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Evidências Da Veracidade Do Livro De Mórmon (PET-T1)

Daniel C. Peterson
Provo, Utah: Maxwell InstituteThe views expressed in this article are the views of the author
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University, or The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints.
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Evidências Da Veracidade Do Livro De Mórmon

por Daniel C. Peterson


Traduzido por Expedito J. Noronha

Gostaria de falar-lhes hoje a respeito das evidências da veracidade do Livro de Mórmon. Creio
que a primeira evidência da veracidade do Livro de Mórmon sempre será o testemunho
espiritual que as pessoas recebem quando oram sinceramente e com fé a respeito do Livro.
Mas há outras coisas que podem ser ditas a respeito dele, e eu gostaria de falar sobre
evidências recentes e interessantes desenvolvimentos feitos por estudiosos do Livro de
Mórmon. O Livro de Mórmon me parece também, uma das provas principais do chamado
profético de Joseph Smith. Há uma grande quantidade de estudos do Livro de Mórmon que
está ocorrendo agora mesmo que acredito, são de interesse, ou devia ser de interesse, para os
membros e investigadores da Igreja.

Algo que precisa ser dito a respeito do Livro de Mórmon de início está no fato de, desde o
princípio de sua existência, o livro é uma coisa assombrosa. A rapidez espantosa com a qual ele
foi produzido é em si um milagre. Muitos provavelmente sabem que ele foi produzido em
pouco mais de dois meses. Ora, isto talvez não seja tão impressionante para algumas pessoas
quanto realidade é. Há alguns anos fui convidado a preparar um livro para uma companhia que
desejava um livro sobre o Oriente Próximo. Queriam-no muito rápido, de fato queriam-no
mesmo rápido demais. Perguntei-lhes de quanto tempo eu dispunha para escrever o livro caso
eu aceitasse a oferta. Eles responderam: "algo em torno de dois meses e pouco". Bem, aceitei
a oferta. Uma das razões que me levaram a aceitar foi porque eu queria ver se na verdade
seria capaz de fazê-lo. Bem, consegui. Escrevi um livro com cerca de 140.000 palavras em
pouco mais de dois meses. Fiquei muito satisfeito comigo mesmo e outras pessoas
comentaram que eu escrevi muito rápido.

Em seguida comecei a pensar naquilo. O Livro de Mórmon contém cerca de 250.000 palavras,
e foi produzido praticamente no mesmo tempo. Mas lembrem-se, ele foi ditado sem qualquer
revisão. Eu dispunha de um processador de palavras e um sofisticado computador que podia
transferir as coisas a meu bel prazer. E eu vinha usando-o por um bom tempo, uma vez que
este assunto em particular, estudos sobre o Oriente Próximo, é minha especialidade. Joseph
Smith ditou o Livro de Mormon, jamais fez sérias modificações, e produziu um livro muito mais
longo e, eu diria, muito mais impressionante do que o meu, quase no mesmo período de
tempo. Algumas pessoas talvez digam: "Óh, sim, sua imaginação simplesmente transbordou."
Desafio-os a produzir um livro como aquele. A pura existência do Livro de Mormon, produzido
sob as circunstâncias em que foi é algo notável - principalmente se considerado o fato de que
os homens envolvidos não possuíam educação formal. Joseph Smith era apenas alfabetizado.
Estava quase sempre doente e pouco à vontade com relação à sua habilidade em escrever.
Preferia sempre ditar a um escrevente porque se sentia embaraçado. Alguns de seus escritos
estão preservados, e é evidente que ele não era uma pessoa com muito conhecimento escolar.
Sua esposa, Emma, que o conhecia extremamente bem, disse estar muito além de sua
capacidade escrever o Livro de Mórmon. E entretanto, o livro existe, e aí se encontra um
primeiro desafio ao mundo, o de como explicar esse livro. Uma coisa é falar
irresponsavelmente do livro como tendo sido inventado por Joseph Smith. Outra é
compreender como isso pode ter acontecido.

Bem, não se trata apenas da velocidade com que o livro foi produzido que creio impressionar,
mas também da racionalidade do livro como história. Gastei muito de meu tempo lendo
história antiga e medieval escrita por autores antigos e medievais, e este livro é racionalmente
história. O povo nele descrito se comporta como povos históricos se comportavam. As
sociedades e civilizações no Livro de Mórmon se comportam da mesma maneira que as
sociedades e civilizações antigas se comportavam. Isso é impressionante. É algo que acredito
estava além da capacidade de alguém como Joseph Smith produzir. Tentarei fornecer-lhes
alguns exemplos à medida que continuarmos.

Eu também diria que os detalhes do Livro de Mórmon, sua complexidade, também são
impressionantes. John Sorenson publicou o que eu considero um livro clássico há alguns anos
chamado Um Antigo Cenário Americano para o Livro de Mórmon (An Ancient American Setting
for the Book of Mormon) no qual ele faz correlações plausíveis para o Livro com características
e localização na Mesoamérica. Isso também, penso, é impressionante, e estou admirado pelas
muitas correlações que ele apresenta. Vou além disso e afirmo que o primeiro e principal fato
que impressiona a esse respeito é o de que uma geografia plausível e coerente pode ser
deduzida do livro que foi produzido tão rapidamente - tão plausível e coerente que uma
pequenina cidade mencionada em certa parte do Livro de Mórmon produziria mais tarde
duzentas páginas sobre o mesmo lugar. Ora, isso está além da capacidade de meus estudantes
realizar. Está além de minha capacidade produzir em dois meses sem que tenha bastante
ajuda e assistência de aparelhos eletrônicos e assim por diante.

O único livro que me vem à mente que até possa assemelhar-se a isso, de alguma forma ,
(algumas pessoas têm-no notado), é algo como o Senhor dos Anéis (Lord of the Rings) de J. R.
R. Tolkiens1. É preciso não esquecer que o Senhor dos Anéis foi escrito dentro de um período
de cerca de 30 anos por um homem com doutorado e que ensinou nas Universidades de
Cambridge e Oxford. É completamente diferente de um livro produzido em apenas dois meses.
Assim, a simples existência do livro é algo assombroso. Não foi algo que poderia ser produzido
por um rapaz de uma fazenda do interior do estado de Nova York em 1930 ou simplesmente
uma criação de sua mente. Há mais coisas que mencionarei a seguir.

Os testemunhos do Livro de Mórmon têm sido sempre extremamente impressionantes para


mim. Algumas pessoas parecem lidar com eles simplesmente deixando-os de lado. Assim não
deve ser. O trabalho de Richard Anderson a respeito das três e das oito testemunhas
demonstra conclusivamente tratar-se de pessoas sinceras, competentes e honradas que
acreditavam realmente terem visto aquilo que clamavam terem visto. Mais recentemente,
Lindon Cook publicou uma coleção de entrevistas com David Whitmer, que era o último
sobrevivente das três testemunhas. Há cerca de noventa entrevistas e o que é mais
impressionante a esse respeito é a grande monotonia das entrevistas, a monotonia da história
que eles contam - por tratar-se da mesma história sempre e sempre. David Whitmer, você
lembrará, deixou a Igreja e nunca mais retornou, e as vezes sentia alguma hostilidade sobre a
Igreja e alguma insatisfação com a direção que ela tomou, mas é irrelevante; essas são apenas
opiniões suas. Onde ele é importante é como testemunha. Foi-lhe dado muitas oportunidades
para negar o seu testemunho e dizer, " Bem, eu devo estar errado" ou " Joseph Smith
enganou-me " ou algo parecido. Ele nunca aproveitou a oportunidade para agir assim. Ele se
manteve sempre firme em seu testemunho. De fato ele fez mais do que simplesmente mantê-
lo - ele insistiu nele. Ele teve seu testemunho do Livro de Mórmon gravado em sua sepultura -
isso, eu creio, é extraordinário.
Parece-me que é muito, muito difícil para os críticos rejeitarem o testemunho de uma
testemunha do Livro de Mormon. Lembro-me de algo que B. H. Roberts disse, e que acredito
ser verdadeiro. Ele disse que, tomadas em conjunto as declarações das três e das oito
testemunhas, são excepcionalmente fortes. Por quê? Porque você poderia dizer que três
testemunhas com sua história de um visitante angélico e de um acontecimento sobrenatural,
estavam alucinadas. Eu não creio que você diria isso , mas se alguém quiser fazê-lo, essa é uma
possibilidade a que podem chegar. Por outro lado, você tem as oito testemunhas que não
tiveram nenhuma manifestação sobrenatural. Eles estavam num bosque , numa pequena
clareira entre as árvores, numa tarde. E viram as placas verdadeiramente. Aqui você tem duas
experiências diferentes que reforçam uma à outra. Você poderia dizer no caso de uma delas,
"Bem, há uma espécie de charlatanismo ou fraude acontecendo ali, Joseph Smith ou alguém
colocou as placas no lugar em que elas se encontravam naquela clareira". Isso explicaria as
oito testemunhas embora eu não veja como. Onde poderia um pobre rapaz como Joseph
Smith conseguir sessenta para oitenta libras de ouro para tal propósito? Mas, visto pelo lado
dos elementos miraculosos das três testemunhas você tem dois diferentes relatos que
reforçam um ao outro porque são tão diferentes. Isso é extraordinário e poderoso.

Desejo falar agora sobre algo mais que foi descoberto mais recentemente. Quero falar da
exatidão de coisas no Livro de Mórmon que Joseph Smith não poderia conhecer ou que é
muito improvável que ele tenha tido conhecimento. Lembrem-se de tratar-se de um homem
(ou um rapaz, na realidade) com pouca educação formal, que viveu não em um grande centro
de cultura, mas em Palmyra, Nova York. A maior parte da tradução foi feita em Harmony, na
Pennsylvania, que era um lugar tão insignificante de certa forma, que deixou de existir. Não
havia grandes bibliotecas lá, nenhuma pessoa sofisticada a quem pudesse pedir conselho. E
entretanto ele voltou com um livro, produzido de uma maneira que ele classificou de
miraculosa. E ele acertou o alvo. Ele descreve o mundo antigo de uma forma que ele não
poderia conhecer, que ninguém conhecia naquele tempo. Nem mesmo a pessoa mais letrada
nos primórdios do século dezenove poderia ter tido conhecimento. Ele acertou um alvo que
provavelmente nem tivesse idéia de estar mirando.

Uma das coisas que Hugh Nibley falou em seu livro Since Cumorah foi sobre as atividades
vulcânicas e dos terremotos descritos em 3 Néfi que é tão detalhado e preciso em tantas
maneiras que eu penso que há de se concluir que foi escrito por uma testemunha ocular, ou
por alguém que teve acesso a relatos de uma testemunha ocular. Joseph Smith não teve tal
acesso. Joseph Smith jamais viu um terremoto ou um vulcão, tanto quanto sabemos.

Há mais coisas a serem consideradas. Muitos de vocês provavelmente têm conhecimento


sobre quiasmos, que foram descobertos no Livro de Mórmon por Jack Welch. Acredito que
exemplos clássicos incluem a discussão de Alma 41 do termo restauração , ou em Alma 36 com
o quiasmo Cristo centralizado enfocando na experiência de Alma no fundo do desespero
quando ele se lembrou do nome de Cristo e voltou-se para Cristo e foi redimido. Estes são
exemplos expetaculares na escrita arcaica. São exemplos espetaculares da estrutura de
quiasmos dos quais Joseph Smith nada sabia, na realidade ninguém conhecia nada a respeito
disto naqueles dias. Eles foram descobertos em escritos antigos neste século. Conheço uma
pessoa na UCLA, um famoso doutor da Europa Oriental em língua semítica, que leu um livro
que Jack Welch colecionou chamado Quiasmos na Antigüidade. Ele falava a esse respeito com
seus alunos - ele não sabia que houvesse qualquer SUD na classe - e numa voz inquisidora,
disse: "Bem, este é um livro muito interessante. Este capítulo sobre o Livro de Mórmon é
notável. Eu não sei o que fazer com ele ." Essa, creio, tem sido a resposta de críticos por muito
,muito tempo. Eles não sabem o que fazer com o livro e isso é algo admirável.

Há mais do que pode ser dito. Meu bom amigo Willian Hamblin nestes últimos meses escreveu
um artigo (e continua pesquisando) sobre as placas de metal. Quando Joseph Smith primeiro
anunciou que havia encontrado placas de metal, é interessante observar que muita gente em
sua vizinhança acreditou nele. Mas os primeiros críticos disseram: " Isso é ridículo, escrita em
placas de ouro? Que absurdo . " Agora o argumento parece mover-se em direção diversa. O
povo está dizendo que com tanta evidência em placas de ouro na antigüidade , então isso deve
ser algo que Joseph Smith apanhou em seu ambiente. O que antes parecia um absurdo e
usado contra Joseph Smith agora é visto apenas como algo comum que todo mundo conhecia,
e assim isso também é usado contra Joseph Smith. Mas isso não funciona também. Acontece
que, como William Hamblin indica, a idéia de placas de ouro parece ser peculiar do território
da Síria e Palestina quase que ao mesmo tempo em que Leí e sua família deixaram Jerusalém.
Daquela área foi espalhada para outras áreas por exemplo, na Grécia. Isso novamente é
extraordinário porque Joseph Smith produziu um livro que reflete de modo específico, formas
detalhadas de coisas que nós somente agora estamos tomando conhecimento a respeito do
antigo Oriente Próximo, área de onde supõe-se o Livro de Mórmon tenha vindo.

Há mais que pode ser dito. Uma área na qual tenho trabalhado é a respeito dos ladrões de
Gadianton. Eles são alguns dos meus povos favoritos no Livro de Mórmon, o que é bastante
engraçado, que aprontaram bastante tanto para a história dos nefitas quanto lamanitas. Um
de meus hobbies nada recomendável quando jovem na escola secundária, é o de que sempre
estive muito interessado nos conflitos de guerrilha. Não sei porque. O fato é que comecei a ler
bastante a esse respeito. Os principais teóricos dos movimentos guerrilheiros , foram os
Marxistas: Mao Tse-tung na China, Vao Neuin Giap no Vietnã do Norte, Che Guevara em Cuba,
que foi associado de Fidel Castro. Certamente não endosso sua visão política, mas no tocante
aos conflitos guerrilheiros eles foram autoridades, porque eles a haviam praticado com
sucesso e depois escreveram a respeito dela. E assim, gastei bastante tempo lendo seus livros
sobre teoria de guerrilha, por nenhum propósito particular. Anos mais tarde ocorreu-me,
embora eu estivesse ensinando uma classe de Doutrina do Evangelho em um ramo de
Jerusalém, Israel, e estávamos lendo Helaman e 3 Nefi. De repente compreendi que o que eu
estava vendo nos ladrões de Gadianton era um exemplo do livro de texto de sucessos e
fracassos de acordo com as regras estabelecidas por Giap, Guevara e Mao Tse-tung.

Permita-me falar-lhe algo sobre essas regras. Particularmente se você olhar no final do Livro de
Helamã e no princípio de 3 Néfi voce verá claramente as muitas espécies de coisas a respeito
das quais os teóricos falavam. Quando os ladrões de Gadianton iniciaram suas façanhas, na
verdade eles começavam como um grupo terrorista urbano , envolvido em assassinatos, mas
eventualmente tinham que se esconder nas montanhas e isto é típico dos grupos guerrilheiros
de nosso século. E eles falam a respeito de como as cidades são os melhores lugares pra se
trabalhar, onde você pode se esconder no meio das massas urbanas. E se não funcionar - como
não funcionou para os ladrões de Gadianton - eles então fogem para territórios não acessíveis,
quase sempre as montanhas. Assim foi, como em todos os três casos (na China, Vietnâ e em
Cuba), as montanhas para onde os guerrilheiros fugiram. Então eles faziam ataques
relâmpagos para atacar aos assentamentos civilizados. Mas escolhiam apenas os momentos
em que poderiam vencer. Eles podem fazer um ataque repentino, causar algum dano, em
seguida se retirar. Isso naturalmente, irritava tremendamente as autoridades. Estas então
mandavam tropas às montanhas em perseguição aos guerrilheiros, mas as montanhas são o
território nativo dos guerrilheiros. Os guerrilheiros escolhem então os lugares em que lutar . E
lá fazem emboscada às tropas regulares que vêm a eles. E eles causam-lhes imensa baixa.

Está registrado no Livro de Mórmon que os comandantes voltavam e relatavam um número


esmagador de ladrões de Gadianton. Bem, isto provavelmente não é verdade; a verdadeira
razão porque estavam se escondendo nas montanhas é porque não tinham um número
esmagador de ladrões. Mas eles queriam parecer um número estrondoso, mais ou menos
como nossos próprios ancestrais SUD se comportaram durante a guerra de Utah quando eles
tentavam retardar o avanço das colunas federais. Eles se escondiam nas montanhas e se
disfarçavam para dar a impressão de que eram muito mais pessoas do que realmente eram, de
modo a dar às tropas federais algo em que pensar. Isto é uma prática de se ganhar respeito.

Ora, felizmente, os Santos dos Últimos Dias não estavam na verdade atirando em ninguém;
eles apenas tentavam retardar as coisas para negociação. Os Gadiantons não eram tão
bonzinhos. Eles causavam grandes baixas nas tropas Nefitas. Eventualmente esse objetivo
acontece quando as tropas guerrilheiras necessitam de ganhar território por esse meio, e esse
é o real tempo sensível em uma luta guerrilheira. Mao Tse-tung chamava isso de realização
transformando tropas guerrilheiras em um exército regular, aquele que se apossa de
territórios. Guerrilhas não tomam posse de território- eles atacam e depois fogem. O objetivo
não é sofrer qualquer baixa mas mantê-la em um número insignificante .Eles querem molestar
e desmoralizar, mas não apossar-se do território por enquanto. Quando se sentem fortes o
suficiente, então eles decidem ocupar as cidades para apossarem-se do território e dominá-lo.
Mas isso, naturalmente, os expõe a um ataque direto. Isso significa que eles não podem dar o
toque de recolher e recuar; eles não podem fazer manobras livremente. Eis um problema
agora identificado como "premature regularization, " o que acontece quando um comandante
rapidamente descobre que ele está pronto para se posicionar diante de um exército regular.
Ele faz a transição muito rapidamente. Isso pode ser desastroso e foi o que aconteceu no caso
de Gadianton.

A certa altura (você pode ler isso no Livro de Mormon em 3 Nefi), os ladrões de Gadianton
descem das montanhas; eles emitem um ultimato aos líderes dos Nefitas e dizem que se
rendam, mas os Nefitas não se rendem . O que fazem, sobre a liderança do governador
chamado Lachoneus é recuar para suas cidades. Eles declaram um espécie de política de terra
queimada. Eles destróem ou carregam todos os suprimentos das áreas de agricultura e
estocam nas suas cidades fortificadas.

Isto na verdade reverte a situação, algo que os guerrilheiros não deviam permitir cair-se em tal
armadilha . O que acontece agora é que os Nefitas estão em suas fortificações. E são os
guerrilheiros, os ladrões de Gadianton nesse caso, que estão expostos no campo de batalha, e
não podem conseguir alimento, e a safra foi destruída. Assim eles são forçados, quando nada é
favorável a eles, atacar os Nefitas para ver se conseguem alimento ou são forçados a
dispersarem-se e procurar alguma caça. Mas cada vez que eles se afastam ou dispersam, os
Nefitas fazem rápidas incursões fora das fortalezas do lado de fora da cidade e os atacavam.
Os Nefitas agora podiam escolher o momento de atacar. O que eles fizeram foi reverter a
situação de modo que os Nefitas se tornaram de fato guerrilheiros enquanto que os ladrões de
Gadianton tentam manter o território. Esta situação é um desastre para os ladrões de
Gadianton, e eles perdem.
E tudo isto se comporta (tentei mostrar isso detalhadamente num artigo publicado) como um
livro de texto ilustrativo. Você não consegue pegar melhor ilustração das virtudes , se você
quiser, e o problema de uma tropa guerrilheira- os erros que eles podem cometer e os
sucessos que podem conseguir.

Tudo isso escrito por um jovem, supostamente, como os críticos diriam, que nada sabia sobre
lutas guerrilheiras e cuja idéia da atividade militar era ,pelo menos mais tarde em sua vida,
montar num cavalo preto Charley e sair em parada em um excelente uniforme, romantizando
as guerras da história americana: a Guerra Revolucionária, a Guerra de 1912. Isso teria sido
típico do período. Creio que muita gente teve essa mesma atitude. O que é extraordinário no
Livro de Mórmon é quão absolutamente inexistentes são aquelas atitudes. Do contexto
relativo aos ladrões de Gadianton ou mesmo das guerras Nefitas que acontecem no Livro de
Mórmon e são registrados lá, não há nenhum uniforme fantasioso, não há paradas, hão há
revista de tropas , ou qualquer coisa desse tipo. É uma atmosfera muito diferente. E lutas
guerrilheiras, particularmente, não são nada românticas. Isso é algo que Mao e outros contra o
que tinham de se defender. Algumas pessoas lutando em suas forças estavam um pouco
desapontadas com essa idéia de atacar e correr; isso não era heróico, não era romântico. Mas
era extremamente efetivo, e era efetivo também para os ladrões de Gadianton tanto quanto
eles obedecessem regras que eles criaram pela primeira vez na realidade nesse século - mas
regras que agora conhecemos são encontradas de volta no mundo antigo. Assim me parece
extraordinário quão estrangeiro os acontecimentos do Livro de Mórmon seriam daquilo que
esperaríamos se Joseph Smith tivesse escrito o livro . É um mundo bem diferente.

Existem outras coisas que Joseph Smith não poderia saber. Uma das coisas mais
impressionantes que eu primeiramente me recordo de haver encontrado sobre o Livro de
Mórmon aconteceu alguns anos atras, novamente quando eu estava vivendo em Jerusalém.
Dei com um documento não publicado na parte em que John Tvedtnes (que agora está
vivendo em Salt Lake City, mas que naquela época vivia em Jerusalém) no qual ele identifica
uma celebração da festa dos tabernáculos acontecendo numa espécie de pano de fundo do
discurso do rei Benjamim no livro de Mosias . Ora, tendo lido aquilo, nunca mais fui capaz de
lê-lo novamente sem ver ali a festa dos tabernáculos. É absolutamente claro quando você
reconhece isso. Mas até então ninguém tinha reconhecido, tanto quanto me consta. Essa é
uma das coisas que Joseph Smith não podia saber. Ele não poderia vangloriar-se de haver
colocado uma festa dos tabernáculos no Livro de Mórmon, porque ele não sabia que isso
estava lá. No entanto, essa é uma marca autêntica de um documento antigo. Se uma fraude
tivesse eliminado isso, se eu tivesse eliminado isso, eu ficaria muito orgulhoso disso. Eu teria
me levantado e dito, "Veja como eu sou inteligente olha o que eu coloquei." Mas ninguém
reconheceu isso até alguns anos atrás, no entanto está lá - e novamente, um outro autêntico
detalhe antigo.

Há algo mais que particularmente me interessa como um Árabe (esse é meu campo particular).
Trabalho com estudos árabes medievais. Em 1975 Lynn and Hope Hilton de Salt Lake City
estavam morando no Oriente Médio, fizeram uma viagem à costa da Arábia naquilo que
conhecemos como sendo uma trilha frankincense, o que nós acreditamos também, muitos de
nós , foi a trilha seguida por Leí. Eles foram capazes de confirmar muitos dos detalhes
registrados em I Néfi, seguindo a liderança de Hugh Nibley alguns anos mais cedo em seu
clássico livro Leí no Deserto, no qual o irmão Nibley propõe um curso, um caminho, para
aquela jornada de Nefi e Leí de Jerusalém para o mar Arábico. Isso é o que tem estabelecido os
autores e exploradores posteriores.
Estou particularmente satisfeito e em débito com o Warren e Michael Aston da Australia que
têm, penso, prestado um serviço dos mais interessantes de conhecimento do Livro de Mórmon
em anos recentes. Eles conseguiram identificar dois sítios possíveis do Livro de Mórmon ,
muito além da capacidade de Joseph Smith ter conhecido qualquer coisa a respeito. De fato ,
Eugene England alguns anos atrás em 1982 publicou um artigo no qual ele demonstra que
ninguém conhecia nada sobre a Arabia nos dias de Joseph Smith. Mesmo que Joseph Smith
tivesse vivido em um local com uma biblioteca pública fabulosa ou um biblioteca universitária,
ele não poderia ter aprendido muito a respeito da geografia da Arábia. O que é mais
interessante, aquilo que ele poderia ter aprendido a esse respeito estaria errado em sua
grande maioria. Mas de fato, I Néfi dá uma descrição muito precisa, diretamente para detalhes
de onde a trilha se volta e assim por diante, numa viagem através da antiga Arábia.

Os Astons têm em verdade estado em alguns desses lugares e levado algumas pessoas lá,
culminando com uma dupla expedição em 1993 . Eles encontraram um lugar ou locaram um
lugar no moderno país do Yemen, bem a sudeste da Arábia, que é chamado de Nahem. E
Nahem assemelha-se muito a antiga palavra Nahom que aparece no Livro de Mórmon como
sendo o lugar onde Ismael foi enterrado. Ora este é um nome muito importante por várias
razões. Em primeiro lugar, o registro do Livro de Mórmon freqüentemente fala de Leí dar
nome aos lugares, dar um certo nome a um certo lugar; ele os nomeava ele mesmo. Neste
caso o nome ainda está lá. Ismael foi enterrado num lugar chamado Nahem. Ora Nahom e
Nahem são virtualmente a mesma palavra. Qualquer pessoa que conheça alguma coisa do
árabe ou do hebreu ou das línguas semíticas antigas sabe que são as consoantes é que são
importantes. As vogais podem substituir ou mudar. Assim esses nomes são virtualmente
indistinguíveis. E o que significa a rota NHM? Pode significar algo como chorar de tristeza,
suspirar, lamentar, consolar; é um nome perfeito para uma sepultura. E acontece que neste
lugar Nahem, está exatamente no local correto, e há uma sepultura que não sabemos que
idade tem, porque escavações arqueológicas ainda não foram permitidas lá e talvez nunca
sejam. Mas de qualquer modo existe uma antiga sepultura lá, e o local está exatamente em
posição na trilha em que deveria estar.

Mas Nahem não está sozinha e isto, eu acho, é uma das coisas mais impressionantes a esse
respeito. O que você tem aqui é um complexo não de um sítio apenas, mas de dois sítios que
reforçam um ao outro. No registro do Livro de Mórmon, Leí e seu grupo viajou justamente
para leste do lugar onde eles enterraram Ismael e seguiram para o lugar que eles
denominaram Abundância, na costa da Arábia. Ora, os críticos por cento e sessenta anos têm
feito pilhéria disso, porque todos sabem que não existe um lugar "abundância" na Arábia. Não
há nenhum lugar que tenha essa espécie de madeira ou essa espécie de vegetação. Arábia é
um vasto deserto vazio. Um lugar que faz com que o deserto Mojave pareça uma floresta
tropical. E é verdade, inteiramente. Mas de fato existem uns poucos lugares na costa da Arábia
" a maioria deles desconhecida até recentemente," onde você tem madeira e formosas áreas
verdes muito viçosas. Ora, de fato muito recentemente, um crítico da igreja escreveu-me
dizendo : "tenho como fato que não existe tal lugar chamado 'Abundância' na costa da Arábia
e eu pude responder-lhe: " eu sei que tal lugar existe; de fato, como estou a lhe escrever
agora, logo acima do meu computador eu tenho um pôster daquele lugar, ou de um lugar
muito parecido com aquele ". Ele não pode refutar a isto , porque naturalmente, uma foto ou
uma fotografia vale por milhares de palavras, e eu tenho uma foto daquele lugar. É verdade
que tal lugar existe.
Ora, se você seguir de Nahem em direção leste, do lugar que está identificado
experimentalmente como Nahom no Livro de Mormon, você chega a um lugar denominado
Wadi Sayq. É muito difícil chegar lá, exceto provavelmente através de uma caravana de
camelos, descendo um estreito "wadi", até um vale de abundância intermitente. Mas quando
você chega a esse local, você encontra árvores grossas o bastante para produzir madeira para
um barco. Há também uma praia, arvoredos e encontra água fresca. É algo memorável, e
encontra-se exatamente no lugar que o Livro de Mórmon diz que deveria estar. E está
exatamente em relação com Nahem ou Nahom que o Livro de Mórmon afirma deveria estar. E
novamente, pensava-se nos dias de Joseph Smith que lugares como esse não existiam.
Qualquer pessoa poderia ter dito a Joseph Smith, caso ele pedisse conselho a respeito
enquanto estava forjando alguma narrativa sobre a Arábia e a América antigas," não perca seu
tempo, não existe tal lugar". No entanto ele está lá. Foi visto examinado e ainda está sob
investigação. Isto, creio, é algo memorável, um tiro no escuro que acerta o alvo, um alvo que
Joseph Smith nem sabia estar mirando. Novamente ele é defendido pelo progresso que
aconteceu depois que sua carreira terminou, muito depois que sua vida terminou.

Eu creio que talvez uma das maneiras mais intrigantes para se olhar para Joseph Smith será
olhar para alguns dos erros que ele cometeu e como ele tem sido defendido por eles. Existem
dois que eu acredito em conexão com o Livro de Mórmon. Um dos que eu particularmente sou
fã é o nome pessoal alma. Ora, nós conhecemos o nome Alma. Tem sido um nome de uma
mulher no oeste por um longo tempo. Você o encontra em frases como alma mãe. Esse é um
nome de mulher baseado em um nome latino não dado a homens. Críticos da igreja por um
longo tempo têm mofado dos Santos dos Últimos Dias que é somente entre os mórmons que
se encontram homens com o nome Alma. Que ridículo. Este não é um nome semítico arcaico,
de homens.; este é relativamente um nome latino moderno de mulher. Assim Joseph Smith
claramente cometeu um erro. Ora, é aqui que eu penso que o desempenho dele é o mais
impressionante, porque se Joseph Smith tivesse antes ouvido o nome alma, esta seria
exatamente como ele o teria ouvido, ou seja, como um nome de mulher.

Assim, como pode ele ser aplicado a homens no Livro de Mórmon? Bem, trata-se, pelo menos
de duas pessoas proeminentes no Livro de Mórmon. E só recentemente descobertas trazidas à
luz justificaram que o nome é um nome semítico antigo de homem . A descoberta foi feita não
por um SUD , mas por Yigael Yadin, provavelmente um dos mais proeminentes arqueologistas
de toda Israel nesse século, um homem que se tornou deputado primeiro ministro de Israel.
Foi chefe militar de Israel na Guerra de Independência de 1948 . Ele é um homem
impressionante, um grande sábio. Enquanto investigava uma escavação no Mar Morto, ele
encontrou um documento que trazia um nome Alma filho de Judá. Inequivocamente escrito A-
L-M-A em tudo que Yadin publicou sobre a escavação. Isso é extraordinário. Novamente,
Joseph Smith provavelmente, tivesse ele pedido auxílio as pessoas do seu círculo sobre
descobrir um nome masculino para o seu personagem do Livro de Mórmon, teria cometido um
erro. Concluímos assim que um erro aparente não é de modo algum um erro, mas uma
poderosa justificativa do clamor de Joseph Smith como profeta. E ainda você poderá ver
artigos escritos ridicularizando seu nome por pessoas que deviam conhecer melhor. De fato,
por um lado as pessoas que eu conheço sabem que é melhor continuar clamando, repetindo o
velho e cansativo argumento como se ele fosse verdadeiro, o que ele não é. Alma é um
defensor do Livro de Mórmon.

Existe um outro que está em moda corrente entre os críticos do Livro de Mórmon. E isso é o
clamor de Alma 7: 10 de que Jesus Cristo nasceria (e ainda é futuro para Alma) em Jerusalém,
que é a terra de nossos pais. Agora críticos do Livro de Mórmon têm até mesmo produzido um
grande embaraço que diz " Mormonismo ou Cristianismo, Jerusalém ou Belém ." E muito
freqüentemente eles exclamam em descrédito escarnecedor, " Ora vamos, qualquer criança
de escola sabe que Jesus nasceu em Belém ", mas esse é precisamente o ponto. Toda criança
sabe que Jesus nasceu em Belém. Joseph Smith certamente também sabia que Jesus nasceu
em Belém. Imagine a situação agora - você tem um homem que, se você acreditar nos críticos,
era um homem inteligente o bastante pra produzir este livro, o qual prenuncia muitas coisas
que somente agora estamos conhecendo a respeito do Oriente Médio, que cita a Bíblia de
muitas maneira complexas, que joga com temas bíblicos e assim por diante de forma
sofisticada. E ainda não consegue saber o local correto do nascimento de Jesus, algo que
absolutamente os mais simples dos estudantes da Bíblia conhece. Mas de fato, descobrimos
que o Livro de Mórmon está certo e os críticos errados.

Não foi há muito tempo atrás que descobrimos as assim chamadas cartas de Amarna e nelas
num lugar que W. F. Albright, provavelmente o maior arqueologista americano do século vinte
identificou como Belém. E se referem como estando onde ? - Na terra de Jerusalém. Eis aqui
uma referência de Belém como estando nas terras de Jerusalém , tal como o Livro de Mórmon
descreve. Ora as cartas Amarna datam de 1400 A . C. e algumas pessoas disseram, " Ora, isso é
muito primitivo." Bem, ok, vamos conceder-lhes isso embora eu não ache isso um contra-
argumento . Podemos olhar pra outras evidências. A Bíblia repetidamente fala de outras
cidades cujas terras circunvizinhas são nomeadas por essas cidades . É verdade que não existe
referência na Bíblia à terra de Jerusalém embora se aproximem um punhado de vezes. Mas
sabemos das terras de Damasco, sabemos das terras de Samaria, conhecemos provavelmente
vinte terras denominadas por suas cidades. É provavelmente a única probabilidade que a frase
na verdade, terra de Jerusalém não ocorra na Bíblia. Mas ocorre no Livro de Mórmon. O lugar
real prá se usar para o uso dessa frase é no Livro de Mórmon, que rotineiramente fala da
cidade de Zaraenla e da terra de Zaraenla, a cidade de Abundância e a terra de Abundância.
Isso é uma espécie de modelo linguístico ou padrão linguístico que aparece no Livro de
Mórmon, e Alma, naturalmente, está escrevendo muitos séculos depois de seu povo ter
deixado Jerusalém. Assim, é realmente o estilo do Livro de Mórmon que devia servir de
medida para como a frase é usada. E Belém, que se situa a cinco ou seis milhas de Jesusalém,
está perfeitamente dentro das terras de Jesusalém, que é uma cidade muito maior e que
sempre foi a capital, o trono do rei e assim por diante.

Mas, muito mais interessante é que, muito recentemente um novo documento foi publicado a
partir dos pergaminhos do Mar Morto, que levou muito tempo pra ser publicado. É algo
denominado 4Q385 ou Pseudo-Jeremias, ele clama pertencer precisamente à época de Leí . E
o que ele faz ? Ele fala sobre a terra de Jerusalém. Enquanto falamos sobre os pergaminhos do
Mar Morto, eu gostaria de falar algo no geral sobre eles. Quando o Livro de Mórmon foi
descoberto toda idéia de uma civilização antiga que deliberadamente enterravam seus
registros para vir à luz mais tarde parecia simplório. Agora sabemos que havia um grupo no
velho oriente próximo que fazia precisamente isso naquela comunidade dos pergaminhos do
Mar Morto, provavelmente situado em Qumran. Nós sabemos que os seus pergaminhos foram
escondidos provavelmente no tempo do ataque Romano à Judéia durante a primeira revolta
Judia, algo em torno do ano 70 D.C. Assim você pode imaginar a situação: Como as tropas
Romanas, logo após conquistar Jerusalém, dirigem-se ao Vale do Mar Morto, eles descem mais
ou menos para os lados de Jericó e depois seguem para o sul último lugar da resistência judia
em Massada. Ora, de modo a chegar em Massada, eles tinham que seguir direto para a
comunidade de Qumran, que acredita estar em seus dias contados, e começam a fazer
preparativos para abandonar o lugar - que continuou abandonado até que foi descoberto
naturalmente muito recentemente. E o que eles fazem , eles colocam em cavernas os
documentos mais importantes. E na verdade você pode ver o processo pelo qual eles estavam
fazendo isso. Primeiramente o fizeram cuidadosamente. De fato um de seus documentos em
verdade prescreve instruções de como enterrar esses documentos para preserva-los. Os
documentos são colocados cuidadosamente na caverna , e para o fim você pode ver que eles
estão em curso no tempo. Talvez os Romanos estivessem à vista descendo o vale. E começam
a atirar as coisas na caverna. Ficam mais apressados.

Mas o que você percebe aqui é uma comunidade fugindo de Jerusalém, porque Jerusalém não
estava justa o bastante para eles, e estavam clamando julgamento sobre Jerusalém - da
mesma forma como Leí deixou Jerusalém. Então , quando a destruição lhes sobrevem eles a
temem. Eles pegam seus documentos e os selam para serem descobertos mais tarde, algum
outro tempo em que as coisas estiverem melhores, quando houver mais retidão, quaisquer
que sejam as circunstâncias. E esses documentos eventualmente são encontrados, e se tornam
testemunhas de muitas coisas das quais fala o Livro de Mórmon. Ora, esse é um modelo que
ocorre no Livro de Mórmon e que parecia improvável às pessoas por um longo tempo, mas
que agora sabemos que ocorreu verdadeiramente no antigo oriente próximo. Um desses
documentos naturalmente é o chamado Rolo de Cobre escrito em metal tal como descrito no
Livro de Mórmon . Assim eis um extraordinário paralelo ali encontrado.

Creio existirem outros paralelos que poderiam ser encontrados, embora algumas pessoas
tenham ido muito longe com eles. Mas creio que é correto dizer que o povo do Livro de
Mórmon se comportam, de certa forma, muito parecido com o povo de Qumran e dos
Pergaminhos do Mar Morto. Há, de fato, um escritor austríaco que disse há alguns anos na
Alemanha que um bom nome para o povo dos Papiros do Mar Morto, uma vez que eles
previram a vinda do Messias e os últimos tempos (dias), seria chamá-los Santos dos Últimos
Dias, mas infelizmente esse nome já era usado por uma seita na América. Bem, existem alguns
paralelos interessantes aqui.

Outras coisas existem que poderiam ser ditas a respeito de como o mundo antigo tem agora
produzido provas para o Livro de Mormon de modo memorável. Uma das mais marcantes, no
meu modo de ver, é a visão de Lehi do Conselho dos Céus. Está registrado no primeiro capítulo
de 1 Nefi. Nessa visão é dito que Lehi "pensou ter visto Deus assentado em seu trono, rodeado
por inumerável ajuntamento de anjos". (1Nefi 1:8). Lehi é encarregado de uma mensagem de
julgamento e destruição que deverá declarar à cidade de Jerusalém. Ora, essa idéia de um
Profeta tendo acesso ao Conselho no Céu é bem antiga. È certamente bíblica. Pode ser
encontrada em Isaías 6, em Jeremias, em Zacarias, e em vários lugares na Bíblica e além da
Bíblica. Mas isso é uma idéia muito importante, e a importância disso somente começou a ser
reconhecida provavelmente na parte final deste século. Basicamente, a idéia é a de que o
Conselho dos Deuses (dependendo da religião) ou o Conselho de Deus e seus anjos (como está
registrado em Jó, for exemplo, na Bíblia) está fechado para o público, obviamente. É algo que
nem todo mundo tem acesso, mas um profeta tem. Ele ouve os segredos e decretos do
Conselho, e por causa disso, ele está apto a trazer esse conhecimento aos seus concidadãos da
terra. Isso constitui grande parte de sua autoridade. Isso é uma poderosa idéia que estamos
agora começando a reconhecer através de muitos escritos antigos e até primitivo Oriente
Próximo medieval.

Lembro-me de que há alguns anos atrás um meu colega e eu apresentamos um documento a


respeito da idéia de visão do trono, ou da visão do Conselho no Céu, em Boston. Incluímos
toda uma lista de cerca de vinte e cinco casos desse acontecimento particular. Um deles
encontra-se em 1 Nefi. Ora, de todos esse casos, 1 Nefi é provavelmente, ou possivelmente,
um dos melhores. Há cerca de vinte ou mais elementos específicos do motivo que pode ser
isolado e tem sido isolado por estudiosos. Sequer um desses exemplos particulares tem todas
as vinte características, mas aquele, em minha experiência, que vem aproximar-se da hipótese
de um livro de texto é precisamente do primeiro capítulo de 1 Néfi. È algo extraordinário, é
algo que duvido muito que Joseph Smith poderia produzir de suas leituras claramente
limitadas na Bíblia.

Ora, a idéia relatada para aquilo é a idéia do livro divino. A idéia de um anjo entregando um
livro a um jovem rapaz tem sido motivo de mofa por parte de muita gente. Um crítico do Livro
de Mórmon disse: "Não se consegue livros de anjos. É simplesmente isso." Bem, não é tão
simples. Acontece que isso é uma extraordinária opinião comum através do antigo Oriente
Próximo. Geo Widengren, que é um importante historiador sueco de religião e especialista em
história do Iram e da história do Oriente Médio antigos, disse: "Poucas idéias religiosas no
antigo Leste têm exercido influência mais importante do que a idéia de placas celestiais, ou os
livros celestes, que foram entregues a um mortal através de uma entrevista com um ser
celestial." Ora, a idéia é certamente bíblica. Você pode encontrá-la em Êxodos, em Jeremias,
em Ezequiel, no Livro do Apocalipse de João, que em bom e particular exemplo, e também, eu
diria, em mais detalhes em livros não bíblicos. Pense em 1 Enoque, por exemplo. Creio que um
dos muitos casos excelentes a esse respeito encontra-se no livro Muçulmano conhecido como
o Qur'na, o livro sagrado do Islam, o qual foi trazido pelo anjo Gabriel para o Profeta Maomé.
Ora, o que quer que você pense das origens do Qur'na, esse é um exemplo marcante de uma
velha opinião do antigo Oriente Próximo. E é, de modo algum, o último exemplo. Esse é dos
primórdios do século sétimo do A.D. Esse é um caso claro de um livro sendo trazido por um
anjo.

Ora, o modelo que tem sido isolado por estudiosos tinham basicamente quatro feições. A
primeira de todas, um ser divino entrega um livro a um mortal. O mortal recebe então a ordem
de ler o livro, é o de número dois. No modelo de número três ele é ordenado copiar o livro ou
fazer algo semelhante com o livro. Às vezes é-lhe dito, na verdade, para ingerir o livro, comê-
lo, para mostrar que ele digeriu totalmente seu conteúdo. Número quadro, ele é mandado
pregar a mensagem do livro aos mortais. Há um grande exemplo disso no Livro de Mórmon.
Observe o caso de Lehi novamente, desde o primeiro capítulo do Livro de Mórmon, a quem é
dada uma visão divina do livro. É-lhe revelado os julgamentos que sobrevirão a Israel. Ele é
ordenado a levar a mensagem ao povo em Jerusalém, os quais o submetem a grande perigo e
risco. Há ainda o caso de Joseph Smith em pessoa. Assim aqui vemos uma vez mais não apenas
no Livro de Mórmon, mas na história do Livro de Mórmon - os acontecimentos do século
dezenove cercando-o - o exemplo de um livro texto dessa idéia arcaica de um livro celestial,
uma cópia de registros celestiais que é trazido à terra e entregue a homens mortais, ou seres
humanos mortais, e depois distribuído entre eles. Esse é um ótimo exemplo.

De fato, em um caso recente de que me lembro, um recente livro Cristão conhecido como as
Visões de Hermas, um anjo - um anjo feminino no caso, ou um personagem feminino - oferece
um livro a Hermas, e Hermas ao final deseja levar o livro consigo. Mas o mensageiro diz-lhe
que ele tem de devolver o livro a ela, ele simplesmente não pode levá-lo com ele. Isso é bem
semelhante à tão zombada história de Joseph Smith, que após receber o livro e faz com o livro
o que dele é requerido - transcrevê-lo e traduzi-lo - ele então recebe ordem de devolver o livro
ao mensageiro celestial.
Existe ainda outros aspectos do antigo Oriente Próximo que acredito ser muito improvável que
Joseph Smith tivesse conhecimento. Um desses aspectos extraordinários descoberto muito
recentemente é a idéia da figura de Moshiah (Não se deve confundir com Messiah; isso é
provavelmente de outra raiz). Ora, recentemente estudiosos têm identificado esse termo- que
ocorre em Hebreu do Velho Testamento mas nunca aparece na Bíblia em Inglês, Versão do Rei
James, assim Joseph Smith não poderia ter descoberto esse nome por simplesmente ler essa
versão da Bíblia - eles identificaram esse nome Moshiah como se referindo a um campeão de
justiça numa situação controversa, uma batalha, ou opressão. Ele é uma espécie de figura
salvadora. E ainda existem quatro fatores, ou quatro aspectos, desse personagem chamado
Moshiah que vale a pena conservamos na lembrança. (1) ele foi designado por Deus; (2) ele
liberta um povo escolhido da opressão, de uma contenda, da injustiça depois de clamarem por
ajuda; (3) sua libertação - e creio que isso é fabuloso - sua libertação é usualmente procedida
por meios não violentos, quase sempre por fuga ou negociação e, (4) o povo volta a viver num
estado de justiça onde cada pessoa tem acesso e controle sobre sua propriedade de direito, as
coisas que pertencem àquela pessoa.

Ora, se você der uma alhada no livro de Mosias - e o nome é perfeitamente similar a Moshiah (
da maneira que os Hebreus costumam traduzi-lo, isto é, Mosiah ou Moshiah) - se você der
uma olhada no livro de Mosias o que encontrará? Você encontra toda uma série de
libertações, a maioria delas não violentas (isto é, por fuga), sob um líder escolhido. Alma, o pai,
é um exemplo clássico disso, mas eu penso que talvez o exemplo mais impressionante, de fato,
é a figura denominada Mosiah. Esse pode na verdade ser o nome Moshiah. No livro de Omni
no Livro de Mórmon, esse livro tão resumido, você encontra um registro a respeito desse
povo. A começar do versículo 12 do livro de Omni:

" Eis que vos direi algo sobre Mosias, que foi proclamado rei da terra de Zaraenla; pois eis que,
tendo ele sido avisado pelo Senhor de que deveria fugir da terra de Néfi para o deserto,
levando consigo todos os que quisessem ouvir a voz do senhor -

E aconteceu que ele fez como o Senhor lhe havia ordenado. E todos os que deram ouvidos à
voz do Senhor partiram da terra para o deserto; e foram guiados por muitas prédicas e
profecias. E foram continuamente admoestados pela palavra de Deus; e foram conduzidos
pelo poder de seu braço através do deserto, até descerem à terra que é chamada terra de
Zaraenla. (Omni 1:12-13)

O que você tem aqui ? Você tem a libertação de um povo por meios não violentos, por uma
figura cujo nome pode ser associado a idéia do antigo libertador Hebreu da opressão. Assim,
Mosias então encontra uma linha de reis , incluindo um denominado Mosias, cuja história
inteira é caracterizada por essa idéia de libertação de povos da opressão. Isso é algo
extraordinário.

Há um outro aspecto muito forte no antigo oriente próximo que eu gostaria de pensar a
respeito, e esse trata-se de um livro inteiro que está disponível. Esse é a famosa alegoria da
oliveira que se encontra em Jacó 5. Jacó 5 é uma história longa tirada de um profeta chamado
Zenos que não é conhecido na Bíblia; provavelmente ele tenha vindo do reino de Israel há
algum tempo, obviamente, procedente do tempo de Leí. Zenos conta uma longa parábola
sobre um senhor de uma vinha e seu servo ou servos e seus cuidados com uma oliveira. Agora
, recentemente, um simpósio realizado na BYU sobre Jacó 5, e é extraordinário o quanto você
pode obter de um único capítulo do Livro de Mórmon. O livro é infinitamente rico. Um grosso
livro só a respeito desse capítulo foi escrito, e há um grande número de aspectos fascinantes a
esse respeito. Um deles é o de um grupo de horticultores ( especialista na cultura de árvores )
examinaram o registro da cultura da oliveira e da produção de azeitona no Livro de Mórmon
em Jacó 5 e encontraram virtualmente cada detalhe, isso está em conformidade dom o que
nós atualmente conhecemos de como as oliveiras são tratadas, como elas crescem, são
cultivadas e cultivadas.

Ora, é sabido que oliveira não crescem no estado de Nova York. Provavelmente Joseph Smith
nunca tenha vista uma. Ele certamente não teve condição de conhecer muito a respeito de
oliveiras, de seu cultivo e o cultivo dela é muito, muito diferente das espécies de árvores que
ele tinha conhecimento. Assim, de onde foi que ele tirou a informação? Acredito que a idéia
mais conservadora, a melhor explicação, que quem quer que tenha escrito a parábola da
oliveira em Jacó 5 conhecia o cultivo da oliveira em primeira mão . Ele sabia como isso era
feito. Esse é um registro muito detalhado, muito rico, porque naturalmente esse é um registro
da história do mundo ( no passado e no futuro) usando a árvore da oliveira como uma
metáfora para a casa de Israel. Você tem enxertos e podas e o recolhimento dos galhos da
árvore que eram colocados na parte mais distante da vinha. E isso está correto até o último
detalho - com uma notável exceção. E isso é o que está registrado em Jacó 5. Ele diz que
enxertos de oliveiras bravas - ou pequenas partes da oliveira brava - eram enxertados na
oliveira principal uma árvore doméstica, então elas produziam bons frutos. Ora, isso não
acontece. Um galho de oliveira brava mesmo enxertado em uma oliveira boa, continuará
produzindo maus frutos. Ela sobreviverá, mas não produzirá fruto bom simplesmente porque
está enxertado em uma oliveira boa. Assim , será isso um erro do Livro de Mórmon ? Não
realmente não é.

Um dos artigos - artigo com o qual estive envolvido - nesse livro a respeito de Jacó 5 não
cobriu uma prova de que no antigo mundo mediterrâneo, eles estavam cientes da
possibilidade de que miraculosamente, um galho de oliveira brava enxertado em uma oliveira
boa podia produzir bom fruto. Isso não acontece naturalmente, mas pode acontecer
miraculosamente. E uma profética figura do Mediterrâneo antigo, especificamente pensadores
gregos e assim por diante , viram nisso um sinal de Deus. Isso era uma intervenção milagrosa
de Deus, algo que contrariava as leis normais do cultivo da oliveira e sua produção.

Ora, o que isso quer dizer a favor do registro do Livro de Mórmon ? Isso significa a conversão
dos gentios para a casa de Israel. Isso é uma transformação miraculosa, tal como o Livro de
Mórmon afirma que deve ser. Isso é algo extraordinário. Essa parábola é muito longa, ela tem
setena e sete versículos descrevendo a cultura da oliveira. Isso certamente é corda bastante
para Joseph Smith enforcar-se se ele a estivesse inventando, mas ele não o fez. Ele a recebeu
correta, inclusive com o detalhe que parece torná-la falsa, isso também tem precedentes no
antigo oriente próximo e no antigo leste mediterrâneo. É algo extraordinário, e eu desafio os
críticos do Livro de Mórmon a virem com qualquer contra explicação dessa idéia de que ela foi
produzida por alguém que verdadeiramente veio da área onde as oliveiras eram cultivadas. E
essa é precisamente a área de onde Zenos e Leí vieram originalmente - do leste do
mediterrâneo em geral.

Novamente, algo que acredito ser de grande interesse com relação ao Livro de Mórmon é o
seguinte: em nosso uso hoje, não distinguimos muito rigorosamente entre ladrões e
salteadores. Nós praticamente usamos indistintamente, e a Versão da Bíblica do Rei James faz
o mesmo - ela fala a respeito de ladrõres, e fala de salteadores, mas não os distingue. Mas o
antigo Oriente Próximo distinguia entre um e outro muito rigidamente, e particularmente, a
antiga lei israelita também fazia distinção entre uma e a outra contravenção. Ladrões eram
tidos como locais. Eles furtavam de seus vizinhos, eram comuns; eram um estorvo, mas não
eram uma ameaça à sociedade. Assim, quando apanhados, eram tratados judiciosamente,
civilizadamente, normalmente por seus vizinhos, seus conterrâneos, e não eram um grande
problema.

Ladrões, por outro lado, eram um grande problema. Eram uma ameaça à sociedade. Eram
vistos como foras-da-lei, como bandidos, como vagabundos. Eles se organizavam em
quadrilhas, se comprometiam com juramentos; eles extorquiam, pediam resgate às pessoas a
seu redor. E quando eram apanhados não eram tratados com civilidade, mas militarmente, e
estavam sujeitos a execução sumária. Eram algo completamente diferente de ladrões. Ora, é
notório no Livro de Mórmon, ladrões e salteadores nunca eram confundidos, e salteadores -
especificamente os de Gadianton - eram tratados como um problema militar, tal como teriam
sido sob a lei israelita antiga, mas não necessariamente da mesma maneira em que pensamos
a respeito deles hoje em dia porque não fazemos clara distinção entre um e outro. Assim o
Livro de Mórmon se encontra de acordo com o antigo Oriente Próximo - e especificamente,
com os conceitos israelitas e seus costumes.

Há ainda algo mais que gostaria de falar, e isso é a respeito da presença de "simile curses", ou
ações simbólicas. Isto é, novamente, somente neste século que as pessoas estão começando a
r3econhecer este aspecto tão importante do comportamento antigo. Agora, eu gostaria de ler
uma passagem de Alma 46, começando com o versículo 21 (você certamente se lembra da
história do Capitão Moroni com seu título de liberdade, que em si é algo muito interessante):

"E aconteceu que quando Moroni disse estas palavras, eis que o povo se aproximou com os
lombos cingidos por suas armaduras, rasgando as vestes como símbolo , ou melhor, como
convênio de que não abandonariam o Senhor seu Deus; ou, em outras palavras, se eles
transgredissem os mandamentos de Deus, ou melhor, se caíssem cem transgressão e se
envergonhassem de tomar sobre si o nome de Cristo, o Senhor os destroçaria da mesma forma
que haviam rasgado as suas vestes."

E a seguir ele diz no versículo 22:

"Ora, este foi o convênio que fizeram; e atiraram suas vestes aos pés de Moroni, dizendo:
Fazemos convênio com nosso Deus de que seremos destruídos, assim como o foram nossos
irmãos da terra do norte, se cairmos em transgressão; sim, ele pode atirar-nos aos pés de
nossos inimigos, assim como atiramos nossas vestes a teus pés para serem pisadas, se cairmos
em transgressão."

Ora, o que deve ser salientado desse contexto sobre essa escritura particular é que neste
século, o povo, estudiosos, começaram a perceber que essa idéia a que eles denominam
"juramento representativo", ou "convênio representativo", é muito comum entre os antigos
hebreus, entre os antigos Hititas - a idéia de se usar algum objeto físico para demonstrar o que
aconteceria a você se violasse seu juramento. Um amigo meu, por exemplo, que é especialista
no antigo Oriente Médio e que é um crítico em muitos aspectos do Livro de Mórmon (ele não
o conhece muito bem, talvez) leu essas passagens e ficou muito impressionado com elas. Ele
admitiu a mim que realmente não sabe o que fazer com elas porque elas são uma vindima do
velho Oriente Próximo.

Ensino árabe cerca de metade de meu tempo na Universidade de Brigham Young, e uma das
formas lingüisticas no árabe que é comum a outra língua semítica é algo denominado "cognate
accusative" - onde você usa um substantivo que se refere a um verbo na sentença. Você diz:
"Eu bati-lhe com uma forte batida" ou "Eu sonhei um sonho". E o exemplo que uso
freqüentemente para ilustrar essa ocorrência - que não é propriamente inglês - é aquele
constante de 1 Nefi onde Lehi informa a seus filhos, "Eis que sonhei um sonho, ou em outras
palavras, eu vi uma visão". Ora, "Eu sonhei um sonho" é um perfeito cognate accusative, e
quando os estudantes ouvem a esse respeito - aqueles que conhecem o Livro de Mormon -
eles dizem: "Ah sim, agora compreendemos". Porque esse é um exemplo autêntico de uma
construção arábica ou semítica.

Mesmo a segunda parte da sentença (embora percamos algo em inglês) quando Lehi diz "Eis
que sonhei um sonho"; ou "em outras palavras, eu vi uma visão" (1 Nefi 8:2) demonstra isso.
Você deve se lembrar de que o inglês é baseado em duas línguas básicas. O inglês é uma
espécie híbrida do Latim ou Francês com a língua Germânica - naturalmente. Assim sendo você
usa duas diferentes palavras para muitas coisas, uma espécie de palavra do alemão vulgar e
uma palavra do clássico estilo latino. Por exemplo, a palavra "handbook" - manual: temos
também a palavra "manual" do latim derivada da palavra "Manis" = hand = mão. Elas
significam a mesma coisa. O mesmo acontece com as palavras "Eu vi uma visão". A palavra
latina relativa a "seeing" é visão, e você tem uma palavra germânica "sehen", = ver, enxergar -
ou "Eu vi uma visão" usando a palavra latina. No original, entretanto, era provavelmente
assim: "Eis que sonhei um sonho, ou em outras palavras, eu tenho visto uma visão" (seeing).
Assim eu uso esse versículo do Livro de Mórmon em minha classe de gramática árabe, para dar
aos estudantes uma evidência. Ora, eu lhes pergunto, como um garoto rural do século
dezenove poderia ter trazido à luz algo semelhante, que é uma perfeita ilustração de um ponto
gramatical árabe ? Provavelmente ele deve ter feito grande parte de seu trabalho na
Universidade de Palmira, em cuja escola se graduou. (!) - Naturalmente não existia tal escola !
E não havia tal Joseph Smith. Isso veio a ele por outro meio, não por estudos acadêmicos.

Há algo mais que poderia ser dito linguisticamente, algo com que trabalho exaustivamente.
Uma de minhas especialidades é com a filosofia árabe, e um dos textos que lemos muito
freqüentemente a esse respeito está em um livro escrito por um famoso Rabi da Idade Média,
provavelmente o mais famoso Rabi Judeu da Idade Média, Moisés Maimônides, cujo grandioso
trabalho filosófico é um texto denominado "Guia dos Perplexos". Esse Guia foi escrito em algo
chamado Judeu-Arábico. Permita me explicar-lhe isso: Judeu-Arábico é simplesmente árabe,
mas escrito nas cartas hebréias. O que temos aqui é uma espécie de árabe reformado, ou
hebreu reformado se preferir. E isso leva-me a um ponto importante:

Algumas pessoas pensavam por um longo tempo que a idéia de escrever uma língua usando a
escrita de outra é loucura. Isso é o que parece temos no Livro de Mórmon, um texto em
hebreu escrito numa espécie de caracteres egípcios. Mas na verdade isso não tem nada de
louco, isso ocorre o tempo todo. Era usado no mundo antigo. Agora temos um exemplo de um
dos salmos que foi escrito dessa forma, usando caracteres egípcios. Maimônides fez uso disso
em seu excelente livro, escrevendo um texto árabe usando letras hebréias. Fazemos isso o
tempo todo hoje em dia. Se você tomar o chinês, usualmente você não inicia lendo os
caracteres chineses. Você começa aprendendo-o em "romanization". O que é isso ? Trata-se
de chinês reformado. É chinês escrito com letras romanas. Destarte, nada de anormal aqui.
Mas Joseph Smith era pouco sofisticado em lingüística. Ele mal escrevia o inglês. Ele jamais
poderia ter criado algo dessa forma, ou tido conhecimento disso. Isso simplesmente estava
além e sua capacidade.

Presto-lhes meu testemunho de que há muito mais ainda a ser dito a esse respeito, muito mais
provas de estudiosos do Livro de Mórmon. A prova mais importante que pode ser recebida
sobre o Livro de Mórmon, entretanto, é o testemunho do Espírito Santo. Presto-lhes meu
testemunho de que o Livro de Mórmon é aquilo que proclama ser. É verdadeiramente um livro
antigo revelado através de um profeta por um anjo de Deus nestes últimos dias para nos guiar,
um outro testemunho de Jesus Cristo.

1. Escritor inglês especialista em literatura medieval. ( 1892 - 1973)

Problemas Metodológicos Anti-mórmon Com A Compreensão Da Geografia E Arqueologia Do


Livro De Mórmon
William J. Hamblin
Provo, Utah: Maxwell InstituteThe views expressed in this article are the views of the author
and do not necessarily represent the position of the Maxwell Institute, Brigham Young
University, or The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints.
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Problemas Metodológicos Anti-mórmon Com A Compreensão Da Geografia E Arqueologia Do


Livro De Mórmon

por William J. Hamblin


Traduzido por Expedito J. Noronha

Reimpresso de um Periódico de Estudos do Livro de Mórmon ( primavera de 1993) págs161-


197

Críticas abstratas ao Livro de Mórmon feitas por anti-mórmons são freqüentemente baseadas
em um número de suposições questionáveis concernentes à natureza histórica e arqueológica
da evidência, posição preconcebida principal e a natureza histórica da prova. Usando como
base argumentos encontrados em recente crítica anti-mórmon feita por Luke Wilson, este
artigo analisa em questão as dificuldades de reconstruir geografias antigas, problemas com a
descontinuidade dos topônimos Meso americanos1 , o desenvolvimento histórico da idéia de
um Modelo Limitado da Geografia e dificuldades textuais e reais de interpretação quando se
tenta relacionar o que perdura nos sítios arqueológicos.

A maior parte dos ataques anti-mórmon quanto à autenticidade do Livro de Mórmon são
originadas de várias falhas lógicas. Os autores são inadequadamente informados a respeito da
história dos Santos dos Últimos Dias, sobre a doutrina, e escrituras; não leram cuidadosamente
o conteúdo do Livro de Mórmon; distorcem tanto os textos daquilo que o livro diz e a
variedade de interpretações do texto feitas pelos Santos dos Últimos Dias; querem fazer de
todos os santos estudiosos responsáveis pelas opiniões particulares de alguns autores SUD,
mais do que buscarem provas, análises e argumento que alicercem sua causa. Raramente
promovem uma discussão em conformidade com o pensamento SUD sobre o assunto,
contentando-se, ao contrário, em fiar-se e em repetir argumentos cansativos anti-mórmons,
muitos dos quais foram apresentados e tiveram resposta SUD adequada - por cerca de um
século.

Recente revisão arqueológica do Livro de Mórmon de Luke P.Wilson sobre muitas dessas
falhas. 1 - Seu maior progresso sobre a maioria dos ataques anti-mórmon anteriores está no
fato de que o tom de seu escrito não é nem historicamente antagônico nem
condescendentemente arrogante. Entretanto, encontrei uma única afirmação em seu artigo
com a qual concordo inteiramente, "existem limites para a investigação arqueológica"; (2a) -
Infelizmente, O Sr. Wilson não parece ter assimilado esse importante princípio ao escrever seu
artigo. Embora esse artigo tenha como alvo debates que Wilson promove, a discussão geral é
relevante para muitos críticos anti-mórmons.

Questões Geográficas

O Problema de Reconstruir Antigas Geografias

Wilson primeiramente esforça-se por desacreditar o Livro de Mórmon por comparar


desfavoravelmente o estado presente do conhecimento dos antigos sítios nefitas com o estado
de conhecimento de sítios bíblicos. Ele inicia sua discussão da geografia do Livro de Mórmon
proclamando que "Deve-se esperar que determinando-se o local geográfico das terras do Livro
de Mórmon deveria ser experiência claramente simples." (2a) Não apresenta qualquer prova
ou análise que indique porque suas suposições dúbias devam ser aceitas. De fato, o oposto é
que é verdadeiro. Existem diversos exemplos notáveis da dificuldade se não da impossibilidade
da reconstrução precisa de geografias antigas.

A própria Bíblia é um caso em discussão. Por exemplo, da posição atual de locais referidos na
Bíblia, somente 55 por cento dos nomes desses lugares foram identificados . 2 - E isto com
relação ao livro mais estudado e escrutinado do mundo. Por exemplo, onde está o Monte Sinai
? Existem mais de vinte lugares prováveis. 3 - Onde fica a rota seguida pelos israelitas no Êxodo
? Novamente, existem muitas teorias diferentes. 4 - Estas e muitas outras questões da
geografia bíblica têm sido ardentemente disputadas. E mais ainda, o fato de que existe ampla
concordância a respeito de muitas questões da geografia, é uma simples indicação do
consenso alcançado por estudiosos, mas não necessariamente que esse consenso esteja
correto.

A reconstrução da geografia da antiga Anatólia ocidental também encontra problemas. A


geografia da Anatólia ocidental no segundo milênio antes de Cristo tem sido por muito tempo
motivo de considerável disputa. 5 - As duas maiores alternativas, conforme mostradas em
mapas produzidos por Macqueen, têm a mesma região e localização a cerca de trezentos
quilômetros separadas e assimétricas. 6 - Além disso, a região em que freqüentemente se
pensa haver estado a província de Arzawa, "entretanto, não mostra qualquer sinal de
assentamento populacional durante o período Hitita". 7 - Assim, apesar de investigação
filológica e arqueológica de cento e vinte anos, nenhum sítio geográfico da Anatólia ocidental
pode ser determinado nesse período, e provas arqueológicas não puderam ser inteiramente
harmonizadas com os textos Hititas.
8
- Enquanto estudiosos agora concordam que os antigos escandinavos (Norsemen) realmente
descobriram e temporariamente colonizaram a América do Norte no século onze, a localização
precisa do "Vinland" (local) da saga é calorosamente disputada com cerca de quase uma dúzia
de candidatos que se encontram entre a Baia de Hudson até o Estado da Flórida. (Moroni, em
itálico sempre que tenho dúvida de haver compreendido o texto em inglês). " 9 - Se estudiosos
não puderam chegar à unanimidade geográfica nestas e em muitas outras áreas, por que
deveriam as análises feitas sobre a geografia do Livro de Mórmon ser um "assunto
decididamente simples ?"

De fato, comparando-se o estado do conhecimento atual da geografia do Livro de Mórmon


com a Bíblia é uma falsa analogia. Como nos conta o Professor Aharoni:
Uma análise final das identificações mais exatas (dos nomes de lugares referidos pela Bíblia)
são ainda aqueles dependentes da preservação do antigo nome, e ainda, somente através de
exame acurado de fontes escritas e dados arqueológicos. De cerca de 475 nomes de lugares
mencionados na Bíblia, apenas 262 foram identificados com nenhum grau de certeza, isto é,
55 por cento foi identificado baseado apenas na preservação do nome, versos 40 por cento do
todo... Apenas 72 lugares (15 por cento do total) foi identificado em situações onde o nome
antigo não foi encontrado em lugar algum da vizinhança, sendo o saldo meramente
conjectural.10

Em outras palavras, sem a continuidade dos nomes de lugares entre os tempos bíblicos e
modernos, apenas cerca de 36 dos 475 nomes dos lugares bíblicos puderam ser identificados
com segurança. Mas, de fato, esses 36 são identificados amplamente porque é possível
triangular sua relação com sítios conhecidos, partindo-se do conhecido para o desconhecido. É
apenas graças a numerosos locais bíblicos conhecidos com segurança através da continuidade
dos nomes dos lugares que esses outros 36 outros sítios podem se localizados.

A situação na velha Mesopotâmia é precisamente a mesma. "As inscrições e documentos


administrativos da "Presargonico Lagash" deixou-nos centenas de nomes e nomes de cursos
d'água, ainda assim um número mínimo pode ser identificado com precisão. Outros podem ser
situados na vizinhança geral de algum lugar conhecido, mas a grande maioria permanece
apenas vagamente situado quando muito." 11 -

Em adição ao uso da Bíblia, entretanto, esforços de arqueologistas na reconstrução da


geografia bíblica tem contado com recursos de topônimos (nomes de lugares) de inscrições
egípcias, papiros, documentos Mesopotâmios. 12 - Além disso, o incalculável valor do livro
"Onomástico" de Eusébius (ªA.D. 260-340) preserva detalhada lista de nomes de lugares da
Terra Santa juntamente com as distâncias entre as cidades. 13 - Isso permite aos historiadores
focalizar com poucos quilômetros de onde um lugar antigo possa ter existido. E mais, os
topônimos bíblicos da Terra Santa exibem continuidade lingüistica nas três línguas semíticas -
Hebraica, Aramaica e Arábica. Não há razão para afirmar-se que as línguas Maias, por
exemplo, e as línguas nefitas se relacionavam. Isso favorece o rompimento dos topônimos do
Novo Mundo.

Como exemplo da troca de nomes de cidades, baseado na conquista e nas transformações


lingüísticas, não precisamos ir mais longe do que Jerusalém. Do cananeu: u-ru-as-
lim 14 derivada do hebreu Yerushalem ou Yerushalayim. A cidade foi freqüentemente
denominada Cidade de David, e Sião, quatro nomes comuns à cidade de Jerusalém somente no
Velho Testamento Os gregos chamam a cidade tanto de Ierousalem quanto Hierosolyma; Os
latinos mantiveram Hierosolyma. Todavia, em seguida à conquista romana no ano 135 A C, o
Imperador Adriano mudou o nome para Aelia Capitolina. 15 - Ele conservou a sua identidade
como Jerusalém apenas graças ao domínio cristão no Império Romano, dando à cidade seu
antigo nome. Conquistadores muçulmanos, entretanto, voltaram a denominá-la Aliya (do
nome romano Aelia), Bayt al- Maqdis, ou al-Quds, tal como denominada pelos palestinos ainda
hoje. Caso tivesse o cristianismo sido exterminado ao contrário de se tornar a religião
dominante do Império Romano, ñao teríamos nenhuma prova de que aquele nome al-Quads
de hoje era o antigo nome Jerusalém.

As principais mudanças culturais e ideológicas conquistadas poderiam resultar na completa


transformação dos nomes dos lugares. Os nomes gregos renomearam todas as cidades
principais do Egito com nomes gregos. Por exemplo, a egípcia Nekhen virou a
grega Hierakonopolis. (grifo do tradutor). Vaset virou Thebes ou Diospolis
Magna, Khmun tornou-se Hermopolis, e Iunu virou Heliopolis. Embora alguns dos nomes
representem traduções dos nomes egípcios, na maioria dos casos existe certa relação
fonética. 16

Outros exemplos sobre o grego clássico: Byzantium tornou-se Constantinople no quarto século
A D, e finalmente Istambul no quinto século. O distrito da capital imperial na região da
moderna Bagdá tem sido conhecido sucessivamente como Kish (Sumeriano, no início do
terceiro milênio antes de Cristo), Agade (Akkadian, mais tarde no terceiro milênio antes de
Cristo) Babilônia (Babylonian, segundo e primeiro milênio antes de Cristo), Seleucia (Greek,
312 B C - A D 164), Ctesiphon ou Mada in (Pérsia, A D 165-636), e, em seguida à conquista
árabe (A D 640 ) Da_ ral-Sala_ m, e Bagdá. 17

Assim, a descontinuidade dos topônimos é uma ocorrência histórica comum, especialmente no


período de transformações cultural, lingüistica e política maiores, similar àquelas descritas no
próprio Livro de Mórmon. Podemos ver o mesmo fenômeno no Livro de Mórmon, onde a
montanha Ramah Jaredita mais tarde foi chamada de Monte Cumora pelos Nefitas (Eter 15:11;
Mórmon 6:6).

A continuidade dos nomes de lugares, relativos a topônimos bíblicos em fontes não bíblicas, e
detalhadas descrições geográficas tais como aquelas de Eusebius e mais tarde dos peregrinos
Cristãos, Judeus e Muçulmanos, estão em falta, tentativas de recriar geografias antigas são
freqüentemente dificultadas precisamente por problemas encontrados na geografia
Anatoliana, onde modelos alternativos localizam os mesmos sítios a centenas de quilômetros
separados. Deveríamos nos surpreender ao descobrirmos que esse problema é precisamente o
mesmo encontrado na geografia do Livro de Mórmon ?

Um sério problema relativo a geografia do Livro de Mórmon é a severa descontinuidade dos


topônimos Meso americanos entre as idades Pré -Clássica (antes do ano 300 A . D), o Pós-
Clássico (depois do A . D 900), e a era colonial ( depois do A.D. 1520). Por exemplo, qual eram
os nomes Meso americanos Pré-Clássicos existentes para os lugares atualmente conhecidos
com nomes dados pelos colonizadores Espanhóis, Monte Alban, San Lorenzo, La Venta, ou El
Mirador? Estes e muitos lugares meso-americanos têm apenas nomes espanhóis datando de
não mais cedo do que o século 16 . Por outro lado, ocasionalmente aprendemos de fontes
históricas os topônimos meso-americanos que não podemos correlacionar precisamente com
lugares modernos. Por exemplo, o lugar original da cidade de Itza Maya no século 17 - Tayasal
é ainda disputado como sendo entre o lago Yaxha e o lago Peten, a despeito da existência de
muita informação etno-histórica colonial espanhola nessa localização. 18

Problemas adicionais surgem até mesmo para aqueles locais que podem ser identificados, e
para os quais temos topônimos meso americanos subsistentes. A maioria do material
toponímico indígena para a Meso América vem de quatro línguas: Asteca (Nahuatl), Mixtec,
Zapotec, e vários dialetos dos Maias . Para cada uma dessas línguas a vasta maioria dos
topônimos eram lembrados apenas no século 16 cerca de mil anos depois do período do Livro
de Mórmon.19 Embora exista a mesma clara continuidade dos nomes dos lugares entre o
período colonial e Pé-Clássico , está usualmente pouco documentada. Por exemplo, dos 50
pictogramas dos topônimos Pré-Clássicos Zapotecos existentes no Monte Alban II, apenas "
quatro ... assemelham-se aos pictogramas para os lugares no estado de Oaxaca dados no [
século 17] Códice Mendoza " 20
Ademais, inscrições meso americanas pré-clássicas são relativamente raras. Considerando que
vários milhares de inscrições meso americanas clássicas existem (A D 300-900), inscrições pré-
clássicas (isto é, da época do Livro de Mórmon) limitam-se a cerca de umas poucas
dúzias. 21 Acrescente-se que a mais primitiva "fonética simples da ortografia desenvolveu na
Meso América c. do ano 400 AD. 22 Isso significa que todas as inscrições meso americanas da
época do Livro de Mórmon são logogramas2. Todas os topônimos inscritos da época do Livro
de Mórmon são por conseqüência basicamente simbólicos mais do que fonéticos, tornando
pois muito difícil, senão impossível, descobrir como eram pronunciados.

Resulta pois que das centenas, senão milhares de locais meso-americanos pré-clássicos,
somente um punhado deles pode ser associado aos locais com nomes meso-americanos pré-
clássicos. Destes, a grande maioria é identificada por pictogramas do que por nomes fonéticos.
"Dos cinqüenta lugares pintados (no Edifício J em Monte Alban II, datam de 150 anos BC. A 150
AD) talvez vinte possam ser "lidos" no sentido em que conhecemos o monte (lugar designado
por pictograma) que foi nomeado... (conhecido). Talvez dez possam ser igualados
(assemelhados) a lugares conhecidos hoje. 23

O problema é mais complicado pelo fato de os topônimos meso-americanos terem sido


freqüentemente traduzidos entre as línguas mais do que transliterados3 foneticamente.
Destarte, "em Nahuatl [Asteca] ... Monte do Pássaro" é Tototepec (tototl = pássaro + tepetl =
monte) e "Monte do Jaguar" é Ocelotepec (ocelotl + tepetl) ... "Monte do Pássaro" em Mixtec
seria Yucu Dzaa, de yucu (monte), + dzaa (pássaro); "Monte do Jaguar" em Zapotec seria Tani
Guebeche, de tani (monte) + guebeche ( bravo carnívoro). "24 Consequentemente, até mesmo
por esses poucos lugares para os quais uma leitura fonética possa ser determinada, a
pronúncia de pictogramas parece ter sido dependente da língua. Um homem de fala Zapotec
pronunciaria o pictograma designativo do nome de um mesmo local diferentemente de um
Mixytec, e ambos o fariam de forma diferente da pronúncia de um nefita, embora todos os
três poderiam teoricamente ser escritos com apenas variações do mesmo pictograma. 25

Problemas na determinação da pronúncia antiga dos topônimos clássicos dos Maias são
diferentes, mas igualmente difíceis de resolver. Nomes de cidades eram representados nas
inscrições hierográficas Maias por "símbolos" - pictogramas. Muito embora esses incluíssem
geralmente um componente fonético, ahaw ( senhor ), o nome real da cidade era basicamente
simbólico. Na verdade, existe uma disputa igualmente se os pictogramas simbolizam
propriamente o nome da cidade, a dinastia regente da cidade, ou o deus padroeiro (patrono)
dela. 26 Os nomes da maioria das cidades Maias clássicas simplesmente não foram
preservados. Aproximadamente apenas 40 locais Maias (de centenas conhecidos) têm seu
próprio pictograma. "27 Desses, embora alguns aceitem tentativas de reconstruções fonéticas ,
"outros são convenções muito abstratas, tornando-os bem mais difíceis de se sugerir suas
origens, significados, e leitura fonética. " 28 Dos poucos que se poderia tentar uma leitura
fonética, muitos não se enquadram nos nomes Maias do século dezessete. "Alguns lugares ...
têm conservado o mesmo nome por 1500 anos, enquanto outros... perderam seus nomes pré-
hispânicos. "29

O lugar atual de Copan pode ter sido pronunciado Sutstun ou Sutsku nos tempos clássicos. 30 O
pictograma para o local atual de Yaxchilan é designado "céu dividido" - split-sky - pelos
modernos gravadores epigráficos. Seu valor fonético é incerto, mas "pode ter sido
pronunciado caan, "céu" ou caan-na, 'casa do céu'. "31 "A leitura fonética para ... (o)
pictograma em Palenque pode ser Bak ou Bakan, 'Lugar dos Ossos'. "32 A despeito do fato
desses lugares serem três dos mais importantes no período Maia clássico, nenhum dos nomes
do século dezesseis está relacionado à leitura fonética proposta para o pictograma clássico. 33

Tomados em conjunto, todos esses problemas significam que é bem provável que jamais
tomemos conhecimento dos nomes pré-clássicos da maioria dos locais meso-americanos
antigos. [Mesmo com] descobertas reveladas posteriormente, nós provavelmente jamais
aprenderemos das inscrições existentes como os nomes das cidades meso americanas eram
pronunciados no tempo do Livro de Mórmon.

A reconstrução da geografia do Livro de Mórmon dessarte encontra várias dificuldades não


encontradas na geografia bíblica. Na Meso América existe uma descontinuidade dos
topônimos, enquanto que existe forte permanência na Palestina; provas baseadas nas
inscrições da Meso América usam pictogramas simbólicos para as cidades mais do que
transcrições fonéticas dos nomes, enquanto que as inscrições no Egito, Mesopotânia, e na
Palestina usualmente contêm componentes fonéticos, e finalmente, não existe onomástica (
lista de nomes de lugares) pré-classica para a Meso América, enquanto que na Palestina existe
onomástica detalhada de Eusebius, tanto quanto aquelas dos peregrinos posteriores. Esses
itens permitem aos historiadores criar um grande (mapeamento) baseado tanto em nomes
quanto nas distâncias entre os lugares para chave dos topônimos bíblicos. Como se pode notar
acima, uma comparação mais exata para a geografia do Livro de Mórmon seja aquela da Idade
do Bronze da Anatólia Ocidental, onde existem problemas similares de reconstrução. Assim,
enquanto a posição de Wilson de que a geografia bíblica está melhor documentada do que a
do Livro de Mórmon é prontamente reconhecida, essa posição de forma alguma prova que o
livro de Mórmon é um livro não-histórico como Wilson conclui.

Existe uma Geografia oficial, Santos dos Últimos Dias, do Livro de Mórmon?

Tendo asseverado falsamente - sem qualquer prova ou análise - que a questão da localização
precisa da geografia do Livro de Mórmon deveria ser assunto de fácil resolução, Wilson a
seguir continua a deturpar a história do debate na comunidade mórmon concernente à
geografia do Livro de Mórmon. Ele cava "ensinamentos tradicionais da Igreja SUD" contra as
"teorias de estudiosos mórmons modernos (2a.), mas ele falha em demonstrar tanto que
existe uma posição oficial SUD sobre a geografia do Livro de Mórmon, ou de que jamais houve
uma posição "tradicional" unanimemente aceita.

A falta de seriedade e inadequação do acesso de Wilson ao estudo da geografia do Livro de


Mórmon estão demonstradas por sua falha em utilizar quatro trabalhos recentes muito
importantes dos Santos dos Ùltimos Dias sobre a geografia do Livro de Mórmon - A Geografia
dos Acontecimentos do Livro de Mórmon: Um Livro da Origem (1990), e "Chave para Avaliação
da Geografia Nefita" (1989), e "Em Busca de Cumôra", de David Palmer (1981), a despeito de
tais livros encontrarem-se disponíveis por pelo menos dois anos antes da publicação do artigo
de Wilson. 34 Resulta pois que a descrição de Wilson não é apenas seriamente defeituosa, mas
também fundamentalmente inexata. 35

Como Sorenson demonstrou, existem dois modelos principais para a macrogeografia do Livro
de Mórmon. 36 O Modelo Geográfico Hemisférico coloca "o estreito de terra" no istmo do
Panamá, com a "terra do norte" sendo a América do Norte e a "terra do sul" a América do Sul.
O Modelo Limitado da Geografia coloca a "estreita porção de terra" no istmo de
Teohuantepec, com a "terra do norte" sendo o México central e a "terra do sul" geralmente a
Guatemala e sudeste do México. 37 Nenhuma dessas teorias é colocada como revelação ou
doutrina oficial. "A Igreja não tomou uma posição oficial concernente à localização dos lugares
geográficos (do Livro de Mórmon)" 38 Isso tem sido verdadeiro por pelo menos um século.
George Q.Cannon, um membro da Primeira Presidência, escreveu em 1890, "Freqüentemente
tem sido solicitado à Primeira Presidência a preparação de um mapa ilustrativo que fizesse
lembrar a geografia nefita, mas ela jamais consentiu em assim proceder. Nem estamos
informados de que qualquer dos Doze Apóstolos estariam encarregados de tal tarefa. A razão
é que, sem maior informação eles não estão preparados sequer para sugerir." 39

Origem do Modelo da Geografia Hemisférica

Conquanto seja verdade que o Modelo da Geografia Hemisférica esteve predominante na


mente da grande maioria dos Santos dos Últimos Dias durante as primeiras décadas da
Igreja, 40 a apresentação da edição de Wilson está deturpada.

Wilson tenta tornar Joseph Smith responsável pelo Modelo Georáfico Hemisférico porque ele
localizou o monte Cumôra ... em Palmira, Nova York" (2a), assertiva para a qual, novamente,
Wilson não produz prova alguma. 41 De fato, a mais nova correlação explícita do monte em
Nova York (no Estado) onde Joseph Smith encontrou as placas de ouro e o monte Cumôra
mencionado no Livro de Mórmon não vem de Joseph Smith, mas de Oliver Cowdery. 42 Joseph
Smith simplesmente descreve " uma montanha de tamanho considerável"; nenhum nome foi
dado. 43 Mas mesmo assim Joseph Smith pode ter aceito essa identificação, mas jamais foi
colocada como revelação, e, como será examinado a seguir, Joseph também apoiou uma
versão do Modelo Limitado da Geografia.

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