo de atributos estilísticos na
cerâmica de sítios do alto rio Guaporé (Miller,2013). Já a segundo argumenta que os sítios do
médio Guaporé apresentam correlação estilística com a cerâmica dos sítios do Llanos de
Mojos ocidentais (Jaimes Betancourt,2011).
A relação entre a fase Corumbiara e Pimenteiras e a fase Bacabal entretanto, é objeto de
debate entre especialistas. A recorrente presença de elementos iconográficos comuns à fase
Bacabal nas fases Corumbiara e Pimenteiras – com o mais recorrente sendo o motivo Bacabal
Exciso - assim como em pinturas rupestres nos Llanos de Mojos central e no pantanal Mato
Grossense é segundo alguns acadêmicos, prova de que estes elementos estilístico em comum
teve uma abrangência além da Bacia do Guaporé. Entretanto, apesar de concordarem com a
significância deste dado, autores afirmam que a presença de motivos iconográficos e padrões
de assentamento assemelhados entre si, - como entre a fase Bacabal e as fases Galera, Poia,
etc não significa que os conjuntos arqueológicos destas sociedades apresentem semelhanças
evidentes.
A presença de Cariapé na pasta das fases Corumbiara e Pimenteiras evidencia uma possível
relação entre estas e a fase Bacabal. Os dados levantados por Miller (1983) evidenciam a
presença de Cariapé em todos os níveis escavados das duas primeiras fases. A presença de
Cariapé na fase Bacabal ocorre apenas a partir de 2.000 AP, uma data que marca a
coexistência das ocupações do Sambaqui e dos sítios na margem do Guaporé. Mesmo com o
aparecimento de cariapé no registro Bacabal, seus motivos decorativos continuaram sem
grandes mudanças .(ZIMPEL E PUGLIESE,2016).
Esta inclusão do cariapé afirmam, não tem a mesma presença nos sítios Bolivianos. Nos
Llanos bolivianos elementos diferentes como cauxi, areia, chamote, conchas e caulim são
utilizados enquanto antiplástico de forma mais popular que o cariapé. Este parece ter sido
utilizado no lado boliviano segundo Zimpel e Pugliese (2016) em contextos que a princípio
não apresentam elementos iconográficos em comum com as cerâmicas do rio Guaporé.As
datas aproximadas da Pimenteiras assinaladas no século III Ad por Miiller (1983), deve ser
reavaliada, defendem as pesquisas mais recentes, tendo em vista o compartilhamento de
inúmeras características entre as fases Bacabal e Corumbiara e Pimenteiras.
Zimpel e Pugliese(2016) defendem o aprofundamento dos estudos sobre a variabilidade das
pastas temporal e geograficamente como forma de fornecer possíveis subsídios na
interpretação e entedimento da diversidade de sujeitos presentes no território do Guaporé e
dos Llanos de Mojos. Motivos presentes na iconografia destas cerâmicas terem percorrido
mais de 300 quilômetros, por diversos ambientes sem alteração significativa de seus aspectos
morfológicos e de formação de pasta são motivos apresentados para este esforço intelectual
(Zimpel e Pugliese,2016)
Expressão material da cultura humana, os artefatos arqueológicos despertam olhares, geram
interpretações e indicam a transitoriedade da experiência humana na terra auxiliando de forma
privilegiada o esforço interpretativo arqueológico(Bruno,2009). Porém, sofrem com o avanço
de interesses pouco preocupados com o patrimônio local é um dos desafios à preservação da
cultura material local, cuja razão de ser não se restringe ao colecionismo, mas, além disso, ao
subsídio do conhecimento sobre elementos multiculturais sincrônicos aos ceramistas, e suas
sucessões diacrônicas; e fundo da interpretação (re)construtiva da disciplina arqueológica.
A relação das comunidades contemporâneas assentadas sobre estes vestígios com os mesmos
e o sentido que elas atribuem a estes. A particular relação de comunidades com os vestígios
arqueológicos, despertam ou ressignificam sentimentos diversos; afeição, sensação de poder e
identidade (Bezerra,2003). As narrativas engendradas nas comunidades podem ressignificar e
reapropriar estes vestígios em termos contemporâneos que mediam noções de identidade e
pertencimento social (Wichers,2014).Em suma os vestígios prestam auxílio a compreensão de
elementos tao diversos como a territorialidade e temporalidade de ocupações
pretéritas(Bruno,2014).
Em verdade da interação étnica nas sucessivas fases – e em cada uma – fundamentam o valor
dos vestígios arqueológicos presentes no complexo do médio Guaporé (Bettancourt, 2011;
Zimpel Neto, 2018, 2008; Zimpel Neto & Pugliese, 2016). Não prescindindo da oportunidade
que deixam ao formento de desenvolvimento sustentável firmado sobre o conhecimento
histórico e cultural do patrimônio arqueológico tornando a comunidade mais atrativa do
ponto de vista turístico, traduzindo-se em aproveitamento econômico local. (Bruno,2014)

BIBLIOGRAFIA

NORDENSKIÖLD, Nils Erland Herbert .1902. Från högfjäll och urskogar


Miller, E. T. 2013 Alumas Culturas Ceramistas , do noroeste do Pantanal do Guaporé à
Encosta e Altiplano Sudoeste do Chapadão dos Parecis. Origem, Difusão/Migração e
Adaptaçâo – do Noroeste da América do Sul ao Brasil. Revista Brasileira de Linguística
Antropológica(5) 2: 335-386.
Miller, E. T. 1992. Arqueologia nos empreendimentos hidrelétricos da Eletronorte. Brasília-
DF: Eletronorte
Miller, E. T. 1983. História da cultura Indígena do Alto-Médio Guaporé(Rondônia e Mato
Grosso). Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, 317p.
Miller, E. T. 1987. Pesquisas Arqueológicas Paleoindígenas no Brasil Ocidental. Estudios
Atacameños 8:37-61.
Miller, E. T. 2009. Pesquisas arqueológicas no Pantanal do Guaporé-RO, Brasil: a Sequência
seriada da Cerâmica da Fase Bacabal. In B. Meggers (Ed). Arqueologia interpretativa. O
método quantitativo para estabelecimento de sequências cerâmicas: estudos de caso: 103-117,
Porto Nacional: Unitins
Miller, E. T. 1977. Relatório das Pesquisas Arqueológicas no território Federal de
Rondônia(Alto Rio Madeira, do Yata ao Cuniã). Resultados Preliminares. Programa Nacional
de Pesquisas Arqueológicas na Bacia Amazônica-PRONABA.Taquara
Jaimes Betancourt, C. 2013. Diversidad cultural en los Llanos de Mojos. In: Valdez, F.
(ed). Arqueología Amazónica. Las civilizaciones ocultas del bosque tropical. Quito:
Instituto Francés de Estudios Andinos; Institut de Recherche pour le Dévelopement;
Abya-Yala

Potrebbero piacerti anche