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O EXPERIMENTALISTA

Moçambique 26 de Maio 2010 A Revista de Ciência e Tecnologia Volume 1 No 5

Tecnologia: Turbinas de vento e Geradores - 2


Construção: O galvanómetro
Comunidade: Armadilha para mosquitos
Tecnologia do Mundo: O Grande Colisionador de
Hadrões

Editorial
Menos que cinco por cento das famílias em Moçambique têm
energia eléctrica fornecida à casa. Fornecer a todas seria impossível;
imagine a quantidade de postos, cabos e transformadores que seriam

As fotos mostram membros do Grupo Faísca desenvolvendo o seu


gerador éolico e um gerador eólico ao lado de uma casa na
América.

necessárias! Mas hoje em dia, energia é uma necessidade para


quem quer uma vida pelo menos um pouco moderna. Tudo o
mundo quer luz eléctrica em casa - uma vela ou uma lata de
querosene com uma torcida nela não dá. Como os teus filhos
podem estudar a noite?
1
Ou talvez tu tens dinheiro para comprar um celular, mas como carregar a bateria? Pilhas para o rádio custam cada
vez mais no mercado...
Um painel solar custa demais. Como obter energia?
Em vários países, usam-se turbinas de vento para gerir energia eléctrica. Estes também custam muito nas lojas,
mas há possibilidades de produzir versões muito mais baratas.
O Grupo Faísca da KaTembe já tem desenvolvido turbinas de vento que custam quase nada. Nesta edição do
Experimentalista, descrevemos um destes. São capazes de ser feitos por um carpinteiro numa aldeia ou mesmo
um rapaz de nível Secundário que tem ferramentas simples. Não são potentes, não são capazes de operar um
fogão nem um aquecedor de água mas são adequados para operar um rádio, fornecer luz a noite, e carregar um
celular.

Turbinas de Vento e Geradores - Segunda parte


Uma turbina feita a partir de um balde plástico.
Aqui apresentamos a nossa primeira turbina.
Os resultados serão de grande valor. E, mais tarde,
se você fizer uma turbina maior, (digamos dois
Pode ver como fizemo o, olhando para as fotos a seguir.
metros de diâmetro), esperamos que ia produzir
Estas não são completas e perfeitas instruções. Ainda
energia suficiente para abastecer uma televisão
estamos a experimentar para obter a melhor turbina.
pequena. Naturalmente, o gerador deve carregar
Portanto, deve considerar esta turbina como uma experiência.
uma bateria para quando não haja vento.
Vocês leitores devem ser experimentalistas, e a fazer uma
(Descrevemos como ligar o gerador a uma bateria
pesquisa prática.
no fim deste artigo.)

Como fazer a turbina


Corte um balde no meio.

Corte um disco de Unitex (A), 55


cm de diâmetro. No centro, corte
um furo (B) um pouco maior que a

haste. (A haste será um tubo de alumínio - ver abaixo).


Na foto, o disco (A) tem sido pintado. (C) é um parafuso que foi inserido para
equilibrar o conjunto.

A última foto mostra as metades do balde - as “pás” da turbina - fixadas ao


disco por meio de parafusos

Seja cuidadoso; tudo deve ser simétrico.


Turbinas de Vento e Geradores 2

As metades superioras do balde são unidas com um pequeno pedaço


de Unitex fixado com parafusos e porcas. Antes de fixar o pequeno
pedaço de Unitex, faça um furo F no meio onde vamos colocar um
parafuso. Quando a peça seja fixa, este furo deve ser exactamente na
vertical acima do furo do disco.

A haste da turbina é um tubo de alumínio - o tipo que é usa-se para


suportar as antenas de TV. O diâmetro é de cerca de 25 cm. Ou pode
ser de bambu.

Este tubo é um pouco solto no furo do disco, de modo que o disco pode
mover-se livremente. É bom introduzir um pouco de Vaselina no furo
para lubrificá-lo.
(Neste turbina, o tubo de alumínio (a haste) é fixo para o chão. Não gira.
Somente o disco e as pás giram).

O tubo de alumínio tem um tampão de madeira A no topo. O tampão tem


um pequeno furo no qual o parafuso é inserido. Há anilhas B (e vaselina)
na parte superior do tampão de modo que não há quase nenhum atrito
entre o tampão e a parte superior das peças do balde.

Para colocar o conjunto sobre a haste, fixe a haste numa posição vertical e baixe o
conjunto na haste. O parafuso no meio do pedaço de Unitex vai para o pequeno furo
no tampão na haste. Gire o parafuso um pouco para que ele seja temporariamente
fixo. Agora gire o conjunto. Você encontrará quase certamente que o conjunto não
gira simetricamente. Deve tirar os parafusos fora do pedaço de Unitex e movê-lo até
o conjunto girar simetricamente. Em seguida, coloque os parafusos na nova posição.

Isto é difícil de fazer. Fixamo-lo com “Bostik


Blu-Tack"e movemo-lo temporariamente até que
ele estava na posição correcta e, em seguida,
fizemos novos furos e fixamos novamente os
parafusos e porcas.

Quando você gira o conjunto, vai achar que é mais pesado num lado. Ou
seja, não é equilibrada. A fim de equilibrá-lo, coloque um parafuso com
porcas (como uma massa extra) até equilibrada. Para fazer isso, tem que
colocar o mastro numa mesa horizontal. O desenho mostra a ideia.

A - Nível de bolha na bancada.


B - Parafuso e porcas suficientes para equilibrar o conjunto.
Turbinas de Vento e Geradores 3

Agora temos que pôr um gerador em


contacto com o disco. Vai abaixo do
disco, e é mantido no lugar com duas
molas. As molas são as lâminas de
serra de aço. Devem ser curvadas para
que eles mantenham o gerador
firmemente em contacto com o disco.

Na foto, os dois blocos de madeira, B e B são grampeados em torno da haste. Eles são apertados à haste com os
parafusos A e E.
C e C são as lâminas de serra. G é um dos dois grampos para fixar as lâminas aos blocos de madeira. São
pedaços de Unitex fixados com parafusos.

D é a roldana no eixo do gerador.


O gerador é um motor de um carro
brinquedo eléctrico.

Tente obter um motor já com uma roldana. Depois, você pode colar uma roda
maior na roldana.
Senão...
Corte um pedaço do tubo no interior de uma caneta esferográfica
Em cima do tubo fixe um pedaço de tubo cortado da ligação entre uma bomba
de bicicleta e válvula do pneu, fixado com Super Glue.É muito difícil segurar
uma roda ou roldana directamente sobre o eixo fino de um motor.

Vistas em
baixo do
braco com o
motor.

As fotos mostram uma das nossas


tentativas. Você deve experimentar segurar
uma roldana apropriada.
A última foto mostra um gerador maior C -
o motor de um berbequim avariado a bateria
eléctrica - que funciona como um gerador e
dá mais poder. A roldana grande B é a
tampa de uma garrafa colada ao eixo com
Super Glue. Tem um elástico A colado para
garantir um bom contacto com o disco.
Turbinas de Vento e Geradores 4

Finalmente, deve colocar a turbina num mastro para


apanhar um bom vento. Aqui está um desenho de uma
maneira fácil de elevar e montar o mastro.

A foto mostra uma braçadeira para prender ao mastro abaixo do


gerador. Cordas vão sair dos furos “A” para estacas no chão.

Deve tentar muitas experiências para obter um resultado óptimo.


Pesquisa prática leva um longo tempo.

Como ligar o gerador para carregar uma bateria

O vento não sopra sempre. Por isso, é necessário armazenar a energia


numa pilha recarregável. (Ou, melhor, o número de pilhas apropriado
para a voltagem que deseja. Uma pilha recarregável dá 1.4 Volts. Por
isso, 4 ou 5 pilhas servem - 5.6 ou 7 Volts.)

Quando não haja vento, as pilhas devem ser desligadas do gerador. Díodo
É necessário introduzir um díodo, um dispositivo que permite a
corrente correr numa só direcção.
Sem um díodo, a corrente voltará à pilha, descarregando-a. Símbolo do díodo

Não se esqueça de ligar um


condensador entre os fios. Caso
contrário, receberá um ruído no rádio
em vez de musica.

Agora pode ligar ao rádio ou iluminar


a mesa a noite. (A lâmpada deve ser
um díodo emissor de luz (LED)).

Ou pode carregar o seu celular.


Condensador
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Armadilha para mosquitos


Como matar mosquitos

Para ajudar com a luta contínua contra os mosquitos, uma ideia é trazê-los para uma armadilha que
pode matar muitos deles.

O que nós precisamos é, basicamente:

200 ml de água.
50 gramas de açúcar mascavado (mascavo)
1 grama de levedura.
e uma garrafa plástica de 1,5 litros

1. Corte uma garrafa de plástico no meio. Guardar a parte do gargalo


- este vai servir de funil no Step 4. (‘Step’ = ‘passo’)

2. Misture o açúcar mascavado com água quente. Deixar esfriar


depois e despejar na metade de baixo da garrafa.

3. Acrescentar a levedura. Não há necessidade de misturar.


Ela criará dióxido de carbono.

4. Colocar a parte do funil, virada para baixo, dentro da outra


metade da garrafa.

5. Enrolar a garrafa com algo preto, menos a parte de cima, e


colocar em algum canto de sua casa.

Em duas semanas você vai ver a quantidade de mosquitos que


morreu lá dentro da garrafa.

Além da limpeza de suas casas,


locais de reprodução do
mosquito, podemos utilizar esse
método muito útil em escolas,
creches, hospitais e residências.
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Como Fazer um Galvanómetro
Um “galvanómetro" é um dispositivo para
detectar uma corrente eléctrica.

E1 e E2 - ímanes presos ao pedaço de ferro


(D) na forma de um “U”.

F -A bobina de fio fino enrolado numa


caixa de fósforos.

G1 e G2 -A bobina é suportada por esses


dois fios, superior e inferior. Cada um é
uma continuação das extremidades da
bobina. Os fios são finos para permitir a
bobina girar facilmente. Estes fios são as
conexões para a corrente. Vão aos
terminais T.
Quando a corrente eléctrica passa pela
bobina, a bobina gira. (Na realidade, oscila
durante uns segundos, mas gradualmente,
pára.) A desligar a pilha, a bobina volta
para onde estava - o “zero”.

Uma corrente e um campo magnético


interagem e criam uma força.

P - Ponteiro para que possa ver o quanto a


bobina se move. É feito de folha de
alumínio.
A - A coluna, cerca de 15 cm de altura.
C - Braço de suporte. Tem um furo que
deve ser exactamente acima do centro da
base da garrafa.

O fio passa por uma cunha circular K, rachado no meio,


que prende o fio e permite ajustá-lo.

T - Os terminais - parafusos e porcas.

Foto pequena em cima da foto principal - O


galvanómetro é protegido por uma garrafa grande de
plástico, com o fundo cortado.

No lado da garrafa há linhas de caneta de feltro para notar o movimento do ponteiro.

M - Círculo na base onde a garrafa vai ficar. Marque o centro e coloque um gancho ou prego H, dobrado para
segurar o fio inferior que vem da bobina.

B - Pequenos blocos de madeira para segurar a garrafa no lugar certo.

L1 e L2 - Pedaços de arame de cobre rígido colados nos furos na caixa de fósforos. A cola Araldite é boa porque
solidifica-se rapidamente.
Como Fazer um Galvanómetro 7

Como fazer a bobina


Marque o centro das extremidades de uma caixa de fósforos e fure-o com um alfinete.
Introduza nestes furos, pedaços de arame e cole-os. Faça pequenos laços nesses arames.

Agora é preciso de fio muito fino, esmaltado (pintado com verniz). Deve ser muito fino,
tão fino quanto um cabelo, se possível. É preciso de cerca de 12 metros. Pode arranjar
isso de um transformador velho. Veja a foto de um transformador avariado de um
carregador de um celular em baixo.

Deixe cerca de 20 centímetros do fio fora antes


de começar bobinar. Enrole um pouco em torno
do fio rígido para fixá-lo.

Então bobine 30 voltas em cada metade da caixa

Puxe as extremidades livres dos fios através dos


laços dos pequenos arames duas vezes para
segurá-las. Agora a bobina está pronta.

Coloque um prego pequeno dobrado (H na foto


na página 6) na base no centro do círculo na
placa de madeira. A parte inferior do fio será
fixada aqui.
Agora é preciso de dois ímãs. Eu usei ímãs de
altifalantes velhos pela primeira versão do

galvanómetro, mas mais tarde arranjei ímanes rectangulares.

<< Uma foto do corte do íman de um altifalante.

O suporte para os ímanes


Tentei com um pedaço de uma lata de leite
condensado mas foi fino demais. >
Então arranjei uma tira de ferro mais forte. É
um pouco feio, mas serve.
Fixei-a à coluna com pequenos parafusos.

A bobina deve ser orientada com se vê na foto. Os ímanes devem ser nas posições correctos. Muito perto, mas
não a tocar, obviamente.
Se não esteja certo, dobre o suporte até que seja correcto. Coloque os ímanes com cola. O pólo Norte de um
íman deve enfrentar o Sul do outro.
Como Fazer um Galvanómetro 8

Pendurando a bobina

Suspende a bobina do seu fio superior. O fio é apertado entre as duas


partes da cunha rasgada. Ligeiramente puxe o fio inferior e fixe-o no
gancho e levá-la para o outro terminal.

Raspe (tire) o verniz do fio para contactar bem os terminais. Os


terminais devem ter anilhas.

Recorte uma tira fina de folha de


alumínio com um ponto na final.
Fixe-a ao topo da bobina. Este é o
ponteiro.

Verifique se a bobina pode girar sem


tocar nos ímanes.

Vire a cunha que prende o fio superior até que os lados da bobina
estejam em frente do centro dos ímanes. Esta é a posição “zero”
do ponteiro.
Coloque a tampa (a garrafa) sobre o galvanómetro.

Com uma caneta de feltro, marque na garrafa a posição onde o


ponteiro indica. Esta é a posição zero quando nenhuma corrente
flui através do galvanómetro.

Conectando a uma pilha

Não é aconselhável ligar directamente a uma pilha porque o galvo ia mover


muito violentamente.

Diminui a corrente com uma resistência de 100 Ohms em série com o galvo.
Assim, a corrente é limitada e o galvo funciona com 1, 2, ou 3 pilhas.

Se não tiver uma resistência normal, pode fazer um com metade de um lápis.
Seis centímetros de um lápis tipo HB tem uma resistência de mais ou menos
100 Ohms. A foto mostra um tal resistência com um conector feito de um
pregador.

Um diagrama do galvo com uma resistência em série é: >

Para detectar correntes pequenas, a resistência não é necessário.


Quando uma corrente passa, a bobina move (oscila, vai-e-vem), mas aos poucos
acalma-se.
Como Fazer um Galvanómetro 9

Conecte uma pilha no sentido oposto. A bobina move se na direcção


oposta.

Com duas pilhas, a bobina (o ponteiro) move-se mais.

Assim, o galvanómetro detecta a corrente eléctrica. Se seja calibrado,


poderia usá-lo para medir a corrente.

Uma pequena demonstração é: Inserir a grafite de um lápis e um


pedaço de zinco num limão e ligue-os ao galvo.

O galvo mostra um movimento.

A primeira foto mostra um galvanómetro


antigo.

A segunda foto mostra um galvo semi-


moderno.

O interior de um galvo semi-moderno.

Funciona nos mesmos princípios, mas a


suspensão consiste de chumaceiras finas
(agulhas) e molas espirais.

Um galvanómetro moderno, electrónico, digital (‘micro-amperímetro’). >

A definição de um galvanómetro no dicionário é:

Um dispositivo para detectar correntes pequenas. Uma bobina do fio


envernizado fino em torno de uma caixa de fósforos é suspensa entre dois
ímanes. Uma extremidade da bobina liga a um fio fino longo que pendura de
um suporte e um terminal. A outra extremidade da bobina vai a um outro fio
fino longo que vai a um terminal na base. Quando uma fonte da voltagem é
ligada aos terminais, a bobina gira e move um ponteiro.

Um espelho pequeno colado a caixa pode reflectir um raio de luz que aja
como um ponteiro e faça o galvanómetro mais sensível.

O galvanómetro assim é muito sensível e detectará correntes menos de 1


milliAmpere.
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O Autogiro
A foto mostra o Sr ‘Wing
Commander’ Ken Wallis a
voar no avião que construiu.
É um tipo chamado ‘autogiro’.
Ken Wallis é Inglês. Tem
noventa e quatro anos.

O Grande Colisionador de Hadrões (LHC)


O LHC, o maior acelerador de partículas já construído, está em operação, próximo a Genebra na Suiça.
Pesquisadores da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN, na sigla em francês) provocaram a colisão
de dois feixes de protões a uma energia de 7 teraeléctron volts, algo jamais observado em laboratório. O
resultado obtido equivale a uma espécie Big Bang em miniatura. Os cientistas consideraram o experimento como
o princípio de uma nova era para a física moderna.
O LHC visa, principalmente, estudar o comportamento das partículas atómicas a uma velocidade bem próxima à
da luz.

Como funciona o LHC


Átomos e electrões
Basicamente, um átomo consiste de electrões, protões e neutrões. O núcleo consiste
de protões e neutrões. Os protões são carregados positivamente e os neutrões não
têm carga. Os electrões, carregados negativamente, orbitam o núcleo.

Uma corrente
de electricidade
consiste de
electrões que
fluem num
condutor.

A temperaturas normais, os electrões ficam dentro do condutor, mas se o condutor tiver


uma temperatura alta (por exemplo o filamento de uma lâmpada) os electrões saem um
pouco e voltam, como gotinhas dançandas em cima de uma panela de água a ferver.
O Grande Colisionador de Hadrões 11

Uma placa positiva pode atrair estes electrões (num vácuo: ar


impede electrões.) Chama-se esta placa o ânodo. Um dispositivo
destes chama-se um díodo.
G - Ânodo positivo.
F - Filamento rodeado de um nuvem de electrões. É negativo
relativo ao ânodo, e chama-se o cátodo.
E - Electrões.

Na realidade, o cátodo não é um mero arame mas uma pequena placa


aquecida por uma corrente eléctrica.

Se o ânodo tiver um furo no centro, uns electrões pasam através do


furo e chegam no vidro. A bater no vidro, há uma pequena explosão
onde os electrões expulsam pequenas partículas do vidro. São
partículas de luz (fotões), mas a luz é muito fraca.

Uma bobina, através do que passa uma corrente eléctrica, cria um


campo magnético que concentra os electrões num raio mais estreito e
intenso, assim expulsando mais fotões quando batem no vidro.

Colisões mais potentes


Os cientistas começaram a pensar, “Talvez o núcleo de um átomo (protões e neutrões) é composto de outras
partículas. Vamos batê-lo com muita força para ver se podermos explodi-lo e ver se seja composto de
partículas mesmo mais pequenos.”

Queriam criar colisões mais energéticas (não só electrões batendo vidro), mas colisões bastante fortes para
desintegrar átomos e, assim, descobrir as partículas que compõem o núcleo de um átomo. Por isso, em lugar
de um cátodo, que emite electrões, substituíram um isótopo radioactivo, que que emite hadrões (protões, etc).

Para atingir energias mais altas, foi preciso usar partículas mais pesadas (mais massivas) que electrões.
Decidiram usar protões (partículas do núcleo). Protões são um de uma gama de partículas chamadas
‘hadrões’. Hadrões são emitidos por várias substâncias (isótopos radioactivos de certos elementos, tais como o
isótopo de chumbo, 205Pb).

E foi também necessário atingir velocidades muito mais altas, e inventaram um dispositivo como vê-se no
diagrama.

Construíram tubos compridos e voltagens muito altas. Este tipo


de máquina chama-se um ‘acelerador de partículas’. Mas
mesmo assim, não conseguiram velocidades bastante altas. Os
tubos eram curtos demais para acelerar os hadrões
suficientemente. (É necessário centenas de metros.)

A e B - Eléctrodos com uma voltagem de um milhão de volts


entre eles.
C - Fonte de hadrões.
D - Tubo evacuado.
E - Átomos a serem batidos (o alvo).
O Grande Colisionador de Hadrões 12

Colisões mais energéticos

Por isso, decidiram forçar os hadrões ir em círculos, não em linhas rectas.


Assim, podem acelerar os hadrões durante muitas voltas, como um rapaz
acelera uma pedra com uma atiradeira.

O sincrotrão
Inventaram uma máquina nova em que os hadrões giravam centenas de vezes
no tubo antes de bater o alvo (átomo, protão, ou hadrão). São forçados num
circulo por ímanes espaçados ao longo do tubo. É uma máquina grande: Um
íman pesa 34 toneladas ou mais.

Colisões de frente
Para criar uma colisão mesmo mais energética, usavam dois tubos com hadrões viajando em sentidos
opostos em cada tubo. No último momento, um hadrão foi desviado do seu tubo e entrou noutro tubo, e os
hadrões batem um com o outro, de frente.

É como uma colisão de locomotivas. (Pode ver as partículas a sair no desenho?)

Os tubos são evacuados e rodeados com ímanes electromagnéticos imensos para dirigir os hadrões no seu
caminho circular.
Há 1,296 ímanes no LHC. O peso total dos ímanes é 47.000 toneladas.
(Sim, quarenta e sete mil.) Operam numa temperatura de menos 300
graus C, 2 graus acima de zero absoluto que é -273,3 graus C.

A colisão dos hadrões é assim (diagrama simplificado.) >

Há dezenas de câmaras no LHC focadas nas colisões.

< Uma foto mais realista tirada por uma das câmaras.

A zona das colisões é muito pequenina. Na realidade é menos que o


diâmetro dum cabelo humano.

A colisão expulsa um borrifo de partículas que são fotografadas com


várias máquinas fotográficas. Então as fotos são analisadas e as
características das partículas determinadas.

As máquinas fotográficas são câmaras digitais muito especiais e rápidas


porque as partículas emitidas da colisão têm vidas de uns milionésimos
de um segundo. As câmaras tiram mil fotos para cada colisão.
O Grande Colisionador de Hadrões 13

Tudo isto acontece dentro de dois tubos dentro de túneís grandes circulares com uma circunferência de 27
quilómetros, enterrados num distrito na fronteira entre França e Suíça, como se vê na foto.

Na foto, vê-se um lugar (“Atlas”) onde os hadrões viajando num sentido num dos tubos, cruzam com hadrões
no outro tubo e colidem de frente.

Uma foto do interior dum dos tubos, mostrando os ímanes


electromagnéticos. O homem é visível em baixo. >

< A foto mostra uma vista durante a montagem do


colisionador.

É assim que os cientistas esperam entender a situação ao


início do universo nos primeiros segundos.*
É a máquina científica mais complexa e grande do mundo.
As experiências são previstas durar dez anos ou mais.

A organização responsável é a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear. (Em francês: Organisation
Européenne pour la Recherche Nucléaire, CERN). Foi a mesma organização que inventou a Internet.
Vinte países são envolvidos na operação e financiamento do CERN.

*O Big Bang (a Explosão Grande) é a teoria cosmológico dominante do


desenvolvimento inicial do universo. Os cosmólogos usam o termo "Big
Bang" para se referir à ideia de que o universo estava originalmente muito
quente e denso em algum tempo finito no passado e, desde então tem-se
resfriado pela expansão ao estado diluído actual e continúa em expansão
actualmente. De acordo com as melhores medições disponíveis em 2010,
as condições iniciais ocorreram por volta de 13,3 a 13,9 bilhões de anos
atrás. De acordo com o modelo do Big Bang, o universo se expandiu a
partir de um estado extremamente denso e quente e continua a se expandir
actualmente. Uma analogia comum explica que o espaço está se
expandindo, levando galáxias com ele, como passas em um naco de pão a
aumentar. O esquema gráfico é um conceito artístico que ilustra a expansão
de uma parte do Universo.
O Grande Colisionador de Hadroes 14

Projectos extravagantes e gastadores

No mundo de hoje, enquanto a pobre Maria


em Moçambique cultiva a sua machamba
com a enxada e há tantas escolas sem
materiais escolares e distritos sem clínicas,
o Primeiro Mundo gasta tantos triliões de
Meticais em projectos que parecem
extravagantes e gastadores.

Os gastos na exploração do espaço pelos


países desenvolvidos é um exemplo.
Triliões e triliões de dólares.

Os cientistas são felizes mas os camponeses aqui em Moçambique deviam ser zangados... Mas claro,
não sabem nada do assunto. Todavia, não parece justo.

O Colisionador de Hadrões é mais um exemplo. É uma experiência gigantesca para descobrir se


certas particulares subatómicas existem ou não.

Até hoje, durante mais que 20 anos, o LHC tem gastado mais que 350.000.000.000 Meticais - quase
10 bilhões de USD.

É justo ou não? Há muita polémica sobre o assunto.

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