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ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Bibliografia:
 Apontamentos fornecidos pelo docente, no Moodle.
 Simões, R.A.D. (2014), Manual de Dimensionamento de Estruturas Metálicas,
CMM, ISBN: 9789729837661.
 Silva, L.S. (2003), Manual de Ligações Metálicas, CMM, ISBN: 9729837643.

• NP EN 1990 (2009), Eurocódigo – Bases para o projecto de estruturas. (EC0)


• NP EN 1991‐1‐1 (2009), Eurocódigo 1 – Ações em estruturas. Parte 1‐1: Ações
gerais. Pesos volúmicos, pesos próprios, sobrecargas em edifícios. (EC1, 1‐1)
• NP EN 1991‐1‐3 (2009), Eurocódigo 1 – Ações em estruturas. Parte 1‐3: Ações
gerais. Ações da neve. (EC1, 1‐3)
• NP EN 1991‐1‐4 (2010), Eurocódigo 1 – Ações em estruturas. Parte 1‐4: Ações
gerais. Ações do vento. (EC1, 1‐4)
• NP EN 1991‐1‐5 (2009), Eurocódigo 1 – Ações em estruturas. Parte 1‐5: Ações
gerais. Ações térmicas. (EC1, 1‐5)
• NP EN 1993‐1‐1 (2010), Eurocódigo 3 – Projeto de estruturas de aço. Parte 1‐1:
Regras gerais e regras para edifícios. (EC3, 1‐1)
• NP EN 1993‐1‐8 (2010), Eurocódigo 3 – Projeto de estruturas de aço. Parte 1‐8:
Projeto de ligações. (EC3, 1‐8)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)

Aulas T – exposição em slides

Aulas TP – resolução de exercícios (lápis, papel e calculadora) e computador pessoal


para utilização de programas computacionais.

Programas computacionais úteis: Ansys Academic, MDSolids, Ftool
https://www.ansys.com/academic/free‐student‐products
http://web.mst.edu/~mdsolids/download.htm
http://www.tudoengcivil.com.br/2014/11/baixar‐programa‐ftool.html

Catálogos de perfis, coberturas …
http://www.constructalia.com/portugues_pt#.WpBIomxldhE
https://www.portis.es/producto/puertas‐seccionales‐industriales
https://www.alaco.pt/products/c5‐1000/
http://www.chagas.pt/
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Avaliação:
Época Normal e Recurso Época Especial
CF = M1*0.4 + EP*0.6 CF = 1.0 x EG
CF = EG
CF= Classificação Final

CF = componente M1 com peso de 40% e exame EP com peso de 60%.

Componente M1 = trabalho aplicado de projeto estrutural e apresentação oral, grupo 2 ou 3 alunos, contendo parte
analítica e computacional, nota mínima de 8 valores:
 Distribuição na 7ªsemana;
 Alunos entregam na penúltima semana aulas (14ª), em papel e formato pdf (elz@isep.ipp.pt);
 Apresentação Oral em ppt.
O trabalho aplicado M1 é a análise e projeto de uma estrutura metálica corrente (determinação de ações, escolha da seção do perfil,
dimensionamento de ligações). E utilização de ferramentas computacionais (Ansys Academic), para a análise estrutural e mecânica.

Componente EP = exame parcial individual, nota mínima de 8 valores.

Em alternativa, prova de exame global EG, com consulta, abrangendo toda a matéria lecionada, classificação final 100%.

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Introdução às Construções Metálicas
Pont Britannia atravessa o Estreito de Menai entre a
Iron Bridge em Coalbrooke ilha de Anglesey e País de Gales. Originalmente (1852)
(Inglaterra), 1ªponte em ferro era uma ponte tubular metálica de seções Palm House em Londres é
fundido (1781) com 30m de vão. retangulares e agora, é ponte em arco com 2 níveis. uma greenhouse (1840).

O Chrysler Building é um arranha‐


Museu Guggenheim Bilbao, em Bilbau Torre Eiffel, torre em treliça, Paris, França
céu, Nova York, Estados Unidos
é um dos 5 museus pertencentes à (1889). Edifício mais alto da cidade,
(1930), 3º edifício mais alto da
Fundação Solomon R. Guggenheim no 324m de altura e fica cerca 15cm mais
cidade, 60º maior do mundo com
mundo (1997), Espanha. Externamente alta no verão, devido à dilatação térmica.
319m.
é coberto por superfícies em titânio.

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Introdução às Construções Metálicas

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Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
EUROCÓDIGOS. Objetivos:

‐o que são os Eurocódigos?

.Definição do conceito limite de segurança

.Parâmetros de análise estrutural:


‐Cargas de projeto ou ações
‐Anexos nacionais
‐Fatores de segurança
‐Combinação de cargas
‐Definição de constrangimentos estruturais (uso, durabilidade, outras condições…)

.Exemplos de projetos estruturais de elementos simples.

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Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
Europa – Eurocódigos: Normas europeias voluntárias, que nascem em 1975 como uma
iniciativa da Comissão Europeia. Conjunto de regras para eliminar as barreiras técnicas no
domínio do projeto de obras de construção. http://eurocodes.jrc.ec.europa.eu/

Os Eurocódigos constituem um conjunto de Normas Europeias (EN) para o projeto de


estruturas de edifícios e outras obras de engenharia, realizadas com diferentes materiais.

Os Eurocódigos constituem documentos de referência a utilizar para a:


‐Comprovação da conformidade de projetos de obras de construção com as Exigências
Essenciais da Diretiva dos Produtos de Construção, em particular com as Exigências
Essenciais (Resistência mecânica e estabilidade) e Segurança ao fogo.
‐Determinação das características dos produtos de construção que se referem àquelas
exigências e que façam parte da informação que acompanha a marcação CE.
‐Elaboração de cadernos de encargos para a execução de obras de construção e prestação
de serviços de engenharia.

Eurocódigos em Portugal – Anexos Nacionais:


As NP EN correspondem à tradução para português das diferentes Partes dos Eurocódigos e
são acompanhadas pelos respetivos Anexos Nacionais.
Nestes Anexos são definidos os Parâmetros Determinados a nível Nacional (NDP – Nationally
Determined Parameters), que correspondem a parâmetros deixados em aberto nos Eurocódigos para
escolha nacional.
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Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos

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Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos

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Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
Europa – Eurocódigos: Normas europeias voluntárias, que nascem em 1975 como uma
iniciativa da Comissão Europeia. Conjunto de regras para eliminar as barreiras técnicas no
domínio do projeto de obras de construção. http://eurocodes.jrc.ec.europa.eu/

NORMA EUROPEIA TÍTULO (SIMPLIFICADO) Nº PARTES


EN 1990 Eurocódigo – Bases para o projecto de estruturas 1
EN 1991 EUROCÓDIGO 1 – AÇÕES EM ESTRUTURAS (4) 10
EN 1992 EUROCÓDIGO 2 – PROJETO DE ESTRUTURAS DE BETÃO 4
EN 1993 EUROCÓDIGO 3 – PROJETO DE ESTRUTURAS DE AÇO (2) 20
EN 1994 EUROCÓDIGO 4–PROJETO ESTRUTURAS MISTAS AÇO‐BETÃO 3
EN 1995 EUROCÓDIGO 5 – PROJETO DE ESTRUTURAS DE MADEIRA 3
EN 1996 EUROCÓDIGO 6 – PROJETO DE ESTRUTURAS DE ALVENARIA 4
EN 1997 EUROCÓDIGO 7 – PROJETO GEOTÉCNICO 2
EN 1998 EUROCÓDIGO 8–PROJETO ESTRUTURAS PARA RESISTÊNCIA AOS SISMOS 6
EN 1999 EUROCÓDIGO 9 – PROJETO DE ESTRUTURAS DE ALUMÍNIO 5

EN divididas em 57 partes + 1 norma.

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Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos

1975

1958–1993

1993/2009

2007

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Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos

Até 2010 implementação voluntária.
Após 2010 normas a aplicar na União Europeia. 
Passagem normas nacionais (anteriores removidas)

2015

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Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos

Avaliação e Validade

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Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
REGULAMENTO DE ESTRUTURAS DE AÇO PARA EDIFÍCIOS, REAE, DL 235/83.
Objetivo:
estabelece regras a observar no projeto e execução de estruturas de aço para
edifícios e obras análogas, cujos elementos sejam aço laminado a quente.

Quem pode projetar :


projetos de estruturas de aço devem ser elaborados por técnicos com
formação adequada à natureza e importância das obras e para o efeito
habilitados pela legislação em vigor.

Os projetos devem conter :


As peças escritas e desenhadas, necessárias para a justificação do
dimensionamento e respetiva verificação, bem como para a execução da
obra. Estes projetos devem ser submetidos à verificação e aprovação das
entidades competentes, de acordo com a legislação em vigor.

Estruturas metálicas:
Uma estrutura metálica é constituída por diferentes elementos estruturais
que se encontram ligados entre si pelas mais variadas formas. As ligações
devem garantir a transferência de esforços considerados no projeto estrutural
como um todo, garantir a devida resistência nas ligações ao exterior .

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Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
EUROCÓDIGOS PUBLICADOS (Atualizado em: 2018‐04‐20, LNEC)
Nota 1: Verificação da informação fornecida pela consulta em: www.ipq.pt e www.cen.eu
Nota 2: As Normas Portuguesas (NP EN) e as Normas Europeias (EN) podem ser adquiridas
no IPQ (www.ipq.pt).

EUROCÓDIGO – BASES PARA O PROJETO DE ESTRUTURAS
EN 1990:2002 Eurocódigo – Bases para o projecto de estruturas NP EN 1990:2009
EUROCÓDIGO 1 – AÇÕES EM ESTRUTURAS
Eurocódigo 1 – Acções em estruturas – Parte 1‐1: Acções gerais 
EN 1991‐1‐1:2002 NP EN 1991‐1‐1:2009
– Pesos volúmicos, pesos próprios, sobrecargas em edifícios
Eurocódigo 1 – Acções em estruturas – Parte 1‐3: Acções gerais 
EN 1991‐1‐3:2003 NP EN 1991‐1‐3:2009
– Acções da neve
Eurocódigo 1 – Acções em estruturas – Parte 1‐4: Acções gerais 
EN 1991‐1‐4:2005 NP EN 1991‐1‐4:2010
– Acções do vento
Eurocódigo 1 – Acções em estruturas – Parte 1‐5: Acções gerais 
EN 1991‐1‐5:2003 NP EN 1991‐1‐5:2009
– Acções térmicas
EUROCÓDIGO 3 – PROJETO DE ESTRUTURAS DE AÇO
Eurocódigo 3 – Projecto de estruturas de aço – Parte 1‐1: 
EN 1993‐1‐1:2005 NP EN 1993‐1‐1:2010
Regras gerais e regras para edifícios
EN 1993‐1‐8:2005 Eurocódigo 3 – Projecto de estruturas de aço – Parte 1‐8: 
NP EN 1993‐1‐8:2010
Projecto de ligações

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Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
EUROCÓDIGOS. Ações e Efeitos. Abreviaturas

O Eurocódigo propõe a terminologia Ação na estrutura que leva a um Efeito.

Ação (M) (V) (N) = força ou deslocamento imposto (ação ou carga permanente e ação ou carga variável).

Efeito (E) =força interna ou momento interno, deslocamentos.

Verificação no projeto (d) = (design).

Resistência (R)=capacidade.

fu=tensão de rotura.

fy=tensão de cedência.

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Introdução às Construções Metálicas. Caracterização geométrica dos materiais 
Elementos construtivos em construção metálica:

Cabo, barra
Viga
Pilar, Coluna
Placa, Casca, Chapa

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Introdução às Construções Metálicas. Caracterização geométrica dos materiais 
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), define a geometria
de algumas seções retas metálicas.

Convenção:
Eixo xx = eixo peça (longitudinal ou axial)
Eixo yy = eixo seção paralelo aos banzos
z
Eixo zz = eixo seção, perpendicular aos banzos
x

y
x

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Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
EUROCÓDIGOS. Ações e Efeitos. Abreviaturas Abreviaturas

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Introdução às Construções Metálicas. Caracterização geométrica dos materiais 
Tipo de produtos estruturais:
chapas;
barras;
perfis laminados;
Fios trefilados;
Cabos.

Chapas, barras e perfis laminados: fabricados


em laminadores que sucessivamente dão ao
aço pré‐aquecido a seção desejada;

Fios trefilados: obtidos a frio através de uma


barra de aço por fieiras com diâmetros
decrescentes.

Cabos são formados por associação de fios.

Perfis estruturais podem ser fabricadas por


dobramento ou associação de chapas soldadas. Padrão Americano Padrão Europeu

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Introdução às Construções Metálicas. Caracterização geométrica dos materiais 
Tipo de produtos estruturais:
chapas;
barras;
perfis laminados;
Fios trefilados;
Cabos.
Chapas Fabricação Espessuras Utilização
Grossas A quente >5mm Estruturas metálicas em geral
Chapas: Finas  A quente 1,2‐5mm Perfis de chapas dobradas
A frio 0,3‐2,65mm Acessórios de construção (ex. calhas)

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Introdução às Construções Metálicas. Caracterização geométrica dos materiais 
Tipo de produtos estruturais:
chapas;
barras;
perfis laminados;
Fios trefilados;
Cabos.

Perfis
Chapas, laminados
barras enaperfis
indústria americana:
laminados: fabricados Exemplo: W 200 x 26,6
Perfil de aba larga que
em laminadores – W (wide flange)
sucessivamente dão ao altura aprox. (mm)
Perfil I – S (standard
aço pré‐aquecido beam)desejada;
a seção massa linear (kg/m)
Perfil U – C (channel)

Perfis laminadosobtidos
Fios trefilados: na indústria
a frioeuropeia:
através de uma Exemplo: IPE 80
Perfil
barra dedeabaaço
paralela
por – fieiras
IPE, HEA,comHEB,diâmetros
HEM altura (mm)
decrescentes.

Cabos são formados por associação de fios.

Perfis estruturais podem ser fabricadas por


dobramento ou associação de chapas soldadas. Padrão Americano Padrão Europeu

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Introdução às Construções Metálicas. Caracterização geométrica dos materiais 
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define os valores nominais da tensão de cedência fyb e da
tensão de rotura à tração fub dos parafusos mais utilizados na construção metálica.
Índice b=bolt

Exemplo:
parafuso da classe 6.8 significa que
fub=6x100N/mm2 e fyb/fub=0,8; logo fyb=480N/mm2

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Introdução às Construções Metálicas. Caracterização geométrica dos materiais 
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define as dimensões características:
(espessura t ou a e comprimento l) de cordões de soldadura.

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Introdução às Construções Metálicas. Propriedades mecânicas dos materiais 
Aço é uma liga metálica composta por ferro (98%) e carbono com adições de outros
elementos (silício, manganês, fósforo, etc) que melhoram determinadas propriedades.

Classificação geral dos aços:


aços ao carbono (média resistência),
aços de alta resistência e baixa liga,
aços tratados termicamente,
aços resistentes ao fogo.

Classe do aço fu (MPa) Principais aplicações


Baixo carbono (C<0,3%)  < 440 Pontes, edifícios, tubos, estruturas mecânicas

Médio carbono (0,3%<C<0,5%)  440 a 590 Estruturas de navios e vagões, estruturas mecânicas e 


equipamentos agrícolas
Alto carbono (C>0,5%)  590 a 780 Peças mecânicas, trilhos e rodas ferroviárias. Equipamentos 
agrícolas.

Adição de Cr, Cu, P, Si, Mn, Ni >> alta resistência mecânica, à corrosão e resistência ao fogo.

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Introdução às Construções Metálicas. Propriedades mecânicas dos materiais 

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Introdução às Construções Metálicas. Propriedades mecânicas dos materiais 
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
define os valores nominais da
tensão de cedência fy e da
tensão de rotura fu do aço a 20ºC.

São aços laminados macios,


dúcteis e utilizados
em estruturas metálicas.
Designados por aços estruturais.

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Introdução às Construções Metálicas. Propriedades mecânicas dos materiais 
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
define os valores nominais da
tensão de cedência fy e da
tensão de rotura fu do aço a 20ºC.

São aços laminados macios,


dúcteis e utilizados
em estruturas metálicas.
Designados por aços estruturais.

Norma Portuguesa NP 1729 (1981): 

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Introdução às Construções Metálicas. Propriedades mecânicas dos materiais 
O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010), define as propriedades dos materiais (neste caso aço ao
carbono) a altas temperaturas.
Massa específica do aço é constante 7859kg/m3
• A capacidade resistente do aço e a sua rigidez diminuem
• Drasticamente com a temperatura.
• A grande condutividade térmica do aço faz com que a
• temperatura se propague rapidamente.
• Os elementos estruturais em aço têm em geral secções
• transversais muito esbeltas.
Redução da tensão e módulo de elasticidade:

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Introdução às Construções Metálicas. Propriedades mecânicas dos materiais 
O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010),
• A capacidade resistente do aço diminui a partir dos 100‐200ºC.
• Apenas 23% da capacidade resistente do aço permanece a 700ºC.
• A 800ºC reduz‐se a 11% e a 900ºC a 6%.
• O aço funde a 1500ºC.
• A tensão de cedência a 600ºC reduz cerca de 50%.
• O módulo de elasticidade a 600ºC reduz cerca de 70%.

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Introdução às Construções Metálicas. Propriedades mecânicas dos materiais 
O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010),
• A capacidade resistente do aço diminui a partir dos 100‐200ºC.
• Apenas 23% da capacidade resistente do aço permanece a 700ºC.
• A 800ºC reduz‐se a 11% e a 900ºC a 6%.
• O aço funde a 1500ºC.
• A tensão de cedência a 600ºC reduz cerca de 50%.
• O módulo de elasticidade a 600ºC reduz cerca de 70%.

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Introdução às Construções Metálicas. Propriedades térmicas dos materiais 
O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010), define as propriedades dos materiais (neste caso aço ao
carbono) a altas temperaturas.
‘’Variação singular decorrrente da transformação alotrópica de fase austenítica’’.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 34
Introdução às Construções Metálicas. Propriedades térmicas dos materiais 
O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010), define as propriedades dos materiais (neste caso aço ao
carbono) a altas temperaturas.
‘’Variação singular decorrrente da transformação alotrópica de fase austenítica’’.

O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010), para modelos de cálculo simples Ca=600J/kgºK

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 35
Introdução às Construções Metálicas. Propriedades térmicas dos materiais 
O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010), define as propriedades dos materiais (neste caso aço ao
carbono) a altas temperaturas.
‘’Variação singular decorrrente da transformação alotrópica de fase austenítica’’.

O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010), para modelos de cálculo simples =45W/mºK

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 36
Introdução às Construções Metálicas. Propriedades térmicas dos materiais 
O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010), define as propriedades dos materiais (neste caso aço ao
carbono) a altas temperaturas.
‘’Variação singular decorrrente da transformação alotrópica de fase austenítica’’.

Efeitos térmicos:
O aço submetido a um aumento de temperatura, apresenta perda progressiva sua
rigidez, devido, em parte, à diminuição do módulo de elasticidade.
Numa análise global, o aumento de temperatura introduz dilatações térmicas mais ou
menos constrangidas pelos elementos adjacentes. Estes constrangimentos criam
tensões adicionais, equivalentes a um aumento das solicitações exteriores.

a) b)
Exemplo de amostras ampliadas 500 x;
a) retirada à temperatura ambiente;
b) retirada à temperatura ambiente depois de submetida a ensaio 600ºC, com arrefecimento natural.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 37
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Bibliografia:
 Apontamentos fornecidos pelo docente, no Moodle.
 Simões, R.A.D. (2014), Manual de Dimensionamento de Estruturas Metálicas,
CMM, ISBN: 9789729837661.
 Silva, L.S. (2003), Manual de Ligações Metálicas, CMM, ISBN: 9729837643.

• NP EN 1990 (2009), Eurocódigo – Bases para o projecto de estruturas. (EC0)


• NP EN 1991‐1‐1 (2009), Eurocódigo 1 – Ações em estruturas. Parte 1‐1: Ações
gerais. Pesos volúmicos, pesos próprios, sobrecargas em edifícios. (EC1, 1‐1)
• NP EN 1991‐1‐3 (2009), Eurocódigo 1 – Ações em estruturas. Parte 1‐3: Ações
gerais. Ações da neve. (EC1, 1‐3)
• NP EN 1991‐1‐4 (2010), Eurocódigo 1 – Ações em estruturas. Parte 1‐4: Ações
gerais. Ações do vento. (EC1, 1‐4)
• NP EN 1991‐1‐5 (2009), Eurocódigo 1 – Ações em estruturas. Parte 1‐5: Ações
gerais. Ações térmicas. (EC1, 1‐5)
• NP EN 1993‐1‐1 (2010), Eurocódigo 3 – Projeto de estruturas de aço. Parte 1‐1:
Regras gerais e regras para edifícios. (EC3, 1‐1)
• NP EN 1993‐1‐8 (2010), Eurocódigo 3 – Projeto de estruturas de aço. Parte 1‐8:
Projeto de ligações. (EC3, 1‐8)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)

Aulas T – exposição em slides

Aulas TP – resolução de exercícios (lápis, papel e calculadora) e computador pessoal


para utilização de programas computacionais.

Programas computacionais úteis: Ansys Academic, MDSolids, Ftool
https://www.ansys.com/academic/free‐student‐products
http://web.mst.edu/~mdsolids/download.htm
http://www.tudoengcivil.com.br/2014/11/baixar‐programa‐ftool.html

Catálogos de perfis, coberturas …
http://www.constructalia.com/portugues_pt#.WpBIomxldhE
https://www.portis.es/producto/puertas‐seccionales‐industriales
https://www.alaco.pt/products/c5‐1000/
http://www.chagas.pt/
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Avaliação:
Época Normal e Recurso Época Especial
CF = M1*0.4 + EP*0.6 CF = 1.0 x EG
CF = EG
CF= Classificação Final

CF = componente M1 com peso de 40% e exame EP com peso de 60%.

Componente M1 = trabalho aplicado de projeto estrutural e apresentação oral, grupo 2 ou 3 alunos, contendo parte
analítica e computacional, nota mínima de 8 valores:
 Distribuição na 7ªsemana;
 Alunos entregam na penúltima semana aulas (14ª), em papel e formato pdf (elz@isep.ipp.pt);
 Apresentação Oral em ppt.
O trabalho aplicado M1 é a análise e projeto de uma estrutura metálica corrente (determinação de ações, escolha da seção do perfil,
dimensionamento de ligações). E utilização de ferramentas computacionais (Ansys Academic), para a análise estrutural e mecânica.

Componente EP = exame parcial individual, nota mínima de 8 valores.

Em alternativa, prova de exame global EG, com consulta, abrangendo toda a matéria lecionada, classificação final 100%.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos

Nota informativa sobre situação em Portugal:

http://www.lnec.pt/pt/servicos/normalizacao‐e‐regulamentacao/normalizacao/

Em PORTUGAL e recentemente houve ‘’Consulta sobre Eurocódigos Estruturais’’:

O LNEC promoveu, até 30 abril 2018, uma consulta pública sobre o projeto de Decreto‐
Lei relativo à utilização, em Portugal, de um conjunto de Eurocódigos Estruturais.

Essa nova proposta revogará total ou parcialmente os regulamentos de projeto


estrutural em vigor, estabelecendo‐se um período de transição de 3 anos durante o
qual ainda é possível recorrer às normas em vigor.
‘’ Artigo 6.º 
Revogação 
1 – São revogados os seguintes regulamentos: 
a) O Regulamento de Segurança e Ações para Estruturas de Edifícios e Pontes, aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 235/83, de 31 de maio, no que diz 
respeito à aplicação a estruturas para edifícios; 
b) O Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré‐Esforçado, aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 349‐C/83, de 30 de julho, no que diz respeito 
à aplicação a estruturas de betão para edifícios; 
c) O Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios, aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 211/86, de 31 de julho; 
d) O Regulamento de Segurança das Construções Contra os Sismos, aprovado pelo Decreto n.º 41658, de 31 de Maio de 1958.’’

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
Objetivos para as Construções Metálicas:

‐Dotar o aluno de competências para atos de Engenharia Mecânica, conforme o regulamento nº


420/2015, DR 2ªsérie, nº139, 20 de julho de 2015.

Alguns exemplos diretos (ponto 3 e ponto 4 do anexo)


‐Instalações mecânicas especiais (conceção, elaboração de projeto de edifícios em construção
metálica, coberturas metálicas).
‐Estruturas metálicas e equipamentos mecânicos (conceção, processos de ligação).

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)

Aulas T – exposição em slides

Aulas TP – resolução de exercícios (lápis, papel e calculadora) e computador pessoal


para utilização de programas computacionais.

Programas computacionais úteis: Ansys Academic, MDSolids, Ftool
https://www.ansys.com/academic/free‐student‐products
http://web.mst.edu/~mdsolids/download.htm
http://www.tudoengcivil.com.br/2014/11/baixar‐programa‐ftool.html

Catálogos de perfis, coberturas …
http://www.constructalia.com/portugues_pt#.WpBIomxldhE
https://www.portis.es/producto/puertas‐seccionales‐industriales
https://www.alaco.pt/products/c5‐1000/
http://www.chagas.pt/
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Aplicações de códigos computacionais. MEF
MEF: Método dos Elementos Finitos (3 fases = pré‐processamento, solução e pós‐processamento)

Elementos finitos podem ser classificados de acordo com o tamanho: 1D, 2D ou 3D.
Cada elemento é definido por um nome, tipo de superfície ou curva e forma.
Os elementos são caracterizados através de funções polinomiais:
linear (grau 1), quadrática (grau 2), cúbica (grau 3), etc.
Cada elemento tem num número de nós.
Cada nó tem um número de graus de liberdade associado (DOF).

Fy1 Fy2
Viga (beam)
Mz1 Mz2
Fx1 Fx2

L
No MEF conhecer:
‐ Geometria
‐ Material
‐ Constragimentos
‐ Carregamento

FASES do MEF

PRÉ-PROCESSAMENTO

ANÁLISE PELO MEF

PÓS-PROCESSAMENTO

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Aplicações de códigos computacionais. MEF
MEF: Método dos Elementos Finitos (3 fases = pré‐processamento, solução e pós‐processamento)
Ansys Academic

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Aplicações de códigos computacionais. MEF
ABRIR ANSYS. Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos
Utility Menu
Icon Toolbar Menu
Input Line Raise/Hidden Icon
Output
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Abbreviation Toolbar Menu

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Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Aplicações de códigos computacionais. MEF
ABRIR ANSYS,  Ansys: um programa de elementos finitos: Comando importantes
Entrar no programa e criar um novo ficheiro de análise:
SELECCIONAR ’ANSYS APDL’
SELECCIONAR O DIRECTÓRIO DE TRABALHO
FILE>CHANGE DIRECTORY> (o nome do ficheiro fica ‘file’)
ou
Entrar no programa e criar um novo ficheiro de análise:
SELECCIONAR ’ANSYS’ PRODUCT LAUNCHER
WORKING DIRECTORY: (BROWSE…)
JOBNAME: file (nome por defeito)
RUN

Entrar no programa e chamar um ficheiro já criado:


SELECCIONAR ’ANSYS’
SELECCIONAR O DIRECTÓRIO DE TRABALHO
FILE>CHANGE DIRECTORY> (localizar onde está o ficheiro ‘file’)
DENTRO DO PROGRAMA FAZER PRIMEIRO (RESUM_DB)
ou
Entrar no programa e chamar um ficheiro já criado:
SELECCIONAR ’ANSYS’ PRODUCT LAUNCHER
WORKING DIRECTORY: (BROWSE…)
JOBNAME: file (nome por defeito)
RUN
DENTRO DO PROGRAMA FAZER PRIMEIRO (RESUM_DB)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos

The ANSYS program is organized into two basic levels:


Begin level
Processor (or Routine) level

The Begin level acts as a gateway into and out of the ANSYS program.

At the Processor level , several processors are available. Each processor is a set of functions that
perform a specific analysis task. For example, the general preprocessor (PREP7) is where you build
the model, the solution processor (SOLUTION) is where you apply loads and obtain the solution,
and the general postprocessor (POST1) is where you evaluate the results of a solution.

Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Tipo de Ficheiros

File Type File Name File Format


Log file Jobname.LOG ASCII
Error file Jobname.ERR ASCII
Output file Jobname.OUT ASCII
Database file Jobname.DB Binary
Results file: structural or Jobname.RST Binary
coupled
Database and Files:
– Input data - info you must enter, such as dimensions, material properties, and load data.
– Results data - quantities that ANSYS calculates, such as displacements and stresses.
Defining the Jobname: Utility Menu > File> Change Jobname
The jobname is a name up to 32 characters that identifies the ANSYS job.
Typical files in Ansys
jobname.db, .dbb: Database file, binary. Compatible across all supported platforms.
jobname.log: Log file, ASCII. Contains a log of every command issued during the session. If you start a
second session with the same jobname in the same working directory, ANSYS will append to the
previous log file (with a time stamp).
jobname.err: Error file, ASCII. Contains all errors and warnings encountered during the session.
ANSYS will also append to an existing error file.
jobname.rst, .rth, .rmg, .rfl: Results files, binary. Contains results data calculated by ANSYS during
solution, compatible across all supported platforms. Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Defining Jobname, Title, Units

 The jobname is a name that identifies an ANSYS job. When you define a jobname for an
analysis, the jobname becomes the first part of the name of all files the analysis creates.
(The extension or suffix for these files' names is a file identifier such as .db)
 Command: /FILNAME
 GUI: Utility Menu>File>Change Jobname

 The /TITLE command defines a title for the analysis.


 Command: /TITLE
 Utility Menu>File>Change Title

 The ANSYS program does not assume a system of units for your analysis. You can use any
system of units (except in magnetic field analyses) so long as you make sure that you use
that system for all the data you enter. (Units must be consistent for all input data.)

Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Defining Element Types

•The ANSYS element library contains more than 150 different element types. Each element type has a
unique number and a prefix that identifies the element category:BEAM4, PLANE77, SOLID96, etc.
•The element type determines, among other things:
– The degree-of-freedom set (which in turn implies the discipline-structural, thermal, magnetic,
electric, quadrilateral, brick, etc.)
– Whether the element lies in two-dimensional or three-dimensional space.
•BEAM4, for example, has six structural degrees of freedom (UX, UY, UZ, ROTX, ROTY, ROTZ), is
a line element, and can be modeled in 3-D space.
•PLANE77 has a thermal degree of freedom (TEMP), is an eight-node quadrilateral element, and can
be modeled only in 2-D space.

•GUI:Main Menu >Preprocessor >Element Type >Add/Edit/Delete

•You define the element type by name and give the element a type reference number. For example, the
commands shown below define two element types:
•ET,1,BEAM4
•ET,2,SHELL63
Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Aplicações de códigos computacionais. MEF

ABRIR ANSYS Biblioteca de Elementos Finitos no ANSYS

ANSYS HELP >> ANSYS TUTORIALS


Contents>Mechanical APDL>Element Reference> Element Classifications>Summary of Element Types
Ou Icon ANSYS>Help>Ansys Help

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Comando importantes: SAVE and RESUME

Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Fases de Análise

Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Propriedades e Unidades

Material Properties
Every analysis requires some material property input: Young’s modulus (EX), Poisson’s ratio
(PRXY) for structural elements, thermal conductivity (KXX) for thermal elements, etc.
To define the material properties:
Main Menu>Preprocessor>Material Props>Material Models

Unit (SI) –ANSYS program does not assume a system of units for your analysis. You can use any system of units  
Time Length Mass Force Temperature
s m kg N K
Density Conductivity Specific Heat Flux Convection
Kg/m3 J/(smK) J/(KgK) J/(sm2) J/(sm2K)
Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Modelação da geometria

Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Modelação da geometria

Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Algoritmos para a geração de malhas

Free Mesh – Has no element shape restrictions.
• The mesh does not follow any pattern.
• Suitable for complex shaped areas and volumes.
• Suitable for complex shaped areas and volumes.
• Volume meshes consist of high order tetrahedral (10 nodes), large dof.

Mapped Mesh – Restricts element shapes to quadrilaterals (areas) and hexahedra (volume) 
•Typically has a regular pattern with obvious rows of elements.
•Suitable only for “regular” shapes such as rectangles and bricks.

Free meshing Mapped meshing

Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Fases de Análise

Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
MEF: Método dos Elementos Finitos Ux=Uy=Uz=Rotx=0

EX. Considere o projeto de uma viga em aço (E=210GPa, v=0.3) Fy=-600


simplesmente apoiada com comprimento L=0.9m. A seção reta Pressure on beams=1111
da viga é rectangular b=15mm e h=25mm.
Imponha uma força concentrada F=600N a L/3 e uma carga
distribuida no comprimento de Q=1111N/m.
Represente o diagrama de esforços internos, calcule o
deslocamento vertical e as tensões normais.

https://ansyshelp.ansys.com/account/secured?returnurl=/Views/Secured/corp/v191/ans_elem/Hlp_E_BEAM188.html
https://ansyshelp.ansys.com/account/secured?returnurl=/Views/Secured/corp/v191/ans_elem/Hlp_E_CH3_2.html
BEAM188 has 6 or 7 degrees of freedom at each node. These include translations in the x,
y, and z directions and rotations about the x, y, and z directions. A seventh degree of
freedom (warping magnitude) is optional. This is based on Timoshenko beam theory.

Output Quantity Name ETABLE and ESOL Command Input


Item E I J
SFz SMISC ‐‐ 5 18
My SMISC ‐‐ 2 15
Fx SMISC ‐‐ 1 14

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
MEF: Método dos Elementos Finitos, Tutorial Beam 188

1ª phase: PRÉ‐PROCESSOR
’PREFERENCES’>STRUTURAL > OK
ELEMENT TYPE > ADD/EDIT/DELETE> ADD> BEAM188> OK > CLOSE
MATERIALS PROPS > MATERIAL MODELS > STRUCTURAL > LINEAR > ELASTIC >ISOTROPIC >>EX=    > Prxy=    >OK  >EXIT

SECTIONS>BEAM>Common Section>  
SECTIONS>BEAM>Plot Section
MODELING > CREATE > KEYPOINTS > IN ACTIVE CS > (definir 3 pontos: inicio, ponto carga e fim)
MODELING > CREATE > KEYPOINTS > IN ACTIVE CS > (more 1 Kp to define 3ºdirection (ex: x=L/2, y=0.1)
MODELING > CREATE > LINES > IN ACTIVE COORD > 

MESHING>MESH ATTRIBUTES> Picked Lines > Pick orientation Keypoint YES >Ok > Pick


MESHING>SIZE CNTRLS>MANUAL SIZE>LINES> PICKED LINES> NDIV= ____>OK 
MESHING > MESH> LINES> PICK ALL >OK

PlotCtrls>Style>Size and Shape (/ESHAPE =ON, SCALE=1)

LOADS > DEFINE LOADS > APPLY > STRUCTURAL > DISPLACEMENT > ON NODES > ( pick node ) 
if: UX / UY / UZ / ROTx / ROTy > VALUE= 0>OK                (when ux=uy=uz=rotx=roty=0; double support)
if: UX / UY / UZ / ROTx / ROTy / ROTZ >VALUE= 0>OK   (when ux=uy=uz=rotx=roty=rotz=0; fixed support)
if: UY / UZ / ROTx / ROTy > VALUE= 0>OK                          (when uy=uz=rotx=roty=0; single support)
LOADS>DEFINE LOADS >APPLY >STRUCTURAL > FORCE/MOMENT > ON NODES (pick node) >APPLY>
LOADS>DEFINE LOADS >APPLY >STRUCTURAL > PRESSURE ‐‐> ON BEAMS

2ª phase: SOLUTION
SOLUTION > Analysis Type >  New Analysis > Static
SOLUTION > SOLVE > CURRENT LS > OK > CLOSE (if solution is done, OK)

3ª phase: PÓS‐PROCESSOR
Plot Results>Deformed Shape
Plot Results>Contour Plot > Nodal solu
List>Results>……
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
MEF: Método dos Elementos Finitos, Tutorial Beam 188

GENERAL POSTPROC ‐‐> ELEMENT TABLE ‐‐> DEFINE TABLE ‐‐> ADD
procurar ‘’ By sequence num ‘’ ‐ SMISC
e escrever SMISC,2
Apply

procurar ‘’ By sequence num ‘’ ‐ SMISC


e escrever SMISC,15
Apply

OK
CLOSE

GENERAL POSTPROC ‐‐> PLOT RESULTS  CONTOUR PLOT  LINE ELEM RESULTS
e procurar I= SMISC2
J=SMISC15
(este código dá o diagrama de esforços fletores em) e imprimir gráfico

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic

MEF: Método dos Elementos Finitos


EX. Considere o projeto de um pórtico em aço 2D e 3D (E=210GPa,
v=0.3) encastrado e dimensões 3x2m. A seção reta da viga é
rectangular b=40mm e h=40mm. 2000mm
Imponha uma força concentrada em L/2 de F=2000N.
Represente o diagrama de esforços internos, calcule o deslocamento
All DOF =0
vertical e as tensões equivalentes. All DOF =0

3000mm

1500mm

2000mm
2000mm

All DOF =0
All DOF =0
3000mm

All DOF =0

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 21
Aplicações de códigos computacionais. MDSolids

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 22
Aplicações de códigos computacionais. MDSolids

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 23
Aplicações de códigos computacionais. FTool

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 24
Aplicações de códigos computacionais. FTool

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 25
Aplicações de códigos computacionais. FTool

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 26
Aplicações de códigos computacionais. FTool

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 27
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Não linearidade material e geométrica (efeitos globais e locais). Estados limites últimos ELU e serviço ELS.
Classificação das secções transversais.

Dimensionamento de ligações (25%).


Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
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Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas, os tipos de análise estrutural:

Elástica Linear ‐ pequenos deslocamentos e proporcionalidade entre


as cargas e os seu efeitos.
Não‐Linear – consideração da não‐linearidade física pela plasticidade
do material (formação de rótulas) ou geométrica, decorrente de efeitos
de segunda ordem devidos a grandes deslocamentos ou deformações.

Idealmente plástico elástico-plástico elástico-plástico com enrijecimento ou


encruamento

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas, os tipos de análise estrutural:

Elástica Linear ‐ pequenos deslocamentos e proporcionalidade entre


as cargas e os seu efeitos.
Não‐Linear – consideração da não‐linearidade física pela plasticidade
do material (formação de rótulas) ou geométrica, decorrente de efeitos
de segunda ordem devidos a grandes deslocamentos ou deformações.

A análise mais simples está relacionada com o comportamento linear, designa‐se por “análise linear de
estruturas” ou análise elástica de primeira ordem. Baseia‐se na hipótese de todas as equações
envolvidas serem lineares, o que pressupõe: a linearidade física e a linearidade geométrica.

A linearidade física traduz‐se numa análise elástica e na lei de Hooke, em que as relações tensão‐
extensão do material são lineares em qualquer ponto da estrutura, e para esta condição se verificar é
necessário que as tensões instaladas no material sejam inferiores à tensão de cedência do mesmo.

A linearidade geométrica representa uma análise de primeira ordem, onde as equações de equilíbrio
são desenvolvidas com base na geometria indeformada da estrutura e em relações cinemáticas
lineares, onde se verifica a proporcionalidade entre o carregamento aplicado e os deslocamentos.

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Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas, os tipos de análise estrutural:

Elástica Linear ‐ pequenos deslocamentos e proporcionalidade entre


as cargas e os seu efeitos.
Não‐Linear – consideração da não‐linearidade física pela plasticidade
do material (formação de rótulas) ou geométrica, decorrente de efeitos
de segunda ordem devidos a grandes deslocamentos ou deformações.

A análise linear de estruturas para avaliar o comportamento estrutural não considera fenómenos
geométricos e físicos, que ganham relevância com o aumento do carregamento e deformação.
A análise linear não permite: revelar a degradação da resistência da estrutura, devido ao regime
plástico do material; identificar e considerar fenómenos de instabilidade, de natureza geometricamente
não linear, necessitando que as equações de equilíbrio sejam formuladas na posição deformada.

Assim, os efeitos não lineares estão intimamente ligados às 2 hipóteses referidas e são classificados:

• 1‐ Efeitos fisicamente não lineares (não linearidade material) ‐ considerados através da análise
plástica, que se baseia em relações tensão‐extensão não lineares, considerando a existência de
plastificação, rótulas plásticas, e consequentemente a existência de redistribuição de esforços para
zonas menos solicitadas. Este tipo de análise só é possível se a estrutura for hiperstática e possuir
elementos cujas secções permitam elevada capacidade de rotação para a formação de rótulas
plásticas.

Idealmente plástico elástico-plástico elástico-plástico com enrijecimento ou encruamento

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Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas, os tipos de análise estrutural:

Elástica Linear ‐ pequenos deslocamentos e proporcionalidade entre


Os efeitos de segunda ordem podem ser do tipo:
as cargas e os seu efeitos.
Não‐Linear – consideração da não‐linearidade física pela plasticidade
do material (formação de rótulas) ou geométrica, decorrente de efeitos
de segunda ordem devidos a grandes deslocamentos ou deformações.

A análise linear de estruturas para avaliar o comportamento estrutural não considera fenómenos
geométricos e físicos, que ganham relevância com o aumento do carregamento e deformação.
A análise linear não permite: Efeitos Globais (P‐
revelar a degradação da resistênciaEfeitos Locais (P‐
da estrutura, devido ao regime
relacionados com os deslocamentos  relacionados com os deslocamentos 
plástico do material; identificar e considerar fenómenos de instabilidade,
nas extremidades
de natureza geometricamente
de cada elemento
não linear, necessitando que as equações de equilíbrio sejam formuladas na posição deformada.

Assim, os efeitos não lineares estão intimamente ligados às duas hipóteses referidas e são classificados:
• 2 ‐ Efeitos de segunda ordem (não linearidade geométrica) ‐ quando a estrutura é carregada e
deforma‐se desviando‐se da sua posição indeformada, leva a que cargas axiais de compressão
atuem segundo posições diferentes das definidas na geometria inicial indeformada. A deformada
da estrutura pode assumir dois modos de deformação diferentes (imperfeições), consoante a
estrutura se encontre solicitada por cargas verticais ou por cargas verticais e horizontais.
Se o desvio em relação à posição inicial indeformada for pequeno, o aumento dos esforços de primeira ordem é
desprezável, a análise linear é suficiente. No entanto, se o desvio da estrutura provocar um aumento dos momentos
de primeira ordem e agrave esse desvio, é necessário atender à não linearidade geométrica através de uma análise de
segunda ordem, onde as equações de equilíbrio são com base na geometria deformada da estrutura e em relações
cinemáticas não lineares.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), a análise estrutural deve incorporar os efeitos das
imperfeiçoes, incluindo:

‐ tensões residuais (tensões elásticas existentes num corpo


sem a existência de carregamentos externos, produzidas nos
componentes durante a fabricação, as origens estão relacionadas
com processos químicos, térmicos ou mecânicos),
‐ imperfeições geométricas (não verticalidade, retilinearidade,
ajustamento, excentricidades).

Todos os elementos estruturais exibem imperfeições devidas ao processo de fabrico, transporte,


armazenagem e construção.
Estas imperfeições encontram‐se no domínio das tolerâncias de fabrico, não sendo visíveis, não
podendo ser quantificadas antes da utilização. No entanto, devem ser contabilizadas no processo de
dimensionamento de forma apropriada.

Podem ser distinguidos dois tipos de imperfeições geométricas:
 imperfeições globais dos pórticos e sistemas de contraventamento;
 imperfeições locais dos elementos.

Efeitos Globais (P‐
Efeitos Locais (P‐

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Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Consideração das imperfeições globais através de um desvio de verticalidade dos pilares ou uso de
sistema de forças horizontais equivalentes.
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010) na análise global de estruturas porticadas suscetíveis de
instabilizar deve ser considerada uma ‘’imperfeição geométrica equivalente’’ definida por ângulo:

Efeitos Globais (P‐– relacionados com 
os deslocamentos nas extremidades

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Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Consideração das imperfeições globais através de um desvio de verticalidade dos pilares ou uso de
sistema de forças horizontais equivalentes.
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), para o efeito das Imperfeições globais pode ser simulado
pelo uso de um sistema de forças horizontais equivalentes, devendo ser aplicadas ao nível de cada piso
e proporcionais às cargas verticais aplicadas nesse nível. A imperfeição deve ser considerada apenas na
direção mais desfavorável.

Efeitos Globais (P‐– relacionados com 
os deslocamentos nas extremidades

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Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Consideração das imperfeições locais através de uma deformada inicial dos elementos ou uso de
sistema de forças horizontais equivalentes.
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010) na análise de estruturas deve incluir‐se uma imperfeição tipo
curvatura inicial local ao nível dos elementos constituintes do pórtico definida por e0/L, sendo e0 a
amplitude máxima do deslocamento lateral inicial e L o comprimento do elemento, com os valores
recomendados em função das curvas de encurvadura:

Efeitos Locais (P‐d)  – relacionados com 
os deslocamentos de cada elemento

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Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Consideração das imperfeições locais através da deformada inicial dos elementos dos pilares ou uso
de sistema de forças horizontais equivalentes.
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), para o efeito das Imperfeições locais pode ser simulado pelo
uso de um sistema de forças horizontais equivalentes, devendo ser aplicadas ao nível de cada piso e
proporcionais às cargas verticais aplicadas nesse nível:

Efeitos Locais (P‐d)  – relacionados com 
os deslocamentos de cada elemento

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Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas, a segurança de uma estrutura metálica (estado
limite último) depende da resistência das secções, da resistência dos fenómenos de instabilidade e da
resistência das ligações.
Objetivos

dimensionamento das estruturas verificação das estruturas

• O dimensionamento e a verificação são feitos pelos Critérios de Projeto que se


baseiam na Resistência, Rigidez e Estabilidade
• Assim, os problemas resumem‐se na determinação da resistência, rigidez e
estabilidade da estrutura, por meio de critérios de projeto.
• Os critérios de projeto estão, em geral, relacionados à passagem do corpo de um
estado mecânico para outro.
• Logo, um corpo tem comprometida a sua resistência, rigidez ou estabilidade
quando atinge um estado mecânico limite.
 Estados Limites Últimos: indicam a perda de resistência ou estabilidade da estrutura.

 Estados Limites de Serviço: indicam a perda de rigidez da estrutura.

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Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Estabilidade: Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas, a Estabilidade aparece
associada ao conceito de equilíbrio na classificação das configurações.
A configuração de equilíbrio não pode
ser alterada drasticamente na presença
de imperfeições e ações perturbadoras.

Resistência
Resistência: O material das peças estruturais
deve ser capaz de absorver o nível de
solicitação interna gerado pelas ações externas
sem comprometer a sua integridade física.

Rigidez: As peças estruturais devem ser Rigidez


capazes de absorver as ações externas sem
apresentar grandes deslocamentos que
comprometam sua funcionalidade.
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Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas:

Os estados limites:

Estados Limites Últimos – ELU correspondem à ruína parcial ou total da


estrutura. Indicam a perda de resistência ou estabilidade da estrutura.
• Passagem do Estado Elástico para o Estado Plástico
• Passagem do Estado Plástico para o Estado de Ruptura
• Instabilidade Global do Elemento Estrutural (encurvadura global)
• Instabilidade Local do Elemento Estrutural (encurvadura local)
• Instabilidade Global da Estrutura

Estados Limites de Serviço (ou Utilização) – ELS a estrutura não serve mais para
a finalidade a que foi projetada (grandes deslocamentos, vibrações,
deformações permanentes). Indicam a perda de rigidez da estrutura.
• Deslocamentos e Deformações Excessivas que afetem a utilização da estrutura ou estética
• Vibrações Excessivas ou Desconfortáveis
• Pequenos danos relacionados à durabilidade ou aspecto estético
• Ex: estado limite deslocamento para viga de pavimento ‐ flecha inferior ou igual L/400.
40 [mm]

Sd <=Rd Sd: Solicitação de Cálculo.     Rd: Resistência de Cálculo.

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Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas:

barra

coluna

viga

Veio, eixo

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas: Estados Limites Últimos – ELU

Os métodos da Mecânica dos Sólidos consistem na comparação entre “solicitações” e


“resistências”.

Solicitação é o termo que indica o efeito das ações (esforços, deslocamentos, tensões, deformações).
Resistência é o termo para indicar valores limites das solicitações.

Método dos Estados Limites:  S d  Rd
S d : solicitação de cálculo As solicitações de cálculo obtidas a partir das “ações de cálculo”.
R
Rd  n : resistência de cálculo
R
Rn : resistência representativa
 R : coeficiente de resistência

Método das Tensões Admissíveis:   máx   adm


 máx : máxima tensão atuando na estrutura Este método é limitado e de uso restrito.

 adm  lim : tensão admissível na estrutura n : coeficiente de segurança
n
 lim : tensão limite do material ou tensão crítica de encurvadur a
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas: Estados Limites Últimos – ELU

Os problemas mais simples da Mecânica dos Sólidos são os correspondentes a estado simples de tensão.

x  x
x  y  z   eq   x
x x E E
u   x x v   y y w   z z

Verificação da Resistência e da Estabilidade:
Sd: solicitação de cálculo determinada em função de Sx.
Rn  lim
S d  Rd   d  Rn: resistência representativa determinada em função de uma tensão
R R limite ( fy ou fu ou a tensão crítica de encurvadura scr) ou do esforço que
provoca uma instabilidade global na estrutura.

Verificação da Rigidez:
Sn: solicitação representativa determinada em função das deformações 

S n  Rn   x  x   lim
ou deslocamentos.
E Rn: resistência representativa, que consiste em valores máximos 
permitidos à solicitação.

Obs.: a verificação da rigidez pode ainda estar relacionada ao nível de vibração do corpo, determinado em função da sua
freqüência, do seu amortecimento e da sua aceleração de pico.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas: Estados Limites Últimos – ELU

Solução de problemas para estados gerais de tensão são tratados através da tensão equivalente.

y
 yz  yx
 xy
 zy
x
z  zx  xz  eq  eq

Se um estado limite é atingido quando as componentes do estado de tensão são


multiplicadas por n, então eq = lim/n.

Logo,  eq    x ,  y ,  z , xy , yz , zx 
Existem várias teorias para a obtenção de eq.
Nenhuma delas é universal.
A validade de cada uma é restrita a determinados materiais e tipos de solicitação.

Observações: Na prática, os critérios de rigidez baseiam‐se nos deslocamentos correspondentes às deformações.
Para estados de tensão mais complexos,  os critérios de projeto também o são.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas, para Estados Limites de Serviço (ou utilização) ELS,
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), os valores limite para deslocamentos verticais em vigas:

Os valores limites para deslocamentos verticais em pórticos:

Para a verificação do estado limite de vibração:


as acelarações verticais máximas não devem ser superiores
0,1G (passadiços ou estruturas pedonais),
0,02G (edificios de escritorios),
0,05G a 0,1G (ginásios ou edifícios semelhantes).

São dispensadas se as frequências próprias não forem superiores


3Hz (escritórios), 5Hz (ginásios ou outros edifícios).

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Análise de Estruturas Metálicas. Classificação das seções
A classificação das seções transversais dos elementos estruturais traduz a forma como a resistência e
a capacidade de rotação de uma seção são influenciadas por fenómenos de encurvadura local.

Numa secção compacta as zonas comprimidas podem plastificar completamente, numa seção esbelta
isso já não acontece devido aos fenómenos de encurvadura local.

Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), consoante a capacidade de rotação e de formação de rótula


plástica, as 4 seções classificam‐se em:
‐ Classe 1 – Secções em que se pode formar uma rótula plástica, com capacidade de rotação necessária
para uma análise plástica, sem redução da sua resistência; (ex. perfis laminados a quente HEA, HEB, IPE, etc)
‐ Classe 2 – Secções que podem atingir o momento resistente plástico, mas cuja capacidade de rotação
é limitada pela encurvadura local; (ex. perfis laminados a quente HEA, HEB, IPE, etc)
‐ Classe 3 – Secções em que a tensão na fibra extrema comprimida, calculada com base na distribuição
elástica de tensões, pode atingir o valor da tensão de cedência, mas em que a encurvadura local pode
impedir que o momento resistente plástico seja atingido; (ex. perfis laminados a quente HEA, HEB, IPE, etc)
‐ Classe 4 – Secções em que a encurvadura local ocorre antes de se atingir a tensão de cedência numa
ou mais partes da secção transversal. (ex. perfis soldados e enformados a frio)

A classificação de uma secção é sempre dada pela maior classe (mais desfavorável) dos elementos
comprimidos constituintes.

A classificação baseia‐se na esbelteza dos elementos (c/t), no parâmetro  que depende da classe do aço, e no coeficiente de
encurvadura Kσ. Importante saber distinguir se os elementos são salientes (um bordo apoiado e outro livre) ou se os elementos são
internos (apoiado ambos os bordos). A classificação também depende dos esforços que provocam tensões normais (axial e fletor).

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Análise de Estruturas Metálicas. Classificação das seções

A classificação das seções


depende da tensão de
cedência do material (fy) e
do rácio das dimensões c/t

A relação “momento‐rotação” para cada uma das classes está demostrada na figura:

British Standard 

British Standard
(delgada) 

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Análise de Estruturas Metálicas. Classificação das seções
A classificação das seções transversais dos elementos estruturais traduz a forma como a resistência e a
capacidade de rotação de uma seção são influenciadas por fenómenos de encurvadura local.
A classificação de uma seção é efetuada com base na relação entre as dimensões de cada um dos
elementos comprimidos (alma e banzo) nos esforços atuantes (axial e fletor) e na classe do aço. A
classe de uma seção é sempre dada pela maior classe (mais desfavorável) dos elementos comprimidos
que a constituem.
1 ℎ 1𝑁
Alma 𝛼 𝑡 𝑟 1
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), 𝑐 2 2𝑡 𝑓

Alma ou ‘’Aba’’

Banzo
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 21
Análise de Estruturas Metálicas. Classificação das seções
A classificação das seções 
transversais dos elementos 
estruturais traduz a forma 
como a resistência e a 
capacidade de rotação de 
uma seção são influenciadas 
por fenómenos de 
encurvadura local.
Conforme o EC3‐1‐1, EN 
1993‐1‐1 (2010),

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 22
Análise de Estruturas Metálicas. Classificação das seções
A classificação das seções 
transversais dos elementos 
estruturais traduz a forma 
como a resistência e a 
capacidade de rotação de 
uma seção são influenciadas 
por fenómenos de 
encurvadura local.
Conforme o EC3‐1‐1, EN 
1993‐1‐1 (2010),

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 23
Análise de Estruturas Metálicas. Classificação das seções
A classificação das seções 
transversais dos elementos 
estruturais traduz a forma 
como a resistência e a 
capacidade de rotação de 
uma seção são influenciadas 
por fenómenos de 
encurvadura local.
Conforme o EC3‐1‐1, EN 
1993‐1‐1 (2010),

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 24
Análise de Estruturas Metálicas. Exercícios
Exemplos A1‐ Classifique as seções indicadas segundo o EC3‐1‐1.
a) IPE300, aço S235: i) submetido a flexão simples; ii) a compressão pura.
b) IPE240, aço S235: i) submetido a flexão simples; ii) a compressão pura.
c) Seção retangular oca SHS200x200x8, aço S275, à compressão pura.
d) Seção retangular oca SHS200x200x14, aço S275, à compressão pura.

R=t/2

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 25
Análise de Estruturas Metálicas. Exercícios
Exemplos A1‐ Classifique as seções indicadas segundo o EC3‐1‐1.
a) IPE300, aço S235: i) submetido a flexão simples; ii) a compressão pura.
b) IPE240, aço S235: i) submetido a flexão simples; ii) a compressão pura.
c) Seção retangular oca SHS200x200x8, aço S275, à compressão pura.
d) Seção retangular oca SHS200x200x14, aço S275, à compressão pura.

Resolução a)i): IPE300


Alma do perfil à flexão c/t=248.6/7.1=35<72e=72x1=72 (Classe 1)
Banzo do perfil compressão c/t=(150/2‐7.1/2‐15)/10.7=5.3<9e=9x1=9 (Classe 1)
Logo Classe 1.

Resolução a)ii): IPE300


Alma do perfil à compressão
c/t=248.6/7.1=35>33e=33x1=33, mas c/t=248.6/7.1=35<38e=30x1=38 (Classe 2)
Banzo do perfil compressão c/t=(150/2‐7.1/2‐15)/10.7=5.3<9e=9x1=9 (Classe 1)
Logo Classe 2.

Resolução c): SHS200x200x8


Aba do perfil à compressão
c/t=(b‐3t)/t=(200‐3x8)/8=22<33e=33x0.92=30.4
Logo Classe 1.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 26
Análise de Estruturas Metálicas. Exercícios
Exemplos A2‐ Classifique as seções indicadas segundo o EC3‐1‐1.
a) Secção tubular 38,1x4, aço S235, à compressão pura.
b) Secção tubular 38,1x4, aço S235, à flexão.
c) Secção tubular 42,2x4, aço S420, à compressão pura.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 27
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
EX. Considere o projeto de um pórtico em aço, com dois níveis em altura, submetido a cargas distribuídas (Q1 e Q2), forças
verticais (Fy1 e Fy2) nos pilares e forças horizontais (Fx1 e Fx2) nos pilares do lado esquerdo. Os perfis constituintes do
pórtico são do tipo IPE400. Inclua as imperfeiçoes geométricas globais, utilizando o método simplificado do EC3‐1‐1.
Considere as ligações entre os pilares e as vigas do tipo rígida (ligação perfeita) e as bases do pórtico encastradas.
Determine os estados limites últimos (ELU e ELS) com base na utilização dos Eurocódigos. Para o ELU considere o método
das tensões admissiveis que lhe permite identificar o tipo de aço. Verifique depois a resistência da seção em relação aos
esforços atuantes (axiais, flexão e transverso).

Fx2=16kN Q2=33,6kN/m

Fy2=204kN Fy2=204kN

5m

Fx1=12kN Q1=45kN/m

Fy1=253,5kN Fy1=253,5kN

5m

10m

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Resolução:
As imperfeiçoes geométricas globais, utilizando o método simplificado do EC3‐1‐1, foram calculadas na forma:

Valor obtido: =0,0029145 rad

Para o 2ºnível com a força vertical total Fv=33,6x10+2x204,0=744kN adicionar Fh2=0,0029145x744=2,2kN


2,2+16=18,2kN

Para o 1ºnível com a força vertical total Fv=45,0x10+2x253,5=957kN adicionar Fh1=0,0029145x957=2,8kN


2,8+12=14,8kN

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
EX. Considere o projeto de um pórtico em aço, com dois níveis em altura, submetido a cargas distribuídas (Q1 e Q2), forças
verticais (Fy1 e Fy2) nos pilares e forças horizontais (Fx1 e Fx2) nos pilares do lado esquerdo. Os perfis constituintes do
pórtico são do tipo IPE400. Inclua as imperfeiçoes geométricas globais, utilizando o método simplificado do EC3‐1‐1.
Considere as ligações entre os pilares e as vigas do tipo rígida (ligação perfeita) e as bases do pórtico encastradas.
Determine os estados limites últimos (ELU e ELS) com base na utilização dos Eurocódigos. Para o ELU considere o método
das tensões admissiveis que lhe permite identificar o tipo de aço. Verifique depois a resistência da seção em relação aos
esforços atuantes (axiais, flexão e transverso).

Fx2=18,2kN Q2=33,6kN/m

Fy2=204kN Fy2=204kN

5m

Fx1=14,8kN Q1=45kN/m

Fy1=253,5kN Fy1=253,5kN

5m

10m

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic, resultados

0.017296m

0.007972m

Ux=0                                                                  Ux=0,017m

Deslocamento axial Ux Deslocamento axial Ux

Deslocamento vertical Uy
Uy=‐0,039m                                                                   Uy=0

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic, resultados

N=‐865kN                                                                    N=+42kN V=‐223kN                                                                    V=+205kN

Esforço Normal (Smisc 1,14) Esforço Transverso (Smisc 5,18)

Esforço Flexão (Smisc 2,15)
Mf=‐328kNm                                                        Mf=+222kNm

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic, resultados

Seq=0.5MPa                                                        Seq=305MPa Sx=‐295MPa                                                        Sx=305MPa

Tensão equivalente Seq Tensão axial Sx

Deformada

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Resolução, verificação de critérios:

Critério ELS.
Para pórticos verificar os deslocamentos axiais Ux da solução Ansys

0,0173<<10/500 OK

Critério ELU (página seguinte).


Verifique a resistência individual da seção em relação aos esforços atuantes (axiais, flexão e transverso).
Considere também o método das tensões admissíveis.

Por exemplo:
IPE400, selecionar S235, então seção classe 1 para flexão pura e classe 3 para compressão pura.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Resolução: IPE400, selecionar S235, então seção classe 1 para flexão pura e classe 3 para compressão pura.
Os esforços atuantes obtidos na solução Ansys:

resistência à tração compressão flexão transverso


𝑁 =865kN 𝑀 =328kNm 𝑉 =223kN

𝑁 𝑀 𝑉
1,0 1,0 1,0
𝑁, 𝑀, 𝑉,

𝑊 𝑓 𝐴 𝑓⁄ 3
𝑀 , 𝑀 , 𝑉
𝛾 ,
𝛾
𝐴 𝑓 Secções classe 1,2
𝑁 ,
𝛾
𝐴 𝐴 2𝑏𝑡𝑓 𝑡𝑤 2𝑟 𝑡𝑓
Secções classe 1,2,3

𝑁 1984𝑘𝑁 𝑀 307𝑘𝑁𝑚 𝑉 , 579,22𝑘𝑁


, ,

compressão flexão transverso


VERIFICA NÃO VERIFICA VERIFICA

IPE400, selecionar S235, então seção classe 1 para flexão pura e classe 3 para compressão pura.
O método das tensões admissíveis
Tensão equivalente do Ansys 305MPa sendo superior a 235MPa do S235.

Sugestão de projeto: alterar o perfil, ou alterar o material aço, ou reforçar a zona critica onde o fletor máximo. Refazer cálculos e verificar!

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Dimensionamento de Ligações. Exemplos
Entende‐se por projeto o conjunto de:
especificações,
cálculos estruturais (resistência das peças e elementos, posição elementos, resistência dos elementos),
desenhos de projeto,
desenhos de fabricação,
desenhos de montagem dos elementos.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Dimensionamento de Ligações. Exemplos
Entende‐se por projeto o conjunto de:
especificações,
cálculos estruturais (resistência das peças e elementos, posição elementos, resistência dos elementos),
desenhos de projeto,
desenhos de fabricação, I
desenhos de montagem dos elementos. V

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Dimensionamento de Ligações. Meios de ligação
Ligação é um termo aplicado a todos os detalhes construtivos que
promovam a união de partes da estrutura.

Elementos de ligação (componentes):


placas (espessura na ligação viga‐pilar ou viga‐viga), cantoneiras,
enrijecedores.

Meios de ligação:
Rebites; Pinos; Parafusos; Porcas; Anilhas;
Solda ou metal de adição (no caso de adição de metal para o processo
de soldadura, as propriedades do aditivo não deverão ser inferiores às
dos materiais de base).

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Dimensionamento de Ligações. Meios de ligação
Ligações exemplos. Lateral                      Frontal                   3D

Elementos e componentes
Viga ‐
de ligação: Viga

Viga –
Coluna

Viga –
Coluna

Coluna ‐
Base

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Dimensionamento de Ligações. Vantagens e desvantagens

Tipo de ligação Vantagens Desvantagens 


Aparafusada • Facilidade de montagem e  • Custo maior (parafuso e 
desmontagem, furação),
• Fácil inspeção, • Enfraquecimento das peças 
• Economia de energia, ligadas
• Mão de obra não qualificada
Soldada  • Ligação mais simples (menos  • Mão de obra especializada,
elementos), • Controlo de qualidade 
• Melhor continuidade, rigoroso,
• Menor custo • Difícil desmontagem

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Dimensionamento de Ligações. Classificação
Classificação das ligações segundo a rigidez:

Ligações flexíveis – a restrição à rotação relativa entre


os elementos estruturais deve ser pequena quanto se
consiga obter na prática; nas vigas sujeitas à flexão
simples há transmissão de força cortante, se a rotação
relativa entre as partes, após o carregamento, atingir
80% ou mais da esperada caso a conexão fosse
totalmente livre. (M<, Rot>)

Ligações semi‐rígidas – ocorre restrição à rotação da


ordem 20% a 90%, o momento transmitido através da
conexão não é nem próximo de zero como no caso de
ligações flexíveis e nem o momento máximo como no
caso de conexões rígidas, estas ligações são raramente
utilizadas devido à dificuldade desta relação.

Ligações rígidas – ocorre restrição à rotação da ordem


90%, ângulo entre elementos estruturais que se
intercetam permanece essencialmente o mesmo após
carregamento, possibilidade de deformação das peças
envolvidas. (M>, Rot<)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Dimensionamento de Ligações. Classificação
Classificação das ligações segundo a rigidez:
Ligações flexíveis                             Ligações semi‐rígidas Ligações rígidas 

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Dimensionamento de Ligações. Classificação
Classificação das ligações segundo a rigidez:
Ligações flexíveis                             

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Dimensionamento de Ligações. Classificação
Classificação das ligações segundo a rigidez:
Ligações rígidas 

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Dimensionamento de Ligações. Classificação
Classificação das ligações segundo a rigidez:
Pilares Ligações Flexíveis 

Pilares Ligações Rígidas

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Dimensionamento de Ligações. Classificação
Ligações em nós de treliças:

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas
Ligações aparafusadas – disposições de projeto
•Resistência do parafuso é normalmente avaliada pela secção resistente.
•Diâmetro da secção resistente:

dn  dm
d res 
2

•Comportamento numa ligação:


A resistência última deverá ser verificada no corte, esmagamento e tração.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas
Ligações aparafusadas – disposições de projeto
•MODOS de ROTURA em Ligações:

Rotura na zona Anet Rotura por rompimento das chapas

Rotura por corte nos parafusos Rotura por esmagamento das chapas
Segundo o EC3, para se verificar a resistência de uma ligação ao corte convencional é necessário verificar a resistência dos
seus elementos nas situações:
‐ Parafusos ao Corte;
‐ Esmagamento das Chapas;
‐ Rompimento das Chapas;
‐ Secção em Tração;
‐ Rotura pela zona Anet (ou Rotura em Bloco);
‐ Resistência da Soldadura.
A resistência da ligação é dada pela resistência do elemento menos resistente presente na mesma. As resistências
individuais de cada componente da ligação são calculadas tendo em conta a formulação do EC3.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas
Conforme o EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), os materiais para as ligações com parafusos, rebites
ou cavilhas.
Classes mais utilizadas em construção metálica: 4.6, 5.6, 6.8, 8.8 e 10.9
Para solicitações estáticas: todas as classes. Para solicitações dinâmicas: classes superiores ou iguais 8.8.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas
Conforme o EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), os materiais para as ligações com parafusos, rebites
ou cavilhas.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Posicionamento
• Disposições de projeto artigo 20º REA (rebites ou parafusos):

2  D  a  3 D
1, 5  D  b  2 , 5  D
3 D  c  7  D (*)
3 D  c  10  D (**)

* ambientes muito agressivos
** ambientes pouco ou moderadamente agressivos

• Ligações rebitadas – disposições de projeto
Rebites de dois tipos (cabeça redonda e cabeça achatada).
 d  1 a 2 D
ØD
 d  maior e i
e  5 D

e1

e
Rebite de cabeça DIN 124-B

e
redonda - ISO R1051

e2

j
p
l

q
b
h

n
e1
e

Md
e2

Parafuso e porca Parafuso e peça roscada


l  e1  e2  h  n l ed

Ød l  e  1.5d
n  0.3d
ØD j l e

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Posicionamento
O EC3‐1‐8, EN 1993‐
1‐8 (2010), define a
disposição dos furos
de parafusos e de
rebites:

Posicionamento: Importante porque evita a


corrosão, encurvadura local, facilita
instalação, limites de aplicabilidade.
d0=diâmetro do furo

d0=diâmetro do furo

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Posicionamento
O EC3‐1‐8, EN 1993‐
1‐8 (2010), define a
disposição dos furos
de parafusos e de
rebites:

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Coeficientes parciais de segurança
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 
(2010), 
e
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 
(2010), 
definem os coeficientes 
parciais de segurança: 

𝛾 1,25

𝛾 1,25
𝛾 , 1,1
𝛾 1,0
𝛾 1,0
𝛾 , 1,0
𝛾 1,1

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Coeficientes parciais de segurança
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 
(2010), 
e
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 
(2010), 
definem os coeficientes 
parciais de segurança: 

𝛾 1,00
𝛾 1,00
𝛾 1,25
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 21
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Categorias
Conforme o EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), as categorias de ligações aparafusadas podem ser:
ligações ao corte (v), ligações à tração (t) e ligações ao esmagamento (b).

𝐹 , 𝐹 ,

𝐹 , 𝐹,

𝐹 , 𝐹 ,

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 22
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Cálculo da resistência parafuso/rebite
O EC3‐1‐8, EN 1993‐
1‐8 (2010), define o
valor de cálculo da
resistência
individual:

Esforço que ocorre entre uma base e um pilar (ex)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 23
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Cálculo da resistência parafuso/rebite
O EC3‐1‐8, EN 1993‐
1‐8 (2010), define o
valor de cálculo da
resistência
individual:

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 24
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Cálculo da resistência das seções
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), define o valor de cálculo da resistência individual para secções
metálicas da ligação:
resistência à tração compressão flexão transverso

𝑁 𝑁 𝑀 𝑉
1,0 1,0 1,0 1,0
𝑁, 𝑁, 𝑀, 𝑉,

Ver o valor mínimo de: 𝑊 𝑓 𝐴 𝑓⁄ 3
a)Zona sem furos
𝐴 𝑓 𝑀 , 𝑀 , 𝑉
𝛾 ,
𝛾
𝑁 , 𝐴 𝑓
𝛾 𝑁 ,
Secções classe 1,2
𝛾 Av calculado função 
b)Zona com furos em ligações  Secções classe 1,2,3 seção (ver EC3‐1‐1)
ordinárias ou outras eq. (por  𝑊 , 𝑓
exemplo ver cantoneira) 𝑀 , 𝑀 ,
0,9 𝐴 𝑓 𝛾
𝑁 , 𝐴 𝑓
Secções classe 3
𝛾
𝑁 ,
c)Zona com furos em ligações  𝛾
resistentes escorregamento 𝑊 , 𝑓
Secções classe 4 𝑀 ,
𝐴 𝑓 𝛾
𝑁 , Secções classe 4
𝛾
𝑋 =valor de cálculo do esforço atuante
𝑋 , =valor de cálculo do esforço X resistente plástico da seção bruta
𝑋 , =valor de cálculo do esforço X resistente último da seção útil na zona de furos
𝑋 , =valor de cálculo do esforço X compressão plástico da seção bruta
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 25
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Área útil
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐1 (2010), define a área útil (Anet) em elementos à tração:

A redução da resistência em barras à tração devido à existência de furos ou outras aberturas, deve ser obtida com base
numa seção útil reduzida Anet avaliada de acordo com o EC3‐1‐1.

𝐴 𝑛𝑡𝑑 seção de rotura 1


𝐴 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑜
𝐴 𝑛𝑡𝑑 𝑡 ∑ seção de rotura 2

A=área total da seção (em bruto)


n=número de furos ao longo da seção
t=espessura do elemento
d0=diâmetro do furo
s=distância entre furos (em quincôncio) na direção do esforço
p=distância entre furos na direção perpendicular à direção do esforço

Para cantoneiras ou outros elementos com furos em mais que um plano,


o espaçamento p é medido ao longo da linha média:

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 26
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Área útil
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐1 (2010), define a área útil (Anet) em elementos à tração:

A redução da resistência em barras à tração devido à existência de furos ou outras aberturas, deve ser obtida com base
numa seção útil reduzida Anet avaliada de acordo com o EC3‐1‐1.

𝐴 𝑛𝑡𝑑 seção de rotura 1


𝐴 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑜
𝐴 𝑛𝑡𝑑 𝑡 ∑ seção de rotura 2

EXEMPLO: Trata‐se de uma placa (espessura t) com um grupo de parafusos em quincôncio (5 parafusos
dispostos de forma: 4 em quadrado, em retângulo ou em losango, e 1 no meio) logo a seção útil deve ser avaliada com base
nas linhas 1, 2 e 3. A área útil Anet deve ser a menor das obtidas. (Na figura d0=15, s=60, p=45).

Linha 1
Anet=225xt‐2xtx15=195t

Linha 2
Anet=225xt‐4xtx15+2xtx60x60/(4x45)=205t

Linha 3
Anet=225xt‐5xtx15+4xtx60x60/(4x45)=230t

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 27
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Cálculo da resistência da cantoneira
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define o valor de cálculo da resistência individual para
cantoneiras tracionadas, ou outras secções com furos em mais que um plano, o espaçamento p
deve ser medido ao longo da linha média:

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 28
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Cálculo da resistência da cantoneira
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define o valor de cálculo da resistência individual para
cantoneiras tracionadas, ou outras secções com furos em mais que um plano, o espaçamento p
deve ser medido ao longo da linha média:

Valores 
intermédios (p)

()

𝑝 𝑝 𝛽 𝛽
𝑝 𝑝 𝛽 𝛽

Interpolação linear

𝑦 𝑦 𝑥 𝑥
𝑦 𝑦 𝑥 𝑥

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 29
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A3 ‐ Dimensione a barra AB de uma treliça supondo que está sujeita a
um esforço de tração de 220kN. A seção transversal é constituída por 2
cantoneiras de aço S235 para uma ligação aparafusada.

Nota: neste problema é o cálculo da resistência individual


da seção com 2 cantoneiras.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 30
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A3 (Metodologia de Resolução) 𝑁
O dimensionamento à tração é feito com base em: 1,0
𝐴 𝑓 𝑁,
𝑁 , 𝛾 =1
𝛾
Com 𝑁 , min
0,9 𝐴 𝑓
𝑁 , 𝛾 =1,25
𝛾
Efetuando um pré‐dimensionamento à tração com base na resistência plástica da seção total:
𝐴 235𝐸3
220 𝐴 9,36E‐4 𝑚 9,36 c𝑚 e cada perfil L 𝐴 4,68 c𝑚
1
Das tabelas de perfis L mais próximo >> L50x50x5 𝐴 4,78 c𝑚 dois perfis 𝐴 9,6 c𝑚

9,6𝐸 4 235𝐸3
𝑁 , 225,6𝑘𝑁
1
verificar 𝑁 , min
Calcular 𝑁 , , ,
𝑁 , =157,2kN
para cantoneira , 157,2kN é menor que o esforço
com 2 parafusos atuante 220kN, logo nova iteração.

Cantoneira L60x60x6, é uma solução possível, após verificação de todos os passos de dimensionamento.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 31
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A4 ‐ Dimensione a ligação aparafusada de uma estrutura metálica (figura) num aço S355, função
do estado limite último resistência sem plastificação (escolha o perfil L).
É conhecido o esforço de tração 400kN que atua em cada perfil L.
A ligação de cada perfil L à chapa do nó da barra terá 6 parafusos (2x3) M16.

Nota: neste problema é o cálculo da resistência


individual da seção com 1 cantoneira.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 32
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A4 (Metodologia de Resolução) 𝑁
O dimensionamento à tração é feito com base em: 1,0
𝐴 𝑓 𝑁,
𝑁 , 𝛾 =1
𝛾
Com 𝑁 , min
𝑁 , 𝑣𝑒𝑟 𝑒𝑞. 𝛾 =1,25

Efetuando um pré‐dimensionamento à tração com base na resistência plástica da seção total:


𝐴 355𝐸3
400 𝐴 11,27E‐4 𝑚 e perfil L 𝐴 11,27 c𝑚
1
Das tabelas de perfis L mais próximo >> L120x80x8 𝐴 15,49 c𝑚 , calcular p1 e Anet=A ‐ n t d0

15,49𝐸 4 355𝐸3
𝑁 , 549,9𝑘𝑁
1
verificar 𝑁 , min
Calcular 𝑁 , , ,
𝑁 , =247,2kN
para cantoneira , 247,2kN é menor que o esforço
com 6 parafusos atuante 400kN, logo nova iteração.

Encontrar solução possível, após verificação dos passos de dimensionamento (alterar o posicionamento
p1 e/ou aumentar seção reta do perfil e /ou alterar resistência do aço)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 33
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A5 – Duas chapas em aço (dimensões: 22x300mm) são solicitadas à tração por um esforço
atuante de 300kN e emendadas por trespasse com parafusos M22 classe 4.6.
Verifique a disposição em projeto dos parafusos nas chapas, o número de parafusos necessários, as
dimensões das chapas e o material em aço das chapas.

Nota: neste problema é o cálculo da resistência individual das chapas e dos elementos de ligação.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 34
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A5 (Metodologia de Resolução)
Dados iniciais do problema:
Chapa (NED=300kN, t=22mm, h=300mm, escolher aço ex. S235) e Parafusos (M22, classe 4.6)

Importante neste problema: Chapa solicitada em corte simples (m=1). Parafusos solicitados ao corte e
esmagamento.
Objetivos: N parafusos, posicionamento, material chapa, verificar dimensões chapa

ED << m x N x Rd

Fases de resolução neste problema:


1º Propor aço para a chapa.

2º Disposição dos parafusos (e1, e2, p1, p2).

3º Resistência ao corte Fv,Rd do parafuso e por plano de corte, verificar zona de liso e de rosca,
NED << Fv,Rd N=? Adoptar N e verificar posicionamento final na placa.

4º Resistência ao esmagamento Fb,Rd por parafuso,


NED << Fb,Rd

5º Verificar o estado limite de Resistência à tração da chapa NED<<Nt,Rd, permitindo concluir sobre as
dimensões iniciais da chapa e da escolha do material em aço.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 35
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A6 ‐ Pretende‐se que verifique a ligação seguinte conforme EC3.

Nota: neste problema é a verificação da resistência dos parafusos.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 36
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A6 (Metodologia de Resolução)
Dados iniciais do problema:
Chapa (NED=300kN, tcentral=10mm, aço S355) e Parafusos (M20, classe 4.6), e1=50, p1=70

Importante neste problema: Chapa solicitada em corte duplo (m=2). Parafusos solicitados ao corte e
esmagamento. Como a placa tem simetria, o estudo é efetuado para um lado.
Objetivos: verificar se os N parafusos da ligação são suficientes.

ED << m x N x Rd

Fases de resolução neste problema:

1º Resistência ao corte Fv,Rd do parafuso e por plano de corte, verificar zona de liso e de rosca,
NED << Fv,Rd

2º Resistência ao esmagamento Fb,Rd por parafuso (não considerar e2, p2),


NED << Fb,Rd

3º Neste caso, o cálculo efetuado, e com base nos dados já impostos no problema, impõe que
N=3 se o corte ocorrer na zona lisa do parafuso, N=4 se o corte ocorrer na rosca do elemento.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 37
Dimensionamento de Ligações. Exercícios

Conforme a NP EN 1090‐2 2010, ‘’Execução de estruturas de aço e de estruturas de alumínio’’

8.7.2 Aplicação de rebites

Os componentes das ligações devem ser aproximados de modo a manterem‐se em contacto firme
durante a rebitagem. A excentricidade máxima entre furos comuns de um rebite numa ligação não deve
ser superior a 1 mm. Para se verificar este requisito é permitida a mandrilagem dos furos. Após a
mandrilagem dos furos pode ser necessário aplicar um rebite de maior diâmetro.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 38
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A7 – Dimensionar o número de rebites (?) necessário para o nó de apoio da treliça de uma
cobertura de um edifício industrial, considerando que a reação de apoio R=60kN se traduz:
‐ numa carga atuante de compressão nas pernas de 120kN (= 60kN / sin30º),
‐ numa carga de tração na linha de 104kN (= 120kN x cos30º).

Considere rebites em aço classe 4.6, e os perfis e chapa em aço S275.

Nota: neste problema é a verificação da resistência dos rebites.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 39
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A7 (Metodologia de Resolução)
Dados iniciais do problema:
Perna (NED=F1=120kN, tcentral=8mm, açoS275, e1=35, p1=80), Rebites (d=d0=17, classe4.6), corte duplo m=2
Linha (NED=F2=104kN, tcentral=8mm, açoS275, e1=30, p1=62), Rebites (d=d0=17, classe4.6), corte duplo m=2
Rebites solicitados ao corte e esmagamento.

Objetivos: calcular N rebites para cada parte (Perna ou Linha) da ligação.

ED << m x N x Rd

Fases de resolução neste problema e para cada elemento (Perna e Linha):

1º Resistência ao corte Fv,Rd do rebite e por plano de corte,


NED << Fv,Rd

2º Resistência ao esmagamento Fb,Rd por rebite,


NED << Fb,Rd

3º Neste caso, o cálculo efetuado e com base nos dados impostos do problema, para ambos os elementos:
Pernas Linha
Com Fv,RD N=2 N=2
Com Fb,Rd N=2 N=3

Possível solução N=3 para ambos

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 40
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
EX3 – A viga metálica em aço S235 do tipo W360x64 é fixa a dois pilares, mediante a utilização de uma
placa de base com 10mm de espessura e 4 parafusos roscados de diâmetro 18mm, M18 e classe 8.8.
A viga com 7,5m de comprimento está sujeita a duas forças concentradas Fy e a uma carga distribuída Q.
Considere a ligação viga‐placa como encastramento (junta soldada). Neste problema, pretende‐se que
verifique a segurança da ligação aparafusada, entre a viga‐pilar através da placa de 10mm.

Fy=76kN Fy=71kN

Q=0.5kN/m

2.5m 2.5m 2.5m

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Solução Computacional. Malha NDIV=40 (120elementos). OBJETIVO: obter esforços e reações.

PRINT REACTION SOLUTIONS PER NODE

***** POST1 TOTAL REACTION SOLUTION LISTING ***** 

LOAD STEP=     1  SUBSTEP=     1                                             


TIME=    1.0000       LOAD CASE=   0                                         

THE FOLLOWING X,Y,Z SOLUTIONS ARE IN THE GLOBAL COORDINATE SYSTEM

NODE   FX FY FZ MX                            MY MZ
1  0.0000      76565.     ………….                   ……………….              ……………           0.12618E+006
162   0.0000       74185.     ………….                   ……………….              ……………         ‐0.12350E+006

Nota: estas reações tendem a ser idênticas às obtidas nos gráficos de esforços internos, que são calculados nos  elementos. Assim 
um maior nº de divisões de malha implica mais elementos e uma convergência para a solução das reações nos nós.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Solução Computacional, esforços internos atuantes (V e Mf) N, Nm (NÓ 1 MAIS SOLICITADO!)

NÓ 1

NÓ 1

NÓ 1

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Solução Computacional para obtenção das tensões xx N/m2

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Solução Computacional para obtenção das tensões equivalentes von Mises N/m2

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic

Solução para verificação ligação Viga‐Pilar, EC3‐1‐8

Os esforços na placa de ligação Vmax=76,6kN e Mf máx=126kNm, considerando o mais desfavorável.

O momento atuante é traduzido num par forças tração/compressão 126=0,686xF, F=184/2=92kN


aplicadas em cada parafuso.

A carga transversal atuante reparte‐se em 4 parafusos 76,6/4=19,15kN.

Efetuar cálculo de resistência de cada parafuso de acordo com EC3‐1‐8:

 Resistência tração Ft,Rd=110,6kN (por parafuso)

 Resistência corte Fv,Rd=73,73kN (por parafuso e por plano de corte (aqui m=1))

 Verificar combinação corte e tração: 19,15/73,73 + 92/(1,4x110,6) = 0,854 << 1 (OK)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto
As ligações soldadas caracterizam‐se pela coalescência/aderência das partes em aço a
serem unidas por fusão. A fusão do aço é provocada pelo calor produzido por um arco
voltaico que se dá entre um elétrodo metálico e o aço a soldar, havendo a deposição do
material do elétrodo.
Principais processos de soldas em estruturas metálicas são:

Elétrodo é um fio metálico


sem revestimento
Elétrodo manual
revestido

E70XY E=Eléctrodo, 70=resistência rutura solda psi, X=posição de soldadura (1‐qualquer posição, 2‐posição horizontal), Y=tipo de revestimento e de corrente

Os principais elétrodos utilizados na indústria da construção metálica são: 
E70xx, com resistência à rutura por tração: fw = 485MPa (mais comum);
E60xx, com resistência à rutura por tração: fw = 415MPa
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Dimensionamento de Ligações. Soldadas

E7010 E=Eléctrodo, 70=tensão de rutura psi, 1=posição de soldadura, 0=tipo de revestimento /corrente

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto
Aspetos a considerar: b
•Tensões criadas;
•Concentração excessiva da soldadura; a
•Evitar soldar elementos de espessura > 30[mm]; b
•Cordão para solda de filete e solda de entalhe/chanfro.
ou Cordão de ângulo (em T)

a=

Solda de entalhe (topo a topo)

a=

a a

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto
A utilização de soldaduras possui vantagens e desvantagens.

Vantagens
• economia de material:
a soldadura permite o aproveitamento total do material, ou seja, área líquida igual à área bruta. As
estruturas soldadas permitem eliminar grande quantidade dos elementos de ligação (chapas e perfis
auxiliares), em relação às estruturas parafusadas (em algumas estruturas, como pontes e treliças é
possível economizar 15% ou mais de peso em aço);

• estruturas soldadas são mais “rígidas”:


os elementos normalmente são soldados diretamente um ao outro, diferente de ligações aparafusadas,
onde a união é feita através de chapas ou cantoneiras;

• Ligações soldadas usam uma quantidade menor de peças:


logo menor tempo de detalhe, fabricação e montagem.

Desvantagens
• estruturas soldadas de grandes extensões sofrem redução no comprimento devido à retração;
• necessidade da colocação de geradores quando a energia elétrica é insuficiente;
• mais suscetíveis a falhas por fadiga, em comparação com as aparafusadas;
• operação cara e envolve operações de inspeção após a sua conclusão.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto Solda de Filete
mesmo lado
Áreas efetivas de corte e outros parâmetros dos cordões de solda.
Um parâmetro muito importante no estudo da resistência de soldas é a garganta
Solda de Filete 
efetiva, a parte da solda assumida para ser efetiva na transferência de tensão, que lado oposto
pode ser considerada como uma mínima profundidade do plano de falha esperado.

Solda de Filete 
Tanto para soldas de filete ou em entalhe/chanfro, além da garganta efetiva, existem outros ambos lados
parâmetros importantes:
‐ face de fusão ‐ região da superfície onde ocorreu a fusão do metal base e solda;
‐ raiz da solda ‐ linha comum às duas faces de fusão;
Chanfro em V 
‐ perna do filete b ‐ menor dos lados, medidos nas faces fusão, do maior triângulo inscrito mesmo lado
dentro da seção transversal da solda (o filete de solda é a dimensão de sua perna);
‐ garganta efetiva a ‐ mais curta distância entre raiz solda e hipotenusa do triângulo inscrito;
‐ comprimento efetivo solda L ‐ comprimento total da solda de dimensão uniforme;
‐ área efetiva da solda Aw – resistência da solda, igual à garganta efetiva x o comprimento
efetivo (Aw = a L);

Aw =a L = 0,7 b L a
b
a=cos 45º b =0,7 b

O EC3 especifica que a garganta efetiva, para solda de filete,


não deverá ser inferior 3mm. É especificado que quando
a solda de filete é feita pelo processo de soldadura de
arco submerso, a garganta efetiva pode ser aumentada
a L
em 20% ou 2mm.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto

SOLDAS DE FILETE‐ As dimensões máximas a serem adotadas para as pernas dos filetes b, são
condicionadas pela espessura da chapa mais fina:

Tab. Dimensões mínimas para as pernas b de filetes:

Soldas de Filete a=cos 45º b =0,7 b

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto

SOLDAS DE ENTALHE ‐ utilizadas quando se deseja preenchimento total do espaço entre as peças ligadas.
No dimensionamento, considera‐se a seção do metal base de menor espessura. Podem ser de dois tipos:
Penetração Total – quando a espessura efetiva da garganta é igual à espessura da chapa de menor dimensão;

Tab. Dimensões mínimas das gargantas efetiva a de solda de entalhe com penetração parcial:


Penetração Parcial –
quando a garganta corresponde à espessura do chanfro.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto

SIMBOLOGIA DE SOLDA (Livro de Simões Morais)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto
Exemplos de representação para fabricação:
Solda de filete ao longo das faces 1‐3 e 2‐4; soldas têm 50mm
comprimento com perna 5mm; elétrodo E60

Solda de filete, perna 5mm intermitente e alternada;


comprimento do filete 40mm e passo (ou espaçamento) de 150mm.

Solda de filete, com perna de 8mm em todo contorno

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto
Exemplos de representação para fabricação:
Solda de entalhe em bisel de um lado, com chapa de espera; a seta
aponta na direção da peça com chanfro.

Solda de entalhe com chanfro em bisel duplo a 45º.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto
Artigo 26º REA
• A espessura dos cordões não deve ser inferior a 3mm;
• A espessura cordões de ângulo não deverá ser superior 70% da menor espessura elementos a ligar;
• Os cordões de topo contínuos devem ocupar toda a extensão da justaposição;
• Os cordões de ângulo contínuos não deverão apresentar comprimento inferior 40mm;
• Nos cordões topo descontínuos, o comprimento cada troço não deverá ser inferior a 4x a espessura
do elemento mais fino a ligar e o intervalo entre 2 troços sucessivos não deve exceder 12x espessura;
• No caso dos cordões ângulos descontínuos, o comprimento cada troço não deverá ser inferior a 4x a
espessura do elemento mais fino a ligar. O intervalo entre 2 troços sucessivos não deve exceder 16x
aquela espessura, em elementos sujeitos à compressão; e 24x essa espessura em elementos à tração.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto 𝐹 , 𝐹 , Resistência atuante << Resistência de cálculo
A verificação estrutural das soldas de penetração (total ou parcial) consiste na verificação da distribuição tensões no
contato entre metal da solda e metal base.
A tabela resume as fórmulas de resistência de cálculo das soldas de entalhe em função da penetração e solicitação.
fy é tensão cedência do metal base, fw tensão de rutura por tração do elétrodo, Aw=a L área efetiva da solda.
Penetração da solda Tipo de solicitação e orientação Resistência de cálculo Fw,Rd (N)
Total Tração ou compressão paralelas ao eixo da solda
0.9 Aw fy
Tração ou compressão perpendiculares à seção 
efetiva da solda

Corte na seção efetiva Menor dos dois valores:
Metal Base:  0.9 Aw (0.6 fy)
Metal da Solda:  0.75 Aw (0.6 fw)
Parcial  Tração ou compressão paralelas ao eixo da solda
Menor dos dois valores:
Tração ou compressão perpendiculares à seção  Metal Base:  0.9 Aw fy
efetiva da solda Metal da Solda:  0.75 Aw (0.6 fw)

Corte na seção efetiva Menor dos dois valores:
Metal Base:  0.9 Aw (0.6 fy)
Metal da Solda:  0.75 Aw (0.6 fw)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto 𝐹 , 𝐹 , Resistência atuante << Resistência de cálculo
A verificação estrutural das soldas de penetração (total ou parcial) consiste na verificação da distribuição tensões no
contato entre metal da solda e metal base.
A tabela resume as fórmulas de resistência de cálculo das soldas de filete em função da penetração e solicitação.
fy é tensão cedência do metal base, fw tensão de rutura por tração do elétrodo, Aw=a L =0,7 b L área efetiva da solda,
Am área metal‐base = b L.

a = 0,7 b Tipo de solicitação e orientação Resistência de cálculo Fw,Rd (N)

Esforços em qualquer direção no plano  Menor dos dois valores:
perpendicular ao eixo da solda, ou corte na  Metal Base:  0.9 Am (0.6 fy)
seção efetiva Metal da Solda:  0.75 Aw (0.6 fw)

a L a L

Multiplicando pela espessura:

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Dimensionamento de Ligações. Soldadas

h=b (perna da solda)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Dimensionamento de Ligações. Soldadas

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Dimensionamento de Ligações. Soldadas

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Dimensionamento de Ligações. Soldadas

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), aplicação para ligações soldadas:

‐ A aços de construção soldáveis e a espessuras de materiais iguais ou superiores a 4mm. 
‐ Ligações com propriedades mecânicas do metal de adição compatíveis com metal de base.
‐ Em geral, é seguro utilizar elétrodos de classe superior à dos aços ligados.

Tipos:
‐Soldaduras de ângulo (60º a 120º) e ângulo descontínua,
(soldadura de entalhe ou de filete)

‐Soldaduras de topo (penetração total e parcial) / entalhe,

‐Soldaduras de bujão utilizadas para transmitir corte e não tração,

‐Soldaduras de bordos arredondados,

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), aplicação para ligações soldadas:

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define para ligações soldadas com cordão de ângulo (filete
ou entalhe):

treq = espessuras de material iguais ou superiores a 4mm


amim = garganta mínima do cordão de soldadura 3mm
amax =0,7 x tmin garganta máx cordão soldadura, função menor espessura elemento a ligar
Lmin = Max(30mm; 6 x a ) comprimento mínimo do cordão
Lmax =150x a comprimento máximo do cordão
(do cordão de ângulo a)

(+utilizado em projetos estruturas metálicas)

Para um cordão de soldadura de ângulo os valores de cálculo são:


‐comprimento do cordão efetivo Leff igual ao comprimento em que o cordão tem a sua seção completa.
Este comprimento pode ser igual ao comprimento total soldadura reduzido do dobro espessura útil a.
‐espessura efetiva a do cordão deve ser igual à altura do > triângulo medida perpendicular.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 21
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define 2 métodos de cálculo da resistência de um cordão de
ângulo (filete ou entalhe): Método direcional e Método Simplificado.
Resistência atuante << Resistência de cálculo
Método direcional: (consiste na decomposição dos esforços nas soldaduras em componentes paralelas e transversais ao eixo
longitudinal da soldadura, segundo as direções perpendiculares e transversais ao plano que define a espessura do cordão)
‐os esforços transmitidos são por unidade comprimento da soldadura e nas direções indicadas.
‐o valor do cálculo da área efetiva do cordão 𝐴 ∑𝑎 𝑙
‐o valor cálculo da resistência do cordão ângulo é suficiente se forem satisfeitas as condições:

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 22
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define 2 métodos de cálculo da resistência de um cordão de
ângulo (filete ou entalhe): Método direcional e Método Simplificado.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 23
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define 2 métodos de cálculo da resistência de um cordão de
ângulo (filete ou entalhe): Método direcional e Método Simplificado.

Método Simplificado: pode considerar‐se adequado o valor de cálculo da resistência de um cordão


de ângulo se, em qualquer das suas seções transversais, a resultante dos esforços por unidade de
comprimento transmitidos pela soldadura satisfaz o critério:

𝐹 , 𝐹 ,
Resistência atuante << Resistência de cálculo
𝐹 , valor cálculo do esforço atuante na soldadura por unidade comprimento
𝐹 , valor cálculo da resistência da soldadura por unidade comprimento

𝐹 , 𝑓 , 𝒂
𝑓 , = valor cálculo da resistência ao corte da soldadura, Pa
a = espessura efetiva da cordão de ângulo da garganta

𝑓⁄ 3
𝑓 .
𝛽 𝛾
𝛾 = coeficiente de segurança para a resistência de seções em rotura

L = comprimento do cordão de soldadura

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 24
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 
(2010), 
e
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 
(2010), 
definem os coeficientes 
parciais de segurança: 

𝛾 1,25

𝛾 1,25
𝛾 , 1,1
𝛾 1,0
𝛾 1,0
𝛾 , 1,0
𝛾 1,1

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 25
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
•Objetivos: Resistência de cálculo do cordão de soldadura, qualquer tipo de cordão de solda (filete ou
entalhe), e qualquer esforço atuante ou solicitante.

Exemplo A8 – Considere um cordão de soldadura com 40mm de comprimento e espessura de


garganta 4.2mm para placas em aço S355 (fu=490MPa).
i) Verifique qual a resistência ao corte do cordão de soldadura/comprimento (𝐹 , (N/mm)).
ii) Calcule a força a que resiste o cordão de soldadura (𝑉 , (N)).

Verifique: 𝐹 , 𝐹 ,

𝐹 , valor cálculo do esforço atuante na soldadura por unidade comprimento


𝐹 , valor cálculo da resistência da soldadura por unidade comprimento

𝑓⁄ 3 490⁄ 3
𝐹 , 𝑓 , 𝒂 𝑓 , 251,5𝑁/𝑚𝑚2
𝛽 𝛾 0,9 1.25


i) 𝐹 , 4.2 1.1𝑘𝑁/𝑚𝑚
, .

ii) 𝑉 , 𝐹 , 𝐿 4.2 40 42𝑘𝑁
, .

ii) 𝑉 , 𝐹 , 𝐿 4.2 31.6 33𝑘𝑁
, .

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 26
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
•Objetivos: Resistência ao corte da placa soldada 𝑉 , , qualquer tipo de cordão de solda (filete ou
entalhe), e qualquer esforço atuante ou solicitante.

Exemplo A9 – Calcule a resistência ao corte da placa soldada à viga, aço S275 (fu=430MPa).
A espessura a do cordão de soldadura é 4mm.
A viga é um perfil UB 357x171x67.
A placa tem espessura tp=10mm e altura hp=240mm.

Verifique: 𝐹 , 𝐹 ,

𝐹 , valor cálculo do esforço atuante na soldadura por unidade comprimento


𝐹 , valor cálculo da resistência da soldadura por unidade comprimento

𝐹 , 𝑓 , 𝑎
430⁄ 3 𝐹 𝑓 4 934.4 𝑁/𝑚𝑚
𝑓 , 233,6𝑁/𝑚𝑚2 , ,
0,85 1.25
O comprimento do lado de 1 solda Leff = 240‐2 a = 240‐2x4 = 232 mm

𝑉 , 𝐹 . 2𝐿 433 𝑘𝑁
𝑉 , 𝐹 . 2𝐿 449 𝑘𝑁

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 27
Dimensionamento de Ligações. Exercícios 𝐹 , 𝐹 ,
•Objetivos: Resistência ligação tracionada, Solda filete, Solda penetração total, ED em 2 cordões (AA) e
cordão (BB):
Exemplo A10 – Uma placa de aço S275 (fu=430MPa) de 12mm de espessura está sujeita a uma
força solicitante axial de tração de 100kN (ED) e está ligada a outra placa com mesma espessura
formando um perfil em T através de soldadura.
Verifique capacidade resistente (Rd) da solda para a força solicitante (ED), utilizando o elétrodo
E60 (fw=415MPa), em cada caso: solda de filete (corte AA) e solda penetração total (corte BB).
AWS
Fw,Rd é o Menor dos dois valores:
Metal Base:  0.9 Am (0.6 fy) =0.9 ( b L) (0.6x275)=74.25kN
Metal da Solda:  0.75 Aw (0.6 fw) =0.75 (0.7 b L) (0.6x415)=65.5kN
Fw,Rd = 65.5kN>> 100/2 kN (SATISFAZ)

100kN
Equilíbrio de esforços, 
cada solda tem um 
⁄ esforço atuante 50kN
𝑬𝑪𝟑: 𝑓 , 𝐹 , 225.5 x (0.7x5) x 93 =73.4kN
, .

AWS

100kN
Fw,Rd=0.9 Aw fy =  Equilíbrio de esforços, 
0,9 (t L) 275= 0,9x12x100x275=297kN  a solda tem esforço 
atuante total 100kN
Fw,Rd = 297kN>> 100kN (SATISFAZ)

𝑬𝑪𝟑: 𝑓 , 𝐹 , 225.5 x (6) x (200‐12)=254.4kN 
, .

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 28
Dimensionamento de Ligações. Exercícios 𝐹 , 𝐹 ,
•Comprimento necessário de solda L, Solda de filete, ligação tração, total, ED em 4 cordões:

Exemplo A11 – Verifique o comprimento L de uma solda de filete para uma ligação entre placas
solicitadas à tração com valor solicitante de cálculo 180kN (ED), conforme a figura. Admitir um
aço S275 das placas e um elétrodo E60.

Equilíbrio de esforços, cada solda tem 
esforço atuante 45kN

AWS
Fw,Rd é o Menor dos dois valores:
Metal Base:  0.9 Am (0.6 fy) =0.9 ( 5 L) (0.6x275)=742,5 L           
Metal da Solda:  0.75 Aw (0.6 fw) =0.75 (0.7 5 L) (0.6x415)= 1143,84 L

Fw,Rd = 45 000 N>> 742,5 L           L>>60,61mm


𝐸𝐶3 1 8: 𝑓 , 𝐹 , 225.5 x (0.7x5) x L’       45000<<789.3 L’        L’>> 57mm     L>>64mm
, .

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 29
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
•Comprimento de solda L1 e L2, Solda de filete, ligação tração, ED equilibra F1 e F2:

Exemplo A12 – Calcular a ligação de um perfil L 127x24,1 kg/m submetido à tração com uma
placa gusset. Considere o aço S275 no metal base e elétrodo E70.

Equilíbrio de esforços (estática, forças e momento):

solda com esforço atuante F1=42.9kN
solda com esforço atuante F2=107kN

AWS
Fw,Rd é o Menor dos dois valores:
Metal Base:  0.9 Am (0.6 fy) =0.9 ( 6xL1) (0.6x275)=891 L1            Metal Base:  0.9 ( 6xL2) (0.6x275)=891 L1           
Metal Solda: 0.75 Aw (0.6 fw) =0.75 (0.7x6xL1) (0.6x482)= 910,98 L1 Metal Solda: 0.75 (0.7x6xL2) (0.6x482)= 910,98 L1
Fw,Rd = 42900 N>> 891 L1           L1>>48,1mm Fw,Rd = 107000 N>> 891 L2           L2>>120,1mm

𝐸𝐶3: 𝑓 , 𝐹 , 225.5 (0.7x6) L’    42900<<947,1 L1’   L1’>> 45.3   L1>>54mm, 107000<<947,1 L2’   L2’>> 113  L2>>121.3mm
, .

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 30
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
•Comprimento de solda L1 e L2, Solda de filete, ligação tração, ED equilibra F1, F2, F3:

Exemplo A13 – Avaliar os comprimentos de solda L1 e L2, do exercício anterior, com o


acréscimo de uma cordão de solda vertical, ao longo de toda a aba da cantoneira.

Equilíbrio de esforços (estática, forças e momento):
F1+150‐F2‐F3=0
‐F1x127+F3x63.5‐150x36.3=0

AWS
Fw,Rd é o Menor dos dois valores:
Metal Base:  0.9 Am (0.6 fy) =0.9 ( 6xL) (0.6x275)=891 L           
Metal Solda: 0.75 Aw (0.6 fw) =0.75 (0.7x6xL) (0.6x482)= 910,98 L
F1<< 891 L1
F2<<891 L2
F3<<891x127=113.157kN                  F2=50.543kN           F3=13.7kN
L1>> 56.73mm   e   L2>>15.4mm

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 31
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Na ligação seguinte, para além da resistência ao corte dos parafusos, é necessário verificar a resistência à
tração na seção útil da chapa Anet, que conforme o EC3 é dada por:

No entanto, placas solicitadas à tração com furos podem induzir a elevadas concentrações de tensões.
Assim, a determinação da concentração de tensão junto a um furo é um requisito importante de projeto,
obtido analiticamente com recurso a gráficos, testes experimentais ou numéricos.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
EX4 – Analise um furo em EPT 2D numa placa com furo central em aço S235: d0=10, W=100, L=50, t=10,
N=100kN. Verifique também o estado de tensão máximo junto ao furo.

EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), para determinação do valor de cálculo resistente individual da secção metálica:
𝐴 𝑓 50𝑥10 235
𝑁 , 117,5𝑘𝑁
𝑁 100𝑘𝑁 𝛾 1
1,0 verificar 𝑁 , min
𝑁, , ,
𝑁 , 103,68kN
Conclusão: a seção resiste à tração! E no Furo? ,

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Ex=210000MPa, d0=10mm, W=100mm, L=50mm, t=10mm, N=Fx=100 000N
‘’Tutorial do ANSYS placa com furo em EPT 2D’’
Pre‐Processor
Ansys Main Menu>Preferences> pick Structural >ok
Element Type> Add/Edit/Delete> Add> Solid (8node183)> Ok  / in Options> Element Behaviour K3= plane strs w/thk
(choose)>ok>close
Preprocessor>Real Constants> Add/Edit/Delete> Add> ok>thickness Thk=t
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Linear>Elastic>Isotropic>Ex=210E3; Prxy=0.3 >ok> Exit

Pre‐processor>Modelling > Create > Areas > Rectangle > By 2 Corners


WP X = ‐W/2   WP Y = ‐L/2   Width = W Height = L >    OK

Pre‐processor>Modelling > Create > Areas > Circle> Solid Circle >  WP X = 0   WP Y = 0    Radius = d0/2 >  OK

Pre‐processor>Modelling>Operate>Booleans>Subtract>Areas (pick rectangle) (ok) > Apply > (pick circle) (prev)>Ok> Ok

Pre‐processor>Meshing>Size Cntrls>Smart Size>Basic> LVL=2 >Ok 


Preprocessor>Meshing>Mesh>Areas>free>Pick All

Pre‐processor>Define Loads>Apply>Structural>Displacement>on Lines (on left)>(pick line)>All DOF>Ok


Pre‐processor>Define Loads>Apply>Structural>Force/Moment>On nodes 
(on right, click Box and Count numberNodes = value) 
> Lab: Fx > Aplly as: Constant value > VALUE Force/moment value = 100 000/numberNodes > OK > Close

Solution SOLUTION > SOLVE > CURRENT LS > OK > CLOSE (if solution is done, OK)

Pos‐Processor Ansys Main Menu>General Postprocessing> Plot Results>Contour Plot>Nodal Solution>Stress>X

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
= [100000/(10x50)] = 200MPa (valor médio de tensão normal na placa)

máx furo = k x [100000/(10x50)] = k x 200 = 600MPa  (valor máximo da tensão normal juro ao furo)
k é função da geometria, obtido em curvas de geometrias, ou na forma de testes numéricos ou experimentais.

xx (MPa)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
EX5 – Verifique a resistência do cordão de soldadura na união de 2 placas submetidas à tração com
F=10kN. Utilize o método direcional de cálculo, conforme proposto pelo EC3‐1‐8, e compare os resultados
com uma solução numérica computacional.

Placa com dimensões 100x50x5


Solda filete b=5
Material Base S275 (fy=275MPa, fu=430MPa)
Material da Solda E70 (fw=485MPa)
F

Método direcional, EC3‐1‐8

Resistência atuante na solda << Resistência de cálculo para o projeto

𝛾 1,25
𝐴 𝑎𝑙

Neste caso: 𝛽 0,85

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
EX5 – Verifique a resistência do cordão de soldadura na união de 2 placas submetidas à tração com
F=10kN. Utilize o método direcional de cálculo, conforme proposto pelo EC3‐1‐8, e compare os resultados
com uma solução numérica computacional.

Placa com dimensões 100x50x5


Solda filete b=5
Material Base S275 (fy=275MPa, fu=430MPa), Et=45818MPa
Material da Solda E70 (fw=485MPa), Et=0
E=210000MPa, =0.3 F

Comportamento não linear material > material elasto‐plástico


3 4

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
‘’Tutorial do ANSYS 2 placas soldadas solicitadas à tração em 3D, com elemento sólido de 20 nós Brick 8node186 ’’
Pre‐Processor
Ansys Main Menu>Preferences> pick Structural >ok
Element Type> Add/Edit/Delete> Add> Solid> Brick 8node186 > Ok  > close

Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Linear>Elastic>Isotropic>Ex=210E3; Prxy=0.3 >ok> 
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Nonlinear>Inelastic>Rate Independent>Isotropic Hardening>Mises 
Plasticity>Multilinear>( Introduce values in Strain and Stress) = Add Point > Graph > ok> 
(Window) Material > New Model… define Material ID 2 >Ok
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Linear>Elastic>Isotropic>Ex=210E3; Prxy=0.3 >ok> 
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Nonlinear>Inelastic>Rate Independent>Isotropic Hardening>Mises 
Plasticity>Multilinear>( Introduce values in Strain and Stress) = Add Point > Graph > ok>  Exit.

Pre‐processor>Modelling > Create > Keypoints > In active CS


Pre‐processor>Modelling > Create > Lines > Lines > Straight Lines
Pre‐processor>Modelling > Create > Areas > Arbitrary > By Lines
Pre‐processor>Modelling>Operate>Extrude>Areas >By XYZ Offset > Pick all >  DX, DY, DZ 0   0   50   > Ok         (ISO view)

Pre‐processor>Meshing>Mesh Attributes>Picked Volumes>Apply>  (choose MAT 1 or 2) >ok


Window > PlotCtrls > Numbering > Elem/Atrib numbering (Material numbers)
Pre‐processor>Meshing>Size Cntrls>Manual Size> Lines> Picked Lines > Apply > NDIV=    >ok    (Very important)
Preprocessor>Meshing>Mesh>Volumes>Volume Sweep> Sweep> Pick All

Pre‐processor>Define Loads>Apply>Structural>Displacement> on Areas (on left)>(pick left)>All DOF>Ok


Pre‐processor>Define Loads>Apply>Structural>Displacement> on Nodes (pick All)> UY > Ok
Pre‐processor>Define Loads>Apply>Structural>Pressure>On Areas (on right) VALUE=  ‐ 40    > OK

Solution SOLUTION > SOLVE > CURRENT LS > OK > CLOSE (if solution is done, OK)


Pos‐Processor Ansys Main Menu>General Postprocessing>Plot Results>Contour Plot>Nodal Solution>Stress>Sxx (if negative verify Pressure)
Ansys Main Menu>General Postprocessing> Plot Results>Contour Plot>Nodal Solution>Stress> vonMises stress

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic

Resultado numérico das tensões equivalentes, MPa

A alternativa, para além da analítica efetuada, também poderia ser experimental.

eq von Mises(MPa)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
EX6 – Calcule o comprimento L do cordão da soldadura em filete da ligação viga‐pilar sob ação de uma
carga FED=10kN na extremidade livre. Admita a tensão admissível na solda de 215MPa, obtida de um C.S.=2
em relação à tensão última 430MPa.

Após o cálculo do comprimento L do cordão de soldadura, identifique, numa solução computacional 3D


estrutural, o campo de tensões existentes na solda. Nota: o valor a obter deve ser próximo da tensão
admissível anterior.

No cálculo analítico utilize o método direcional de cálculo.

Viga com dimensões Lv=150mm, H=30mm


Solda filete b=8mm
Material Base S275 (fy=275MPa, fu=430MPa)
Material da Solda E70 (fw=485MPa) Solda
Neste caso, EC3‐1‐8: 𝛽 0,85 𝛾 1,25

Na área das soldas AllDof=0 e Uz todos nós=0

Na malha: NDIV all lines=6

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Método direcional, baseado no esforço total da junta soldada
Se juntas submetidas a esforços normais

Junta T com a chapa de topo carregada axialmente Diagrama de Corpo Livre do Cordão de Solda

Método direcional, EC3‐1‐8

Resistência atuante na solda << Resistência de cálculo para o projeto

𝐴 𝑎𝑙

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Método direcional, baseado no esforço total da junta soldada
Se juntas submetidas a esforços transversais

Py vai atuar em 2 cordões
Na pratica Py/2
RL=Py/2

Py

Diagrama de Corpo Livre do Cordão de Solda

Método direcional, EC3‐1‐8

Resistência atuante na solda << Resistência de cálculo para o projeto

𝐴 𝑎𝑙

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Método direcional, baseado no esforço total da junta soldada
Se juntas submetidas a momentos fletores

Diagrama de Corpo Livre do Cordão de Solda

Método direcional, EC3‐1‐8

Resistência atuante na solda << Resistência de cálculo para o projeto

𝐴 𝑎𝑙

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic

Resultado numérico das tensões 
equivalentes, MPa

E local solda:

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
‘’Tutorial do ANSYS viga‐pilar 3D soldada, à flexão, com elemento sólido de 20 nós Brick 8node186 ’’
Pre‐Processor
Ansys Main Menu>Preferences> pick Structural >ok
Element Type> Add/Edit/Delete> Add> Solid> Brick 8node186 > Ok  > close

Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Linear>Elastic>Isotropic>Ex=210E3; Prxy=0.3 >ok> 
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Nonlinear>Inelastic>Rate Independent>Isotropic Hardening>Mises 
Plasticity>Multilinear>( Introduce values in Strain and Stress) = Add Point > Graph > ok> 
(Window) Material > New Model… define Material ID 2 >Ok
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Linear>Elastic>Isotropic>Ex=210E3; Prxy=0.3 >ok> 
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Nonlinear>Inelastic>Rate Independent>Isotropic Hardening>Mises 
Plasticity>Multilinear>( Introduce values in Strain and Stress) = Add Point > Graph > ok>  Exit.

Pre‐processor>Modelling > Create > Keypoints > In active CS


Pre‐processor>Modelling > Create > Lines > Lines > Straight Lines
Pre‐processor>Modelling > Create > Areas > Arbitrary > By Lines
Pre‐processor>Modelling>Operate>Extrude>Areas >By XYZ Offset > Pick all >  DX, DY, DZ 0   0   L > Ok         (ISO view)
Pre‐processor>Modelling>Operate>Booleans>Glue>Volumes
Window>  Plot>Volumes

Pre‐processor>Meshing>Mesh Attributes>Picked Volumes>Apply>  (choose MAT 1 or 2) >ok


Window > PlotCtrls > Numbering > Elem/Atrib numbering (Material numbers)
Pre‐processor>Meshing>Size Cntrls>Manual Size> Lines> Picked Lines > Apply > NDIV=    >ok    (=6)
Preprocessor>Meshing>Mesh>Volumes>Volume Sweep> Sweep> Pick All

Pre‐processor>Define Loads>Apply>Structural>Displacement> on Areas (Weld on left)>(pick left)>All DOF>Ok


Pre‐processor>Define Loads>Apply>Structural>Displacement> on Nodes (pick All)> UZ > Ok
Pre‐processor>Define Loads>Apply>Structural>Force/Moment>On Nodes (with Box, on right, midlle) VALUE= ‐10000/nº nodes> OK

Solution SOLUTION > SOLVE > CURRENT LS > OK > CLOSE (if solution is done, OK)


Pos‐Processor Ansys Main Menu>General Postprocessing> Plot Results>Contour Plot>Nodal Solution>Stress> vonMises stress
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação e quantificação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Ações em estruturas.
Conforme EC0 (2009), EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1) e o RSA ‐ Regulamento de segurança e
ações para estruturas de edifícios e pontes – DL nº235/83 de 31 maio, a segurança de uma estrutura
metálica (estado limite último) deve verificar as regras de equilíbrio estático, resistência das seções
transversais dos elementos, resistência dos fenómenos de instabilidade e resistência das ligações.

Exemplos de edifícios, pontes, pavilhões:

• NP EN 1990 (2009), Eurocódigo – Bases para o projecto de estruturas. (EC0)


• NP EN 1991‐1‐1 (2009), Eurocódigo 1 – Ações em estruturas. Parte 1‐1: Ações gerais. 
Pesos volúmicos, pesos próprios, sobrecargas em edifícios. (EC1, 1‐1)
• NP EN 1991‐1‐3 (2009), Eurocódigo 1 – Ações em estruturas. Parte 1‐3: Ações gerais. 
Ações da neve. (EC1, 1‐3)
• NP EN 1991‐1‐4 (2010), Eurocódigo 1 – Ações em estruturas. Parte 1‐4: Ações gerais. 
Ações do vento. (EC1, 1‐4)
• NP EN 1991‐1‐5 (2009), Eurocódigo 1 – Ações em estruturas. Parte 1‐5: Ações gerais. 
Ações térmicas. (EC1, 1‐5)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Ações em estruturas.
533x210 UB92

3,00 3,00

610x229 UB113

30.00

Vão
Altura 
http://www.trabifer.com/ da 
coluna 
ou pilar

Distância entre pórticos

http://www.zanet.pt/

Viga
Madre

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Ações em estruturas.

http://www.cype.pt/

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Ações em estruturas.
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)

Verificação da segurança, em relação aos estados limites últimos que não envolvem perda
de equilíbrio ou fadiga, função da duração da ação e grau de exigência, permite um período
de Vida útil das construções a considerar no projeto.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Ações em estruturas. Estados Limites ELU or ULS
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)

•Estados Limites: Qualquer estado a partir do qual se considera


que a estrutura fica prejudicada total ou parcialmente na sua
capacidade para desempenhar as funções que lhe são atribuídas.

Devem ser verificados os seguintes estados limites últimos, quando pertinente:

 EQU‐perda de equilíbrio estático do conjunto ou parte da estrutura considerada como corpo rígido. ELS
 STR‐rotura ou deformação excessiva da estrutura ou elementos.
 GEO‐rotura ou deformação excessiva do terreno. ELU
 FAT‐rotura por fadiga da estrutura ou elementos.

Estados limites de serviço ou de utilização (ELS=EQU) static equilibrium of the structure (preocupação
pelo serviço da estrutura, conforto das pessoas, construção); (deformações/deslocamentos/flechas)
Ed,dst ≤ Ed,stb Ed,dst=valor cálculo do efeito das ações não estabilizantes; Ed,stb=valor cálculo do efeito das ações estabilizantes.

Estados limites últimos (ELU=STR and/or GEO) limit state of rupture or excessive deformation of a
section, member or connection (preocupação pelo colapso, perda de equilíbrio, ruína por deformação,
rotura por fadiga); (tensões)
Ed ≤ Rd Ed=cálculo do efeito das ações, esforço ou vetor representando vários esforços; Rd=valor cálculo da resistência correspondente.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Ações em estruturas. Classificação das ações.
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
Aplicação:

a) Critérios gerais de segurança (ELU e ELS)


‐Verificação da segurança.
‐Verificar Estados Limites (últimos podem levar rotura; utilização com prejuízos pouco severos).
‐Coeficientes de segurança.
‐Considerar combinações verosímeis prováveis e que produzam os efeitos mais desfavoráveis.
(Exemplo: não é verosímil pessoas numa cobertura em simultâneo com a ação do vento).

b) Quantificação das ações (calcular valor característico e reduzido, para a solicitação (Ed)):
‐As ações podem ser permanentes, variáveis e acidente.
‐Exemplos: peso próprio, neve, vento, temperatura, sismos e aços específicos.
‐Valores característicos.
‐Valores reduzidos.

c) Combinação de ações atendendo à situação de projeto (obter o cálculo de (Ed)):


Persistentes ‐ Correspondente condições normais de utilização) (intervém ações permanentes e variáveis).
Transitórias ‐ Condições temporárias (durante a construção, ...) (intervém ações permanentes e variáveis).
Acidentais ‐ Condições excecionais (incêndio, choques, ...) (intervém ações permanentes, variáveis e acidente).
Ter em conta a duração (rara, frequente, quase permanente).

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Ações em estruturas. Classificação das ações.
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
Ações em função da sua variação no tempo (Ed):

Ações permanentes (G) (ações com elevada probalidade de atuar durante determinado
período de referência e assumem valores constantes durante a vida da estrutura).
Exemplos: peso próprio da estrutura, painéis revestimento, madres.

Ações variáveis (Q) (ações cuja variação de intensidade no tempo não é desprezável e
assumem valores com variação significativa).
Exemplos: sobrecarga, neve, vento, sismo.

Ações de acidente (A) (ações de curta duração mas com intensidade significativa, mas pouca
probabilidade de ocorrência no tempo de vida útil da estrutura).
Exemplos: explosões, choques veículos, incêndios

Os valores característicos das ações são quantificados nas diferentes partes do Eurocódigo 1.

‐Valores característicos (valores extremos da ocorrência no período de tempo, o maior vento nesse
período, a maior neve nesse período).
‐Valores reduzidos (valores característicos x probalidade de ocorrer em simultâneo).

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Ações em estruturas. Classificação das ações.

Ações em função da sua variação no tempo (Ed):

Uma vez que nem todas as ações têm obrigação de atuar em simultâneo são feitas combinações das mesmas.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Combinação de ações em estruturas. Estados limites últimos. ELU
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
Considerar combinações verosímeis e que
produzam os efeitos mais desfavoráveis.
Expressões para definir combinações de ações.
.Ações permanentes: em todas as
Para verificar os Estados limites últimos (ELU=STR and/or GEO) limit combinações considerar os valores reduzidos:
ELU
state of rupture or excessive deformation of a section, member or ‐coeficiente segurança G=1,35 desfavorável,
connection (preocupação pelo colapso); Ed ≤ Rd ‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.
ELS
‐coeficiente segurança G=1 se desfavorável,
‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.
Combinações fundamentais à temperatura ambiente
(persistentes e transitórias): .Ações variáveis: em todas as combinações
E d= ∑  𝐺, 𝑗 𝐺 , Q,1 Qk,1 + ∑ Q,i𝑜𝑖 𝑄 , ELU
‐coeficiente segurança Q=1,5 desfavorável
‐coeficiente segurança Q=0 se favorável
𝐺 , = esforço resultante de uma ação permanente, valor característico, ELS
𝑄 , = esforço resultante de uma ação de base variável, valor característico, ‐afetar o coeficiente de segurança Q=1,0
𝑄 , = esforço resultante de uma ação variável, valor característico,
G,j = coeficiente de segurança relativo às ações permanentes (1,35 ou 1,0), Desfavorável Favorável
Q= coeficiente de segurança relativo às ações variáveis (=1,5 ou 0),
o,i = coeficiente probabilístico da ação variável de ordem i. Peso             Vento Peso               Vento

Ad = ação acidental indireta (térmica ou outra)

Combinações fundamentais acidentais (exemplo fogo, sismo):


E d= ∑ 𝐺 ,  , 𝑜𝑢 , Qk,1 + ∑ 2, 𝑖 𝑄 , + Ad

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Combinação de ações em estruturas. Estados Limites de Utilização. ELS
Conforme o EC0
Conforme (2009)
o EC0 e EC1‐1‐1
(2009) (2009)
e EC1‐1‐1 (EN
(2009) 1990
(EN e EN
1990 1991‐1‐1)
e EN 1991‐1‐1) Considerar combinações verosímeis e que
E ≤C
d d
produzam os efeitos mais desfavoráveis.
Expressões paradodefinir
Ed=valor cálculo combinações
efeito das de ações.
ações combinadas; Cd=valor cálculo correspondente ao
valor limite do critério de utilização. .Ações permanentes: em todas as
Para verificar os Estados limites de serviço ou de utilização combinações considerar os valores reduzidos:
ELU
(ELS=EQU) static equilibrium of the structure (preocupação pelo ‐coeficiente segurança G=1,35 desfavorável,
serviço da estrutura); Ed,dst ≤ Ed,stb ‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.
ELS
•Combinação característica, associada a um estado limite de muito curta duração, ou ‐coeficiente segurança G=1 se desfavorável,
seja, são ações que no período útil da estrutura, geralmente de 50 anos, solicitarão a ‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.
estrutura somente por algumas horas.
Combinação característica ou rara: .Ações variáveis: em todas as combinações
ELU
E d= ∑ 𝐺 , Qk,1 + ∑ 𝑜, 𝑖 𝑄 , ‐coeficiente segurança Q=1,5 desfavorável
‐coeficiente segurança Q=0 se favorável
ELS
•Combinação frequente, associada a um estado limite de curta duração, ou seja, a solicitação ‐afetar o coeficiente de segurança Q=1,0.
aplicada à estrutura por um período total equivalente a cerca de 5% da sua vida útil;

Combinação frequente: Desfavorável Favorável

E d= ∑ 𝐺 , 1,1 𝑄 , + ∑ 2, 𝑖 𝑄 , Peso             Vento Peso               Vento

•Combinação quase‐permanente, associada a um cenário de longa duração, ou seja, as ações


que solicitarão a estrutura durante pelo menos metade da vida útil da estrutura.

Combinação quase‐permanente:
E d= ∑ 𝐺 , ∑ 2 𝑖 𝑄 ,
,

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Combinação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A14 ‐ O esforço normal num elemento de uma treliça em aço de um
Considerar combinações verosímeis e que
edifício comercial assume os valores para diferentes ações consideradas. produzam os efeitos mais desfavoráveis.
Calcule a combinação de ações, atendendo ao estado limite último (ELU) e de
serviço (ELS). Considere os coeficientes de combinação conforme a tabela. .Ações permanentes: em todas as
combinações considerar os valores reduzidos:
ELU
‐coeficiente segurança G=1,35 desfavorável,
‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.
ELS
‐coeficiente segurança G=1 se desfavorável,
‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.

.Ações variáveis: em todas as combinações


ELU
‐coeficiente segurança Q=1,5 desfavorável
‐coeficiente segurança Q=0 se favorável
Supondo que não se sabe qual a ação variável preponderante, obtém‐se combinações: ELS
‐afetar o coeficiente de segurança Q=1,0.
ELU (tensões) Ed= ∑𝒎
𝒋 𝟏  𝑮, 𝒋 𝑮𝒌,𝒋 Q,1 Qk,1 + ∑𝒏𝒊 𝟐 Q,i𝒐𝒊 𝑸𝒌,𝒊

Comb 1 Ed=1,35x100 + 1,5x500 + (1,5x0,6x600) = 1425 kN Desfavorável Favorável

Peso             Vento Peso               Vento
Comb 2 Ed=1,35x100 + 1,5x600 + (1,5x0,7x500) = 1560 kN

ELS (def.) Combinação quase‐permanente: Ed= ∑𝒎


𝒋 𝟏 𝑮𝒌,𝒋 ∑𝒏𝒊 𝟐 𝟐 𝒊 𝑸𝒌,𝒊
,

Comb 1 Ed=(100) + 0.7x500 + 0,6x600 = 810 kN

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Combinação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A15 ‐ O esforço normal num elemento de uma treliça em aço de um
Considerar combinações verosímeis e que
edifício comercial assume os valores para diferentes ações consideradas. produzam os efeitos mais desfavoráveis.
Calcule a combinação de ações, atendendo ao estado limite último (ELU) e de
serviço (ELS). Considere os coeficientes de combinação conforme a tabela. .Ações permanentes: em todas as
combinações considerar os valores reduzidos:
ELU
‐coeficiente segurança G=1,35 desfavorável,
‐ ‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.
ELS
‐coeficiente segurança G=1 se desfavorável,
‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.

.Ações variáveis: em todas as combinações


ELU
‐coeficiente segurança Q=1,5 desfavorável
‐coeficiente segurança Q=0 se favorável
Supondo que não se sabe qual a ação variável preponderante, obtém‐se combinações: ELS
‐afetar o coeficiente de segurança Q=1,0.
ELU (tensões) Ed= ∑𝒎
𝒋 𝟏  𝑮, 𝒋 𝑮𝒌,𝒋 Q,1 Qk,1 + ∑𝒏𝒊 𝟐 Q,i𝒐𝒊 𝑸𝒌,𝒊

Comb 1 Ed=1,0x(‐100) + 0= ‐100 kN Desfavorável Favorável

Peso             Vento Peso               Vento

ELS (def.) Combinação quase‐permanente: Ed= ∑𝒎


𝒋 𝟏 𝑮𝒌,𝒋 ∑𝒏𝒊 𝟐 𝟐 𝒊 𝑸𝒌,𝒊
,

Comb 1 Ed=(‐100) + 0,7x500 + 0,6x600 = 610 kN

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Quantificação de ações em estruturas. Peso próprio (ação permanente)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
Peso próprio: peso volúmico de materiais de construção e de materiais armazenados.
Diz respeito à estrutura e aos elementos não estruturais.

No caso de edifícios, o conjunto de elementos não estruturais inclui os revestimentos (de


pavimentos, paredes e coberturas), as divisórias fixas, os corrimãos e guardas de segurança,
os tetos falsos e os equipamentos fixos (como sejam os equipamentos de climatização, os
equipamentos elétricos, os equipamentos para elevadores e escadas rolantes, as condutas e
as redes de cabos).

O peso próprio total dos elementos estruturais e não estruturais deverá ser considerado nas
combinações de ações como uma única ação.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Quantificação de ações em estruturas. Peso próprio (ação permanente)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
AÇÃO PERMANENTE = G
Os pesos próprios dos elementos de construção devem ser obtidos a partir dos valores que os pesos volúmicos dos
materiais apresentam nas condições reais de utilização.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Quantificação de ações em estruturas. Peso próprio (ação permanente)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
AÇÃO PERMANENTE = G
Os pesos próprios dos elementos de construção devem ser obtidos a partir dos valores que os pesos volúmicos dos
materiais apresentam nas condições reais de utilização.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Quantificação de ações em estruturas. Sobrecargas (ação variável)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
As sobrecargas em edifícios são as cargas que resultam da sua ocupação; são consideradas
no projeto como ações quase‐estáticas e, salvo especificação em contrário, são classificadas
como ações variáveis livres, a serem aplicadas apenas nas zonas a que correspondem
valores desfavoráveis para o efeito em causa.

Para a determinação das sobrecargas, os pavimentos e as coberturas dos edifícios são


classificados em categorias em função da sua utilização (A a G para pavimentos; H, I e K para
coberturas).

Para cada categoria são definidos os valores característicos de uma carga uniformemente
distribuída (qk) e de uma carga concentrada vertical (Qk).

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Quantificação de ações em estruturas. Sobrecargas (ação variável)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
AÇÃO VARIÁVEL = Q
Sobrecarga

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Quantificação de ações em estruturas. Sobrecargas (ação variável)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
AÇÃO VARIÁVEL = Q
sobrecarga

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Quantificação de ações em estruturas. Sobrecargas (ação variável)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
AÇÃO VARIÁVEL = Q
Sobrecarga

4 categorias:
A – atividades
domésticas e residenciais,
B – escritórios,
C – locais de reunião;
D – atividades
comerciais, sendo que as
categorias C e D ainda
apresentam subdivisões (C1
a C5 e D1 a D2).

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Quantificação de ações em estruturas. Sobrecargas (ação variável)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
AÇÃO VARIÁVEL = Q
Sobrecarga

As zonas de circulação e de
estacionamento de veículos
em edifícios são classificadas
em duas categorias – F e G

As coberturas são
classificadas em três
categorias H, I.

Há ainda a K, destinando‐se
a utilizações especiais (tais
como aterragem de
parapeitos
helicópteros).

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 21
Combinação de ações em estruturas. Sobrecargas (ação variável). Coeficiente probabilístico

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 22
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
RECENTE 29‐fev‐2018

Teto do estádio Metrodome Minneapolis (EUA), 2010

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 23
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
A EN 1991‐1‐3 especifica que as cargas da neve devem ser classificadas como ações
estáticas e que, salvo especificação em contrário, devem ser consideradas como ações
variáveis fixas.

As cargas obtidas deverão ser consideradas como atuando verticalmente, sendo referidas à
projeção horizontal da área das coberturas em causa.

O valor característico da carga da neve numa cobertura (s) é calculado através do produto
do valor característico da carga da neve ao nível do solo (sk) por coeficientes adequados à
cobertura em causa, em particular quanto à geometria e condições locais de vento.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 24
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), a segurança de uma estrutura metálica
AÇÃO VARIÁVEL = NEVE Qs

Terminologia:

Altitude do local ‐ altura acima do nível médio do mar do local onde a estrutura se encontra.

Valor característico da carga da neve na cobertura ‐ produto do valor característico da carga


da neve ao nível do solo por coeficientes adequados.

Carga da neve não deslocada na cobertura ‐ disposição de carga correspondente à carga da


neve uniformemente distribuída na cobertura, resultante apenas desta antes de qualquer
redistribuição da neve devida a outras ações climáticas.

Carga da neve deslocada na cobertura ‐ disposição de carga correspondente à distribuição


da carga da neve após ter havido uma deslocação desta de um local para outro da cobertura
devido por exemplo à ação do vento.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 25
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), a segurança de uma estrutura metálica
AÇÃO VARIÁVEL = NEVE Qs

Para situações de projeto persistentes/transitórias:

𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆

𝑠 carga da neve na cobertura kN/m2 que atua verticalmente


𝜇 = coeficiente de forma para a neve (seção 5.3 e Anexo B)
𝐶 = coeficiente de exposição
𝑪𝒕 = coeficiente térmico, para reduzir carga neve em coberturas com transmissão térmica >1W/m2K, ou = 1.
𝑆 valor carateristico da neve kN/m2 ao nível do solo (Anexo NA).

Para situações de projeto acidentais em que a carga da neve excecional é de ação de acidente:

𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆

Para situações de projeto acidentais nas quais a neve associada a um deslocamento excecional é a ação
de acidente e em que se aplica anexo B para cálculo do coeficiente de forma:

𝑠 𝜇 𝑆

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 26
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), a segurança de uma estrutura metálica
𝝁𝒊 = coeficiente de forma para a neve (seção 5.3 e Anexo B)  𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆
Para quando não há impedimento de deslizamento da neve

Quando há impedimento de deslizamento da neve (guarda‐neves, obstáculos, platibanda), o valor não 
deve ser inferior a 0,8
Platibanda=faixa horizontal (muro ou grade) que emoldura a parte superior de um edifício e que tem a função de esconder o telhado.

Coeficientes de forma para a carga de neve‐cobertura de uma vertente (deslocada e não deslocada).
Carga da neve não deslocada na cobertura ‐ antes de qualquer redistribuição devida a outras ações climáticas.
Carga da neve deslocada na cobertura ‐ distribuição após ter havido uma deslocação desta de um local para outro da cobertura devido por exemplo à ação do vento.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 27
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), a segurança de uma estrutura metálica
𝝁𝒊 = coeficiente de forma para a neve (seção 5.3 e Anexo B)  𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆
Para quando não há impedimento de deslizamento da neve

Quando há impedimento de deslizamento da neve (guarda‐neves, obstáculos, platibanda), o valor não 
deve ser inferior a 0,8

Caso i‐carga de neve não deslocada

Caso ii‐carga de neve deslocada 

Caso iii‐carga de neve deslocada para condições locais particulares

Coeficientes de forma para a carga de neve‐cobertura de duas


vertentes (deslocada e não deslocada).
Carga da neve não deslocada na cobertura ‐ antes de qualquer redistribuição devida a outras ações climáticas.
Carga da neve deslocada na cobertura ‐ distribuição após ter havido uma deslocação desta de um local para outro da cobertura devido por exemplo à ação do vento.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 28
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), a segurança de uma estrutura metálica
𝝁𝒊 = coeficiente de forma para a neve (seção 5.3 e Anexo B)  𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆
Para quando não há impedimento de deslizamento da neve

Quando há impedimento de deslizamento da neve (guarda‐neves, obstáculos, platibanda), o valor não 
deve ser inferior a 0,8

Caso i‐carga de neve não deslocada

Caso ii‐carga de neve deslocada 

Coeficientes de forma para a carga de neve‐cobertura de


múltiplas vertentes (deslocada e não deslocada).
Carga da neve não deslocada na cobertura ‐ antes de qualquer redistribuição devida a outras ações climáticas.
Carga da neve deslocada na cobertura ‐ distribuição após ter havido uma deslocação desta de um local para outro da cobertura devido por exemplo à ação do vento.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 29
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), a segurança de uma estrutura metálica
𝝁𝒊 = coeficiente de forma para a neve (seção 5.3 e Anexo B)  𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆

neve não deslocada

neve deslocada 

Coeficientes de forma para a carga de neve‐cobertura de cilíndricas


(deslocada e não deslocada).
Carga da neve não deslocada na cobertura ‐ antes de qualquer redistribuição devida a outras ações climáticas.
Carga da neve deslocada na cobertura ‐ distribuição após ter havido uma deslocação desta de um local para outro da cobertura devido por exemplo à ação do vento.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 30
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), a segurança de uma estrutura metálica
𝑪𝒆 = coeficiente de exposição  𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 31
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), Anexo Nacional NA para o território nacional para todos os
valores de carga da neve incluindo os locais com altitude superior a 1500m.
𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆
O território é classificado em zonas: Z1, Z2 e Z3.
Os valores característicos da neve ao nível do solo Sk (kN/m2) são determinados por:
𝐻
𝑆 𝐶 1
500
𝐶 =coeficiente dependente da zona (Z1=0,3; Z2=0,2; Z3=0,1)
H=altitude do local em metros (altitude a partir da cota do mar).

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 32
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 33
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009)
𝑺𝒌 𝐯𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐜𝐚𝐫𝐚𝐭𝐞𝐫í𝐬𝐭𝐢𝐜𝐨 𝐧𝐞𝐯𝐞 𝐤𝐍/𝐦𝟐 nível do solo. 𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆
(Anexo B não se aplica Portugal só NA) Como exemplo:

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 34
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009)
𝐴 = altitude do local ao nível do solo 
Z =  número da zona indicado em cada mapa (seção 5.3 e Anexo B) 

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 35
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3). Coeficiente probabilístico

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 36
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A16 ‐ Ações da neve: exemplo de aplicação (cobertura de duas vertentes, com α = 8,5°).

Considere um edifício industrial localizado na zona de Vila Real, local com altitude igual a 500m, cuja
estrutura principal apresenta uma sucessão de pórticos iguais ao representado na Figura, afastados entre si
de 6,0m; nas travessas dos pórticos assentam madres, as quais apoiam uma cobertura em chapa de aço.
Admita‐se que a cobertura é de duas vertentes.

Objetivo – Determinar os casos de carga relativos à ação da neve para um dos pórticos intermédios.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 37
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A16 ‐ Ações da neve: exemplo de aplicação (cobertura de duas vertentes, com α = 8,5°).

Considerando Ce=1,0 (normal) e Ct=1,0.


𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆
Localização do edifício na Zona Z2.
Valor característico da carga da neve ao nível do solo, obtém‐se:

Tendo em conta a inclinação das vertentes (α1=α2=8,5°) da NP EN1991‐1‐3 conduz μ1(α1)=μ1(α2)=0,8.

As duas disposições de carga da neve a considerar: 𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆


‐ carga da neve não deslocada (i)
‐ carga da neve deslocada (ii)

Carga da neve para um dos pórticos intermédios

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 38
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Quantificação e combinação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Quantificação de ações em estruturas. Ação do vento (EN 1991‐1‐4)
O vento pode ser definido como o movimento de uma massa de ar devido às variações de
temperatura e pressão.

Se um corpo é colocado no fluxo do vento, e ocorre a alteração da sua trajetória, é porque houve uma
interação de forças entre a massa de ar e a superfície do corpo.

Pode‐se mostrar que essa pressão de interação é função da forma e rugosidade do obstáculo, e do ângulo de
incidência e velocidade do vento.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável)
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
A EN 1991‐1‐4 fornece orientações para a determinação das ações do vento
no projeto estrutural de diversas construções.
Situações não abrangidas por esta Norma:
• construções com altura superior a 200m recomenda‐se
bibliografia especializada ou modelações numéricas e/ou ensaios.
• mastros, torres em treliça e postes de iluminação;
• pontes suspensas, de tirantes ou com tramo(s) de vão superior a 200 m;
• vibrações de torção ou outros modos de vibração além do modo fundamental.

As ações do vento sobre as construções são representadas por um conjunto simplificado de pressões ou
de forças estáticas cujos efeitos são equivalentes aos extremos do vento, tendo em conta a turbulência
atmosférica. Salvo especificação em contrário, as ações do vento devem ser classificadas como ações
variáveis fixas.
As forças exercidas pelo vento podem ser determinadas por uma das vias:
• a partir das pressões nas superfícies;
• a partir de coeficientes de força apropriados.

A ação do vento varia com o tempo, atua diretamente na perpendicular e na forma de pressão nas
superfícies exteriores das construções; no caso de construções fechadas atuam também indiretamente
sobre as superfícies interiores devido à porosidade da superfície exterior. Ou também diretamente
sobre a superfície interior de construções abertas. Também se podem desenvolver forças de atrito
significativas quando o vento é elevado.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável)
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
A EN 1991‐1‐4 fornece orientações para a determinação das ações do vento
no projeto estrutural de diversas construções. 22
20

20

25 26

Considerações iniciais: 24
23
27
23 22

23
23

30
23 32
30 22
21
30 28
27 20
29 28 24
28
26
30 25
28 24 24

A ação do vento nas construções depende fundamentalmente da: 26


26
25
31

‐velocidade do vento
27 28 28
24 29
8
30 30
28 27 28 30 27

‐forma das construções 26 28


31

28 28
30

30
36

‐características dinâmicas da estrutura


Special regulation

A velocidade do vento depende da:


‐localização geográfica da estrutura
‐altura da estrutura acima do terreno
‐rugosidade do terreno

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável)
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
A EN 1991‐1‐4 fornece orientações para a determinação das ações do vento
no projeto estrutural de diversas construções.
Considerações iniciais:
Apesar de se tratar de uma ação dinâmica, a ação do vento pode ser quantificada por forças estáticas
equivalentes FE:

𝐹 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 x 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎 x á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎

𝐹 𝑐 𝑞 (z)  A       (N)
Onde:
𝑐 – coeficiente de forma; 𝑞 (z) – pressão dinâmica de pico; A – área de referência projetada.
A pressão dinâmica de pico à altura z acima do terreno é dada por:

𝑞 𝑧 𝑐 (z) x 𝑞 (N/m2)

Onde:
𝑐 (z) – é o chamado coeficiente de exposição; 𝑞 – é a chamada pressão dinâmica de referência, dada por:
𝑞 𝜌𝑣 ( (kg/m3)x(m/s)2 =N/m2 )                        𝝆𝒂𝒓=1,25 kg/m3

A altura da construção é um parâmetro importante na quantificação da ação do vento. Deve distinguir‐se entre velocidade média e de
pico, ou de rajada (gust velocity) isto é, a velocidade com e sem o efeito da turbulência. Para a segurança das estruturas, é a velocidade
do pico que interessa.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável). Terminologia
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)

Existem dois tipos de coeficientes de forma: coeficientes de pressão e coeficientes de força.


Para o estudo, apenas são abordados os coeficientes de pressão, mais indicados na ação do vento em
edifícios, fachadas e coberturas. Os coeficientes de força são utilizados para estruturas reticuladas.
Convenção de sinais para as diferentes pressões:
Pressão efetiva acima da atmosférica, positiva Pressão efetiva abaixo da atmosférica, negativa

Lado de onde sopra o vento Lado oposto ao vento

O cálculo da ação do vento é efetuado com valores de referência da velocidade do vento ou da pressão
dinâmica. O efeito do vento na estrutura (a resposta da estrutura) depende da dimensão, forma e das
propriedades dinâmicas da estrutura.
As pressões exercidas (N/m2) nas superfícies da construção podem ser exteriores we ou interiores wi,
função das alturas z de referência, coeficientes de pressão cp e qp pressão de pico (resultante da
velocidade média e das flutuações de curta duração da velocidade do vento):
𝑤 𝑐 𝑞 𝑧 𝑤 𝑐 𝑞 𝑧
em que: 𝑞 𝑧 pressão dinâmica de pico; 𝑧 altura de referência para a pressão exterior/interior;
𝑐 / coeficiente de pressão para a pressão exterior/interior.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável). Método
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Como a velocidade do vento aumenta em altura, é necessário
determinar uma velocidade média, vm, de forma a serem
quantificadas as rajadas do vento no edifício. 𝑣 𝑧 𝑐 𝑧 𝑐 𝑧 𝑣

Para tal a velocidade do vento depende de fatores fundamentais


tais como a zona onde será inserida a construção, a época do ano
mais gravosa (ventosa), a direção predominante do vento e por fim
a quantidade de obstruções capazes de alterar a direção do vento
impedindo que este atinja as fachadas do edifício.

Antes de determinar a velocidade média do vento é necessário determinar o seu valor de referência, b,
que consiste em definir a direção do vento e o coeficiente de razão. Estes dois parâmetros são
considerados unitários segundo o Anexo Nacional da EN 1991 e o valor básico da velocidade de
referência do vento é retirado a partir da zona em que a construção será inserida.

O continente nacional está dividido em duas zonas, zona A e zona B. Assim, os valores de base da
velocidade de referência do vento para a zona A e para a zona B são de 27 m/s e 30 m/s, respetivamente.

Determinado o valor da velocidade de referência, é necessário determinar a rugosidade do terreno. Este


parâmetro está associado a 4 categorias de terreno, onde são indicados os valores do comprimento de
rugosidade, z0, e a altura mínima, zmin, a considerar para a respetiva categoria.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒗𝒃
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – valores de referência (4.2 e Anexo B)

A velocidade do vento e a pressão dinâmica compreendem uma componente média (regime


local, variação função da altura, rugosidade do terreno) e uma componente flutuante
(caracterizada pela intensidade de turbulência).

Os valores característicos das ações do vento são determinados a partir dos valores de
referência da velocidade média do vento:

Velocidade básica do vento 𝑣 𝑐 𝑐 𝑣 (1º)
,

𝑣 valor referência da velocidade do vento m/s, função da direção vento e época ano

𝑐 = coeficiente de direção, ver no NA, recomendado igual 1

𝑐 = coeficiente de sazão (estação) , ver no NA, recomendado igual 1

𝑣 , = valor básico da velocidade de referência do vento.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável)  𝒗𝒃,𝟎
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
𝑣 , = valor básico da velocidade de referência do vento. (2º)

Para a quantificação de 𝑣 , , considera‐se o País dividido nas duas zonas seguintes:


• Zona A – generalidade do território, exceto as regiões pertencentes à zona B;
• Zona B – arquipélagos dos Açores e Madeira e as regiões do continente situadas
na faixa costeira com 5km de largura ou a altitudes superiores a 600m.

A velocidade 𝑣 , medida com anemómetros, tem um período de retorno de 50anos


(estimativa da probabilidade de ocorrência de um evento) tendo grande probalidade de ser
atingida durante a vida útil da estrutura (64%).

1m/s = 1x10‐3 x 60 x 60 = 3,6km/h

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒗𝒎 𝒛
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – vento médio (4.3 e Anexo B)
A velocidade média do vento a uma altura z acima do solo, vm(z),
depende da rugosidade do terreno, da orografia (relevo) local,
obstáculos ao escoamento e da velocidade vb.
(3º)
Velocidade média do vento 𝑣 𝑧 𝑐 𝑧 𝑐 𝑧 𝑣

𝑣 𝑧 velocidade média do vento a uma altura z acima do solo m/s


𝑐 𝑧 = coeficiente de rugosidade (eq.4.3 seguinte)
𝑐 𝑧 = coeficiente de orografia (relevo), em geral igual 1 ou AN
𝑣 = valor básico da velocidade de referência do vento.

z0=comprimento de rugosidade, zmin=altura mínima e zmax=200m 

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒗𝒎 𝒛

IV I

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒄𝒓 𝒛
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – vento médio (4.3 e Anexo B) (4º)
𝑐 𝑧 = coeficiente de rugosidade
Tem em conta a variabilidade da velocidade média do vento no local, como resultado da altura acima do 
solo z, da rugosidade do terreno.

𝑧0 0,07 x
𝑧
𝑐 𝑧 0,19 ln
0,05 𝑧0

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒒𝒑 𝒛
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – valores de referência (4.2 e Anexo B) ‐ Ponto 5.2 (1) e Ponto 5.2 (2)

A pressão dinâmica de pico, 𝑞 𝑧 / ), é calculada por uma das expressões (N/m2):

1
𝑞 𝑧 1 7. 𝐼 𝑧 𝜌𝑣 𝑧 𝑞 𝑧 𝑐 (z) x 𝑞
2
(7º)
em que:
𝐼 𝑧 intensidade de turbulência à altura z;
𝜌 massa volúmica do ar (valor recomendado de 1,25 kg/m3);
𝑣 𝑧 velocidade média do vento à altura z
𝑐 (z) coeficiente de exposição (eq.4.4 seguinte);
1
𝑞 pressão dinâmica de referência. 𝑞 𝜌𝑣
2
𝑐 𝑧 = coeficiente de rugosidade (eq.4.3 anterior)
𝑐 𝑧 = coeficiente de orografia (relevo), em geral igual 1 ou AN

Por substituição de expressões: 𝑐 (z) =𝑞 𝑧 / 𝑞 =  1 7. 𝐼 𝑧 𝑐 (z)  𝑐 (z)   

(5º)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável)  Iv (z)
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – turbulência do vento (4.4 e Anexo B)
A intensidade de turbulência à altura z, Iv (z) é definido como o quociente entre o desvio padrão da
turbulência e a velocidade média do vento, sendo o desvio:

𝜎 𝑘 𝑣 𝑘

(6º)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável). Forma perfil
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – valores de referência (4.2 e Anexo B) ‐ Ponto 5.2 (1) e Ponto 5.2 (2)
Analisando a forma do perfil de pressão dinâmica do vento ao longo da altura do edifício, este aumenta
com a altura do mesmo. Para edifícios com grandes alturas é necessário corrigir a pressão dinâmica de
pico. A EN 1991 propõe o escalonamento da forma do perfil de pressão dinâmica ao longo da altura do
edifício, como se pode observar.

Pela análise da Figura é possível determinar as alturas de referência, ze, para o que é necessário apenas estabelecer a relação h/b.
Os três casos indicados para a determinação da altura de referência são descritos de seguinte forma:
‐um edifício cuja altura h é inferior a b, deverá ser considerado como tendo uma única parte;
‐um edifício cuja altura h é superior a b mas inferior a 2b, poderá considerar‐se que o edifício é constituído por duas partes, uma parte inferior
que se prolonga na vertical, a partir do solo, até uma altura igual a b, e uma parte superior constituída pelo restante;
‐um edifício cuja altura h é superior a 2b, poderá considerar‐se que o edifício é constituído por diversas partes, uma parte inferior que se
prolonga na vertical, a partir do solo, até uma altura igual a b; uma parte superior que se estende, desde o topo, numa altura igual a b, e uma
zona intermédia, entre as partes superior e inferior, que poderá ser dividida em faixas horizontais com uma altura h strip.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável)
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Para quantificar as forças devidas ao vento é necessário multiplicar as pressões dinâmicas de pico
pelos coeficientes de forma, ou coeficientes aerodinâmicos:
𝐹 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 x 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎 x á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎

Os coeficientes de forma dividem‐se em dois grupos:


– coeficientes de força, cf; (já incluem efeitos relevantes)
– coeficientes de pressão.

Os coeficientes de pressão, divide‐se em:


– coeficientes de pressão exterior, cpe ;
– coeficientes de pressão interior, cpi .

Forças exteriores:
𝐹 , 𝑐 𝑐 𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑐 𝑞 (z) Aref ) (N) 𝑤 𝑐 𝑞 𝑧 Pressão exterior (N/m2) 

Forças interiores:
𝐹 , 𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑐 𝑞 (z) Aref ) (N) 𝑤 𝑐 𝑞 𝑧 Pressão interior (N/m2) 

𝑐 𝑐 coeficiente estrutural 1, para edíficio𝑠 15𝑚

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável), coeficiente estrutural
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)

Ação do vento – coeficiente estrutural

O coeficiente estrutural, cscd, traduz os efeitos nas ações do vento decorrentes de as pressões de pico na
superfície da construção não ocorrerem em simultâneo (cs), bem como os efeitos das vibrações da
estrutura devidas à turbulência do vento (cd).

A Norma indica um conjunto de situações em que é possível considerar que cscd = 1,0.

De entre tais situações, referem‐se as seguintes: edifícios com altura inferior a 15m; edifícios de
estrutura porticada que contenham paredes resistentes e cuja altura seja inferior a 100m e a 4 vezes a
dimensão do edifício na direção do vento.

Soma vetorial (cscd.cpe ± cpi)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒄𝒑𝒆
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – pressão exercida pelo vento em superfícies

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável)  𝒄𝒑𝒆,𝟏𝟎
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – pressões exteriores e interiores (e) e (i) (5.2)

Coeficiente de pressão exterior a ser adotado para as paredes


verticais (este é um exemplo do EC1).

h=altura edifício, b=largura na direção perpendicular ao vento

Em função dos coeficientes:


locais 𝑐 ,
globais 𝑐 ,

Interpolação linear

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável)  𝒄𝒑𝒆,𝟏𝟎
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – pressões exteriores e interiores (e) e (i) (5.2)
Coeficiente de pressão exterior, cpe depende da configuração da cobertura.
A Fig. ilustra o caso de uma cobertura com duas vertentes, coeficientes cpe,10 (aplicáveis a superfícies > 10m2).

Vertente do barlavento

Vertente do sotavento

Valor e é o mínimo entre as dimensões b ou 2h, em que


b é maior dimensão do edifício e h a altura do edifício.

Ângulo de inclinação

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável)  𝒄𝒑𝒆,𝟏𝟎
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – pressões exteriores e interiores (e) e (i) (5.2)
Coeficiente de pressão exterior, cpe depende da configuração da cobertura.
A Fig. ilustra o caso de uma cobertura com duas vertentes, coeficientes cpe,10 (aplicáveis a superfícies > 10m2).

,1 ,1 ,1 ,1

Interpolação linear

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 21
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒄𝒑𝒊
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – coeficientes de pressão interior 𝒄𝒑𝒊 resultam da existência de aberturas nas fachadas e
cobertura dos edifícios (janelas abertas, ventiladores, chaminés, passagens de ar no contorno de portas, janelas,
equipamentos). Falta apenas analisar os coeficientes de pressão interior. Através do índice de abertura é possível a
determinação:

𝒄𝒑𝒊

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 22
Combinação de ações em estruturas. Vento (ação variável). Coeficiente probabilístico

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 23
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A17 ‐ Ação do vento: exemplo de aplicação (cobertura de duas vertentes, com α = 15°).

Considere um edifício com planta retangular sem beirados localizado na zona A, terreno com rugosidade
tipo II.

Considere:
cdir =1
cseason =1
co =1 (coeficiente de orografia)

d=10m, h=5m, b=20m

Objetivo – Quantifique a ação do vento nas paredes de barlavento e


na cobertura, para a direção indicada (0º).

Pressão efetiva acima da atmosférica, positiva Pressão efetiva abaixo da atmosférica, negativa

Lado de onde sopra o vento Lado oposto ao vento

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 24
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A17 ‐ Ação do vento: exemplo de aplicação (cobertura de duas vertentes, com α = 15°).

Coeficiente estrutural 𝑐 𝑐 1, para edíficio𝑠 15𝑚


1
𝑞 𝜌𝑣
Pressão dinâmica de referência, 𝑞 2
• Zona A (cdir=1 e cseason =1) => vb=vb,0=27 m/s
𝑞 𝜌 𝑣 = 1.25 27 0,46 𝑘𝑁/𝑚2

𝑞 𝑧 𝑐 (z) x 𝑞
• Pressão dinâmica de pico, qp(z)
b=20m
h=5m << b, pelo que z= h = 5m
Terreno tipo II z0= 0.005m zmin= 3m

 ce(z=5m)=1,93
 qp(z)=1,93x0,46=0,89 𝑘𝑁/𝑚2

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 25
𝑝 𝑝 𝛽 𝛽
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios. 𝑝 𝑝 𝛽 𝛽

=0.5 Interpolação linear

𝑦 𝑦 𝑥 𝑥
𝑦 𝑦 𝑥 𝑥

0.5 0.25 𝑥 0.7


1 0.25 0.8 0.7

h=5m

+0,73 ‐0,37

d=10m

Coeficientes cpe,10 nas paredes das fachadas.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 26
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A17 ‐ Ação do vento: exemplo de aplicação.
d=10m, h=5m, b=20m, e(=10m) é o menor valor de b e 2h (e/10=1)

• É necessário considerar 2 casos distintos na totalidade da vertente:


Caso 1 ‐ correspondente à situação de pressões exteriores negativas (sucções)
Caso 2 ‐ corresponde a pressões exteriores positivas

Coeficientes de pressão exterior cpe,10 na cobertura (casos 1 e 2).

‐0,8 ‐0,3 ‐1,0 ‐0,4 +0,2 +0,2 0 0

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 27
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios.

Soma vectorial (cscd.cpe ± cpi)

cpi = +0,2. cpi = ‐0,3.

cpi = +0,2. cpi = ‐0,3.

Distribuição de pressões exteriores e interiores nos quatro casos de carga
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 28
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A17 ‐ Ação do vento: exemplo de aplicação.
d=10m, h=5m, b=20m, e(=10m) é o menor valor de b e 2h (e/10=1)

w  qp(z)=0,89 𝑘𝑁/𝑚2

Exemplo: 0,89x(0.73‐0.2)=0,47 𝑘𝑁/𝑚2

NOTA: para estudo de um pórtico considere o comprimento de influência (distância entre pórticos)
e multiplique pela pressão kN/m2 para obter a carga distribuída kN/m.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 29
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Quantificação e combinação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Quantificação de ações em estruturas. AÇÕES TÉRMICAS
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐5 (2009)
•As ações térmicas em estruturas resultam de variações, num determinado período de tempo, dos
campos de temperatura instalados nos elementos constituintes. Podem ter origens diversas, tais como:
• variações climáticas (diárias e sazonais);
• condições de exploração da própria estrutura (como pode ser o caso em chaminés, silos, torres de
arrefecimento, instalações frigoríficas, etc.);
• situações particulares (como o calor de hidratação do cimento, a colocação do revestimento betuminoso
no tabuleiro de pontes rodoviárias, etc.).

A intensidade dos efeitos térmicos depende de fatores, como sejam:


• condições climáticas locais (em particular, temperatura do ar, radiação solar e velocidade do vento);
• orientação e características do revestimento das superfícies;
• materiais constituintes;
• no caso de edifícios, as condições de aquecimento e ventilação, as características do isolamento térmico, o
eventual efeito de sombra de edifícios adjacentes, etc.

A NP EN 1991‐1‐5 apresenta regras para o cálculo de ações térmicas de origem climática ou operacional
em edifícios, pontes e outras estruturas.

As ações térmicas devem ser classificadas como ações variáveis indiretas, por corresponderem a
deformações impostas, é disposto que “os elementos de estruturas resistentes devem ser verificados de
modo a assegurar que os movimentos de origem térmica não provoquem solicitações excessivas na
estrutura, ou pela adoção de disposições construtivas, juntas de dilatação, ou incluindo no cálculo os
respetivos efeitos”.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Ação Variável Indireta
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐5 (2009)
Devido as variações de temperatura as estruturas estão sujeitas a deslocamentos/esforços mais ou menos
significativos, que dependem das dimensões das estruturas e do seu grau da hiperstaticidade.

As variações uniformes de temperaturas foram determinadas segundo o EC1‐1‐5.


Os elementos devem ser verificados de modo a assegurar que os movimentos de origem térmica, não
originem esforços e deformações incompatíveis com o funcionamento das estruturas.

As variações de temperatura são de dois tipos:


‐Variação uniforme de temperatura – que corresponde a variações sazonais entre o Inverno e o Verão;
‐Variação diferencial de temperatura – que corresponde a variações diárias.

PROCEDIMENTO: Variação Uniforme de Temperatura


a) a componente da variação uniforme da temperatura, ΔTu, é igual a:

Em que:
T – Temperatura média do elemento estrutural resultante das temperaturas climáticas no Inverno ou no Verão;
T0 – Temperatura média inicial (temperatura no final da construção ou no instante em que são impostos constrangimentos).
Caso este valor não exista impõe‐se 15ºC.

A temperatura média T é determinada pela média das temperaturas de ambiente interior Tin e exterior Tout, isto é:

Os valores de Tin e de Tout diferem consoante estejam em causa condições de Verão ou condições de Inverno.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Ação Variável Indireta
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐5 (2009)
Numa construção metálica a quantificação da Variação uniforme de temperatura pode ser efetuada através
dos seguintes procedimentos:
Zonamento do território;
Temperaturas máximas e mínimas – Tmax e Tmin;
Temperatura indicativa para ambientes interiores – Tin;
Temperatura indicativa para ambientes exteriores – Tout.

b) Zonamento do Território
Na Figura seguinte apresenta‐se para Portugal o zonamento térmico nas condições do verão e de inverno.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Ação Variável Indireta

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Ação Variável Indireta
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐5 (2009)
c) Determinação das Temperaturas Tmax e Tmin
Definidas as zonas térmicas são determinadas as temperaturas Tmax e Tmin segundo a cláusula NA‐A.1 (1).

Na Tabela 7.2 apresentam‐se os valores para as temperaturas Tmax e Tmin.

Aos valores Tmin indicadas na tabela anterior, deve subtrair‐se 0.5ºC por cada 100 metros de altitude, e
aos valores Tmax subtrair‐se 1ºC, isto é:
(   )

(   )

Em que H é a altitude em metros medida em relação ao nível do mar.


ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Ação Variável Indireta
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐5 (2009)
d) Determinação das Temperaturas indicativas – Tin e Tout
Nas Tabelas 7.3 e 7.4 indicam‐se os valores para as temperaturas Tin e Tout, Anexo Nacional EC1‐1‐5.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura.
Procedimento:

Com os Dados FAZER uma TABELA:


1º ‐ Identificar zona do território (retirar Tmáx, Tmin).

2º ‐ Calcular Tmáx e Tmin para a construção à altura H. (  )


(  ) Quadros, EC1‐1‐4

3º ‐ Calcular as temperaturas indicativas do ar ambiente:


Tin (valores tab. constantes) e Tout (depende de Tmáx e Tmin) para Verão e Inverno.

4º ‐ Calcular as temperaturas média dos elementos T=(Tin+Tout)/2

5º ‐ Calcular a variação uniforme da temperatura ΔTu =T-T0

Determinação de ΔTu num edifício (exemplo de aplicação).

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Ação Variável Indireta
Para efeitos de cálculo das extensões térmicas, no Anexo C são fornecidos valores do coeficiente de
dilatação linear (αT) para diversos materiais de uso corrente (αT=12x10‐6°C‐1 o aço de construção). A
presente exposição está focada nas ações térmicas climáticas em edifícios, com o procedimento de cálculo
da componente de variação uniforme.

ELU‐ Estado limite último (resistência)

Ad = ação acidental indireta (térmica ou outra)


Combinações fundamentais acidentais:
Ed= ∑ 𝐺 ,  , 𝑜𝑢 , Qk,1 + ∑ 2, 𝑖 𝑄 , + Ad

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Combinação de ações em estruturas. Ação Variável Indireta. Coeficiente probabilístico

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Exercício.
EX A18 ‐ Considere‐se um edifício localizado na zona de Castelo Branco, em local com altitude igual a
400m, com uma superfície exterior de cor clara.
a) Determinar ΔTu aplicável à estrutura em zonas acima do solo, e considerando T0 = 15°C.

E=210GPa
A=10x10mm2
L=1,0m
αT=12x10‐6°C‐1

Conforme é sintetizado no Quadro, obtém‐se ΔTu = +19,0°C 
para condições de Verão e ΔTu = ‐9,5°C para Inverno.

Determinação de ΔTu num edifício (exemplo de aplicação).

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Exercício
EX A18 ‐ Considere‐se um edifício localizado na zona de Castelo Branco, em local com altitude igual a
400m, com uma superfície exterior de cor clara.
a) Determinar ΔTu aplicável à estrutura em zonas acima do solo, e considerando T0 = 15°C.
b) Determinar a carga térmica instalada na coluna nas duas épocas do ano.

E=210GPa
P= 252 T A=10x10mm2
L=1,0m
P(19,0) = 4,788kN contração αT=12x10‐6°C‐1

P(‐9,5) = 2,394kN extensão

P= 252 T

Tensão(19,0Cº)=‐47,88MPa

Tensão(‐9,5Cº)=+23,94MPa

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Exercício (carga térmica)
EX A18 ‐ Cont.

Tensões Térmicas
A mudança de temperatura resulta numa alteração do comprimento ou
numa deformação térmica, uma vez que há restrição de constrangimentos.

No cálculo: o problema é indeterminado, devendo aplicar o princípio de superposição.


 [1/º C ]
PL
RB  T   T L P 
AE
  coeficiente de expansão térmico
[K-1] ou [ºC-1]

A deformação térmica e mecânica no constrangimento redundante deve ser compatível.


RA
  T   P  0
 PL P  AE T  contração
 T L  0
AE   E T 
   T 
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação e quantificação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Elementos sob esforços
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), define o valor de cálculo da resistência individual para secções
metálicas da ligação: (em CONSM_a3.pptx)
resistência à tração compressão flexão transverso

𝑁 𝑁 𝑀 𝑉
1,0 1,0 1,0 1,0
𝑁, 𝑁, 𝑀, 𝑉,

Ver o valor mínimo de: 𝑊 𝑓 𝐴 𝑓⁄ 3
a)Zona sem furos
𝐴 𝑓 𝑀 , 𝑀 , 𝑉
𝛾 ,
𝛾
𝑁 , 𝐴 𝑓
𝛾 𝑁 , Secções classe 1,2
𝛾
Av calculado função 
b)Zona com furos em ligações  seção (ver EC3‐1‐1)
ordinárias ou outras eq. (por  Secções classe 1,2,3 𝑊 , 𝑓
exemplo ver cantoneira) 𝑀 , 𝑀 ,
0,9 𝐴 𝑓 𝛾
𝑁 , 𝐴 𝑓
Secções classe 3
𝛾
𝑁 ,
c)Zona com furos em ligações  𝛾
resistentes escorregamento 𝑊 , 𝑓
Secções classe 4 𝑀 ,
𝐴 𝑓 𝛾
𝑁 , Secções classe 4
𝛾
𝑋 =valor de cálculo do esforço atuante obtido por majoração das ações com coeficientes parciais de segurança 𝛾 1,00
𝑋 , =valor de cálculo do esforço X resistente plástico da seção bruta
𝑋 , =valor de cálculo do esforço X resistente último da seção útil na zona de furos 𝛾 1,25
𝑋 , =valor de cálculo do esforço X compressão plástico da seção bruta
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Critérios
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), a segurança de uma estrutura metálica (estado
limite último), verificando as regras de equilíbrio estático, depende da resistência das seções
transversais dos elementos, da resistência dos fenómenos de instabilidade e da resistência
das ligações. (em CONSM_a2.pptx)

A verificação da segurança de estruturas, baseada nos estados limites, adota critérios de


cedência ou de plasticidade.

Nos critérios de cedência admite‐se que a capacidade resistente das secções é atingida
quando se inicia a cedência, ou seja, quando a tensão máxima é igual à tensão de cedência.
No caso corrente a verificação do início da cedência obriga à utilização de um critério de
cedência, como por exemplo o critério de Mises‐Henky, em que se utiliza uma tensão de
comparação representativa do estado de tensão em cada ponto.

Nos critérios de plasticidade admite‐se que a rotura ocorre apenas quando a secção está
totalmente plastificada.

Os critérios gerais de dimensionamento é a verificação dos estados limite últimos ELU ou de


resistência e dos estados limites de utilização ELS ou de equilíbrio. (em CONSM_a2.pptx)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Cedência (Flexão)
CRITÉRIO DE CEDÊNCIA ‐ Quando se admite um critério de cedência considera‐se que a capacidade
resistente da secção se atinge quando o valor máximo da tensão na secção é igual à tensão de cedência.

𝑁 𝑀 𝑧 𝑀𝑦
No caso geral: 𝜎
𝐴 𝐼 𝐼

𝜎 𝑓

A equação pode ser escrita em função dos


valores dos esforços de cedência, o esforço
axial e os momentos fletores que atuando
isoladamente provocam a cedência da secção,
tendo‐se a equação de interação geral:

1 𝑁
, ,
𝑁
Que é um problema geral
de flexão composta,

Ou flexão plana (se Mz=0),


𝑀
Ou flexão desviada (se N=0). 𝑀 ,

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Cedência (Geral)
CRITÉRIO DE CEDÊNCIA ‐ Quando se admite um critério de cedência considera‐se que a capacidade
resistente da secção se atinge quando o valor máximo da tensão na secção é igual à tensão de cedência.

Nos casos correntes a secção é solicitada simultaneamente por esforços que dão origem a tensões
normais, o esforço axial e os momentos fletores, e esforços que dão origem a tensões tangenciais, o
momento torsor e os esforços transversos.

Nestes casos a determinação do início da cedência efetua‐se através da aplicação de critérios de


cedência baseados no cálculo de uma tensão equivalente, função do estado de tensão, que se designa
por tensão de comparação, σcomp.
De entre os critérios de cedência o mais utilizado é o critério de Mises‐Hencky de acordo com o qual a
tensão de comparação é dada por:

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A19 ‐ Adotando um critério de cedência pretende verificar‐se a segurança de um perfil HEA200 S355
submetido a N=800kN e My=70 kNm.

HEA200 S355 - A=5380 mm2; Wy.el=389x103 mm3; Wz.el=134x103 mm3; fy=355 N/mm2

ok
ou

ok

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A20 ‐ Adotando um critério de cedência pretende verificar‐se a segurança de um perfil HEA200 S355
submetido a N=500kN, My=40 kNm e Mz=15 kNm.

HEA200 S355 - A=5380 mm2; Wy.el=389x103 mm3; Wz.el=134x103 mm3; fy=355 N/mm2

ok
ou

ok

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A21 ‐ Adotando um critério de cedência pretende verificar‐se a segurança de um perfil HEA200 S355
submetido a N=600kN, My=45 kNm e Vz=180 kNm.

HEA200 S355 - A=5380 mm2; Wy.el=389x103 mm3; Iy.el=3692cm4; fy=355 N/mm2

Ponto mais desfavorável

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Plasticidade
CRITÉRIO DE PLASTICIDADE –
Nos critérios de plasticidade considera‐se que a capacidade resistente da secção se atinge apenas quando
toda a secção está plastificada, pelo que os esforços resistentes são no mínimo iguais ou, no caso mais
geral, superiores aos esforços obtidos quando se adota um critério de cedência.
Momento fletor função de transverso
Plastificação completa: a)Por flexão

Processo de formação de uma rótula plástica e momento plástico
• Á medida que a carga transversal aumenta, a cedência inicia‐se nas fibras extremas de
uma dada secção critica ao longo do comprimento do elemento e progride
rapidamente na direção das fibras centrais da secção.
• Quando as fibras de um e do outro lado da linha neutra estão plastificadas, dá‐se a
formação da rótula plástica. O momento fletor atinge o seu máximo e irá permanecer
constante para pequenos acréscimos de carga seguintes.
• O colapso plástico de uma estrutura, submetida essencialmente a esforços de flexão,
consiste na transformação da estrutura num mecanismo total ou parcial, devido à
formação de sucessivas rótulas plásticas.
• O momento fletor formado na rótula plástica designa‐se momento plástico.
• As rótulas plásticas formam‐se nos pontos onde o momento fletor é máximo.
• A carga mínima associada à formação de um mecanismo de colapso é denominada por
carga última ou carga de colapso, com base numa análise limite.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Plasticidade
Processo de formação de uma rótula plástica e momento plástico. 
Estado último de resistência com plastificação.

• Tensões de cedência nas fibras extremas da viga.

cedência localizada

• As zonas de cedência espalham‐se até ao eixo 
neutro.
Zonas de cedência

• As zonas de cedência estão espalhadas na secção 
de carregamento. Junção das zonas de cedência, 
formação de rótula plástica

• A rótula plástica causa colapso estrutural.

Colapso

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Plasticidade
Processo de formação de uma rótula plástica e momento plástico

 fy fy fy fy

N.A.

 fy fy fy fy
M=Mel           Mel<M<Mpl M=Mpl
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Plasticidade
Processo de formação de uma rótula plástica e momento plástico
O colapso plástico de uma estrutura consiste na transformação da estrutura num mecanismo parcial ou
total, devido à formação de rótulas. A formação de uma rótula plástica consiste na plastificação das fibras
longitudinais de um elemento à flexão, a partir dos pontos mais afastados do eixo neutro até à plastificação
total da seção. Em geral, o dimensionamento das seções pode ser efetuado com base na sua resistência
plástica, se estas forem suficientemente compactas (classe 1 ou 2).
O momento plástico a calcular assim, corresponde à capacidade máxima de uma seção em flexão uniaxial.

𝑰
𝑴𝒆𝒍 𝒇𝒚 𝒇𝒚 𝑾𝒆𝒍 𝑴𝒑𝒍 𝒇𝒚 𝑾𝒑𝒍 𝑴𝒑𝒍 𝒌 𝑴𝒆𝒍
𝒄

k=1,5           k=1,7                  k=1,27
k=1,12 … 1,15           Mp
k  factor de forma depende só da sec ção recta 
Mc

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Plasticidade
Processo de formação de uma rótula plástica e momento plástico

W = I/(h/2) [m3]
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Plasticidade
Comprimento de uma rótula plástica
A plastificação abrange um certo comprimento do elemento, que se designa por comprimento da rótula 𝚫𝑳
que varia com o comprimento imposto, com as condições de fronteira e com a geometria da seção
transversal (Chen et al, 1996).

𝟏
𝚫𝑳 𝑳 𝟏
𝒌

𝟏
𝚫𝑳 𝑳 𝟏
𝒌

𝑳 𝟏
𝚫𝑳 𝟏
𝟐 𝒌

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Plasticidade
CRITÉRIO DE PLASTICIDADE –
Nos critérios de plasticidade considera‐se que a capacidade resistente da secção
se atinge apenas quando toda a secção está plastificada, pelo que os esforços
resistentes são no mínimo iguais ou, no caso mais geral, superiores aos esforços
obtidos quando se adota um critério de cedência.

Interação momento fletor e esforço axial
Quando numa seção para além da flexão uniaxial atuam outros esforços (axial, transverso, torsor) o
momento plástico resistente deve ser reduzido, recorrendo fórmulas de interação de esforços (EC3‐1‐1).
Fórmula de interação plástica para uma seção bxh submetida a momento fletor e esforço axial.
Plastificação completa:
a)Por flexão b)Por esforço axial c)Por atuação simultânea

Fórmula de interação:
𝑀 𝑁
1
𝑀 , 𝑁

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A22 ‐ Um componente com secção transversal uniforme (50x120mm2) é submetido ao momento
fletor M=36.8kNm. O componente é feito num material elasto‐plástico com tensão de cedência 240MPa
e módulo de elasticidade 210GPa. Determine o momento elástico e o momento plástico da seção.
EX A23 – Considere três seções retas (b=40 e h=60), (b=h=40) e (b=60 e h=40) de perfis em aço com
tensão de cedência de 240MPa. Determine o momento plástico para cada secção.
EX A24 – Considere um perfil em aço IPE80 com tensão de cedência de 250MPa. Determine o fator de
forma para essa secção.
EX A25 ‐ A viga ABC é submetida a uma carga concentrada vertical e a tensão de cedência do material é
de 260MPa. A secção transversal da viga é retangular com largura b e altura de 1,6b e comprimento de
1m. Dimensione a viga admitindo uma rótula plástica em B.

EX A26 i) e ii) ‐ Calcule a carga de colapso, admitindo vigas com seção retangular (bxh) em aço com
tensão de cedência de 240MPa.
b=40
h=80
a=0,5m
L=0,5m

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A27 – Para uma viga bi‐encastrada com 8m de vão, submetida a carga uniforme de cálculo atuante
WED=112,5kN/m dimensionar um perfil HEA em aço S235, verificando pelo ‘’cálculo plástico’’ e pelo
cálculo elástico. Verifique a economia de aço obtida pelo ‘’cálculo plástico’’ em relação ao cálculo
elástico. Efetue a escolha em função da flecha admissível não ultrapassar L/300.

Deslocamento máximo:

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A27 – Para uma viga bi‐encastrada com 8m de vão, submetida a carga uniforme de cálculo atuante
WED=112,5kN/m dimensionar um perfil HEA em aço S235, verificando pelo ‘’cálculo plástico’’ e pelo
cálculo elástico. Verifique a economia de aço obtida pelo ‘’cálculo plástico’’ em relação ao cálculo
elástico. Efetue a escolha em função da flecha admissível não ultrapassar L/300.

Deslocamento máximo:

112,5kN/m
Wel>=2553,19cm3 HEA450
600kNm
q=140kg/m    Iy=63720cm4
600kNm ymax=0,008967m  (dá)
L/300=0,0267m
450kN 450kN
300 kNm ganho=140‐125/140=11%
Wpl >= 2553,19cm3 HEA400
q=125kg/m    Iy=45070cm4
ymax=0,0127m  (tb dá)
600 600 L/300=0,0267m
x=0     x=1,69      x=4     x=6,31  x=8
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios

Ou:

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação e quantificação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos em flexão composta.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Flexão e transverso em 
elementos restringidos lateralmente
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), no caso de flexão e esforço transverso em vigas, as seções mais
utilizadas são I, H e retangulares ocas, por apresentarem elevada resistência e rigidez à flexão em torno
do eixo y (maior inércia).

Dimensionamento de elementos metálicos


(escolher a seção reta ou verificar a segurança com os dados do problema).
Notas:
1‐para todas classes de seções pode ser utilizada uma verificação elástica tensões (critérios de cedência),
2‐no entanto, o dimensionamento de elementos metálicos, sempre que possível (seções compactas classe
1 ou 2) deve ser baseado na resistência plástica das seções por conduzir a soluções mais económicas.

Vigas restringidas lateralmente: vigas essencialmente submetidas à flexão e sem suscetibilidade de


ocorrência de encurvadura lateral, em que os deslocamentos laterais de zonas comprimidas das seções
estão impedidos por métodos construtivos.

Procedimento:
i)Diagrama de esforços internos VEd e MEd, na seção mais crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada.
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Critérios gerais plasticidade

Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),

CRITÉRIOS:
CEDÊNCIA – capacidade resistente da seção é atingida quando inicia a cedência.
(Segurança é verificada com cálculo tensões equivalente e comparação com tensão cedência,
dimensionamento com base na resistência elástica).

PLASTICIDADE – capacidade resistente da seção atingida quando a seção é plastificada.


Dimensionamento com base na verificação de fórmulas de interação de esforços EC3‐1‐1:

1‐ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA DE SECÇÃO RETA COM PLASTIFICAÇÃO TOTAL (essencialmente por flexão):
‐ QUANDO O MOMENTO FLETOR ATINGE O MÁXIMO (MOMENTO PLÁSTICO) E ORIGINA UMA RÓTULA PLÁSTICA.
𝑀
1,0
𝑀 ,

2‐ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA DE SECÇÃO RETA SUJEITA A FLEXÃO E AXIAL:

𝑀 𝑁
1 Equação de interação axial e fletor, classe 1 e 2
𝑀 , 𝑁

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Cap. a3.pptx Cálculo da resistência das seções
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), define o valor de cálculo da resistência individual para secções
metálicas da ligação:
flexão transverso

𝑀 𝑉
1,0 1,0
𝑀, 𝑉,

𝑊 𝑓 𝐴 𝑓⁄ 3
𝑀 , 𝑀 , 𝑉
𝛾 ,
𝛾
Secções classe 1,2
Av calculado função 
seção (ver EC3‐1‐1)
𝑊 , 𝑓
𝑀 , 𝑀 ,
𝛾
Secções classe 3
Procedimento:
i)Diagrama esforços internos VEd e MEd, seção mais crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada.
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.

𝑋 =valor de cálculo do esforço atuante


𝑋 , =valor de cálculo do esforço X resistente plástico da seção bruta
𝑋 , =valor de cálculo do esforço X resistente último da seção útil na zona de furos
𝑋 , =valor de cálculo do esforço X compressão plástico da seção bruta
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Cap. a2.pptx Classificação das seções
A classificação das seções transversais dos elementos estruturais traduz a forma como a resistência e a
capacidade de rotação de uma seção são influenciadas por fenómenos de encurvadura local.
A classificação de uma seção é efetuada com base na relação entre as dimensões de cada um dos
elementos comprimidos (alma e banzo) nos esforços atuantes (axial e fletor) e na classe do aço. A
classe de uma seção é sempre dada pela maior classe (mais desfavorável) dos elementos comprimidos
que a constituem.
1 ℎ 1𝑁
Alma 𝛼 𝑡 𝑟 1
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), 𝑐 2 2𝑡 𝑓

Alma ou ‘’Aba’’

Banzo
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Cap. a2.pptx Classificação das seções
A classificação das seções 
transversais dos elementos 
estruturais traduz a forma 
como a resistência e a 
capacidade de rotação de 
uma seção são influenciadas 
por fenómenos de 
encurvadura local.
Conforme o EC3‐1‐1, EN 
1993‐1‐1 (2010),

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Classificação das seções
A classificação das seções 
transversais dos elementos 
estruturais traduz a forma 
como a resistência e a 
capacidade de rotação de 
uma seção são influenciadas 
por fenómenos de 
encurvadura local.
Conforme o EC3‐1‐1, EN 
1993‐1‐1 (2010),

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Flexão e transverso em 
elementos restringidos lateralmente
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),

A segurança em relação à flexão segundo duas direções –flexão desviada‐ poderá ser
verificada através da fórmula de interação plástica seções 1 ou 2, ou elástica seções 3 ou 4.

3‐ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA DE SECÇÃO RETA SUJEITA A FLEXÃO DESVIADA:

𝑀 , 𝑀,
seções 1 ou 2: 1,0 Equação de interação flexão desviada, classe 1 ou 2
𝑀 , , 𝑀 , ,

Procedimento:
i)Diagrama esforços internos VEd e MEd, seção mais crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada.
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Flexão e transverso em 
elementos restringidos lateralmente
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),

A segurança em relação à flexão segundo duas direções –flexão desviada‐ poderá ser
verificada através da fórmula de interação plástica seções 1 ou 2, ou elástica seções 3 ou 4.

‐ESTADO LIMITE DE RESISTÊNCIA ELÁSTICA DE SECÇÃO RETA SUJEITA À FLEXÃO:

seções 3 ou 4:

𝑓
𝜎 , Equação de cedência, classe 3 ou 4
𝛾

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Flexão e transverso em 
elementos restringidos lateralmente
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),

A segurança em relação a flexão e transverso pode ser verificada pela fórmula de interação.

4‐ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA DE SECÇÃO RETA SUJEITA A CORTE:

Se transverso

Procedimento:
(6.18) i)Diagrama esforços internos VEd e MEd, seção mais crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada.
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Flexão e transverso em 
elementos restringidos lateralmente

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Flexão e transverso em 
elementos restringidos lateralmente

VEd

z
Av=Área de corte calculada pelo EC3

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Flexão e transverso em 
elementos restringidos lateralmente
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),

A segurança em relação a flexão e transverso pode ser verificada pela fórmula de interação.

5‐ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA DE SECÇÃO RETA SUJEITA A CORTE E FLEXÃO:

Equação de interação corte e flexão

Momento plástico
Se  VED < 50% x Vpl,Rd =0

Procedimento:
i)Diagrama esforços internos VEd e MEd, seção crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada. Quando VED >= 50% x Vpl,Rd
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A28 – Verifique a segurança de uma viga com 1.4[m] de comprimento, simplesmente
apoiada, lateralmente restringida, para suportar uma carga concentrada, a meio vão, de
valor igual a 1050[kN] (já majorada!). A disposição do elemento e carregamento dá origem a
um esforço transverso máximo VEd=525[kN] e um esforço flexão máximo MEd=367,5[kNm].

A secção reta do perfil 406x74 UB, material S275, deverá ser verificada para esta aplicação.

Z f y  275 MPa 

tf
Fsd= 1050 [kN] E  210 GPa 
h=412.8 [mm]
b=179.5 [mm]
Y tw=9.5 [mm]
tf=16.0 [mm]

h
d
L=1.4 [m] r tw r=10.2 [mm]
A=9450 [mm2]
b Wpl,y=1501 [cm3]

Procedimento:
i)Diagrama esforços internos VEd e MEd, seção crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada.
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A29 – A viga representada é restringida lateralmente ao longo do seu comprimento. Para
o carregamento pontual imposto dimensione a viga utilizando um perfil HEA e em
alternativa um IPE em aço S235 (E=210GPa) segundo o EC3, 1‐1.
Verifique o estado limite de deformação considerando máx<<L/300, admitindo que a carga
de 70kN foi majorada para o estado limite último com um coeficiente de segurança 1,50.
As ligações da viga aos pilares podem ser consideradas como rotuladas (simples apoios).

Procedimento:
i)Diagrama esforços internos VEd e MEd, seção crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada.
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A29 – Esforços internos e Wmáx.

Tabela vigas:

Wmáx (x=0,5L) =

A carga P deve ser não majorada, 
neste caso (70kN/1,5).

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A29 – Esforços internos e Wmáx.

Tabela vigas:

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A29 – Esforços internos e Wmáx.

Tabela vigas:

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A30 – Dimensione a viga em consola utilizando uma seção retangular oca em aço S275.
A viga é submetida a duas cargas concentradas (já majoradas) uma de 20kN e outra de 6kN
aplicadas na extremidade livre.
Nota: o esforço transverso resistente da seção é muito superior ao esforço transverso atuante na seção,
sendo que é desprezado esse efeito.
a) Efetue o dimensionamento com base na verificação da resistência plástica utilizando o
critério de interação para flexão desviada.

http://www.staticstools.eu/en/profile‐rhs/RHS+250x150x6.3/mm/show

Procedimento:
i)Diagrama esforços internos VEd e MEd, seção crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada.
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A30 – http://www.staticstools.eu/en/profile‐rhs/RHS+250x150x6.3/mm/show

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Estruturas Metálicas. Plasticidade. Metodologia computacional
Comprimento de uma rótula plástica
A plastificação abrange um certo comprimento do elemento, que se designa por comprimento da rótula 𝚫𝑳
que varia com o comprimento imposto, com as condições de fronteira e com a geometria da seção
transversal (Chen et al, 1996).

𝟏
𝚫𝑳 𝑳 𝟏
𝒌
L=4    k=1,5      b=12,5     h=200

𝟏
𝚫𝑳 𝑳 𝟏
𝒌

𝑳 𝟏
𝚫𝑳 𝟏
𝟐 𝒌

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Estruturas Metálicas. Plasticidade. Metodologia computacional
ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA COM PLASTIFICAÇÃO
Uma viga de secção retangular (bxh) encontra‐se encastrada na extremidade esquerda e simplesmente
apoiada na outra extremidade, submetida a um carregamento incremental concentrado P, a meio vão.

‐Calcular o máximo valor de carga suportada pela viga analiticamente?


Verificar a carga limite teórica Py (cedência elástica) na seção mais critica.
Verifique o estado limite (colapso) que possibilita a formação de rótulas plásticas para uma carga Ppl,y (carga plástica).

‐Calcular o máximo valor de carga suportada pela viga computacionalmente?

DADOS:
L=4m, b=12,5mm, h=100mm, fy=235MPa P

M A  3PL / 16 MB MC
• Da teoria da elasticidade linear.
– Estrutura hiperestática: M B  5PL / 32 Diagrama de momentos fletores

MC  0 MA

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Estruturas Metálicas. Plasticidade. Metodologia computacional
• Incrementando a carga P até formar a primeira cedência do material secção A (mais Critica). MA  3PL/16
MB  5PL/ 32
M A  M y ,el

c
stress MC  0
(momento elástico)

c
c
b
0<<y
2  2 
M y ,el  f y .Wel , y  f y  bc 2  M A  235 10 .  0,0125  0,12   3PL / 16  Py ,el  26111 N 
6

3  3 
• Incrementando o valor da carga P até que se forme primeira rótula plástica em A (mais Critica).
• .
M A  M pl , y M pl , y  f y .W pl , y  1,5 M y ,el
2 
M A  1,5  235  10 6.  0,0125  0,12   3 PL / 16  Ppl , y  39166 N 
(momento plástico) 3 

>>y >y

B
c

C
c

A
 = y y  = y

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Estruturas Metálicas. Plasticidade. Metodologia computacional
MA  3PL/16
MB  5PL/ 32
MC  0

• Incrementando o valor da carga P até que se forme a segunda rótula plástica em B.


Colapso estrutural
M B  M pl , y M pl , y  f y .W pl , y  1,5 M y ,el
2 
M B  1,5  235  10 6.  0,0125  0,12   5 PL / 32  Ppl , y  47000 N 
(momento plástico) 3 

>>y

B
A C
 = y

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
‘’Tutorial do ANSYS viga 3D, elemento sólido 20 nós Brick 8node186, em regime de carga incremental, material elastoplástico ’’
Pre‐Processor Ansys Main Menu>Preferences> pick Structural >ok
Element Type> Add/Edit/Delete> Add> Solid> Brick 20node186 > Ok  > close

Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Linear>Elastic>Isotropic>Ex=210E9; Prxy=0.3 >ok> 
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Nonlinear>Inelastic>Rate Independent>Isotropic Hardening>Mises 
Plasticity>Bilinear> (Introduce Yield Stss= 235E6  and Tang Mod=1) > ok> Exit

Pre‐processor>Modelling > Create > Areas > Rectangle > By two corners > (WpX=‐0.0125/2  WpY=‐0.1  Width=0.0125  Height=0.2)


Pre‐processor>Modelling>Operate>Extrude>Areas >By XYZ Offset > Pick all >  DX, DY, DZ 0   0   4   > Ok         (ISO view)

Pre‐processor>Meshing>Size Cntrls>Manual Size> Lines> Picked Lines > Apply > NDIV= 2  (nas 4 linhas da base)  >ok 


Pre‐processor>Meshing>Size Cntrls>Manual Size> Lines> Picked Lines > Apply > NDIV= 8  (nas 4 linhas da altura) >ok 
Pre‐processor>Meshing>Size Cntrls>Manual Size> Lines> Picked Lines > Apply > NDIV= 20 (nas 4 linhas do comprimento) >ok 
Preprocessor>Meshing>Mesh>Volumes>Volume Sweep> Sweep> Pick All

Pre‐processor>Define Loads>Apply>Structural>Displacement> on Areas (on left)>(pick left)>All DOF>Ok


Pre‐processor>Define Loads>Apply>Structural>Displacement> on Nodes (pick all in the midle)> UY > Ok

window)> parameters>array parameters>add> Par=carga> pick Table>ok > Edit>  (0   0      60000  ‐60000) > File> Apply Quit> Close


Pre‐processor>Define Loads>Apply>Structural>Force/Moment>On Nodes (midle) > Fy > Apply as (Existing Table) > Ok >Ok

Solution SOLUTION > Analysis Type >New Analysis>Transient >Ok >Ok


SOLUTION > Sol’n Controls> Time control=60000 Automatic time stepping=off > Time increment, Time step size=200> 
Frequency : Write every substep>  Nonlinear Maximum number of iterations=3  > Advanced NL> Terminate but do not exit >Ok
SOLUTION > SOLVE > CURRENT LS > OK > CLOSE (if warning ok)

Pos‐Processor Ansys Main Menu>General Postprocessing>Plot Results>Contour Plot>Nodal Solution>Stress>SZZ


Ansys Main Menu>General Postprocessing> Plot Results>Contour Plot>Nodal Solution>Stress> vonMises stress
Window>PlotCtrls>Animate>Over Time> Stress > Szz

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas

Unidade Curricular: Construções Metálicas ‐ CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019


Horas‐Semana (T: 2; TP: 2), ECTS (6) 

Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação e quantificação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos em flexão composta.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Dimensionamento de Elementos à Compressão. 
A instabilidade elástica numa estrutura verifica‐se quando as solicitações provocam
deformações ou deslocamentos elevados que causam um modo de ruída no domínio elástico do
material.

Uma das formas mais correntes de instabilidade elástica é a encurvadura ou o varejamento,


fenómeno que se verifica em peças muito altas ou esbeltas e com momento de inércia
reduzidos submetidos a compressão simples.

Estes elementos esbeltos podem encurvar para cargas muito inferiores às que produzem a
rutura em peças de menor esbelteza com a mesma secção reta e do mesmo material.

A encurvadura é um fenómeno de instabilidade que se caracteriza pela ocorrência de grandes


deformações transversais em elementos sujeitos a esforços de compressão. Em estruturas
metálicas, este e outro fenómenos, assumem importância devido à elevada resistência do aço, e
por isso os elementos apresentam esbelteza elevada.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Dimensionamento de Elementos à Compressão.
Na análise da estabilidade linear elástica estrutural o principal objetivo é a obtenção da carga
crítica (caso de elementos à compressão) ou do momento crítico (para viga‐coluna).

A determinação desses valores é muito importante para a garantia de que a instabilidade no


elemento não ocorra.

Para a resolução deste tipo de problema há métodos de cálculo analítico e numérico.

Para a resolução de problemas de instabilidade em colunas elásticas


podem ser utilizadas formulações diferenciais baseadas nas condições de
encurvadura para pequenas deformações.

Colapso:    Plástico Plástico
/Elástico                  Elástico

Colunas:   curtas        intermédias                   longas                            ,  esbelteza

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Dimensionamento de Elementos à Compressão.
Considere‐se uma coluna bi‐articulada sujeita a uma carga P perfeitamente centrada.

Modos de ruína:
‐ quando a carga Ppl atinge um valor tal que o elemento ultrapasse a sua resistência (quando
atinge a tensão de rotura ou cedência do material) (CARGA PLÁSTICA). O colapso dá‐se por
encurvadura com plastificação do material.
‐ quando o valor da carga Pcr se encontra acima do qual a coluna se torna instável. Se esse valor
da carga P for ultrapassado, à mínima perturbação na coluna, haverá uma repentina deformação
lateral, que se dá o nome de “varejamento” ou “encurvadura” (CARGA CRÍTICA de EULER). O
colapso dá‐se por perda de rigidez, com a coluna em regime elástico.
A carga crítica de EULER, para colunas muito esbeltas, pode ser inferior à carga que provoca a
cedência do material.

Colapso:    Plástico Plástico
/Elástico                  Elástico

Colunas:   curtas        intermédias                   longas                            ,  esbelteza

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Dimensionamento de Elementos à Compressão.
O estudo da encurvadura de colunas tem sido
amplamente estudado, teórica e experimentalmente.
Zona(1)‐colunas em que a rotura se dá por
plastificação da secção, com encurvadura desprezável
devido a uma baixa esbelteza (colunas curtas).

Zona(3)‐colunas onde a rotura ocorre essencialmente


por encurvadura lateral, atingem o colapso no regime
elástico (colunas muito esbeltas).

Zona(2)‐colunas intermédias, onde a rotura se dá no


regime elasto‐plástico, com ocorrência simultânea dos
dois fenómenos, plastificação e encurvadura.
Na zona (2) os resultados experimentais afastam‐se mais dos teóricos, é a zona onde os efeitos das imperfeições das colunas se sentem mais. As
imperfeições das colunas são essencialmente geométricas (falta de linearidade e verticalidade, excentricidade de cargas) ou imperfeições do
material (comportamento não linear, tensões residuais).

Colapso:    Plástico Plástico
/Elástico                  Elástico

Colunas:   curtas        intermédias                   longas                            ,  esbelteza

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Elementos à Compressão. Encurvadura por flexão em regime linear elástico
Considere‐se a coluna bi‐articulada, isenta de imperfeições e condições ideais.

CARGA CRÍTICA de EULER Pcr ?

A carga crítica Pcr da coluna determina‐se utilizando a equação diferencial da linha elástica de
vigas. 𝑑 𝑧 𝑀
𝑑𝑥 𝐸𝐼

Considerando o diagrama de corpo livre da Figura, por equilíbrio de momentos, tem‐se M=P z,
onde a equação pode ser escrita na forma:
𝑑 𝑧 𝑃. 𝑧
0
𝑑𝑥 𝐸𝐼
Le=L

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Elementos à Compressão. Encurvadura por flexão em regime linear elástico
𝑑 𝑧 𝑀 𝑑 𝑧 𝑃. 𝑧
𝑑𝑥 𝐸𝐼 0
𝑑𝑥 𝐸𝐼
Esta equação é linear homogénea e 2ª ordem com coeficientes constantes e solução geral:
𝑃
𝑧 𝐴 𝑠𝑒𝑛 𝑘𝑥 𝐵 cos 𝑘𝑥 𝑘
𝐸𝐼
As constantes A e B determinam‐se pelas condições fronteira: z(x=0)=0 ⇒ B=0
z(x=L)=0 ⇒ A senkL=0 ⟺ A=0 ˅ senkL=0

Para A=0 corresponde à configuração indeformada da coluna (posição original, z=0) em equilíbrio.
Para senkL=0, corresponde à posição indeformada, permite determinar a carga crítica de Euler, a partir da
qual a coluna se torna instável. senkL=0 ⇒kL=nπ (n=1, 2, 3, …), pelo que para n=1 valor mais critico:
𝑃
𝑘 𝐿 𝑛 𝜋 ⟺ 𝐿 𝑛 𝜋
𝐸𝐼

⟺ 𝑃
Le=L

L=comprimento real
Le=comprimento de encurvadura
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Elementos à Compressão. Encurvadura por flexão em regime linear elástico
Para se determinar a tensão correspondente à carga crítica, a tensão crítica 𝝈𝒄𝒓 , considera‐se a secção
transversal da coluna constante A:

𝜋 𝐸𝐼 𝑃 𝜋 𝐸𝐼 𝜋 𝐸𝑖 𝐸𝜋
𝑃 𝜎
𝐿 𝐴 𝐴𝐿 𝐿 𝜆

𝐼
onde i é o raio de giração da secção, (m) dado por: 𝑖
𝐴
e λ representa a chamada esbelteza da coluna, adimensional.
𝐿
𝜆
𝐿 𝑖
Assim, por definição, chama‐se esbelteza de uma coluna à quantidade: 𝜆
𝑖 𝐿
𝜆
Pode afirmar‐se que a coluna pode fletir em ambos os planos principais e a 𝑖
carga crítica (1ºvalor) corresponde sempre à direção onde a esbelteza é maior:

𝜋 𝐸𝐴 𝜋 𝐸
𝑁 𝑃 𝜎
𝜆 𝜆

L=comprimento real
Le=comprimento de encurvadura
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Elementos à Compressão. Encurvadura por flexão em regime linear elástico
A Figura mostra comprimentos de encurvadura de colunas típicas, com condições de apoio ideais (ou
perfeitamente encastradas ou perfeitamente livres).
O comprimento de encurvadura é função do comprimento da coluna e das condições de apoio.
Mesmo que as condições de apoio sejam idênticas em ambos os planos de flexão e, consequentemente, o
comprimento de encurvadura seja idêntico em ambas as direções, têm que se considerar duas cargas críticas
distintas, uma para cada plano principal de flexão.
A carga crítica é a menor das duas obtidas nesses planos.
𝜋 𝐸𝐼
𝑁 𝑃
𝐿
a) Uma extremidade encastrada e outra livre
b)Bi‐articulada
c) Uma extremidade encastrada e outra articulada

d) Bi‐encastrada

Le=0.7L
Le=2L Le=L Le=0.5L
𝜋 𝐸𝐼
Estrutura  Coef. (teórico) 𝑃
Livre/encastrada 2.00 𝐿
Bi‐articulada 1.00
Encastrada/articulada 0.70
Bi‐encastrada 0.50
L=comprimento real
Le=comprimento de encurvadura
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Elementos à Compressão. Estado limite último de encurvadura por varejamento
Carga resistente 𝑵𝑹 , 𝐞 𝐞𝐬𝐛𝐞𝐥𝐭𝐞𝐳𝐚 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐟𝐞𝐫ê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝝀𝟏 :
A força máxima a aplicar numa coluna de área A não pode exceder:
‐ a carga que provoca a cedência do material (ou plastifica a secção), dada por: 𝑵𝒑𝒍 𝒇𝒚 𝑨

‐ nem a carga crítica: 𝝅𝟐 𝑬𝑨


𝑵𝒄𝒓
𝝀𝟐

A carga de rotura ou carga resistente, 𝑵𝑹 , é obtida pelo menor dos dois valores (entre a carga
que provoca a cedência do material ou a carga crítica de Euler).

O gráfico mostra a carga resistente 𝑵𝑹 em função da esbelteza da coluna, λ.

A esbelteza 𝝀𝟏 , designada esbelteza de referência, obtém‐se igualando 𝑁 a 𝑁 :


𝜋 𝐸𝐴 𝐸
𝑓 𝐴 ⇔ 𝜆 𝑓 𝜋 𝐸 ⇔ 𝜆 𝜋
𝜆 𝑓

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Dimensionamento de Elementos à Compressão. REAPE
Estado limite último de encurvadura por varejamento (REAPE)
Determinação do coeficiente de encurvadura, que é função da esbelteza e do material.

COEFICIENTE DE
• Artigo 42 do regulamento REAE, verificação TIPO DE AÇO 
COEFICIENTE DE ESBELTEZA
ENCURVADURA 
da segurança:
 Sd   Rd   20  1
S235 20    105   1.1328  0.00664
  105   4802 2
• Tensão solicitante de cálculo:   20  1
S275 20    96   1.1460  0.00730
N
 Sd  Sd   105   4103 2
A   20  1
S355 20    85   1.1723  0.00862
• O valor da tensão resistente de cálculo é por   85   3179 2
exemplo no aço S235 igual a 235[MPa].

• O coeficiente de encurvadura será função da


esbelteza do pilar e do perfil selecionado.
• Determinação da esbelteza:
Le
  
iz

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Dimensionamento de Elementos à Compressão. Segurança no projeto EC3
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
RESISTÊNCIA dos Elementos à Encurvadura
‐elementos uniformes comprimidos
Um elemento comprimido deverá ser verificado em relação à encurvadura através de:

𝑁 𝑁 ,

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Dimensionamento de Elementos à Compressão. Segurança no projeto EC3
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
RESISTÊNCIA dos Elementos à Encurvadura

𝐿
𝜆 𝐿
𝑖 𝜆
𝑖
𝜋 𝐸𝐴 𝐿
𝑁 𝜆
𝜆 𝐼 𝑖
𝑖
𝐴

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Dimensionamento de Elementos à Compressão. Segurança no projeto EC3
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
RESISTÊNCIA dos Elementos à Encurvadura

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Dimensionamento de Elementos à Compressão. Segurança no projeto EC3
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
RESISTÊNCIA dos Elementos à Encurvadura

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Elementos à Compressão. Exercícios
EX A31 – Verifique a segurança da coluna do edifício representado. A
carga axial de compressão atuante já majorada na coluna com 4.335m é
de Ned=3326kN. Considere que o perfil tem uma seção reta HEB340 em
aço S355. Le=L

16
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Elementos à Compressão. Exercícios
EX A31 – Verifique a segurança da coluna do edifício representado. A
carga axial de compressão atuante já majorada na coluna com 4.335m é
de Ned=3326kN. Considere que o perfil tem uma seção reta HEB340 em
aço S355. Le=L

Passos de RESOLUÇÃO:
Verificação da segurança de acordo com EC3‐1‐1: 𝑵𝑬𝒅 𝑵𝒃,𝑹𝒅

1) É classe 1 conforme a tabela, caso contrário determinar.

2) Determinar esbeltezas, Valor de cálculo de resistência de encurvadura o min:

3) Curvas de encurvadura

4) No final calcular 𝑵𝒃,𝑹𝒅 4186,2kN


e verificar se cumpre com segurança a resistência à encurvadura conforme EC3‐1‐1.

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Elementos à Compressão. Exercícios
EX A32 – Dimensione o pilar BD da estrutura
metálica utilizando um perfil HEB em aço S355.
O pilar é encastrado na base e articulado na
seção B. A seção B está impedida de sofrer
deslocamentos horizontais no plano da 8.0m
estrutura e no plano perpendicular. O
carregamento indicado já é majorado.

Passos de RESOLUÇÃO: Verificação da segurança de acordo com EC3‐1‐1: 𝑵𝑬𝒅 𝑵𝒃,𝑹𝒅


1) Efetuar pré‐dimensionamento com base resistência plástica, admitir classe, material e adotar perfil.

2) Determinar esbeltezas, Valor de cálculo de resistência de encurvadura o min:

3) Curvas de encurvadura

4) No final calcular 𝑵𝒃,𝑹𝒅 1618,1kN


e verificar se cumpre com segurança a resistência à encurvadura conforme EC3‐1‐1 atendendo ao
cálculo efetuado de 𝑵𝑬𝒅 .
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Elementos à Compressão. Exercícios
EX A32 – Dimensione o pilar BD da estrutura
metálica utilizando um perfil HEB em aço S355.
Após 1º passo foi escolhido o perfil HEB240:

8.0m

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Elementos à Compressão. Exercícios
EX A33 – Escolha o perfil da gama HEA a utilizar para
verificar a segurança do elemento representado, submetido
a um esforço de 600[kN]. Admita que o material é aço S235.
Utilize o regulamento.

Passos de RESOLUÇÃO: Verificação da segurança de acordo com EC3‐1‐1:


𝑵𝑬𝒅 𝑵𝒃,𝑹𝒅
1) Efetuar pré‐dimensionamento com base resistência plástica, admitir
classe, material e adotar perfil.

2) Determinar esbeltezas, Valor de cálculo resistência de encurvadura o


min:

3) Curvas de encurvadura

4) No final calcular 𝑵𝒃,𝑹𝒅 e verificar se cumpre com segurança a resistência


à encurvadura conforme EC3‐1‐1 atendendo ao valor de 𝑵𝑬𝒅 .

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Elementos à Compressão. Exercícios
EX A34 – Instabilidade de um pilar
encastrado de secção composta.
Determine o valor da carga máxima
admissível a aplicar numa coluna em
material S235 de 8[m] de altura, encastrada
na base, sendo a sua secção composta
conforme a figura.

Determinação das características geométricas da secção reta. 
2
  6 4
 
Perfil UNP 200: A  3220 mm I y  19.110 mm I z  1.4810 mm
6 4
  ys  20.1mm

Chapa de aço: 
A  2800 mm2  
I yG  23333.3 mm4  
I zG  18.3  106 mm4 
Secção composta:

A  12040 mm2  
I y  99.98 106 mm4  
I z  69.40 106 mm4  i y  91.12 mm iz  75.92 mm

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 21
Elementos à compressão. Metodologia computacional
Carga Crítica de Euler superior

Num pilar em alumínio (E=71GPa e =0.29) é colocada uma carga à


compressão.
A seção reta do pilar é quadrada (0.0245x0.0245)m2, I=3x10‐8m4, sendo o
comprimento da coluna L=2.5m.
Determine a carga crítica de encurvadura de Euler e compare com uma
solução computacional utilizando um elemento de viga, para cada uma
das situações de apoios da tabela.

𝜋 𝐸𝐼
𝑁 𝑃
𝐿

SOLUÇÃO base

DOF apoio  DOF apoio 


Apoios Le=k L Ncr (eq) Carga local Ncr (ANSYS)
base ANSYS superior ANSYS

Livre/encastrada K=2 840,89 N Apoio livre superior ALL Dof Livre 841,54

Bi‐articulada K=1 3363,5616 N Apoio articulado superior Ux=Uy=Uz=0 Ux=Uz=0 3365,6

Encastrada/articulada K=0.7 6864,411 N Apoio articulado superior ALL Dof Ux=Uz=0 6883,8

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
TUTORIAL ANSYS PARA ‘’ANÁLISE DE ESTABILIDADE LINEAR ELÁSTICA’’: MATERIAL COM COMPORTAMENTO LINEAR ELÁSTICO (E e POISSON), SOLUÇÃO LINEAR 
ESTÁTICA (ativar prestress effects), GEOMETRIA SEM IMPERFEIÇÕES.
OBJETIVOS: DETERMINAR CARGA CRITICA (Ncr ANSYS)>>Ncr=LAMBDA crit X Fref >> Fref=CARGA; DETERMINAR MODO INSTABILIDADE (LAMBDA crit = time)

Preferences>structural>ok
Preprocessor>Element Type (Beam 189 3nodes)>close
Preprocessor>Material Props>Material Models>structural>linear> elastic> isotropic> (Ex=?  e PRXY=?  )>ok
Preprocessor>Sections>Beam>Common Sections > B= ?   H= ?   > ok
Preprocessor>Modeling>Create>Keypoints>In Active CS
Preprocessor>Modeling>Create>Lines>Lines>Straight Line> (Pick point to point)
Preprocessor>Meshing>Size Cntrls>Manual Size>Lines>Picked Lines> NDIV= ?
Preprocessor>Meshing>Mesh>Lines>Free>Pick All

Preprocessor>Define Loads>Apply> Structural> Force/Moment> On Nodes> FY=‐1
Preprocessor>Define Loads>Apply> Structural>Displacement>On nodes> (caso, ver tab.)

Solution>Analysis Type>New Analysis>Statics >ok


Solution>Analysis Type>Sol’n Controls > ATIVAR box ‘’calculate prestress effects’’ > ok   
Solution>Solve>Current LS > OK (fechar janelas no final da corrida)

General Postproc (só abrir e fechar janela)
Solution>Analysis Type>New Analysis > Eigen Buckling > ok
Solution>Analysis Options > NMODE=5> ok
Solution>Solve>Current LS

(1ºobj ‐DETERMINAÇÃO DA CARGA CRITICA)
General Postproc >Read Results> By pick
‐No set=1 (primeiro modo) retirar o valor de Time=?? N = valor Ncr Ansys (EULER)

(2ºobj ‐DETERMINAÇÃO MODO INSTABILIDADE (DEFORMADA, NO 1º MODO CRITICO)
General Postproc >Plot Results> Deformed Shape (no modo critico)

ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Tabela 1 - Reacções numa viga bi-encastrada (determinação do vector solicitação)
He Hd

Me Md He Ve Me Hd Vd Md
Ve Vd
p
p⋅L p ⋅ L2 p⋅L p ⋅ L2
0 0 −
2 12 2 12

p1 p2
21 ⋅ p1 + 9 ⋅ p 2 3 ⋅ p1 + 2 ⋅ p 2 2 9 ⋅ p1 + 21 ⋅ p 2 2 ⋅ p1 + 3 ⋅ p 2 2
0 ⋅L ⋅L 0 ⋅L − ⋅L
60 60 60 60

P
P P⋅L P P⋅L
0 0 −
L/2 L/2
2 8 2 8

P
P ⋅ b2 P ⋅ a ⋅ b2 P⋅a2 P⋅b⋅a2
0 ⋅ (L + 2 ⋅ a ) 0 ⋅ (L + 2 ⋅ b ) −
a b L3 L2 L3 L2

P
P⋅b P⋅a
− 0 0 − 0 0
a b L L

p
p⋅L p⋅L
− 0 0 − 0 0
2 2

to
EA ⋅ α ⋅ t 0 0 0 - EA ⋅ α ⋅ t 0 0 0

ts = - t/2 EI ⋅ α ⋅ ∆ t EI ⋅ α ⋅ ∆ t
ti= + t/2 0 0 0 0 −
h h
Tabela 2 - Reacções numa viga bi-encastrada (determinação da matriz de rigidez)

He Hd

Me Md He Ve Me Hd Vd Md
Ve Vd

EA EA
− ⋅δ 0 0 ⋅δ 0 0
d L L

12 ⋅ EI 6 ⋅ EI 12 ⋅ EI 6 ⋅ EI
d 0 − ⋅δ − ⋅δ 0 ⋅δ − ⋅δ
L3 L2 L3 L2

f 6 ⋅ EI 4 ⋅ EI 6 ⋅ EI 2 ⋅ EI
0 ⋅ϕ ⋅ϕ 0 − ⋅ϕ ⋅ϕ
L2 L L2 L

EA EA
− ⋅δ 0 0 ⋅δ 0 0
d L L

12 ⋅ EI 6 ⋅ EI 12 ⋅ EI 6 ⋅ EI
d 0 ⋅δ ⋅δ 0 − ⋅δ ⋅δ
L3 L2 L3 L2

f 6 ⋅ EI 2 ⋅ EI 6 ⋅ EI 4 ⋅ EI
0 − ⋅ϕ − ⋅ϕ 0 ⋅ϕ − ⋅ϕ
L2 L L2 L

FEUP
TABELA 3.1a
DESLOCAMENTOS ELÁSTICOS EM VIGAS
VINCULAÇÃO E FLECHA
CASO EQUAÇÃO DA ELÁSTICA
CARREGAMENTO wmax x
p
1
1 p 4 0
p 4

 4  4  3 
x  8 EI 24EI
p
2
1 p 4
0
p 4

 5  5  4 
 30 EI 120EI
p
3
11 p 4
120 EI
0
p 4
120EI

  5  5 4  15  11 

P
4
1 P 3
0 
P 3 3
  3  2 
 3 EI 6EI
M 1 M 2 M 2
5 0 1   2
 2 EI 2EI
p
6

5 p 4
384 EI
0,5 p 4  3
24EI

  2 2  1 
x
p
p 4 
 
(*)
3 p 4
7 0,519 3 4  10 2  7
 460 EI 360EI
p
 
(**)
1 p 4 0,5 p 4 
8 16 4  40 2  25
 120 EI 960EI
P
 
(**)
1 P 3 0,5 P 3 
9
   4 2  3
48 EI 48EI
2 2

(a  b)
xa:
Pbx 2
6EI

  b2  x 2 
P
3  2  b2  Pa 2 b 2
10 Pb   2  b 2    x a:
a b    3 
  3EI
x 3EI  3 

x a:
Pa (  x )
6EI

2x  a 2  x 2 
 
M 1 M 2 M 2  2
11 0,423   3  2
 9 3 EI 6EI

M
(a  0,423)
3
 2 
  b2 
xa:
Mx 2
6EI

  3b 2  x 2 
12 M 2   3 
a b
3EI
  b2 
 3



 
x a:
M (  x ) 2
6EI

x  3a 2  2x 
Extraída de ISNARD; GREKOW; MROZOWICZ (1971) e de SCHIEL (1976).
Revista e adaptada por Libânio M. Pinheiro, Bruna Catoia e Thiago Catoia.
  x/ (*) Valor aproximado (**)   0,5
TABELA 3.1b
DESLOCAMENTOS ELÁSTICOS EM VIGAS
VINCULAÇÃO E FLECHA
CASO EQUAÇÃO DA ELÁSTICA
CARREGAMENTO wmax x
M M
M 2 M 2 
13

0,5 1   
8EI 2EI
x
p
 
(*)
3 p 4 p 4
14 0,422 2 4  3 3  
x
 554 EI 48EI
p
 
(*)
3 p 4 p 4
15 0,447  5  2 3  
 1258 EI 120EI
p
 
(*)
1 p 4 p 4
16 0,402  2 5  10 4  11 3  3
 328 EI 240EI

 
M M 2 1 M 2 3
17    2 2  
 27 EI 3 4EI
p
18

1 p 4
384 EI
0,5 p 4
24EI

 4  2 3   2 
x
p
 
(*)
1 p 4 p 4
19 0,525  5  3 3  2 2
 764 EI 120EI
p
 
(**)
7 p 4 0,5 p 4
20 16 5  40 3  25 2
 3840 EI 960EI
P
 
(**)
1 P 3 0,5 P 3
21
   4 3  3 2
192 EI 48EI
2 2
x  0:
p pa
24EI

6a 2   3a 3   3  a px

x 3  4ax 2  6a 2 x   3  6a 2  
24EI
22
0 x :
 
a  a p 2
5 2  24a 2 0,5
 
x 384EI px
x 3  2x 2  6a 2 x  6a 2    3
24EI

P P
Pa 2
6EI
2a  3  a x  0:
Px 2
6EI

x  3ax  3a 
23
a  a
x x   
Pa 2 0,5 Pa
x  0 x :
8EI 2EI
Extraída de ISNARD; GREKOW; MROZOWICZ (1971) e de SCHIEL (1976).
Revista e adaptada por Libânio M. Pinheiro, Bruna Catoia e Thiago Catoia.
  x/ (*) Valor aproximado (**)   0,5
TABELA 3.1c
DESLOCAMENTOS ELÁSTICOS EM VIGAS
VINCULAÇÃO E FLECHA
CASO
CARREGAMENTO wmax x
 
p p
24 a b 3 4  4b 3   b 4 0
x 24 EI
 
p pa
25 20 3  10a 2  a 3 0
a b 120EI
c/2 c/2
pc  ab  c 2  c 3
(*)

  2a  2a   
p 2
26 a
6EI    4  64
a b

 
P P
Pa
27 a b a
3 2  4a 2 0,5
x
24EI
P P
23 P 3 0,5
28
   648 EI
3 3 3
P P P
19 P 3 0,5
29
    384 EI
4 4 4 4
P P P P
63 P 3 0,5
30
     1000 EI
5 5 5 5 5
P
5 P 3 0,447
31  
2 2 240 EI
P P
1 Pa 2 b 0,5
32 a b a
x 24 EI
p
33 a 
pa
24EI

3a 3  4a 2    3  a
x

 
p
p
20a 4  15a 2  2  7a 3  12 a
360EIa   
34 a 
x
P
Pa 2
35 a  a    a
x 3EI

 
p pa
36 6a 3  6a 2    3 a
a  48EI
P
Pa 2
37
a 
4a  3 a
6EI
M
38
Ma
  2a  a
a  4EI
x
Extraída de ISNARD; GREKOW; MROZOWICZ (1971).
Revista e adaptada por Libânio M. Pinheiro, Bruna Catoia e Thiago Catoia.
(*) Não corresponde necessariamente ao deslocamento máximo
TABELA 3.2a
MOMENTOS DE ENGASTAMENTO PERFEITO

CARREGAMENTO   
A B C D E F
MBA MCD MDC MEF
p p 2 p 2 p 2 p 2
1  
8 12 12 8
       
p pc pc pc pc
2 a c a  3 2  c 2 3 2  c 2  3 2  c 2 3 2  c 2
16 24 24 16

   
p
pc 2 pc 2
3 c b  2 2 2  c 2
pc 2
6b 2  4bc  c 2   4bc  c 2
pc 2
  b 2
8 12 2 12 2
8 2

p 7 11 2 5 9
4  p 2 p  p 2 p 2
/2 /2 128 192 192 128

4ac  c   
p pc 2 pc 2
5 a c    a 2 2

pc 2
6a 2
 4ac  c 2  pc 2
2 2  c 2
8 2
12 2 12 2 8 2

p 9 5 11 2 7
6
/2  p 2 p 2  p p 2
/2 128 192 192 128
p
pa 2 pa 2 pa 2 pa 2
7
a a  3  2a  3  2a   3  2a  3  2a 
4 6 6 4
p
pa 2 pa 2 pa 2 pa 2
8
a
p
a
 3  2a  2
  a 2  2   a 2 3  2a 
4 2 2 4
P
Pab
  a  Pab 2 Pa 2 b Pab
  b 
9  
a b 2 2 2 2 2 2
P
3P P P 3P
10  
/2 /2 16 8 8 16
P P
11 
3Pa
  a  Pa
  a  
Pa
  a  3Pa
  a 
a a 2   2
P P P 2 P 2 P P
12  
/3 /3 /3 3 9 9 3
P P P 15P 5P 5P 15P
13  
/4 /4 /4 /4 32 16 16 32

       
P P P P (*)
P 2 P 2 P 2 P 2
14  n 1 n 1  n 1 n 1
a a a a a 8n 12n 12n 8n

 
M
15 
M 2
2
  3a 2
Mb
3b  2  
Ma
2  3a  M
2
3b 2
 2 
a b 2 2 2 2
(*)
     
P P
 
P P
P P P P
16  2n 2  1 2n 2  1  2n 2  1 2n 2  1
a/2 a a a a/2 16n 24n 24n 16n
Extraída de SOUZA; ANTUNES (1983), JIMENES MONTOYA; GARCIA MESEGUER; MORAN CABRE (1973) e
de SCHREYER (1965). Convenção de GRINTER. (*) n   / a
Revista e adaptada por Libânio M. Pinheiro, Bruna Catoia e Thiago Catoia.
TABELA 3.2b
MOMENTOS DE ENGASTAMENTO PERFEITO

CARREGAMENTO   
A B C D E F
MBA MCD MDC MEF
p p 2 p 2 p 2 7p 2
17  
15 30 20 120
p 7p 2 p 2 p 2 p 2
18  
120 20 30 15
p
17 p 2 3 41 2
19  p 2  p 2 p
/2 /2 480 30 160 960
p
41 2 3 p 2 17
20  p p 2  p 2
/2 /2 960 160 30 480
p
53 7 23 2 37
21  p 2 p 2  p p 2
/2 /2 1920 960 960 1920
p
37 23 2 7 53
22  p 2 p  p 2 p 2
/2 /2 1920 960 960 1920
p
5 2 5 2 5 2 5 2
23  p p  p p
/2 /2 64 96 96 64
p p
3 2 p 2 p 2 3 2
24  p  p
/2 /2 64 32 32 64
parábola p 11 2 p 2 p 2 p 2
25  p 
120 20 15 12
parábola p p 2 p 2 p 2 p 2
26  
24 60 30 30
parábola p p 2 p 2 p 2 p 2
27  
10 15 15 10
parábola
p p 7 2 7 7 7 2
28  p p 2  p 2 p
/2 /2 80 120 120 80
3a 6a 6a 3a
29 a  EI  EI  EI  EI
2 2 2 2
 3 2 4
30  EI  EI  EI ---
  
 4 2 3
31 ---  EI  EI  EI
  
t+t 3EI EI EI 3EI
32   t t   t t   t t   t t
t h 2h h h 2h
Extraída de SOUZA; ANTUNES (1983), JIMENES MONTOYA; GARCIA MESEGUER; MORAN CABRE (1973)
e de SCHREYER (1965). Convenção de GRINTER.
Revista e adaptada por Libânio M. Pinheiro, Bruna Catoia e Thiago Catoia.
TABELA 3.2c
MOMENTOS DE ENGASTAMENTO PERFEITO

CARREGAMENTO  
A  B C D E F
p

M BA   2 a 4  (a  c) 4  2c 2 (2a  c)
8

p
M CD 
p
12 2
    
4 ( b  c ) 3  b 3  3 ( b  c ) 4  b 4
33
a c b
M DC  
p
12 2
    
4 ( a  c ) 3  a 3  3 ( a  c ) 4  a 4

p 4

M EF  2 b  (b  c) 4  2c 2 (2b  c)
8

pc   45a  28c 
M BA   (3a  2c) 9( 2  a 2 )  12ac  c 2  4  
108 2
  30a  20c 

p
M CD 
pc
540 2

10(3b  c) 2 (3a  2c)  15c 2 (3b  )  17c 3 
34
a c b
M DC  
pc
540 2

10(3b  c)(3a  2c) 2  15c 2 (3a  )  28c 3 
pc   45b  17c 
M EF  (3b  c) 9( 2  b 2 )  6bc  c 2 1  9 
108 2
  270b  90c 
pc   45a  17c 
M BA   (3a  c) 9( 2  a 2 )  6ac  c 2 1  9 
108 2
  270a  90c 

p
M CD 
pc
540 2

10(3a  c)(3b  2c) 2  15c 2 (3b  )  28c 3 
35
a c b
M DC  
pc
540 2

10(3a  c) 2 (3b  2c)  15c 2 (3a  )  17c 3 
pc   45b  28c 
M EF  (3b  2c) 9( 2  b 2 )  12bc  c 2  4  
108 2
  30b  20c 
p 2 2
M BA   2
c (5  3c 2 )
30
p 2
M CD  2
c (10 2  15c  6c 2 )
p 30
36
c b p 2
M DC   2
c (5c  4c 2 )
20
p
M EF  2
c 2 (40 2  45c  12c 2 )
120
Extraída de SCHREYER (1965). Convenção de GRINTER.
Revista e adaptada por Libânio M. Pinheiro, Bruna Catoia e Thiago Catoia.
TABELA 3.2d
MOMENTOS DE ENGASTAMENTO PERFEITO

CARREGAMENTO  
A  B C D E F

M BA  
120
p
2

c 2 40 2  45c  12c 2 
p
M CD 
p 2
20 2

c 5c  4c 2 
37
a c
M DC  
30
p 2
2

c 10 2  15c  6c 2 
M EF 
p 2 2
30 2

c 5  3c 2 
M BA  
120
p
2

c 2 20 2  15c  3c 2 
p
M CD 
p 2
60 2

c 5c  3c 2 
38
a c
M DC  
p 2
60 2

c 10a  3c 2 
M EF 
p
120 2

c 2 10 2  3c 2 
M BA  
120
p
2

c 2 10 2  3c 2 
p
M CD 
p 2
60 2

c 10b  3c 2 
39
c b
M DC  
p 2
60 2
c 5c  3c 2 
M EF 
p
120 2

20 2  15c  3c 2 
M BA  
p 3
8

  2a 2   a 3 
p M CD 
p 3
12

  2a 2   a 3 
40
a c a M DC  
p 3
12

  2a 2   a 3 
M EF 
p 3
8

  2a 2   a 3 
Extraída de SCHREYER (1965). Convenção de GRINTER.
Revista e adaptada por Libânio M. Pinheiro, Bruna Catoia e Thiago Catoia.

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