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O CAMPO EPISTEMOLÓGICO DA PESQUISA


CIENTÍFICA

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Unidade: O Campo Epistemológico da Pesquisa
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UNIDADE - O CAMPO EPISTEMOLÓGICO DA


PESQUISA CIENTÍFICA
MATERIAL TEÓRICO

Responsável pelo Conteúdo:


Profa: Ms Eliana Oliveira Teixera
Revisão Textual:
Profa. Dra. Patricia Silvestre Leite di Iorio

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As bases filosóficas da ciência

A ciência não pode ser entendida sem que se considere o saber


racional, pois a razão é a condição primeira para o nascimento do
pensamento científico.

Historicamente encontramos o despertar da razão na Grécia


antiga, por volta do VI século a.C., quando pensadores gregos
começaram a deixar de tentar entender o mundo por meio dos mitos, que
os ajudavam a responder às suas indagações, medos, perplexidades
quanto à sua própria existência e à existência da sociedade, e procuraram
explicações mais racionais. Ao contrário do mito, o pensamento racional
não se contenta com modelos exemplares da realidade. Ele busca um
movimento crítico e se interessa por explicações demonstradas por meio
da problematização e da exposição de argumentos.

Os filósofos gregos do VI século a. C., apesar de suas diferenças


filosóficas, tinham algo em comum: a vontade de entender de tudo que os
cercava. Eles foram capazes de delinear uma das primeiras tentativas
humanas de propor explicações racionais. Sem medo de cometer um
sacrilégio, os pensadores pré-socráticos buscaram ter um pensamento
próprio e não se submeter ao poder político ou religioso e aos
preconceitos da sociedade em que viviam.

Estes primeiros defensores da razão se dedicaram à busca da


verdade e se desligaram de todos os saberes anteriores relacionados a
uma busca utilitária do conhecimento. Para os pré-socráticos, o saber
devia se desprender de toda preocupação neste sentido, devendo
consistir em algo racional, especulativo e abstrato. Precursores da ideia
moderna de ciência, os pré-socráticos não queriam apenas descrever os
fatos ou fazer meras observações. Eles pretendiam encontrar as causas e
a razão de todas as coisas.

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Posteriormente, com Sócrates e seus seguidores, a construção do


pensamento racional apresenta novas vertentes. Sócrates se afasta da
busca para entender a construção do universo, pois a considera inútil.
Seu interesse se volta para um único objeto de estudo: o homem e a
natureza humana. Ele adota a célebre fórmula do oráculo Delphos :
“conhece-te a ti mesmo”. Isto abre um novo significado para o
pensamento. Conhecer a si mesmo implica discernir o bem do mal e se
inscreve na busca de definição das grandes noções morais.

O pensamento de Sócrates tem uma influência durável sobre


outros filósofos gregos que se tornaram os fundadores do pensamento
ocidental. Assim como Sócrates, seus discípulos Platão e Aristóteles,
trouxeram o homem para o centro de suas preocupações e dúvidas:
capaz de produzir conhecimento, o homem possuía também uma alma
imortal, o e lhes parecia essencial.

Sócrates Aristóteles
Fonte: corbisimages Fonte: corbisimages

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O caminho para se chegar ao conhecimento e à verdade, proposto


por estes filósofos gregos, caracterizava-se pela utilização de métodos e
pela adoção de uma postura rigorosa em sua aplicação. Eles introduziram
a distinção entre o sujeito (aquele que procura conhecer) e o objeto
(aquilo que deve ser conhecido), além de introduzir o princípio da
causalidade - uma causa provoca uma consequência que pode ser
entendida pela compreensão da causa.

Aristóteles introduziu ainda a ideia de que é no terreno da razão e


da abstração que se encontram os princípios que governam a realidade.
Para ele, o homem tem naturalmente a paixão pelo conhecimento e esta
atitude é regida pelas exigências de uma vida contemplativa e
especulativa. O entendimento das causas da vida quotidiana é essencial
para o entender as ações humanas.

Aristóteles foi também um dos primeiros a fazer uma classificação


sistemática hierárquica do conhecimento e de conceitos. Ela estabelece
claramente uma distinção entre os diferentes tipos de ciência até então
confundida com a filosofia. Os procedimentos propostos por Aristóteles
são fundamentados pela observação, a descrição e a classificação, e se
tornaram fundadores de muitas de nossas disciplinas atuais. Aristóteles
propõe, assim, um processo para obtenção do conhecimento científico e
estabelece as vias para sua construção.

O pensamento medieval: a fé como limite da razão

A postura adotada pelos gregos diante do saber e da busca da


verdade, o fato de terem colocado o homem no centro de suas
preocupações, significa uma ruptura com uma visão mística e religiosa do
mundo e uma valorização do pensamento racional e dos procedimentos
metódicos para se chegar até ele.

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Os estudiosos sobre este assunto não assinalam muitos


progressos na concepção de ciência e na elaboração de métodos para se
chegar a um saber rigoroso nos séculos que se seguiram à Antiguidade
Grega. É apenas com o começo da Idade Média que acontece uma forte
retomada da reflexão filosófica. O pensamento medieval se constituirá,
entretanto, a partir de outros parâmetros e se caracterizará por uma
separação entre os saberes filosóficos e científicos, conciliados pela
religião e pelos dogmas do cristianismo.

O que isto significa? O conhecimento gerado durante a Idade


Média foi marcado por uma assimilação entre o saber greco-romano e os
dogmas cristãos. Toda a vida intelectual ficou subordinada aos princípios
religiosos: os conhecimentos produzidos pela filosofia e pela ciência não
podiam contradizer os dogmas da Igreja. Neste contexto, o conhecimento
científico pode se desenvolver, mas adquiriu um caráter mais prático e
menos explicativo. Os fatos, a observação e a experimentação, tão
valiosos para a ciência, não eram mais determinantes para a aceitação
ou rejeição de uma explicação.

Apenas no período final da Idade Média, com São Tomás de


Aquino, a filosofia se distinguiu da teologia: coube à filosofia a
preocupação com as coisas da natureza e teologia a revelação do
sobrenatural. Estas definições restabeleceram as fronteiras entre a razão
e a fé, tornando válidos os conhecimentos obtidos pelos dois caminhos.
As verdades trazidas pela razão e as verdades trazidas pela fé puderam
se integrar em um sistema sintético harmonioso, sem contradições. Para
São Tomás de Aquino, a razão distingue o homem dos outros seres vivos
e o permite chegar as substâncias das coisas. Se o homem é formado por
corpo e mente, ele não deve ser considerado sem as duas parte que o
compõem. O homem foi dotado por Deus com a razão para que ele possa
utilizá-la e por meio dela chegar até à verdade. Esta revalorização, da
razão, estabelecida por meio da separação entre filosofia e teologia, terá
repercussões para a retomada do conhecimento científico.

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O período de transição para a ciência moderna

O Renascimento, começado após a Idade Média, significou um


período de renovações para o saber científico. A ciência enquanto
disciplina adquiriu autonomia e definiu os seus primeiros grandes
sistemas teóricos. Neste período, porém, ainda existem oposições
importantes entre ciência e religião.

Catedral de Chambord construída no Renascimento


Fonte: corbisimages

O nome de Galileu e suas contribuições exemplificam esse


momento. Físico e astrônomo, suas afirmações se chocaram com as
posições religiosas da Igreja Católica. Seus métodos, baseados na
observação e na experiência, se colocaram contra as teorias
geocêntricas, sustentadas pelo catolicismo, segundo às quais a terra se
encontrava imóvel no centro do universo. Suas teorias trouxeram, ainda,
duas grandes inovações para o conhecimento da época: elas destruíram
a ideia de Cosmo, que deixou de fazer parte das noções científicas, e
introduziram a noção de geometrização do espaço, com a substituição do
espaço cósmico qualitativamente diferenciado e concreto, pelo espaço
homogêneo e abstrato descrito pela geometria euclidiana. Segundo as
descobertas de Galileu, era possível entender o movimento da Terra
desde que se desse um tratamento matemático ao seu estudo.

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As posições sustentadas por Galileu foram consideradas uma


heresia e quase o levaram à morte. Suas ideias e o movimento intelectual
que existiu em torno delas, pontuam, porém, uma nova postura diante da
ciência.

Representação do sistema geocêntrico


Fonte: corbisimages

A afirmação da ciência e o nascimento das disciplinas


científicas

Progressivamente, o saber racional se afirma e se torna


independente. Com o início da ciência moderna no século XVII, surge a
preocupação em se proceder à observação empírica do real antes de
interpretá-lo. Com a conjunção da razão e da experiência, o método
experimental começa a se definir. Há, ainda, o recurso às ciências
matemáticas para a mensuração dos resultados obtidos. O saber não
repousa mais sobre a especulação, mas recorre sistematicamente à
observação, à experimentação e à mensuração dos conhecimentos.

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Com o domínio das técnicas progredindo consideravelmente o


mundo assiste a uma difusão dos saberes. O método científico traz
discussões sobre os fundamentos da ciência. Esta se afirma aos olhos
dos cientistas como algo de grande valor, pois se mostra capaz de
melhorar a vida humana. Neste período há o surgimento das grandes
instituições científicas e das universidades.

No século XVIII, a maioria dos grandes domínios da ciência


consolidou seus sistemas epistemológicos e seus métodos. Com isto, o
século XIX se caracterizou por grandes avanços científicos e uma
abundância de novas descobertas. Os princípios da ciência, baseados no
método experimental, se desenvolveram por meio de múltiplas
aplicações. As descobertas saíram dos laboratórios e adquiriram
aplicações práticas. Todos ou quase todos os domínios da vida humana
se encontram beneficiados. As descobertas operaram uma verdadeira
modificação na produção industrial, o que por sua vez provocou
mudanças econômicas e sociais na vida do homem.

Assim, por exemplo, houve o aumento da produção agrícola com a


invenção de novas máquinas e de novos adubos. A produção de todos os
tipos de objeto produzidos pelo homem, assim como a sua distribuição,
também aumentou graças às novas tecnologias. No domínio das
comunicações, as sociedades passaram a dispor do telégrafo e,
posteriormente, do telefone, diminuindo as distâncias e aproximando as
pessoas. É talvez, porém, no domínio da saúde que esta dinâmica de
descobertas se tornou particularmente relevante. A medicina instituiu os
primeiros exames clínicos e estabeleceu as primeiras classificações das
doenças permitindo um maior controle das epidemias e um aumento na
expectativa de vida da população.

As cidades também se reorganizaram em decorrência de uma


melhora nos meios de transportes. A eletricidade figurou como uma das
grandes descobertas desse período, pois além de mudar o modo de vida
nas cidades, modificou o modo de produção. A população passou a
deixar os campos e se urbanizar. As cidades haviam se tornado um lugar
muito melhor para viver.

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Robótica do século XXI


Fonte: corbisimages

O método experimental

O método experimental, que permitiu todos esses avanços para o


homem, é, neste momento da história, considerado o modelo a ser
seguido por toda a prática científica. Segundo esta perspectiva, todo
conhecimento deve ser construído a partir de experimentos repetidos para
testar as hipóteses formuladas pelo cientista. Apenas depois de serem
testadas e confirmadas por meio de experimentos, as hipóteses são
validadas e integram o campo dos saberes científicos. A experiência
científica acontece quase sempre dentro de um laboratório o que permite
um melhor controle de cada fator da experiência.

Para Claude Bernard, fundador do método experimental

a teoria é a hipótese verificada após ter sido submetida ao


controle do raciocínio e da crítica. Uma teoria, para ser válida,
deve sempre ser modificada com o progresso da ciência e
permanecer constantemente submissa à verificação e à crítica
dos fatos novos que aparecem. Se uma teoria for considerada
como perfeita, e se ela não for mais verificada pela experiência
científica, ela se torna uma doutrina” (Bernard, 1966, p. 56).

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Segundo o método experimental, a observação de um fenômeno


supõe uma causa que deve ser verificada por meio de um experimento,
que por sua vez obedece a uma série de protocolos previamente
estabelecidos. O controle do experimento, os critérios e a exatidão do
raciocínio, levam a resultados confiáveis e ao encontro da verdade.

Claude Bernard

Para Claude Bernard, o método experimental difere da experiência


empírica porque ele é feito a partir de uma hipótese, ou seja, a partir de
uma afirmação provisória que deve ser confirmada. Ao insistir sobre a
importância da hipótese, Claude Bernard ressalta que nas pesquisas
científicas as ideias devem ser simples, diretivas, sem jamais se tornarem
uma ideia fixa.

A utilização do experimento leva a um sistema de interpretação que


traz dois tipos de benefício ao pesquisador:

- ele tem a possibilidade de verificar, ou seja, de confirmar (ou não)


a hipótese que elaborou;

- no caso de um eventual fracasso, quando o pesquisador não


confirma a sua hipótese, ele pode aprender com o seu erro e assim
refazer o experimento de maneira adequada.

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As ciências humanas e sociais

As ciências humanas e sociais têm por objeto o homem, as


sociedades, sua história, cultura, realizações e comportamentos. Elas se
desenvolveram durante a segunda metade do século XIX, momento em
que os procedimentos científicos aplicavam e defendiam os métodos
experimentais. Até esse momento as ciências humanas haviam
permanecido dentro do campo da filosofia, sendo muitas vezes tratadas
de forma extremamente competente pelos filósofos. No entanto, no meio
de tantos progressos materiais, de tantos benefícios e desenvolvimentos
científicos elas foram chamadas a desempenhar um outro papel devendo
ser capazes de trazer para o homem e as sociedades os mesmos
progressos que as ciências naturais.

Afinal, se o método experimental trazia tanto bem para a


humanidade, por que não aplicá-lo para melhorar o homem e suas
relações sociais?

Com este espírito, os métodos experimentais foram aplicados as


ciências humanas por meio do positivismo. Obedecendo às concepções
positivistas, o saber em ciências humanas deveria adquirir o estatuto de
ciência se impregnando das seguintes características:

 empirismo: o conhecimento científico nas ciências humanas


devem partir da realidade como os sentidos a percebem e se
adaptar-se a ela;

 objetividade: o objeto de estudo deve ser completamente


respeitado, ou seja, o pesquisador deve manter uma separação
completa entre ele e aquilo que está sendo estudado de modo
a evitar todo tipo de influência. Ele deve intervir o menos
possível no experimento e adotar posturas que reduzam e
minimizem sua intervenção;

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 experimentação: somente por meio de uma experimentação


feita em laboratório, com controle de todas as variáveis, é
possível testar uma hipótese e demonstrar sua precisão;

 validade: a experimentação deve ser rigorosamente controlada


para ter sua validade garantida, seus resultados devem ser
mensurados com precisão por meio do recurso aos métodos
matemáticos. A mesma experiência deve poder ser repetida
em outras situações e apresentar os mesmos resultados;

 leis e previsão. as ciências humanas devem ser capazes de


estabelecer leis e previsões. As leis estão inscritas na
natureza, portanto todos os seres humanos estão submetidos a
elas. O conhecimento das leis, a previsão dos comportamentos
sociais, permitirá à ciência de geri-los e controlá-los.

Essas prerrogativas porém não se confirmaram. Aplicadas às


ciências humanas e sociais, as orientações do positivismo não obtiveram
os resultados esperados e suas expectativas foram contrariadas. Em
meio aos debates, várias razões foram apontadas para esta frustração.
Vejamos algumas delas:

 os fatos sociais são extremamente complexos e os


comportamentos humanos podem ser extremamente
imprevisíveis;

 nas ciências humanas e sociais os fatos dificilmente podem ser


considerados coisas e o pesquisador jamais é completamente
exterior ao seu objeto de estudo. Frente aos fatos sociais e aos
comportamentos humanos, o pesquisador não pode ter a
mesma objetividade que tem nas ciências exatas e biológicas;

 a medida do que é verdadeiro varia em ciências, pois o


pesquisador influencia o seu objeto de estudo. Mesmo que o
saber seja construído com prudência, os resultados podem
variar;

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 finalmente, as quantificações e mensurações próprias às


ciências da natureza dificilmente são extrapoláveis aos objetos
de estudo em humanas. Afinal, como medir a tristeza, a dor
psíquica, as preferências?

A busca de um modelo próprio de construção de


conhecimento

As características do positivismo não podem ser completamente


aplicadas às ciências humanas e sociais: elas exigem uma adaptação, um
respeito maior aos seus intrincados objetos de estudo. Como as ciências
biológicas e exatas, as ciências do homem devem possuir seus próprios
métodos e técnicas. Estes devem ser adaptados à realidade e à
especificidade de seus objetos de estudo e levar em consideração os
aspectos subjetivos relacionados ao pesquisador.

Isso não significa que o método experimental não possa ser


aplicado as ciências humanas. No entanto, ele não deve ser considerado
como o único modelo de cientificidade, nem como a metodologia que traz
os resultados melhores e mais seguros.

Psicologia, ciências humanas e responsabilidade social

No século XX, as ciências humanas e sociais, também conhecidas


como ciências do homem, foram chamadas para estudar os mais diversos
aspectos da vida humana. Na medida em que se desenvolveram, a
psicologia, a antropologia, a sociologia, as ciências políticas, assumiram
um papel importante e uma influência não negligenciável sobre a
sociedade. As reflexões de seus especialistas estão presentes em muitas
esferas políticas e seus conhecimentos são aplicados em diversas
esferas da vida pública.

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Essa importância crescente tem levado as ciências humanas a


refletirem sobre sua responsabilidade social. Muitas vezes elas estiveram
a serviço de ideologias, do poder e auxiliou o domínio de um grupo sobre
o outro. Esses procedimentos errôneos ressaltaram a importância das
questões éticas.

Quanto à Psicologia, o seu desenvolvimento levou-a a uma série


de desdobramentos que deram origem a muitas especializações.
Considerada a menos social das ciências do homem, seus diferentes
saberes têm em comum o interesse pelos fatos mentais e
comportamentos. O encontro do psicólogo com a vida coletiva pode,
entretanto, se fazer por intermédio da Psicologia Social. Interessada por
todas as formas de conflito entre o indivíduo e a sociedade, e pelas
interações ente os grupos sociais, as pesquisas em Psicologia Social
apresentam uma grande variedade de objetos de estudo e metodologias e
procuram trazer respostas para os problemas da sociedade.

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Anotações

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