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CCNA ICND I e II / Preparatório

Exame CCNA 200 - 120


Certificação CCNA – Trainning Education Services

CCNA 200-120

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Conteúdo
Capítulo 1 – Fundamentos de redes ............................................................................................. 8
MODELOS EM CAMADAS ............................................................................................................... 8
O MODELO OSI ........................................................................................................................... 9
BENEFÍCIOS DO MODELO OSI ...................................................................................................... 12
7 – CAMADA DE APLICAÇÃO: ................................................................................................... 13
6 – CAMADA DE APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 14
5 – CAMADA DE SESSÃO ......................................................................................................... 15
4 – CAMADA DE TRANSPORTE ................................................................................................. 15
3 – CAMADA DE REDE ............................................................................................................. 24
2 – CAMADA DE E NLACE ......................................................................................................... 27
1 – CAMADA FÍSICA ................................................................................................................ 30
MODELO TCP/IP ....................................................................................................................... 32
Capítulo 2 – Endereçamento IPV4 .............................................................................................. 34
ESTRUTURA DO ENDEREÇAMENTO IPV4 ....................................................................................... 35
QUESTÃO IMPORTANTE – CONVERSÃO BINÁRIO PARA DECIMAL ....................................................... 37

PRATICANDO CONVERSÕES DE BINÁRIO PARA DECIMAL ............................................................. 40


TIPOS DE ENDEREÇOS NUMA REDE IPV4 ....................................................................................... 44
CÁLCULO DE ENDEREÇOS DE REDE, HOSTS E BROADCAST ............................................................... 46
ENDEREÇOS PÚBLICOS E PRIVADOS .............................................................................................. 47
ENDEREÇAMENTO CLASSFULL ...................................................................................................... 49
ENDEREÇAMENTO CLASSLESS ....................................................................................................... 52
SUB-REDES E MÁSCARAS ............................................................................................................. 53
VLSM – (VARIABLE LENGTH SUBNET MASK) – MÁSCARA DE SUB REDE DE COMPRIMENTO VARIÁVEL. 61
SUMARIZAÇÃO DE REDES ............................................................................................................. 67
EXERCÍCIOS ENDEREÇAMENTO IPV4 ............................................................................................. 71
Conversões de sistemas numéricos .................................................................................... 71
Identificação das classe dos endereços .............................................................................. 73
Identificação de rede e host ................................................................................................ 74
EXERCÍCIOS DE SUB REDES - CLASSFULL ......................................................................................... 78
EXERCÍCIOS DE VLSM ................................................................................................................. 81
Capítulo 3 – IPV6 ......................................................................................................................... 95
IPV6 – O NOVO SISTEMA DE ENDEREÇAMENTO DE REDES .............................................................. 95
O ESGOTAMENTO DO IPV4 .......................................................................................................... 96

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SOLUÇÕES PROPOSTAS AO ESGOTAMENTO DOS ENDEREÇOS I PV4: ................................................... 97


SURGIMENTO DO IPV6 – A SOLUÇÃO DEFINITIVA ........................................................................... 99
RISCOS RELACIONADOS À AUSÊNCIA DO IPV6 NAS REDES DE DADOS ............................................... 100
ESTRUTURA DO ENDEREÇAMENTO IPV6 ...................................................................................... 102
ENDEREÇAMENTO IPV6 ............................................................................................................ 108
ESTRUTURA DO ENDEREÇO ........................................................................................................ 109
TIPOS DE ENDEREÇOS DO IPV6 .................................................................................................. 114
COMPARATIVO ENTRE IPV6 E IPV4 ........................................................................................... 117
Capítulo 4 – Switching ............................................................................................................... 118
MODELO DE 3 CAMADAS CISCO ................................................................................................. 127
ACESSO INICIAL E COMANDOS BÁSICOS DO SWITCH ...................................................................... 128
USO DO HELP NO IOS ............................................................................................................... 133
CONFIGURAÇÕES DE INTERFACES ................................................................................................ 137
VLANS .................................................................................................................................... 147
CONFIGURAÇÕES DE VLANS: ...................................................................................................... 153
ETHERCHANNEL ....................................................................................................................... 156
DETALHES DE IMPLEMENTAÇÃO: ............................................................................................ 159
Spanning Tree protocol ......................................................................................................... 165
EXERCÍCIO SPANNING-TREE ....................................................................................................... 181
CAPÍTULO 5 – ROTEAMENTO ......................................................................................................... 190
ROTEAMENTO .......................................................................................................................... 191
O ROTEADOR ........................................................................................................................... 192
TABELA DE ROTEAMENTO .......................................................................................................... 200
TIPOS DE ROTEAMENTO............................................................................................................. 202
ROTEAMENTO ESTÁTICO ........................................................................................................ 202
ROTEAMENTO DINÂMICO ...................................................................................................... 210
Protocolos de roteamento IP ................................................................................................ 211
IGP e EGP ........................................................................................................................... 212
CONCEITOS IMPORTANTES EM ROTEAMENTO .............................................................................. 215
Convergência: .................................................................................................................... 215
Métrica: ............................................................................................................................. 216
Balanceamento de carga ................................................................................................... 218
Loops de roteamento ........................................................................................................ 221
CAPÍTULO X –ROTEAMENTO DE VLANS ......................................................................................... 224

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Usando o roteador como um GATEWAY........................................................................... 226


Roteador fixo ..................................................................................................................... 228
Configuração da subinterface ........................................................................................... 229
Exercício de configuração ..................................................................................................... 232
CAPÍTULO 6 – PROTOCOLOS DE ROTEAMENTO ................................................................................ 234
EIGRP (ENHANCED INTERIOR GATEWAY ROUTING PROTOCOL) .................................................... 235
Métrica EIGRP.................................................................................................................... 236
Módulos PDM (Protocol-Dependent Modules) ................................................................ 239
Autenticação ..................................................................................................................... 239
CONFIGURAÇÕES DO EIGRP ...................................................................................................... 239
COMANDOS DE VERIFICAÇÃO ................................................................................................. 242
OSPF – OPEN SHORTEST PATH FIRST ......................................................................................... 244
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO OSPF: ................................................................................... 249
REDES MULTIACESSO COM BROADCAST ...................................................................................... 250
A eleição do DR/BDR ......................................................................................................... 252
OSPF MULTIÁREA .................................................................................................................... 253
TIPOS DE ROTEADORES OSPF NO MULTIÁREA: ............................................................................ 258
• Roteador interno ....................................................................................................... 258
• Roteadores de backbone .......................................................................................... 258
• Roteador de borda de área (ABR) ............................................................................. 258
• Roteador de limite de sistema autônomo (ASBR)..................................................... 259
CONFIGURAÇÕES DO OSPF ....................................................................................................... 260
Multiárea (OSPF v2) .......................................................................................................... 260
RESUMO DA ROTA OSPF ........................................................................................................... 264
COMANDOS PARA VERIFICAÇÃO DO OSPF: ................................................................................. 269
Exercício prático .................................................................................................................... 272
OSPF em Multiárea................................................................................................................ 272
CAPÍTULO 7 – HSRP ..................................................................................................................... 273
A redundância do gateway padrão ....................................................................................... 274
Terminologia HSRP ................................................................................................................ 277
Balanceamento de carga ....................................................................................................... 282
Visualizando o balanceamento ............................................................................................. 283
CAPÍTULO 8 – REDES WAN ........................................................................................................... 285
ACL´S – ACCESS CONTROL LISTS ................................................................................................ 286

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COMO AS ACLS FUNCIONAM ................................................................................................. 291


ACLs padrão....................................................................................................................... 292
ACLs estendidas................................................................................................................. 293
POSICIONAMENTO DAS ACL´S ............................................................................................... 294
ACL´s Nomeadas ................................................................................................................ 295
NAT – NETWORK ADDRESS TRANSLATION .................................................................................. 296
Mapeamento dinâmico e estático .................................................................................... 300
NAT com overload (sobrecarga)........................................................................................ 300
Diferenças entre a NAT com e sem overload .................................................................... 301
BENEFÍCIOS E DESVANTAGENS DE USAR A NAT ........................................................................ 302
CONFIGURANDO A NAT ........................................................................................................ 304
PPP – POINT TO POINT PROTOCOL ............................................................................................. 308
Padrões de comunicação serial ............................................................................................. 308
ARQUITETURA PPP ............................................................................................................... 311
Estabelecendo uma sessão PPP ........................................................................................ 313
COMANDOS DE CONFIGURAÇÃO PPP...................................................................................... 314
Verificando uma configuração de encapsulamento PPP .................................................. 315
AUTENTICAÇÃO PPP ............................................................................................................. 316
FRAME-RELAY – COMUTAÇÃO POR PACOTES ............................................................................... 319
A FLEXIBILIDADE DO FRAME R ELAY ......................................................................................... 320
CIRCUITOS VIRTUAIS ............................................................................................................. 322
ENCAPSULAMENTO DO FRAME RELAY ..................................................................................... 323
Topologias Frame-Relay .................................................................................................... 325
Mapeamento de endereços Frame-Relay ......................................................................... 326
Interface de gerenciamento local (LMI) ............................................................................ 327
TAREFAS DE CONFIGURAÇÃO DO FRAME RELAY ....................................................................... 329
TERMINOLOGIA ESSENCIAL .................................................................................................... 330
EXERCÍCIOS DE CONFIGURAÇÃO ...................................................................................................... 335
Questões CCNA ......................................................................................................................... 339

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Capítulo 1 – Fundamentos de redes

MODELOS EM CAMADAS

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O MODELO OSI

A partir do início dos anos 80, um conjunto de circunstâncias, posteriormente


chamado de downsizing, começou a trazer para dentro das empresas os novos
computadores que surgiam na época com a promessa de dividir com os mainframes
(computadores de grande porte) as tarefas de processamento informatizado
crescentes nas empresas.

Esses novos computadores eram bem menores do que os mainframes e traziam


consigo a vantagem de serem distribuídos pelos ambientes corporativos ao invés de
concentrados no CPD.

Seu poder de processamento ainda era bem inferior ao dos computadores de grande
porte da época, mas sua versatilidade aliada à escalibilidade proporcionada pelos
modelos desktop trouxeram uma nova era na informatização dos trabalhos dentro das
empresas.

Rapidamente se espalharam e assumiram porções significativas das atividades


principais das empresas. Rotinas relacionadas à folha de pagamento, contabilidade,
registros e controles de processos internos foram então transferidos para os novas
máquinas, chamadas de Personal Computers (PC).

Devido ao fato das informações serem totalmente inter-relacionadas, logo surgiu a


necessidade de unir o resultado do processamento das pequenas máquinas entre si e
também com o computador de grande porte.

A comunicação entre os computadores PC passou a ser então objeto de estudo e


desejo por parte de todos que faziam uso desta ferramenta. E este grupo crescia muito
a cada dia.

Surgiram soluções arrojadas e caras para as primeiras redes entre os PC´s; e algumas
empresas na época até conseguiram alavancar seu desenvolvimento oferecendo este
tipo de solução, além do comércio e importação dos pequenos computadores.

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A presença dos computadores PC continuou a crescer dentro das empresas, devido ao


seu baixo custo se comparado ao grande porte e também por um outro fato ocorrido
na época, que foi a perda de controle por parte da IBM que conduziu a produção do
primeiros PC´s tratados inclusive como os IBM-PC. Como não ouve um patenteamento
do produto, por uma série de circunstâncias comerciais, outras empresas começaram a
produzir os cópias do produto da IBM. Essa produção cresceu muito rápido e
ultrapassou o produto original rapidamente. E esse fato também derrubou os preços
destas máquinas acelerando ainda mais sua entrada nas empresas.

As soluções apresentadas na época para interligação dos PC´s foram bem recebidas
pelo mercado, pois solucionavam o problema crônico das atualizações de dados. Já no
início da nova onda dos PC´s, era necessário gerar cópias de tudo o que era introduzido
no equipamento para agrupar ao produto de outros computadores. Se por um lado
eram úteis descentralizando o processamento dos dados, para aproveitar seu trabalho
era necessário integrar tudo num outro equipamento. Este centralizador poderia até
mesmo ser um mainframe ou mesmo outro PC que manteria uma centralização do que
era produzido nos outros equipamentos espalhados pela empresa. Começava a surgir
ali, o conceito dos primeiros servidores de banco de dados e outras informações.

Após coletar o trabalho de cada máquina com mídias utilizadas na época, tais como
disquetes e fitas, era necessário juntar tudo para gerar um produto final.
Normalmente, enfrentava-se problemas de atualização das informações, pois qualquer
input de dados feito nas maquinas e não passado ao centralizador, gerava problemas
de atualização nas bases de dados. Mesmo sincronizando as coletas por horários,
nunca se podia dizer que a base de dados central estava totalmente atualizada.

Dessa forma, qualquer solução que pudesse interligar os computadores PC era bem
vinda. E o que surgiu na época foram as soluções onde o fabricante ofertava desde a
placa de rede, passando por conectores e cabos, softwares e drivers. Tudo compunha
um único pacote, proprietário da solução. E não existia nenhum tipo de
interoperabilidade entre os fabricantes dessas soluções.

Ao comprar a rede de um fabricante, o cliente ficava preso a esse fabricante, pois tudo
que era necessário para ampliação da rede precisava vir dali.

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Fica claro que essa situação trouxe problemas para quem precisava de uma rede na
época. Basta lembrarmos que os computadores PC avançavam e ocupavam cada mais
espaço nas empresas. Dessa forma, interligá-los em rede se tornava algo
imprescindível naquele momento.

A falta de possibilidade de integração entre componentes de diversos fabricantes na


mesma rede, tornou os preços das soluções muito altos, criando dificuldades mesmo
para empresas que já haviam adquirido uma grande quantidade de computadores.

E os fabricantes das soluções para redes de PC´s também se preocupavam com o


aumento da concorrência nesse mercado e os altos investimentos que já despontavam
mostrando ser impossível antecipar quem conseguiria se manter na preferência dos
consumidores em curto, médio e longo prazo.

Neste cenário de incertezas e temor comercial, a ISO, uma das principais organizações
internacionais atuante em desenvolvimento e publicação de padronizações
tecnológicas, apresentou ao mundo um modelo em camadas que descrevia em sete
módulos todo o processo de comunicação entre dois dispositivos em uma rede.

O modelo proposto rapidamente se tornou a maior referência em produção de


soluções, seja em hardware ou software para as redes de dados que atingiram um
crescimento exponencial após seu surgimento.

Tornou-s bastante claro para o mundo tecnológico que o fim das soluções
proprietárias havia chegado. O chamado Modelo OSI dividia a comunicação entre dois
dispositivos em 7 camadas, sendo que cada uma dessas camadas traz a descrição
completa de todos os procedimentos relacionados áquela fase da da comunicação.

Observe o nome de cada uma das camadas na próxima figura.

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BENEFÍCIOS DO MODELO OSI

Na parte mais alta encontra-se a parte lógica das comunicações, como aplicações e
protocolos e nas camadas mais baixas todo o conjunto de hardware envolvido no
processo.

Como cada fase da comunicação foi descrita nas camadas, podemos destacar
facilmente alguns benefícios trazidos por este modelo:

1) Aceleração do desenvolvimento das tecnologias de comunicação em redes –


Isto ocorreu porque agora os fabricantes poderiam concentrar seus
investimentos em camadas específicas, sem se preocupar com outras fases de
processo de comunicação. De uma certa forma, o modelo OSI “une” os
fabricantes em torno de um objetivo comum, criando uma sinergia ao invés da
separação anterior a ele.
2) Facilidade no ensino e aprendizado das novas tecnologias – A aceitação de
qualquer tecnologia sempre esteve associada ao quão popular ela pode se
tornar. Neste contexto, qualquer processo de comunicação que fosse eficiente

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e pudesse ser facilmente compreendido tem seu caminho aberto para o


sucesso.
3) Interoperabilidade – Este talvez tenha sido o fruto maior do modelo OSI. Uma
vez que cada fabricante desenvolve seus produtos tendo como referência as
descrições do modelo em camadas, todos se tornam compatíveis. É claro que
as diferenças sempre existiram e existirão, principalmente devido ao nível dos
investimentos de cada produtor. Os maiores, agregavam outras qualidades a
seus produtos além do que estava descrito como base pela referência. Os
menores, por sua vez, apenas atendiam as referências, o que já os tornava
apropriados e compatíveis para serem utilizados pelo mercado.

Atualmente, todo treinamento onde exista a necessidade de uma formação


profissional para atuação em redes de dados, em sua porção fundamental traz
conceitos relacionados ao modelo OSI. É tratado como o fundamento das redes.
Quando utilizados em treinamentos voltados para determinadas certificações de
fabricantes, os conceitos costumam ser mais “tendenciosos” por determinadas
camadas onde está mais presente o produto daquele fabricante. Podemos destacar
aqui, por exemplo, o caso da certificação CCNA. A Cisco, apesar de atualmente possuir
produtos que se relacionam a todas as camadas do modelo OSI, tem como base de seu
surgimento, roteadores e switches. Por este motivo, um programa de certificação que
tem como objetivo formar profissionais desde os fundamentos das redes,
naturalmente tem seu foco voltado para algumas camadas mais específicas.

Aqui, traremos um breve conteúdo sobre cada uma das camadas, que deve ser
bastante considerado se a obtenção da certificação CCNA for um dos maiores
objetivos:

7 – CAMADA DE APLICAÇÃO:
Esta é a camada mais alta do Modelo e mais próxima do ser humano, operante do
sistema. Aqui residem os controles sobre os serviços mais básicos de comunicações
através de software. Os bancos de dados, os browsers, as aplicações específicas para
comunicações via e-mails ou outros. Nomes muito conhecidos nos ambientes de
redes, tais como FTP, Telnet, SMTP, SNMP são considerados aplicações completas e

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fazem parte desta camada. Costuma-se ainda, separar as aplicações por funcionalidade
em uma rede. Os aplicativos diretos seriam aqueles cuja existência está relacionada
exclusivamente a uma rede de dados. Não teriam utilidade alguma se o computador
onde residem não possuisse uma conexão a uma rede. Neste momento, te desafiamos
um pouco a pensar e escrever abaixo o nome de softwares que se encaixam como
aplicativos diretos de rede. Pense em ao menos 3 deles:

a) _______________________________________
b) _______________________________________
c) _______________________________________

Semelhantemente, são citados também na camada de aplicação, softwares cuja


funcionalidade principal não depende da existência de um rede no computador onde
residem. Esses são chamados de aplicativos indiretos de rede. Consegue lembrar de
alguns? Escreve 3 deles abaixo:

a) _______________________________________

b) _______________________________________

c) _______________________________________

6 – CAMADA DE APRESENTAÇÃO
Esta camada é responsável pela compatibilização entre os formatos dos dados. Tudo o
que envolve a sintaxe das informações está relacionada a esta camada. Existem 3
termos muito fortes aqui que são a Criptografia, Compactação e Sintaxe dos dados.

O formato que uma aplicação atribui a um arquivo, bem como os formatos das
informações existentes dentro dos arquivos está descrita e documentada nesta
camada. Em outros modelos de referência, é comum que esta camada esteja
totalmente integrada a camda de aplicações, pois suas tarefas são muito próximas.
Como um exemplo prático de dificuldades envolvendo esta camada, podemos citar o
exemplo de um arquivo gerado numa arquitetura de computadores diferente do
ambiente do PC. Ao tentarmos interpretá-lo em um computador PC, teremos
diferenças de códigos originais de formato do arquivo que não serão interpretadas no
PC. Aqui estamos tratando de diferenças, por exemplo entre os formatos ASCII e

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EBCDIC, que estão relacionados à base de formação de arquivos em diferentes


arquiteturas de computadores.

5 – CAMADA DE SESSÃO
Nesta camada, os protocolos tratam do controle das sessões que são estabelecidas,
mantidas e terminadas entre as aplicações.

Nas comunicações que ocorrem entre os aplicativos, existem os controles relacionados


as “conversas” entre eles.

Podemos destacar os principais serviços prestados pela camada de sessão:

• Estabelecimento de sessão entre duas aplicações ;


• Liberação da sessão entre duas aplicações ;
• Viabilizar a negociação de parâmetros entre as aplicações que se comunicam;
• Controle da troca de dados entre as aplicações, através de modelos de
sinalização específicos ;
• Controle de fluxo simplex, half-duplex ou full duplex, de acordo com as
solicitações e negociações efetuadas pelas aplicações.
• Sincronismo da comunicação;
• Facilidade para envio de informação urgente, com prioridade sobre as demais
seqüências de dados;

Um exemplo de protocolo relacionado a esta camada chama-se RPC (Remote


Procedure Call)

Mas vale lembrar que relacionado a certificação CCNA, apenas a funcionalidade básica
desta camada, que se resume ao controle das sessões entra aplicações é o mais
importante.

4 – CAMADA DE TRANSPORTE
Esta camada possui uma relevância maior que as superiores a ela no que diz respeito a
preparação para o CCNA.

Aqui são tratados os processos que envolvem a qualidade na comunicação e alguns


controles até mesmo relacionados à segurança das aplicações.

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Basicamente, é necessário destacar 2 modelos de comunicação relacionados a esta


camada:

a) Comunicação orientada à conexão (protocolo TCP) – Neste modelo, toda a


troca de informações entre 2 aplicações acontece após o estabelecimento de
uma conexão lógica. O decorrer dessa comunicação e também o seu término
estão completamente relacionados aos controles estabelecidos por esta
conexão lógica. Numa comunicação orientada por conexão TCP, temos os
seguintes passos bem definidos:

Estabelecimento de conexão entre os 2 pontos de comunicação –

Observe que o ponto A, para iniciar a comunicação envia uma primeira sequencia de
dados. Algo como no início de uma conversa telefônica sendo estabelecida entre você

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e um amigo. Neste caso, o sincronization inicial (SYN) seria semelhante a “Bom dia,
podemos conversar?”. Na sequência, seu amigo responderia demonstrando que
recebeu a mensagem (ACK) e enviando a própria mensagem: “Bom dia, sim podemos”
(SYN+ACK). E por fim, quando você comunicasse a ele que recebeu a resposta com um
simples “ok”, (ACK) teríamos ai um ambiente propício para uma troca de informações
mais longa descrita a seguir.

Transferência de dados controlada pela conexão já existente:

Observe que neste ponto começa a transmissão das informações para as quais a
conexão foi estabelecida. O volume de informações que deve ser enviado é longo e
não poderá ser transmitido em um único envio. Uma das funções do controle da
conexão é validar os limites de envio para cada conjunto de informações. O ponto A
envia uma quantidade de informações que julga adequada para ser recebida pelo
ponto B (Dados, na figura). Em termos técnicos, dizemos que isso corresponde ao
tamanho de uma janela de comunicações, que por sua vez é composta por um certo

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número de segmentos. O ponto B, por sua vez, precisa receber estas informações,
processá-las e enviar um OK (ACK) para que o ponto A continua a transmitir. Apenas
mediante a esta confirmação de recebimento, o ponto A dará prosseguimento à
transmissão.

Se pensarmos numa situação onde o ponto A tenha enviado uma janela contendo 5
segmentos, ele apenas enviará a sequência, que seria a proxima janela contendo os
segmentos seguintes (6 a 10) quando receber do ponto B a confirmação do que foi
enviado (ACK). Por motivos óbvios, a espera por esta confirmação não poderá ser
eterna. Ela tem seu tempo estabelecido também pelos parâmetros do protocolo TCP
para cada tipo de aplicação envolvida na comunicação. Se este tempo se esgotar, o
ponto A irá retransmitir as informações, reduzindo o tamanho da janela para 4
segmentos, por “julgar” que o destinatário pode não ter conseguido processar o
volume inicial de informações. Aqui temos 2 importantes processos da comunicação
TCP, que são a retransmissão e o controle de fluxo.

Uma outra possibilidade, seria que o ponto B enviasse um ACK de valor menor do que
o esperado pelo ponto A. Algo como ACK 5 ou ACK 4, demonstrando assim não ter
conseguido receber e processar todo o bloco de informações. Neste caso, teríamos
também uma situação de reenvio parcial da informação faltante ou ainda um reenvio
completo, com uma janela menor. É comum que o controle de fluxo estabelecido seja
chamado de “janelamento”.

O que estamos observando na verdade, nada mais é do que uma espécie de


negociação entre o ponto A e ponto B sobre o tamanho da janela de comunicação
aceita por ambos.

Toda a comunicação é bidirecional, por isso, observe que a figura mostra também o
ponto B enviando dados e aguardando por ACK proveniente de A. Fato interessante
também, é que existem 2 negociações de tamanho de janela. A janela de comunicação
de A para B pode não ser a mesma do sentido inverso.

Ainda sobre o janelamento, vale destacar que ele pode ocorrer tanto para diminuir
como para aumentar o tamanho da janela de comunicação. Tudo dependerá do

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produto das negociações que podem variar de acordo com a aplicação que está sendo
usada.

Se transportarmos todo o processo descrito acima para uma continuidade do exemplo


da conversa telefônica utilizada no estabelecimento da conexão, poderiámos imaginar
que nesta momento você começou a contar ao seu amigo o fato que motivou a ligação
telefônica. E que ao falar, espera receber dele em momentos diversos qualquer
confirmação de entendimento do que está dizendo. Algo como um “sim”, “ok” ou
qualquer comentário como “prossiga” e “entendi”. E durante o diálogo, em algum
momento, ele também falará algo a você, normalmente relacionado à mensagem que
está sendo passada. E você precisará também mostrar compreensão da mensagem
recebida.

Se estendermos o exemplo, imaginando que seu amigo fosse um estrangeiro que está
aprendendo a falar português há pouco tempo, seria necessário que você controlasse
mais a transmissão das informações falando mais devagar e repetindo algumas vezes
certas frases para que ele compreendesse. Pense e responda...Numa situação como
esta, a que partes do processo TCP, sua conversa estaria relacionada?

R:

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

Finalizando uma conexão entre os pontos A e B:

Figura na próxima página

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Após a transmissão de toda a mensagem, o ponto A deseja encerrar a conexão. Ele


então envia ao ponto B uma mensagem especial do TCP conhecida como FIN
(Finalization). Ele aguarda pelo ACK de confirmação desta mensagem proveniente do
ponto B. No momento que esta mensagem ACK chega, o ponto A considera que
metade da conexão está encerrada (no caso a parte A na comunicação). Na sequência,
o ponto B também deve enviar seu sinal de FIN e receber do ponto A a confirmação
(ACK). Então a comunicação estará finalizada.

Voltando ao exemplo da ligação telefônica, você se despede do seu amigo mas não
desfaz a ligação imediatamente a isso. Você aguarda uma resposta dele e também
suas considerações finais sobre a conversa, que pode ser um simples “até logo”. Então
você confirma a ele que ouviu o que foi dito e então encerram a ligação.

O exemplo da ligação telefônica neste processo do TCP, tem por objetivo demonstrar
que na verdade a tecnologia é construída sob aspectos comuns da nossa vida. Em

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outras palavras, em diversos aspectos você perceberá que a comunicação em redes


procurar reproduzir entre máquinas, a comunicação que existe entre as pessoas...

a) Comunicação não orientada à conexão (connectionless) UDP –

Neste formato de comunicação, as mensagens são enviadas entre os pontos A


e B, sem que exista uma interdependência entre elas. Existem considerações
importantes a respeito dos tempos de cada fase nestas comunicações. Metade
do RTT corresponde a 50% do tempo considerado entre o envio e o retorno da
informação no que diz respeito apenas ao trajeto na rede. O SPT (Server
processing time) corresponde ao tempo de processamento utilizado pela
máquina que recebe o pedido e será somado ao RTT (round time trip) para
compor o tempo completo entre o envio da requisição e o recebimento da
resposta. Esta comunicação também são bidirecionais e os processos se
repetem em ambos os sentidos. Considerações importantes sobre este modelo
UDP:

• Não possui nenhum tipo de confirmação de entrega, nem retransmissão


e nem controle de fluxo.

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• Toda a confiabilidade do processo precisa ser fornecida pela aplicação


envolvida nas comunicações, pois não há suporte no protocolo UDP.
• Normalmente as aplicações que utilizam UDP realizam tarefas onde a
perda de alguns segmentos não destruirá a comunicação.
• O UDP proporciona maior rapidez na comunicação, pois não possui os
mecanismos de controle existentes no TCP.
• A comunicação connectionless (via UDP) recebe um qualificação de
handshake duplo, ao contrário do modelo TCP que é tratado como
Handshake triplo.

A respeito deste último ítem, pense e responda associando as fases do TCP e do


UDP aos seus respectivos Handshakes:

Handshake triplo TCP – _____________________________________________

_____________________________________________

Handshake duplo UDP - _____________________________________________

_____________________________________________

Ainda sobre a camada de transporte do modelo OSI, é importante salientar que


durante o processo de comunicação exercido pelas aplicações existe a
possibilidade de diversas sessões de aplicações diferentes serem estabelecidas,
tendo como origem o mesmo host. Esta capacidade, que não existia na época
dos primeiros computadores PC, se tornou possível graças aos avanços dos
sistemas operacionais e também da pilha de protocolos TCP/IP que trouxe
melhorias no recursos computacionais dos protocolos TCP e UDP.

Durante os estabelecimento das sessões entre as aplicações, além dos


endereços de origem e destino envolvidos, na camada de transporte existem
números lógicos chamados de sockets, popularmente referidos como portas
que permitem a diversidade de sessões de comunicação. Na figuras abaixo,
você observa um exemplo das estruturas dos segmentos TCP e UDP,

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pertencentes à camada de transporte. Note como a estrutura do UDP é bem


mais “enxuta” em termos de campos, por não possuir os mesmos mecanismos
de verificação presentes no TCP.

Note também, que ambas as estruturas, possuem campos de 2 bytes (16 bits)
para identificação de source port e destination port.

UDP Header

Estes campos, por comportarem um espaço de até 16 bits, podem receber números
até o limite de 65536 (216). Normalmente, estas sequências são divididas da seguinte
forma:

Portas de 0 a 1023 – As mais conhecidas, associadas a serviços e protocolos da pilha


TCP/IP, além de serviços mais integrados aos sistemas operacionais.

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Portas acima de 1023 – Utilizadas pelos sistemas operacionais como portas de origem
no estabelecimento das sessões de comunicação. Além disso, as portas de valores mais
altos, por vezes são ligadas a aplicações específicas. Por exemplo, o Packet Tracer tem
associado a ele a porta 38000 para estabelecer sessões multiuser entre máquinas
através de uma rede. Os games que funcionam em rede também possuem suas portas
específicas para comunicação.

Todas estas portas por vezes, precisam ser liberadas ou bloqueadas num firewall por
exemplo para que uma comunicação em rede seja permitida. Em outras palavras, estas
portas também estão associadas à segurança do ambiente de rede.

As principais portas citadas na certificação CCNA são as seguintes:

FTP TELNET DNS HTTP SMTP SNMP HTTPS DHCP TFTP


TCP 21, 20 23 53 80 25 161 443
UDP 53 67,68 69

As portas altas, acima de 5000 por exemplo, costumam passar por atualizações ao
serem vinculadas a novas aplicações, games, etc. No link abaixo, é possível
acompanhar a lista completa das portas, atualizada:

http://www.iana.org/assignments/service-names-port-numbers/service-names-port-
numbers.xhtml

3 – CAMADA DE REDE
A camada de rede está fortemente associada ao mundo Cisco. Nesta camada são
tratados os processos relacionados a rotas, escolha e determinação de caminhos para
os pacotes. Também nesta camada estão os endereços lógicos (ip) e os protocolos de
roteamento, além do roteador.

Normalmente, a camada de rede tem um papel vital quando as informações precisam


fluir de uma rede para a outra, quando origem e destino encontram-se em redes
diferentes esta camada faz uso de tabelas especiais (chamadas de tabelas de
roteamento) para encaminhar as informações a seus destinos. Na camada de rede, as
informações são referenciadas como pacotes ou também datagramas. Todas as

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informações suportadas por esta camada não se utilizam de processos de confirmação


de entrega. Portanto, os protocolos existentes aqui são referidos como protocolos não
confiáveis. Mas isso apenas pelo fato de não confirmarem a entrega das informações
como acontece na camada de transporte com o TCP.

A tabela de roteamento, posteriormente detalhada neste material, mostrará as redes


acessíveis a um dispositivo e seus respectivos caminhos, representados por interfaces
do equipamento. Podemos encontrar tabelas de roteamento em hosts, roteadores,
switches L3 e outros equipamentos que possuam funções de encaminhamento de
pacotes entre redes.

Alguns protocolos referidos na camada de rede são:

IP – internet protocol – protocolo que recebe os segmentos vindos da camada de


transporte e os encapsula em datagramas, atribuindo informações como endereço
lógico de origem e destino.

ICMP – Internet control message protocol – Protocolo ligado ao IP e com funções de


fornecer relatórios de erros encontrados no processo de comunicação. Computadores
que utilizam protocolo IP em uma rede, podem mudar seu comportamento em função
de mensagens ICMP recebidas. Gateways de rede podem enviar mensagens ICMP
relatando erros de comunicação. Existem 2 importantes ferramentas básicas de testes
em redes, relacionadas ao ICMP, que são o PING e o traceroute. Ambos testam
conectividade entre pontos da rede.

Você conseguiria destacar as diferenças entre o PING e o TRACEROUTE? (Ou tracert,


no sistema operacional do PC)?

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ARP – Address Resolution Protocol – Este protocolo é utilizado na comunicação em


rede para encontrar um endereço físico (MAC address), a partir do conhecimento do
endereço IP do host de destino.

Abaixo esá um exemplo visual de um cabeçalho IP, como chamamos a estrutura que
comporta as informações da camada de rede.

Existem campos relacionados a QoS, endereços de origem e destino, verficação de


erros, fragmentação e diversas outras funcionalidades. Nosso foco neste momento se
volta para o campo que está grifado e possui uma certa relevância para a compreensão
do movimento dos datagramas através das redes.

O TTL (Time to Live) é um campo de 8 bits que começa a trafegar na rede com seu
maior valor (255) e vai sendo decrementado por cada nó de rede que atravessa até ser
descartado quando atinge o valor 0. Isto constitui uma importante ferramenta para
evitar que pacotes “perdidos” em rede, formem loops e atrapalhem o funcionamento
da rede.

Observe também, a presença dos campos source address e destination address. Eles
possuem 32 bits (4 bytes) de comprimento e abrigam os endereços lógicos de origem e

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de destino de cada pacote. Posteriormente neste material traremos mais detalhes a


respeito dos endereços e sua particularidades.

Para os objetivos da certificação CCNA, os outros campos, além do TTL e dos


endereços de origem e destino não possuem relevância. Mas isso não deve impedir
que você realize sua pesquisa e aprenda também sobre a funcionalidade dos outros
campos, afinal em algum momento esse conhecimento poderá lhe ajudar nas tarefas
práticas do dia-a-diia em conectividade.

2 – CAMADA DE ENLACE
A camada de enlace aparece como a interface principal entre os meios físicos e a parte
lógica da rede. Ela é responsável por receber os pacotes da camada de rede e
promover um novo encapsulamento dos mesmos em uma estrutura chamada quadro
(frame) que por sua vez, possui uma ligação direta com a tecnologia física utilizada na
transmissão. No passado, a camada de enlace foi dividida em 2 partes:

• LLC (Controle de link lógico)


• MAC (Controle de acesso ao meio)

A primeira subcamada, conhecida como protocolo IEEE 802.2 foi desenvolvida e


adicionada ao modelo OSI com objetivo de melhorar a passagem das informações que
vinham da camada de rede e eventualmente encontravam dificuldades de
comunicação com as diversas tecnologias físicas existentes na camada de enlace.
Mesmo o padrão Ethernet, em alguns casos, apresentava variações que justificavam a
existência do LLC.

Por outro lado, a subcamada MAC, traz consigo a ligação mais direta com tecnologias
físicas, tais como ethernet e suas variações. Esta subcamada também está relacionada
ao endereço físico dos dispositivos de rede, conhecido como MAC address.

Um mecanismo de correção de erros existente no Frame Ethernet, atribui alguma


qualidade a esta camada para que os dados passem por alguma validação antes e após
sua passagem pelos meios físicos.

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A topologia da rede também é um outro aspecto ligado à camada de enlace.


Principalmente pelo fato de que uma topologia determina como são acessados os
meios físicos para transporte das informações. E tal função passa pelas atribuições da
camada de enlace também.

Algumas informações a respeito do endereçamento físico existente na camada de


enlace, chamado de MAC-ADDRESS:

• Sistema de endereçamento com base hexadecimal, utilizando simbolos


numéricos de 0 a 9 e letras de A a F.
• Endereços contínuos (sequenciais)
• Endereços exclusivos (únicos, não pode ocorrer repetição)
• Endereços não hierárquicos
• Endereços de 48 bits
• Possuem divisão em 2 blocos de 24 bits cada
o A301F0_6B56C8
OUI <-> Fornecedor ou modelo
OUI representa o código do fabricante do hardware e a porção final, o
endereço individual deste hardware. Dessa forma podemos afirmar que 2
dispositivos que possuem os primeiros 6 caracteres (ou 24 bits) em comum,
pertencem ao mesmo fabricante.

Cada caracter em hexadecimal, existente num endereço MAC possui 4 bits. Um


endereço é composto de 12 caracteres, formando assim 48 bits. Visualmente,
podemos encontrar um endereço MAC expresso das seguintes maneiras:

• A301.F06B.56C8 – Normalmente encontrado em dispositivos de rede, tais


como switches, roteadores, etc.
• A3-01-F0-6B-56-C8 – Normalmente essa costuma ser a forma expressa nos PC´s
e hosts de rede.

O endereço MAC funciona como uma identidade para que um dispositivo possa
acessar uma rede. Ele é gravado num chip do dispositivo (placa de rede, por exemplo)
e está presente na composição do encapsulamento das informações, exatamente na
camada de enlace.

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Para que uma informação possa ser encaminhada de uma interface para outra dentro
da rede, o que chamamos de comutação, são sempre necessárias a presença dos
endereços MAC de origem e destino. As comutações ocorrem nos switches e também
nos roteadores.

Na camada de enlace, como dito anteriormente, estão expressas as informações sobre


a tecnologia de rede que está sendo utilizada para uma transmissão. Na grande
maioria das vezes, nos tempos atuais, utilizamos a tecnologia Ethernet. Ela surgiu no
passado a partir de experiências realizadas por cientistas como Robert Metcalf, que
posteriormente envolveu um consórcio de grandes empresas chamado DIX (Digital,
Intel e Xerox) que colaborou fortemente para o desenvolvimento dos padrões que
utilizamos hoje. Posteriormente, a tecnologia ethernet tornou um padrão reconhecido
pelo IEEE sob o código 802.3 que a identifica até os dias atuais como uma tecnologia
aberta, podendo ser alvo no desenvolvimento de produtos por qualquer empresa que
tenha interesse.

A estrutura de dados da Ethernet, é representada pelo quadro Ethernet. Observe


abaixo:

Preâmbulo: Neste campo, sequências de “0” e “1” carregam informações sobre o


início do quadro e algumas de suas características. Através deste campo, uma interface
física identifica se um quadro está chegando ou saindo por ali. Um dos 8 bytes deste
campo é chamado de SOF (Start of Frame) e ele promove a sincronização de recepção
entre os hosts da Lan.

Endereço de destino: Campo de 6 bytes (48 bits) que comporta o endereço MAC da
estação de destino do quadro.

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Endereço de origem: Campo de 6 bytes (48 bits) que comporta o endereço MAC da
estação de origem do quadro.

Type: Campo de 2 bytes onde são indicados, além da quantidade de dados


transportados pelo quadro, também o tipo de protocolo de nível superior envolvido na
transmissão.

Dados: Contém os dados a serem passados para a próxima camada. Seu tamanho
deve variar entre 46 e 1500 bytes. Se o quadro como um todo tiver menos de 64 bytes,
somados do endereço de destino até o FCS, este campo de dados pode sofrer um
preenchimento extra para que seja possível sua transmissão. A tarefa deste
preenchimento é parte integrante da tecnologia. Mas apenas ocorre quando o quadro
cumpre os padrões tecnológicos. Determinados erros podem fazer com que o quadro
seja encaminhado com tamanho menor do que esses 64 bytes descritos. Isto tornará o
quadro um elemento de descarte chamado “Runt”. Esse descarte pode ser feito por
um switch por exemplo. Uma situação prática de quando isso ocorre, diz respeito à
restos de colisão em redes onde ainda existam hubs presentes, ou mesmo de placas de
rede de má qualidade.

FCS: Frame Check Sequence, contém o CRC (Cyclic Redundancy Checking). O CRC é o
resultado de um cálculo feito pelo equipamento de origem da informação e colocado
neste campo. A cada passagem do quadro por outros dispositivos, é feita a conferência
deste cálculo e caso existam diferenças, fica claro que houve perda ou alteração das
informações transportadas. Esta situação, chamado de quadros com erros de CRC,
pode normalmente ser filtrada nas redes e utilizada como base para identificação de
problemas nas transmissões.

1 – CAMADA FÍSICA
A camada Física OSI fornece os requisitos para transportar pelo meio físico de rede os
bits que formam o quadro da camada de Enlace de Dados. Essa camada aceita um
quadro completo da camada de Enlace de Dados e o codifica como uma série de sinais

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que serão transmitidos para o meio físico local. Os bits codificados que formam um
quadro são recebidos por um dispositivo final ou por um dispositivo intermediário.

A entrega de quadros pelo meio físico local exige os seguintes elementos da camada
Física:

• Meio físico e conectores ligados


• Representação de bits no meio físico
• Codificação de dados e informações de controle
• Circuito transmissor e receptor nos dispositivos de rede

Nesse estágio do processo de comunicação, os dados do usuário terão sido


segmentados pela camada de Transporte, colocados em pacotes pela camada de Rede
e depois encapsulados como quadros pela camada de Enlace de Dados. O objetivo da
camada Física é criar o sinal elétrico, óptico ou microondas que representa os bits em
cada quadro. Esses sinais são enviados posteriormente para o meio físico um de cada
vez.

É também função da camada Física recuperar os sinais individuais do meio físico,


restaurá-los às suas representações de bit e enviar os bits para a camada de Enlace de
Dados como um quadro completo.

Resumidamente, As três funções fundamentais da Camada Física são:

• Os componentes físicos
• Codificação de dados
• Sinalização

Os elementos físicos são os dispositivos de hardware, meio físico e conectores que


transmitem e transportam os sinais para representar os bits.

Codificação é um método de converter um fluxo de bits de dados em um código


predefinido. Os códigos são grupos de bits utilizados para fornecer um padrão
previsível que possa ser reconhecido pelo remetente e pelo receptor. Usar padrões
previsíveis auxilia a diferenciar bits de dados de bits de controle e fornece uma
detecção melhor de erros no meio físico.

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Além de criar códigos para os dados, os métodos de codificação na camada física


também podem fornecer códigos de controle, como identificar o início e o fim de um
quadro. O host de transmissão enviará os padrões específicos de bits ou um código
para identificar o início e o fim de um quadro.

A camada Física irá gerar os sinais elétricos, ópticos ou sem fio que representam o "1"
e "0" no meio físico. O método de representação de bits é chamado de método de
sinalização. Os padrões da camada Física devem definir que tipo de sinal representa o
"1" e o "0". Isso pode ser tão simples quanto uma alteração no nível de um sinal
elétrico ou de um pulso óptico ou um método de sinalização mais complexo.

MODELO TCP/IP

Além do modelo OSI, que serviu de referência para as redes locais, o modelo TCP/IP se
firmou como referência para as redes WAN. Uma das abordagens do CCNA é a relação
existente entre as camadas desses dois modelos.

Em outras palavras, as ocorrências de um modelo, encontram seus equivalentes em


quais camadas do outro modelo.

Veja uma relação nas figuras abaixo:

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• As 3 camadas altas do modelo OSI se relacionam à camada de Aplicação do


TCP/IP.
• As camadas de transporte se equivalem.
• Rede de um lado e Internet do outro.
• Enlace e física realizam tarefas semelhantes a camada de acesso à rede no
TCP/IP.

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Capítulo 2 – Endereçamento IPV4

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ESTRUTURA DO ENDEREÇAMENTO IPV4

Cada dispositivo de uma rede deve ter uma definição exclusiva. Na camada de rede, os
pacotes de comunicação precisam ser identificados com os endereços de origem e de
destino dos dois sistemas finais. Com o IPv4, isso significa que cada pacote tem um
endereço de origem de 32 bits e um endereço de destino de 32 bits no cabeçalho da
Camada 3.

Esses endereços são usados na rede de dados como padrões binários. Dentro dos
dispositivos, a lógica digital é aplicada à sua interpretação. Para nós, na rede humana,
uma string de 32 bits é difícil de interpretar e ainda mais difícil de lembrar. Portanto,
representamos endereços IPv4 usando o formato decimal pontuada.
Padrões binários que representam endereços IPv4 e são expressos como decimais com
pontos, separando-se cada byte do padrão binário, chamado de octeto, com um
ponto. É chamado de octeto por que cada número decimal representa um byte ou 8
bits.
Por exemplo, o endereço: 10101100000100000000010000010100 é expresso no
formato decimal com pontos como: 172.16.4.20.

Tenha em mente que os dispositivos usam lógica binária. O formato decimal com
pontos é usado para facilitar para as pessoas o uso e a memorização de endereços.

Forma binaria

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Octeto

Porção de Rede e Host


Para cada endereço IPv4, uma porção dos bits mais significativos representa o
endereço de rede. Na Camada 3, definimos umarede como grupo de hosts que têm
padrões de bits idênticos na porção de endereço de rede de seus endereços.

Embora todos os 32 bits definam o endereço do host, temos um número variável de


bits que são chamados de porção de host do endereço. O número de bits usados nessa
porção de host determina o número de hosts que podemos ter na rede.

Por exemplo, se precisamos ter pelo menos 200 hosts em determinada rede,
precisaremos usar bits suficientes na porção de host para poder representar pelo
menos 200 combinações de bits distintas.

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Para atribuir um endereço único a cada um dos 200 hosts, usaremos todo o último
octeto. Com 8 bits, pode-se conseguir um total de 256 combinações de bits diferentes.
Isso significa que os bits dos três primeiros octetos representariam a porção de rede.

Trataremos a questão dos cálculos de endereços com mais detalhes à frente.

QUESTÃO IMPORTANTE – CONVERSÃO BINÁRIO PARA DECIMAL

Para entender a operação de um dispositvo na rede, precisamos ver os endereços e


outros dados do modo que o dispositivo os vê - pela notação binária. Isso quer dizer
que precisamos ter alguma habilidade em conversão de binário para decimal. Dados
representados em binário podem representar muitas formas diferentes de dados para
a rede humana. Nessa consideração, vamos nos referir ao binário conforme
relacionado ao endereçamento IPv4. Isso quer dizer que olharemos para cada byte
(octeto) como número decimal no intervalo de 0 a 255.

Notação Posicional
Aprender a converter de binário para decimal exige endendimento da base
matemática de um sistema de numeração chamado notação posicional. Notação
posicional significa que um dígito representa valores diferentes dependendo da
posição que ocupa. Mais especificamente, o valor que o dígito representa é aquele
valor multiplicado pela potência da base, ou raiz, representada pela posição que o
dígito ocupa. Alguns exemplos vão ajudar a esclarecer como esse sistema funciona.
Para o número decimal 245, o valor que o 2 representa é 2*10^2 (2 vezes 10 na
potência 2). O 2 está no que costumamos chamar de posição das centenas. A notação
posicional se refere a essa posição como posição de base^2, porque a base, ou raiz, é
10 e a potência é 2.

Usando a notação posicional no sistema de numeração de base 10, 245 representa:


245 = (2 * 10^2) + (4 * 10^1) + (5 * 10^0) ou 245 = (2 * 100) + (4 * 10) + (5 * 1) .

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No sistema de numeração binário a raiz é 2. Portanto, cada posição representa


potências de 2 crescentes. Nos números binários de 8 bits, as posições representam
estas quantidades:

2^7, 2^6, 2^5, 2^4, 2^3, 2^2, 2^1, 2^0


128, 64, 32, 16, 8, 4, 2, 1

O sistema de numeração de base 2 só tem dois dígitos: 0 e 1.


Quando interpretamos um byte como número decimal, temos a quantidade que a
posição representa se o dígito é 1 e não temos quantidade se o dígito é 0, como
mostrado no exemplo dos números acima.

1 1 1 1 1 1 1 1
128, 64, 32, 16, 8, 4, 2, 1

Um 1 em cada posição significa que acrescentamos o valor daquela posição ao total.


Essa é a adição quando há um 1 em cada posição de um octeto. O total é 255.

128 + 64 + 32 + 16 + 8 + 4 + 2 + 1 = 255

Um 0 em cada posição indica que o valor para aquela posição não é acrescentado ao
total. Um 0 em cada posição dá um total de 0.
128, 64, 32, 16, 8, 4, 2, 1
0+0+0+0+0+0+0+0=0

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Note na figura que uma combinação diferente de uns e zeros resultará em um valor
decimal diferente.
Veja na figura abaixo os passos para converter um endereço binário para um endereço
decimal.

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No exemplo, o número binário: 10101100 00010000 00000100 00010100 é convertido


para:
172.16.4.20

Tenha em mente estes passos:


• Divida os 32 bits em 4 octetos.
• Converta cada octeto para decimal.
Acrescente um "ponto" entre cada decimal.

PRATICANDO CONVERSÕES DE BINÁRIO PARA DECIMAL

Um conjunto de exercícios será fornecido pelo instrutor para que você possa praticar
estas conversões,tanto do decimal para o binário como também ao contrário. Procure
fazer isso repetidamente, até adquirir prática que o permita fazer apenas
mentalmente, sem precisar utilizar tabelas ou anotações escritas. Isto abreviará seu
tempo de resposta para questões da certificação CCNA.

Conversão de Decimal para Binário

Não precisamos só ser capazes de converter de binário para decimal, mas também de
decimal para binário. Muitas vezes precisamos examinar um octeto individual de um
endereço apresentado em notação decimal com pontos. Isso acontece quando os bits
de rede e os bits de host dividem um octeto.

Como exemplo, se um host com o endereço 172.16.4.20 está usando 28 bits para o
endereço de rede, precisaríamos examinar o binário no último octeto para descobrir
que esse host está na rede 172.16.4.16. Esse processo de extrair o endereço de rede
do endereço de host será explicado mais adiante.

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Valores de Endereço entre 0 e 255


Visto que nossa representação de endereços é limitada a valores decimais para um
único octeto, só examinaremos o processo de conversão de binário de 8 bits para os
valores decimais de 0 a 255.

Para começar o processo de conversão, começamos determinando se o número


decimal é igual a ou maior do que nosso maior valor decimal representado pelo bit
mais significativo. Na posição mais significativa, determinamos se o valor é igual a ou
maior do que 128. Se o valor for menor que 128, colocamos um 0 na posição 128 e
passamos para a posição 64. Se o valor na posição 128 for maior ou igual a 128,
colocamos um 1 na posição 128 e subtraímos 128 do número que está sendo
convertido. Daí, comparamos o restante dessa operação com o próximo valor menor,
64. Continuamos esse processo para todas as posições de bit restantes.

Veja na figura um exemplo desses passos. Convertemos 172 para 10101100.

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Observe abaixo um endereço convertido em binário por um processo paralelo, mas


bem semelhante ao fluxo anterior:

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Abaixo mais uma demonstração gráfica para facilitar a compreensão das conversões:

TIPOS DE ENDEREÇOS NUMA REDE IPV4

Dentro do intervalo de endereço de cada rede IPv4, temos três tipos de endereço:

Endereço de Rede - O endereço de rede é um modo padrão de se referir a uma rede.


Por exemplo, poderíamos chamar a rede mostrada na figura como a "rede 10.0.0.0".
Esse é um modo muito mais conveniente e descritivo de se referir à rede do que usar
um termo como "a primeira rede". Todos os hosts na rede 10.0.0.0 terão os mesmos
bits de rede.

Endereço de broadcast - Endereço especial usado para enviar dados a todos os hosts
da rede

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Endereços de host - Os endereços designados aos dispositivos finais da rede

Dentro do intervalo de endereços IPv4 de uma rede, o primeiro endereço é reservado


para o endereço de rede. Esse endereço possui o valor 0 para cada bit de host do
endereço.
O endereço de broadcast IPv4 é um endereço especial para cada rede, que permite
comunicação a todos os hosts naquela rede. Para enviar dados para todos os hosts em
uma rede, um host pode enviar um único pacote que é endereçado para o endereço
de broadcast da rede.

O endereço de broadcast usa o último endereço do intervalo da rede. Esse é o


endereço no qual os bits da porção de host são todos 1s. Para a rede 10.0.0.0 com 24
bits de rede, o endereço de broadcast seria 10.0.0.255. Esse endereço também é
chamado de broadcast direcionado.

Endereços de Host ou Endereços Válidos

Como descrito anteriormente, todo dispositivo final precisa de um endereço único


para encaminhar um pacote para um host. Nos endereços IPv4, atribuímos os valores
entre o endereço de rede e o de broadcast para os dispositivos naquela rede.

Prefixos de Rede

Uma pergunta importante é: Como sabemos quantos bits representam a porção de


rede e quantos bits representam a porção de host? Quando expressamos um endereço
de rede IPv4, acrescentamos um tamanho de prefixo ao endereço de rede. O tamanho
do prefixo é o número de bits no endereço que nos dá a porção de rede. Por exemplo,
em 172.16.4.0 /24, o /24 é o tamanho do prefixo - ele nos diz que os primeiros 24 bits
são o endereço de rede. Isso deixa os 8 bits restantes, o último octeto, como porção de
host. Mais adiante neste capítulo, aprenderemos mais um pouco sobre outra entidade
que é usada para especificar a porção de rede de um endereço IPv4 para os
dispositivos de rede. É chamada de máscara de sub-rede. A máscara de sub-rede

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consiste em 32 bits, exatamente como o endereço, e usa 1s e 0s para indicar que bits
do endereço são bits de rede e que bits são bits de host.

Nem sempre se designa um prefixo /24 às redes. Dependendo do número de hosts na


rede, o prefixo designado pode ser diferente. Ter um número de prefixo diferente
muda o intervalo de host (de endereços válidos) e o endereço de broadcast de cada
rede.

CÁLCULO DE ENDEREÇOS DE REDE, HOSTS E BROADCAST


Neste momento, você talvez esteja se perguntando: Como calculamos esses
endereços? Esse processo de cálculo exige que olhemos esses endereços como
binários.

No exemplo de divisões de rede, precisamos olhar o octeto do endereço onde o


prefixo divide a porção de rede da porção de host. Em todos esses exemplos, é o
último octeto. Embora seja comum, o prefixo também pode dividir qualquer octeto.

Para começar a entender esse processo de determinar as atribuições de endereços,


vamos transformar alguns exemplos em binários.

172.16.20.0 /25
Endereços Decimal Representação binária
Rede 172.16.20.0 10101100 00010000 00010100 0 0000000
1º host válido 172.16.20.1 10101100 00010000 00010100 0 0000001
Broadcast 172.16.20.127 10101100 00010000 00010100 0 1111111
Último host válido 172.16.20.126 10101100 00010000 00010100 0 1111110

Veja na figura acima, um exemplo de atribuição de endereço para a rede 172.16.20.0


/25.

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Na primeira linha, vemos a representação do endereço de rede. Com um prefixo de 25


bits, os últimos 7 bits são os bits de host. Para representar o endereço de rede, todos
esse bits de host são bits '0'. Isso faz com que o último octeto do endereço seja 0. O
endereço de rede fica assim: 172.16.20.0 /25.

Na segunda linha, vemos o cálculo do primeiro endereço de host. Ele é sempre um


valor acima do endereço de rede. Nesse caso, o último dos sete bits de host se torna
um bit '1'. Com o bit menos significativo de endereço de host configurado para 1, o
primeiro endereço de host ou endereço válido é 172.16.20.1.

A terceira linha mostra o cálculo do endereço de broadcast da rede. Portanto, todos os


sete bits de host usados nessa rede são '1s'. Pelo cálculo, obtemos o valor 127 para o
último octeto. Isso nos deixa com um endereço de broadcast 172.16.20.127.

A quarta linha mostra o cálculo do último endereço de host ou endereço válido. O


último endereço de host de uma rede é sempre um a menos que o de broadcast. Isso
significa que o bit menos significativo de host é um bit '0' e todos os outros bits de host
são bits '1'. Como já visto, isso torna o último endereço de host da rede igual a
172.16.20.126.

Experimente utilizar esta forma para testar outros valores. De qualquer forma, a
prática com estes cálculos deverá lhe proporcionar habilidade para resolver muito
rapidamente os endereços de redes e hosts, para que possa melhorar a performance
se desejar fazer a certificação.

Embora para esse exemplo tenhamos expandido todos os octetos, só precisamos


examinar o conteúdo do octeto dividido.

ENDEREÇOS PÚBLICOS E PRIVADOS


Embora a maioria dos endereços de host IPv4 sejam endereços públicos designados
para uso em redes que são acessíves pela Internet, há intervalos de endereços que são
usados em redes que precisam acesso limitado ou nenhum acesso à Internet. Esses
endereços são chamados de endereços privados.

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Endereços Privados

Os intervalos de endereços privados são:


• de 10.0.0.0 a 10.255.255.255 (10.0.0.0 /8)
• de 172.16.0.0 a 172.31.255.255 (172.16.0.0 /12)
• de 192.168.0.0 a 192.168.255.255 (192.168.0.0 /16)

Os intervalos de endereços de espaço privado, como mostrado na figura, são


reservados para uso em redes privadas. O uso desses endereços não precisa ser
exclusivo entre redes externas. Hosts que não precisam de acesso à Internet em geral
podem fazer uso irrestrito de endereços privados. Contudo, as redes internas ainda
devem projetar esquemas de endereço para assegurar que os hots em redes privadas
usem endereços IP que são únicos dentro do seu ambiente de rede.

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Muitos hosts em redes diferentes podem usar os mesmos endereços de espaço


privado. Os pacotes que usam esses endereços como origem ou destino não devem
aparecer na Internet pública. O roteador ou dispositivo de firewall no perímetro dessas
redes privadas deve bloquear ou converter esses endereços. Mesmo que esses
pacotes escapassem para a Internet, os roteadores não teriam rotas para as quais
encaminhá-los para a rede privada adequada.

Endereços Públicos
A vasta maioria dos endereços no intervalo de host unicast IPv4 são endereços
públicos. Esses endereços são projetados para serem usados nos hosts que são
acessíveis publicamente a partir da Internet. Mesmo nesses intervalos de endereços,
há muitos endereços que foram designados para outros fins especiais.

Network Address Translation (NAT)


Com serviços para traduzir endereços privados para endereços públicos, os hosts
numa rede com endereços privados podem ter acesso a recursos na Internet. Esses
serviços, chamados de Network Address Translation (Tradução de Endereço de Rede)
ou NAT, podem ser implementados em um dispositivo na borda da rede privada.
O NAT permite que os hosts da rede "peguem emprestado" um endereço público para
se comunicar com redes externas. Embora haja algumas limitações e questões de
desempenho com o NAT, os clientes para muitas aplicações podem acessar serviços
pela Internet sem problemas perceptíveis.
Obs.: O NAT será tratado em detalhes posteriormente neste material.

ENDEREÇAMENTO CLASSFULL
Historicamente, RFC1700 agrupava os intervalos unicast em tamanhos específicos
chamados endereços classe A, classe B e classe C. Também definia os endereços de
classe D (multicast) e classe E (experimental), como mencionado anteriormente.

Os endereços unicast classes A, B e C definiam redes de tamanho específico, bem


como intervalos de endereços específicos para essas redes, como mostrado na figura.
Era designado a uma companhia ou organização um intervalo inteiro de endereços

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classe A, classe B ou classe C. Esse uso de espaço de endereços é chamado de


endereçamento classful.

Intervalos Classe A
Um intervalo de endereços classe A foi projetado para suportar redes extremamente
grandes, com mais de 16 milhões de endereços de host. Os endereços IPv4 classe A
usavam um prefixo /8 com o primeiro octeto para indicar os endereços da rede. Os
três octetos finais eram usados para endereços de host.

Para reservar espaço de endereçamento para as classes de endereço restantes, todos


os endereços classe A precisavam que o bit mais significativo do primeiro octeto fosse
zero. Isso significava que só havia 128 redes classe A possíveis, de 0.0.0.0 /8 a
127.0.0.0 /8, antes de preencher os intervalos de endereço reservados. Embora os
endereços de classe A reservassem metade do espaço de endereço, por causa do seu
limite de 128 redes, eles só podiam alocar aproximadamente 120 companhias ou
organizações.

Intervalos Classe B
O espaço de endereços Classe B foi projetado para suportar as necessidades de redes
de tamanho moderado a muito grande com mais de 65.000 hosts. Um endereço IP
classe B usava os dois primeiros octetos para indicar o endereço de rede. Os outros
dois octetos especificavam os endereços de host. Como no caso da classe A, o espaço
para endereços das classes de endereços restantes precisava ser reservado também.

No caso de endereços classe B, os dois bits mais significativos do primeiro octeto eram
10. Isso restringia o intervalo de endereços para a classe B de 128.0.0.0 /16 a
191.255.0.0 /16. A Classe B tinha uma alocação de endereços ligeiramente mais
eficiente do que a da classe A porque dividia igualmente 25% do espaço total de
endereçamento IPv4 entre aproximadamente 16.000 redes.

Intervalos Classe C

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O espaço de endereços classe C foi o mais comumente disponível das classes de


endereços. Esse espaço de endereço fornecia endereços para redes pequenas, com no
máximo 254 hosts. Os intervalos de endereço classe C usavam um prefixo /24. Isso
quer dizer que uma rede classe C usava apenas o último octeto como endereço de
host, e os três primeiros octetos eram usados para indicar o endereço de rede.

Os intervalos de endereço classe C reservavam espaço de endereço para a classe D


(multicast) e a classe E (experimental) usando um valor fixo de110 para os três dígitos
mais significativos do primeiro octeto. O intervalo de endereços restrito para a classe C
vai de 192.0.0.0 /16 a 223.255.255.0 /16. Embora ocupasse apenas 12,5% do espaço
total de endereços IPv4, poderia fornecer endereços para 2 milhões de redes.

Problemas do sistema baseado em Classes


A maioria das organizações não se ajustaram bem a nenhuma das 3 classes utilizadas
comercialmente. A alocação classful de espaço de endereço em geral desperdiçava
muitos endereços, o que acabava com a disponibilidade de endereços IPv4. Por
exemplo, uma companhia com uma rede de 260 hosts precisava receber um endereço
classe B com mais de 65.000 endereços.

Embora esse sistema classful tenha sido abandonado no fim do ano 1990, você verá
restos dele nas redes atuais. Por exemplo, quando você atribui um endereço IPv4 para
um computador, o sistema operacional examina o endereço sendo designado para
determinar se esse endereço é de classe A, classe B ou classe C. O sistema operacional
assume então o prefixo usado por aquela classe e faz a atribuição adequada da
máscara de sub-rede.

Outro exemplo é a adoção da máscara por alguns protocolos de roteamento. Quando


alguns protocolos de roteamento recebem uma rota anunciada, podem presumir o
tamanho do prefixo com base na classe do endereço.

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ENDEREÇAMENTO CLASSLESS
O sistema que usamos atualmente é chamado de endereçamento classless. Com o
sistema classless, intervalos de endereço adequados para o número de hosts são
designados para companhias ou organizações independentemente da classe unicast.

Atribuição dos endereços em uma rede


A atribuição dos endereços IP aos hosts de uma rede se resumem a 2 processos:
Estático – Normalmente relacionado a servidores, impressoras e outros dispositivos de
rede que, por receberem acesso externo, não podem ter seus endereços trocados com
frequência sob pena de se tornarem “desconhecidos” em algum momento. Algumas
empresas também optam por manter seu processo de endereçamento estático por
questões de segurança.
Normalmente este processo tem como vantagem eliminar o tráfego de entrega de
endereços dentro da rede, mas por outro lado existem contratempos relacionados ao
controle do endereçamento que por vezes falha e duplicidades de endereços podem
surgir, atrapalhando o funcionamento da rede.

Dinâmico – No passado diversos protocolos tiveram a propriedade de entrega dos


endereços ip aos hosts da rede. Atualmente, utiliza-se o DHCP. Trata-se de uma
aplicação cuja principal funcionalidade é “alugar” informações de endereçamento aos
hosts da rede. Este aluguel tem tempo definido e pode ser modificado quando se
desejar, criando uma mudança no uso dos endereços pelos hosts da rede.

O recurso pode ser configurado em servidores ou em roteadores e switches. Sua


vantagem é centralizar a entrega de endereços, automatizando o processo e evitando
duplicidade.

Como desvantagens podemos apontar o fluxo de tráfego gerado na rede (tráfego de


broadcast) e segundo o entendimento de algumas empresas, também a falta de
segurança, pois facilita o primeiro acesso de estranhos a uma rede. Mais a frente
veremos como configurar o DHCP no roteador Cisco.

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SUB-REDES E MÁSCARAS
Máscara de Sub-Rede - Definição da Rede e das Porções de Host

Como aprendemos antes, um endereço IPv4 tem uma porção de rede e uma porção de
host. Nós nos referimos ao tamanho do prefixo como o número de bits no endereço
que nos dá a porção de rede. O prefixo é um modo de definir a porção de rede e que é
legível para nós. A rede de dados também deve ter sua porção de rede dos endereços
definida.
Para definir as porções de rede e de host de um Endereço, os dispositivos usam um
padrão separador de 32 bits chamado de máscara de sub-rede. Expressamos a
máscara de sub-rede no mesmo formato decimal com pontos dos endereços IPv4. A
máscara de sub-rede é criada colocando-se o número binário1 em cada posição de bit
que representa a porção de rede e colocando o binário 0 em cada posição de bit que
representa a porção de
host.

192.168.50.234  Endereço de host


255. 255. 255. 224 Máscara de sub-rede utilizada
11111111.11111111.11111111.11100000

O prefixo e a máscara de sub-rede são modos diferentes de representar a mesma coisa


- a porção de rede de um endereço.

Para o valor representado acima, temos o prefixo original da rede, no caso o /24, visto
que o primeiro octeto nos mostra que o endereço é um classe C. Por ser um classe C,
os 3 primeiros octetos são relacionados à rede. Por este motivo não serão modificados
dentro do endereço e nem da máscara que o acompanha.

Porém, para que possamos gerar sub-divisões neste endereço, podemos utilizar alguns
bits do campo de hosts (últimos 8 bits) para criar um terceiro campo que se juntará ao
prefixo original da rede na determinação do roteamento. Este terceiro campo está
destacado abaixo:

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111 00000  3 bits dos hosts originais foram para o prefixo de roteamento.
A este campo, damos o nome de sub-rede. Ele dividirá o endereço ou bloco original,
em blocos menores, com menos hosts, mas muito úteis na organização das redes.

Estas redes menores que serão geradas, ajudarão a reduzir os broadcasts da rede e
também trarão um padrão organizacional com divisões que ampliarão inclusive a
segurança do ambiente.

Veja abaixo, os novos blocos de sub-redes que podemos utilizar com esta divisão
proposta:

000 – 1ª sub-rede (0 no últmo octeto)


001 – 2ª sub-rede (32 no últmo octeto)
010 – 3ª sub-rede (64 no último octeto)
011 – 4ª sub-rede (96 no último octeto)
100 – 5ª sub-rede (128 no último octeto)
101 – 6ª sub-rede (160 no último octeto)
110 – 7ª sub-rede (192 no último octeto)
111 – 8ª sub-rede (224 no último octeto)

E o campo de hosts, irá variar para cada uma das sub-redes representadas acima :
De 00000 a 11111, sendo que 00000 endereço de rede e 11111Broadcast
Os hosts válidos estarão entre 00001 a 11110.

Identificando a rede através do endereço do host


Esta é uma tarefa de vital importância para quem deseja atingir a certificação CCNA.
Uma das formas de fazer isso, seria o que chamamos de AND lógico.

Uma operação matemática muito simples que consiste na comparação entre os


números binários da máscara e do endereço de host. O resultado será sempre o
endereço da rede. Veja um exemplo:

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192.168.50.178 / 27 (255.255.255.224)
192.168.50.178  11000000.10101000.00110010.10110010

255.255.255.224  11111111.11111111.11111111.11100000

Resultado  11000000.10101000.00110010.10100000
Observe que o AND lógico consiste apenas de uma multiplicação entre os bits do
endereço que temos com a máscara correspondente. Onde tivermos combinação de
bits em “1” o resultado será “1”. Qualquer outra situação trará um resultado de “0”
zero.
E o resultado desta operação sempre nos trará o endereço da rede onde o host se
encontra. No exemplo acima temos a rede 192.168.50.160. Neste caso, dizemos que o
host 192.168.50.178 /27, pertence a rede 192.168.50.160.

Dessa, forma guarde bem a regra do AND :


1 AND 1 = 1
1 AND 0 = 0
0 AND 1 = 0
0 AND 0 = 0
Na realidade, o roteado utiliza o AND para descobrir a rede e consequentemente o
caminho por onde deve encaminhar um pacote.

No exemplo acima, observamos que o endereço que originalmente era /24 passou a
ser /27 pois os 3 primeiros bits do octeto de host foram mudados para “1” binario.

Este é o procedimento para criação de sub-redes. Utilizamos bits do campo de host,


que dependendo da classe do endereço, podem estar em mais de um octeto.

A cada bit que mudamos de “0” para “1”, dobramos a quantidade de divisões (ou sub-
redes) possíveis. E como consequência reduzimos pela metade a quantidade de hosts
em cada uma.

Dessa forma, como podemos nos orientar sobre quantos bits “tomaremos
emprestados” do campo de host para criar sub-redes? Isto vai depender da
quantidade de sub-redes que precisamos. O que por sua vez, dependerá da

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quantidade de divisões que precisamos dentro da empresa ou no ambiente onde


estejamos organizando a rede.

O uso de sub-rede permite criar múltiplas redes lógicas a partir de um único intervalo
de endereços. Visto que usamos um roteador para conectar essas redes, cada
interface no roteador deve ter uma identificação de rede distinta. Cada nó nesse link
está na mesma rede.

Fórmula para calcular sub-redes

Use esta fórmula para calcular o número de sub-redes:

2^n onde n = número de bits emprestados


No exemplo mais acima, utilizamos 3 bits do campo de host. Logo 2¨3 teremos um
total de 8 sub-redes.

O número de hosts

Para calcular o número de hosts por rede, usamos a fórmula 2^n - 2 onde n = número
de bits que sobraram para host.

Aplicando a fórmula, (2^5 - 2 = 30) mostra que cada uma dessas sub-redes pode ter 30
hosts, ou 30 endereços válidos.

Exemplo com 3 sub-redes

A seguir, considere uma rede que precisa de três sub-redes. Veja a figura.

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Utilizaremos o intervalo de endereço, 192.168.1.0 /24. Se pegássemos emprestado um


único bit, só poderíamos ter duas sub-redes. Para ter mais redes, mudamos a máscara
de sub-rede para 255.255.255.192, e pegamos dois bits emprestados. Isso permitirá 4
sub-redes.

Calcule a sub-rede por meio desta fórmula:

2^2 = 4 sub-redes

O número de hosts
Para calcular o número de hosts, comece examinando o último octeto. Note estas sub-
redes.
Sub-rede 0: 0 = 00000000
Sub-rede 1: 64 = 01000000
Sub-rede 2: 128 = 10000000
Sub-rede 3: 192 = 11000000

Aplique a fórmula de cálculo de hosts.


2^6 - 2 = 62 hosts, ou 62 endereços válidos, por sub-rede

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Na figura acima temos a solução dos endereços propostos.


Exemplo com 6 sub-redes
Considere este exemplo com 5 LANs e uma WAN, num total de 6 redes. Veja a figura.

Para acomodar 6 redes, divida o endereço 192.168.1.0 /24 em sub-redes com


intervalos de endereços usando a fórmula:

2^3 = 8

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Para obter pelo menos 6 sub-redes, pegue emprestados 3 bits de host. A máscara de
sub-rede 255.255.255.224 fornece três bits de rede adicionais.
O número de hosts
Para calcular o número de hosts, comece examinando o último octeto. Note estas sub-
redes.
0 = 00000000
32 = 00100000
64 = 01000000
96 = 01100000
128 = 10000000
160 = 10100000
192 = 11000000
224 = 11100000
Aplique a fórmula de cálculo de hosts:
2^5 - 2 = 30 hosts, ou 30 endereços válidos, por sub-rede.
Veja na figura o esquema de endereçamento dessas redes.

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Até aqui, demonstramos exemplos de divisão em sub-redes em cenários onde todas as


divisões eram iguais. Cada sub-rede apresentada possuía a mesma quantidade de
hosts. Para situações onde se deseja apenas demonstrar a mecânica da divisão em si,
foram cenários adequados e produtivos.

Mas, dentro de uma empresa, as situações costumam ser diferentes. As redes não
possuem o mesmo tamanho, nem a mesma quantidade de hosts. Cada rede, na
verdade, representa um setor ou departamento da empresa. E estes departamentos,
não são iguais. Além disso, os links de WAN muitas vezes requerem apenas 2
endereços, por serem ponto a ponto. E alocar uma sub-rede a eles que contenha 30
hosts, acaba por gerar um desperdício de endereços. Números que certamente farão
falta em outras partes da divisão.

O mundo real, em relação às divisões em sub-redes, está relacionado a um formato


chamado de VLSM (Variable Length Subnet Mask). E passamos a demonstrar esse
assunto a partir daqui...

VLSM – (VARIABLE LENGTH SUBNET MASK) – MÁSCARA DE SUB


REDE DE COMPRIMENTO VARIÁVEL.
Cada rede dentro de uma corporação ou organização é projetada para acomodar um
número definido de hosts.

Algumas redes, como os links WAN ponto-a-ponto, precisam de no máximo dois hosts.
Outras redes, como uma LAN de usuários num grande prédio ou departamento, talvez
acomodem centenas de hosts. Os administradores de rede precisam preparar um
esquema de endereçamento que acomode o número de hosts necessário para cada
rede. O número de hosts em cada divisão deve permitir o crescimento da rede quando
necessário.

Sequência do projeto de endereçamento:

1) **Determine o Número Total de Hosts**

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Primeiro, considere o número total de hosts necessários para a rede corporativa


inteira. Precisamos usar um intervalo de endereços suficientemente grande para
acomodar todos os dispositivos em todas as redes corporativas. Isso inclui dispositivos
de usuário final, servidores, dispositivos intermediários e interfaces de roteador.

Vamos a um exemplo:

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Note que as quantidades de hosts necessárias a cada rede estão expressas na figura.
Seguindo a premissa detalhada acima, somaremos todos os hosts das redes
40+23+76+13+5+2 = 159.

Em seguida, vamos pensar em qual máscara poderia atender a 159 hosts, no mínimo.
Este raciocínio é exatamente invertido em relação ao processo de cálculo anterior
onde a preocupação era de descobrir quantos bits seriam necessários para criar uma
certa quantidade de sub-redes. Aqui estamos preocupados com a quantidade de hosts.
Por isso, vamos relembrar algo importante:

Em um máscara, temos o seguinte:


“1” binário  Bits de rede ou sub-rede
“0” binário  Bits de hosts
Isto nos mostra que nosso foco agora deve ser colocado sobre os bits em “0”. Em
outras palavras, quantos bits em “0” eu devo ter em uma máscara para que seja
possível endereçar ao menos 159 hosts. Vamos a algumas máscaras :

255 . 255 . 255 . 0  /24  8 bits em “0”, logo 2^8-2= 254 hosts
255 . 255 . 240 . 0  /20  12 bits em “0”, logo 2^12-2= 4094 hosts
255 . 255 . 255 .128  /25  7 bits em “0”, logo 2^7-2= 126 hosts
255 . 255 .0 . 0 /16  16 bits em “0”, logo 2^16-2=65534 hosts

Perceba que, quanto maior a quantidade de bits em “0” maior é o número de hosts
possíveis. Você consegue encontrar a máscara que procuramos entre as que estão
acima? Em termos numéricos, apenas uma delas não atende ao nosso requisito de 159
hosts. Mas não podemos escolher qualquer uma delas, apenas porque ultrapassam a
quantidade que precisamos. Temos que escolher a que esteja mais próxima da
quantidade necessária, ultrapassando. Em outras palavras, aquela que atenda a no
mínimo 159 hosts com o máximo de sub-redes possível.

Neste caso, repare que podemos destacar a primeira da lista:

255 . 255 . 255 . 0  /24  8 bits em “0”, logo 2^8-2= 254 hosts

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As outras, ultrapassam demais ou ficam insuficientes...

Neste momento, acabamos de encontrar o bloco de endereços que deve comportar


nossa rede corporativa. Ele é 172.20.48.0

Este bloco será nossa base para subdividirmos e preencher a cada uma das redes da
topologia apresentada acima.

2)**Determine a máscara para cada sub-rede do projeto**


Aqui iremos determinar cada uma das máscaras das sub-redes individualmente.
Uma boa prática, explica que devemos começar nosso trabalho na ordem decrescente
das redes. Dessa forma a primeira a ser tratada é a sub-rede 3 com 76 hosts:
Sub-rede 3 – 76 hosts  Observando o últmo octeto onde estão os bits zerados,
temos:

1 0 0 0 0 0 0 0 7 bits para hosts nos permitem 2^7-2=126 hosts. Este é o valor


mais próximo que temos de 76 hosts. Logo a máscara para esta sub-rede será
255.255.255.128. Este valor também pode ser referenciado como /25 (ou senhor /25
para quem não é muito amigo dele) Lembramos que o primeiro bit do 4º octeto que
não será utilizado para compor os hosts, ficará no campo das sub-redes.
A próxima, será a sub-rede 1, que precisa de um minimo de 40 hosts:

1 1 0 0 0 0 0 0 6 bits para hosts nos permitem 2^6-2=62 hosts. Este é o valor mais
próximo de 40 hosts. A máscara será 255.255.255.192 ou /26.

ATENÇÂO!! Se neste momento você não conseguiu entender porque chegamos na


máscara /26, talvez seja um bom momento para pedir ajuda ao seu instrutor e assim seguir
entendendo o restante desse pequeno projeto de endereçamento.

Nosso próximo alvo é a sub-rede 2 com 23 hosts...Vamos a ela:

1 1 1 0 0 0 0 0 5 bits para hosts nos permitem 2^5-2=30 hosts. Este é o valor mais
próximo de 23 hosts. A máscara será 255.255.255.224 /27.
Em seguida a sub-rede 4 com 13 hosts:

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1 1 1 1 0 0 0 0 4 bits para hosts nos permitem 2^4-2=14 hosts. Este é o valor mais
próximo de 13 hosts. A máscara será 255.255.255.240 /28.

Seguimos para a sub-rede 5 com seus 5 hosts:

1 1 1 1 0 0 0 0 3 bits para hosts nos permitem 2^3-2=6 hosts. Este é o valor mais
próximo de 5 hosts. A máscara será 255.255.255.248 /29.
E por fim, a sub-rede 6 com apenas 2 hosts, por ser um link de WAN do tipo ponto a
ponto:

1 1 1 1 0 0 0 0 2 bits para hosts nos permitem 2^2-2=2 hosts. Este é o valor exato
para 2 hosts. A máscara será 255.255.255.252 /30. A partir daqui memorize que os
links de wan ponto a ponto sempre serão /30.
E vamos observar o trabalho completo com as máscaras? Veja...

As máscaras já dimensionam cada rede com seu tamanho mais adequado. Agora
podemos completar o endereçamento, partindo do nosso bloco inicial, maior, que já
está informado no canto superior esquerdo da topologia.

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A distribuição das redes, também na ordem decrescente, fica assim:


Sub-rede 3  172.20.48.0 /25
Sub-rede 1  172.20.48.128 /26
Sub-rede 2  172.20.48.192 /27
Sub-rede 4  172.20.48.224 /28
Sub-rede 5  172.20.48.240 /29
Sub-rede 6  172.20.48.248 /30
Procure perceber, a distância entre uma rede e outra (salto). Repare que a máscara
local orienta esta distância, de forma que a próxima rede desta máscara será colocada
na sequencia do endereçamento.
E por fim temos a topologia completa:

Considerações sobre este projeto:


• Após endereçar os links seriais, a próxima rede disponível seria 172.20.48.252.
Desta forma, poderíamos apenas endereçar mais um link /30 antes do
esgotamento do nosso bloco de endereço original que era um /24.
• Quando trabalhamos em um projeto de endereçamento por completo, como
fizemos aqui, é bem conveniente que nos orientemos pela ordem decrescente.
Porém em termos de certificação, talvez seja necessário completar algo que
esteja faltando no projeto. E neste caso, torna-se importante saber atribuir os
endereços independente da ordem. Procure praticar isso...

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• A maioria das sub-redes neste projeto está em bom nível de escalabilidade,


com hosts a mais do que o necessário. Mas, quando isto não ocorre,
precisamos trabalhar com um bloco original maior. Devemos pensar sempre
em crescimentos da ordem de 15% em quantidades de hosts.

SUMARIZAÇÃO DE REDES

Um outro aspecto importante do processo de endereçamento é a sumarização ou


agregação de redes.
Para compreender bem este processo, começamos lembrando que existem alguns
endereços que dividimos e dizemos que estamos criando sub redes. Por exemplo,
192.168.4.0 /24 poderia ser dividido em sub redes da seguinte forma:

192.168.4.0 / 25
192.168.4.128 /26
192.168.4.192/27
192.168.4.224 /28
192.168.4.240 /29
192.168.4.248 /30

Todas esta redes menores, são referidas como sub redes utilizando o prefixo
192.168.4.X. Algo como se criássemos subconjuntos da rede 192.168.4.0. Embora sub
divididas, cada uma das redes funciona no ambiente real como uma rede isolada.
Mas observe abaixo uma diferença em relação ao que fizemos acima:

192.168.4.0 /24

192.168.5.0 /24

192.168.6.0 /24

192.168.7.0 /24

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O que você enxerga? São 4 blocos de endereços com prefixos diferentes. No passado
diziamos se tratar de 4 redes classe C. Cada um delas poderia ser subdividida em
múltiplas e diferentes sub redes, da mesma forma que fizemos no exemplo anterior.
Mas, quando citamos o termo sumarização ou agregação de rotas, estamos nos
referidno a um endereço único que agrega ou reúne em si todas as redes
representadas acima. Costuma-se até utilizar o termo “super net” por se tratar de uma
reunião de redes.
Observe como ficaria no caso das redes do exemplo:

192.168.4.0 /24
Endereço
192.168.5.0 /24 Sumarizado

192.168.6.0 /24 192.168.4.0 /22


192.168.7.0 /24

E como se pode chegar ao resulto acima? Na verdade, se pudermos enxergar os endereços em


binário, notaremos que alguns bits são comuns aos 4 endereços:

11000000.10101000.00000100.00000000
11000000.10101000.00000101.00000000
11000000.10101000.00000110.00000000
11000000.10101000.00000111.00000000

A sumarização busca os bits iguais entre os números. Note que são iguais até o 22º bit.
Isto indica que a máscara do endereço sumarizado será um /22. E valor resultante até
o 22º bit é 192.168.4.0.

De forma que o resultado dessa sumarização é o 192.168.4.0 /22.

Procure perceber a relação existente entre as máscaras e você poderá resolver


situações de sumarização apenas mentalmente, sem precisar da comparação binária.
Na situação que foi proposta acima, a relação entre as máscaras pode ser observada
claramente, pois uma máscara /24 corresponde a 50% de uma /23 e 25% de uma /22.
Logo, 4 endereços /24 poderiam ser agregados em 1 endereço /22. Mas tome cuidado!
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Para isso ser verdade, é necessário observar bem os endereços envolvidos. Observe se
são contínuos, como no exemplo. E também se pode ser “encaixados” num dos valores
existentes para a máscara maior.

Abaixo alguns conjuntos de endereços foram colocados para que você pratique a
sumarização:

1)

192.168.8.0
Sumarizador
192.168.9.0

192.168.10.0 __________________________________

192.168.11.0
Demonstre abaixo pela comparação dos bits:

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

2)

192.168.8.0
Sumarizador
192.168.11.0

192.168.12.0 __________________________________

192.168.14.0
Demonstre abaixo pela comparação dos bits:

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

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3)

172.16.8.0
Sumarizador
172.17.11.0

172.18.12.0 __________________________________

172.19.14.0
Demonstre abaixo pela comparação dos bits:

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

4)

192.168.18.10
Sumarizador
192.168.18.20

192.168.18.25 __________________________________

192.168.18.30
Demonstre abaixo pela comparação dos bits:

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 70


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EXERCÍCIOS ENDEREÇAMENTO IPV4


Agora, procure utilizar um raciocínio inverso. Observe o endereço sumarizado
de super net e assinale endereços que poderiam estar agregados a ele:

192.168.48.0 /20

192.168.38.0 /23 192.168.32.0 /19 192.168.52.0 /24

192.168.68.0 /22 192.168.58.0 /23 192.168.64.0 /22

192.168.63.0 /24 192.168.48.0 /21 192.168.44.0 /22

Na sequência disponibilizaremos alguns exercícios envolvendo endereços ipv4, sub-


redes e VLSM para que você possa se desenvolver bastante nestes assuntos visando a
certificação.

Conversões de sistemas numéricos


Binário para decimal

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Decimal para binário

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Identificação das classe dos endereços

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Identificação de rede e host

Identifique a porção de rede Identifique a porção de host

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Endereços de rede

Com base no endereço e máscara informados, escreva a rede.

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Endereços de host

Com base no endereço e máscara informados, escreva o host.

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Escreva a máscara de rede padrão para cada um dos endereços abaixo.

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EXERCÍCIOS DE SUB REDES - CLASSFULL


Problema 1
Qtde. de sub redes necessárias – 6

Qtde. de hosts utilizáveis por sub rede – 30

Endereço de rede – 195.85.8.0

Classe do endereço_________

Máscara de sub rede padrão__________________________

Máscará de sub rede personalizada__________________________

Qtde. total de sub redes__________

Qtde. total de endereços de host__________

Qtde. de endereços utilizáveis__________

Qtde. de bits emprestados__________

Faça a contas abaixo para obter os resultados:

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Problema 2
Qtde. de sub redes necessárias – 25

Qtde. de hosts utilizáveis por sub rede – 5

Endereço de rede – 207.16.158.0

Classe do endereço_________

Máscara de sub rede padrão__________________________

Máscará de sub rede personalizada__________________________

Qtde. total de sub redes__________

Qtde. total de endereços de host__________

Qtde. de endereços utilizáveis__________

Qtde. de bits emprestados__________

Faça a contas abaixo para obter os resultados:

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Problema 3
Qtde. de sub redes necessárias – 126

Qtde. de hosts utilizáveis por sub rede – 131.070

Endereço de rede – 118.0.0.0

Classe do endereço_________

Máscara de sub rede padrão__________________________

Máscará de sub rede personalizada__________________________

Qtde. total de sub redes__________

Qtde. total de endereços de host__________

Qtde. de endereços utilizáveis__________

Qtde. de bits emprestados__________

Faça a contas abaixo para obter os resultados:

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EXERCÍCIOS DE VLSM
Com base no bloco de endereço informado, determine as máscaras e sub redes para
cada localidade demonstrada na fiigura abaixo:

Anotações e cálculos:

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Com base no bloco de endereço informado, determine as máscaras e sub redes para
cada localidade demonstrada na fiigura abaixo:

Anotações e cálculos

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Com base no bloco de endereço informado, determine as máscaras e sub redes para
cada localidade demonstrada na fiigura abaixo:

Anotações e cálculos

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Com base no bloco de endereço informado, determine as máscaras e sub redes para
cada localidade demonstrada na fiigura abaixo:

***Tente fazer este sem cáclulos escritos***

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Questões de múltipla escolha ipv4

3)Qual a melhor opção para endereçamento do host?

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1) Dada a seguinte máscara IP 255.252.0.0, responda:

a) Quantos bits utilizamos para rede.? _________________________

b) Quantos bits utilizamos para sub-rede.? _____________________

c) Quantos bits utilizamos para host? _________________________

Cálculos:

2) Dada a seguinte máscara IP 255.255.128.0, responda:

d) Quantos bits utilizamos para rede?__________________

e) Quantos bits utilizamos para sub-rede?______________

f) Quantos bits utilizamos para host?__________________

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3) Dada a seguinte máscara IP 255.255.224.0, responda:

a) Quantos bits utilizamos para rede.? _________________________

b) Quantos bits utilizamos para sub-rede.? _____________________

c) Quantos bits utilizamos para host? _________________________

4) Dada a seguinte máscara IP 255.255.255.252, responda:

a) Quantos bits utilizamos para rede.? _________________________

b) Quantos bits utilizamos para sub-rede.? _____________________

c) Quantos bits utilizamos para host? _________________________

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5) Dada a seguinte máscara IP 255.255.255.192 responda:

a) Quantos bits utilizamos para rede.? _________________________

b) Quantos bits utilizamos para sub-rede.? _____________________

c) Quantos bits utilizamos para host? _________________________

6) Dada a seguinte máscara IP 255.255.255.248 responda:

a) Quantos bits utilizamos para rede.? _________________________

b) Quantos bits utilizamos para sub-rede.? _____________________

c) Quantos bits utilizamos para host? _________________________

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7) Dividir a seguinte rede: 193.100.50.0/255.255.255.0

a) Quantos bits serão necessários para fazer a divisão e obter 64 sub-redes?________

b) Quantos números IP (hosts) estarão disponíveis em cada sub-rede? ____________

c) Qual a nova máscara de sub-rede? ______________________________________

d) Listar a faixa de endereços de cada sub-rede, mais os endereços de broadcast.

e) Listar o endereço de gateway e de um servidor DHCP.

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8) Dividir a seguinte rede: 19.20.30.0/255.255.255.0

a) Quantos bits serão necessários para fazer a divisão e obter 16 sub-redes?


___________

b) Quantos números IP (hosts) estarão disponíveis em cada sub-rede? _____________

c) Qual a nova máscara de sub-rede? _______________________________________

d) Listar a faixa de endereços de cada sub-rede, mais os endereços de broadcast e


rede.

e) Para cada sub-rede listar o endereço de gateway e de um servidor DNS.

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9) Dividir a seguinte rede: 129.12.0.0/255.255.0.0

a) Quantos bits serão necessários para fazer a divisão e obter 32 sub-redes?


_________

b) Quantos números IP (hosts) estarão disponíveis em cada sub-rede? _____________

c) Qual a nova máscara de sub-rede? ________________________________________

d) Listar a faixa de endereços de cada sub-rede, mais os endereços de broadcast e


rede.

e) Para cada sub-rede listar o endereço de gateway e de um servidor WEB e um


servidor de arquivos.

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10) Um administrador de redes recebeu a incumbência de planejar a distribuição de IPs pelas


sub-redes dos diferentes departamentos de uma empresa. Ele deve executar essa tarefa
utilizando VLSM/CIDR dentro do intervalo IP 10.33.44.0/24. O número de computadores em
cada rede é:

Engenharia: 58 computadores

Montagem: 32 computadores

Administração: 30 computadores

Gerência: 9 computadores

Diretoria: 4 computadores

1 – Calcule os endereços IP dos intervalos de rede para cada uma das sub-redes acima;

2 – Informe o endereço de gateway, endereço de rede e endereço de broadcast para cada sub-
rede, seguindo as melhores práticas;

3 – Para cada uma das sub-redes informe o intervalo de endereços válidos para os hosts,
excluindo o endereço de gateway.

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11) Um administrador de redes recebeu a incumbência de planejar a distribuição de


IPs pelas sub-redes dos diferentes departamentos de uma empresa. Ele deve executar
essa tarefa utilizando VLSM/CIDR dentro do intervalo IP 192.100.50.0/24. O número de
computadores em cada rede é:

Engenharia: 64 computadores

Montagem: 16 computadores

Administração: 8 computadores

Gerência: 4 computadores Diretoria: 2 computadores

1 – Calcule os endereços IP dos intervalos de rede para cada uma das sub-redes acima;

2 – Informe o endereço de gateway, endereço de rede e endereço de broadcast para


cada sub-rede, seguindo as melhores práticas;

3 – Para cada uma das sub-redes informe o intervalo de endereços válidos para os
hosts, excluindo o endereço de gateway.

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12) Um administrador de redes recebeu a incumbência de planejar a distribuição de


IPs pelas sub-redes dos diferentes departamentos de uma empresa. Ele deve executar
essa tarefa utilizando VLSM/CIDR dentro do intervalo IP 125.23.34.0/24. O número de
computadores em cada rede é:

Engenharia: 41 computadores

Montagem: 27 computadores

Administração: 12 computadores

Gerência: 7 computadores

Diretoria: 8 computadores

1 – Calcule os endereços IP dos intervalos de rede para cada uma das sub-redes acima;

2 – Informe o endereço de gateway, endereço de rede e endereço de broadcast para cada sub-
rede, seguindo as melhores práticas;

3 – Para cada uma das sub-redes informe o intervalo de endereços válidos para os hosts,
excluindo o endereço de gateway.

CCNA Trainning Education Services Page 94


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Capítulo 3 – IPV6

IPV6 – O NOVO SISTEMA DE ENDEREÇAMENTO DE REDES

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O ESGOTAMENTO DO IPV4

As especificações do IPv4 reservam 32 bits para endereçamento, possibilitando gerar


mais de 4 bilhões de endereços distintos. Inicialmente, estes endereços foram
divididos em três classes de tamanhos fixos da seguinte forma:

Classe A: definia o bit mais significativo como 0, utilizava os 7 bits restantes do


primeiro octeto para identificar a rede, e os 24 bits restantes para identificar o host.
Esses endereços utilizavam a faixa de 1.0.0.0até 126.0.0.0;

Classe B: definia os 2 bits mais significativo como 10, utilizava os 14 bits seguintes para
identificar a rede, e os 16 bits restantes para identificar o host. Esses endereços
utilizavam a faixa de 128.1.0.0até 191.254.0.0;

Classe C: definia os 3 bits mais significativo como 110, utilizava os 21 bits seguintes
para identificar a rede, e os 8 bits restantes para identificar o host. Esses
endereços utilizavam a faixa de 192.0.1.0até 223.255.254.0;

Embora o intuito dessa divisão tenha sido tornar a distribuição de endereços


mais flexível, abrangendo redes de tamanhos variados, esse tipo de classificação
mostrou-se ineficiente. Desta forma, a classe A atenderia um número muito
pequeno de redes, mas ocupava metade de todos os endereços disponíveis; para
endereçar 300 dispositivos em uma rede, seria necessário obter umbloco de
endereços da classe B, desperdiçando assim quase o total dos 65 mil endereços; e os
256 endereços da classe C não supriam as necessidades da grande maioria dasredes.

Outro fator que colaborava com o desperdício de endereços, era o fato de que
dezenas de faixas classe A foram atribuídas integralmente a grandes instituições como
IBM, AT&T, Xerox, HP, Apple, MIT, Ford, Departamento de Defesa Americano,
entre muitas outras, disponibilizando para cada uma 16.777.216 milhões de

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endereços. Além disso, 35 faixas de endereços classe A foram reservadas para usos
específicos como multicast, loopbacke uso futuro.

Em 1990, já existiam 313.000 hosts conectados a rede e estudos já apontavam


para um colapso devido a falta de endereços. Outros problemas também
tornavam-se mais efetivos conforme a Internet evoluía, como o aumento da tabela
de roteamento.

Devido ao ritmo de crescimento da Internet e da política de distribuição de endereços,


em maio de 1992, 38% das faixas de endereços classe A, 43% da classe B e 2%
da classe C, já estavam alocados. Nesta época, a rede já possuía 1.136.000 hosts
conectados.

Em 1993, com a criação do protocolo HTTP e a liberação por parte do Governo


estadunidense para a utilização comercial da Internet, houve um salto ainda
maior na taxa de crescimento da rede, que passou de 2.056.000 de hostsem 1993
para mais de 26.000.000 de hosts em 1997.

SOLUÇÕES PROPOSTAS AO ESGOTAMENTO DOS ENDEREÇOS IPV4:


● CIDR (RFC 4632)

●Fim do uso de classes = blocos de tamanho apropriado.

●Endereço de rede = prefixo/comprimento.

●Agregação das rotas = reduz o tamanho da tabela de rotas.

● DHCP

● Alocações dinâmicas de endereços.

● NAT + RFC 1918

● Permite conectar toda uma rede de computadores usando apenas um


endereço válido na Internet, porém com várias restrições.

Diante desse cenário, a IETF (Internet Engineering Task Force) passa a discutir
estratégias para solucionar a questão do esgotamento dos endereços IP e o

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problema do aumento da tabela de roteamento. Para isso, em novembro de


1991, é formado o grupo de trabalho ROAD (ROuting and Addressing), que
apresenta como solução a estes problemas a utilização do CIDR (Classless
Interdomain Routing).

Definido na RFC 4632 (tornou obsoleta a RFC 1519), o CIDR tem como idéia
básica o fim do uso de classes de endereços, permitindo a alocação de
blocos de tamanho apropriado a real necessidade de cada rede; e a agregação
de rotas, reduzindo o tamanho da tabela de roteamento.

Com o CIDR os blocos são referenciados como prefixo de redes. Por


exemplo, no endereço a.b.c.d/x, os x bits mais significativos indicam o prefixo
da rede. Outra forma de indicar o prefixo é através de máscaras, onde a
máscara 255.0.0.0indica um prefixo /8, 255.255.0.0indica um /16, e assim
sucessivamente.

Outra solução, apresentada na RFC 2131 (tornou obsoleta a RFC 1541),


foi o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol). Através do DHCP
um host é capaz de obter um endereço IP automaticamente e adquirir
informações adicionais como máscara de sub-rede, endereço do roteador
padrão e o endereço do servidor DNS local.

O DHCP tem sido muito utilizado por parte dos ISPs por permitir a atribuição de
endereços IP temporários a seus clientes conectados. Desta forma, torna-se
desnecessário obter um endereço para cada cliente, devendo-se apenas
designar endereços dinamicamente, através de seu servidor

DHCP. Este servidor terá uma lista de endereços IP disponíveis, e toda vez que
um novo cliente se conectar à rede, lhe será designado um desses endereço de
forma arbitrária, e no momento que o cliente se desconecta, o endereço é
devolvido.

A NAT, bastante discutida em diversos ambientes de rede, traz as seguintes


características a serem consideradas em sua implementação:

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 NAT
 Vantagens:
 Reduz a necessidade de endereços públicos;
 Facilita a numeração interna das redes;
 Oculta a topologia das redes;
 Só permite a entrada de pacotes gerado em resposta a
um pedido da rede.
 Desvantagens:
 Quebra o modelo fim-a-fim da Internet;
 Dificulta o funcionamento de uma série de aplicações;
 Não é escalável;
 Aumento do processamento no dispositivo tradutor;
 Falsa sensação de segurança;
 Impossibilidade de se rastrear o caminho do pacote;
 Impossibilita a utilização de algumas técnicas de
segurança como IPSec.
Embora estas soluções tenham diminuído a demanda por IPs, elas não foram
suficientes para resolver os problemas decorrentes do crescimento da Internet. A
adoção dessas técnicas reduziu em apenas 14% a quantidade de blocos de endereços
solicitados à IANA e a curva de crescimento da Internet continuava apresentando um
aumento exponencial.

Essas medidas, na verdade, serviram para que houvesse mais tempo para se
desenvolver uma nova versão do IP, que fosse baseada nos princípios que fizeram o
sucesso do IPv4, porém, que fosse capaz de suprir as falhas apresentadas por ele.

SURGIMENTO DO IPV6 – A SOLUÇÃO DEFINITIVA


As especificações da IPv6 foram apresentadas inicialmente na RFC 1883 de dezembro
de 1995, no entanto, em em dezembro de 1998, está RFC foi substituída pela
RFC 2460. Como principais mudanças em relação ao IPv4 destacam-se:

CCNA Trainning Education Services Page 99


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Maior capacidade para endereçamento: no IPv6 o espaço para endereçamento


aumentou de 32 bits para 128 bits, permitindo: níveis mais específicos de
agregação de endereços; identificar uma quantidade muito maior de dispositivos na
rede; e implementar mecanismos de autoconfiguração. A escalabilidade do
roteamento multicast também foi melhorada através da adição do campo "escopo"
no endereço multicast. E um novo tipo de endereço, o anycast, foi definido;

Simplificação do formato do cabeçalho: alguns campos do cabeçalho IPv4 foram


removidos ou tornaram-se opcionais, com o intuito de reduzir o custo do
processamento dos pacotes nos roteadores;

Suporte a cabeçalhos de extensão: as opções não fazem mais parte do


cabeçalho base, permitindo um roteamento mais eficaz, limites menosrigorosos em
relação ao tamanho e a quantidade de opções, e uma maior flexibilidade para a
introdução de novas opções no futuro;

Capacidade de identificar fluxos de dados: foi adicionado um novo recurso que


permite identificar de pacotes que pertençam a determinados tráfegos de fluxos,
para os quais podem ser requeridos tratamentos especiais;

Suporte a autenticação e privacidade: foram especificados cabeçalhos de


extensão capazes de fornecer mecanismos de autenticação e garantir a
integridade e a confidencialidade dos dados transmitidos.

Além disso, o IPv6 também apresentou mudanças no tratamento da


fragmentação dos pacotes, que passou a ser realizada apenas na origem; permite
o uso de conexões fim-a-fim, princípio que havia sido quebrado com o IPv4
devido a grande utilização de NAT; trouxe recursos que facilitam a configuração de
redes, além de outros aspectos que foram melhorados em relação ao IPv4.

RISCOS RELACIONADOS À AUSÊNCIA DO IPV6 NAS REDES DE DADOS


É importante observar que, embora a utilização do IPv6 ainda não tenha tanta
representatividade, todos os dados apresentados mostram que sua penetração
nas redes tem aumentado gradativamente. No entanto, é preciso avançar ainda

CCNA Trainning Education Services Page 100


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mais. Adiar por mais tempo a implantação do IPv6 pode trazer diversos prejuízos para
o desenvolvimento de toda a Internet.

Como vimos, existe hoje uma demanda muito grande por mais endereços IP, e mesmo
que a Internet continue funcionando sem novos endereços, ela terá muita dificuldade
para crescer. A cada dia surgem novas redes, graças a expansão das empresas e ao
surgimento de novos negócios; iniciativas de inclusão digital tem trazido muitos novos
usuários para a Internet; e o crescimento das redes 3G, e a utilização da Internet
em dispositivos eletrônicos e eletrodomésticos são exemplos de novas aplicações
que colaboram com seu crescimento.

A não implantação do IPv6 provavelmente impedira o desenvolvimento de todas


essas áreas, e além disso, com o IPv6 elimina-se a necessidade da utilização de NATs,
favorecendo o funcionamento de várias aplicações. Deste modo, o custo de não se
utilizar, ou adiar ainda mais a implantação do protocolo IPv6, será muito maior do que
o de utilizá-lo.

Para os provedores de serviços de telecomunicações e entretenimento, é


importante que estes ofereçam novos serviços a seus clientes, e principalmente,
porque inovar é a chave para competir e manter-se à frente da concorrência.

CCNA Trainning Education Services Page 101


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ESTRUTURA DO ENDEREÇAMENTO IPV6


Observe abaixo, como é o cabeçalho do ipv4:

O cabeçalho IPv4 é composto por 12 campos fixos, podendo conter ou não opções,
fazendo com que seu tamanho possa variar entre 20 e60 Bytes. Estes campos são
destinados transmitir informações sobre:

 a versão do protocolo;
 o tamanho do cabeçalho e dos dados;
 a fragmentação;
 o tipo de dados;
 o tempo de vida do pacote;
 o protocolo da camada seguinte (TCP, UDP, ICMP);
 a integridade dos dados;
 a origem e o destino do pacote.

Observe a seguir, o cabeçalho do IPV6 comparado ao IPV4...

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***Campos grifados no ipv4 foram removidos para o Ipv6

Entre essas mudanças, destaca-se a remoção de seis campos do cabeçalho IPv4, visto
que suas funções não são mais necessárias ou são implementadas pelos cabeçalhos de
extensão.

No IPv6, as opções adicionais agora fazem parte dos cabeçalhos de extensão do


IPv6.

Deste modo, os campos Opções e Complementos puderamser removidos.

O campo Tamanho do Cabeçalho também foi removido, porque o tamanho do


cabeçalho IPv6 é fixo.

Os campos Identificação, Flags e Deslocamento do Fragmento, foram removidos


porque as informações referentes a fragmentação são indicadas agora em um
cabeçalho de extensão apropriado.

Com o intuito de aumentar a velocidade do processamento dos roteadores, o campo


Soma de Verificação foi retirado, pois esse cálculo já é realizado pelos protocolos
das camadas superiores.

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Enquanto alguns campos foram removidos, outros tiveram seus nomes modificados no
no novo cabeçalho, observe:

Quatro campos tiveram seus nomes alterados e seus posicionamentos


Seis campos do cabeçalho ipv4 foram removidos

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Outra mudança refere-se a alteração do nome e do posicionamento de outros


quatro campos.

Esses reposicionamentos foram definidos para facilitar o processamento dessas


informações pelos roteadores.

Também foi adicionado um novo campo, o Identificador de Fluxo, acrescentado


um mecanismo extra de suporte a QoS ao protocolo IP.

E por fim, alguns campos foram mantidos, como é o caso de Versão e os de endereço
de origem e destino.

Na sequência, vamos conhecer um pouco mais sobre os campos do cabeçalho ipv6,


com um pequeno detalhamento sobre suas funcionalidades.

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Versão (4 bits) - Identifica a versão do protocolo IP utilizado. No caso do IPv6 o valor


desse campo é 6.

Classe de Tráfego (8 bits) - Identifica e diferencia os pacotes por classes de


serviços ou prioridade. Ele continua provendo as mesmas funcionalidades e
definições do campo Tipo de Serviço do IPv4.

Identificador de Fluxo(20 bits) - Identifica e diferencia pacotes do mesmo fluxo na


camada de rede. Esse campo permite ao roteador identificar o tipo de fluxo de
cada pacote, sem a necessidade de verificar sua aplicação.

Tamanho do Dados(16 bits) - Indica o tamanho, em Bytes, apenas dosdados enviados


junto ao cabeçalho IPv6. Substituiu o campo Tamanho Total doIPv4, que indica o
tamanho do cabeçalho mais o tamanho dos dados transmitidos. Os cabeçalhos de
extensão também são incluídos no calculo do tamanho.

Próximo Cabeçalho(8 bits) - Identifica cabeçalho que se segue ao cabeçalho IPv6. Este
campo foi renomeado (no IPv4 chamava-se Protocolo) refletindo a nova organização
dos pacotes IPv6, pois agora este campo não contém apenas valores referentes a
outros protocolos, mas também indica os valores dos cabeçalhos de extensão.

Limite de Encaminhamento(8 bits) - Indica o número máximo de roteadores que o


pacote IPv6 pode passar antes de ser descartado, sendo decrementado a cada salto.
Padronizou o modo como o campo Tempo de Vida (TTL) do IPv4 tem sido utilizado,
apesar da definição original do campo TTL, dizer que este deveria indicar, em
segundos, quanto tempo o pacote levaria para ser descartado caso não chegasse
ao seu destino.

Endereço de origem(128 bits) - Indica o endereço de origem do pacote.

Endereço de Destino(128 bits) - Indica o endereço de destino do pacote.

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

Diferente do IPv4, que inclui no cabeçalho base todas as informações opcionais, o IPv6
trata essas informações através de cabeçalhos de extensão. Estes cabeçalhos
localizam-se entre o cabeçalho base e o cabeçalho da camada imediatamente
acima, não havendo nem quantidade, nem tamanho fixo para eles. Caso existam
múltiplos cabeçalhos de extensão no mesmo pacote, eles serão adicionados em série
formando uma “cadeia de cabeçalhos”.

As especificações do IPv6 definem seis cabeçalhos de extensão: Hop-by-Hop


Options, Destination Options, Routing, Fragmentation, Authentication Header e
Encapsulating Security Payload.

A utilização dos cabeçalhos de extensão do IPv6, visa aumentar a velocidade de


processamento nos roteadores, visto que, o único cabeçalho de extensão
processado em cada roteador é o Hop-by-Hop;os demais são tratados apenas pelo nó
identificadono campo Endereço de Destino do cabeçalho base. Além disso, novos
cabeçalhos de extensão podem ser definidos e usados sem a necessidade de se alterar
o cabeçalho base.

Alguns aspectos sobre os cabeçalhos de extensão devem ser observados.

Primeiramente é importante destacar que, para evitar que os nós existentes ao longo
do caminho do pacote tenham que percorrer toda a cadeia de cabeçalhos de
extensão para conhecer quais informações deverão tratar, estes cabeçalhos devem
ser enviados respeitando um determinada ordem. Geralmente, os cabeçalhos
importantes para todos os nós envolvidos no roteamento devem ser colocados em
primeiro lugar, cabeçalhos importantes apenas para o destinatário final são colocados
no final da cadeia. A vantagem desta seqüência é que o nó pode parar de processar
os cabeçalhos assim que encontrar algum cabeçalho de extensão dedicado ao
destino final, tendo certeza de que nãohá mais cabeçalhos importantes a seguir.

Com isso, é possível melhorar significativamente o processamento dos pacotes,


porque, em muitos casos, apenas o processamento do cabeçalho base será suficiente
para encaminhar o pacote. Deste modo, a sequência a ser seguida é:

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

1. Hop-by-Hop Options
2. Routing
3. Fragmentation
4. Authentication Header
5. Encapsulating Security Payload
6. Destination Options

Também é vale observar, que se um pacote for enviado para um endereço multicast,
os cabeçalhos de extensão serão examinados por todos os nós do grupo.

Em relação à flexibilidade oferecida pelos cabeçalhos de extensão, merece destaque o


desenvolvido o cabeçalho Mobility, utilizado pelos nós que possuem suporte a
mobilidade IPv6.

ENDEREÇAMENTO IPV6

No IPv4, o campo do cabeçalho reservado para o endereçamento possui 32 bits.


Este tamanho possibilita um máximo de 4.294.967.296 (232) endereços distintos.
A época de seu desenvolvimento, está quantidade era considerada suficiente
para identificar todos os computadores na rede e suportar o surgimento de
novas sub-redes. No entanto, com o rápido crescimento da Internet, surgiu o

CCNA Trainning Education Services Page 108


Certificação CCNA – Trainning Education Services

problema da escassez dos endereços IPv4, motivando a a criação de uma nova geração
do protocolo IP.

O IPv6 possui um espaço para endereçamento de 128 bits, sendo possível obter
340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456 endereços (2128). Este valor
representa aproximadamente 79 octilhões (7,9x1028) de vezes a quantidade de
endereços IPv4 e representa, também, mais de 56 octilhões (5,6x1028) de endereços
por ser humano na Terra, considerando-se a população estimada em 6 bilhões de
habitante

ESTRUTURA DO ENDEREÇO
• Formato hexadecimal de 128 bits (0-9, A-F)
• Utiliza os campos de número hexadecimais de 16 bits
separados por dois pontos (:)
• Cada 4 dígitos hexadecimais equivalem a 16 bits.
• Consiste em 8 sextetos/quartetos que equivalem a 16 bits
por sexteto.

2001:0DB8:0001:5270:0127:00AB:CAFE:0E1F /64

2001 em hexadecimal é o mesmo que 0010 0000 0000 0001 em


binário.

• O Prefixo do site ou o prefixo de roteamento global constitui-se dos


primeiros 3 sextetos ou 48 bits do endereço. Ele é determinado pelo
provedor de serviços.
• A Topologia do site ou o ID da sub-rede é o quarto sexteto do endereço.
• O ID da interface é composto pelos 4 últimos sextetos ou os últimos 64 bits
do endereço. Ele pode ser determinado manualmente ou dinamicamente
por meio do comando EUI-64 (identificador estendido exclusivo)

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

• Os primeiros 3 bits são fixados em 001 ou 200::/12 (número de


roteamento global IANA)

• Os bits 16-24 identificam o registro regional:


- AfriNIC, APNIC, LACNIC, RIPE NCC and ARIN

2001:0000::/23 – IANA
2001:0200::/23 – APNIC (Região Ásia/Pacífico)
2001:0400::/23 – ARIN (Região da América do Norte)
2001:0600::/23 – RIPE (Europa, Oriente Médio e Ásia Central)

• Os 8 bits restantes até o 32 identificam o ISP

• O terceiro sexteto representa o identificador do site ou cliente.

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

• O quarto sexteto representa a topologia do site ou o ID da sub-


rede.
- Permite 65.536 sub-redes com 18,446,744,073,709,551,616
(18 quintilhões) para cada sub-rede.
- Não faz parte do endereço de host.

• O ID da interface é composto pelos últimos 64-bits do endereço.


• Pode ser configurado manualmente ou dinamicamente usando o
EUI-64 (identificador estendido exclusivo).
• O comando EUI-64 usa o dispositivo de endereço MAC de 48 bits
e o converte para 64 bits adicionando FF:FE no meio do
endereço.
• O primeiro endereço (rede) e último (broadcast) podem ser
designados para uma interface. Uma interface pode conter mais
de um endereço IPv6.
• Não há endereços de broadcast; usa-se o multicast.

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• O IPv6 usa o mesmo método que o IPv4 para a criação de sub-redes


em seus endereços.

• /127 fornece 2 endereços.

• /124 fornece 16 endereços

• /120 fornece 256 endereços

• O primeiro endereço em uma rede é formado somente por zeros,


enquanto o último é formado somente por efes (F).

• Por razões de simplicidade e de design, recomenda-se a utilização


de /64 em todos os locais. Usar qualquer coisa menor que /64
poderia possivelmente romper recursos de IPv6 e aumentar a
complexidade do projeto.

Regras dos zeros iniciais e dois pontos duplos (::)


• Zeros iniciais (0) em qualquer seção de 16 bits podem ser
omitidos.

Endereço antes da omissão:

2001:0DB8:0001:5270:0127:00AB:CAFE:0E1F /64

Endereço após a omissão:

2001:DB8:1:5270:127:AB:CAFE:E1F /64

• Essa regra se aplica somente a zeros iniciais; se zeros posteriores


forem omitidos, o endereço ficará vago.

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

• Os dois pontos duplos ou os zeros de compactação


podem ser usados para encurtar um endereço IPv6
quando um ou mais sextetos são formados
exclusivamente por zeros.

• Os dois pontos duplos só podem ser usados para


compactar blocos contínuos de 16 bits. Você não pode
utilizar dois pontos duplos para incluir parte de um
bloco.

• Os dois pontos duplos podem ser usados apenas uma


vez em um endereço. Mais do que isso e o endereço
poderá se tornar ambíguo.

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TIPOS DE ENDEREÇOS DO IPV6


• Endereço Unicast

• Identifica exclusivamente uma única interface em um


dispositivo de IPv6.
• Um pacote enviado para um endereço unicast viaja de um
host para o host de destino.
• Uma interface pode ter mais de um endereço IPv6 ou um
endereço combinado de IPv6 e IPv4, chamado de "Pilha
Dupla".
• Se ocorrerem erros na interface do IPv6 ao inserir um
endereço, o usuário deve acionar o comando no ipv6 address
antes de digitar o endereço correto, caso contrário o
endereço errado continuará aparecendo na interface. (veja a
figura abaixo)

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

• Endereço multicast

• Um endereço multicast identifica um grupo de interfaces.


• Todos os endereços multicast são identificados pela fileira de
endereço FF00::0/8
• Um pacote enviado para um endereço multicast é entregado
a todos os dispositivos identificáveis pelo endereço.

Protocolo multicast IPv4 multicast IPv6


OSPF (Router) 224,0.0,5 FF02::5
OSPF (DR/BDR) 224,0.0,6 FF02::6
RIPv2 224,0.0,9 FF02::9
EIGRP 224,0.0,10 FF02::A

• Endereço anycast

• Um endereço unicast pode ser designado para várias


interfaces/dispositivos.
• Um pacote enviado para um endereço de anycast vai apenas
até o membro mais próximos do grupo, de acordo com os
protocolos de roteamento e medidas de distância.
• Anycast é descrita como uma mistura entre unicast e
multicast.
A diferença entre anycast e multicast é que em anycast, o pacote é
entregue a um único dispositivo, enquanto que em multicast ele é enviado
para vários dispositivos.

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

Endereço local de link

• Endereços locais de link são projetados para serem


utilizados em um único local de link.
• Endereços locais de link são automaticamente
configurados em todas as interfaces.
• O prefixo usado por um endereço local de link é
FE80::X/10.
• Os roteadores não encaminham o pacote com endereço de
destino e de origem que contenham um endereço local de
link.

Endereço de loopback

• Função similar ao endereço de IPv4 127.0.0.1


• O endereço de loopback é 0:0:0:0:0:0:0:1, mas pode ser
simplificado usando dois pontos duplos como ::1.
• É usado por um dispositivo para enviar um pacote para si
mesmo

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IPV6 IPV4

• Endereço de 128 bits que contém o prefixo de • Esquema de endereçamento de


roteamento global, ID da sub-rede e o ID da 32 bits que contém um host e
interface. uma parte da rede.
• Utiliza um formato hexadecimal que varia de 0- • Utiliza um formato binário

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9 e de A-F. entre 0 e 1.
• Unidade máxima de transmissão de até 1280 • Unidade máxima de
COMPARATIVO ENTRE IPV6 E IPV4

bytes. transmissão de até 576 bytes.


• Endereços de rede e de broadcast podem ser • Endereços de rede e de
designados para uma interface ou para broadcasts não podem ser
dispositivo final. designados para uma interface
• Criptografia nativa de segurança de IP ou dispositivo final.
• As tecnologias de VPN devem
Certificação CCNA – Trainning Education Services

ser usadas para criptografar os


pacotes de IPv4.

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Capítulo 4 – Switching

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

SWITCHING NO CCNA

O assunto switching na certificação CCNA, possui uma ampla abrangência de


conteúdos, porém na sua grande maioria apenas os conceitos iniciais e básicos são
cobrados. Abaixo serão tratados estes assuntos de forma um pouco mais profunda que
o contexto da certificação para que possamos oferecer uma boa base tanto para quem
pretende apenas realizar a prova CCNA como também para aqueles que pretendem
melhorar sua atuação profissional em redes Cisco.

Vamos aos assuntos...

Domínios de colisão Redes Compartilhadas

No passado as redes entre computadores PC funcionavam através de conexões fisícas


feitas a um cabo coaxial chamdo de Backbone. Ele recebeu este nome por representar
a “espinha dorsal” da rede, sua principal via de tráfego. Tempos depois, a evolução
levou a rede ethernet para a chamada topologia em estrela, onde os hosts passaram a
ser conectados a um equipamento central chamado de HUB. Além disso, também
houve mudança no meio físico. O então cabo coaxial foi substituído pelo cabo de par
trançado, ainda hoje amplamente utilizado nas redes.

* Rede em barramento com cabo coaxial

* Rede em topologia estrela

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

Este modelo de rede ethernet centralizada no hub, trazia como vantagens algumas
melhorias no padrão elétrico e de conectividade. Se um host fosse desconectado
fisicamente da rede os outros não sofreriam impacto como ocorria no modelo em
barramento. Também pesava o fato de que o cabo de par trançado era mais leve e de
fácil instalação e manutenção.

Entretanto, fatores importantes não sofreram grandes modificações com esta


mudança. O hub era um equipamento associado à camada física do modelo OSI e não
possuia as funcioalidades de camada de enlace. Por esse motivo ele não tinha
condições de efetuar a leitura do quadro e identificar os endereços MAC de origem e
de destino que já havia sido colocados ali pela placa de rede do dispositivo
transmissor. Dessa forma, o padrão de trabalho do hub era encaminhar os quadros
recebidos para todas as suas portas, menos a porta de origem. Ao receberem os
quadros vindos do hub, cada placa de rede dos hosts comparava o endereço MAC de
destino do quadro recebido com seu próprio endereço. Se ocorresse correspondência,
o quadro era recebido e encaminhado às camadas mais altas. Do contrário era
descartado.

Fica claro que neste modelo de comunicação, os hosts na maior parte do tempo
recebem quadros que devem descartar. Isto, além de gerar um movimento intenso na
rede para um volume bem menor de comunicação efetiva, também ampliava muito as
possibilidades de erros. Erros, principalmente associados ao que chamamos de colisão,
pois ao mesmo tempo em que o hub não conseguia dar encaminhamento fim a fim
para as mensagens, ele também possuía barramento único compartilhado por todas as
estações. Internamente, o hub era semelhante ao backbone do cabo coaxial. E o
protocolo elétrico original da rede ethernet (CSMA/CD) antecipava a possibilidade de
múltiplos hosts tentarem transmitir ao mesmo tempo, ou ainda que isso ocorresse de
fato entre 2 ou mais computadores. A colisão, que era o encontro de 2 ou mais sinais
no meio físico (dentro do hub), ocorria repetidas vezes no ambiente de rede. Era
dissipada pelos mecanismos de controle como estava previsto, porém a tolerância ao
aumento na quantidade de hosts compartilhando o meio físico (hub) era moderada. O
hub era chamado de domínio de colisão, e quando esse domínio crescia demais, os

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

impactos negativos para o funcionamento da rede eram significativos. Observe uma


imagem que demonstra o funcionamento do antigo CSMA/CD:

Pense e responda:

Como um domínio de colisão era ampliado? Quais ações provocavam este aumento?

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

Segmentação  Redes comutadas

Quando os sistemas operacionais evoluíram para o modo gráfico, além do aumento de


performance do hardware dos PC’s e também da convergência de rede, as redes
rapidamente mostraram-se ineficientes com seu modelo de comunicação
compartilhada pelo hub.

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

Alguns progressos foram necessários e o maior deles foi o surgimento de um


dispositivo denominado Bridge. Observe as figuras abaixo:

Figura 1

Figura 2

Na figura 1, temos um domínio de colisão ampliado entre 2 hubs. Neste caso, todos
computadores existentes nos 2 segmentos compartilham um único meio físico e as
colisões ocorrem com mais frequência, prejudicando muito o desempenho da rede.

CCNA Trainning Education Services Page 122


Certificação CCNA – Trainning Education Services

Na figura 2, a presença da bridge entre os hubs trouxe uma melhoria considerável para
a rede. A bridge tinha a capacidade de “aprender” os endereços MAC associados a
cada uma de suas 2 portas. Dessa maneira, o tráfego ficava isolado a um dos lados
quando origem e destino estavam desse mesmo lado. Isto evitava que colisões fossem
expandidas entre os 2 segmentos físicos da rede. Na figura 2 passamos a ter 2
domínios de colisão ao invés de um único como representado na figura 1. Neste
tempo, as redes começavam a mudar em termos de colisão e apresentar um aspecto
semelhante ao que temos atualmente.

A figura 3 abaixo mostra um novo passo na evolução da rede ethernet e na


substituição do modelo compartilhado pela rede comutada:

Com o aumento no tamanho das redes e proporcional diminuição nos custos de portas
dos switches, esses equipamentos foram aparecendo nas redes, trazendo vantagens
sobre as bridges:

• Maior número de portas


• Comutação realizada em nível de hardware, por um chip denominado ASIC

CCNA Trainning Education Services Page 123


Certificação CCNA – Trainning Education Services

• Expansão de recursos para a rede, além de ganho de performance


• Microssegmentação, expandindo barramentos de comunicação com a rede,
observe na figura abaixo:

Em paralelo ao aumento da quantidade de computadores nas redes, vieram também a


melhoria e o surgimento de um sem número de aplicações. Aplicações para todo tipo
de tarefas que anteriormente nem eram realizadas em computadores. Estas novas
aplicações também trouxeram ampliação de recursos para as páginas de internet com
consequente avanço dos recursos dos navegadores de web.

E toda essa evolução nas aplicações dos computadores, acarretaram também um peso
maior ao tráfego de dados que atravessava as redes. De forma que a evolução natural
das tecnologias, exterminou por completo a rede compartilhada com uso de hubs. E o
novo tempo trouxe um ambiente de rede como o demonstrado abaixo, na mais
abaixo:

CCNA Trainning Education Services Page 124


Certificação CCNA – Trainning Education Services

Neste modelo, totalmente escalável, pelo fato de que o switch central normalmente
possui capacidades ampliadas para receber novos grupos, pode-se fazer uso de
recursos existentes em cada equipamento (switch) para melhoria da rede como um
todo. Esses recursos, que também começaram a surgir no princípio das redes
comutadas, vem se expandindo e estão diretamente associados ao poder de
gerenciamento agregado aos ativos da rede.

Este poder de gerenciamento dos dispositivos de rede, podem e devem ser explorados
ao máximo, para que se consiga organizar as redes da forma mais otimizada possível.

Atualmente, o adequado funcionamento de uma rede, depende mais da boa


configuração desses recursos ligados aos dispositivos de infraestrutura do que dos
próprios servidores que no passado controlavam tudo o que funcionava nos ambientes
de rede. E cada vez mais, muitas das funcionalidades dos servidores vão sendo

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

transferidas para roteadores, switches e outros dispositivos, tornando necessário o


bom planejamento para implementação e suporte da infraestrutura onde estão estes
equipamentos.

Os switches ampliaram a capacidade das antigas bridges em “aprender” e registrar em


suas tabelas os endereços MAC dos dispositivos conectados a eles. A tabela CAM
(Content Addressable Memory) registra cada endereço MAC que origina uma
comunicação associando-o à sua respectiva interface. Um ponto importante é que
dessa forma, podemos dizer que são os endereços de origem numa comunicação, que
alimentam a tabela CAM.

Existe ainda um controle de tempo ao armazenar cada endereço associado a uma


porta, de forma que se possa determinar quanto tempo de inatividade existe entre o
host e a rede. No caso do registro desse endereço na tabela ter ocorrido de forma
dinâmica, como na maioria das vezes, o tempo limite de inatividade é de 300 segundos
(5 minutos). Após este tempo, o endereço é automaticamente excluído da interface e
voltará para lá apenas quando ocorrer um novo tráfego originado por aquele host. Isto
permite uma eficiência maior no controle e administração da tabela CAM por parte do
switch.

Nas redes comutadas atualmente, são utilizadas muitos modelos de switches. Dos mais
variados fabricantes . Se procurarmos em relação a preços, encontraremos produtos
que vão de simples 20 dólares até milhares e milhares de dólares. Alguns concorrendo
em preço até mesmo com um bom imóvel hoje em dia.

A Cisco, para facilitar a compreensão e identificação de seus equipamentos, organiza


as topologias de rede em 3 camadas.

Observe na imagem seguinte que existe a semelhança com uma pirâmide, onde os
usuários da rede estão na base e o núcleo da rede no topo.

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MODELO DE 3 CAMADAS CISCO

Acesso: Aqui estão os equipamentos que conectam as áreas de trabalho e usuários à


rede. Normalmente estão nos racks dos chamados IDF´s disponibilizando pontos de
acesso à rede a todo o ambiente de produção da empresa. Esta é a camada mais
populada da rede e deve ser o local onde a maioria dos problemas devem ser
identficados e resolvidos. Normalmente, numa rede extensa utiliza apenas switches L2.

Distribuição: Camada de junção de toda a camada de acesso da rede. Em redes


extensas, aqui se distribuem os switches L3, com roteamento entre vlans, entregas de
endereços lógicos (DHCP), além de outros filtros que podem limitar a comunicação
entre as redes.

Core: Switches de maiores capacidades, via de tráfego rápido da rede, backone


principal, interligação com roteadores e links de WAN. Quando o tráfego chega nesta
camada, deve estar livre de todo tipo de filtragem e correções para que possa ser
tratado em via rápida.

CCNA Trainning Education Services Page 127


Certificação CCNA – Trainning Education Services

As plataformas de equipamentos da Cisco se distribuem em função desta camadas. No


CCNA o foco é voltado para a camada de acesso. Nossas intenções de configuração se
concentrarão a esta camada, com poucas exceções.

Apesar disso, vale lembrar que pelo fato de estarmos tratando de equipamentos onde
está presente o IOS Cisco, a grande maioria dos comandos existe em todas as
plataformas.

Um informação importante a ser considerada, é que existem claras diferenças técnicas


entre equipamentos localizados em cada uma desta camadas. Grandes diferenças de
performance de processamento, quantidades de memória, quantidade de vlans
propagadas e uma série de outros recursos são vinculadas a cada plataforma, de
acordo com sua camada de atuação.

Aqui trataremos de switches Cisco relacionados a camada de acesso. Nosso modelo de


exemplo é o Catalyst 2960. Dentro desta plataforma, encontramos equipamentos mais
simples, com 12 portas 10/100, sem possibilidade de expansão, até equipamentos de
48 portas 10/100/1000 com recursos PoE (fornecimento de energia para alimentação
de telefones, AP´s, câmeras, etc). Todos atuam na camada de enlace e trazem grandes
possibilidades de recursos para a rede.

ACESSO INICIAL E COMANDOS BÁSICOS DO SWITCH

Logo ao ligarmos um Catalyst 2960, nos deparamos com um processo de inicialização


semelhante a um computador, embora por vezes, seja mais lento...

CCNA Trainning Education Services Page 128


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Durante este processo, a programação existente na memória ROM do equipamento


executa vários testes envolvendo o hardware principal como memórias (RAM, NVRAM,
FLASH). Estes testes também recebem o nome de POST (Power on self test).

Após esta fase, o IOS, sistema operacional (proprietário Cisco) que normalmente se
encontra armazenado na memória flash é acionado, descompactado e carregado para
a memória RAM.

Em seguida será a vez do carregamento do arquivo de configurações que fica


armazenado na memória NVRAM (Ram não volátil) em conjunto com um pequeno
arquivo armazenado na flash chamado vlan.dat. Este arquivo é o banco de dados das
vlans existentes no switch.

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Ao término destas rotinas o equipamento encontra-se pronto para uso e configuração.


No entanto, se considerarmos o uso de um equipamento que ainda não está
configurado, encontramos a seguinte tela inicial:

O prompt inicial, mostra o símbolo “>” a frente do nome padrão do equipamento. Este
símbolo identifica o modo inicial de utilização, chamado de modo usuário. No modo
usuário, não existem direitos administrativos para realização de configurações e nem
se pode visualizar aspecto estratégicos da configuração. As tarefas possíveis no modo
usuário são mais ligadas a um trabalho de help desk nível básico, onde se pode coletar
poucas e básicas informações.

Para ascender ao modo administrativo, utilizamos o comando “enable” digitado no


prompt do modo usuário.

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O símbolo “#” mostra o prompt no modo privilegiado, que é o ambiente administrativo


do IOS. A partir deste prompt pode-se acessar outros onde é possível realizar
configurações que afetam o router como um todo, ou apenas determinadas interfaces.

A mudança descrita acima, é a mais importante do ambiente do IOS, pois se trata do


momento em que passamos do modo usuário para o local onde se tem poderes
administrativos no equipamento que está sendo gerenciado. Por este motivo, como
parte de uma configuração básica do switch está a colocação de uma senha que deve
controlar esse acesso, observe:

Switch> enable

Switch# configure terminal Este comando permite o acesso ao “modo de


configuração global” , necessário para realização da maioria das configurações.

Switch(config)# enable secret class  “enable secret” corresponde ao comando e


“class” a senha que está sendo definida.

Após esta configuração, a senha será solicitada a qualquer acesso ao modo


privilegiado.

Além desta senha, de vital importância para a segurança do gerenciamento do switch,


existe um conjunto de configurações que compõem a “configuração básica” do switch
sob a óptica do ccna. Abaixo um destaque a estas configurações:

Switch> enable
Switch# configure terminal
Switch#(config)hostname Sw_1  Nome host ao equipamento
Sw_1#(config)

O nome de host é muito importante como uma das primeiras configurações do


equipamento por questões de gerenciamento.

Switch> enable
Switch# configure terminal
Switch#(config) line console 0
Switch#(config) password @b&lh@35
Switch#(config) login

CCNA Trainning Education Services Page 131


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Os comandos acima definem a senha @b&lh@35 para ser utilizado nos acessos via
porta console ao equipamento.

Switch> enable
Switch# configure terminal
Switch#(config) line vty 0 15
Switch#(config) password t0rr&27
Switch#(config) login

Nos comandos anteriores são configurados 16 terminais para acesso via telnet ao
switch, utilizando a senha t0rr&27. O acesso telnet é uma da principais e mais
comumente utilizadas formas de acesso remoto a um equipamento via rede. O
gerenciamento remoto, dos dispositivos normalmente é feito desta forma. Para que
este acesso seja possível, além das configurações anteriores, também é necessário
atribuir um endereço ip ao switch.

Como se trata de um equpamento L2, o endereço ip não é atribuído a uma interface


física, mas a vlan principal do switch, chamada de vlan 1. Esta vlan que normalmente
possui diversos atributos importantes no switch deve ser acessada e ativada como
uma interface:

Switch> enable
Switch# configure terminal
Switch#(config)interface vlan 1
Switch#(config-if) ip address 192.168.1.50 255.255.255.0
Switch#(config-if) no shutdown

Após a atribuição do endereço e ativação da vlan 1 como interface, o switch estará


fazendo parte da rede escolhida para gerenciamento.

E o acesso remoto para gerenciamento, poderá ser feito tanto por telnet como
também por interface gráfica. Para este último ítem pode ser necessário o acréscimo
de um comando que habilite o acesso por browser:

Switch(config)# ip http server

Dependendo da versão do IOS este comando pode até mesmo já estar habilitado
padronizadamente, apesar de ser considerado por muitos uma falha de segurança por

CCNA Trainning Education Services Page 132


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permitir um modelo de acesso ao dispositivo sem que isso tenha sido configurado
previamente por algum responsável pelo equipamento.

Neste ponto das configurações básicas, temos um equipamento já com as principais


senhas de acesso definidas, pronto para ser gerenciado. Talvez seja o momento de já
nos preocuparmos com a gravação em memória permanente do que já está pronto.

Tudo o que foi feito no switch até este momento, está em operação na memória RAM.
Memória volátil, que perderá todo este conteúdo se houver um desligamento ou
queda de energia no dispositivo. Precisamos “salvar” estas configurações na memória
fixa. Memória NVRAM, onde o conteúdo ficará gravado mesmo após algum
desligamento. O procedimento para isto é o seguinte:

Switch# copy running-config startup-config [enter]


Destination filename [startup-config]? [enter]

Após a digitação do comando, seguido de enter, receberemos a pergunta de


confirmação sobre a gravação na memória NVRAM, bastando pressionar o enter
novamente para confirmar. Vale lembrar que:

Running-config - Nome pelo qual nos referimos à memória RAM no Cisco IOS.

Startup-config - Nome pelo qual nos referimos à memória NVRAM no Cisco IOS.

USO DO HELP NO IOS

Os recursos de help existentes no IOS Cisco são contextualizados de acordo com cada
prompt onde estejamos trabalhando. Para se acionar o help basta digitar o ?. E
dependendo do prompt onde estivermos, receberemos informações sempre no
contexto daquele ambiente. As informações normalmente consistem do nome do
comando ou parâmetro do comando e logo à frente, um breve detalhamento da
funcionalidade. Vejamos alguns exemplos...

No modo usuário:

CCNA Trainning Education Services Page 133


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Um número menor de comandos no modo EXEC usuário e um quantidade maior no


modo EXEC privilegiado:

CCNA Trainning Education Services Page 134


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E no modo de configuração global

E também no prompt de interfaces

Durante o uso do help podemos identificar complementos de nomes de comandos


apenas colocando o ? junto ao pedaço da palavra que sabemos a respeito do
comando, observe:

Switch#con?

configure connect

CCNA Trainning Education Services Page 135


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Neste caso, recebemos a informação de que neste prompt temos 2 comandos


iniciados por “con”. Se acrescentarmos mais uma letra poderemos sair da
ambiguidade:

Switch#conf?

configure
Neste caso, se colocarmos um espaço entre o pedaço da palavra e o ?, teremos os
parâmetros subordinados ao comando escolhido:

Switch#conf ?

terminal Configure from the terminal

<cr>
Neste caso, como subcomando de “configure” temos “terminal”. E na frente da
palavra a descrição rápida da funcionalidade. A presença do “<cr>” logo abaixo, indica
que após a digitação da palavra “configure” poderíamos pressionar um “enter” que o
comando já entraria em operação. Esta operação poderia até mesmo ser a solicitação
de mais parâmetros.

Veja também o exemplo abaixo:

CCNA Trainning Education Services Page 136


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Note que no exemplo acima, após a lista de parâmetros subordinados ao comando


“show”

CONFIGURAÇÕES DE INTERFACES

As principais funcionalidades dos switches estão associadas à suas interfaces de


conexão. Sempre é bom lembrar que através destas interfaces é que fornecemos
conectividade a todos os dispositivos que acessam a rede, tais como computadores,
telefones, impressoras, câmeras, extensões para redes sem fio e muitos outros.
Determinadas alterações feitas nas interfaces do switch, podem influenciar
diretamente a maneira como todos os elementos da rede, recebem ou enviam dados.

Existem diversas configurações de interfaces que já saem de fábrica padronizadas pelo


fabricante. Algumas até visam mesmo facilitar o trabalho de administradores de redes
menos experientes com o switch.

Mas, há algum tempo, as tais configurações padronizadas vem sendo muito


questionadas, principalmente no âmbito da segurança, por abrirem espaço para
explorações e vulnerabilidades nas redes. Vejamos alguns casos, mais relacionados ao
CCNA:

CCNA Trainning Education Services Page 137


Certificação CCNA – Trainning Education Services

Velocidade das portas e forma de comunicação duplex, são padronizadamente


definidos para auto negociação. Em outras palavras, o switch sai de fábrica com suas
interfaces preparadas para negociar com os hosts a melhor forma de comunicação que
ambos possam reproduzir. Isto tem produzido alguns problemas de compatibilidade
com determinadas placas de rede. O resultado destas dificuldades na auto negociação
se refletem em demoras para estabelecimento de conexão, perdas de dados e até
conexões mal estabelecidas gerando problemas contínuos na comunicação.

A recomendação para esta situação em relação ao switch, é que a interfaces na


medida do possível seja definidas em relação ao formato e a velocidade da
comunicação com os hosts. Observe abaixo...

Switch(config)#interface gi1/1
Switch(config-if)#speed ?
10 Force 10 Mbps operation
100 Force 100 Mbps operation
1000 Force 1000 Mbps operation
auto Enable AUTO speed configuration

No exemplo acima, uma interface GigabitEthernet pode ser configurada com uma das
velocidades específicas ao invés de “auto” como é o seu padrão. Vale lembrar que para
um bom funcionamento desta alteração pode ser importante sincronizar a mudança
com o host também. Pode ser necessário configurar da mesma forma a placa de rede
do host para que não ocorram incompatibilidades. E uma boa dose de organização,
para que todas as novas conexões de host também passem por este ajuste.

Em relação ao duplex, teríamos o seguinte:

Switch(config)#interface gi1/1
Switch(config-if)#duplex ?
auto Enable AUTO duplex configuration
full Force full duplex operation
half Force half-duplex operation
Você saberia apontar as diferenças entre o formato full-duplex e half-duplex? Escreva
abaixo:

CCNA Trainning Education Services Page 138


Certificação CCNA – Trainning Education Services

Full-duplex:

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

Half-duplex:
_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

Ainda em relação ao formato da conexão da interface do switch com o meio externo,


existem 2 configurações que se destacam:

Formato ACCESS, ou modo de acesso: Quando a interface está configurada para atuar
dentro de uma vlan específica. Normalmente para interfaces de conexão com hosts de
qualquer tipo.

Formato TRUNK : Quando a interface está configurada para permitir o tráfego de


quadros de qualquer uma das vlans existentes no ambiente. Normalmente para
interfaces de interligação entre switches, ou uplink como normalmente se diz.

Em condições padrão, as interfaces da maioria dos switches Catalyst aceitam


negociação entre estes 2 modos, apenas por um detalhe extremamente simples. Basta
conectar um cabo cruzado à interface que o switch “imagina” que na outra ponta
haverá um outro switch, motivo pelo qual deverá utilizar um link de trunk. Apesar de o
objetivo principal disto ser a facilidade para quem administra os equipamentos, abre-
se um espaço aos mal intencionados que poderiam estabelecer um trunk entre o
switch e um pc, por exemplo. E com uso de ferramentas hacker podem “abrir” o
tráfego de quaisquer vlans que passem por ali, gerando uma quebra completa da
segurança e isolamento conferidos pelas vlans ao ambiente da rede.

Dessa forma, como procedimento padrão, devemos definir antecipadamente quais


portas do switch receberão conexões de hosts e atribuir a elas a seguinte
configuração:

CCNA Trainning Education Services Page 139


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Switch(config)#interface range fa0/1 - 20


Switch(config-if-range)#switchport mode access

Além desta preocupação, devemos ainda desabilitar todas as portas que não estiverem
sendo utilizadas e voltar a ativá-las apenas quando for necessário o seu uso:

Switch(config)#interface range fa0/7 - 11


Switch(config-if-range)# shutdown

Isto evita que acessos não autorizados sejam início para invasões e problemas de
segurança com a rede.

Seguindo pelo caminho das configurações básicas de interfaces do switch, temos ainda
algumas configurações importantes:

Switch(config)#interface range fa0/1 - 20


Switch(config-if-range)#spanning-tree portfast

%Warning: portfast should only be enabled on ports connected to a single


host. Connecting hubs, concentrators, switches, bridges, etc... to this
interface when portfast is enabled, can cause temporary bridging loops.
Use with CAUTION

%Portfast will be configured in 20 interfaces due to the range command


but will only have effect when the interfaces are in a non-trunking mode.

Este comando de interface, desabilita parte do Spanning-tree, evitando demora no


acionamento das portas ao conectarmos um host. Isto apenas deve ser feito em portas
onde sejam conectados hosts. Nunca em portas de uplink com trunk, por exemplo. Se
este comando for configurado em portas de conexão com outros switches, existe a
possiblidade de ocorrer looping de comutação, gerando a parada da rede em poucos
segundos. O protocolo que funciona no switch para evitar estes loopings é o Spanning-
tree que será melhor explanado na sequência deste material.

Visando aprimorar a segurança de acesso à rede, o Cisco IOS do switch possui um


recurso denominado PORT-SECURITY. Este recurso permite que vinculemos um
determinado (ou vários) endereços MAC a uma interface de forma que apenas o

CCNA Trainning Education Services Page 140


Certificação CCNA – Trainning Education Services

tráfego gerado a partir destes endereços autorizados atravesse a interface


configurada.

A programação do PORT-SECURITY permite a definição de grupos de endereços MAC


atribuídos estaticamente à interface e caso algum endereço não autorizado tente
acessar a rede por aquela interface, as ações podem restringir seu acesso ou até
mesmo desabilitar a interface. Abaixo, temos uma saída de um comando bastante
comum na operação dos switches, que permite mostrar a tabela de endereços MAC
aprendidos pelo switch num dado momento:

Switch# show mac-address-table


Mac Address Table
-------------------------------------------

Vlan Mac Address Type Ports


---- ----------- -------- -----

1 0001.4292.391a DYNAMIC Fa0/1


1 0001.c714.2136 DYNAMIC Fa0/4
1 0001.c963.5b8c DYNAMIC Fa0/5
1 000a.411c.40c3 DYNAMIC Fa0/2
1 00e0.b05e.c303 DYNAMIC Fa0/3

CCNA Trainning Education Services Page 141


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Note que cada um dos endereços MAC acima foi aprendido dinamicamente assim que
cada host gerou algum tipo de tráfego na interface onde está conectado. Este tipo de
“aprendizado” na tabela, tem um prazo de validade. O endereço permanece vinculado

à interface por exatos 300 segundos, caso não haja tráfego gerado pelo host. São
apenas 5 minutos de inatividade que podem manter um endereço vinculado a uma
interface do switch. No caso de servidores, impressoras e outros dispositivos que
necessitem fornecer algum tipo de serviço à rede, isso pode não ser adequado. Perdas
de conexão ou atrasos podem ocorrer nas respostas. É possível também vincular um
endereço MAC a uma interface de forma estática, definitiva. Isto pode ser feito apenas
por configuração direta, vinculando o MAC de forma estatica à interface, ou ainda
associando isso ao recurso de segurança denominado PORT-SECURITY. Neste caso,
além de vincular o endereço de forma fixa à interface, algumas ações podem ser
tomadas, caso exista uma tentativa de conectar outro host àquela interface. Vejamos
um exemplo...

Na topologia acima, configuraremos o PORT-SECURITY na interface fa0/5 com a


intenção de vincular de forma definitiva o host_B a ela:

Switch(config)#interface fa0/5
Switch(config-if)#shutdown
Switch(config-if)#switchport mode access
Switch(config-if)#switchport port-security
Switch(config-if)#switchport port-security maximum 1
Switch(config-if)#switchport port-security mac-address sticky

CCNA Trainning Education Services Page 142


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Switch(config-if)#switchport port-security violation shutdown


Switch(config-if)#no shutdown

O shutdown no principio, evita que algum movimento de tráfego na interface possa


atrapalhar a configuração. Após o término dos comandos de configuração, o no
shutdown ativa a interface e ajuda a completar o processo. Abaixo uma descrição da
funcionalidade de cada linha de comando.

switchport mode access: Coloca a porta em modo de acesso, condição necessária


para seja configurado o PORT-SECURITY.

switchport port-security: Aciona o recurso PORT-SECURITY na interface.

switchport port-security maximum 1: Define a quantide de endereços MAC que


poderá ser “aprendida” pela interface.

switchport port-security mac-address sticky: Define a forma como o endereço (ou


endereços) MAC será “aprendido” pela interface. O formato sticky “cola” o endereço
do host conectado a interface a partir de algum tráfego gerado pelo mesmo.

switchport port-security violation shutdown: Define a ação a ser tomada, caso ocorra
uma violação da política definida na porta. Como violação entenda-se apenas o fato de
ocorrer uma troca de hosts conectados a interface configurada do switch. Neste caso,
a porta será desabilitada, caso um outro host seja conectado a ela.

Pense e responda: Por quê os comandos shutdown e no shutdown ajudam a


completar este processo de configuração?

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

Observe agora, como está a topologia após a configuração do PORT-SECURITY:

CCNA Trainning Education Services Page 143


Certificação CCNA – Trainning Education Services

Note que o host agora tem seu endereço MAC vinculado de forma estática à interface
fa0/5. E se retirarmos a conexão do host_B e tentarmos conectar um outro, a porta
será desabilitada:

Alguns comandos de visualização relacionados ao PORT-SECURITY mostram a situação


por outros ângulos. Anote estes comandos pois poderão ser úteis no futuro:

CCNA Trainning Education Services Page 144


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E um mais específico sobre a interface:

Switch# show port-security interface fa0/5

Port Security : Enabled


Port Status : Secure-shutdown
Violation Mode : Shutdown
Aging Time : 0 mins
Aging Type : Absolute
Secure Static Address Aging : Disabled
Maximum MAC Addresses : 1
Total MAC Addresses :1
Configured MAC Addresses : 0
Sticky MAC Addresses :1
Last Source Address:Vlan : 0001.4373.C79C:1
Security Violation Count : 1

Para que a interface volte a funcionar corretamente, será necessário devolver o host
original vinculado pelo endereço MAC e após acessar a interface, devemos digitar o
comando shutdown e logo em seguida o no shutdown. Desta forma a situação de
“error-disabled” acionada pelo PORT-SECURITY será corrigida.

Uma variação no processo de funcionamento do PORT-SECURITY envolve o uso das


opções RESTRICT e PROTECT na configuração das ações relacionadas a violação da
interface.

Switch(config-if)# switchport port-security violation ?


protect Security violation protect mode
restrict Security violation restrict mode
shutdown Security violation shutdown mode

CCNA Trainning Education Services Page 145


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Em algumas situações não seria interessante que a interface fosse desabilitada,


observe a figura abaixo:

Note que o host_intruso não aparece com um endereço MAC aprendido pela interface.
De forma que seu tráfego não entra na rede devido à restrição de segurança. Por outro
lado, a interface fa0/5 do switch não entra em shutdown, não prejudicando o
funcionamento dos outros hosts autorizados a funcionarem na rede.

Ambas as opções Restrict e Protect possuem a mesma funcionalidade, porém com


uma diferença significativa no funcionamento. No caso da opção Restrict, o contado de
violações é incrementado, enquanto no Protect não é. Isso também direciona para o
fato de que pode ser gerado um log do Restrict, mas não do Protect.

Em outras palavras, enquanto o Restrict permite que se faça um controle das


violações, o Protect apenas evita o tráfego intruso. Algo como uma câmera que filma e
grava as imagens (Restrict) e uma outra que apenas filma (Protect).

Para que tenhamos um melhor controle e documentação sobre as conexões de cada


porta do switch, podemos utilizar o seguinte:

Switch(config)#interface fa0/5

CCNA Trainning Education Services Page 146


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Switch(config-if)# description Interface conectada ao servidor de vendas S33_tre

O description permite a colocação de comentários de até 240 caracteres na interface


do switch. Isto é adequado para que se registre ali informações úteis para futuro
gerenciamento da interface.

Para efeitos de documentação pode-se também colocar banners de aviso que serão
visualizados por todos os acessos ao switch:

Switch(config)#banner motd #
Enter TEXT message. End with the character '#'.

Após o comando, coloca-se um caracter separador que poderia ser qualquer um. No
exemplo foi escolhido o “#” por ser um elemento que não costuma ser utilizado em
textos. Um enter após a colocação do caracter separador, traz a mensagem mostrada
logo abaixo da linha de comando e o cursor fica posicionado num espaço em branco
onde se pode colocar a mensagem. Após o término da digitação, encerra-se com o
caracter separador. A visualização da mensagem será feita por qualquer acesso, via
console, telnet, ssh, etc.

Existem diversos outros tipos de banners de avisos, direcionados a modelos de acesso


específicos. No material CCNA o foco está sobre o banner motd.

VLANS

Um dos conhecimentos mais requeridos atualmente no trabalho com redes locais, é


relacionado ao uso de vlans. Entender os motivos do uso, o planejamento e a
implementação é requisito básico para qualquer certificação vinculada a infraestrutura
de redes. Habilidades para realizar troubleshooting também desponta como algo
desejável em um profissional bem qualificado.

O CCNA tem como objetivo preparar o profissional para isso. Todo o processo de uso
das vlans é cobrado na certificação.

CCNA Trainning Education Services Page 147


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Como princípio básico destes conceitos, observe a figura abaixo:

Neste modelo de redes, existe uma divisão física muito forte entre os 3 segmentos.
Este modelo teve seu tempo em uma época onde cada grupo de rede era realmente
isolado e apenas precisava atravessar o backbone da rede em poucos momentos. Não
existia uma grande necessidade de comunicação entre os grupos. Praticamente tudo o
que era necessário a cada uma das salas representadas no desenho, poderia ser obtido
de alguma pasta do servidor local. Desta forma, o roteador tinha acesso aos 3 grupos
e cada um poderia chegar ao servidor principal. Eventuais necessidades de
comunicação entre os hosts das salas precisavam necessáriamente atravessar o
backbone da rede, passando pelo roteador. Este modelo de rede, em uma
determinada ocasião chegou a ser qualificado como 80/20. O significado disso era que
80% do tráfego de cada host era destinado a buscar algo em seu próprio grupo. E
apenas em 20% dos acessos, a busca era por algo que estivesse no backbone da rede.

A dinâmica das redes sofreu grandes mudanças com o avanço das aplicações e a
convergência dos recursos para as redes. De tal forma que o antigo 80/20 chegou
mesmo a se transformar num 20/80, invertendo completamente as necessidades de

CCNA Trainning Education Services Page 148


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acesso. Nas redes modernas a maior parte do tráfego é de backbone. E surgiu também
a necessidade de uma maior flexibilização dos hosts em rede. O conceito de
mobilidade, por exemplo, trouxe a figura do funcionário que apesar de estar ligado a
um determinado setor da empresa, se desloca constantemente pelos diversos
ambientes. Seu host agora pode ser um pequeno computador portátil ou algum outro
dispositivo que o conecta à rede. A mobilidade não existiria nos antigos conceitos de
rede física.

Dessa forma, as vlans trouxeram diversas facilidades para a comunicação em redes:

• Flexibilidade para definição e redefinição de grupos de acesso a aplicações e


servidores específicos.
o Neste caso, pode-se formar os grupos definidos por função e não
apenas por localização física dos hosts conectados.
• Controle e confinamento dos broadcasts de rede
o Aqui, isolamos tráfego de broadcast gerado pelas aplicações e
protocolos, limitando-os às vlans específicas onde estão seus hosts.
• Aumento da segurança de rede
o Isto acontece porque as vlans isolam o tráfego evitando ou dificultando
“capturas” indesejadas com uso de aplicações destinadas a isso.
As figuras abaixo demonstram bem como é o funcionamento do tráfego num
ambiente de vlans:

CCNA Trainning Education Services Page 149


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Um ambiente onde antes havia apenas uma divisão física, por andar, passa a ser
dividido por departamento com a chegada das vlans. E cada departamento pode
abranger hosts de andares distintos.

Uma visão técnica das divisões entre vlans acionadas pelos switches. Os quadros são
marcados com o número correspondente a cada vlan e encaminhados apenas à portas
pertencentes relacionadas a cada vlan. Os hosts pertencentes a cada vlan podem estar
em locais físicos distintos na empresa. Podem até mesmo estar distribuídos em locais
físicos distantes numa situação denominada “Lan to Lan” onde uma rede local pode se
estender por duas ou mais localidades.

As vlans também foram projetadas para se estender ao longo de todos os switches da


topologia. Para que possa existir comunicação dentro da mesma vlan através de

CCNA Trainning Education Services Page 150


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diversos switches, a tecnologia empregada é chamada de marcação de quadros. E duas


são as tecnologias citadas no CCNA para este fim:

IEEE 802.1Q – Padrão aberto mais popular nos ambientes em geral, pois permite a
distribuição das vlans através de switches de fabricantes diferentes. Nesta tecnologia,
a marcação do quadro ocorre através do acréscimo de uma TAG de 4 bytes adicionada
ao frame ethernet logo após o campo source address. Para isso, ocorre uma supressão
e recálculo do campo FCS que também ocupa 4 bytes. Em determinados momentos o
frame Ethernet pode ter 1522 bytes em função da TAG de vlan.

ISL – Padrão proprietário Cisco utilizado apenas em algumas plataformas.

CCNA Trainning Education Services Page 151


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Neste formato, o frame Ethernet é reencapsulado com acréscimo de até 30 bytes.


Isto torna o frame incompreensível para outros equipamentos não Cisco.

Além da marcação de quadros, a tecnologia de vlans expandidas a diversos switches,


utiliza também o conceito de TRUNK.

Um modelo de link entre 2 interfaces, onde o tráfego de todas as vlans, com seus
respectivos quadros marcados pode atravessar o mesmo canal para ter a acesso ao
switches em ambas as pontas. A figura abaixo ilustra as diferenças entre vlans
representadas por figuras geométricas e cores distintas. Observe que no link do meio
todo o tráfego compartilha o mesmo canal, representando o link de trunk. Já os links
posteriores representam canais exclusivos de cada vlan. Neste caso, dizemos que as
portas estão em modo de acesso em suas respectivas vlans.

CCNA Trainning Education Services Page 152


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CONFIGURAÇÕES DE VLANS:
Vamos agora observar como são realizadas as configurações das vlans e do link de
trunk. Procure praticar bastante os comandos que serão demonstrados aqui para que
adquira a prática necessária ao ambiente de trabalho com estes assuntos.

Você receberá exercícios onde poderá realizar esta configuração, mas também pode e
deve desenvolver suas próprias topologias. Um modelo interessante para auto
desenvolvimento, é você procurar entender como está distribuída a rede do seu local
de trabalho e tentar reproduzi-la (ou partes, caso seja muito extensa) na ferramenta
de laboratório.

Uma boa prática para começar a se desenvolver nestas configurações é ter o hábito de
desenhar o que se pretende construir e posteriormente documentar tudo o que foi
feito, seja em planilhas, ou arquivos de texto contendo as configurações dos
equipamentos, etc.

A documentação lhe permitirá expandir o projeto quando for necessário, com mais
facilidade e também resolver eventuais problemas que possam ocorrer.

CCNA Trainning Education Services Page 153


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Para configurar um ambiente como demonstrado na figura acima, teremos os


seguintes procedimentos:

SW_1:

SW_1(config)#vlan 10
SW_1(config-vlan)#name ADM
SW_1(config-vlan)#vlan 20
SW_1(config-vlan)#name RH
SW_1(config-vlan)#vlan 30
SW_1(config-vlan)#name Financeiro

SW_1(config)#interface range fa0/1 – 8


SW_1(config-if-range)#switchport mode access
SW_1(config-if-range)#switchport access vlan 10

SW_1(config)#interface range fa0/9 – 14


SW_1(config-if-range)#switchport mode access
SW_1(config-if-range)#switchport access vlan 20

SW_1(config)#interface range fa0/15 – 22


SW_1(config-if-range)#switchport mode access
SW_1(config-if-range)#switchport access vlan 30

SW_1(config)#interface gi1/1
SW_1(config-if)#switchport mode trunk

SW_2:

SW_2(config)#vlan 10
SW_2(config-vlan)#name ADM
SW_2(config-vlan)#vlan 20
SW_2(config-vlan)#name RH
SW_2(config-vlan)#vlan 30
SW_2(config-vlan)#name Financeiro

SW_2(config)#interface range fa0/1 – 8


SW_2(config-if-range)#switchport mode access
SW_2(config-if-range)#switchport access vlan 10

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SW_2(config)#interface range fa0/9 – 14


SW_2(config-if-range)#switchport mode access
SW_2(config-if-range)#switchport access vlan 20

SW_2(config)#interface range fa0/15 – 22


SW_2(config-if-range)#switchport mode access
SW_2(config-if-range)#switchport access vlan 30

SW_2(config)#interface gi1/1
SW_2(config-if)#switchport mode trunk

E após as configurações, podemos verificar utilizando alguns commandos SHOW:

CCNA Trainning Education Services Page 155


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No comando show interfaces trunk acima, repare que podemos visualizar o tipo de
marcação de quadros utilizada nesse trunk.

Mais a direita existe a informação sobre a vlan nativa em funcionamento neste link de
trunk. Mas o que é a vlan nativa?

Por padrão, a vlan nativa de um switch corresponde a vlan 1, a mesma utilizada para o
gerenciamento. Mas tudo isso pode ser modificado se desejarmos ou se for
necessário.

A vlan nativa tem a função principal de transportar quadros não marcados por vlan
para dentro de uma rede que possui vlans. Como exemplo, podemos citar uma rede
toda organizada por switches com vlans e trunks, onde exista a necessidade de
conectarmos um hub antigo ou um access point ou ainda qualquer outro dispositivo
que não realize marcação de quadros, ou em outras palavras não crie e não utilize
vlans.

No caso, se precisarmos incluir um segmento de rede conectado a um hub a nossa


rede de vlans precisaremos conectar o hub a um interface de switch que faça parte da
vlan nativa.

E todo o tráfego que atravessar uma rede, sem possuir nenhuma marcação de vlan (ou
tagg) ao passar pelo link de trunk será direcionado para a vlan nativa que estiver
configurada neste trunk. É importante que a mesma vlan nativa esteja definida nas 2
pontas do trunk, caso contrário mensagens de erro serão disparadas pelo switches e o
tráfego não será encaminhado corretamente.

ETHERCHANNEL

Etherchannel é um termo utilizado no ambiente Cisco para configurar o que


externamente recebe o título de 802.3ad ou lik aggregation.

Consiste da integração de 2 ou mais portas físicas do switch, criando uma porta lógica
que reúne toda a largura de banda somada dos links físicos.

CCNA Trainning Education Services Page 156


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Não se trata de um recurso novo nos ambientes de redes. Na realidade é uma


tecnologia que já existe há mais de 10 anos. Porém no início surgiu apenas como
recurso para grandes equipamentos e sua utilização se resumia à camada de Core da
rede.

Atualmente, com o avanço das aplicações e os maiores requisitos de largura de banda


pelos links das camadas de distribuição e acesso, tornou-se uma opção interessante
para postergar uma troca de equipamentos, por exemplo, pelo fato de não possuírem
interfaces GigabitEthernet ou mesmo 10 GigabitEthernet.

Veja o exemplo abaixo:

CCNA Trainning Education Services Page 157


Certificação CCNA – Trainning Education Services

Os links que sobem informações da camada de acesso para a de distribuição podem


ficar sobrecarregados em função do aumento do uso da rede no ambiente de trabalho.
O que anteriormente era apenas uma necessidade das ligações entre distribuição e
core se estendeu para o acesso. De uma certa forma, podemos dizer que o backbone
das redes atuais foi ampliado e chegou aos links de saída da camada de acesso.

E isto veio também de encontro ao fato de que na camada de acesso, os switches


normalmente possuem links de menor largura de banda em relação aos de distribuição
e core. Na camda de acesso, a atualização pode ser mais demorada. Dessa forma, se
pensássemos numa ambiente onde as ligações circuladas na figura fossem todas de
100 mb, poderíamos ter problemas de gargalo, caso ocorresse uma “superpopulação”
da rede mais abaixo.

Neste caso, a agregação dos links traria uma solução muito boa.

Algumas informações importantes sobre o recurso:

• Se um link físico do grupo cair, o EtherChannel perderá apenas a largura de


banda que aquele link forneceu. Se o link físico voltar, ele será adicionado
dinamicamente de volta ao EtherChannel.

• Com a ocorrência de dois links redundantes, o Spanning Tree bloqueará uma


porta para evitar loops.

• EtherChannel permite que a Spannig Tree trate os dois links físicos como uma
porta lógica, fazendo com que ambas as portas possam operar em modo total
de forward

CCNA Trainning Education Services Page 158


Certificação CCNA – Trainning Education Services

• A Spanning Tree trata o EtherChannel como um único switchport lógico,


ajustando seu custo para refletir o aumento na largura de banda, observe
abaixo:

• O EtherChannel pode ou não ser configurado para o modo trunking,


dependendo do projeto necessário. E neste caso, estaríamos configurando a
porta lógica para trunk, fazendo uso de toda a sua largura de banda somada
dos links físicos.

• Não ocorrem fragmentações nos quadros ethernet.

DETALHES DE IMPLEMENTAÇÃO:
• Podemos agregar múltiplas portas físicas Ethernet usando o comando chamado
channel-group. É criada uma interface única, chamada de port-channel, ou
canal de portas.

• Nos switches Cisco Catalyst podemos agrupar até oito portas 10/100 ao mesmo
tempo, criando um canal com largura de banda de 800 Mbps (o prospecto pode
exibir 1600 Mbps, uma vez que o pacote tem a operação full duplex). Também
é possível trabalhar com portas GigabitEthernet, apenas observando a
documentação de cada equipamento para trabalhar com as especificidades.

• Todas as portas de um conjunto devem ter status operacionais e de e


configuração idênticos. Diferenças de configurações simples entre portas
pertencentes a um grupo etherchannel são as maiores causas de problemas de
funcionamento. Se uma das portas do grupo possuir um configuração diferente
de negociação de duplex ou velocidade, por exemplo, isto já será suficiente
para impedir ou atrapalhar a formação da interface lógica.

CCNA Trainning Education Services Page 159


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• Através de um eficiente processo de balanceamento de carga, o etherchannel


distribui as informações por todas as interfaces físicas associadas ao grupo.

• O método padrão de compartilhamento de carga utiliza o MAC de origem nos


quadros. Os quadros de fontes diferentes serão enviados para diferentes
portas, mas todos os quadros de uma mesma fonte serão enviados pela mesma
porta. Isto torna mais eficiente o reagrupamento das informações pelos
protocolos de camadas mais altas, como é o caso do IP.

• O balanceamento padrão de carga pode ser alterado para ter como base:

• IP de destino

• IP de origem

• MAC de destino

• Combinações entre IP e MAC de destino e origem

Existem 2 protocolos utilizados junto ao etherchannel para implementação e


manutenção de seus recursos na rede:

PAGP (PORT AGGREGATION PROTOCOL) – Protocolo proprietário Cisco que gerencia o


estabelecimento de conexão lógica sobre interfaces físicas previamente definidas para
um grupo. Ao escolher o PAGP devemos ter em mente que necessariamente
deveremos agregar portas entre dispositivos Cisco.

• PAgP permite que os switches descubram as capacidades de cada interface


usada em um agrupamento EtherChannel e aciona com segurança interfaces
de configuração semelhante para formar um canal de portas.

• PAgP transmite e recebe mensagens em todas as interfaces no grupo


EtherChannel e restringe o tráfego de PAgP à VLAN nativa se as portas estão no
modo trunking.

• As portas em PAGP podem ser configuradas da seguinte forma:

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• - Auto-desirable;
- Desirable-desirable;
- On-on.

• Auto: Pronta para aceitar pedidos de estabelecimento de


etherchannel;
Desirable: A interface busca negociar com a outra ponta a
formação EtherChannel;
On: a porta está configurada como parte do EtherChannel
estaticamente, e não toma iniciativa de negociar.

• LACP (LINK AGGREGATION CONTROL PROTOCOL) – Protocolo de agregação de

links de padrão aberto (802.3ad) permitindo expandir os conceitos do


etherchannel para múltiplas plataformas.

o As portas em LACP podem ser configuradas da seguinte forma:

 - Active-Passive;
- Active-Active;
- On-on.

 Passive: Interface aguarda por solicitações de negociação link


aggregation.

 Active: A interface busca negociar com a outra ponta a


formação do link aggregation;
On: a porta está configurada como parte do Link Aggregation
/EtherChannel estaticamente, e não toma iniciativa de
negociar.

Os protocolos DTP, VTP, STP e CDP funcionam normalmente através do etherchannel,


sendo que no caso do STP, o tráfego apenas é enviado através da primeira porta do
canal. Na realidade o STP enxerga apenas esta porta como um único canal físico
disponivel.

Isto é útil, pois o balanceamento de carga existente no etherchannel é para ser


utilizado pelo tráfego interessante da rede.

Ainda, considerando a situação do Spanning-Tree temos o seguinte:

CCNA Trainning Education Services Page 161


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• O Spanning-Tree reflete e é orientado pelo aumento na largura de banda


fornecida pela EtherChannel.

• O custo padrão para um link de 100 Mbps é 19, e se é criado um canal que
tenha apenas dois links de 100 Mbps o custo da spanning-tree será de 9.

• Um canal com seis ou mais portas físicas de 100 Mbps terão um custo STP de 5.

• Os custos STP para os canais de porta variam de acordo com quantas portas
são atribuídas ao pacote, e não quantos estão ativos no pacote.

EXEMPLO DE CONFIGURAÇÃO:

Na topologia acima, as interfaces GigabitEthernet dos 2 equipamentos serão


agregadas para posteriormente serem colocadas em trunk para servir de backbone
eficiente para o tráfego das vlans existentes.

Configurações a seguir...

CCNA Trainning Education Services Page 162


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SW_1(config)#interface range gi1/1 – 2


SW_1(config-if-range)#channel-group 1 mode ?

active Enable LACP unconditionally


auto Enable PAgP only if a PAgP device is detected
desirable Enable PAgP unconditionally
on Enable Etherchannel only
passive Enable LACP only if a LACP device is detected

SW_1(config-if-range)#channel-group 1 mode desirable

Aqui determinamos o PAGP para o switch 1 em modo desirable. Na outra ponta o


switch 2 será configurado como auto:

SW_2(config)#interface range gi1/1 – 2


SW_1(config-if-range)#channel-group 1 mode auto

E alguns comandos igualmente importantes nos permitem verificar os resultados:

CCNA Trainning Education Services Page 163


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Um show etherchannel summary traz a informação mais complete sobre as portas


envolvidas no grupo:

E aqui informações direcionadas ao Port-channel criado. Sob o foco da interface lógica


que foi configurada:

CCNA Trainning Education Services Page 164


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Outro comando com output considerável é:

Switch# show interface etherchannel

Todos esses comandos são úteis para descobrir e corrigir defeitos de operação do
EtherChannel. Ao solucionar problemas,sempre comece verificando se as portas físicas
possuem os mesmos parâmetros operacionais. Faça isso em ambas as extremidades
do EtherChannel.

Exercitar este recurso é a melhor de saber quando utilizá-lo e fazer isso de forma
eficiente.

Spanning Tree protocol

A necessidade de redundância
Topologias redundantes são muito importantes em redes, pois:

• Permitem que as redes sejam tolerantes a falhas.


• Protegem contra downtime (tempo de inatividade) ou indisponibilidade da
rede.
o O downtime pode ser causado pela falha de um único link, porta ou
dispositivo da rede.
o O projeto deve equilibrar o custo da redundância com a necessidade de
disponibilidade da rede.
• Topologias redundantes organizadas com switches e bridges são sujeitas:
o a tempestades de broadcasts,
o múltiplas transmissões de quadros e
o instabilidade na tabela de endereços MAC (CAM).

Estes problemas, se não contornados de alguma forma, podem parar uma rede em
curto espaço de tempo.

Ao mesmo tempo que redes comutadas com switches podem fornecer benefícios
como redução do tamanho dos domínios de colisão; microssegmentação; operação
full-duplex e com tudo isso otimização no desempenho, a redundância, se não

CCNA Trainning Education Services Page 165


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gerenciada, pode provocar alguns efeitos colaterais inexistentes na época dos antigos
hubs.

A redundância, por sua vez, é necessária para proteger a rede contra perda de
conectividade relacionada a falha de dispositivos individuais.

O mundo corporativo exige disponibilidade (ou tempo de atividade) contínua da rede.


Um tempo de atividade de 100% talvez seja impossível, mas muitas organizações
tentam atingir tempos de atividade de 99,99999% (cinco noves).

Isso pode ser entendido como uma hora de inatividade, em média, a cada 4.000 dias,
ou aproximadamente 5,25 minutos de inatividade por ano.

Uma das metas das topologias redundantes é eliminar as interrupções da rede


causadas por um ponto único de falha.

Todas as redes precisam de redundância para melhorar sua confiabilidade. E


confiabilidade se consegue através de equipamentos confiáveis e projetos que tolerem
falhas e defeitos. Todo projeto deve também permitir convergência rápida em caso de
quedas ou falhas. Muitas aplicações utilizadas em redes atualmente são altamente
sensíveis a perda de conectividade ainda que por curtos períodos de tempo.

Seu principal efeito colateral, são os loops de comutação nas topologias físicas, que
podem parar o funcionamento da rede. Mas em que circunstância os loops podem ser
formados? Observe a figura abaixo:

CCNA Trainning Education Services Page 166


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Quando o comando show mac-address-table for emitido no SW_6, o endereço mac do


host A aparecerá relacionado a qual das portas do switch?

Se não houver um controle de redundância, poderíamos observar o endereço mac do


host A associado às portas fa0/12, fa0/8 e fa0/10 do SW_6. E o resultado disso é que
quando o host_B encaminhasse um quadro para o host_A, essa informação seria
copiada para as 3 portas envolvidas. E nos outros switches da topologia, o quadro
também seria copiado por múltiplas interfaces.

O quadro ethernet não possui em sua estrutura o TTL (Time to live) existente no
cabeçalho ip por exemplo. Este campo age como um contador que vai sendo
decrementado a cada passagem do pacote ip pelos dispositivos. Ao final ele
simplesmente deixa de existir na rede, evitando loops. Por não ter este campo em sua
estrutura, o quadro ethernet ao ser copiado múltiplas vezes, permanece circulando
pela rede ininterruptamente, contribuindo para a formação de loops de comutação.

Vejamos outros aspectos que justificam a presença do Spanning-Tree protocol nas


redes:

CCNA Trainning Education Services Page 167


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O servidor principal, está fornecendo importantes aplicações para toda a rede. Numa
topologia redundante e funcional, a queda de qualquer um dos dispositivos não deve
interromper o acesso a ele. E a mudança para o novo caminho precisa ser rápida sob
pena de prejuízo ao trabalho com as aplicações.

Inundação de quadros / tempestade de broadcast

• Os switches aprendem os endereços MAC dos dispositivos em suas portas, para


que os dados possam ser encaminhados corretamente para o destino.
• Os switches inundam (flood) quadros para destinos desconhecidos até
aprenderem os endereços MAC dos dispositivos. Broadcasts e multicasts
também são despejados.
• Devido a estes eventos, uma topologia comutada redundante, sem controle
lógico pode causar tempestades de broadcast, múltiplas cópias de quadros e
problemas de instabilidade da tabela de endereços MAC.

Observe os exemplos a seguir:

CCNA Trainning Education Services Page 168


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O host X encaminha um quadro de broadcast para seu segmento de rede. E os


switches continuam encaminhando estes quadros sem parar a todos os segmentos de
rede onde possuem conexão.

Os multicasts são tratados como broadcasts pelos switches. Quadros de broadcast e


multicast são inundados (flooded) por todas as portas, exceto a que recebeu o quadro.

Se o Host X enviar um broadcast, como uma solicitação ARP por exemplo, para o
endereço mac do roteador, o Switch A encaminhará o broadcast por todas as portas.

O switch B, estando no mesmo segmento, também encaminha todos os broadcasts de


forma repetida e contínua.

Os switchs A e B, nas trocas contínuas de broadcasts entre si e também com outros


equipamentos existentes na topologia, acabam por desencadear um processo
denominado “tempestade de broadcasts”. Este evento eleva sobremaneira o nível de
processamento dos switches provocando travamentos e lentidão. Além disso, o
excesso de tráfego repetido e desnecessário na rede, compromete todos os acessos.
Normalmente uma rede para de funcionar em alguns minutos após o início de uma
tempestade de broadcast.

Vale lembrar que todos os problemas relatados anteriormente, se referem a possíveis


ocorrências em redes onde exista topologia redundante fisicamente, mas sem o
controle lógico, denominado Spanning-Tree.

CCNA Trainning Education Services Page 169


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Em redes locais onde o Spanning-Tree está presente, ocorre a criação de uma


topologia lógica sobreposta hierárquicamente à topologia física, fazendo com que cada
lan seja acessada por um único caminho, sem loops.

A topologia lógica sem loops é chamada de árvore. Normalmente possui uma


distribuição em estrela ou estrela estendida no seu funcionamento. Algo como se
pensássemos em uma árvore com suas raízes, tronco e ramificações todos
interligados. O ponto principal dessa topologia também seria a raiz de onde partem os
principais recursos.

O Spanning-Tree padrão aberto a todos os fabricantes de equipamentos é o 802.1d.


Ele corresponde a um algorítmo matemático que age sobre a topologia física para
montar a estrutura lógica. Existem outros tipos de Spanning-Tree que comentaremos
mais a frente, mas por ora é importante compreender o funcionamento da tecnologia
padrão a partir da qual as outras também se originaram.

Para que os switches não precisem realizar trocas de tabelas CAM o tempo todo entre
si, visto que isso geraria boa parte dos problemas descritos anteriormente, existem
alguns processos semelhantes a eleições que ocorrem nos equipamentos.

1ª Eleição: Bridge raiz (root bridge)

• Todos os switches da topologia participam


• A root bridge eleita concentrará as tabelas de endereços MAC e será buscada
por todos os outros switches da topologia.
• Trocam informações entre si (os diretamente conectados) denominadas
BPDU´s (Bridge Protocol Data Unit) a cada 2 segundos. Uma BPDU carrega
diversas informações sobre o switch onde foi gerada:

CCNA Trainning Education Services Page 170


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A principal informação relevante e de comparação entre todos os switches para


eleição da root bridge é o -- bridge id--. Este campo contém um valor que pode variar
entre 0 e 65536 dependendo do fabricante do equipamento. Além disso, associado a
este valor, também está o endereço MAC principal do switch. De forma que a
identificação principal de cada equipamento, se dá pela combinação destes 2 valores.

Os switches da Cisco possuem como padrão de Bridge id, o valor de 32768.

Dessa forma, se este valor não for modificado, haverá uma igualdade entre todos os
equipamentos Cisco. Esta igualdade poderá ser desfeita a partir da comparação do
endereço MAC que será diferente entre cada equipamento.

O switch que apresentar o menor Bridge ID será eleito como root bridge. No caso de
empate do valor fixo, prevalecerá o menor endereço MAC.

Vale lembrar que aqui está descrito o processo automático de eleição. Mas, caso se
deseje, também é possível definir através de comandos qual dos switches será a root
bridge:

Switch(config)#spanning-tree vlan x root primary [secondary]

Ou ainda, modificar o número de prioridade relacionado ao equipamento:

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Switch(config)#spanning-tree vlan 1 priority 28672

Note que o valor configurado é um múltiplo de 4096. Isto é uma regra para alterar as
prioridades. Mas, caso alguém tente alterar e digite qualquer valor, receberá uma boa
ajuda:

Switch(config)#spanning-tree vlan 1 priority 28500

% Bridge Priority must be in increments of 4096.


% Allowed values are:
0 4096 8192 12288 16384 20480 24576 28672
32768 36864 40960 45056 49152 53248 57344 61440

Neste caso, tratamos também de uma variação do spanning-tree (pvst), bastante


comum ao ambiente Cisco atualmente que define a presença de uma root bridge para
cada vlan existente na rede. Por este motivo aparece no comando a referência a vlan
onde estamos solicitando a configuração. E pode-se até mesmo definir uma root
secundária.

Na figura abaixo, observe que todos os switches possuem o mesmo valor fixo de
bridge id. Dessa forma, o Switch A, que possui o menor endereço MAC entre todos os
presentes na topologia será eleito a root bridge da topologia.

CCNA Trainning Education Services Page 172


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Os nomes relacionados a cada uma das interfaces da topologia estão vinculados ao


segundo processo de eleição que ocorre após a escolha da root bridge

Se considerarmos a utilização do PVST (Per Vlan SpanningTree) basta apenas projetar


tudo o que estamos acompanhando para cada uma das vlans. Na verdade, para cada
topologia lógica que possuímos na rede.

2ª Eleição – ROOT Ports

Cada switch (exceto o root bridge) fará uma eleição interna para determinar qual será
o melhor caminho para chegar até a root bridge. Isto será necessário pois a root bridge
detém consigo as informações de endereços MAC mais confiáveis para o

CCNA Trainning Education Services Page 173


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encaminhamento dos quadros. Cada switch conhece a root bridge pois essa
informação está “colada” nas BPDU´s que circulam na rede.

Informação:

DP – Designated Port

RP – Root Port

Veja um resumo desta eleição:

• Objetivo: Eleger a root port (melhor caminho para a root bridge)


• Participantes: Todos os switches, exceto a root bridge.
• Critérios: Análise de todas as portas conectadas a outros switches da topologia

CCNA Trainning Education Services Page 174


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• Valores considerados:
o 1º - Menor custo de caminho (vide tabela abaixo)
o 2º - Menor custo de porta

Tabela de custos de links:

Link (largura de banda) Custo

10 mb 100

100 mb 19

1000 mb (1 gb) 4

10000 mb (10 gb) 2

Tabela de custos de portas:

Interface Custo

Fa0/1 128.1

Fa0/2 128.2

Fa0/3 128.3

Fa0/X 128.X

Exemplo de análise de custo de caminhos:

O switch F possui 3 interfaces ligadas a outros switches. Mas, em função da


topologia os caminhos disponíveis para chegar à root bridge são vários. Saberia
identificar quais são? A figura abaixo destaca 2 destes caminhos. Tente calcular os
custos deles e escreva ao lado:.

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Caminho

____________________________

____________________________

____________________________

Caminho

____________________________

____________________________

____________________________

Na topologia, todas as portas com a nomenclatura RP foram escolhidas como Root


Ports para estes switches. E as portas DP foram determinadas como Designated Ports.

Root Ports são os melhores caminhos para a root bridge e designated ports são
possuem a funcionalidade principal de transmitir BPDU´s, seja para as root port ou
para as portas bloqueadas. Observe que na topologia todas as portas do switch eleito
como root bridge estão como designated ports. O root bridge não possui portas
bloqueadas. E também temos uma porta designated para cada segmento da rede,
normalmente em posição oposta a uma porta bloqueada no switch vizinho.

Mas afinal de contas, por quê existem portas bloqueadas?

Esta talvez seja uma das parte principais do mecanismo Spanning Tree. É através do
bloqueio de algumas interfaces de caminhos redundantes, que se pode evitar os loops
de comutação causados pelas tempestades de broadcast e cópias contínuas dos
quadros, conforme explicado no início deste assunto. Este bloqueio evita a passagem
do tráfego comum dos dados de usuários, mas permite a passagem das BPDU´s que
continuarão a transportar informações da topologia lógica através da rede.

CCNA Trainning Education Services Page 176


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Os principais estados de portas e seus tempos no Spanning Tree são os seguintes

Estado tempo Funcionalidade


Bloqueio (blocking) 20 segs Apenas recebe bpdu´s
Escuta (listening) 15 segs Construindo topologia “ativa”
Aprendizado (learning) 15 segs Construindo a tabela de bridging
Encaminhando (forwarding) **** Enviando e recebendo dados de usuário

Um aspecto que influencia diretamente a escolha da root port por um switch, é o fato
de ter alguma interface diretamente conectada ao root bridge. Observe a figura abaixo
novamente:

Note que o switch D possui um caminho para a root bridge através de sua interface
com o switch B com um custo de 23 (4+19). Em termos de custo de caminho, este é
melhor do que o que foi escolhido, onde existe um link de 10 mb, determinando um
custo de 100.

CCNA Trainning Education Services Page 177


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Então por quê, neste caso, o caminho escolhido para a root bridge não foi o de menor
custo?

Isto ocorreu pelo fato de que existir um link direto para a root bridge. Todo link direto
para a root bridge é naturalmente escolhido como o root port.

Agora, pense um pouco e responda. Qual a lógica aparente por trás disso?

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

Até este ponto, tratamos da situação da escolha da root port baseada no custo do
caminho até a root bridge.

Passamos a considerar agora como seria o critério de desempate, na escolha da root


port, caso ocorresse um empate entre os custos de caminhos de 2 ou mais interfaces.

CCNA Trainning Education Services Page 178


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Na imagem acima, a interface fa0/7 do Switch F havia sido escolhida como root bridge
em função de seu menor custo em relação aos outros 2 caminhos. Porém ocorreu um
problema na rede que interrompeu fisicamente este link entre os switchs E e F.

O que acontece em seguida? No tempo de uma BPDU (2 segundos), as interfaces fa0/5


e fa0/3 do switch F saem do estado de bloqueio e entram no estado listening
(escutando). Permanecem ali durante 15 segundos e uma importante decisão é
tomada. Uma das interfaces, mais especificamente a fa0/3, avança para o estado
learning (aprendendo) enquanto a fa0/5 retorna ao estado blocking.

Isto ocorre porque existe um empate no custo dos caminhos partindo das 2 portas. E o
segundo critério de análise é o custo da porta especificamente. Vamos relembrar os
custos de portas:

Interface Custo

Fa0/1 128.1

Fa0/2 128.2
Fa0/3 128.3

Fa0/X 128.X

Perceba que existe um valor de 128 associado a cada uma das portas. Dessa forma, a
de menor custo será sempre a interface de menor número. Mas, se quisermos
podemos modificar esse padrão de funcionamento para forçar uma porta a ser
escolhida como root. O comando para isso é o seguinte:

Switch_F(config)#int fa0/5

Switch_F(config-if)#spanning-tree vlan 1 port-priority 112

E o resultado pode ser visto assim:

CCNA Trainning Education Services Page 179


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Repare também que a modificação que fizemos no custo da porta fa0/5 foi
relacionada apenas à instância de Spanning Tree relacionada à Vlan 1. E o normal é
sempre configurarmos aspectos do Spanning Tree relacionados a cada uma das vlans.
É preciso ter a noção de que devido a isso, o fluxo de tráfego na topologia pode ser
diferente para cada vlan existente. Como foi dito no princípio deste assunto, tratam-
se de topologias lógicas montadas sobre a estrutura física existente.

Embora na certificação CCNA muitas vezes o foco principal seja o padrão de


funcionamento dos recursos, vale a pena observar como alguns destes padrões podem
ser modificados, para um momento de necessidade no ambiente de trabalho.

Retornando à nossa eleição automática da root port em relação as 2 interfaces (fa0/3


e fa0/5) em função da queda da root port anterior (fa0/7), agora temos a seguinte
situação:

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Tão logo a interface fa0/7 retorne ao seu funcionamento, uma nova eleição será feita e
ela voltará a ocupar o lugar de root port, pelo fato de possuir o caminho de menor
custo.

EXERCÍCIO SPANNING-TREE
Após todo o processo de convergência do Spanning Tree ter sido concluído vamos
utilizar um exercício onde será possível observar algumas práticas relacionadas ao
protocolo em questão.

O exercício será explicado e resolvido para facilitar e ampliar a compreensão sobre o


funcionamento e convergência do Spanning-Tree.

A topologia base do nosso exercício é a seguinte:

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Apesar de parecer confusa, à primeira vista, temos aqui um modelo de topologia


bastante semelhante às redes reais atuais.

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Após emitir o comando SHOW SPANNING-TREE no modo privilegiado, temos o


seguinte:

Podemos perceber que este switch não corresponde à root bridge da topologia.
Observe que as primeiras informações trazem dados sobre a root bridge e o bloco mais
abaixo sobre o switch em que estamos, chamado de “bridge id”. Os endereços MAC de
ambos são diferentes. Um outro fato a se destacar também, é que na root bridge
todas as portas são designadas, o que não acontece neste equipamento que estamos
visualizando.

Você pode ainda visualizar o status das portas envolvidas no processo spanning-tree e
até identificar qual está bloqueada.

Se continuarmos nossa pesquisa em busca da root bridge, passaremos por diversos (ou
talvez todos) equipamentos.

Na próxima figura, um outro switch da camada de distribuição.

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Perceba que este switch da camada de distribuição indica o mesmo endereço MAC
para a root bridge desta topologia que já apareceu na saída do switch anterior que
visualizamos. E também, observe o fato de a porta fa0/5 deste equipamento ser a root
port. Isto projeta bem onde pode estar a root bridge procurada. Se olharmos a
topologia, veremos que esta interface aponta para um equipamento da camada de
acesso, posicionado praticamente no fim da topologia. Vale a pena dar uma olhada
nele:

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Agora, temos fortes indícios para desconfiar que nossa busca terminou...E eles estão
todos grifados na saída do comando acima.

É claro que se tivermos uma documentação onde esteja registrado o endereço MAC de
cada switch, após o primeiro comando show spanning-tree emitido poderíamos ir
direto ao root bridge da rede.

Passo 2

Ter como root bridge um dos switches posicionados na camada de acesso, pode não
ser uma boa idéia.

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Você conseguiria pensar num motivo para isso? Escreva aqui...

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De qualquer forma, neste segundo passo, vamos forçar a troca da root bridge para um
switch da camada de CORE.

C1(config)#spanning-tree vlan 1 priority 4096

O comando acima muda a prioridade deste switch do valor original de 32768 para
4096. Este é o principal valor envolvido na escolha da root bridge pelos switches. Logo
que este comando é executado, as BPDU´s que partem deste switch já informam aos
outros seu novo valor de prioridade. E em pouco tempo todos o reconhecem como a
nova root bridge da topologia, veja:

CCNA Trainning Education Services Page 187


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O comando show spanning-tree no switch que era a root bridge anteriormente

Passo 3

Uma boa prática para completar a configuração básica, seria configurar o 2º switch da
camada de core para ser uma root bridge de backup. Para isto basta definir para ele
uma prioridade menor do que o restante da rede, porém maior do que a do switch C1
que agora está como root bridge.

CCNA Trainning Education Services Page 188


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C2(config)#spanning-tree vlan 1 priority 8192

E o resultado:

Neste exercício verificamos como realizar pequenas intervenções no funcionamenro


do protocolo Spanning-tree em redes comutadas.

O maior trabalho com relação a este protocolo não são de fato as configurações a
serem realizadas, mas bem mais as decisões a serem tomadas em relação aos root
bridges e root ports. Principalmente em ambientes de muitas vlans onde cada
instância de STP pode direcionar o tráfego da vlan para um caminho diferente das
outras.

Podemos até comparar o gerenciamento deste protocolo e seus processos à operação


do trânsito de veículos numa grande cidade. Orientar as mãos de direção das principais
avenidas, definir semáforos e seus tempos, bem como horários para controle maior ou
menor do tráfego...Tudo isso tem seu paralelo na administração do Spanning-Tree que
requer bastante estudo e práticas para uma performance otimizada.

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CAPÍTULO 5 – ROTEAMENTO

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ROTEAMENTO
O roteamento é o processo utilizado nas redes para encaminhar informações entre
computadores e redes distintos. Tendo como referencial o endereçamento hierárquico
(endereçamento lógico, ip) roteadores, servidores, switches L3 criam tabelas de
roteamento e por estas informações enviam os dados por suas interfaces.

A hierarquia existente nos endereços com suas máscaras, define redes e hosts
pertencentes a elas. O tráfego das informações entre estes grupos criados é conhecido
como roteamento. Ele envolve a presença de diversos processos, descritos a seguir.

O roteamento IP não garante uma entrega confiável nem estabelece uma conexão
antes da transmissão dos dados. Esta comunicação sem conexão e não confiável é
rápida e flexível, mas as camadas superiores precisam fornecer mecanismos para
garantir a entrega dos dados, se necessário.

A função do roteamento é transportar dados de um host para outro, sem considerar o


tipo de dado. Os dados são encapsulados em pacotes. O cabeçalho do pacote possui
campos que incluem o endereço de destino e origem do pacote.

O endereçamento hierárquico, com porções de rede e de host, facilita a divisão das


redes em sub-redes e possibilita que o prefixo de rede seja usado para o
encaminhamento dos pacotes a seus destinos em vez de usar cada endereço individual
de host.

Se o endereço de destino não estiver na mesma rede do host de origem, o pacote é


passado para o Gateway padrão para o encaminhamento à rede de destino. O
Gateway é um endereço de interface de um roteador que cada host deve possuir, caso
precise enviar informações para outras redes.

A tabela de roteamento é montada e mantida pelos roteadores e funciona como um


mapa indicador de caminhos para as redes que constam ali. Se a rede de destino
constar como uma entrada em sua tabela de roteamento, o roteador encaminhará o
pacote para a interface de saída indicada ali. Tecnicamente, este caminho é referido
como gateway de próximo salto. Se não houver uma entrada de roteamento, o
roteador poderá por padrão descarta o pacote, mas pode também encaminhá-lo

CCNA Trainning Education Services Page 191


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baseado numa informação especial do roteamento denominada rota padrão que


veremos mais adiante.

As entradas da tabela de roteamento podem ser configuradas manualmente (rotas


estáticas) ou dinamicamente pelo trabalho de alguns algoritmos matemáticos,
denominados protocolos de roteamento.

O ROTEADOR
A figura central do processo de roteamento – O ROTEADOR

No centro da rede está o roteador. Resumidamente, um roteador conecta uma rede a


outra. Por isso, ele é responsável pela entrega de pacotes em redes diferentes. O
destino do pacote IP pode ser um servidor Web em outro país ou um servidor de email
na rede local. É a responsabilidade dos roteadores entregar esses pacotes em tempo
hábil. A efetividade da comunicação de redes interconectadas depende, amplamente,
da capacidade dos roteadores de encaminhar pacotes da maneira mais eficiente
possível.

Além do encaminhamento de pacotes, um roteador também presta outros serviços.


Para atender às demandas das redes atuais, os roteadores também são usados para:

• Servir de gateway físico entre redes de tecnologia distintas


• Assegurar uma disponibilidade 24x7 (24 horas por dia, 7 dias por semana). Para
ajudar a garantir o alcanço da rede, os roteadores usam caminhos alternativos,
caso haja falha no caminho primário.
• Fornecer serviços integrados de dados, vídeo e voz em redes com e sem fio. Os
roteadores usam a priorização de Qualidade de Serviço (QoS, Quality of
Service) dos pacotes IP para assegurar que o tráfego em tempo real, como voz,
vídeo e dados críticos não sejam descartados ou atrasados.

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• Atenuar o impacto de worms, vírus e outros ataques na rede, permitindo ou


negando o encaminhamento de pacotes.

Toda essa extensão de serviços está relacionada às constantes melhorias na


capacidade dos equipamentos utilizados como roteadores nas redes. De acordo com
cada plataforma e porte de equipamento, podemos expandir as capacidades de um
rede a altos níveis de serviços.

Perceba que no momento atual, os roteadores oferecem bem mais serviços para uma
rede do que o faziam há poucos anos atrás. Eles já invadiram o espaço das aplicações e
também dos servidores em termos de fornecimento de serviços.

Roteadores na verdade possuem muitas semelhanças com computadores. São


considerados como computadores de alta performance.

Os roteadores têm muitos componentes de hardware e de software iguais aos


encontrados em computadores, inclusive:

• CPU
• RAM
• ROM
• Sistema operacional

Um roteador conecta várias redes. Isso significa que ele tem várias interfaces, cada
uma pertencente a uma rede IP diferente. Quando um roteador recebe um pacote IP
em uma interface, ele determina que interface usar para encaminhar o pacote para
seu destino. A interface que o roteador usa para encaminhar o pacote pode ser a rede
do destino final do pacote (a rede com o endereço IP de destino desse pacote) ou pode
ser uma rede conectada a outro roteador usado para alcançar a rede de destino.

Cada rede a qual um roteador se conecta costuma exigir uma interface separada. Essas
interfaces são usadas para conectar uma combinação de redes locais (LANs, Local Area
Networks) e redes remotas (WAN, Wide Area Networks). As redes locais costumam ser
redes Ethernet que contêm dispositivos como PCs, impressoras e servidores. As WANs

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são usadas para conectar redes em uma área geográfica extensa. Por exemplo, uma
conexão WAN costuma ser usada para conectar uma rede local à rede do Provedor de
Internet (ISP, Internet Service Provider). Também é comum a utilização de redes WAN
para extensão geográfica de redes locais. São as chamadas redes lan-to-lan, bastante
utilizadas atualmente na interligação de sites das empresas.

Observe alguns exemplos abaixo:

Uma topologia típica de acesso à internet

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Aqui um modelo de interligação para extensão de um rede local

Em redes como as demonstradas acima, as principais funções do roteador se resumem


a determinar o melhor caminho para enviar os pacotes e realizar este envio. Embora
nos exemplos acima, tenhamos a impressão de que os caminhos sejam únicos, é
importante ter em mente que após a chegada na nuvem, os pacotes estão numa via de
tráfego onde existem muitos caminhos. Por esse motivo, dizemos que a figura da
“nuvem” representado a rede WAN, através das operadoras de telecom, na verdade
representa uma rede presumida, onde existem todos os tipos de equipamentos e
diversos caminhos. Algo assim, por exemplo:

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O roteador usa sua tabela de roteamento para determinar o melhor caminho para
encaminhar o pacote. Quando o roteador recebe um pacote, ele examina seu
endereço IP de destino e procura a melhor correspondência com uma linha da tabela
de roteamento. A tabela de roteamento também inclui a interface a ser usada para
encaminhar o pacote. Quando uma correspondência é localizada, o roteador
encapsula o pacote IP no quadro de enlace da interface de saída, e o pacote é
encaminhado para seu destino.Um detalhe importante, é que ao examinar o pacote
recebido o roteador extrai dele o endereço da rede de destino. No primeiro momento,
o endereço do host específico não é importante. Você se lembra o nome do processo

que é utilizado para que ele identifica num dado endereço, qual a rede ao qual
pertence?

Escreva o nome aqui: _____________________________________________________


É muito provável que um roteador receba um pacote encapsulado em um tipo de
quadro de enlace, como um quadro Ethernet e, ao encaminhar o pacote, o encapsule
em um tipo diferente de quadro de enlace, como o Protocolo Ponto a Ponto (PPP,
Point-to-Point Protocol). O encapsulamento do quadro de enlace depende do tipo de
interface do roteador e do tipo de meio a que ele se conecta. Entre as tecnologias de

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enlace de dados diferentes a que um roteador pode se conectar estão tecnologias de


rede local, como Ethernet e conexões WAN do tipo serial.

Antes de prosseguir com os assuntos relacionados aos processos de roteamento,


traremos um breve resumo dos componentes físicos do roteador para que você
compreenda melhor o trabalho dele posteriormente.

Os componentes mais importantes de um roteador são:


• CPU
• Memórias
o Ram
o ROM
o Flash
o NVRAM
• Interfaces (dezenas de modelos distintos)
Vamos a um breve resumo de suas funcionalidades.
CPU
A CPU executa instruções do sistema operacional, como inicialização de sistema,
funções de roteamento e de comutação, além de processar instruções de algoritmos
como os protocolos de roteamento.

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RAM
A RAM armazena as instruções e os dados que precisam ser executados pela CPU. A
RAM é usada para armazenar estes componentes:

o Sistema operacional: O IOS (Internetwork Operating System, Sistema


operacional de Internet) Cisco é copiado para a RAM durante a inicialização.
o Arquivo de configuração: Esse é o arquivo que armazena os comandos de
configuração que o IOS do roteador está usando atualmente. Com poucas
exceções, todos os comandos configurados no roteador são armazenados no
arquivo de configuração em execução, conhecido como running-config.
o Tabela de roteamento IP: Esse arquivo armazena informações sobre redes
conectadas diretamente e remotas. Ele é usado para determinar o melhor
caminho para encaminhar o pacote.
o Cache ARP: Esse cache contém o endereço IPv4 para mapeamentos de
endereço MAC, semelhante ao cache ARP em um PC. O cache ARP é usado em
roteadores com interfaces de rede local, como interfaces Ethernet.
o Buffer de pacotes: Os pacotes são armazenados temporariamente em um
buffer quando recebidos em uma interface ou antes de saírem por uma.

RAM é uma memória volátil e perde seu conteúdo quando o roteador é desligado ou
reiniciado.

ROM
ROM é uma forma de armazenamento permanente. Os dispositivos Cisco usam a ROM
para armazenar:

 As instruções de bootstrap
 Software de diagnóstico básico
 Versão redimensionada do IOS
A ROM usa firmware, que é o software incorporado ao circuito integrado. O firmware
é um tipo de software que normalmente não precisa ser modificado ou atualizado,

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como as instruções de inicialização. A ROM não perde seu conteúdo quando o


roteador é desligado ou reiniciado.

Memória flash
Flash é uma memória de computador não volátil que armazena as informações
eletricamente e sempre que necessário seu conteúdo pode ser apagado e regravado,
tal qual o Hard disk de um computador. A memória flash é usada como
armazenamento permanente para o sistema operacional, o Cisco IOS. Na maioria dos
modelos de roteadores Cisco, o IOS é armazenado permanentemente na flash e
copiado para a RAM durante o processo de inicialização, quando é executado pela
CPU. Físicamente, a memória flash consiste de placas SIMMs ou PCMCIA, que podem
ser ampliadas por upgrade, aumentando as capacidades do roteador.

A memória flash não perde seu conteúdo quando o roteador é desligado ou reiniciado.

NVRAM
A RAM Não Volátil (NVRAM, Nonvolatile RAM) não perde suas informações quando a
energia é desligada. Isso é o oposto ao que acontece na maioria das formas comuns de
RAM, como DRAM, que exige energia ininterrupta para manter suas informações. A
NVRAM é usada pelo Cisco IOS como armazenamento permanente para o arquivo de
configuração de inicialização (startup-config). Todas as alterações feitas na

configuração são armazenadas no arquivo running-config na RAM e, com poucas


exceções, são implementadas imediatamente pelo IOS.

Para salvar essas alterações caso o roteador seja reiniciado ou desligado, o running-
config deve ser copiado para a NVRAM, onde é armazenada como o arquivo startup-
config. A NVRAM manterá seu conteúdo, mesmo quando o roteador for recarregado
ou desligado.

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ROM, RAM, NVRAM e memória flash são abordadas na seção a seguir, que apresenta o
IOS e o processo de inicialização. Elas também são abordadas mais detalhadamente
em um capítulo posterior referente ao gerenciamento do IOS.

TABELA DE ROTEAMENTO
Conforme já apresentado anteriormente, a principal função de um roteador é
encaminhar um pacote para sua rede de destino, que está representada no endereço
IP de destino do pacote. Para isso, um roteador precisa pesquisar as informações de

roteamento armazenadas em sua tabela de roteamento.

Uma tabela de roteamento é um arquivo de dados na RAM usada para armazenar


informações de rota sobre redes diretamente conectadas e também remotas. A tabela
de roteamento contém associações de rede/próximo salto. Essas associações
informam a um roteador que, um determinado destino pode ser alcançado enviando-
se o pacote para um roteador específico que representa o "próximo salto" a caminho
do destino final. A associação de próximo salto também pode ser a interface de saída
para o destino final. O próximo salto pode ser ainda, uma outra interface do próprio
roteador que contém a rede de origem.

Qualquer rede diretamente conectada a uma interface ativa do roteador, aparecerá


também na tabela de roteamento e a condição de conexão direta estará bem
identificada, observe abaixo:

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Repare que a tabela acima mostra que o R_central possui 3 redes diretamente
conectadas, em cada uma de suas interfaces GigabitEthernet. Temos a representação
de cada rede e também do endereço de host que representa a conexão desta
interface. Esta é uma particularidade do IOS a partir da versão 15.

Como mostrado na figura acima, a tabela de roteamento é exibida com o comando


show ip route. Neste momento, não houve nenhuma rota estática configurada nem
qualquer protocolo de roteamento dinâmico habilitado. Portanto, a tabela de
roteamento de R_central só mostra as redes do roteador conectadas diretamente.
Para cada rede listada na tabela de roteamento, as seguintes informações são
incluídas:
No exemplo acima, quando o roteador precisa encaminhar um pacote para a rede
192.168.2.0, ele perceberia, por consulta à tabela de roteamento, que o pacote
precisa ser encaminhado através da interface GigabitEthernet0/1.

Importante ressaltar, que o processo de roteamento padrão consiste de roteamento


baseado no destino do pacote. Em ocasiões muito especiais podemos modificar esta
característica, através de políticas de roteamento diferenciadas e configuradas
manualmente.

Uma rede remota é uma rede que não está conectada diretamente ao roteador. Em
outras palavras, ela só pode ser alcançada enviando-se o pacote para outro roteador.

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As redes remotas são adicionadas à tabela de roteamento usando um protocolo de


roteamento dinâmico ou configurando rotas estáticas. Rotas dinâmicas são rotas para
redes remotas que foram aprendidas automaticamente pelo roteador, usando um
protocolo de roteamento dinâmico. Rotas estáticas são configuradas manualmente
por um administrador de rede.

Pense um pouco e responda: Como podemos acrescentar uma rede 192.168.4.0 /24 à tabela
de roteamento do roteador R_central? Ela deve aparecer como rede diretamente conectada,
igual às outras que já estão lá.

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TIPOS DE ROTEAMENTO
Como processos de roteamento, temos 3 formas em destaque no conteúdo do CCNA:

Estático – O administrador configura manualmente as rotas

Dinâmico – Protocolos de roteamento são utilizados e seus algoritmos automatizam o


processo de escolha de caminhos e montagem da tabela de roteamento.

Padrão – Este formato indica basicamente ao roteador qual caminho deve seguir ao não
encontrar o destino para um determinada rede em sua tabela de roteamento.

ROTEAMENTO ESTÁTICO

Uma rota estática inclui o endereço de rede e a máscara de sub-rede da rede remota,
além do endereço IP do roteador do próximo salto ou o nome da interface de saída. As
rotas estáticas são denotadas com o código S na tabela de roteamento como mostrado
na próxima figura.

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Acima estão demonstradas 2 tabelas de roteamento onde existem redes diretamente


conectadas e também rotas estáticas.

Repare que cada um dos roteadores envolvidos, possui redes diretamente


conectadas. O R_1 possui 2 linhas nesse modelo de redes. E o R_2 possui 3 redes
diretamente conectadas a ele. Possuem também rota estática (1 cada um) para as
redes Lan um do outro.

Um análise minuciosa à estas informações nos permitiria, por exemplo, fazer o


desenho da topologia envolvida. Você consegue ? Este é um desafio interessante que o
ajudará a compreender as funcionalidades da tabela de roteamento. Você pode fazer
isso no espaço abaixo:

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Para compor este desenho, converse com outros colegas para que a junção das idéias
posso facilitar o projeto.

Vantagens e desvantagens das rotas estáticas no ambiente da rede:

• Vantagens
o Sem uso de CPU e memória do roteador
o Flexibilidade aos ambientes mistos (vário tipos de roteamento)
o Contingência aos protocolos dinâmicos
o Escalabilidade
• Desvantagens
o Maior trabalho de configuração
o Sem atualização automática (depende de gerenciamento do
administrador da rede)

o Não sensível a mudanças ou quedas nos links

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Indicaremos as 2 formas de rotas estáticas para o ambiente acima. Tanto a rota de


próximo salto, como a rota diretamente conectada.

Router A:

R_A(config)# ip route R2 máscara_R1 R4.2

ip route R2 máscara_R1 s0/0/0

R_A(config)# ip route R3 máscara_R3 R4.2

ip route R3 máscara_R3 s0/0/0

R_A(config)# ip route R5 máscara_R5 R4.2

ip route R5 máscara_R5 s0/0/0

Router B:

R_B(config)# ip route R1 máscara_R1 R4.1

ip route R1 máscara_R1 s0/0/1

R_B(config)# ip route R3 máscara_R3 R5.2

ip route R3 máscara_R3 s0/0/0

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Router C:

R_A(config)# ip route R1 máscara_R1 R5.1

ip route R1 máscara_R1 s0/0/1

R_A(config)# ip route R2 máscara_R2 R5.1

ip route R2 máscara_R2 s0/0/1

R_A(config)# ip route R4 máscara_R4 R5.1

ip route R4 máscara_R4 s0/0/1

Um desafio interessante, seria reescrever as rotas acima atribuindo os endereços ip.

Considere para isso os seguintes endereços:

R1 192.168.10.0 /24

R2 192.168.20.0/24

R3  192.168.30.0/24

R4  192.168.40.0/24

R5  192.168.50.0/24

Router_A

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

Router_B

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

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_______________________________________________________________________

Router_C

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_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

Além das rotas de próximo salto e as diretamente conectadas, temos ainda as rotas
sumarizadas e as rotas flutuantes ou de contingência.

Rota flutuante

Observe a topologia abaixo:

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Imagine que o host_B precisa ter acesso aos recursos existentes na rede do Router_A.
E para isto, por se tratar de um ambiente pequeno, podemos configurar todo o
ambiente com rotas estáticas.

O caminho da rede B para a rede A está funcionando com uma rota estática passando
pelo roteador C, assim:

Router_B(config)# ip route 192.168.10.0 255.255.255.0 200.100.100.2

E para retorno, existe uma rota no Router_A, dessa forma:

Router_A(config)# ip route 192.168.20.0 255.255.255.0 200.50.50.1

Como regra, podemos considerar que existe um 2o caminho para que o host B chegue
aos recursos da rede A. Apenas não podemos configurar ambos os caminhos com o
mesmo nível de grandeza ou preferência de roteamento. Na verdade, chamamos de
distância administrativa, o valor naturalmente associado a cada processo de
roteamento e que determina uma ordem de escolha entre estes processos. Para isto,
existe uma tabela com valores de 0 a 255 onde os processos de roteamento estão
listados cada qual com seu valor.

Abaixo temos um resumo desta tabela, constando os valores mais relevantes para este
curso.

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Repare que as rotas estáticas ocupam as posições de 0 (as diretamente conectadas) e


1 as de próximo salto. Quanto menor o valor nesta tabela, maior a preferência pelo
processo de roteamento. Como exemplo, imagine um ambiente configurado com OSPF
onde alguém configure algumas rotas estáticas para os mesmos destinos já aprendidos
pelo OSPF. Imediatamente, os caminhos configurados nas rotas estáticas, assumem o
roteamento para aquelas redes no lugar do OSPF.

Seguindo o exemplo acima, das rotas estáticas flutuantes, poderíamos configurar no


router B uma rota alternativa que mantivesse o fluxo de acesso do host B aos recursos
da rede A, caso o caminho principal ficasse indisponível.

Veja como :

Router_B(config)# ip route 192.168.10.0 255.255.255.0 200.200.200.2 10

Note que o caminho do próximo salto, faz referência à outra rede serial que temos
como alternativa. E o número 10 no final da rota mostra uma distância administrativa
maior que deixaria esta rota como backup da anterior. Esta segunda rota ficaria
contida apenas na configuração. Na tabel de roteamento estaria a rota principal. No
entanto, na ocorrência de qualquer problema em relação a rota principal, tal como
indisponibilidade da interface, a rota de backup permitiria a continuidade do tráfego.

Rota sumarizada

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No exemplo acima, não existe a necessida de 4 rotas estáticas serem configuradas no


roteador ISP. Devemos lembrar que provavelmente ele teria outros clientes e possuir
rota estática para cada uma dessas redes, seria um trabalho de gerenciamento
desnecessário.

Podemos simplesmente configurar a rota sumarizada, conforme o exemplo.

As redes sumarizadas são utilizadas em outros momentos, além da configuração de


rotas estáticas, por esse motivo é interessante desenvolvar a visão que temos do
endereçamento ip, de forma a sumarizar endereços com absoluta facilidade e rapidez.

ROTEAMENTO DINÂMICO
As redes remotas também podem ser adicionadas à tabela de roteamento, usando um
protocolo de roteamento dinâmico, que a princípio pode ser entendido como um
algoritmo matemático complexo destinado cálculos de rotas com base em
determinadas métricas.

Os protocolos de roteamento dinâmico são usados por roteadores para compartilhar


informações sobre o alcance e o status de redes remotas. Os protocolos de
roteamento dinâmico executam várias atividades, inclusive:

• Detecção de rede
• Atualização e manutenção das tabelas de roteamento
Detecção automática de rede

Detecção de rede é a capacidade de um protocolo de roteamento de compartilhar


informações sobre as redes aprendidas com outros roteadores que também estão
usando o mesmo protocolo dinâmico. Em vez de configurar rotas estáticas para redes
remotas em todos os roteadores, um protocolo de roteamento dinâmico permite aos
roteadores aprender automaticamente essas redes com outros roteadores. Essas
redes – e o melhor caminho para cada uma – são adicionadas à tabela de roteamento
e denotadas como uma rede aprendida por um protocolo de roteamento dinâmico
específico.

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Mantendo tabelas de roteamento

Após a detecção de rede inicial, os protocolos de roteamento dinâmico atualizam e


mantêm as redes em suas tabelas de roteamento. Os protocolos de roteamento
dinâmico não apenas criam uma determinação de melhor caminho para várias redes,
mas também determinam um novo melhor caminho caso o inicial fique inutilizável (ou
caso a topologia seja alterada). Por essas razões, os protocolos de roteamento
dinâmico têm uma vantagem em relação a rotas estáticas. Os roteadores que usam
protocolos dinâmicos compartilham automaticamente informações de roteamento
com outros roteadores e compensam qualquer alteração feita na topologia sem
necessitar de intervenção do humana.

Protocolos de roteamento IP
Existem vários protocolos de roteamento dinâmico para IP. Aqui estão alguns dos mais
comuns:

• RIP (Routing Information Protocol)


• EIGRP ( Enhanced Interior Gateway Routing Protocol) – Proprietário Cisco
• OSPF (Open Shortest Path First)
• IS-IS (Intermediate System-toIntermediate System)
• BGP (Border Gateway Protocol)
Obs: O protocolo RIP está fora do escopo da nova versão do CCNA. Utilizamos ainda
hoje este protocolo, principalmente para demonstrar exemplos de processos de
roteamento dinâmico.
IS-IS e BGP estão relacionados ao CCNP, bem como a porção mais avançada de EIGRP e
OSPF.
No CCNA apresentaremos boa parte da teoria do EIGRP e OSPF, além de suas
configurações básicas e intermediárias.

Geralmente, os protocolos de roteamento dinâmico são usados em redes maiores para


aliviar a sobrecarga administrativa e operacional causada pelo uso de rotas estáticas.
Normalmente, uma rede usa a combinação de um protocolo dinâmico e rotas
estáticas. Na maioria das redes, um único protocolo de roteamento dinâmico é usado.
No entanto, há casos em que partes diferentes da rede podem usar protocolos de
roteamento diferentes.

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Todos os protocolos de roteamento têm a mesma finalidade: aprender redes remotas


e adaptar-se rapidamente sempre que houver uma alteração na topologia. O método
usado pelo protocolo de roteamento para isso depende do algoritmo que ele usa e das
características operacionais desse protocolo. Os operações de um protocolo de
roteamento dinâmico variam de acordo com o tipo e suas caracterísitcas operacionais.
Em geral, as operações de um protocolo de roteamento dinâmico podem ser descritas
da seguinte forma:

• O roteador envia e recebe mensagens de roteamento em suas interfaces.


• O roteador compartilha mensagens e informações de roteamento com outros
• roteadores que estão usando o mesmo protocolo.
• Os roteadores trocam informações de roteamento para aprender redes
remotas.
• Quando um roteador detecta uma alteração de topologia, o protocolo de
roteamento
• pode anunciar essa alteração a outros roteadores.
Vantagens do roteamento dinâmico:

 O administrador tem menos trabalho para manter a configuração ao adicionar


ou remover redes.
 Os protocolos reagem automaticamente às alterações de topologia.
 A configuração é menos propensa a erros.
 Mais escalável, o desenvolvimento da rede não costuma ser um problema.
Desvantagens do roteamento dinâmico:

 São usados recursos de roteador (ciclos de CPU, memória e largura de banda


de link).
 São necessários mais conhecimentos de administrador para configuração,
verificação e solução de problemas.

IGP e EGP
Um sistema autônomo (AS, autonomous system) – também conhecido como um
domínio de roteamento - é um conjunto de roteadores sob a mesma administração.
Essa administração é tarefa das operadoras de telecom. Como a Internet é baseada no

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conceito de sistema autônomo, são necessários dois tipos de protocolos de


roteamento:

IGP (Interior Gateway Protocol) são usados para roteamento de sistema intra-
autônomo - roteamento dentro de um sistema autônomo.

EGP (Exterior Gateway Protocol) são usados para roteamento de sistema inter-
autônomo - roteamento entre sistemas autônomos.

Obs: Para uma melhor compreensão deste conceito de sistema autônomo, imagine que
as nuvens, que representam as redes WAN são separadas por domínios
administrativos. Cada domínio administrativo recebe um número diferente para
identificação. Algo como o “CEP” de uma rua. Talvez seja interessante pensar no
número do sistema autônomo com um “CEP” da nuvem.

Dentre os protocolos de roteamento já citados anteriormente, apenas o BGP pode ser


configurado com um EGP. Todos os outros atuam como IGP’s dentro de seus
respectivos sistemas autônomos.

Os IGP’s possuem sub grupos e características que os diferenciam entre si e estas


informações conheceremos agora...

Os Interior gateway protocols (IGP) se dividem em dois grupos:

• Vetores de distância
• Link States
Vetor de distância significa que as rotas são anunciadas como vetores direcionais. A
distância é definida em termos de uma métrica como contagem de saltos e a direção é
dada simplesmente pelo roteador do próximo salto ou pela interface de saída. Os
protocolos do vetor de distância normalmente usam o algoritmo Bellman-Ford para
determinar a melhor rota.

Alguns protocolos do vetor de distância enviam periodicamente tabelas de


roteamento completas a todos os vizinhos conectados. Em redes grandes, essas
atualizações de roteamento podem ficar enormes, causando tráfego significativo nos
links.

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Embora o algoritmo Bellman-Ford acabe acumulando conhecimentos suficientes para


manter um banco de dados de redes que podem ser alcançadas, o algoritmo não
permite que um roteador aprenda a topologia exata de redes interconectadas. O
roteador só conhece as informações de roteamento recebidas de seus vizinhos. Não
existe uma visão ampla da topologia como um todo.

Os protocolos do vetor de distância usam os roteadores como postagens de sinal ao


longo do caminho para o destino final. As únicas informações que um roteador
conhece sobre uma rede remota são a distância ou a métrica para alcançar essa rede e
o caminho ou a interface que devem ser usados para isso. Os protocolos de
roteamento do vetor de distância não têm um mapa real da topologia da rede.

Os protocolos do tipo vetor de distância funcionam melhor em situações onde:

a) A rede é simples e fixa e não requer um design hierárquico especial.


b) Os administradores não têm conhecimentos suficientes para configurar e
solucionar os problemas dos protocolos link-state.
c) Redes de tipos específicos, como redes hub-and-spoke, estão sendo
implementadas.
d) Os tempos de convergência inesperada em uma rede não são uma
preocupação.
Em comparação com vetor de distância, um protocolo de roteamento link-state pode
criar uma “exibição completa” da topologia da rede coletando informações de todos
os outros roteadores. Usar um protocolo de roteamento link-state é como ter um
mapa completo da rede. As postagens de sinal ao longo do caminho, da origem ao
destino, não são necessárias, pois todos os roteadores link-state estão usando um
"mapa" idêntico da rede. Um roteador link-state usa as informações de link-state para
criar um mapa de topologia e selecionar o melhor caminho para todas as redes de
destino da topologia.

Os protocolos de roteamento link-state não usam atualizações periódicas. Após a


convergência da rede, a atualização de link-state só será enviada quando houver uma
alteração na topologia.

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Os protocolos de link-state são mais adequados em situações nas quais:

• O design de rede é hierárquico, o que normalmente ocorre em redes grandes.


• Os administradores têm um bom conhecimento do protocolo de roteamento
link-state implementado.
• A convergência rápida da rede é crucial.

CONCEITOS IMPORTANTES EM ROTEAMENTO

Convergência:
É um estado de consistência entre todas as tabelas de roteamento existentes em
uma topologia. Haverá convergência na rede quando todos os roteadores tiverem
informações completas e precisas sobre ela. O tempo de convergência é o tempo
que os roteadores levam para compartilhar informações, calcular os melhores
caminhos e atualizar suas tabelas de roteamento. Para que uma rede seja
completamente operável, é necessário que haja convergência nela. Portanto, a
maioria das redes precisa chegar o mais rápido possível num estado de
convergência.

A convergência é colaborativa e independente. Apesar de compartilharem


informações entre si, os roteadores devem calcular de forma independente os
impactos da alteração na topologia em suas próprias rotas. Como eles
desenvolvem um acordo com a nova topologia de forma independente, acredita-se
que eles realizam convergências nesses consensos.

As propriedades da convergência incluem a velocidade de propagação das


informações de roteamento e o cálculo de caminhos ideais. Os protocolos de
roteamento podem ser classificados com base na velocidade de convergência;
quanto mais rápida for a convergência, melhor será o protocolo de roteamento. Os
antigos, RIP e IGRP eram lentos para convergir, enquanto o EIGRP e OSPF são
mais rápidos.

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Métrica:
Para selecionar o melhor caminho, o protocolo de roteamento deve poder avaliar e
diferenciar os caminhos disponíveis. A métrica é usada para essa finalidade.
Métrica é um valor usado por protocolos de roteamento para atribuir custos com a
finalidade de alcançar redes remotas. A métrica é usada para determinar o melhor
caminho quando houver vários caminhos para a mesma rede remota.

Cada protocolo de roteamento usa sua própria métrica. Por exemplo, o RIP usa a
contagem de saltos, o EIGRP usa uma combinação de largura de banda e atraso e o
OSPF usa um valor de custo, muito relacionado a largura de banda. A contagem de
saltos é a métrica mais fácil de visualizar. A contagem de saltos se refere ao
número de roteadores que um pacote deve atravessar para alcançar a rede de
destino.

Observe a topologia abaixo onde faremos algumas considerações sobre as


principais métricas utilizadas pelos protocolos de roteamento:

No caso de uma métrica de saltos, partindo do roteador A para chegar ao roteador B, o


caminho escolhido seria necessariamente ADB, pois temos ai a menor quantidade
de saltos.

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Se, por outro lado, a métrica considerada fosse largura de banda, muito
provavelmente o caminho considerado melhor para chegar de A a B seria
ADFEB.

Outras métricas poderiam ainda considerar caminhos diferentes disso. Tudo


dependeria dos parâmetros a serem analisados por cada métrica.

Uma outra situação interessante aplicada a esta topologia, demonstra a fragilidade de


uma métrica apenas baseado em número de saltos. Na tabela de roteamento de A, no
caso de uma métrica em saltos, haveria um empate entre 2 caminhos para chegar de A
a C. Os caminhos possíveis e iguais em termos de saltos seriam ADBEC e
também ADFEC. Porém a largura de banda existente nos links entre DFE
são muito superiores as outras. Isto certamente traria mais rapidez e dinâmica na
entrega dos pacotes, mas no caso da métrica de saltos, o empate faria com que os 2
caminhos fossem instalados na tabela de roteamento e que um balanceamento de
carga ocorresse entre eles. Esta situação, poderia inclusive provocar erros de
funcionamento entre aplicações que trocassem pacotes entre as redes de A e C. Este
seria um bom exemplo de uma ocasião onde um administrador da rede precisaria
intervir colocando uma rota estática por exemplo, que mantivesse na tabela de apenas
o caminho de maior largura de banda.

Alguns exemplos de parâmetros utilizados pelas métricas:

• Contagem de saltos - Uma métrica simples que conta o número de roteadores


que um pacote deve atravessar
• Largura de banda - Influencia a seleção do caminho ao escolher o caminho com
a maior largura de banda.
• Carga - Considera a utilização de tráfego de determinado link.
• Atraso - Considera o tempo que um pacote leva para atravessar um caminho.
• Confiabilidade - Avalia a probabilidade de uma falha de link, calculada a partir
da contagem de erros de interface ou de falhas de link anteriores.
• Custo - Um valor determinado pelo IOS ou pelo administrador de rede para
indicar sua preferência por uma rota. O custo pode representar uma métrica,
uma combinação de métricas ou uma política.

CCNA Trainning Education Services Page 217


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Balanceamento de carga:
192.168.6.0

Observe abaixo a tabela de roteamento do roteador D:

R_D#show ip route

CCNA Trainning Education Services Page 218


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Perceba que em no local grifado temos um exemplo de balanceamento de carga


automático, instalado pelo protocolo de roteamento dinâmico que está em uso (RIP).
No caso, a métrica utilizada pelo protocolo é a contagem de saltos e ocorreu um
empate. Ou seja, partindo de D para chegar até a rede 192.168.6.0 existente no
roteador C, existem 2 caminhos. Um deles partindo da interface gi0/0 e outro pela
S0/0/0. Ambos com 3 saltos cada como se pode ver na linha, logo após a identificação
da rede de destino.

Uma característica do balanceamento de carga, é que os caminhos válidos ficam todos


instalados na tabela de roteamento, atuantes no envio dos pacotes.

Note ainda, que nas mesmas linha é possível enxergar o ip de próximo salto associado
à interface local por onde o pacote é encaminhado para chegar até a rede de destino.

Estas são informações de vital importância no contexto CCNA. Interpretar a tabela de


roteamento é muito importante tanto para o mundo do trabalho com roteadores
como para realizar a prova CCNA.

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Alguns desafios para você após observar os pedaços destacados da tabela de


roteamento acima:

O que estas linhas acima estão informando? Qual a diferença entre elas?

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_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Se o roteador em questão precisasse encaminhar 50 mb de informações para a rede


200.6.6.0, qual caminho (s) ele utilizaria? Por qual deles seria encaminhada a maior
parte das informações?

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Quais informações são relacionadas aos locais indicados pelas setas?

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Loops de roteamento

Um loop de roteamento é uma condição em que um pacote é transmitido


continuamente em uma série de roteadores sem sequer alcançar a rede de destino.
Um loop de roteamento pode ocorrer quando dois ou mais roteadores possuem
informações de roteamento que, apesar de aparecerem como válidas em suas tabelas
de roteamento, já não se encontram mais nessa condição em função de algum
problema ocorrido e ainda não detectado. De uma certa forma, uma tabela de
roteamento pode conter registros para redes que já não estão mais alcançáveis.

O loop pode ser resultado de:

• Rotas estáticas configuradas incorretamente


• Rota de redistribuição configurada incorretamente (redistribuição é o processo
de entregar as informações de roteamento de um protocolo de roteamento
para outro).
• Tabelas de roteamento inconsistentes que não estão sendo atualizadas devido
a uma convergência lenta em redes instáveis.
Loops de roteamento são mais comuns em redes com protocolos do tipo vetor de
distância e bem mais raras em ambientes link state.

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Alguns efeitos dos loops de roteamento para uma rede, incluem:

• Os loops utilizam a largura de banda disponível para os dados, provocando a


perda das comunicações de usuário.
• Sobrecarga de CPU com encaminhamentos de pacotes inúteis que afetarão a
convergência da rede de forma negativa.
• As atualizações de roteamento podem ser perdidas ou não ser processadas em
tempo hábil. Essas condições introduziriam loops de roteamento adicionais,
piorando a situação.
• Os pacotes podem ser perdidos em "buracos negros".
Há vários mecanismos disponíveis para eliminar loops de roteamento, alguns inerentes
a determinados protocolos e outros podendo ser configurados. Os principais e mais
conhecidos são:

1. Hold-down timers
2. Split horizon
3. Route poisoning ou poison reverse

1. Os temporizadores de hold-down são usados para impedir que as mensagens de


atualização regulares restabeleçam incorretamente uma rota que pode ter
apresentado uma falha. Eles instruem os roteadores a manter todas as alterações
que podem afetar rotas durante um período especificado. Se uma rota for
identificada como desativada, ou possivelmente desativada, todas as outras
informações dessa rota que contiverem o mesmo status, ou um status pior, serão
ignoradas por um período pré-determinado (o período de hold-down). Isso
significa que os roteadores deixarão uma rota marcada como inalcançável nesse
estado por um período longo o suficiente para que as atualizações propaguem as
tabelas de roteamento com as informações mais recentes.
Entenda o passo a passo dos hold-down timers:

a) Um roteador recebe uma atualização de um vizinho indicando que


determinada rede não está mais acessível.

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b) O roteador marca a rede como possivelmente desativada e inicia o


temporizador de holddown.
c) Se uma atualização com uma métrica melhor para essa rede for recebida de
qualquer roteador vizinho durante o período de hold-down, a rede será
restabelecida e o temporizador de hold-down será removido.
d) Se uma atualização de qualquer outro vizinho for recebida durante o
período de hold-down com a mesma métrica ou com uma métrica pior para
essa rede, tal atualização será ignorada. Desse modo, haverá mais tempo
para a propagação das informações sobre a alteração.

2. O split horizon é outro método usado para impedir loops de roteamento causados
pela convergência muitas vezes lenta de um protocolo de roteamento. A regra do
split horizon diz que um roteador não deve anunciar uma rede através da interface
pela qual recebeu as informações desta mesma rede. O refluxo de uma informação
de roteamento precisa ser evitado para que não sejam propagadas informações
inconsistentes.
O split horizon pode ser desabilitado por um administrador. Em determinadas
condições, isso tem que ser feito para que o roteamento apropriado seja obtido.

3. O route poisoning é outro método empregado pelos protocolos de roteamento do


vetor de distância para impedir loops de roteamento. O route poisoning é usado
para marcar a rota como inalcançável em uma atualização de roteamento enviada
para outros roteadores. Inalcançável é interpretado como uma métrica definida
como máximo. Para o RIP, uma rota “envenenada” tem uma métrica de 16.
E quando os roteadores propagam esta rota originalmente “envenenada”, os outros
roteadores que recebem esta atualização não incluem a rota envenenada em suas
tabelas por acreditarem que está inatingível. E esta continuidade do
“envenenamento” de rotas é denominado Poison Reverse. Esta técnica também pode
ser configurada.

CCNA Trainning Education Services Page 223


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CAPÍTULO X –ROTEAMENTO DE VLANS

CCNA Trainning Education Services Page 224


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Na porção de switching deste material, você aprende sobre a criação e manutenção


das redes locais virtuais no ambientes de redes comutadas.

Pode-se perceber que os switches L2 possuem a capacidade de criar as vlans, atribuir


portas as mesmas, além de configurar os trunks para extensão destas vlans entre
diversos switches.

O que estes equipamentos não possuem a capacidade de realizar, é a comunicação


entre vlans distintas.

Esta comunicação acontece através de roteamento que pode ser implementado por
switches L3 ou como é mais peculiar ao ambiente CCNA, por roteadores.

Observe a topologia abaixo:

Este é um modelo de roteamento físico, onde o roteador possui uma interface padrão
Ethernet conectada a cada uma das vlans existentes. Os endereços ip destas interfaces
são os gateways para os computadores dentro de cada uma das vlans.

As vlans criadas nos switches não recebem endereço ip.. Os endereços estarão nos
hosts e também nas interfaces do roteador.

CCNA Trainning Education Services Page 225


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Neste modelo de comunicação, não existe a necessidade de criarmos nenhuma rota,


visto que as rotas estão vinculadas a interfaces do mesmo routeador. Numa situação
assim, pode-se dizer que o roteamento é um processo nativo, visto que se vale da
comutação entre as portas para trocar também seus pacotes.

Numa rede não muito ampla, este modelo de roteamento pode se mostrar eficiente
com vantagens como a facilidade para implementação de lista de controle de acesso
para filtrar o tráfego entre as vlans.

Estas ACLs poderiam ser criadas no roteador e posicionadas em cada uma das
interfaces físicas na devida orientaçõa de entrada ou saída do tráfego.

Usando o roteador como um GATEWAY

O roteamento tradicional exige que roteadores tenham interfaces físicas múltiplas


para facilitar o roteamento entre VLANs. O roteador realiza o roteamento conectando
cada uma de suas interfaces físicas a uma VLAN exclusiva. Cada interface é também
configurada com um endereço IP para a sub-rede associada à VLAN específica à qual
está conectada. Com a configuração dos endereços IP nas interfaces físicas,
dispositivos

de rede conectados a cada uma das VLANs podem comunicar-se com o roteador que
usa a interface física conectada à mesma VLAN. Nessa configuração, dispositivos de
rede podem usar o roteador como um gateway para acessar os dispositivos
conectados às outras VLANs.

O processo de roteamento exige que o dispositivo de origem determine se o


dispositivo de destino está local ou remoto em relação à sub-rede local. O dispositivo
de origem realiza essa tarefa comparando os endereços de origem e destino com a
máscara de subrede. Quando é determinado que o endereço de destino está em uma
rede remota, o dispositivo de origem deve identificar para onde precisa encaminhar o
pacote a fim de alcançar o dispositivo de destino. O dispositivo de origem examina a
tabela de roteamento local para determinar para onde precisa enviar os dados.

CCNA Trainning Education Services Page 226


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Normalmente, dispositivos usam o gateway padrão como o destino para todo tráfego
que precise deixar a sub-rede local. O gateway padrão é a rota que o dispositivo usa
quando não tem nenhuma outra rota explicitamente definida até a rede de destino. A
interface do roteador na sub-rede local age como o gateway padrão para o dispositivo
remetente.

Quando o dispositivo de origem determina que o pacote deve viajar pela interface do
roteador local na VLAN conectada, o dispositivo de origem envia uma solicitação ARP
para determinar o endereço MAC da interface do roteador local. Quando o roteador
envia sua resposta ARP ao dispositivo de origem, o dispositivo de origem pode usar o
endereço MAC para terminar de estruturar o pacote antes de enviá-lo na rede como
tráfego unicast.

Considerando que o quadro ethernet tenha o endereço MAC de destino da interface


do roteador, o switch sabe exatamente para qual porta de switch encaminhar o
tráfego unicast, a fim de alcançar a interface do roteador naquela VLAN. Quando o
quadro chega ao roteador, ele remove as informações do endereço MAC de origem e
destino para examinar o endereço IP de destino do pacote. O roteador compara o
endereço de destino a entradas na tabela de roteamento para determinar para onde
precisa encaminhar os dados a fim de alcançar seu destino final.

Se o roteador determina que a rede de destino é uma rede localmente conectada,


como seria o caso em roteamento entre VLANs, o roteador envia uma solicitação ARP
pela interface fisicamente conectada para a VLAN de destino. O dispositivo de destino
responde ao roteador com seu endereço MAC, o qual é usado para estruturar o
pacote.

Em seguida, o roteador envia o tráfego unicast ao switch, e este encaminha-o pela


porta à qual o dispositivo de destino está conectado.

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O inconveniente maior desta solução é o fato de que os roteadores não possuem


muitas interfaces físicas disponíveis. E, atualmente, é cada vez mais comum os links de
Wan serem entregues pelas operadoras também em portas ethernet, o que reduziria a
quantidade de interfaces disponíveis para utilização com roteamento de vlans.

Roteador fixo
Dessa forma, a soliução denominada router on stick, onde uma subinterface lógica é
criada no roteador para cada vlan existente no switch, acaba sendo o modelo mais
interessante. Os detalhes de processo veremos a seguir.

Sw1

"Router on a Stick" é um tipo de configuração de roteador na qual uma única interface


física roteia o tráfego entre VLANs múltiplas em uma rede. Como você pode ver na
figura, o roteador está conectado ao switch S1 usando uma única conexão de rede
física.

A interface do roteador é configurada para operar como um link de trunk e está


conectada a uma porta de switch configurada para operar neste modo. O roteador
executa o roteamento entre VLANs aceitando o tráfego com etiqueta de VLAN, que
vem do switch adjacente na interface de tronco, e roteando internamente entre as
VLANs que usam subinterfaces. Em seguida, o roteador encaminha o tráfego roteado –
com etiqueta de VLAN para a VLAN de destino pela mesma interface física.

CCNA Trainning Education Services Page 228


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Subinterfaces são interfaces virtuais múltiplas, associadas a uma interface física. Elas
são configuradas em software, em um roteador configurado independentemente com
um endereço IP e uma atribuição de VLAN para operar em uma VLAN específica.

Subinterfaces são configuradas para sub-redes diferentes que correspondem à sua


atribuição de VLAN para facilitarem o roteamento lógico antes das estruturas de
dados terem etiquetas de VLAN e serem enviadas de volta pela interface física

Como você pode ver na figura, o PC na VLAN10 pode se comunicar com o PC na


VLAN30 pelo roteador R1, usando uma única interface de roteador física.

Configuração da subinterface
A configuração de subinterfaces de roteador é semelhante à configuração de
interfaces físicas, exceto que você precisa criar a subinterface e atribuí-la a uma VLAN.

No exemplo, da figura anterior, crie a subinterface de roteador digitando o comando


interface Gi0/0.10 em modo de configuração global. A sintaxe para a subinterface
sempre é a interface física, neste caso Gi0/0, seguido por um ponto e um número de
subinterface. O número da subinterface é configurável, mas geralmente é associado
para refletir o número da VLAN. No exemplo, as subinterfaces usam 10 e 30 como
números para ficar mais fácil de lembrar com quais VLANs estão associadas. A
interface física é especificada porque pode haver interfaces múltiplas no roteador, e
cada uma delas pode ser configurada para suportar várias subinterfaces.

Antes da atribuição de um endereço IP a uma subinterface, a subinterface precisa ser


configurada para funcionar em uma VLAN específica por meio do comando
encapsulation dot1q vlan id. No exemplo, a subinterface Gi0/0.10 foi atribuída à
VLAN10. Depois que a VLAN é atribuída, o comando ip address 172.17.10.1
255.255.255.0 atribui a subinterface ao endereço IP apropriado para aquela VLAN.

Ao contrário de uma interface física comum, subinterfaces não são habilitadas com o
comando no shutdown no nível do modo de configuração de subinterface do software
IOS Cisco. Em vez disso, quando a interface física é habilitada com o comando no
shutdown, todas as subinterfaces configuradas são habilitadas. Da mesma forma, se a
interface física é desabilitada, todas as subinterfaces são desabilitadas.

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Uma vantagem do uso de um link de tronco é que o número de roteadores e portas de


switch usados é reduzido. Isso não só ajuda a economizar dinheiro, como também
pode reduzir a complexidade da configuração. Por conseguinte, é possível escalar a
abordagem da subinterface de roteador para um número muito maior de VLANs que
uma configuração com uma interface física por design de VLAN.

Desempenho

Como não há nenhuma contenção de largura de banda em interfaces físicas separadas,


interfaces físicas têm melhor desempenho quando comparadas com o uso de
subinterfaces. O tráfego de cada VLAN conectada tem acesso à largura de banda total
da interface física do roteador conectada à VLAN para roteamento entre VLANs.

Quando subinterfaces são usadas no roteamento entre VLANs, o tráfego que está
sendo roteado compete pela largura de banda na única interface física. Em uma rede
ocupada, isso pode causar um gargalo na comunicação. Para equilibrar a carga de
tráfego em uma interface física, subinterfaces são configuradas em interfaces físicas
múltiplas, o que resulta em menos contenção entre o tráfego de VLAN.

Portas de acesso e portas de tronco

A conexão de interfaces físicas para o roteamento entre VLANs exige que as portas de
switch sejam configuradas como portas de acesso. Subinterfaces exigem que a porta
de switch seja configurada como uma porta de tronco para poder aceitar o tráfego
com etiqueta de VLAN no link de tronco. Usando subinterfaces, muitas VLANs podem
ser roteadas em um único link de tronco em lugar de uma única interface física para
cada VLAN.

Custo

Financeiramente, é mais econômico usar subinterfaces em interfaces físicas separadas.


Roteadores que têm muitas interfaces físicas custam mais que roteadores com uma
única interface. Além disso, se você tem um roteador com muitas interfaces físicas,
cada interface é conectada a uma porta de switch separada, consumindo portas de

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switch adicionais na rede. Portas de switch são um recurso caro em switches de alto
desempenho.

Consumindo portas adicionais para funções do roteamento entre VLANs, o switch e o


roteador aumentam o custo global da solução de roteamento entre VLANs.

Complexidade

O uso de subinterfaces no roteamento entre VLANs resulta em uma configuração física


menos complexa do que o uso de interfaces físicas separadas, porque há menos cabos
de rede física interconectando o roteador ao switch. Com menos cabos, há menos
confusão em relação ao local em que o cabo é conectado ao switch. Como o
entroncamento das VLANs está sendo feito em um único link, é mais fácil solucionar os
problemas das conexões físicas.

Por outro lado, o uso de subinterfaces com uma porta de tronco resulta em uma
configuração de software mais complexa, o que pode ser difícil de solucionar. No
modelo de roteador fixo, apenas uma interface é usada para acomodar todas as
diferentes VLANs. Se uma VLAN está com dificuldade para rotear a outras VLANs, você
não pode simplesmente rastrear o cabo para saber se ele está conectado à porta
correta. É necessário verificar se a porta de switch está configurada para ser um tronco
e se a VLAN não está sendo filtrada em algum link de tronco antes de alcançar a
interface do roteador. Também é necessário verificar se a subinterface do roteador
está configurada para usar a ID de VLAN e o endereço IP corretos para a sub-rede
associada a essa VLAN.

Na sequência, traremos um exercício de configuração resolvido, utilizando a mesma


topologia utilizada para descrever a solução.

Seria interessante que você realizasse outras práticas para se habituar a esta solução.

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Exercício de configuração

Sw1

Gi0/1

Sw2
R1

Lista de comandos

R1

R1(config)#interface gi0/0
R1(config-if)#no shutdown
R1(config-if)#exit
R1(config)#interface gi0/0.10
R1(config-subif)#encapsulation dot1q 10
R1(config-subif)#ip address 172.17.10.1 255.255.255.0
R1(config-subif)#exit
R1(config)# interface gi0/0.20
R1(config-subif)#encapsulation dot1q 20
R1(config-subif)#ip address 172.17.20.1 255.255.255.0
R1(config-subif)#exit
R1(config)# interface gi0/0.30
R1(config-subif)#encapsulation dot1q 30
R1(config-subif)#ip address 172.17.30.1 255.255.255.0

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SW1

SW1(config)#interface Gi0/1
SW1(config-if)#switchport mode trunk

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CAPÍTULO 6 – PROTOCOLOS DE ROTEAMENTO

CCNA Trainning Education Services Page 234


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EIGRP (ENHANCED INTERIOR GATEWAY ROUTING PROTOCOL)

O EIGRP é um protocolo de roteamento classless de vetor de distância avançado.


Como sugere seu nome, o EIGRP é um aprimoramento do protocolo de roteamento de
gateway interior (IGRP, Interior Gateway Routing Protocol) da Cisco. Ambos são
protocolos proprietários da Cisco e operam somente em roteadores Cisco.

O propósito principal no desenvolvimento do EIGRP da Cisco era criar uma versão


classless do IGRP. O EIGRP inclui diversos recursos que geralmente não são
encontrados em outros protocolos de roteamento como o RIP (RIPv1 e RIPv2) e OSPF.
Estes recursos incluem:

• O Protocolo confiável de transporte (RTP, Reliable Transport Protocol).


• Mecanismo FSM (Finite State Machine)
• Módulos PDM e suporte a múltiplos protocolos roteados.
• Atualizações associadas e incrementais.
• Algorítmo de atualização por difusão (DUAL, Diffuding Update Algorithm)
• Tabelas de vizinho e topologia mais dinâmicas

Embora o EIGRP possa atuar como um protocolo de roteamento link-state, ele ainda é
um protocolo de roteamento do vetor de distância.

O termo protocolo de roteamento híbrido é às vezes utilizado para definir o EIGRP.

Porém, este termo é impreciso porque o EIGRP não é um híbrido entre os protocolos
de roteamento de vetor de distância e link-state – ele é somente um protocolo de
roteamento do vetor de distância. Portanto, a Cisco já não está utilizando este termo
para referir-se ao EIGRP.

O exclusivo protocolo RTP do EIGRP fornece uma entrega confiável e não confiável de
pacotes EIGRP. Além disso, o EIGRP estabelece relações com roteadores diretamente
conectados. São utilizadas relações de vizinhança para monitorar o status destes
vizinhos. O RTP e o monitoramento de adjacências de vizinhos atuam na definição das

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etapas do trabalho do EIGRP, e auxiliam o Algoritmo de atualização por difusão (DUAL)


a compor a tabela de roteamento final.

Na condição de mecanismo computacional principal do EIGRP, o algorítmo DUAL


permanece no centro do protocolo de roteamento, garantindo caminhos sem loop e
caminhos de backup ao longo do domínio de roteamento.

O EIGRP pode funcionar como classful ou classless. É possível desabilitar a sumarização


automática e sumarizar manualmente as redes para reduzir o tamanho das tabelas de
roteamento.

Métrica EIGRP

A métrica do EIGRP é composta por diversos valores. O EIGRP utiliza os valores


seguintes em sua métrica para calcular o caminho preferido para uma rede:

 Largura de banda
 Atraso
 Confiabilidade
 Carga
 MTU
Por padrão, somente a largura de banda e atraso são utilizados para calcular a métrica.
Os outros itens precisam ser configurados, caso necessário. E apenas devemos fazer
isso sob plena certeza para evitar inconsistências na rede.

Uma tabela de topologia é mantida separada da tabela de roteamento. E seu objetivo


é armazenar informações sobre todas as redes da topologia, tal qual um mapa pronto
para ser utilizado. Ali estão as rotas de backup, validadas e mantidas pelo DUAL como
rotas sem loop. Tais rotas são referidas como FEASIBLE SUCESSORS e quando
necessário são movidas para a tabela de roteamento e passam então a ser o caminho
principal para um determinada rede.

O EIGRP não envia atualizações periódicas e as entradas de rota não expiram. Em vez
disso, o EIGRP utiliza um protocolo Hello para monitorar o status de conexão com seus
vizinhos. Somente alterações nas informações de roteamento, tais como um novo link

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ou um link tornando-se indisponível, fazem uma atualização de roteamento ocorrer. As


atualizações de roteamento EIGRP são vetores de distâncias transmitidas a vizinhos
diretamente conectados.

Antes dos pacotes EIGRP poderem ser trocados entre os roteadores, o EIGRP deve
primeiro detectar seus vizinhos. Os vizinhos são outros roteadores que executam o
EIGRP em redes compartilhadas diretamente conectadas.

Os roteadores EIGRP detectam vizinhos e estabelecem adjacências com roteadores


vizinhos utilizando o pacote Hello. Na maioria das redes, os pacotes Hello do EIGRP são
enviados a cada 5 segundos. Em redes ponto-multiponto (NBMA, nonbroadcast
multiaccess networks ) como X.25, Frame Relay e interfaces ATM com links de acesso
de T1 (1.544 Mbps) ou mais lentas, os Hellos são unicast a cada 60 segundos. Um
roteador EIGRP assume que, contanto que esteja recebendo pacotes Hello de um
vizinho, o vizinho e suas rotas permanecerão viáveis.

O protocolo hello utiliza um endereço de multicast associado ao EIGRP que é o


224.0.0.10.

O tempo de espera revela ao roteador o tempo máximo que ele deve esperar para
receber o próximo Hello antes de declarar o vizinho como inalcançável. Por padrão, o
tempo de espera é de três vezes o intervalo Hello ou 15 segundos na maioria das redes
e de 180 segundos em redes NBMA de baixa velocidade. Se o tempo de espera expirar,
o EIGRP declarará a rota como inativa e o DUAL procurará um novo caminho enviando
consultas.

Sobre as atualizações...

O EIGRP utiliza o termo parcial ou associada ao referir-se a seus pacotes de


atualização.

Diferentemente do RIP, o EIGRP não envia atualizações periódicas. Ao contrário, o


EIGRP envia suas atualizações somente quando a métrica para uma rota muda.

CCNA Trainning Education Services Page 237


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O termo parcial significa que a atualização somente inclui informações sobre as


alterações de rota. O EIGRP envia estas atualizações adicionais quando o estado de um
destino muda, em vez de enviar os conteúdos inteiros da tabela de roteamento.

O termo associado refere-se à propagação de atualizações parciais enviadas somente a


esses roteadores que são afetados pela alteração. A atualização parcial é “associada”
automaticamente de forma que somente esses roteadores que precisam das
informações sejam atualizados.

Por enviar somente as informações de roteamento que são necessárias e somente


para esses roteadores que precisam delas, o EIGRP minimiza a largura de banda
exigida para enviar pacotes EIGRP.

O processo de decisão para todas as computações de rota é feito pela Máquina de


estado finito DUAL. Em termos gerais, uma máquina de estado finito (FSM, Finite State
Machine) é um modelo de máquina virtual composto de um número finito de estados,
transições entre eles e eventos ou ações que criam as transições.

O FSM DUAL monitora todas as rotas, utiliza sua métrica para escolher caminhos
eficientes, sem loop e seleciona as rotas com o caminho de menor custo para inserir na
tabela de roteamento.

Com o objetivo de evitar sobrecargas de processamento, o DUAL mantém as rotas de


backup armazenadas na tabela de topologia (Feasible Sucessors). Se a rota primária
(Sucessor Route) na tabela de roteamento falhar, a melhor rota de backup será
adicionada imediatamente à tabela de roteamento.

O EIGRP possui uma distância administrativa padrão de 90 para rotas internas e 170
para rotas externas, como as rotas padrão. Quando comparado a outros protocolos
IGP, o EIGRP é o preferido pelo IOS Cisco porque tem a distância administrativa mais
baixa. Existe ainda um terceiro valor de AD para rotas sumarizadas no EIGRP que é 5.

CCNA Trainning Education Services Page 238


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Módulos PDM (Protocol-Dependent Modules)

O EIGRP possui a capacidade de rotear vários protocolos diferentes inclusive IP, IPX e
AppleTalk utilizando o recurso (PDM, Protocol-Dependent Modules). Os PDMs são
responsáveis pelas tarefas de roteamento específicas para cada protocolo de camada
de rede. As funções dos protocolos são arquivos compactados que são abertos na
memória do roteador quando acionados.

Autenticação

Assim como outros protocolos de roteamento EIGRP também pode ser configurado
para autenticação. Criptografar e autenticar suas informações de roteamento é uma
prática recomendada atualmente para as trocas de informações entre roteadores por
questão de segurança das tabelas de roteamento. Esta prática assegura que os
roteadores somente aceitem informações de roteamento de outros que foram
configurados com a mesma senha ou informações de autenticação.

O processo em si, consiste realmente de configurar previamente um id e senha em


ambos os roteadores que trocarão informações, sendo que as senhas precisam ser
iguais em ambos.

Um detalhe importante, é que a autenticação não criptografa a tabela de roteamento


mas apenas as trocas de senhas entre os roteadores.

Embora as configurações de autenticação não sejam um foco na certificação CCNA,


saber quais protocolos possuem esta funcionalidade é importante e o EIGRP está entre
eles.

CONFIGURAÇÕES DO EIGRP

O processo de configuração do EIGRP é bastante facilitado. Ele permite ser configurado


de forma simplificada, semelhante ao RIP quando informamos apenas os prefixos de
classes das redes, dessa forma:

CCNA Trainning Education Services Page 239


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Nesta configuração apenas foi necessário informar o prefixo de classe da rede. Isto
funciona pelo fato que de o EIGRP “enxerga” e transporta a máscara de rede existente
em cada interface ativa. Desta forma, as distinções entre as sub-redes podem ser
observadas por ele.

O número 280 que colocamos no início corresponde ao sistema autônomo em que


esta rede se encontra. Tal valor pode ser obtido junto ao contrato de serviços
fornecido pela operadora de telecom que disponibiliza o link.

O comando no auto-summary no final desabilita o processo de sumarização


automática que o protocolo possui. Caso isto não fosse feito, as atualizações
encaminhadas poderiam estar limitadas ao prefixo da classe também.

Veja agora a outra forma de configuração do EIGRP, semelhante ao procedimento


realizado com o OSPF.

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Neste caso, cada uma das redes existentes é declarada no protocolo e fazemos uso da
máscara curinga, que corresponde uma máscara onde o espaço dos hosts está
preenchido com “1” binário e o espaço de roteamento (redes e sub redes) com “0”
binário. Neste modelo não é necessário desabilitar a sumarização automática.

Um comando show running-config mostra o EIGRP configurado das 2 formas no


roteador:

R_Central(config)#show running-config

*Um destaque apenas para a


parte da saída do comando
que corresponde a
configuração do protocolo
EIGRP*

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COMANDOS DE VERIFICAÇÃO

Após completar a configuração do EIGRP, existem alguns comandos para verificação de


funcionamento, muito úteis inclusive como ferramentas para identificação e solução
de problemas.

Utilize o comando show ip eigrp neighbors para exibir a tabela de vizinhança e


verificar se o EIGRP estabeleceu uma adjacência com seus vizinhos. Para cada
roteador, você deve poder ver o endereço IP do roteador adjacente e a interface que
este roteador utiliza para alcançar o vizinho de EIGRP.

A saída do comando show ip eigrp neighbor inclui:

• Coluna H - Lista os vizinhos na ordem em que eles foram reconhecidos.


• Address - O endereço IP do vizinho.
• Interface - A interface local na qual este pacote Hello foi recebido.
• Hold - O tempo de espera atual. Sempre que um pacote Hello é recebido, este
valor é redefinido para o tempo de espera máximo para aquela interface e
então faz contagem regressiva até zero. Se o zero for alcançado, o vizinho será
considerado "inativo."
• Uptime - Quantidade de tempo desde que este vizinho foi adicionado à tabela.

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• SRTT (Smooth Round Trip Timer, Temporizador de ida e volta suave) e RTO
(Retransmit Interval, Intervalo de retransmissão) - Utilizado pelo RTP para
gerenciar pacotes de EIGRP confiáveis. O SRTT e RTO são discutidos mais a
fundo nos cursos CCNP.
• Q Cnt (Contagem de fila) - Sempre deve ser zero. Se for mais que zero, isso
significará que os pacotes de EIGRP estão esperando para serem enviados. A
contagem de fila é discutida mais a fundo nos cursos CCNP.
• Seq Num (Número de seqüência) - Utilizado para monitorar atualizações,
consultas e pacotes de resposta. Os números de seqüência são discutidos mais
a fundo nos cursos CCNP.
Utilize o comando show ip protocols para obter diversas informações a respeito dos
protocolos em operação, inclusive o EIGRP. Observe uma saída deste comando:

Na saída deste comando, podemos observar diversas informações:

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 Sistema autônomo sob o qual o EIGRP está configurado


 Variáveis K, relacionadas às métricas do EIGRP
 Contagem máxima de saltos aceita pelo protocolo
 Status da sumarização automática do protocolo
 Redes roteadas, interfaces de comunicação
 Gateways
 Distância administrativa

OSPF – OPEN SHORTEST PATH FIRST

Antes de tratar especificamente do OSPF, vamos a algumas informações sobre o


funcionamento dos protocolos do tipo link state, grupo no qual o OSPF está inserido.

1. Cada roteador obtém informações sobre seus próprios links e suas próprias redes
diretamente conectadas. Isso é obtido pela detecção de uma interface no estado up
(ativo).

2. Cada roteador é responsável por encontrar seus vizinhos em redes diretamente


conectadas. Semelhantes ao EIGRP, roteadores link-state fazem isso trocando pacotes
Hello com outros roteadores link-state em redes diretamente conectadas

3. Cada roteador cria um pacote link-state (LSP) que contém o estado de cada link
diretamente conectado. Isso é feito com o registro de todas as informações
pertinentes sobre cada vizinho, inclusive a ID do vizinho, o tipo de link e a largura de
banda.

4. Cada roteador inunda o LSP para todos os vizinhos, que armazenam todos os LSPs
recebidos em um banco de dados. Esses vizinhos, por sua vez, inundam os LSPs para
todos os seus vizinhos até que todos os roteadores na área tenham recebido os LSPs.
Cada roteador armazena uma cópia de cada LSP recebido de seus vizinhos em um
banco de dados local.

5. Cada roteador usa o banco de dados para criar um mapa completo da topologia e
computa o melhor caminho para cada rede de destino. Como se tivesse um mapa de

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estrada, o roteador tem agora um mapa completo de todos os destinos na topologia e


as rotas para alcançá-los. O algoritmo SPF é usado para criar o mapa da topologia e
determinar o melhor caminho para cada rede.

Com protocolos de roteamento link-state, um link é uma interface em um roteador.

A interface deve ser corretamente configurada com um endereço IP e uma máscara de


sub-rede, e o link deve estar no estado up antes de o protocolo de roteamento link-
state obter informações sobre um link. Também como protocolos de vetor de
distância, a interface deve ser incluída em um dos comandos network antes de poder
participar do processo de roteamento link-state.

Informações sobre o estado desses links são conhecidas como link-states. Essas
informações incluem:

 O endereço IP da interface e a máscara de sub-rede.


 O tipo de rede, como Ethernet (difusão) ou link serial ponto a ponto.
 O custo do link.
 Qualquer roteador vizinho nesse link.
O segundo passo no processo de roteamento link-state é:

Cada roteador é responsável por encontrar seus vizinhos em redes diretamente


conectadas. Roteadores usam um protocolo Hello para detectar todos os vizinhos em
seus links. Um vizinho é qualquer outro roteador habilitado com o mesmo protocolo
de roteamento link-state.

Da mesma maneira que acontece com os pacotes Hello do EIGRP, quando dois
roteadores linkstate descobrem que são vizinhos, eles formam uma adjacência. Esses
pequenos pacotes Hello continuam sendo trocados entre dois vizinhos adjacentes, o
que funciona como uma função de manutenção de atividade (keepalive) para
monitorar o estado do vizinho. Se um roteador deixa de receber pacotes Hello de um
vizinho, esse vizinho é considerado inalcançável e a adjacência é interrompida.

No terceiro passo do roteamento link state temos o seguinte:

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Cada roteador cria um pacote link-state que contém o estado de cada link diretamente
conectado.

Uma vez que um roteador estabelece suas adjacências, ele pode criar seus pacotes
link-state que contêm as informações link-state sobre seus links. Uma versão
simplificada dos LSPs de R1 é seria:

1. R1; GigabitEthernet network 192.168.1.0/24; Cost 4

2. R1 -> R2; Serial point-to-point network; 200.1.1.0/30; Cost 20

3. R1 -> R3; Serial point-to-point network; 200.2.2.0/30; Cost 5

4. R1 -> R4; Serial point-to-point network; 200.3.3.0/30; Cost 20

Esses pacotes possuem uma série de detalhes não relevantes ao CCNA, porém o
conhecimento de sua existência é importante para servir de base a outros
conhecimentos importantes no nosso contexto.

O quarto passo do processo é:

Roteadores realizam o processo de inundação de LSPs.

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Cada roteador inunda suas informações link-state em todos os outros roteadores link-
state na área de roteamento. Sempre que um roteador recebe um LSP de um vizinho,
ele imediatamente envia o LSP para todas as outras interfaces, exceto a interface que
recebeu o LSP. Esse processo cria um efeito de inundação de LSPs de todos os
roteadores ao longo da área de roteamento.

Os LSPs são inundados quase imediatamente após serem recebidos, sem qualquer
cálculo intermediário. Ao contrário de protocolos de roteamento do vetor de distância
que devem executar o algoritmo Bellman-Ford para processar atualizações de
roteamento antes de enviá-las a outros roteadores, os protocolos de roteamento link-
state calculam o algoritmo SPF depois de a inundação ser concluída. Como resultado,
os protocolos de roteamento link-state alcançam convergência muito mais
rapidamente que protocolos de roteamento do vetor de distância.

Os LSPs não precisam ser enviados periodicamente. Um LSP só precisa ser enviado
durante a primeira inicialização do roteador ou do processo de protocolo de
roteamento nesse roteador; ou ainda, sempre que houver uma mudança na topologia,
incluindo um link para cima ou para baixo, ou uma adjacência de vizinho que estiver
sendo estabelecida ou quebrada.

Além das informações link-state, outras informações são incluídas no LSP - como
números de seqüência e informações de idade - para ajudar a gerenciar o processo de
inundação. Essas informações são usadas por cada roteador para determinar se ele já
recebeu o LSP de outro roteador ou se o LSP tem informações mais novas que as
existentes no banco de dados link state. Esse processo permite que um roteador
mantenha apenas as informações mais atuais em seu banco de dados.

O último passo no processo de roteamento link-state é:

Cada roteador usa o banco de dados para criar um mapa completo da topologia e
computa o melhor caminho para cada rede de destino.

Depois que cada roteador propaga seus próprios LSPs usando o processo de inundação
link state, cada um tem ao menos um LSP recebido de todos os roteadores na área de
roteamento. Esses LSPs são armazenados no banco de dados . Agora, cada roteador na

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área de roteamento pode usar o algoritmo SPF para criar as árvores SPF que você viu
anteriormente. O mapa da rede consiste da tabela de topologia e os melhores
caminhos calculados pelo algorítmo formam a conhecida tabela de roteamento.

RESUMO DE Características E VANTAGENS DO Link State COMPARADO


A VETORES DE DISTÂNCIA.

Constroem um mapa topológico

Protocolos de roteamento link-state criam um mapa topológico ou uma árvore SPF da


topologia de rede. Roteadores que implementam um protocolo de roteamento do
vetor de distância têm apenas uma lista de redes que inclui o custo (distância) e
roteadores do próximo salto (direção) para essas redes. Como protocolos de
roteamento link-state trocam estados de link, o algoritmo SPF pode criar uma árvore
SPF da rede. Usando a árvore SPF, cada roteador pode determinar de maneira
independente o caminho mais curto para cada rede

Convergência rápida

Ao receberem um pacote link-state, protocolos de roteamento link-state


imediatamente inundam o LSP em todas as interfaces com exceção da interface da
qual o LSP foi recebido. Um roteador que usa um protocolo de roteamento do vetor de
distância precisa processar cada atualização de roteamento e atualizar sua tabela de
roteamento antes de inundá-las em outras interfaces, até mesmo com atualizações
disparadas. Uma convergência mais rápida é alcançada com protocolos de roteamento
link-state. Uma exceção notável é o EIGRP.

Atualizações baseadas em eventos

Depois da inundação inicial dos LSPs, os protocolos de roteamento link-state só enviam


um LSP quando há uma mudança na topologia. O LSP contém apenas as informações
relativas ao link afetado. Ao contrário de alguns protocolos de roteamento do vetor de
distância, os protocolos de roteamento link-state não enviam atualizações periódicas.

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Design hierárquico

Protocolos de roteamento link-state como o OSPF e o IS-IS usam o conceito de áreas.


Áreas múltiplas criam um design hierárquico para redes, possibilitando melhor
agregação de rota (sumarização) e o isolamento de problemas de roteamento dentro
de uma área. OSPF e IS-IS de áreas múltiplas são discutidos em detalhesmais adiante
no CCNP.

CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO OSPF:

Estabelecimento da vizinhança

Antes de um roteador OSPF poder enviar seus link-states a outros roteadores, ele
deverá determinar se existem outros vizinhos OSPF em algum de seus links. Na figura,
os roteadores OSPF estão enviando pacotes Hello em todas as interfaces habilitadas
por OSPF para determinar se existem vizinhos nesses links. As informações no OSPF
Hello incluem a ID do roteador OSPF que envia o pacote Hello (a ID do roteador é
discutida posteriormente no capítulo). Receber um pacote Hello de OSPF em uma
interface confirma para um roteador que há outro roteador OSPF neste link. O OSPF
estabelece então uma adjacência com o vizinho.

Intervalos de Hello e de Dead de OSPF

Antes de dois roteadores poderem formar uma adjacência de vizinho OSPF, eles
deverão concordar em três valores: Intervalo de hello, intervalo de dead e tipo de
rede. O intervalo de Hello de OSPF indica com que freqüência o roteador OSPF
transmite seus pacotes Hello. Por padrão, os pacotes Hello de OSPF são enviados a
cada 10 segundos em segmentos multiacesso e ponto-a-ponto e a cada 30 segundos
em segmentos de rede ponto-a-multiponto (NBMA)(Frame Relay, X.25, ATM).

Na maioria dos casos, os pacotes Hello de OSPF são enviados como multicast para um
endereço reservado para ALLSPFRouters em 224.0.0.5. Utilizar um endereço multicast
permite que um dispositivo ignore o pacote se sua interface não estiver habilitada para

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aceitar pacotes OSPF. Isto economiza o tempo de processamento da CPU em


dispositivos não-OSPF.

O intervalo de dead é o período, expresso em segundos, que o roteador esperará para


receber um pacote Hello antes de declarar o vizinho "inativo." A Cisco utiliza um
padrão de quatro vezes o intervalo de Hello. Para segmentos multiacesso e ponto-a-
ponto, este período é de 40 segundos. Para redes NBMA, o intervalo de Dead é de 120
segundos.

Se o intervalo de Dead expirar antes de os roteadores receberem um pacote Hello, o


OSPF removerá aquele vizinho de seu banco de dados link-state. O roteador envia as
informações link-state sobre o vizinho "inativo" para todas as interfaces OSPF
habilitadas.

REDES MULTIACESSO COM BROADCAST

Para reduzir a quantidade de tráfego OSPF nas redes multiacesso, o OSPF elege um
Roteador Designado (DR) e um Roteador Designado de Backup (BDR). O DR é
responsável por atualizar todos os outros roteadores OSPF (chamados de DROthers)
quando uma alteração ocorrer na rede multiacesso. O BDR monitora o DR e assume
como DR se o DR atual falhar.

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Como o DR e o BDR são eleitos? Os seguintes critérios são aplicados:

1. DR: Roteador com a mais alta prioridade de interface OSPF.

2. BDR: Roteador com a segunda mais alta prioridade de interface OSPF.

3. Se as prioridades de interface OSPF são iguais, a ID de roteador mais alta é utilizada


para desempatar.

As prioridades das interfaces, por padrão possuem o valor de 1. Esses valores podem
ser movidos entre 0 e 255. Um valor 0, força a interface a não participar da eleição.
Quanto maior o valor, mais preferência o roteador terá para ser eleito DR ou BDR na
rede à qual aquela interface esteja inserida.

O critério de desempate, que seria o id do roteador, consiste num endereço ip obtido a


partir dos seguintes critérios:

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I. Maior ip de interface lógica


II. Maior ip de interface física
OS DROthers só formam adjacências FULL com o DR e BDR, mas ainda formarão uma
adjacência de vizinho com qualquer DROther que se unir à rede. Isto significa que
todos os roteadores DROther na rede multiacesso ainda recebem pacotes Hello de
todos os outros roteadores DROther. Deste modo, eles estão cientes de todos os
roteadores na rede. Quando dois roteadores DROther formarem uma adjacência de
vizinho, o estado de vizinho é exibido como 2WAY. Os diferentes estados de vizinho
são discutidos no CCNP.

A eleição do DR/BDR

O processo de eleição DR e BDR acontece assim que o primeiro roteador com uma
interface habilitada de OSPF está ativo na rede multiacesso. Isto pode acontecer
quando os roteadores forem ligados ou quando o comando network do OSPF para
aquela interface for configurado. O processo de eleição só leva alguns segundos. Se
todos os roteadores na rede multiacesso não terminarem de inicializar, é possível que
um roteador com uma ID de roteador inferior torne-se o DR. Este poderia ser um
roteador lower-end que levou menos tempo para inicializar.

Quando o DR é eleito, ele permanece como DR até que uma das condições seguintes
ocorra:

 O DR falha.
 O processo OSPF no DR falha.

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 A interface multiacesso no DR falha.

• Os DROthers só formam adjacências


completas com o DR e BDR na rede e
enviam seus LSAs ao DR e o BDR
usando o endereço multicast 224.0.0.6
(IPv6 FF02::06)

OSPF MULTIÁREA

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Em redes muito amplas, o OSPF enfrenta problemas relacionados ao envio das


atualizações em massa:

• Cálculos frequentes do algoritmo SPF - em uma rede de grande porte, as


alterações serão inevitáveis, para isso os roteadores usam vários ciclos de
CPU para recalcular o algoritmo SPF e atualizar a tabela de roteamento.
• Tabela de roteamento de grande porte - o OSPF não executa o resumo de
rotas por padrão. Se as rotas não são resumidas, a tabela de roteamento
pode se tornar muito grande, dependendo do tamanho da rede.
• Banco de dados de estado do link (LSDB) de grande porte - porque o LSDB
cobre a topologia de toda a rede, cada roteador deverá manter uma entrada
para cada rede na área, mesmo que nem todas as rotas sejam selecionadas
para a tabela de roteamento.
Para fazer o OSPF mais eficiente e escalonável, a rede pode ser dividida em várias
áreas OSPF. Uma área OSPF é um grupo de roteadores que compartilham as mesmas
informações de estado do link em seus bancos de dados de estado do link.

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As vantagens da divisão do OSPF em áreas ficam bem claras no escopo do projeto,


observe:

• Frequência reduzida de cálculos SPF: informações detalhadas sobre rotas


existentes em cada área, alterações de estado do link não inundadas para
outras áreas.
• Tabelas de roteamento menores: em vez de anunciar essas rotas explícitas
fora da área, os roteadores podem ser configurados para resumir as rotas
em um ou mais endereços resumidos.
• Redução de sobrecarga da LSU: em vez de enviar uma LSU sobre cada rede
em uma área, um roteador pode anunciar uma única rota resumida ou
número pequeno de rotas entre áreas.

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O OSPF Multiárea precisa de um projeto de rede


hierárquico e a área principal é chamada a área
de backbone (área 0) e todas as áreas restantes
devem conectar-se à área de backbone.

Aqui temos uma implementação OSPF Multiárea com 3 áreas, área 1, área 0 e área 51.
O resultado são tabelas de roteamento e menos LSAs. O SPF é executado somente
dentro de uma área se houver uma alteração na rede.

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O OSPF Multiárea é implementado em uma hierarquia de área de duas


camadas:

Área de backbone (tráfego) - a rede hierárquica define a área de


backbone ou a área 0 como o núcleo ao qual todas as outras áreas conectam
diretamente. Áreas de backbone interconectam com outros tipos de área OSPF.
A função principal de uma área de backbone OSPF é o movimento rápido e
eficiente de pacotes IP. Em geral, os usuários finais não são encontrados dentro
de uma área de backbone.

Área regular (não backbone) - conecta usuários e recursos. As áreas


regulares são geralmente configuradas juntamente a agrupamentos funcionais
ou geográficos. Por padrão, uma área regular não permite que o tráfego de
outra área use seus links para acessar outras áreas. Todo o tráfego de outras
áreas atravessa a área 0.

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TIPOS DE ROTEADORES OSPF NO MULTIÁREA:

Há quatro tipos diferentes de roteadores OSPF:

• Roteador interno – esse é um roteador com todas as interfaces na mesma


área. Todos os roteadores internos em uma área possuem LSDBs idênticos.
• Roteadores de backbone – esse é um roteador na área de backbone.
Geralmente, a área de backbone é definida como área 0.
• Roteador de borda de área (ABR) – esse é um roteador com as interfaces
conectadas a várias áreas. Mantenha LSDBs separados para cada área a que o
roteador estiver conectado e pode rotear entre as áreas. Os ABRs são pontos
de saída para a área, o que significa que as informações de roteamento
destinadas para outra área podem chegar lá apenas por meio do ABR na
área local. Os ABRs podem ser configurados para resumir as
informações de roteamento dos LSDBs das suas áreas conectadas.
Os ABRs distribuem as informações de roteamento no backbone. Os
roteadores de backbone, em seguida, enviam informações a outros
ABRs. Em uma rede de multiárea, uma área pode ter um ou mais ABRs.

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• Roteador de limite de sistema autônomo (ASBR) – este é um roteador


que tem pelo menos uma interface conectada a uma ligação entre redes
externa (outro sistema autônomo), como uma rede não OSPF. Um ASBR pode
importar as informações da rede não OSPF para a rede OSPF e vice-versa,
usando um processo chamado redistribuição de rota.
• A redistribuição no OSPF multiárea ocorre quando um ASBR conecta diferentes
domínios de roteamento (por exemplo, EIGRP e OSPF) e os configura para
anunciar e trocar informações de roteamento entre estes domínios de
roteamento.
• Um roteador pode ser classificado como mais de um tipo de roteador. Por
exemplo, se um roteador se conecta a área 0 e à área 1, ele é classificado de
duas formas diferentes: um roteador de backbone e um ABR.

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CONFIGURAÇÕES DO OSPF
Multiárea (OSPF v2)

Neste exemplo:

• O R1 é um ABR porque tem 2 interfaces na área 1 e uma interface na área 0.


• O R2 é um roteador interno de backbone porque todas as suas interfaces estão
na área 0.
• O R3 é um ABR porque tem interfaces na área 2 e uma interface na área 0.
Não há nenhum comando especial necessário para executar essa rede OSPF multiárea.
Um roteador torna-se simplesmente um ABR quando tem duas instruções de rede em
diferentes áreas.

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• O R1 está atribuído ao roteador com a ID 1.1.1.1. Este exemplo ativa o OSPF nas
duas interfaces LAN na área 1. A interface serial é configurada como parte da
área 0 do OSPF. Porque o R1 possui interfaces conectadas a duas áreas, é um
ABR.
• Observação: A configuração de máscara das redes, corresponde à máscara
curinga, semelhante ao visto no EIGRP. Basta invertes os binários da máscara
normal. Ou ainda, considerar que a somatória da máscara normal com a
curinga nos traria um valor de 255.255.255.255 em decimal.

Observe no próximo modelo de configuração, como é feita a configuração do OSPFv3


Multiárea.

O OSPFv3 é a versão do protocolo destinada a rotear os pacotes IPV6.

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Como o OSPFv2, executar a topologia de OSPFv3 multiárea é simples. Não há


nenhum comando especial necessário. Um roteador torna-se simplesmente um
ABR quando tem duas interfaces em diferentes áreas.

• O R1 está atribuído ao roteador com a ID 1.1.1.1. O exemplo também


habilita o OSPF na interface de LAN na área 1 e a interface serial na
área 0. Porque o R1 possui interfaces conectadas a duas áreas, se
torna um ABR.

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Resumos de rotas OSPF

• Grandes redes OSPF – grande número de LSAs enviados


• Todos os roteadores OSPF afetados têm que recalcular o LSDB e a árvore
SPF
• Resumo da rota de inter-áreas: configurado em ABRs e se aplica às rotas de
cada área
• Resumo rota externa: rotas externas que são inseridas no OSPF através da
redistribuição de rota - configurada em ASBR apenas
• Os intervalos de endereço que estão sendo resumidos devem ser contíguos

O resumo ajuda a manter as tabelas de roteamento pequenas. Isso envolve a


consolidação de várias rotas em um único anúncio, que pode então ser propagado na
área de backbone.

• Normalmente, LSAs do tipo 1 e tipo 2 são gerados em cada área, convertido


para o tipo 3 de LSA e enviado para outras áreas. Se a área 1 tinha 30 redes
para anunciar, então 30 LSAs tipo 3 seriam encaminhados para o backbone.
Com o resumo de rotas, o ABR consolida as 30 redes em um ou dois anúncios.

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RESUMO DA ROTA OSPF

 O R1 encaminha um LSA de resumo para o roteador C1 do núcleo.


 C1 por sua vez, encaminha o LSA de resumo para R2 e R3.
 R2 e R3 encaminham o LSA aos respectivos roteadores internos.

Na figura, R1 consolida todos os anúncios de rede em um LSA de resumo. Em vez


de enviar LSAs individuais para cada rota na área 1, o R1 encaminha um LSA de
resumo para o roteador C1 do núcleo. C1 por sua vez, encaminha o LSA de resumo
para R2 e R3. R2 e R3 encaminham o LSA aos respectivos roteadores internos.

O resumo também ajuda a aumentar a estabilidade da rede, porque reduz as


inundações de LSA desnecessárias. Isso afeta diretamente a quantidade de largura
de banda, CPU, e recursos de memória consumidos pelo processo de roteamento
do OSPF. Sem o resumo de rotas, cada link LSA específico é propagado no
backbone do OSPF e além, causando tráfego de rede desnecessário e sobrecarga
do roteador.

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Calculando um resumo de rota

Resuma 10.1.1.0/24 e 10.1.2.0/24

A figura demonstra que resumir redes em um único endereço e máscara pode ser feito
em três etapas:

• Etapa 1. Liste as redes em formato binário. No exemplo as duas redes


10.1.1.0/24 e 10.1.2.0/24 da área 1 são listadas em formato binário.
• Etapa 2. Conte o número de bits correspondentes da extrema esquerda para
determinar a máscara para a rota resumida. Como destacado, os primeiros 22
bits da extrema esquerda correspondem. Isso leva ao prefixo /22 ou à
máscara de sub-rede 255.255.252.0.
• Etapa 3. Copie os bits correspondentes e adicione os bits zero para determinar
o endereço da rede resumida. Neste exemplo, os bits correspondentes à zero
no resultado final em um endereço de rede de 10.1.0.0/22. Este endereço
resumido faz o resumo de quatro redes: 10.1.0.0/24, 10.1.1.0/24, 10.1.2.0/24,
e 10.1.3.0/24.
• No exemplo, o endereço resumido combina quatro redes, embora apenas duas
redes existam.

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Configurando o resumo de rotas inter-áreas

A configuração resume as duas rotas da área 1 interna, 10.1.0.0/24 para


10.1.3.0/24, em uma rota resumida de inter-área OSPF em R1. A rota resumida
10.1.0.0/22 na verdade resume quatro endereços de rede.
Examine a tabela de roteamento IPv4 do R1. Observe como uma nova entrada foi
exibida com uma interface de saída Null0 . O CISCO IOS cria automaticamente
uma rota de resumo falsa para a interface Null0 quando o resumo manual é

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configurado para evitar loops de roteamento. Um pacote enviado para uma


interface nula é descartado.
Por exemplo, suponha que R1 recebeu um pacote destinado a 10.1.0.10. Embora
combine com a rota resumida do R1, o R1 não tem uma rota válida na área 1.
Portanto, R1 faria referência à tabela de roteamento para a próxima
correspondência mais longa, que seria a entrada Null0. O pacote seria
encaminhado para a interface Null0 e descartado. Isso evita que o roteador
encaminhe o pacote para uma rota padrão e possivelmente crie um loop de
roteamento.
Examine a tabela de roteamento R3 atualizada. Observe como agora há apenas
uma entrada de inter-área que vai para a rota resumida 10.1.0.0/22.

Abaixo, um resumo de redes, por VLSM para ser configurado no roteador.

Pense e responda – Por quê foram gerados 2 resumos das rotas à esquerda?

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Rota padrão no OSPF

• Dois métodos:

• default-information originate

• default-information originate always

• A palavra chave “always” permite que a rota padrão seja anunciada mesmo que
o roteador não tenha a rota padrão

• Valor de métrica opcional para indicar a preferência

Observe um exemplo desta configuração a seguir:

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COMANDOS PARA VERIFICAÇÃO DO OSPF:

• show ip ospf neighbor


• show IP OSPF Para OSPFv3
• show ip ospf interface simplesmente
• show ip protocols substitua ip por ipv6
• show ip ospf interface brief
• show ip route ospf
• show ip ospf database

Use o comando show ip protocols para verificar o status do OSPF. A saída do comando
revela que protocolos de roteamento estão configurados em um roteador. Também
inclui detalhes do protocolo de roteamento como a ID do roteador, o número de áreas
no roteador, e as redes incluídas na configuração do protocolo de roteamento.

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• A figura exibe as configurações OSPF do R1. Observe que o comando mostra


que há duas áreas. A seção Roteamento para redes identifica as redes e suas
áreas respectivas.
Use o comando show ip ospf interface brief para exibir para exibir
informações resumidas relacionadas a interfaces OSPF ativadas. Este
comando revela informações úteis, como a ID de processo OSPF a qual a
interface está atribuída, a área nas quais as interfaces estão e o custo da
interface.

• O comando mais comum usado para verificar uma configuração OSPF multiárea
é o comando show ip route . Adicionar o parâmetro ospf para exibir somente
exibir informações relacionadas ao OSPF.
• Esta figura exibe a tabela de roteamento do R1. Observe como as entradas O
IA na tabela de roteamento identificam as redes reconhecidas de outras
áreas. Especificamente, O representa rotas de “intra-área” OSPF,
e IA representa a inter-área, que significa que a rota foi originada em outra
área. A entrada [110/1295] na tabela de roteamento representa a distância
administrativa que é atribuída ao OSPF (110) e custo total das rotas (custo
de 1295).

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Verificação do banco de dados LSDB em R1

Saída do comando OSPF show ip ospf database. Muito útil para resolução de
problemas em redes OSPF.

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OSPF em Multiárea

RTB – RTD – 192.168.0.0/24 RTA – RTB – 10.1.1.0/30 RTC – RTE – 192.168.4.0/24

RTD Lo0 – 192.168.1.0/24 RTA – RTC – 10.1.1.4/30 RTE Lo0 – 192.168.5.0/24


Exercício prático para execução no Packet Tracer

RTB – RTC – 10.1.1.8/30

RTA Lo0 - Internet – 172.16.1.0/24


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CAPÍTULO 7 – HSRP

REDUNDÂNCIA DE ROTEAMENTO

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A redundância do gateway padrão

Cada cliente recebe apenas um gateway padrão. Não há como configurar um gateway
secundário, mesmo que exista uma segunda rota para transportar pacotes para fora
do segmento local.

Por exemplo, caminhos primários e secundários entre o equipamento da camada de


acesso e os switches da camada de distribuição fornecem acesso contínuo no caso de
uma falha de link entre essas duas camadas. Os caminhos principais e secundários
entre os switches da camada de distribuição e os switches da camada do núcleo
fornecem operação contínua se ocorrer alguma falha entre essas duas camadas.

Neste exemplo, o roteador A é responsável pelo roteamento de pacotes para a sub-


rede A, e o roteador B é responsável pelo roteamento de pacotes para a sub-rede B. Se
o roteador A se tornar indisponível, os protocolos de roteamento podem convergir e
determinar de maneira rápida e dinâmica que o roteador B irá transferir os pacotes. A
maioria das estações de trabalho, servidores e impressoras, no entanto, não recebe
essa informação de roteamento dinâmica.

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Dispositivos finais são geralmente configurados com um único endereço IP de gateway


padrão, que não será alterado quando a topologia da rede mudar. Se o roteador cujo
endereço IP é configurado como gateway padrão falhar, o dispositivo local é incapaz
de enviar pacotes fora o segmento de rede local, desconectando-se efetivamente do
resto da rede. Se existe um roteador redundante que possa servir como um gateway
padrão para esse segmento, não existe método dinâmico pelo qual esses dispositivos
possam determinar o endereço de um novo gateway padrão.

Ainda que o exemplo seja explicado nos roteadores, em redes modernas os roteadores
deveriam ser switches de camada 3. Esses são dispositivos de alto desempenho para o
roteamento, mas, em contraste com os roteadores, têm muitas interfaces.

Com o tipo de redundância do roteador exibida na figura, um conjunto de roteadores


funcionam em conjunto para criar a ilusão de um único roteador aos olhos dos hosts

CCNA Trainning Education Services Page 275


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na LAN. Ao compartilhar um endereço IP (camada 3) e um endereço MAC (camada 2),


dois ou mais roteadores podem atuar como um único roteador "virtual".

O endereço IP do roteador virtual é configurado como gateway padrão para as estações


de trabalho em um segmento IP específico. Quando os quadros são enviados da
estação de trabalho para o gateway padrão, a primeira usará o ARP para resolver o
endereço MAC que está associado ao endereço IP do gateway padrão. A resolução ARP
retorna o endereço MAC do roteador virtual. Os quadros enviados para o endereço
MAC do roteador virtual podem então ser fisicamente processados por qualquer ativo
ou roteador em standby que faça parte do grupo virtual do roteador.

Utiliza-se um protocolo para identificar dois ou mais roteadores como os dispositivos


responsáveis pelo processamento dos quadros enviados para o MAC ou para o
endereço IP de um único roteador virtual. Os dispositivos host enviam o tráfego para o
endereço do roteador virtual. O roteador físico que encaminha esse tráfego é
transparente para as estações finais.

O protocolo de redundância fornece o mecanismo para determinar qual roteador deve


assumir a função ativa de encaminhar o tráfego, além de determinar quando tal função
deve ser executada por um roteador em standby. A transição de um roteador de
transmissão para outro é transparente para os dispositivos finais.

Estas são as etapas que ocorrem quando um roteador ou um switch de camada 3 falha:

1. O roteador em standby para de visualizar mensagens hello do roteador de


encaminhamento.
2. O roteador em standby assume a função do roteador de encaminhamento.
3. Como o novo roteador de encaminhamento assume os endereços IP e de
MAC do roteador virtual, as estações terminais não observam nenhuma
interrupção de serviço.
A figura abaixo demonstra estas fases:

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Terminologia HSRP

HSRP define um grupo de roteadores em espera, com um roteador nomeado como


roteador ativo. HSRP fornece redundância de gateway ao compartilhar os endereços IP
e MAC entre gateways redundantes. O protocolo consiste em endereços virtuais MAC e
IP que são compartilhados entre dois roteadores de um mesmo grupo HSRP.

Terminologia HSRP

Roteador ativo: É o roteador que está encaminhando pacotes para o roteador virtual

Roteador em standby: É o roteador de backup principal

Grupo de espera: É o conjunto de roteadores participantes no HSRP que, juntos,


imitam um roteador virtual

A função de roteador em standby HSRP é monitorar o status operacional do grupo


HSRP e assumir rapidamente a responsabilidade de encaminhamento de pacotes se o
roteador ativo se tornar inoperante.
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HSRP é um protocolo propriedade da Cisco, e VRRP é um protocolo padrão. Além disso,


as diferenças entre HSRP e VRRP são muito pequenas.

• Roteador ativo:
• Responde às solicitações de gateway padrão ARP com o
endereço MAC do roteador virtual
• Apropria-se do encaminhamento de pacotes para o roteador
virtual
• Envia mensagens hello
• Conhece o endereço IP virtual do roteador
• Roteador em standby
• Ouve mensagens hello periódicas
• Apropria-se do encaminhamento de pacotes ativos se não
receber nenhuma mensagem do roteador ativo

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HSRP
Grupo 1
Prioridade de 110 Prioridade de 90
do roteador A do roteador B

RouterA(config)# interface GigabitEthernet0/0


RouterA(config-if)# ip address 10.1.10.2 255.255.255.0
RouterA(config-if)# standby 1 ip 10.1.10.1
RouterA(config-if)# standby 1 priority 110
RouterA(config-if)# standby 1 preempt

Após configurar o endereço IP na interface, use o comando standby group-number ip


ip-address para reconfigurar o HSRP.

Em HSRPv1, o número de grupo pode ser qualquer valor entre 0 e 255, mas deve ser o
mesmo em ambos os roteadores vizinhos. Em HSRPv2, o número de grupo pode ser
qualquer valor entre 0 e 4095.

O endereço IP é o endereço IP do roteador virtual para o grupo HSRP. Ele deve ser
idêntico em todos os roteadores de um mesmo grupo HSRP.

Cada grupo de espera tem seus próprios ativos e roteadores standby. Um engenheiro
de rede pode atribuir um valor de prioridade a cada roteador de um grupo de espera,
controlando, dessa forma, a ordem na qual os roteadores ativos do grupo serão
selecionados. O valor padrão é 100, mas pode ser de 0 a 255.

Durante o processo de seleção, o roteador com maior prioridade em um grupo HSRP se


torna o roteador ativo. Se um vínculo ocorrer, o roteador com o maior endereço IP
configurado se tornará ativo.

Se os roteadores não estão configurados com preempt, um roteador que se inicializar


de modo significativamente mais rápido do que os outros do grupo de espera, se
tornará o roteador ativo, independentemente da prioridade configurada. O antigo

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roteador ativo pode ser configurado para retomar a função de roteador de


encaminhamento ao assumir o lugar de um roteador com prioridade mais baixa.

Você pode usar o comando show standby brief para observar as configurações HSRP:

RouterA# show standby brief


P indicates configured to preempt.
|
Interface Grp Pri P State Active Standby Virtual IP
Gig0/0 1 110 P Active local 10.1.10.3 10.1.10.1

Rastreamento de interface HSRP

O rastreamento da interface permite que a prioridade de um roteador grupo de espera


seja ajustada automaticamente, tomando por base a disponibilidade das interfaces do
roteador. Quando uma interface rastreada estiver indisponível, o recurso de
rastreamento HSRP garante que um roteador com uma interface chave indisponível
abdique a função de roteador ativo.

O grupo HSRP rastreia as interfaces uplink. Se o uplink no switch correto falhar, o


roteador reduzirá automaticamente a prioridade dessa interface e enviará mensagens
hello com a prioridade reduzida.

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Suponha que, no exemplo da figura, o roteador à direita está configurado com uma
prioridade mais alta e, portanto, está controlando o tráfego para o núcleo. Assim que a
interface do roteador à direita falhar, o host não conseguirá acessar o núcleo da rede.
HSRP fará do roteador à esquerda o roteador ativo.

Balanceamento de Carga HSRP

Os roteadores podem fornecer simultaneamente o backup redundante e executar o


compartilhamento de cargas através de várias sub-redes.

Na figura, dois roteadores capacitados com HSRP participam de duas VLANs separadas.
Executar o HSRP nos troncos permite que os usuários configurem a redundância entre
vários roteadores.

Ao configurar o HSRP nos troncos, você pode eliminar as situações nas quais um único
ponto de falha causa interrupções no tráfego. Esse recurso fornece certas melhorias na
resiliência da rede em geral ao fornecer recursos de balanceamento de carga e
redundância entre sub-redes e VLANs.

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Balanceamento de carga

Ainda que HSRP e VRRP forneçam a resiliência do gateway, para os membros à espera
do grupo de redundância, a largura de banda de upstream não é usada enquanto o
dispositivo estiver em modo de espera.

Somente o roteador ativo em grupos HSRP e VRRP pode encaminhar o tráfego para o
endereço MAC virtual. Os recursos que estão associados ao roteador em standby não
são utilizados completamente. Você pode realizar certo balanceamento de carga com
esses protocolos, criando vários grupos e designando vários gateways padrão, mas tal
configuração criará sobrecarga administrativa.

GLBP é uma solução patenteada da Cisco para permitir a seleção automática e o uso
simultâneo de vários gateways disponíveis, além do failover automático entre eles.

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Vários roteadores compartilham a carga de quadros que, do ponto de vista do cliente,


serão enviados para um único endereço do gateway padrão.

Com o GLBP, você pode utilizar integralmente os recursos sem a carga administrativa
de configurar vários grupos e de gerenciar as configurações de vários gateways padrão.

Dessa forma, podemos resumir as questões relacionadas ao balanceamento de carga


da seguinte forma:

• Permite uso completo de recursos em todos os dispositivos sem a carga


administrativa de criar vários grupos
• Fornece um único endereço IP virtual e múltiplos endereços MAC virtuais
• Envia o tráfego para um único gateway, distribuído por entre os roteadores
• Fornece novo roteamento automático no caso de qualquer falha

Visualizando o balanceamento

R1#show glbp
FastEthernet0/0 - Group 1
State is Active
2 state changes, last state change 00:04:12
Virtual IP address is 192.168.2.100
<output omitted>
Active is local
Standby is 192.168.2.2, priority 100 (expires in
7,644 sec)
Priority 100 (default)
Weighting 100 (default 100), thresholds: lower 1,
upper 100
Load balancing: round-robin
Group members:
c000,0ce0,0000 (192.168.2.1) local
c001,0ce0,0000 (192.168.2.2)
<output omitted>

Para exibir informações do GLBP, use o comando show glbp no modo privilegiado.

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A saída, no exemplo, mostra que o endereço IP virtual do roteador é 192.168.2.100 e


que um roteador está no estado ativo e o outro está em estado de escuta. "Active”
indica que o roteador é responsável por responder a solicitações ARP para o endereço
IP virtual. “Listen” indica que o roteador está recebendo pacotes hello e que está
pronto para ser ativado se o roteador ativo falhar.

O comando show glbp, neste exemplo abaixo, exibe informações sobre o status do
GLBP grupo 1

R1#show glbp
<output omitted>
There are 2 forwarders (1 active)
Forwarder 1
State is Active
1 state change, last state change 00:04:02
MAC address is 0007.b400.0101 (default)
Owner ID is c000.0ce0.0000
Redirection enabled
Preemption enabled, min delay 30 sec
Active is local, weighting 100
Forwarder 2
State is Listen

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CAPÍTULO 8 – REDES WAN

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Assuntos relacionados a redes WAN

ACL´S – ACCESS CONTROL LISTS


As ACLs permitem controlar o tráfego dentro e fora da sua rede. Esse controle pode
ser tão simples quanto permitir ou negar hosts de rede ou endereços. No entanto, as
ACLs também podem ser configuradas para controlar o tráfego da rede com base na
porta TCP utilizada. Para compreender como uma ACL funciona com o TCP, permita-
nos observar o diálogo que ocorre durante uma conversa TCP quando você faz o
download de uma página da Web no seu computador.

Quando você solicita dados de um servidor Web, o IP cuida da comunicação entre o PC


e o servidor. O TCP cuida da comunicação entre o seu navegador (aplicativo) e o
software do servidor de rede. Quando você envia um email, observa uma página da
Web ou faz o download de um arquivo, o TCP é responsável por dividir os dados em
pacotes IP para que eles sejam enviados, além de montar os dados a partir dos pacotes
quando eles chegam. O processo TCP é muito semelhante a uma conversa na qual dois
nós em uma rede concordam em transmitir dados entre um e o outro.

O TCP fornece um serviço de fluxo de bytes confiável, orientado à conexão.

O termo orientado a conexão significa que os dois aplicativos que utilizam o TCP
devem estabelecer uma conexão TCP para que eles possam trocar dados. TCP é um
protocolo em full duplex, o que significa que cada conexão TCP dá suporte a um par de
fluxos de bytes, cada um com fluxo em uma direção. O TCP inclui um mecanismo de
controle de fluxo para cada fluxo de bytes que permite ao receptor limitar quantos
dados o remetente pode transmitir. O TCP também implementa um mecanismo de
controle de congestionamento.

O segmento de dados TCP também identifica a porta correspondente ao serviço


solicitado. Por exemplo, HTTP é a porta 80, SMTP é a porta 25 e FTP é a porta 20 e 21.
A figura mostra exemplos de portas UDP e TCP.

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Detalhe importante antes de seguir em frente:

Pesquise e escreva abaixo os números de portas solicitados e procure memorizar isto,


pois são as mais citadas no exame CCNA:

Aplicacação TCP UDP


HTTP
SMTP
DNS
SNMP
FTP
TFTP
TELNET
DHCP
SSH

A filtragem de pacote, às vezes chamada de filtragem de pacote estática, controla o


acesso a uma rede, analisando os pacotes de entrada e de saída e transmitindo ou
paralisando-os com base em critérios informados.

Um roteador funciona como um filtro de pacote ao encaminhar ou negar pacotes de


acordo com as regras de filtragem. Quando um pacote chega ao roteador de filtragem
de pacote, o roteador extrai determinadas informações do cabeçalho do pacote e
toma decisões de acordo com as regras do filtro quanto à possibilidade do pacote ser
transmitido ou descartado. A filtragem de pacote funciona na camada de rede do
modelo de referência OSI ou na camada de Internet do TCP/IP.

Por ser um dispositivo da Camada 3, um roteador de filtragem de pacote utiliza regras


para determinar se deve permitir ou negar tráfego com base nos endereços IP de
origem e de destino, na porta de origem e na porta de destino, além do protocolo do
pacote. Essas regras são definidas utilizando-se listas de controle de acesso ou ACLs.

Lembre-se de que uma ACL é uma lista sequencial de instruções de permissão ou


negação que se aplicam a endereços IP ou protocolos de camada superior. A ACL pode
extrair as seguintes informações do cabeçalho do pacote, testá-lo em relação às suas
regras e tomar decisões "permitir" ou "negar" com base em:

CCNA Trainning Education Services Page 287


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• Endereço IP de origem
• Endereço IP de destino
• Tipo de mensagem ICMP
A ACL também pode extrair informações de camada superior e testá-las em relação às
suas regras. Entre as informações da camada superior estão:

• Porta de origem TCP/UDP


• Porta de destino TCP/UDP
Para compreender o conceito de como um roteador utiliza a filtragem de pacote,
imagine que um segurança foi colocado diante de uma porta fechada. As instruções do
segurança são para permitir apenas as pessoas cujos nomes estão em uma lista para
passar pela porta. O segurança está filtrando as pessoas com base nos critérios da
presença de seus nomes na lista autorizada.

Por exemplo, você poderia dizer, "Só permita acesso à Web para usuários da rede A.
Negue acesso à Web para usuários da rede B, mas permita a eles todos os demais
acessos".

Para esse cenário, o filtro de pacote observa todos os pacotes da seguinte forma:

• Se o pacote for um TCP SYN da rede A que utiliza a porta 80, ele terá permissão
para passar. Todos os demais acessos são negados para esses usuários.
• Se o pacote for um TCP SYN da rede B que utiliza a porta 80, ele será
bloqueado. No entanto, todos os demais acessos são permitidos.
Este é apenas um simples exemplo. Você pode configurar várias regras para ainda
permitir ou negar serviços a usuários específicos. Você também pode filtrar pacotes no
nível de porta utilizando uma ACL estendida, abordada na sequência deste material.

ACL é um script de configuração que controla se um roteador permite ou nega a


passagem a pacotes com base nos critérios encontrados no cabeçalho de pacote. As
ACLs estão entre os objetos mais utilizados no software IOS Cisco. As ACLs também são
utilizadas para selecionar tipos de tráfego a ser analisado, encaminhado ou processado
de outras formas.

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Na medida em que cada pacote passa por uma interface com uma ACL associada, a
ACL é verificada de cima para baixo, uma linha por vez, procurando um padrão
correspondente ao pacote de entrada. A ACL aplica uma ou mais políticas de
segurança corporativas, aplicando uma regra de permissão ou negação para
determinar o destino do pacote. As ACLs podem ser configuradas para controlar o
acesso a uma rede ou sub-rede.

Por padrão, um roteador não tem nenhuma ACL configurada e, por isso, não filtra o
tráfego. O tráfego que entra no roteador é roteado de acordo com a tabela de
roteamento. Se você não utilizar as ACLs no roteador, todos os pacotes que puderem
ser roteados pelo roteador passarão pelo roteador até o próximo segmento de rede.

Aqui estão algumas diretrizes para utilizar ACLs:

 Utilize as ACLs em roteadores de firewall colocados entre as suas redes interna


e externa, como a Internet.
 Utilize as ACLs em um roteador colocado entre duas partes da sua rede para
controlar o tráfego que entra ou sai de uma determinada parte da sua rede
interna.
 Configure as ACLs em roteadores de borda (roteadores situados nas
extremidades das suas redes). Isso fornece um buffer muito básico da rede
externa ou entre uma área menos controlada da sua própria rede e uma área
mais confidencial da sua rede.
 Configure as ACLs para cada protocolo de rede configurado nas interfaces do
roteador de borda. Você pode configurar as ACLs em uma interface para filtrar
o tráfego de entrada, o tráfego de saída ou ambos.
Você pode configurar uma ACL por protocolo, por direção, por interface:

1) Uma ACL por protocolo – para controlar o fluxo de tráfego em uma interface,
uma ACL deve ser definida para cada protocolo habilitado na interface.
2) Uma ACL por direção – as ACLs controlam o tráfego em uma direção por vez em
uma interface. Duas ACLs separadas devem ser criadas para controlar os
tráfegos de entrada e de saída.

CCNA Trainning Education Services Page 289


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3) Uma ACL por interface – as ACLs controlam o tráfego de uma interface, por
exemplo, Fast Ethernet 0/0.
Escrever ACLs pode ser uma tarefa desafiante e complexa. Não tanto pelas quantidade
de ACL´s possíveis, mas por sua lógica de configuração. Erros nestas configurações,
além não surtirem o efeito desejado ainda atrapalham o funcionamento da rede como
um todo.

As ACLs executam as seguintes tarefas:

 Limitam o tráfego da rede para aumentar o desempenho da rede. Por exemplo,


se a política corporativa não permitir tráfego de vídeo na rede, as ACLs que
bloqueiam o tráfego de vídeo poderão ser configuradas e aplicadas. Isso
reduziria muito a carga de rede e aumentaria o desempenho da rede.
 Fornecem controle de fluxo do tráfego. As ACLs podem restringir a entrega das
atualizações de roteamento. Se as atualizações não forem obrigatórias por
conta das condições de rede, a largura de banda será preservada.
 Fornecem um nível básico de segurança para o acesso à rede. As ACLs podem
permitir a um host acessar uma parte da rede e impedir outro host de acessar a
mesma área. Por exemplo, o acesso à rede de recursos humanos pode ser
restringido para selecionar os usuários.
 Decidem que tipos de tráfego encaminhar ou bloquear nas interfaces do
roteador. Por exemplo, uma ACL pode permitir tráfego de email, mas bloqueia
todo o tráfego de Telnet.
 Controlam as áreas que um cliente pode acessar em uma rede.
As ACLs inspecionam pacotes de rede com base em critérios, como endereço de
origem, endereço de destino, protocolos e números de porta. Além de permitir ou
negar tráfego, uma

ACL pode classificar o tráfego para habilitar o processamento por prioridades na linha.
Esse recurso é semelhante a ter uma passagem VIP para um show ou evento esportivo.
A passagem VIP oferece privilégios a convidados selecionados não oferecidos a
proprietários de entradas, como poder entrar em uma área restrita e ser escoltado até
seus assentos.

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COMO AS ACLS FUNCIONAM


As ACLs definem o conjunto de regras que dão controle adicional para pacotes que
entram por interfaces de entrada, pacotes retransmitidos pelo roteador e pacotes que
saem pelas interfaces de saída do roteador. As ACLs não funcionam em pacotes com
origem no próprio roteador.

As ACLs são configuradas para se aplicar ao tráfego de entrada ou de saída.

ACLs de entrada – os pacotes de entrada são processados antes de serem roteados


para a interface de saída. Uma ACL de entrada será eficiente porque evita a sobrecarga
das pesquisas de roteamento se o pacote for descartado. Se for permitido pelos testes,
o pacote será processado para roteamento.

ACLs de saída – os pacotes de entrada são roteados para a interface de saída e, em


seguida, processados pela ACL de saída.

As instruções ACL funcionam em ordem sequencial. Elas avaliam pacotes em relação à


ACL, de cima para baixo, uma instrução por vez.

Se o cabeçalho de um pacote corresponder a uma instrução ACL, as demais instruções


na lista serão ignoradas e o pacote será permitido ou negado conforme determinação
da instrução correspondente. Se o cabeçalho de um pacote não corresponder a uma
instrução ACL, o pacote será testado em relação à próxima instrução da lista. Esse
processo de comparação continua até o término da lista. O processo busca por uma
correspondência exata.

Uma instrução incluída no final abrange todos os pacotes para os quais as condições
não se mostraram verdadeiras. Essa condição de teste final corresponde a todos os
demais pacotes e resultados em uma instrução "negar". Em vez de continuar dentro ou
fora de uma interface, o roteador ignora todos esses pacotes restantes. Essa instrução
final costuma ser conhecida como "negar qualquer instrução implicitamente" ou
"negar todo o tráfego". Por conta dessa instrução, uma ACL deve ter pelo menos uma
instrução de permissão; do contrário, a ACL bloqueia todo o tráfego.

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Podemos aplicar uma ACL a várias interfaces. No entanto, não se deve esquecer que
existem as limitações de uma por protocolo, por direção e interface.

A instrução implícita do critério "Negar todo o tráfego"

Ao final de toda lista de acesso, há uma instrução implícita do critério "negar todo o
tráfego".

Ela também é conhecida às vezes como a instrução "deny any implícito". Por isso, se
não corresponder a nenhuma das entradas ACL, um pacote será bloqueado
automaticamente.

O "negar todo o tráfego" implícito é o comportamento padrão das ACLs, não podendo
ser alterado.

IMPORTANTE!

Existe uma advertência chave associada a esse comportamento "negar tudo": para a
maioria dos protocolos, se definir uma lista de acesso de entrada para a filtragem de
tráfego, você deverá incluir instruções de critérios da lista de acesso explícitas para
permitir atualizações de roteamento. Se não fizer, você poderá efetivamente perder a
comunicação com a interface quando as atualizações de roteamento forem
bloqueadas pela instrução implícita "negar todo o tráfego" ao final da lista de acesso.

Dois são os tipos de ACLs :

ACLs padrão

As ACLs padrão permitem a você permitir ou negar tráfego de endereços IP de origem.


O destino do pacote e as portas envolvidas não estão no escopo para serem
configuradas.

R_1(config)# Access-list 1 permit 192.168.30.0 0.0.0.255

CCNA Trainning Education Services Page 292


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O exemplo permite todo o tráfego da rede 192.168.30.0/24. Por conta da "negar tudo"
implícita ao final, todo os demais tráfegos são bloqueados com essa ACL. As ACLs
padrão são criadas no modo de configuração global. Se uma linha a mais for
acrescentada ao final da ACL, pode-se resolver a situação da negação implícita:

R_1(config)# Access-list 1 permit 192.168.30.0 0.0.0.255

R_1(config)# Access-list 1 permit any

Na realidade, a negação implícita, ou “deny any” continuará a ser a última linha da


ACL. Porém agora, nenhum tráfego passará pela segunda linha para chegar até essa
última.

ACLs estendidas

As ACLs estendidas filtram pacotes IP com base em vários atributos, por exemplo, tipo
de protocolo, endereço IP de origem, endereço IP de destino, portas TCP e UDP de
origem, portas TCP e UDP de destino e informações do tipo de protocolo opcionais
para maior granularidade de controle. No exemplo abaixo, a ACL 103 permite tráfego
com origem na rede 192.168.30.0/24 para o host de destino 192.168.50.15 na porta 80
(HTTP).

R_1(config)# Access-list 103 permit TCP 192.168.30.0 0.0.0.255 host 192.168.50.15 eq


80

Note que as ACL´s utilizam máscaras curinga, semelhantes aos protocolos de


roteamento OSPF e EIGRP.

A sintaxe de configuração de uma ACL segue o modelo da padrão e estendida, veja:

Padrão  Router(config)#access-list access-list-number [deny | permit | remark]


source [source wildcard] [log]

Estendida  Router(config)#access-list access-list-number [deny | permit | remark]


[protocol] source [source wildcard] destination [source wildcard] eq [port] [log]

Sobre os escopos acima, algumas informações :

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Number – Para ACL´s padrão, de 1 a 99. E para as estendidas, de 100 a 199.

Remark – Comentário que pode ser feito para cada linha de ACL, para efeito de
documentação das linhas.

Log – A presença deste ítem ao fim de cada linha, gera um log, ou um registro todas as
vezes que aquela linha for executada.

Protocol – As opções mais comuns, são TCP, UDP, IP e ICMP. No fim da linha da ACL
estendida, o parâmetro “eq” permit especificar por número de porta, qual aplicação
desejamos mencionar.

Source / destination – Esta parte da configuração aceita um host específico, apenas


utilizando a palavra “host” antes do endereço IP. Também podemos citar uma rede um
sub-rede com uso de máscara curinga. E para situações mais genéricas podemos
utilizar a palavra “any” para especificar qualquer um.

POSICIONAMENTO DAS ACL´S

Além de criar as ACL´s, também é importante que elas sejam posicionadas nas
interfaces correspondentes para que sejam executadas.

Este posicionamento deve seguir algumas regras básicas:

 Para ACL´s padrão deve ser o mais próximo possível da origem do tráfego a ser
filtrado.
 Para ACL´s estendidas, a aplicação deve ser, quando possível, o mais próximo
possível da origem do tráfego a ser filtrado.

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ACL´s Nomeadas

Você pode criar ACLs nomeadas tanto para as estendidas como para a padrão e
basicamente da mesma forma. Os comandos para criar uma ACL nomeada têm pouca
diferença para ACLs padrão e estendidas.

Começando no modo EXEC privilegiado, siga estas etapas para criar uma ACL estendida
utilizando nomes.

Etapa 1. Começando no modo de configuração global, utilizar o comando ip access-list

extended name para definir uma ACL estendida nomeada. Para uma ACL padrão
bastaria utilizar a palavra “standard” no lugar de “extended”

Etapa 2. No modo de configuração da ACL nomeada, especificar as condições que você


deseja permitir ou negar.

Etapa 3. Retornar ao modo EXEC privilegiado e verificar a sua ACL com o comando
show access-lists [number | name].

Para remover uma ACL estendida nomeada, utilize o comando no modo de


configuração global no ip access-list extended name.

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NAT – NETWORK ADDRESS TRANSLATION

Todos os endereços de Internet públicos devem ser registrados com um Registro de


internet regional (RIR, Regional Internet Registry). As organizações podem emprestar
os endereços públicos de um ISP. Somente o proprietário registrado de um endereço
público de internet pode atribuir esse endereço a um dispositivo de rede.

Você deve ter observado que todos os exemplos neste curso utilizam um número um
pouco restrito de endereços IP. Você também deve ter observado a semelhança entre
esses números e os números que você usou em uma rede pequena para exibir as
páginas de instalação da web de muitas marcas de impressoras, do DSL e de
roteadores a cabo, bem como de outros periféricos. Eles são endereços de internet
privados reservados retirados dos três blocos mostrados na figura. Esses endereços
podem ser usados somente em redes internas e privadas. A RFC 1918 especifica que os
endereços privados não devem ser roteados pela Internet. Os endereços privados são
descritos, às vezes, como " não roteáveis." Entretanto, os pacotes com endereços
privados podem ser roteados dentro de redes interconectadas privadas.

Diferentemente dos endereços IP públicos, os endereços IP privados são um bloco


reservado de números que podem ser usados por qualquer um. Isso significa que duas
redes ou dois milhões de redes podem usar os mesmos endereços privados. Para
proteger a estrutura de endereços da Internet pública, os ISPs geralmente configuram
os roteadores de borda para impedir que o tráfego endereçado exclusivamente a eles
seja encaminhado pela Internet.

Ao fornecer um maior espaço de endereços do que a maioria das organizações pode


obter através de um RIR, o endereçamento privado confere às empresas uma
flexibilidade considerável no design da rede. Isso permite a obtenção de esquemas de
endereçamento operacional e administrativamente convenientes, além de um
crescimento mais fácil.

Entretanto, como não é possível rotear endereços privados pela Internet e como não
existem endereços públicos suficientes para permitir que as organizações forneçam

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um host para todos, as redes precisam que um mecanismo traduza os endereços


privados para endereços públicos na extremidade de sua rede que funcionar em
ambas as direções. Na ausência de um sistema de tradução, os hosts privados de um
roteador na rede de uma organização não podem conectar-se a hosts privados de um
roteador em outras organizações pela Internet.

A Tradução de endereços de rede (NAT, Network Address Translation) fornece esse


mecanismo. Antes da NAT, um host com um endereço privado não podia acessar a
Internet. Usando a NAT, as empresas individuais podem designar a alguns ou todos os
seus hosts com endereços privados e usar a NAT para fornecer acesso à Internet.

Assim, enquanto o servidor DHCP designa os endereços IP dinâmicos para os


dispositivos dentro da rede, os roteadores habilitados pela NAT retêm um ou muitos
endereços IP de Internet válidos fora da rede. Quando o cliente enviar pacotes pela
rede, a NAT traduzirá o endereço IP interno do cliente para um endereço externo. Para
usuários externos, todo o tráfego destinado para a rede e proveniente dela possui o
mesmo endereço IP ou vem do mesmo conjunto de endereços.

A NAT tem muitos usos, mas o principal é salvar os endereços IP, permitindo que as
redes usem os endereços IP privados. A NAT traduz endereços privados, não roteáveis
e internos em endereços públicos e externos. A NAT tem um benefício adicional de
proporcionar um nível maior de privacidade e segurança para uma rede porque ela
oculta endereços IP internos de redes externas.

Um dispositivo habilitado para NAT funciona normalmente na borda de uma rede stub.
Em nosso exemplo, o R2 é o roteador de borda. Uma rede stub é uma rede que tem
uma única conexão com sua rede vizinha. Como visto no ISP, o R2 forma uma rede
stub.

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192.168.100.67 192.168.100.70
192.168.100.5 192.168.100.8

Cada um dos hosts da rede 192.168.100.X ao enviar pacotes ao ISP, fará isto através de
um dos endereços públicos da rede 200.104.116.0 /29.

Na terminologia de NAT, a rede interna é o conjunto de redes que estão sujeitas à


tradução. A rede externa se refere a todos os outros endereços. Os endereços IP
possuem designações diferentes dependendo de estarem na rede privada ou na rede
pública (Internet) e de o tráfego estar chegando ou saindo.

A orientação do sentido da tradução é parte integrante das configurações e


frequentemente erros nesta parte da configuração impede o funcionamento de todo o
recurso.

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Como a NAT funciona?

R2

192.168.100.5 192.168.100.8 192.168.100.67 192.168.100.70

No exemplo acima, um host interno (192.168.100.67) deseja se comunicar com um


servidor web externo (209.165.201.1). Ele envia um pacote a R2, o gateway de borda
configurado para NAT da rede.

R2 lê o endereço IP de origem do pacote e verifica se o pacote corresponde aos


critérios especificados para tradução. R2 possui uma ACL que identifica a rede interna
como hosts válidos para tradução. Portanto, ele traduz um endereço IP local interno
para um endereço IP global interno que, neste caso, é 200.104.116.1. Ele armazena
esse mapeamento de endereço local para endereço global na tabela de NAT.

Em seguida, o roteador envia o pacote a seu destino. Quando o servidor web


responde, o pacote volta ao endereço global de R2 (200.104.116.1).

R2 consulta a sua tabela de NAT e verifica que esse era um endereço IP que foi
traduzido anteriormente. Portanto, ele traduz o endereço global interno para o
endereço local interno, e o pacote é encaminhado ao PC1 no endereço IP
192.168.100.67. Se ele não localizar um mapeamento, o pacote será descartado.

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Mapeamento dinâmico e estático


Existem dois tipos de tradução NAT: dinâmica e estática.

A NAT dinâmica utiliza um conjunto de endereços públicos e os atribui por ordem de


chegada. Quando um host com um endereço IP privado solicitar acesso à Internet, a
NAT dinâmica escolherá um endereço IP do conjunto que não estiver mais sendo
usado por outro host. Esse é o mapeamento descrito até então.

A NAT estática usa um mapeamento exclusivo de endereços globais e locais, e tais


mapeamentos permanecem constantes. A NAT estática é particularmente útil para
servidores web ou hosts que devam ter um endereço consistente que possa ser
acessado da Internet.

Esses hosts internos podem ser servidores corporativos ou dispositivos de redes


interconectadas.

Tanto a NAT estática como a dinâmica exigem que endereços públicos suficientes
estejam disponíveis para atender ao número total de sessões de usuário simultâneas.

NAT com overload (sobrecarga)


A sobrecarga de NAT (chamada à vezes de Tradução de endereço de porta ou PAT)
mapeia diversos endereços IP privados para um único endereço IP público ou para
alguns endereços.

Isso é o que a maioria dos roteadores locais fazem. Seu ISP atribui um endereço a seu

roteador, mas vários membros de sua família podem navegar na Internet


simultaneamente, pensando num serviço caseiro, por exemplo.

Com a sobrecarga de NAT, vários endereços podem ser mapeados para um ou alguns
endereços porque cada endereço privado também é acompanhado por um número de
porta.

Quando um cliente abrir uma sessão de TCP/IP, o roteador de NAT atribuirá um


número de porta ao seu endereço de origem. A sobrecarga de NAT garante que os

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clientes utilizem um número de porta TCP diferente para cada sessão do cliente com
um servidor na Internet.

Quando uma resposta voltar do servidor, o número de porta de origem, que se torna o
número de porta de destino na viagem de retorno, determinará para qual cliente o
roteador irá rotear os pacotes. Ele também validará se os pacotes de entrada foram
solicitados, acrescentando um grau de segurança à sessão.

Os números de porta são codificados em 16 bits. O número total de endereços


internos que pode ser traduzido para um endereço externo pode ser, teoricamente, de
65.536 por cada endereço IP. Porém, na realidade, o número de endereços internos
que pode ser atribuído a um único endereço IP é cerca de 4.000.

Diferenças entre a NAT com e sem overload


Um resumo das diferenças entre a NAT e a sobrecarga de NAT facilitará sua
compreensão. A NAT geralmente só traduz os endereços IP em uma correspondência
de 1:1 entre os endereços IP publicamente expostos e os endereços privativamente
retidos.

A sobrecarga de NAT modifica o endereço IP privado e o número de porta do


remetente. A sobrecarga de NAT escolhe os números de porta vistos pelos hosts na
rede pública.

A NAT roteia os pacotes de entrada para seus destinos internos recorrendo ao


endereço IP de origem de entrada dado pelo host na rede pública. Com a sobrecarga
de NAT, geralmente existe somente um ou muito poucos endereços IP publicamente
expostos. Os pacotes de entrada da rede pública são roteados aos seus destinos na
rede privada por meio da consulta na tabela no dispositivo de sobrecarga de NAT que
monitora os pares de portas públicas e privadas. Isso é chamado de monitoramento de
conexão.

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BENEFÍCIOS E DESVANTAGENS DE USAR A NAT


A NAT oferece muitos benefícios e vantagens. Porém, existem algumas desvantagens
no uso do recurso, inclusive a falta de suporte para alguns tipos de tráfego.

Os benefícios de usar a NAT incluem:

I. A NAT conserva o esquema de endereçamento legalmente registrado,


permitindo a privatização das intranets. A NAT conserva os endereços através
da multiplexação de nível de porta de aplicativo. Com sobrecarga de NAT, os
hosts internos podem compartilhar um único endereço IP público para todas as
comunicações externas. Neste tipo de configuração, são necessários muito
poucos endereços externos para suportar os muitos hosts internos.
II. A NAT aumenta a flexibilidade das conexões com a rede pública. Diversos
conjuntos, conjuntos de backup e conjuntos de balanceamento de carga
podem ser implementados para assegurar conexões de redes públicas
confiáveis.
III. A NAT fornece uma consistência para esquemas de endereçamento de rede
internos. Em uma rede sem endereços IP privados e NAT, a mudança de
endereços IP públicos exige a renumeração de todos os hosts na rede
existente. Os custos para renumerar hosts podem ser significativos. O NAT
permite que o esquema existente permaneça enquanto suporta um novo
esquema de endereçamento público. Isso significa que uma organização
poderia mudar os ISPs e não precisaria mudar nenhum de seus clientes
internos.
IV. O NAT oferece segurança de rede. Como as redes privadas não anunciam seus
endereços ou topologia interna, elas permanecem razoavelmente seguras
quando usadas juntamente com a NAT para obter o acesso externo controlado.
Porém, a NAT não substitui os firewalls.
Entretanto, a NAT apresenta algumas desvantagens. Vários problemas são criados pelo
fato de os hosts na Internet parecerem comunicar-se diretamente com o dispositivo de
NAT, em vez de comunicar-se com o host real dentro da rede privada. Teoricamente,
um endereço IP globalmente exclusivo pode representar hosts endereçados

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privativamente. Isso pode ser vantajoso do ponto de vista da privacidade e segurança


mas, na prática, existem desvantagens.

A primeira desvantagem afeta o desempenho. A NAT aumenta os atrasos da


comutação porque a tradução de cada endereço IP dentro dos cabeçalhos do pacote é
demorada. O primeiro pacote é comutado por processo, o que significa que ele
sempre passa pelo caminho mais lento. O roteador deve observar todos os pacotes
para decidir se eles precisam de tradução. O roteador precisa alterar o cabeçalho de IP
e, possivelmente, alterar o cabeçalho de TCP ou UDP. Se existir uma entrada de cache,
os pacotes restantes passam através do caminho que foi comutado rapidamente; caso
contrário, eles também são atrasados.

Muitos protocolos e aplicativos de Internet dependem da funcionalidade fim-a-fim,


com pacotes inalterados encaminhados da origem ao destino. Com a alteração dos
endereços fima-fim, a NAT evita alguns aplicativos que utilizam o endereçamento IP.
Por exemplo, alguns aplicativos de segurança, como as assinaturas digitais, falham
porque o endereço IP de origem muda. Os aplicativos que usam endereços físicos em
vez de um nome de domínio qualificado não alcançam os destinos que são traduzidos
através do roteador de NAT. Às vezes, esse problema pode ser evitado implementando
mapeamentos de NAT estáticos.

A capacidade de rastreamento IP fim-a-fim também é perdida. Torna-se muito mais


difícil rastrear pacotes que passam por muitas mudanças de endereço ao longo dos
diversos saltos da NAT, dificultando a identificação e solução de problemas. Por outro
lado, os hackers que querem determinar a origem de um pacote acham difícil rastrear
ou obter a origem ou o endereço de destino.

O uso da NAT também complica os protocolos de tunelamento, como o IPsec, porque


ela modifica os valores nos cabeçalhos que interferem nas verificações de integridade
feitas pelo IPsec e por outros protocolos de tunelamento.

Os serviços que exigem a iniciação de conexões de TCP da rede externa ou protocolos


sem estado, como os que usam o UDP, podem ser interrompidos. A menos que o
roteador de NAT se esforce especificamente para suportar esses protocolos, os

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pacotes de entrada não poderão chegar ao seu destino. Alguns protocolos podem
acomodar uma instância de NAT entre os hosts participantes (FTP no modo passivo,
por exemplo), mas falham quando ambos os sistemas são separados da Internet pela
NAT.

CONFIGURANDO A NAT
NAT estática

A NAT estática é um mapeamento exclusivo entre um endereço interno e um endereço


externo. Permite conexões iniciadas por dispositivos externos para dispositivos
internos. Por exemplo, você pode desejar mapear um endereço global interno para um
endereço local interno específico que está atribuído ao seu servidor web.

A configuração das traduções de NAT estáticas é uma tarefa simples. É necessário


definir os endereços a serem traduzidos e, em seguida, configurar a NAT nas interfaces
apropriadas. Os pacotes que chegam em uma interface do endereço IP definido estão
sujeitos à tradução. Os pacotes que chegam em uma interface externa, destinados
para o endereço IP identificado, estão sujeitos à tradução.

A figura é uma configuração de NAT estática simples aplicada em ambas as interfaces.


O roteador sempre traduz os pacotes do host dentro da rede com o endereço privado
de 192.168.1.100 em um endereço externo de 200.104.116.5. O host na rede externa
direciona as solicitações ao endereço IP público 200.104.116.5, e o roteador R2
sempre encaminha esse tráfego ao servidor em 192.168.1.100.

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Um fator importante para o funcionamento desta configuração, é que na interface


interna de R2, devemos configurar o comando IP NAT INSIDE. E na interface externa,
que envia trafego para a nuvem, deve existir o comando IP NAT OUTSIDE.

Isto é necessário em todas as configurações de nat. Algo como se estivéssemos


dizendo ao roteador onde fica a parte interna e a externa da nossa rede.

Configurando a NAT dinâmica

Enquanto a NAT estática fornece um mapeamento permanente entre um endereço


interno e um endereço público específico, a NAT dinâmica mapeia os endereços IP
privados para endereços públicos. Esses endereços IP públicos vêm de um conjunto de
NAT. A configuração de NAT dinâmica é diferente da NAT estática, mas também
apresenta algumas semelhanças.

Assim como a NAT estática, ela exige que a configuração identifique cada interface
como uma interface interna ou externa. Entretanto, em vez de criar um mapa estático
para um único endereço IP, utiliza-se um conjunto de endereços globais internos.

S0/1 S0/0

R2
Gi0/0

192.168.100.5 192.168.100.8 192.168.100.67 192.168.100.70

Observe as configurações necessárias no R2 para que os hosts da topologia acima


possam acessar um site existente no servidor remoto:

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R2(config)# access-list 1 permit 192.168.100.0 0.0.0.127

R2(config)#ip nat pool rede_publica 200.104.116.1 200.104.116.6 netmask


255.255.255.248

R2(config)# ip nat inside source list 1 pool rede_publica

R2(config)# interface s0/0

R2(config-if)#ip nat outside

R2(config)# interface gi0/0

R2(config-if)#ip nat inside

R2(config)# interface s0/1

R2(config-if)#ip nat inside

Basicamente, o que fazemos aqui é criar uma ACL que filtra os endereços internos que
poderão ser traduzidos, criar também um pool de endereços publicos no roteador que
serão utilizados para tradução e em seguida associar estas 2 informações. Repare que
os comando Ip nat inside e ip nat outside são colocados na interfaces sempre
orientando as partes internas e externas da rede.

Neste modelo de configuração temos um nat dinâmico, pois cada um dos endereços
internos, da rede 192.168.100.0 será traduzido para um dos públicos. O problema é
que neste caso, temos apenas 6 endereços públicos.

Pense e responda.. O que acontecerá quando o sétimo host interno fizer requisição de
saída?

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Para que a configuração acima se torne um NAT com overload, o modelo mais
utilizado atualmente para conectividade com a Internet, bastaria acrescentarmos uma
palavra ao último comando. Observe:

R2(config)# ip nat inside source list 1 pool rede_publica overload

A partir disto, teremos uma tradução diferente, onde cada um dos endereços internos
será traduzido para o primeiro endereço público da sequência. Haverá uma variação
nos números de portas lógica de origem da conexão. As portas geradas pelo sistema
operacional quando cada host solicita uma conexão, farão a diferença entre as
sessões.

Acompanhe atentamente uma demonstração prática disto, feita pelo instrutor e faça
anotações abaixo. Para o exame CCNA é muito importante que você saiba configurar o
NAT com overload.

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

PPP – POINT TO POINT PROTOCOL


Um dos tipos mais comuns de conexão WAN é a ponto-a-ponto. As conexões ponto-a-
ponto são utilizadas em redes locais com WANs de operadora e na conexão de
segmentos de rede local dentro de uma rede empresarial. Uma conexão ponto-a-
ponto entre rede local e WAN também é conhecida como uma conexão serial ou
conexão de linha alugada, porque as linhas são alugadas de uma operadora
(normalmente uma companhia telefônica) e de uso dedicado pela empresa locadora
das linhas. As empresas pagam por uma conexão contínua entre dois locais remotos, e
a linha permanece sempre ativa e disponível.

Compreender como funcionam os links de comunicação ponto-a-ponto para fornecer


acesso a uma WAN é importante para que se obtenha uma compreensão geral de
como funcionam as WANs. O Protocolo ponto a ponto (PPP, Point-to-Point Protocol)
fornece conexões de rede local para WAN com vários protocolos que lidam com
TCP/IP, Intercâmbio de pacotes de redes interconectadas (IPX, Internetwork Packet
Exchange) e AppleTalk simultaneamente.

Ele pode ser usado em linhas de par trançado, de fibra óptica e na transmissão via
satélite. O PPP fornece transporte em links ATM, Frame Relay, ISDN e ópticos. Em
redes modernas, a segurança é uma grande preocupação. O PPP permite autenticar
conexões usando o Protocolo de autenticação de senha (PAP, Password Authentication
Protocol ) ou o mais eficiente Protocolo avançado de autenticação de reconhecimento
(CHAP, Challenge Handshake Authentication Protocol).

Padrões de comunicação serial


Todas as comunicações de longa distância e a maioria das redes de computadores usa
conexões seriais, porque o custo do cabo e as dificuldades de sincronização tornam as
conexões paralelas impraticáveis. A vantagem mais significativa é uma fiação mais
simples. Além disso, os cabos seriais podem ser mais longos que os cabos paralelos,
porque há muito menos interação (linha cruzada) entre os condutores no cabo. Neste
material, restringiremos nossa consideração quanto à comunicação serial à conexão de
redes locais com WANs.

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Os dados são encapsulados pelo protocolo de comunicação utilizado pelo roteador de


envio. O quadro encapsulado é enviado por um meio físico para a WAN. Há várias
formas de atravessar a WAN, mas o roteador de recepção usa o mesmo protocolo de
comunicação para desencapsular o quadro quando ele chega.

Há muitos padrões de comunicação serial diferentes, cada um usando um método de


sinalização diferente. Existem três padrões de comunicação serial importantes que
afetam as conexões entre rede local e WAN:

RS-232 – grande parte das portas seriais em computadores pessoais é compatível com
os padrões RS-232C ou RS-422 e RS-423. São usados conectores de 9 e de 25 pinos.
Uma porta serial é uma interface de finalidade geral que pode ser usada por
praticamente qualquer tipo de dispositivo, inclusive modems, mouses e impressoras.
Muitos dispositivos de rede utilizam conectores RJ-45 que também são compatíveis
com o padrão RS-232. A figura mostra dois exemplos de conector RS-232.

V.35 – normalmente utilizado na comunicação entre


modem e multiplexador, este padrão ITU para alta
velocidade e troca de dados síncrona, integra a largura
de banda de vários circuitos telefônicos. Nos EUA, V.35
é o padrão de interface utilizado pela maioria dos
roteadores e DSUs que se conectam a operadoras de T1.
Os cabos V.35 são conjuntos seriais de alta velocidade projetados para suportar taxas
de dados maiores e conectividade entre DTEs e DCEs em linhas digitais. Há mais sobre
DTEs e DCEs posteriormente nesta seção.

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HSSI – Uma High-Speed Serial Interface (HSSI) suporta taxas


de transmissão de até 52 Mb/s. Os engenheiros usam HSSI
para conectar roteadores em redes locais a WANs em linhas
de alta velocidade, como linhas T3. Eles também usam HSSI
para fornecer conectividade de alta velocidade entre redes locais, usando Token Ring
ou Ethernet. HSSI é uma interface DTE/DCE desenvolvida pela Cisco.

Systems e pela T3plus Networking para atender à necessidade da comunicação de alta


velocidade em links de WAN.

Além, de métodos de sinalização diferentes, cada um desses padrões usa tipos


diferentes de cabos e conectores. Cada padrão desempenha uma função diferente em
uma topologia entre rede local e WAN. Embora este curso não examine os detalhes
dos esquemas de pinagem V.35 e HSSI, uma rápida observação do conector RS-232 de
9 pinos usado para conectar um PC a um modem ajuda a ilustrar o conceito.

O que é PPP?

Lembre-se de que o HDLC é o método de encapsulamento serial padrão quando você


conecta dois roteadores Cisco. Com um tipo de campo de protocolo adicionado, a
versão Cisco do HDLC é própria. Por isso, o Cisco HDLC só pode funcionar com outros
dispositivos Cisco. No entanto, ao precisar se conectar a um roteador que não seja
Cisco, você deve utilizar o encapsulamento PPP.

O encapsulamento PPP foi projetado cuidadosamente para manter a compatibilidade


com o hardware de suporte mais utilizado. O PPP encapsula quadros de dados para
transmissão em links físicos da Camada 2. O PPP estabelece uma conexão direta
utilizando cabos seriais, linhas telefônicas, linhas de tronco, telefones celulares, links
de rádio especiais ou links de fibra óptica. Há muitas vantagens em utilizar PPP,
inclusive o fato de não ser propriedade de ninguém. Além disso, ele inclui muitos
recursos não disponíveis no HDLC:

• O recurso de gerenciamento de qualidade do link monitora a qualidade. Se


forem detectados muitos erros, o PPP desativará o link.

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• O PPP suporta a autenticação PAP e CHAP. Este recurso será explicado e


praticado em uma seção posterior.
PPP contém três componentes principais:

• O protocolo HDLC para encapsulamento de datagramas em links ponto-a-


ponto.
• Protocolo de controle do link extensível (LCP, Link Control Protocol) para
estabelecer, configurar e testar a conexão do link de dados.
• Família de Protocolos de controle de rede (NCP, Network Control Protocol)
para estabelecer e configurar protocolos da camada de rede diferentes. O PPP
permite a utilização simultânea de vários protocolos da camada de rede. Alguns
dos NCPs mais comuns são o Protocolo de controle de protocolo da internet,
Protocolo de controle Appletalk, Protocolo de controle Novell IPX, Protocolo de
controle Cisco Systems, Protocolo de controle SNA e Protocolo de controle de
compressão.

ARQUITETURA PPP
Uma arquitetura de camadas é um modelo lógico, design ou plano que auxilia na
comunicação entre camadas de interconexão. A figura mapeia a arquitetura de
camadas do PPP em relação ao modelo Open System Interconnection (OSI). PPP e OSI
têm a mesma camada física, mas PPP distribui as funções de LCP e NCP de maneira
diferente.

Na camada física, você pode configurar o PPP em várias interfaces, incluindo:

 Serial assíncrona
 Serial síncrona
 HSSI
 ISDN
O PPP funciona em qualquer interface DTE/DCE (RS-232-C, RS-422, RS-423 ou V.35). O
único requisito absoluto imposto pelo PPP é um circuito bidirecional, dedicado ou
comutado, capaz de funcionar em modos seriais de bits assíncronos ou síncronos,
transparentes para quadros de camada de enlace PPP. O PPP não impõe nenhuma

CCNA Trainning Education Services Page 311


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restrição quanto à taxa de transmissão que não seja a imposta pela interface DTE/DCE
em particular sendo utilizada.

Grande parte do trabalho feito pelo PPP acontece nas camadas de enlace e de rede
pelo LCP e pelos NCPs. O LCP configura a conexão PPP e seus parâmetros, os NCPs
lidam com configurações de protocolo da camada superior e o LCP encerra a conexão
PPP.

O LCP é a parte funcional real do PPP. O LCP fica acima da camada física e tem uma
função de estabelecer, configurar e testar a conexão de enlace. O LCP estabelece o link
ponto-a-ponto. O LCP também negocia e configura opções de controle no vínculo
WAN, que são tratadas pelo NCPs.

O LCP fornece a configuração automática das interfaces em cada extremidade,


incluindo:

 Lidar com limites variáveis de tamanho de pacote


 Detectar erros mais comuns de configuração incorreta
 Encerrar o link
 Determinar quando um link está funcionando corretamente ou quando há falha
O PPP também utiliza o LCP para determinar automaticamente os formatos de
encapsulamento (autenticação, compressão, detecção de erros) assim que o link é
estabelecido.

Os links ponto-a-ponto tendem a piorar muitos problemas com a família atual de


protocolos de rede. Por exemplo, a atribuição e o gerenciamento de endereços IP, que
são problemáticos até mesmo em ambientes de rede local, são especialmente difíceis
em links ponto-a-ponto de circuito comutado (como servidores de modem dialup). O
PPP resolve esses problemas que utilizam NCPs.

O PPP permite a vários protocolos da camada de rede funcionar no mesmo link de


comunicação. Para todos os protocolo da camada de rede utilizados, o PPP utiliza um
NCP em separado. Por exemplo, IP utiliza o Protocolo de controle IP (IPCP, IP Control

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Protocol), e o IPX utiliza o Protocolo de controle Novell IPX (IPXCP, IPX Control
Protocol).

Estabelecendo uma sessão PPP

As três fases do estabelecimento de uma sessão PPP:

Fase 1: estabelecimento do link e negociação da configuração – antes do PPP trocar


diagramas da camada de rede (por exemplo, IP), o LCP deve abrir primeiro a conexão e
negociar as opções de configuração. Essa fase é concluída quando o roteador de
recebimento envia um quadro de confirmação da configuração de volta para o
roteador que inicia a conexão.

Fase 2: determinação da qualidade do link (opcional) – o LCP testa o link para


determinar se a qualidade do link é suficiente para carregar protocolos da camada de
rede. O LCP pode atrasar a transmissão das informações do protocolo da camada de
rede até a conclusão dessa fase.

Fase 3: negociação da configuração do protocolo da camada de rede –depois que o


LCP conclui a fase de determinação da qualidade do link, o NCP apropriado pode
configurar separadamente os protocolos da camada de rede, carregá-los e desativá-los
a qualquer momento. Se o LCP fechar o link, ele informará os protocolos da camada de
rede para que eles possam executar a ação apropriada.

O link continua configurado para comunicação até que os quadros LCP ou NCP
explícitos fechem o link ou até que ocorra algum evento externo (por exemplo, um
temporizador de inatividade expira ou um usuário intervém). O LCP pode encerrar o
link a qualquer momento. Isso costuma ser feito quando um dos roteadores solicita o
encerramento, mas pode acontecer por conta de um evento físico, como a perda de
uma operadora ou a expiração de um temporizador de período inativo.

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COMANDOS DE CONFIGURAÇÃO PPP


Antes de você efetivamente configurar o PPP em uma interface serial, observaremos
os comandos e suas sintaxes. Esta série de exemplos mostra como configurar o PPP e
algumas das opções.

Exemplo 1: habilitando o PPP em uma interface

Para definir o PPP como o método de encapsulamento utilizado por uma interface
serial ou ISDN, utilize o comando de configuração da interface encapsulation ppp. O
seguinte exemplo habilita o encapsulamento PPP na interface serial 0/0/0:

R3#configure terminal

R3(config)#interface serial 0/0/0

R3(config-if)#encapsulation ppp

O comando encapsulation ppp não tem nenhum argumento, mas você deve primeiro
configurar o roteador com um protocolo de roteamento IP para utilizar o
encapsulamento PPP. Você deve se lembrar de que, se não configurar o PPP em um
roteador Cisco, o encapsulamento padrão das interfaces seriais é HDLC.

Exemplo 2: compressão

Você pode configurar a compressão de software ponto-a-ponto em interfaces seriais


depois de habilitar o encapsulamento PPP. Como essa opção requisita um processo de
compressão de software, ela pode afetar o desempenho do sistema. Se o tráfego já
consistir em arquivos compactados (.zip, .tar ou .mpeg, por exemple), não utilize essa
opção. Para configurar a compressão em PPP, digite os seguintes comandos:

R3(config)#interface serial 0/0/0

R3(config-if)#encapsulation ppp

R3(config-if)#compress [predictor | stac]

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Exemplo 3: monitoramento de qualidade do link

O LCP fornece uma fase de determinação da qualidade do link opcional. Nessa fase, o
LCP testa o link para determinar se sua qualidade é suficiente para utilizar protocolos
da Camada 3. O comando ppp quality percentual assegura que o link atende ao
requisito de qualidade determinado por você; do contrário, o link é fechado.

Os percentuais são calculados nos sentidos de entrada e de saída. A qualidade de saída


é calculada comparando-se o número total de pacotes e bytes enviados com o número
total de pacotes e bytes recebidos pelo nó de destino. A qualidade de entrada é
calculada comparando-se o número total de pacotes e bytes recebidos com o número
total de pacotes e bytes enviados pelo nó de destino.

Se o percentual de qualidade do link não for mantido, o link será considerado de má


qualidade, sendo desativado. O Link Quality Monitoring (LQM) implementa um retardo
para que o link não fique sendo ativado e desativado. Essa configuração de exemplo
monitora os dados ignorados no link e evita o loop de quadros:

R3(config)#interface serial 0/0/0

R3(config-if)#encapsulation ppp

R3(config-if)#ppp quality 80

Utilize o comando no ppp quality para desabilitar LQM.

Verificando uma configuração de encapsulamento PPP

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Utilize o comando show interfaces serial para verificar a configuração apropriada do


encapsulamento HDLC ou PPP. A saída do comando na figura mostra uma configuração
PPP.

Quando você configura o HDLC, a saída do comando show interfaces serial deve
mostrar "encapsulation HDLC". Ao configurar o PPP, você pode verificar seus estados
LCP e NCP.

AUTENTICAÇÃO PPP
O PPP define um LCP extensível que permite a negociação de um protocolo de
autenticação para autenticar seu túnel antes de permitir os protocolos da camada de
rede transmitirem pelo link. A RFC 1334 define dois protocolos para autenticação.

A fase de autenticação de uma sessão PPP é opcional. Se for utilizado, você poderá
autenticar o túnel depois que o LCP estabelecer o link e escolher o protocolo de
autenticação. Se ele for utilizado, a autenticação ocorrerá antes da configuração do
protocolo da camada de rede.

Protocolo de autenticação PAP


PAP é um processo bidirecional muito básico. Não há nenhuma criptografia; o nome de
usuário e a senha são enviados em texto simples. Se isso for aceito, a conexão será
permitida.

O PAP fornece um único método para um nó remoto a fim de estabelecer sua


identidade utilizando um handshake bidirecional. PAP não é interativo. Quando o
comando ppp authentication pap é utilizado, o nome de usuário e a senha são
enviados como um pacote de dados LCP, ao invés do servidor enviar um prompt de
login e aguardar uma resposta

No nó de recebimento, o nome de usuário/senha é verificado por um servidor de


autenticação que permite ou nega a conexão. Uma mensagem de aceitação ou de
rejeição retorna ao solicitante.

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PAP não é um protocolo de autenticação forte. Utilizando PAP, você envia senhas pelo
link em texto sem formatação, não havendo nenhuma proteção contra reprodução ou
ataques de tentativa e erro repetidos. O nó remoto está no controle da freqüência e
do timing das tentativas de login.

No entanto, há momentos em que a utilização do PAP pode se justificar. Por exemplo,


apesar de suas deficiências, o PAP pode ser utilizado nos seguintes ambientes:

 Uma grande base instalada de aplicativos clientes não compatíveis com CHAP
 Incompatibilidades entre implementações de fornecedores diferentes do CHAP
 Situações em que uma senha em texto simples deve ser disponibilizada para
simular um login no host remoto
Protocolo avançado de autenticação de reconhecimento (CHAP)

Depois que a autenticação é estabelecida com PAP, ela basicamente pára de funcionar.
Isso deixa a rede vulnerável a ataques. Diferentemente do PAP, que só autentica uma
vez, o CHAP realiza desafios periódicos para verificar se o nó remoto ainda tem um
valor de senha válido.

Depois que a fase de estabelecimento do link PPP é concluída, o roteador local envia
uma mensagem de desafio para o nó remoto.

S0/0/1
S0/0/0

R2(config)#username ROMA password cisco R1(config)#username PARIS password cisco

R2(config)#int s0/0/0 R1(config)#int s0/0/1


R2(config-if)#encapsulation ppp R1(config-if)#encapsulation ppp
R2(config-if)#ppp authentication pap R1(config-if)#ppp authentication pap
R2(config-if)#ppp pap sent-username PARIS password cisco R1(config-if)#ppp pap sent-username ROMA password cisco

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Na situação de configuração acima, repare que as senhas nos dois lados são as
mesmas. Isso é necessário para o funcionamento da autenticação no PPP.

Outro ponto, é que o username criado de um lado precisa ser exatamente igual ao
sent-username no lado oposto. Neste caso, não existe a necessidade de um roteador
enviar exatamente o seu hostname para o vizinho. Qualquer parâmetro pode ser
enviado, desde que este mesmo nome esteja criado como usuário no outro roteador.

Agora, observe a autenticação no CHAP:

S0/0/1
S0/0/0

R2(config)#username R1 password cisco R1(config)#username R2 password cisco

R2(config)#int s0/0/0 R1(config)#int s0/0/1


R2(config-if)#encapsulation ppp R1(config-if)#encapsulation ppp
R2(config-if)#ppp authentication chap R1(config-if)#ppp authentication chap

No caso do CHAP, os roteadores enviam seus próprios hostnames ao vizinho. Por este
motivo cada um precisa ter um usuário criado que corresponda a este nome enviado.

O CHAP, por ser criptografado, não tem suporte em todas as plataformas de


equipamentos. Muitos equipamentos ainda em uso atualmente, não possuem
conjunto de hardware suficiente para receber atualização de IOS que suporte sistemas
de criptografia.

Para encerrarmos o assunto sobre o PPP, tenha em mente que uma grande
preocupação da Cisco é que os profissionais certificados possuam habilidade na
interligação de seus equipamentos com os de outros fabricantes, evitando
contratempos que poderiam refletir negativamente na imagem dos produtos dela. Por
este motivo o foco no PPP vem sendo renovado a cada versão do CCNA.

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FRAME-RELAY – COMUTAÇÃO POR PACOTES

Frame Relay é um protocolo WAN de alto desempenho que funciona nas camadas
física e de enlace do modelo OSI.

Eric Scace, engenheiro da Sprint International, inventou o Frame Relay como uma
versão mais simples do protocolo X.25 para ser usado em interfaces de Rede digital de
serviços integrados (ISDN, Integrated Services Digital Network). Atualmente, ele
também é usado em diversas outras interfaces de rede. Na primeira vez que a Sprint
implementou o Frame Relay em sua rede pública, eles usaram switches StrataCom. A
aquisição da StrataCom pela Cisco em 1996 marcou sua entrada no mercado das
operadoras.

Os provedores de rede geralmente implementam o Frame Relay para redes de voz e


dados como uma técnica de encapsulamento. Ele é usado entre redes locais em uma
WAN. Cada usuário final obtém uma linha particular (ou linha alugada) para um nó de
Frame Relay.

A rede Frame Relay gerencia a transmissão por um caminho alterado com frequência e
transparente para todos os usuários finais.

O Frame Relay tornou-se um dos protocolos WAN mais usados, principalmente porque
é barato em comparação com as linhas dedicadas. Além disso, configurar o
equipamento do usuário em uma rede Frame Relay é muito simples. As conexões
Frame Relay são criadas configurando-se roteadores CPE ou outros dispositivos para
que se comuniquem com um switch Frame Relay da operadora. A operadora configura
o switch Frame Relay, o que ajuda a manter as tarefas de configuração do usuário final
em um nível mínimo.

O Frame Relay tornou-se a tecnologia WAN mais usada no mundo. Grandes empresas,
governos, provedores de Internet e pequenas empresas usam o Frame Relay,
principalmente por causa de seu preço e flexibilidade. Como as organizações estão
crescendo e dependem cada vez mais do transporte de dados confiável, as soluções

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tradicionais de linha alugada são proibitivamente caras. O ritmo das alterações


tecnológicas e as fusões e aquisições na indústria de rede exigem mais flexibilidade.

O Frame Relay reduz os custos de rede usando menos equipamento, menos


complexidade e uma implementação mais fácil. Além disso, o Frame Relay fornece
mais largura de banda, confiabilidade e flexibilidade do que as linhas alugadas ou
privadas. Com o aumento da globalização e o crescimento de topologias múltiplas de
filial, o Frame Relay oferece arquitetura de rede mais simples e custo de propriedade
inferior.

O Frame Relay é uma opção mais econômica, pois com linhas dedicadas, os clientes
pagam por uma conexão fim-a-fim. Isso inclui o loop local e o link de rede. Com o
Frame Relay, os clientes pagam somente pelo loop local e pela largura de banda que
compram do provedor de rede. A distância entre os nós não é importante. Em um
modelo de linha dedicada, os clientes usam essas linhas fornecidas em incrementos de
64 kb/s. Os clientes de Frame Relay podem definir suas necessidades de circuito virtual
em uma granularidade muito maior, frequentemente em incrementos pequenos de
até 4 kb/s.

A FLEXIBILIDADE DO FRAME RELAY


Um circuito virtual fornece flexibilidade considerável no design de rede. Olhando para
a figura, você pode observar que todos os escritórios da Span conectam-se à nuvem
Frame Relay através de seus respectivos loops locais. O que acontece na nuvem não
tem nenhuma importância no momento. O que importa é que quando um escritório
da Span deseja se comunicar com outro, basta conectar-se a um circuito virtual que
conduz ao outro escritório.

No Frame Relay, o fim de cada conexão tem um número para identificá-la. Esse
número é chamado de Identificador de conexão de enlace de dados (DLCI, Data Link
Connection Identifier). Qualquer estação pode conectar-se às demais. Para isso, basta
informar o endereço dessa estação e o número de DLCI da linha que precisa usar. Em
uma seção posterior, você aprenderá que, quando o Frame Relay é configurado, todos
os dados de todos os DLCIs configurados fluem pela mesma porta do roteador. Ficaria

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dificil imaginar a mesma flexibilidade usando linhas dedicadas. Não é apenas


complicado, mas também exige muito mais equipamento.

O Frame Relay gerencia volume e velocidade de forma eficiente combinando as


funções necessárias das camadas de rede e de enlace em um único protocolo simples.
Como um protocolo de enlace de dados, o Frame Relay fornece acesso a uma rede,
delimitando e entregando quadros na ordem correta e reconhece erros de transmissão
através de uma verificação de redundância cíclica padrão. Como um protocolo de rede,
o Frame Relay fornece várias conexões lógicas sobre um único circuito físico e permite
que a rede roteie dados nessas conexões para os destinos desejados.

O Frame Relay funciona entre o dispositivo de um usuário final, como uma bridge de
rede local ou um roteador, e uma rede. A própria rede pode usar qualquer método de
transmissão que seja compatível com a velocidade e a eficiência que os aplicativos
para Frame Relay exigem.

Algumas redes usam o próprio Frame Relay, mas outras usam comutação digital de
circuitos ou sistemas de transmissão de célula ATM.

A conexão entre um dispositivo DTE e um dispositivo DCE consiste em um componente


de camada física e um de camada de enlace:

• O componente físico define as especificações mecânica, elétrica, funcional e de


procedimento para a conexão entre os dispositivos. Uma das especificações de
interface de camada física mais usadas é a especificação RS-232.
• O componente da camada de enlace define o protocolo que estabelece a
conexão entre o dispositivo DTE, como um roteador, e o dispositivo DCE, como
um switch.
Quando as operadoras usam o Frame Relay para interconectar as redes locais, um
roteador em cada rede local é o DTE. Uma conexão serial, como uma linha alugada
T1/E1, conecta o roteador ao switch Frame Relay da operadora no ponto de presença
(POP, point-of-presence) mais próximo. O switch Frame Relay é um dispositivo DCE. Os
switches de rede movem quadros de um DTE através da rede e entregam quadros a
outros DTEs por meio de DCEs.

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Equipamentos de computação que não estejam em uma rede local também podem
enviar dados por uma rede Frame Relay. O equipamento de computação usa um
dispositivo de acesso Frame Relay (FRAD) como o DTE. Às vezes, o FRAD é chamado de
codificador/decodificador Frame Relay. Ele é também um dispositivo dedicado ou um
roteador configurado para suportar o Frame Relay. Está localizado nos equipamentos
do cliente e conecta-se a uma porta de switch da rede da operadora. A operadora, por
sua vez, interconecta os switches Frame Relay.

CIRCUITOS VIRTUAIS
A conexão por uma rede Frame Relay entre dois DTEs é chamada de circuito virtual
(VC). Os circuitos são virtuais porque não há conexão elétrica direta fim-a-fim. A
conexão é lógica, e os dados se movem fim-a-fim, sem um circuito elétrico direto. Com
os VCs, o Frame Relay compartilha a largura de banda entre vários usuários. Além
disso, os sites podem comunicar-se entre si sem usar várias linhas físicas dedicadas.

Há duas maneiras de estabelecer VCs:

• SVCs, circuitos virtuais comutados, são estabelecidos dinamicamente enviando


mensagens de sinalização à rede (CONFIGURAÇÃO DE CHAMADA,
TRANSFERÊNCIA DE DADOS, INATIVO, ENCERRAMENTO DE CHAMADA).
• PVCs, circuitos virtuais permanentes, são pré-configurados pela operadora e,
depois de configurados, funcionam somente nos modos TRANSFERÊNCIA DE
DADOS e INATIVO. Algumas publicações referem-se aos PVCs como VCs
privados.
Os VCs fornecem um caminho de comunicação bidirecional de um dispositivo ao outro.
Os VCs são identificados por DLCIs. Os valores de DLCI são atribuídos normalmente
pela operadora de Frame Relay (por exemplo, a empresa de telefonia). Os DLCIs do
Frame Relay têm importância local, o que significa que os próprios valores não são
exclusivos na WAN Frame Relay. Um DLCI identifica um VC para o equipamento em um
ponto de extremidade. Um DLCI não tem nenhuma importância além do único link.
Dois dispositivos conectados por um VC podem usar um valor de DLCI diferente para
se referir à mesma conexão.

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Os DLCIs de importância local tornaram-se o principal método de endereçamento, pois


o mesmo endereço pode ser usado em vários locais diferentes e ainda assim referir-se
a conexões diferentes. O endereçamento local evita que um cliente fique sem DLCIs à
medida que a rede cresce.

A medida que o quadro se move pela rede, o Frame Relay rotula cada VC com um DLCI.
O DLCI é armazenado no campo de endereço de todos os quadros transmitidos para
informar à rede como o quadro deverá ser roteado. A operadora de Frame Relay
atribui números de DLCI. Geralmente, os DLCIs de 0 a 15 e de 1008 a 1023 são
reservados para fins especiais. Portanto, as operadoras geralmente atribuem os DLCIs
do intervalo de 16 a 1007.

Vários VCs

O Frame Relay é estatisticamente multiplexado. Isso significa que, embora ele


transmita apenas um quadro por vez, muitas conexões lógicas podem coexistir em
uma única linha física. O dispositivo de acesso Frame Relay (FRAD) ou o roteador
conectado à rede Frame Relay pode ter vários VCs que o conecta a vários pontos de
extremidade. Vários VCs em uma única linha física são diferenciados porque cada VC
tem seu próprio DLCI. Lembre-se de que a importância do DLCI é apenas local e pode
ser diferente em cada extremidade de um VC.

Esse recurso frequentemente reduz a complexidade do equipamento e da rede,


necessária para conectar vários dispositivos. Por esse motivo, ele representa uma
alternativa muito econômica para uma malha (mesh) de linhas de acesso. Com essa
configuração, cada ponto de extremidade precisa de apenas uma linha de acesso e
uma interface. É possível economizar mais, pois a capacidade da linha de acesso é
baseada no requisito de largura de banda média dos VCs, e não no requisito de largura
de banda máxima.

ENCAPSULAMENTO DO FRAME RELAY


O Frame Relay recebe pacotes de dados de um protocolo de camada de rede, como IP
ou IPX, os encapsula como parte de dados de um quadro Frame Relay e, então,
transmite o quadro à camada física para ser enviado pelo cabo. Para entender como

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esse processo funciona, será útil entender como ele se relaciona com as camadas
inferiores do modelo OSI.

Primeiro, o Frame Relay aceita um pacote de um protocolo da camada de rede, como


o IP. Em seguida, ele o empacota com um campo de endereço que contém o DLCI e
uma soma de verificação. Campos de sinalização são adicionados para indicar o início e
o final do quadro. Os campos de sinalização marcam o início e o final do quadro, e são
sempre os mesmos. Os sinalizadores são representados como o número hexadecimal
7E ou como o número binário 01111110. Depois que o pacote é encapsulado, o Frame
Relay transmite o quadro à camada física para o transporte.

O roteador CPE encapsula cada pacote da Camada 3 dentro de um cabeçalho e um


trailerFrame Relay antes de enviá-lo pelo VC. O cabeçalho e o trailer são definidos pela
especificação de serviços de portador do Procedimento de acesso ao link para Frame
Relay (LAPF, Link Access Procedure for Frame Relay), ITU Q.922-A. Especificamente, o
cabeçalho Frame Relay (campo de endereço) contém o seguinte:

 DLCI- O DLCI de 10 bits é a essência do cabeçalho Frame Relay. Esse valor


representa a conexão virtual entre o dispositivo DTE e o switch. Cada conexão virtual
multiplexada no canal físico é representada por um DLCI exclusivo. A importância dos
valores de DLCI é apenas local, o que significa que eles só são exclusivos para o canal
físico no qual residem. Portanto, os dispositivos em extremidades opostas de uma
conexão podem usar valores de DLCI diferentes para referir-se à mesma conexão
virtual.

Endereço Estendido (EA) - Se o valor do campo de EA for 1, o byte atual será


determinado para ser o último octeto do DLCI. Embora todas as implementações de
Frame Relay atuais utilizem um DLCI de dois octetos, esse recurso permitirá DLCIs mais
longos no futuro. O oitavo bit de cada byte do campo de endereço indica o EA.

• C/R - Segue o DLCI mais significativo do campo de endereço. O bit de C/R


geralmente não é usado pelo Frame Relay.
• Controle de congestionamento - Contém 3 bits que controlam os mecanismos
da notificação de congestionamento do Frame Relay. Os bits FECN, BECN e DE

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são os três últimos bits no campo de endereço. O controle de


congestionamento será discutido em um tópico posterior.
A camada física é geralmente EIA/TIA -232, 449 ou 530, V.35 ou X.21. O quadro Frame
Relay é um subconjunto do tipo de quadro HDLC. Portanto, ele é delimitado com
campos de sinalização. O sinalizador de 1 byte usa o padrão de bits 01111110. O FCS
determina se qualquer erro no campo de endereço da Camada 2 ocorreu durante a
transmissão. O FCS é calculado antes da transmissão pelo nó de envio, e o resultado é
inserido no campo FCS. Na extremidade a frente, um segundo valor de FCS é calculado
e comparado ao FCS no quadro. Se os resultados forem os mesmos, o quadro será
processado. Se houver diferenças, o quadro será descartado. O Frame Relay não
notifica a origem quando um quadro é descartado. O controle de erros é deixado para
as camadas superiores do modelo OSI

Topologias Frame-Relay

Quando mais de dois locais forem conectados, você deverá considerar a topologia das
conexões entre eles. Uma topologia é o mapa ou o layout visual da rede Frame Relay. É
necessário considerar a topologia de várias perspectivas para entender a rede e o
equipamento usado para criá-la. Topologias completas para projeto, implementação,
operação e manutenção incluem mapas de visão geral, mapas de conexão lógica,
mapas funcionais e mapas de endereços que mostram o equipamento em detalhes e
os links de canal.

As redes Frame Relay econômicas vinculam dezenas ou até mesmo centenas de locais.

Considerando que uma rede corporativa pode abranger qualquer número de


operadoras e incluir redes de negócios adquiridos com projeto básico diferente,
documentar topologias pode ser um processo muito complicado. No entanto, cada
rede ou segmento de rede pode ser exibido como um dos três seguintes tipos de
topologia: estrela, malha completa (Full mesh) ou malha parcial (Partial Mesh).

A topologia WAN mais simples é a estrela, conhecida como hub-and-spoke.

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As conexões de uma empresa que possui 6 locais, utiliza uma conexão central
chamada de hub com cada um dos cinco locais remotos que atuam como spokes. Em
uma topologia estrela, o local do hub geralmente é escolhido pelo menor custo da
linha alugada. Ao implementar uma topologia estrela com Frame Relay, cada local
remoto tem um link de acesso à nuvem Frame Relay com um único VC.

Mapeamento de endereços Frame-Relay (inverse ARP)

Para que um roteador Cisco possa transmitir dados por Frame Relay, ele precisa saber
qual DLCI local mapeia para o endereço da Camada 3 do destino remoto. Os
roteadores Cisco suportam todos os protocolos da camada de rede sobre Frame Relay,
como IP, IPX e AppleTalk.

Esse mapeamento endereço-para-DLCI pode ser realizado por mapeamento estático


ou dinâmico.

Inverse ARP

O Protocolo de resolução de endereço (ARP, Address Resolution Protocol) inverso,


também chamado de ARP inverso, obtém endereços da Camada 3 de outras estações
de endereços da Camada 2, como o DLCI em redes Frame Relay. Ele é usado
principalmente em redes Frame Relay e ATM, nas quais os endereços da Camada 2 de
VCs são ocasionalmente obtidos da sinalização da Camada 2, e os endereços
correspondentes da Camada 3 devem estar disponíveis para que esses VCs possam ser
usados. Enquanto o ARP determina os endereços da Camada 3 para os endereços da
Camada 2, o ARP inverso faz o oposto.

Mapeamento dinâmico

O mapeamento de endereço dinâmico depende do ARP inverso para determinar um


próximo salto rede endereço de protocolo para um valor de DLCI local. O roteador de
Frame Relay envia solicitações ARP inverso em seu PVC para descobrir o endereço de
protocolo do dispositivo remoto conectado à rede Frame Relay. O roteador usa as
respostas para preencher uma tabela de mapeamento de endereço-para-DLCI no
roteador de Frame Relay ou no servidor de acesso. O roteador cria e mantém essa

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tabela de mapeamento, que contém todas as solicitações ARP inverso determinadas,


incluindo entradas de mapeamento dinâmicas e estáticas.

Uma saída do comando show frame-relay map demonstra que a interface está ativada
além de mostrar o endereço IP de destino e o DLCI da conexão local

Em roteadores Cisco, o ARP inverso é habilitado por padrão para todos os protocolos
habilitados na interface física. Pacotes de ARP inverso não são enviados para
protocolos que não estão habilitados na interface.

Interface de gerenciamento local (LMI)


Uma revisão do histórico de rede o ajudará a entender a função desempenhada pela
Interface de gerenciamento local (LMI, Local Management Interface). O projeto de
Frame Relay proporciona transferência de dados comutada por pacote com atrasos
mínimos fim-a-fim. O projeto original omite qualquer coisa que possa contribuir para
atrasos.

Quando os fornecedores implementaram o Frame Relay como uma tecnologia


separada, e não como um componente de ISDN, decidiram que era necessário que os
DTEs adquirissem informações dinamicamente sobre o status da rede. No entanto, o
projeto original não incluía esse recurso. Um consórcio entre a Cisco, a Digital
Equipment Corporation (DEC), a Northern Telecom e a StrataCom estendeu o
protocolo Frame Relay para fornecer recursos adicionais a ambientes complexos de
rede. Essas extensões são chamadas coletivamente de LMI.

Basicamente, a LMI é um mecanismo de keepalive que fornece informações de status


sobre conexões Frame Relay entre o roteador (DTE) e o switch Frame Relay (DCE). A
cada 10 segundos, aproximadamente, o dispositivo final sonda a rede, solicitando uma
resposta de sequência dumb ou informações de status do canal. Se a rede não
responder com as informações solicitadas, o dispositivo do usuário poderá considerar
que a conexão está inativa.

Quando a rede responder com FULL STATUS, ela incluirá informações de status sobre
DLCIs alocados para essa linha. O dispositivo final pode usar essas informações para
determinar se as conexões lógicas podem transmitir dados.

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O comando show frame-relay lmi mostra o tipo de LMI usado pela interface Frame
Relay e os contadores da sequência de trocas de status de LMI, incluindo erros como
timeouts de LMI.

É fácil confundir a LMI e o encapsulamento. LMI é uma definição das mensagens


usadas entre o DTE (R1) e o DCE (o switch Frame Relay de propriedade da operadora).
O encapsulamento define os cabeçalhos usados por um DTE para comunicar
informações ao DTE na outra extremidade de um VC. O switch e seu roteador
conectado se importam em usar a mesma LMI. O switch não se importa com o
encapsulamento. Os roteadores (DTEs) se importam com o encapsulamento.

Há vários tipos de LMI, e elas são incompatíveis entre si. O tipo de LMI configurado no
roteador deve corresponder ao tipo usado pela operadora. Três tipos de LMIs são
suportados pelos roteadores Cisco:

Cisco - Extensão de LMI original

Ansi - Correspondente ao padrão ANSI T1.617 Annex D

q933a - Correspondente ao padrão ITU Q933 Annex A

Começou pelo software IOS Cisco versão 11.2, o recurso de autodetecção de LMI
padrão que detecta o tipo suportado pelo switch Frame Relay diretamente conectado.
Com base nas mensagens de status LMI que recebe do switch Frame Relay, o roteador
configura automaticamente sua interface com o tipo de LMI reconhecido pelo switch
Frame Relay.

Se for necessário definir o tipo de LMI, use o comando de configuração de interface


frame-relay lmi-type [cisco | ansi | q933a] Se você configurar o tipo de LMI, o recurso
de autodetecção será desabilitado.

Ao configurar manualmente o tipo de LMI, é necessário configurar o intervalo de


keepalive na interface Frame Relay para evitar que as trocas de status entre o roteador
e o switch expirem.

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As mensagens de troca de status LMI determinam o status da conexão do PVC. Por


exemplo, uma grande falta de correspondência no intervalo de keepalive do roteador
e do switch pode fazer o switch declarar o roteador como inativo.

Por padrão, o intervalo de keepalive é de 10 segundos em interfaces seriais Cisco. Você


pode alterar o intervalo de keepalive com o comando de configuração de interface
keepalive.

TAREFAS DE CONFIGURAÇÃO DO FRAME RELAY


O Frame Relay é configurado em um roteador Cisco na interface de linha de comando
do Cisco IOS (CLI). Esta seção descreve as etapas necessárias para habilitar o Frame
Relay na sua rede, bem como algumas das etapas opcionais que você pode usar para
aprimorar ou personalizar sua configuração.

Habilitar o encapsulamento Frame Relay

O comando de configuração de interface encapsulation frame-relay habilita o


encapsulamento Frame Relay e permite o processamento do Frame Relay na interface
suportada. Há duas opções de encapsulamento:

• Frame-relay (padrão Cisco)


• Frame-relay ietf (padrão aberto)
Se for necessário interligar roteadores Cisco em ambiente misto, o encapsulamento
deverá ser como Frame-relay IETF.

Definição de largura de banda

Use o comando bandwidth para definir a largura de banda da interface serial.


Especifique a largura de banda em kb/s. Esse comando notifica o protocolo de
roteamento que a largura de banda é configurada estaticamente no link. Os protocolos
de roteamento EIGRP e OSPF usam o valor de largura de banda para calcular e
determinar a métrica do link.

Subinterfaces Frame Relay

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O Frame Relay pode dividir uma interface física em várias interfaces virtuais chamadas
subinterfaces. Uma subinterface é simplesmente uma interface lógica associada
diretamente a uma interface física. Portanto, uma subinterface Frame Relay pode ser
configurada para cada um dos PVCs que entram em uma interface serial física.

Para habilitar o encaminhamento de atualizações de roteamento em broadcast em


uma rede Frame Relay, você pode configurar o roteador com subinterfaces
logicamente atribuídas. Uma rede parcialmente em malha pode ser dividida em várias
redes menores, completamente em malha, ponto-a-ponto. Cada sub-rede ponto-a-
ponto pode receber um endereço de rede exclusivo, que permite que pacotes
recebidos em uma interface física sejam enviados pela mesma interface, pois os
pacotes são encaminhados em VCs em subinterfaces diferentes.

As subinterfaces Frame Relay podem ser configuradas nos modos ponto-a-ponto ou


multiponto:

I. Ponto-a-ponto - Uma única subinterface ponto-a-ponto estabelece uma


conexão de PVC com outra subinterface ou interface física em um roteador
remoto. Nesse caso, cada par de roteadores ponto-a-ponto está em sua própria
sub-rede, e cada subinterface ponto-a-ponto tem um único DLCI. Em um
ambiente ponto-a-ponto, cada subinterface está atuando como uma interface
ponto-a-ponto. Normalmente, há uma sub-rede separada para cada VC ponto-
a-ponto. Portanto, o tráfego de atualização de roteamento não está sujeito à
regra de split horizon.
II. Multiponto – Uma única subinterface multiponto estabelece várias conexões
de PVC com várias subinterfaces ou interfaces físicas em roteadores remotos.
Todas as interfaces participantes estão na mesma sub-rede. A subinterface
atua como uma interface Frame Relay NBMA. Portanto, o tráfego de
atualização de roteamento está sujeito à regra de split horizon. Normalmente,
todos os VCs multiponto pertencem à mesma sub-rede.

TERMINOLOGIA ESSENCIAL
As operadoras criam redes Frame Relay usando switches muito grandes e muito
avançados, mas como cliente, seus dispositivos só visualizam a interface do switch do

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provedor de serviços. Geralmente, os clientes não são expostos aos mecanismos


internos da rede, que pode ser criada em tecnologias de alta velocidade, como T1, T3,
SONET ou ATM.

Então, do ponto de vista de um cliente, o Frame Relay é uma interface e um ou mais


PVCs. Os clientes simplesmente contratam serviços Frame Relay de uma operadora.
No entanto, antes de decidir como pagar pelos serviços Frame Relay, há alguns termos
e conceitos essenciais a serem aprendidos, conforme ilustrado na figura:

• Taxa de acesso ou velocidade da porta - Do ponto de vista de um cliente, a


operadora fornece uma conexão serial ou um link de acesso à rede Frame Relay
em uma linha alugada. A velocidade da linha é a velocidade de acesso ou a
velocidade da porta. A taxa de acesso é a taxa na qual seus circuitos de acesso
se unem à rede Frame Relay. Geralmente, elas são de 56 kb/s, T1 (1.536 Mb/s)
ou T1 Fracionário (um múltiplo de 56 kb/s ou de 64 kb/s). As velocidades de
porta são sincronizadas no switch Frame Relay. Não é possível enviar dados a
uma velocidade mais alta do que a velocidade da porta.
• Taxa de informações garantida (CIR) - Os clientes negociam CIRs com as
operadoras para cada PVC. A CIR é a quantidade de dados que a rede recebe do
circuito de acesso. Também quaificada como taxa garantida pela operadora. A
operadora garante que o cliente pode enviar dados na CIR. Todos os quadros
recebidos em ou abaixo da CIR são aceitos.
Uma grande vantagem do Frame Relay é que a capacidade de rede que não estiver
sendo usada será disponibilizada ou compartilhada com todos os clientes, geralmente
sem nenhum custo adicional. Isso permite que os clientes "estourem" suas CIRs como
um bônus. Este recurso é chamado de burst commited.

Oversubscription

Algumas vezes, as operadoras vendem mais capacidade do que realmente têm,


supondo que nem todos os clientes exigirão suas capacidades conferidas o tempo
todo. Essa oversubscription é análoga a linhas aéreas que vendem mais assentos do
que realmente têm na expectativa de que alguns dos clientes que possuem reserva
não viajarão. Por causa da oversubscription, haverá casos em que a soma de CIRs de

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vários PVCs para um determinado local será mais alta do que a taxa da porta ou do
canal de acesso. Isso pode causar problemas de tráfego, como congestionamentos e
tráfego descartado.

Burst

Uma grande vantagem do Frame Relay é que a capacidade de rede que não estiver
sendo usada será disponibilizada ou compartilhada com todos os clientes, geralmente
sem nenhum custo adicional.

Usando o exemplo anterior, a figura mostra uma taxa de acesso na porta serial S0/0/0
do roteador R1 a 64 kb/s. Essa taxa é mais alta do que as CIRs combinadas dos dois
PVCs. Em circunstâncias normais, o dois PVCs não devem transmitir mais de 32 kb/s e
16 kb/s, respectivamente. Desde que a quantidade de dados que o dois PVCs estão
enviando não exceda sua CIR, os dados devem atravessar a rede.

Como os circuitos físicos da rede Frame Relay são compartilhados entre os assinantes,
frequentemente haverá largura de banda disponível em excesso. O Frame Relay pode
permitir que os clientes acessem dinamicamente essa largura de banda adicional e
"estourar" suas CIRs gratuitamente.

O burst permite que os dispositivos que precisam temporariamente de largura de


banda adicional a empreste sem nenhum custo adicional de outros dispositivos que
não a estão utilizando. Por exemplo, se o PVC 102 estiver transferindo um arquivo
grande, ele poderá usar o 16 kb/s que não está sendo usado pelo PVC 103. Mesmo que
um dispositivo estoure até o limite da taxa de acesso, os dados poderão atravessar a
rede. A duração de uma transmissão de burst deve ser curta: menos de três ou quatro
segundos.

Vários termos são usados para descrever taxas de burst, inclusive a Taxa de
informações de burst comprometida (CBIR) e o tamanho do excesso de burst (BE).

A CBIR é uma taxa negociada acima da CIR, que o cliente pode usar para transmissão
para burst rápido. Ela permite que o tráfego estoure para velocidades mais altas,
conforme a largura de banda de rede disponível permite. No entanto, ele não pode

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exceder a velocidade da porta do link. Mesmo que um dispositivo estoure até o limite
da CBIR, os dados poderão atravessar a rede. A duração de uma transmissão de burst
deve ser curta: menos de três ou quatro segundos. Se os bursts longos persistirem,
uma CIR mais alta deverá ser adquirida.

Por exemplo, o DLCI 102 tem uma CIR de 32 kb/s com uma CBIR adicional de 16 kb/s
para um total de até 48 kb/s. Os quadros enviados nesse nível são marcados como
Discard Eligible (DE) em seus cabeçalhos, indicando que eles podem ser descartados se
houver congestionamento ou se não houver capacidade suficiente na rede. Os quadros
da CIR negociada não são qualificados para descarte (DE = 0). Os quadros acima da CIR
têm o bit DE definido como 1, marcando-os como qualificados para serem
descartados, caso a rede fique congestionada.

BE é o termo usado para descrever a largura de banda disponível acima da CBIR até a
taxa de acesso do link. Ao contrário da CBIR, ele não é negociado. Os quadros podem
ser transmitidos nesse nível, mas provavelmente serão descartados.

Controle de fluxo e congestionamento

O Frame Relay reduz a sobrecarga na rede implementando mecanismos simples de


notificação de congestionamento em vez de controle de fluxo explícito por VC. Esses
mecanismos de notificação de congestionamento são a Notificação explícita de
congestionamento à frente (FECN) e a Notificação de congestionamento explícito
reverso (BECN).

Para ajudar a entender os mecanismos, o gráfico que mostra a estrutura do quadro


Frame Relay é apresentado para revisão. FECN e BECN são controladas por um único
bit contido no cabeçalho do quadro. Elas permitem que o roteador saiba que há
congestionamento e que o roteador deve parar a transmissão até que a condição seja
invertida. BECN é uma notificação direta. FECN é uma notificação indireta.

O cabeçalho do quadro também contém um bit DE, que identifica o tráfego menos
importante que pode ser descartado durante períodos de congestionamento. Os
dispositivos DTE podem definir o valor do bit DE como 1 para indicar que o quadro tem
importância inferior à de outros quadros. Quando a rede fica congestionada, os

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dispositivos DCE descartam os quadros com bit DE definido como 1 antes de descartar
os demais quadros. Isso reduz a probabilidade de descarte de dados essenciais durante
períodos de congestionamento.

Em períodos de congestionamento, o switch Frame Relay do provedor aplica as


seguintes regras lógicas a cada quadro recebido, dependendo da CIR ter sido excedida
ou não:

• Se o quadro recebido não exceder a CIR, ele será transmitido.


• Se um quadro recebido exceder a CIR, ele será marcado como DE.
• Se um quadro recebido exceder a CIR, além do BE, ele será descartado.
Os DTEs que recebem quadros com os bits ECN definidos devem tentar reduzir o fluxo
de quadros até que o congestionamento acabe.

Se o congestionamento ocorrer em um tronco interno, os DTEs poderão receber


notificação, embora não sejam a causa do congestionamento.

CCNA Trainning Education Services Page 334


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EXERCÍCIOS DE CONFIGURAÇÃO
Abaixo são apresentadas 2 propostas de projetos de redes com Frame-relay, sendo
uma mais simples, ponto a ponto de apenas 2 locais.

A outra, mais complexa, lança um desafio de integração de 5 cidades numa topologia


full-mesh.

Separe um tempo para realizar estas 2 tarefas, pois isto irá ampliar muito a sua
compreensão sobre o frame-relay e também sobre redes WAN.

Projeto 1:

Requisitos:

• Configurar redes locais privadas


• Configurar NAT estático para o servidor de R2 com o endereço proposto
• Configurar NAT com overload para R1, utilizando a rede publica proposta
• Compor a configuração de frame-relay necessária para interligação dos 2
roteadores
• Utilizar rotas estáticas para a comunicação
• Realizar testes de conectividade ao final do processo
Informações adicionais:

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Projeto 2

Requisitos:

• Uma sub-rede local para cada cidade com máscaras diferentes.


• Sub-redes /30 utilizando o bloco 200.100.100.0/24 para todos os links seriais.
• Cada cluster de cidade deve ser fisicamente igual ao demonstrado na figura
para SP.
• Utilizar sub-interfaces com dlci.
• Utilizar o EIGRP como protocolo de roteamento
• Configurar topologia full-mesh.
• Documentar todo o projeto antes de começar a configuração.
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Questões CCNA

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1) Observe a figura.:
Ambos os switchs estão usando uma configuração padrão. Quais os dois endereços de
destino que o host 4 usará para enviar dados para o host 1? (Escolha dois.)

A. o endereço IP do host 1

B. o endereço IP do host 4

C. o endereço MAC do host 1

D. o endereço MAC do host 4

E. o endereço MAC da interface Fa0 / 0 do roteador R1

F. o endereço MAC da interface Fa0 / 1 do roteador R1

R:_____________________________________________________________________

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

2) Oberve a figura e responda à série de questões formuladas com base na topologia


exposta:

2.1) Quais links recebem o tráfego de todas as redes? Indique pelas letras.

R:___________________________________________________________

2.2) Quantas sube-interfaces deverão ser criadas no roteador?

R:___________________________________________________________

2.3) Qual comando irá vincular a vlan 3 a um sub interface do roteador?

a) encapsulation dot1q vlan 3

b) agregation dot1q 3

c) interface vlan 3 dot1q

d) encapsulation dot1q 3

e) router-encapsulation dot1q 3

2.4) Quantos domínios de broadcast estão presentes na topologia?

R:____________________________________________________________

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

3) Quais dois valores são usados pelo Spanning Tree Protocol para eleger uma bridge
raiz?
A. Bridge ID

B. endereço IP

C. menor endereço MAC

D. IOS com a versão mais atual

E. maior endereço mac

F. velocidade dos links

R:_____________________________________________________________________

4) Assinale as alternativas verdadeiras após observar a figura:

A. Se OSPF é o protocolo de roteamento, o caminho será a partir de R1 a R3 a R4 a R5.

B. Se OSPF é o protocolo de roteamento, o caminho será a partir de R1 para R2 a R5.

C. Se OSPF é o protocolo de roteamento, o caminho será a partir de R1 a R5.

D. Se RIPv2 é o protocolo de roteamento, o caminho será a partir de R1 a R3 a R4 a R5.

E. Se RIPv2 é o protocolo de roteamento, o caminho será a partir de R1 a R5.

R:_____________________________________________________________________

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

5) Os hosts A e B foram adicionados ao switch A. Assinale as alternativas corretas


sobre as configurações de endereço para estes computadores, de acordo com as
informações visualizadas na figura abaixo.

A. host A endereço IP: 192.168.1.79

B. host A endereço IP: 192.168.1.64

C. host A gateway padrão: 192.168.1.78

D. host B endereço IP: 192.168.1.128

E. host B default gateway : 192.168.1.129

F. host B endereço IP: 192.168.1.190

6) O que vai acontecer depois de alterar o registro deconfiguração para 0x2142 e


reiniciar o router?
A. A imagem IOS será ignorado.

B. O roteador irá pedir para entrar no modo de configuração inicial.

C. O roteador irá iniciar a ROM.

D. Qualquer entradas de configuração na NVRAM será ignorado.

E. A configuração na memória flash será carregado.

R:__________________________________________________________________

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

7) As redes conectadas ao roteador R2 foram resumidas como uma rota


192.168.176.0/21 e enviadas para R1 através deste resumo. Dentre os endereços
mostrados nas alternativas, escolha quais seriam destinos para onde o roteador R1
enviaria pacotes em função da rota resumida.

A. 192.168.194.160

B. 192.168.183.41

C. 192.168.159.2

D. 192.168.183.255

E. 192.168.179.4

F. 192.168.184.45

R:_____________________________________________________________________

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

8) Quais declarações são características relacionadas a VLAN? (Escolha três.)

A. Um novo switch não tem VLANs configuradas.

B. A conectividade entre VLANs requer um dispositivo de camada 3.

C. VLANs tipicamente diminuem o número de domínios de colisão.

D. Cada VLAN usa um espaço de endereço separado.

E. O switch mantém uma tabela separada bridging table para cada VLAN.

F. VLAN não pode abranger múltiplos switches.

R:_______________________________________________________________

9) Qual dos seguintes descreve corretamente os papéis de dispositivos em uma


WAN? (Escolha três)
A. A CSU / DSU termina um laço digital local.

B. Um modem termina um laço digital local.

C. A CSU / DSU termina um loop analógico local.

D. Um modem termina um loop analógico local.

E. Um roteador é comumente considerado um dispositivo DTE.

F. Um roteador é comumente considerado um dispositivo DCE.

R:_______________________________________________________________

10) Spanning-Tree protocol é um recurso desenvolvido para conter loops de


roteamento em ambientes comutados.
( ) Verdadeiro

( ) Falso

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

11) Analise as alternativas em conjunto com a figura e assinale as verdadeiras a


respeito do dispositivo A:

A. Com uma máscara de rede 255.255.255.128 associada aos hosts, cada interface
não requer um endereço IP.

B. Com uma máscara de rede 255.255.255.128 associada aos hosts, cada interface
exige um endereço IP com sub-redes distintas.

C. Com uma máscara de rede de 255.255.255.0, o dispositov A deve ser da camada


2 para que os PCs possam se comunicar.

D. Com uma máscara de rede de 255.255.255.0, o dispositov A deve ser da


camada 3 para que os PCs possam se comunicar.

E. Com uma máscara de rede de 255.255.254.0, cada interface do dispositivo A não


requer um endereço IP.

Comentários:

____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

12) Quais descrições são corretas sobre as características do unicast IPv6? (Escolha
duas.)
A. endereços globais começam com 2000:: / 3.

B. Link-local endereços começam com FE00: / 12.

C. Link-local endereços começar com FF00:: / 10.

D. Existe apenas um endereço de loopback e é:: 1.

E. Se um endereço global é atribuído a uma interface, então esse é o único


endereço permitido para o interface.

R:__________________________________________________________________

13) Qual conjunto de comandos é recomendado para prevenir o uso de um hub na


camada de acesso?
A. switch(config-if)#switchport mode trunk
switch(config-if)#switchport port-security maximum 1

B. switch(config-if)#switchport mode trunk


switch(config-if)#switchport port-security mac-endereço 1

C. switch(config-if)#switchport mode access


switch(config-if)#switchport port-security maximum 1

D. switch(config-if)#switchport mode access


switch(config-if)#switchport port-security mac-endereço 1

R:_____________________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 347


Certificação CCNA – Trainning Education Services

14) Observe a topologia e assinale o que está correto sobre as portas Spanning-Tree
nesta rede.

A. SwitchA, Fa0 / 2, designado

B. SwitchA, Fa0 / 1, raiz

C. SwitchB, Gi0 / 2, raiz

D. SwitchB, Gi0 / 1, designado

E. SwitchC, Fa0 / 2, raiz

F. SwitchD, Gi0 / 2, raiz

G.SwitchD, GI0/1, raiz

R:_______________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 348


Certificação CCNA – Trainning Education Services

15) Qual opção é um endereço válido IPv6?

A. 2001:0000:130F: :099a: :12a

B. 2002:7654:A1AD:61:81AF:CCC1

C. FEC0:ABCD:WXYZ:0067::2A4

D. 2004:1:25A4:886F::1

R:_______________________________________________________________

16) Quantos bits estão contidos em cada campo de um endereço IPv6?


A. 24

B. 16

C. 8

D. 4

E. 32

R:_______________________________________________________________

17) Quando é necessário utilizar um endereço IP públicoem uma interface de


roteamento?

A. Conectar um roteador em uma rede local.

B. Conectar um roteador para outro roteador.

C. permitir a distribuição de rotas entre as redes.

D. Traduzir um endereço IP privado.

E. Conectar a rede à Internet.

R:_______________________________________________________________
18) Responda 2 questões de VLSM, observando a figura abaixo:

CCNA Trainning Education Services Page 349


Certificação CCNA – Trainning Education Services

18.1) Que mascara permitirá o número apropriado de endereços de host para


rede A?

A. /25

B. /26

C. /27

D. /28

R:_______________________________________________________________

18.2) Que máscara vai colocar todos os hosts da rede B na mesma sub-rede
com a menor quantidade de endereços desperdiçados?

A. 255.255.255.0

B. 255.255.254.0

C. 255.255.252.0

D. 255.255.248.0

R:_______________________________________________________________

19) Quantos endereços de hosts será a rede 124.12.4.0/22 fornecer?

CCNA Trainning Education Services Page 350


Certificação CCNA – Trainning Education Services

A. 510

B. 1024

C. 1022

D. 2048

E. 718

R:__________________________________________________________________

20) Qual saída do comando show ip interface indica problema de camada 1 ?

A. Serial0/1 is up, line protocol is down

B. Serial0/1 is down, line protocol is down

C. Serial0/1 is up, line protocol is up

D. Serial0/1 is administratively down, line protocol is down

R:__________________________________________________________________

21) Qual termo está relacionado ao processo de encapsular pacotes IPv6 dentro de
IPv4 ?

A. tunneling

B. hashing

C. routing

D. NAT

E. pilha dupla

R:_____________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 351


Certificação CCNA – Trainning Education Services

22) Hosts na mesma VLAN podem secomunicar uns com os outros, mas são incapazes
de se comunicar com hosts em VLANs diferentes. Qual alternativa apresenta a solução
mais adequada para esta comunicação na topologia abaixo?

A. Um roteador com um endereço IP na interface física que está conectada ao


switch.
B. Um roteador com subinterfaces configurado na interface física que está
conectada ao switch.
C. Colocar as portas como acesso em todas as vlans que se deseja comunicar
D. Configurar um tronco entre o switch da topologia e um outro acrescentado.
E. Colocar todos os computadores na mesma sub-rede ip.

R:______________________________________________________________

23) Qual dos protocolos abaixo o DNS usa?


A. FTP

B. TFTP

C. TCP

D. udp

E. scp

R:_______________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 352


Certificação CCNA – Trainning Education Services

24) O gateway padrão aplicado a um host por DHCP foi 192.168.5.33/28. Qual das
opções abaixo seria um endereço IP válido do host?

A. 192.168.5.55

B. 192.168.5.47

C. 192.168.5.40

D. 192.168.5.32

E. 192.168.5.14

R:__________________________________________________________________

25) Se o roteamento IP está ativado, que dois comandos definem o gateway de último
recurso para os pacotes ? (Escolha dois.)

A. ip default-gateway 0.0.0.0

B. ip route 172.16.2.1 0.0.0.0 0.0.0.0

C. ip default-network 0.0.0.0

D. ip default-route 0.0.0.0 0.0.0.0 172.16.2.1

E. ip route 0.0.0.0 0.0.0.0 172.16.2.1

R:__________________________________________________________________

26) Qual comando pode permitir CDP globalmente no roteador Cisco?

A. enable cdp

B. cdp enable

C. cdp run

D. run cdp

E. no shutdown cdp

R:_________________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 353


Certificação CCNA – Trainning Education Services

27) O usuário na estação de trabalho B relata que um servidor não pode ser

alcançado. O que o está impedindo de chegar ao Servidor A?

A. O endereço IP para o Servidor A é um endereço de broadcast.

B. O endereço IP para a estação de trabalho B é um endereço de sub-rede.

C. A porta de entrada para Workstation B não está na mesma sub-rede.

D. O gateway para o servidor A não está na mesma sub-rede.

E. Falta um switch na topologia para a comunicação funcionar.

F. O host B e o Server A estão na mesma rede e não podem passar pelo roteador.

R:______________________________________________________________

28) Protocolos de roteamento dinâmicos oferecem menos segurança do que rotas


estáticas.

Esta afirmação é:

( ) Verdadeira

( ) Falsa

CCNA Trainning Education Services Page 354


Certificação CCNA – Trainning Education Services

29) O que acontecerá com o tráfego HTTP proveniente da Internet que e destinado
para 172.16.12.10 ao ser processado pela ACL abaixo?

A. Tráfego serão descartados por linha 30 da ACL.

B. Tráfego serão aceitas por linha 40 da ACL.

C. Tráfego será descartado, por causa da implícita deny all no final da ACL.

D. Tráfego será aceito, porque o endereço de origemnão é coberto pela ACL.

E. Tráfego irá retornar à origem em função de não estar na tabela de roteamento.

R:__________________________________________________________________

30 ) O que ocorre em uma rede Frame Relay quando a CIR éexcedida?

A. Todo o tráfego TCP está marcada descartar elegíveis.

B. Todo o tráfego UDP é marcado descartar elegíveise um BECN é enviado.

C. Todo o tráfego TCP está marcada descartar elegíveis e um BECN é enviado.

D. Todo o tráfego superior ao CIR é marcado como bit como elegível para o
descarte (DE).

E. O cliente do link será multado em função do excesso de uso do serviço.

F. A operadora passa a disponibilizar uma taxa extra ao cliente.

R:______________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 355


Certificação CCNA – Trainning Education Services

31) Depois HostA efetuar pings para HostB, qual a entrada estará no cache ARP de
HostA para suportar esta transmissão?

R:__________________________________________________________________

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Certificação CCNA – Trainning Education Services

32) Ao configurar uma interface serial de um roteador Cisco, qual é o encapsulamento


padrão?

A. atm-dxi

B. frame-relay

C. hdlc

D. lapb

E. ppp

R:_________________________________________________________________

33) Quais são algumas das vantagens de usar um roteador para segmentar a rede?
(Escolha duas.)

A. A filtragem pode ocorrer com base em informaçõesde camada 3.

B. Broadcasts são eliminados.

C. Routers geralmente tem um custo menor que switches.

D. Broadcasts não são encaminhados através do router.

E. Adicionando um roteador a rede diminui a latência.

R:__________________________________________________________________

34) Aponte 3 benefícios do uso de VLANS nos ambientes de redes.

A. Elas aumentam o tamanho dos domínios de colisão.

B. Elas permitem agrupamento lógico de usuários porfunção.

C. Elas podem aumentar a segurança da rede.

D. Elas aumentam o tamanho dos domínios de broadcast, enquanto reduzem


número de domínios de colisão.

E. Elas aumentam o número de domínios de broadcast,enquanto reduzem


tamanho dos domínios de broadcast.

F. Eles simplificam a administração switch.

R:____________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 357


Certificação CCNA – Trainning Education Services

35) Assinale as afirmações verdadeiras sobre o desenho abaixo:

A. Há dois domínios de transmissão na rede.

B. Há quatro domínios de broadcast da rede.

C. Há seis domínios de broadcast da rede.

D. Há quatro domínios de colisão na rede.

E. Há cinco domínios de colisão na rede.

F. Há sete domínios de colisão na rede

R:______________________________________________________________

36) Quais itens são corretos sobre o protocolo de roteamento OSPF? (Escolha três.)

A. Ele suporta VLSM.

B. Ele é usado para rota entre sistemas autônomos.

C. instabilidade da rede limites de uma área da rede.

D. Ela aumenta a sobrecarga de roteamento na rede.

E. Ele permite um amplo controle de atualizações deroteamento.

F. É mais simples de configurar do que RIP v2

R:______________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 358


Certificação CCNA – Trainning Education Services

37) Quais endereços de destino serão usados pelo Host A para enviar dados para o
host C?

A. o endereço IP do Switch 1

B. o endereço MAC do Switch 1

C. o endereço IP do Host C

D. o endereço MAC do Host C

E. o endereço IP da interface do roteador E0

F. o endereço MAC da interface do roteador E0

R:_________________________________________________________________

38) Que funções roteadores executam em uma rede? (Escolha duas.)

A. Switching de pacotes

B. acesso camada de segurança

C. seleção de caminhos

D. atribuição de participação na VLAN

E. bridge entre segmentos de LAN

F. microssegmentação de domínios de broadcast

R:__________________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 359


Certificação CCNA – Trainning Education Services

39) Sobre redes mutiacesso em OSPF, marque as alternativas que correspondem ao


roteadores que serão os DRs das redes:

A. Corp-1
B. Corp-2
C. Corp-3
D. Corp-4
E. Branch-1
F. Branch-2
R:_________________________________________________________________

40) Quais as afirmações verdadeiras sobre as sucessor routers EIGRP? (Escolha duas.)

A. Um sucessor rota é usada por EIGRP para encaminhar o tráfego para um


destino.
B. Sucessor routes são salvas na tabela de topologia para serem usadas, se a rota
principal falhar.
C. Sucessor routes são marcadas como "ativo" na tabela de roteamento em
condições normais.
D. Uma sucessor route pode ser apoiada por uma rota feasible sucessor
armazenada na tabela de topologia.
E. Sucessor routes tem um alcance máximo de15 saltos na rede.

R:______________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 360


Certificação CCNA – Trainning Education Services

41) A rede mostrada no diagrama está com problemas de conectividade. Quais das
ações descritas nas alternativas seguintes irá corrigir os problemas?.

A. Configurar o gateway em Host A para 10.1.1.1.

B. Configurar o gateway em Host B para 10.1.2.254.

C. Configurar o endereço IP de Host A para 10.1.2.2.

D. Configurar o endereço IP de Host B para 10.1.2.2.

E. Configurar as mascaras em ambos hosts para 255.255.255.224.

F. Configurar as mascaras em ambos hosts para 255.255.255.240.

R:_________________________________________________________________

42) Um Catalyst 2960 precisa ser reconfigurada. Que medidas irão garantir que a
configuração antiga seja apagada? (Escolha três.)

A. Apagar a memória flash

B. Reiniciar o switch.

C. Apagar o VLAN database.

D. Apagar configuração da memória ram

E. Apagar a a configuração da memória nvram.

F. Modificar o configuração register.

R:__________________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 361


Certificação CCNA – Trainning Education Services

43) Host A envia ping para Host B. Quais endereços de origem (MAC e IP) contém o
quadro quando parte de R2 em destino ao host B?

A. abcd.abcd.a001

B. abcd.abcd.b002

C. abcd.abcd.c003

D. 10.2.0.15

E. 10.0.64.1

F. 10.0.128.15

R:_________________________________________________________________

44) Observe a topologia abaixo e escreva quais portas deverão ser configuradas em
mode de acesso e quais deverão estar em modo de trunk

CCNA Trainning Education Services Page 362


Certificação CCNA – Trainning Education Services

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

45) A empresa FMJ está preocupada com o acesso não autorizado ao servidor da folha
de pagamento. O Accounting1, CEO, Mgr1 e Mgr2 estações devem ser os únicos
computadores com acesso à folha de pagamento do servidor. Quais tecnologias devem
ser implementadas para evitar o acesso não autorizado ao servidor?

(Escolha duas)

A. access lists

B. encrypted router passwords

C. STP

D. VLANs

E. VTP

F. wireless LANs

R:_______________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 363


Certificação CCNA – Trainning Education Services

47) Quais comandos devem ser configuradas no switch 2960 e no roteador 2911 para
permitir a comunicação entre o host 1 e host 2?

A. Router(config)# interface fastethernet 0/0


Router(config-if)# ip address 192.168.1.1 255.255.255.0
Router(config-if)# no shutdown

B. Router(config)# interface fastethernet 0/0


Router(config-if)# no shut down
Router(config)# interface fastethernet 0/0.1
Router(config-subif)# encapsulation dot1q 10
Router(config-subif)# ip address 192.168.10.1 255.255.255.0
Router(config)# interface fastethernet 0/0.2
Router(config-subif)# encapsulation dot1q 20
Router(config-subif)# ip address 192.168.20.1 255.255.255.0

C. Router(config)# router eigrp 100


Router(config-router)# network 192.168.10.0
Router(config-router)# network 192.168.20.0

D. Switch1(config)# vlan database


Switch1(config-vlan)# vtp domain XYZ
Switch1(config-vlan)# vtp server

E. Switch1(config)# interface fastethernet 0/1


Switch1(config-if)# switchport mode trunk

F. Switch1(config)# interface vlan 1


Switch1(config-if)# ip default-gateway 192.168.1.1

R:________________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 364


Certificação CCNA – Trainning Education Services

48) Suponha que todas as interfaces do roteador R2 estão operacionais e configuradas


corretamente. Observe as configurações exibidas na figura para R1 e assinale as
alternativas que mostram como estas configurações poderão afetar R2.

A. R2 Router não vai formar relação de vizinho com R1.

B. R2 Router irá receber atualizações de roteamento , incluindo uma rota padrão, a


partir de R1.

C. R2 irá obter atualizações OSPF de R1, mas não vai obter uma rota padrão de R1.

D. R2 não terá uma rota para a rede serial conectado diretamente, mas todas as
outras redes diretamente conectadas estarão presentes, assim como as duas redes
Ethernet ligado a R1.

R:__________________________________________________________________

49) Um roteador foi configurado com três protocolos de roteamento. Um caminho é


de EIGRP que tem uma métrica composta de 20.514.560. Outro caminho é de OSPF
com uma métrica de 782. O último é de RIPv2 e tem uma métrica de 4. Quais rotas
serão instaladas na tabela de roteamento?

A. As rotas OSPF

B. As rotas EIGRP

C. As rotas RIPv2

D. todas as três rotas

E. As rotas OSPF e RIPv2

R:_________________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 365


Certificação CCNA – Trainning Education Services

50) Qual duas afirmações são verdadeiras sobre EIGRP? (Escolha duas.)

A. Passive routes são processos iniciados pelo calculo do DUAL

B. EIGRP suporta VLSM, sumarização de rotas, roteamento e autenticação de


atualização.

C. EIGRP troca informações de roteamento com roteadores vizinhos a cada


atualização.

D. Se o sucessor viável tem uma distância maior do que a rota anunciada sucessor,
torna-se a via principal.

E. Se ocorrer uma perda da rota em funcionamento, um processo de consulta


busca uma sucessora viável, antes de iniciar o recálculo para atualização.

R:__________________________________________________________________

51) Qual é a utilidade de uma default route?

A. Fornecer encaminhamento para um destino que não é especificado na tabela de


roteamento e que está fora da rede local.

B. Para fornecer roteamento de um provedor para umarede stub.

C. Para fornecer roteamento que irá substituir o configurado protocolo de


roteamento dinâmico.

D. Para fornecer roteamento para um servidor web local.

E. Para conter loops de roteamento.

R:__________________________________________________________________

52) Sobre o recurso Port-Security, assinale as alternativas corretas:

A. Permite a ativação de autenticação por usuários na segurança de portas.

B. É associado a um banco de dados da Cisco para obter informações de segurança


da rede.

C. Pode limitar a quantidade de endereços MAC aprendidos nas portas do switch.

D. Permite a detecção de SPAM de internet nas portas do switch.

E. Coloca o endereço MAC em formato estático nas portas do switch

R:__________________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 366


Certificação CCNA – Trainning Education Services

53) A execução em conjunto de IPv4 e IPv6 em um roteador é conhecido como:

A. Roteamento 4to6

B. Roteamento 6to4

C. Roteamento binário

D. Roteamento dual-stack

E. NextGen roteamento

R:_______________________________________________________________

54) Um administrador de rede quer tornar o Switch3 como bridge raiz. O que poderia
ser feito para garantir que ele seja o brigde raiz?

A. Configure o Endereço IP no Switch3 para ser maior do que os endereços do


Switch1 e Switch2.

B. Configure o valor de prioridade do Switch3 para ser maior do que os valores de


prioridade de Switch 1 e Switch2.

C. Configurar o BID em Switch3 para ser menor que os valores de Switch1 e


Switch2.

D. Configure o Endereço MAC em Switch3 para ser maior que o endereços MAC de
Switch1 e Switch2.

E. Configure uma interface de loopback em Switch3 com um Endereço IP inferior a


qualquer Endereço IP em Switch1 e Switch2.

R:_________________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 367


Certificação CCNA – Trainning Education Services

55) Os hosts na rede 192.168.2.0 não conseguem chegar aos hosts na rede
192.168.3.0. Com base na saída de RouterA, quais são os dois possíveis motivos para a
falha? (Escolha duas)

A. O cabo ligado a interface S0/0 em RouterA está com defeito.

B. Interface S0/0 em RouterB está administratively down.

C. Interface S0/0 em RouterA está configurada com uma máscara de sub-rede


incorreta.

D. O Endereço IP que está configurado na interface S0/0 de RouterB não está na


sub-rede correta.

E. A interface S0/0 em RouterA não está recebendo um sinal de clock do CSU /


DSU.

F. O encapsulamento que está configurado na S0/0 de RouterB não coincide com o

encapsulamento configurado no S0/0 de RouterA.

R:__________________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 368


Certificação CCNA – Trainning Education Services

56) Um administrador de rede necessita permitir apenas uma conexão Telnet com um
roteador. A senha de Telnet devem ser criptografada. Qual o conjunto de comandos
irá realizar esta tarefa?

A. service password-encryption
access-listl permit 192.168.1.0.0.0.0.255
line vty 0 4
login
password cisco
access-class 1

B. enable password secret


line vty 0
login
password cisco

C. service password-encryption
line vty 0
login
password cisco

D. service password-encryption
line vty 0 4
login
password cisco

R:________________________________________________________________

57) Qual é o significado da saída MTU 1500 bytes?

Router#show interfaces gi0/0


GigabitEthernet0/0 is administratively down, line protocol is down (disabled)
Hardware is CN Gigabit Ethernet, address is 00e0.b0b3.7101 (bia 00e0.b0b3.7101)
MTU 1500 bytes, BW 1000000 Kbit, DLY 10 usec,
reliability 255/255, txload 1/255, rxload 1/255
Encapsulation ARPA, loopback not set
Keepalive set (10 sec)
Full-duplex, 100Mb/s, media type is RJ45
Output omitted-----------------------------XXX-----------------------------------------------------------

A. O número máximo de bytes que podem atravessar esta interface por segundo é
de 1500.
B. O tamanho do segmento mínimo que pode atravessaresta interface é de 1500
bytes.
C. O tamanho máximo do segmento que pode atravessaresta interface é de 1500
bytes.

CCNA Trainning Education Services Page 369


Certificação CCNA – Trainning Education Services

D. O tamanho do pacote mínimo que pode atravessar esta interface é de 1500


bytes.
E. O tamanho máximo do pacote que pode atravessar esta interface é de 1500
bytes.
F. O tamanho máximo do quadro que pode atravessar esta interface é de 1500
bytes.

R:__________________________________________________________________

58) Um profissional não está conseguindo estabelecer a conectividade entre dois


roteadores Cisco. Após examinar a saída do comando show running-config de ambos
os roteadores, pode-se entender a causa mais provável:

A. Autenticação precisa ser alterado para PAP em ambos roteadores.

B. Endereços ip das Seriais nos roteadores não estão na mesma sub-rede.

C. Nome de usuário / senha está configurado incorretamente.

D. Nomes dos router estão configurados incorretamente.

E.Ambos os roteadores são Cisco e por isso devem ser encapsulados com HDLC.

R:__________________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 370


Certificação CCNA – Trainning Education Services

59) Observe a figura abaixo:


S0/0 em R1 é configurado como uma interface multiponto para se comunicar com R2 e
R3 nessa topologia Frame Relay hub-and-spoke.
Um técnico nota que são bem sucedidos pings de hosts na rede 172.16.1.0/24 a hosts
nas redes 172.16.2.0/25 e 172.16.2.128/25. No entanto, pings entre hosts nas redes
172.16.2.0/25 e 172.16.2.128/25 não são bem sucedidos. O que poderia explicar esse
problema de conectividade?

A. Existe um erro no protocolo de encaminhamento dinâmio escolhido. Um


protocolo link state é requerido num caso como este de hub-and-spoke em uma
rede Frame Relay.

B. Split horizon está impedindo R2 de aprender sobre as redes R3 e R3 de aprender


sobre as redes R2.

C. O comando sub-zero-ip tenha sido emitido no roteador R1.

D. A rede 172.16.3.0/29 usada nos links Frame Relay esta criando redes adjacentes
entre o R2 e sub-redes do roteador R3.

E. As redes 172.16.2.0/25 e 172.16.2.128/25 se sobrepõem e não podem ser vistas


por R1.

F. Existe um problema aparente de looping de roteamento, devendo ser ativado o


Split Horizon para a solução.

R:_________________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 371


Certificação CCNA – Trainning Education Services

60) Como ocorre a composição de um ID de interface EUI-64 criado a partir de um


endereço MAC de 48 bits?

A. Anexando 0xFF para o Endereço MAC.

B. Prefixando o Endereço MAC com 0xFFEE.

C. Prefixando o Endereço MAC com 0xFF e anexando a ele 0xFF.

D. Inserindo 0xFFFE entre os três bytes superiores e os três inferiores do endereço


MAC.

E. Prefixando o Endereço MAC com 0xF e inserindo 0xFafter cada um de seus três
primeiros bytes.

R:__________________________________________________________________

61) O roteador iniciou no prompt mostrado na exibição. Qual o significado disso? E


qual deve ser o procedimento do administrador?

A. O arquivo de configuração não foi encontrado na NVRAM. O administrador da


rede deve inserir uma configuração básica.

B. O arquivo de configuração não foi encontrado na memória flash. O


administrador de rede deve usar TFTP para transferir um arquivo de configuração
para o roteador.

C. A imagem do IOS na memória flash é inválida ou corrompida. O administrador


de rede deve usar TFTP para transferir uma imagem IOS para o roteador.

D. Não foi possível autenticar o usuário. O administrador deve modificar IOS e


reiniciar o roteador.

R:_________________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 372


Certificação CCNA – Trainning Education Services

62) Identifique dentre os endereços da coluna a esquerda, cada correspondente


adequado às interfaces apontadas na topologia. Faça a associação indicando letras e
números na resposta.

C 1 2 3

F
4

R:_________________________________________________________________

CCNA Trainning Education Services Page 373


AVALIAÇÃO FINAL DE TREINAMENTO
---- DESTACAR ESTA FOLHA E ENTREGAR AO INSTRUTOR ----

Data:

NOME:
CURSO:

INSTRUTOR:

AVALIAÇÃO FINAL DE TREINAMENTO

Marque com um X na lacuna ao lado da figura na opção desejada.


Conteúdo Programático do Curso   ☺
Tempo de Realização do Curso   ☺
Referência Final ao Treinamento   ☺
Material Didático   ☺
Didática Instrutor   ☺
Conhecimento Técnico do Instrutor   ☺
Instalações Físicas (Mesa, Cadeira, Quadro, Projetor, Computador)   ☺
Atendimento Comercial e Administrativo   ☺
Conteúdo, Material Adicional e Informações no site da Trainning   ☺

COMENTÁRIOS
Espaço livre para comentários, críticas e sugestões sobre o treinamento realizado.

INDICAÇÕES
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 REGULAR

 SATISFATÓRIO

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