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Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Bibliografia:
Apontamentos fornecidos pelo docente, no Moodle.
Simões, R.A.D. (2014), Manual de Dimensionamento de Estruturas Metálicas,
CMM, ISBN: 9789729837661.
Silva, L.S. (2003), Manual de Ligações Metálicas, CMM, ISBN: 9729837643.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programas computacionais úteis: Ansys Academic, MDSolids, Ftool
https://www.ansys.com/academic/free‐student‐products
http://web.mst.edu/~mdsolids/download.htm
http://www.tudoengcivil.com.br/2014/11/baixar‐programa‐ftool.html
Catálogos de perfis, coberturas …
http://www.constructalia.com/portugues_pt#.WpBIomxldhE
https://www.portis.es/producto/puertas‐seccionales‐industriales
https://www.alaco.pt/products/c5‐1000/
http://www.chagas.pt/
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Avaliação:
Época Normal e Recurso Época Especial
CF = M1*0.4 + EP*0.6 CF = 1.0 x EG
CF = EG
CF= Classificação Final
Componente M1 = trabalho aplicado de projeto estrutural e apresentação oral, grupo 2 ou 3 alunos, contendo parte
analítica e computacional, nota mínima de 8 valores:
Distribuição na 7ªsemana;
Alunos entregam na penúltima semana aulas (14ª), em papel e formato pdf (elz@isep.ipp.pt);
Apresentação Oral em ppt.
O trabalho aplicado M1 é a análise e projeto de uma estrutura metálica corrente (determinação de ações, escolha da seção do perfil,
dimensionamento de ligações). E utilização de ferramentas computacionais (Ansys Academic), para a análise estrutural e mecânica.
Em alternativa, prova de exame global EG, com consulta, abrangendo toda a matéria lecionada, classificação final 100%.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Introdução às Construções Metálicas
Pont Britannia atravessa o Estreito de Menai entre a
Iron Bridge em Coalbrooke ilha de Anglesey e País de Gales. Originalmente (1852)
(Inglaterra), 1ªponte em ferro era uma ponte tubular metálica de seções Palm House em Londres é
fundido (1781) com 30m de vão. retangulares e agora, é ponte em arco com 2 níveis. uma greenhouse (1840).
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Introdução às Construções Metálicas
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
EUROCÓDIGOS. Objetivos:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
Europa – Eurocódigos: Normas europeias voluntárias, que nascem em 1975 como uma
iniciativa da Comissão Europeia. Conjunto de regras para eliminar as barreiras técnicas no
domínio do projeto de obras de construção. http://eurocodes.jrc.ec.europa.eu/
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
Europa – Eurocódigos: Normas europeias voluntárias, que nascem em 1975 como uma
iniciativa da Comissão Europeia. Conjunto de regras para eliminar as barreiras técnicas no
domínio do projeto de obras de construção. http://eurocodes.jrc.ec.europa.eu/
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
1975
1958–1993
1993/2009
2007
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
Até 2010 implementação voluntária.
Após 2010 normas a aplicar na União Europeia.
Passagem normas nacionais (anteriores removidas)
2015
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
Avaliação e Validade
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
REGULAMENTO DE ESTRUTURAS DE AÇO PARA EDIFÍCIOS, REAE, DL 235/83.
Objetivo:
estabelece regras a observar no projeto e execução de estruturas de aço para
edifícios e obras análogas, cujos elementos sejam aço laminado a quente.
Estruturas metálicas:
Uma estrutura metálica é constituída por diferentes elementos estruturais
que se encontram ligados entre si pelas mais variadas formas. As ligações
devem garantir a transferência de esforços considerados no projeto estrutural
como um todo, garantir a devida resistência nas ligações ao exterior .
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
EUROCÓDIGOS PUBLICADOS (Atualizado em: 2018‐04‐20, LNEC)
Nota 1: Verificação da informação fornecida pela consulta em: www.ipq.pt e www.cen.eu
Nota 2: As Normas Portuguesas (NP EN) e as Normas Europeias (EN) podem ser adquiridas
no IPQ (www.ipq.pt).
EUROCÓDIGO – BASES PARA O PROJETO DE ESTRUTURAS
EN 1990:2002 Eurocódigo – Bases para o projecto de estruturas NP EN 1990:2009
EUROCÓDIGO 1 – AÇÕES EM ESTRUTURAS
Eurocódigo 1 – Acções em estruturas – Parte 1‐1: Acções gerais
EN 1991‐1‐1:2002 NP EN 1991‐1‐1:2009
– Pesos volúmicos, pesos próprios, sobrecargas em edifícios
Eurocódigo 1 – Acções em estruturas – Parte 1‐3: Acções gerais
EN 1991‐1‐3:2003 NP EN 1991‐1‐3:2009
– Acções da neve
Eurocódigo 1 – Acções em estruturas – Parte 1‐4: Acções gerais
EN 1991‐1‐4:2005 NP EN 1991‐1‐4:2010
– Acções do vento
Eurocódigo 1 – Acções em estruturas – Parte 1‐5: Acções gerais
EN 1991‐1‐5:2003 NP EN 1991‐1‐5:2009
– Acções térmicas
EUROCÓDIGO 3 – PROJETO DE ESTRUTURAS DE AÇO
Eurocódigo 3 – Projecto de estruturas de aço – Parte 1‐1:
EN 1993‐1‐1:2005 NP EN 1993‐1‐1:2010
Regras gerais e regras para edifícios
EN 1993‐1‐8:2005 Eurocódigo 3 – Projecto de estruturas de aço – Parte 1‐8:
NP EN 1993‐1‐8:2010
Projecto de ligações
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
EUROCÓDIGOS. Ações e Efeitos. Abreviaturas
Ação (M) (V) (N) = força ou deslocamento imposto (ação ou carga permanente e ação ou carga variável).
Resistência (R)=capacidade.
fu=tensão de rotura.
fy=tensão de cedência.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Introdução às Construções Metálicas. Caracterização geométrica dos materiais
Elementos construtivos em construção metálica:
Cabo, barra
Viga
Pilar, Coluna
Placa, Casca, Chapa
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Introdução às Construções Metálicas. Caracterização geométrica dos materiais
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), define a geometria
de algumas seções retas metálicas.
Convenção:
Eixo xx = eixo peça (longitudinal ou axial)
Eixo yy = eixo seção paralelo aos banzos
z
Eixo zz = eixo seção, perpendicular aos banzos
x
y
x
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
EUROCÓDIGOS. Ações e Efeitos. Abreviaturas Abreviaturas
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 21
Introdução às Construções Metálicas. Caracterização geométrica dos materiais
Tipo de produtos estruturais:
chapas;
barras;
perfis laminados;
Fios trefilados;
Cabos.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 22
Introdução às Construções Metálicas. Caracterização geométrica dos materiais
Tipo de produtos estruturais:
chapas;
barras;
perfis laminados;
Fios trefilados;
Cabos.
Chapas Fabricação Espessuras Utilização
Grossas A quente >5mm Estruturas metálicas em geral
Chapas: Finas A quente 1,2‐5mm Perfis de chapas dobradas
A frio 0,3‐2,65mm Acessórios de construção (ex. calhas)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 23
Introdução às Construções Metálicas. Caracterização geométrica dos materiais
Tipo de produtos estruturais:
chapas;
barras;
perfis laminados;
Fios trefilados;
Cabos.
Perfis
Chapas, laminados
barras enaperfis
indústria americana:
laminados: fabricados Exemplo: W 200 x 26,6
Perfil de aba larga que
em laminadores – W (wide flange)
sucessivamente dão ao altura aprox. (mm)
Perfil I – S (standard
aço pré‐aquecido beam)desejada;
a seção massa linear (kg/m)
Perfil U – C (channel)
Perfis laminadosobtidos
Fios trefilados: na indústria
a frioeuropeia:
através de uma Exemplo: IPE 80
Perfil
barra dedeabaaço
paralela
por – fieiras
IPE, HEA,comHEB,diâmetros
HEM altura (mm)
decrescentes.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 24
Introdução às Construções Metálicas. Caracterização geométrica dos materiais
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define os valores nominais da tensão de cedência fyb e da
tensão de rotura à tração fub dos parafusos mais utilizados na construção metálica.
Índice b=bolt
Exemplo:
parafuso da classe 6.8 significa que
fub=6x100N/mm2 e fyb/fub=0,8; logo fyb=480N/mm2
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 25
Introdução às Construções Metálicas. Caracterização geométrica dos materiais
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define as dimensões características:
(espessura t ou a e comprimento l) de cordões de soldadura.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 26
Introdução às Construções Metálicas. Propriedades mecânicas dos materiais
Aço é uma liga metálica composta por ferro (98%) e carbono com adições de outros
elementos (silício, manganês, fósforo, etc) que melhoram determinadas propriedades.
Adição de Cr, Cu, P, Si, Mn, Ni >> alta resistência mecânica, à corrosão e resistência ao fogo.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 27
Introdução às Construções Metálicas. Propriedades mecânicas dos materiais
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 28
Introdução às Construções Metálicas. Propriedades mecânicas dos materiais
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
define os valores nominais da
tensão de cedência fy e da
tensão de rotura fu do aço a 20ºC.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 29
Introdução às Construções Metálicas. Propriedades mecânicas dos materiais
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
define os valores nominais da
tensão de cedência fy e da
tensão de rotura fu do aço a 20ºC.
Norma Portuguesa NP 1729 (1981):
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 30
Introdução às Construções Metálicas. Propriedades mecânicas dos materiais
O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010), define as propriedades dos materiais (neste caso aço ao
carbono) a altas temperaturas.
Massa específica do aço é constante 7859kg/m3
• A capacidade resistente do aço e a sua rigidez diminuem
• Drasticamente com a temperatura.
• A grande condutividade térmica do aço faz com que a
• temperatura se propague rapidamente.
• Os elementos estruturais em aço têm em geral secções
• transversais muito esbeltas.
Redução da tensão e módulo de elasticidade:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 31
Introdução às Construções Metálicas. Propriedades mecânicas dos materiais
O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010),
• A capacidade resistente do aço diminui a partir dos 100‐200ºC.
• Apenas 23% da capacidade resistente do aço permanece a 700ºC.
• A 800ºC reduz‐se a 11% e a 900ºC a 6%.
• O aço funde a 1500ºC.
• A tensão de cedência a 600ºC reduz cerca de 50%.
• O módulo de elasticidade a 600ºC reduz cerca de 70%.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 32
Introdução às Construções Metálicas. Propriedades mecânicas dos materiais
O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010),
• A capacidade resistente do aço diminui a partir dos 100‐200ºC.
• Apenas 23% da capacidade resistente do aço permanece a 700ºC.
• A 800ºC reduz‐se a 11% e a 900ºC a 6%.
• O aço funde a 1500ºC.
• A tensão de cedência a 600ºC reduz cerca de 50%.
• O módulo de elasticidade a 600ºC reduz cerca de 70%.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 33
Introdução às Construções Metálicas. Propriedades térmicas dos materiais
O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010), define as propriedades dos materiais (neste caso aço ao
carbono) a altas temperaturas.
‘’Variação singular decorrrente da transformação alotrópica de fase austenítica’’.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 34
Introdução às Construções Metálicas. Propriedades térmicas dos materiais
O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010), define as propriedades dos materiais (neste caso aço ao
carbono) a altas temperaturas.
‘’Variação singular decorrrente da transformação alotrópica de fase austenítica’’.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 35
Introdução às Construções Metálicas. Propriedades térmicas dos materiais
O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010), define as propriedades dos materiais (neste caso aço ao
carbono) a altas temperaturas.
‘’Variação singular decorrrente da transformação alotrópica de fase austenítica’’.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 36
Introdução às Construções Metálicas. Propriedades térmicas dos materiais
O EC3‐1‐2, EN 1993‐1‐2 (2010), define as propriedades dos materiais (neste caso aço ao
carbono) a altas temperaturas.
‘’Variação singular decorrrente da transformação alotrópica de fase austenítica’’.
Efeitos térmicos:
O aço submetido a um aumento de temperatura, apresenta perda progressiva sua
rigidez, devido, em parte, à diminuição do módulo de elasticidade.
Numa análise global, o aumento de temperatura introduz dilatações térmicas mais ou
menos constrangidas pelos elementos adjacentes. Estes constrangimentos criam
tensões adicionais, equivalentes a um aumento das solicitações exteriores.
a) b)
Exemplo de amostras ampliadas 500 x;
a) retirada à temperatura ambiente;
b) retirada à temperatura ambiente depois de submetida a ensaio 600ºC, com arrefecimento natural.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 37
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Bibliografia:
Apontamentos fornecidos pelo docente, no Moodle.
Simões, R.A.D. (2014), Manual de Dimensionamento de Estruturas Metálicas,
CMM, ISBN: 9789729837661.
Silva, L.S. (2003), Manual de Ligações Metálicas, CMM, ISBN: 9729837643.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programas computacionais úteis: Ansys Academic, MDSolids, Ftool
https://www.ansys.com/academic/free‐student‐products
http://web.mst.edu/~mdsolids/download.htm
http://www.tudoengcivil.com.br/2014/11/baixar‐programa‐ftool.html
Catálogos de perfis, coberturas …
http://www.constructalia.com/portugues_pt#.WpBIomxldhE
https://www.portis.es/producto/puertas‐seccionales‐industriales
https://www.alaco.pt/products/c5‐1000/
http://www.chagas.pt/
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Avaliação:
Época Normal e Recurso Época Especial
CF = M1*0.4 + EP*0.6 CF = 1.0 x EG
CF = EG
CF= Classificação Final
Componente M1 = trabalho aplicado de projeto estrutural e apresentação oral, grupo 2 ou 3 alunos, contendo parte
analítica e computacional, nota mínima de 8 valores:
Distribuição na 7ªsemana;
Alunos entregam na penúltima semana aulas (14ª), em papel e formato pdf (elz@isep.ipp.pt);
Apresentação Oral em ppt.
O trabalho aplicado M1 é a análise e projeto de uma estrutura metálica corrente (determinação de ações, escolha da seção do perfil,
dimensionamento de ligações). E utilização de ferramentas computacionais (Ansys Academic), para a análise estrutural e mecânica.
Em alternativa, prova de exame global EG, com consulta, abrangendo toda a matéria lecionada, classificação final 100%.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
http://www.lnec.pt/pt/servicos/normalizacao‐e‐regulamentacao/normalizacao/
O LNEC promoveu, até 30 abril 2018, uma consulta pública sobre o projeto de Decreto‐
Lei relativo à utilização, em Portugal, de um conjunto de Eurocódigos Estruturais.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Introdução às Construções Metálicas. Eurocódigos
Objetivos para as Construções Metálicas:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programas computacionais úteis: Ansys Academic, MDSolids, Ftool
https://www.ansys.com/academic/free‐student‐products
http://web.mst.edu/~mdsolids/download.htm
http://www.tudoengcivil.com.br/2014/11/baixar‐programa‐ftool.html
Catálogos de perfis, coberturas …
http://www.constructalia.com/portugues_pt#.WpBIomxldhE
https://www.portis.es/producto/puertas‐seccionales‐industriales
https://www.alaco.pt/products/c5‐1000/
http://www.chagas.pt/
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Aplicações de códigos computacionais. MEF
MEF: Método dos Elementos Finitos (3 fases = pré‐processamento, solução e pós‐processamento)
Elementos finitos podem ser classificados de acordo com o tamanho: 1D, 2D ou 3D.
Cada elemento é definido por um nome, tipo de superfície ou curva e forma.
Os elementos são caracterizados através de funções polinomiais:
linear (grau 1), quadrática (grau 2), cúbica (grau 3), etc.
Cada elemento tem num número de nós.
Cada nó tem um número de graus de liberdade associado (DOF).
Fy1 Fy2
Viga (beam)
Mz1 Mz2
Fx1 Fx2
L
No MEF conhecer:
‐ Geometria
‐ Material
‐ Constragimentos
‐ Carregamento
FASES do MEF
PRÉ-PROCESSAMENTO
PÓS-PROCESSAMENTO
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Aplicações de códigos computacionais. MEF
MEF: Método dos Elementos Finitos (3 fases = pré‐processamento, solução e pós‐processamento)
Ansys Academic
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Aplicações de códigos computacionais. MEF
ABRIR ANSYS. Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos
Utility Menu
Icon Toolbar Menu
Input Line Raise/Hidden Icon
Output
Window
Abbreviation Toolbar Menu
Main Menu
Graphics Area
Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Aplicações de códigos computacionais. MEF
ABRIR ANSYS, Ansys: um programa de elementos finitos: Comando importantes
Entrar no programa e criar um novo ficheiro de análise:
SELECCIONAR ’ANSYS APDL’
SELECCIONAR O DIRECTÓRIO DE TRABALHO
FILE>CHANGE DIRECTORY> (o nome do ficheiro fica ‘file’)
ou
Entrar no programa e criar um novo ficheiro de análise:
SELECCIONAR ’ANSYS’ PRODUCT LAUNCHER
WORKING DIRECTORY: (BROWSE…)
JOBNAME: file (nome por defeito)
RUN
The Begin level acts as a gateway into and out of the ANSYS program.
At the Processor level , several processors are available. Each processor is a set of functions that
perform a specific analysis task. For example, the general preprocessor (PREP7) is where you build
the model, the solution processor (SOLUTION) is where you apply loads and obtain the solution,
and the general postprocessor (POST1) is where you evaluate the results of a solution.
Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Tipo de Ficheiros
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Defining Jobname, Title, Units
The jobname is a name that identifies an ANSYS job. When you define a jobname for an
analysis, the jobname becomes the first part of the name of all files the analysis creates.
(The extension or suffix for these files' names is a file identifier such as .db)
Command: /FILNAME
GUI: Utility Menu>File>Change Jobname
The ANSYS program does not assume a system of units for your analysis. You can use any
system of units (except in magnetic field analyses) so long as you make sure that you use
that system for all the data you enter. (Units must be consistent for all input data.)
Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Defining Element Types
•The ANSYS element library contains more than 150 different element types. Each element type has a
unique number and a prefix that identifies the element category:BEAM4, PLANE77, SOLID96, etc.
•The element type determines, among other things:
– The degree-of-freedom set (which in turn implies the discipline-structural, thermal, magnetic,
electric, quadrilateral, brick, etc.)
– Whether the element lies in two-dimensional or three-dimensional space.
•BEAM4, for example, has six structural degrees of freedom (UX, UY, UZ, ROTX, ROTY, ROTZ), is
a line element, and can be modeled in 3-D space.
•PLANE77 has a thermal degree of freedom (TEMP), is an eight-node quadrilateral element, and can
be modeled only in 2-D space.
•You define the element type by name and give the element a type reference number. For example, the
commands shown below define two element types:
•ET,1,BEAM4
•ET,2,SHELL63
Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Aplicações de códigos computacionais. MEF
ABRIR ANSYS Biblioteca de Elementos Finitos no ANSYS
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Comando importantes: SAVE and RESUME
Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Fases de Análise
Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Propriedades e Unidades
Material Properties
Every analysis requires some material property input: Young’s modulus (EX), Poisson’s ratio
(PRXY) for structural elements, thermal conductivity (KXX) for thermal elements, etc.
To define the material properties:
Main Menu>Preprocessor>Material Props>Material Models
Unit (SI) –ANSYS program does not assume a system of units for your analysis. You can use any system of units
Time Length Mass Force Temperature
s m kg N K
Density Conductivity Specific Heat Flux Convection
Kg/m3 J/(smK) J/(KgK) J/(sm2) J/(sm2K)
Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Modelação da geometria
Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Modelação da geometria
Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Algoritmos para a geração de malhas
Free Mesh – Has no element shape restrictions.
• The mesh does not follow any pattern.
• Suitable for complex shaped areas and volumes.
• Suitable for complex shaped areas and volumes.
• Volume meshes consist of high order tetrahedral (10 nodes), large dof.
Mapped Mesh – Restricts element shapes to quadrilaterals (areas) and hexahedra (volume)
•Typically has a regular pattern with obvious rows of elements.
•Suitable only for “regular” shapes such as rectangles and bricks.
Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Aplicações de códigos computacionais. MEF
Ansys: organização e utilização de um programa de elementos finitos. Fases de Análise
Ref: http://www.aeromech.usyd.edu.au
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
MEF: Método dos Elementos Finitos Ux=Uy=Uz=Rotx=0
https://ansyshelp.ansys.com/account/secured?returnurl=/Views/Secured/corp/v191/ans_elem/Hlp_E_BEAM188.html
https://ansyshelp.ansys.com/account/secured?returnurl=/Views/Secured/corp/v191/ans_elem/Hlp_E_CH3_2.html
BEAM188 has 6 or 7 degrees of freedom at each node. These include translations in the x,
y, and z directions and rotations about the x, y, and z directions. A seventh degree of
freedom (warping magnitude) is optional. This is based on Timoshenko beam theory.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
MEF: Método dos Elementos Finitos, Tutorial Beam 188
1ª phase: PRÉ‐PROCESSOR
’PREFERENCES’>STRUTURAL > OK
ELEMENT TYPE > ADD/EDIT/DELETE> ADD> BEAM188> OK > CLOSE
MATERIALS PROPS > MATERIAL MODELS > STRUCTURAL > LINEAR > ELASTIC >ISOTROPIC >>EX= > Prxy= >OK >EXIT
SECTIONS>BEAM>Common Section>
SECTIONS>BEAM>Plot Section
MODELING > CREATE > KEYPOINTS > IN ACTIVE CS > (definir 3 pontos: inicio, ponto carga e fim)
MODELING > CREATE > KEYPOINTS > IN ACTIVE CS > (more 1 Kp to define 3ºdirection (ex: x=L/2, y=0.1)
MODELING > CREATE > LINES > IN ACTIVE COORD >
PlotCtrls>Style>Size and Shape (/ESHAPE =ON, SCALE=1)
LOADS > DEFINE LOADS > APPLY > STRUCTURAL > DISPLACEMENT > ON NODES > ( pick node )
if: UX / UY / UZ / ROTx / ROTy > VALUE= 0>OK (when ux=uy=uz=rotx=roty=0; double support)
if: UX / UY / UZ / ROTx / ROTy / ROTZ >VALUE= 0>OK (when ux=uy=uz=rotx=roty=rotz=0; fixed support)
if: UY / UZ / ROTx / ROTy > VALUE= 0>OK (when uy=uz=rotx=roty=0; single support)
LOADS>DEFINE LOADS >APPLY >STRUCTURAL > FORCE/MOMENT > ON NODES (pick node) >APPLY>
LOADS>DEFINE LOADS >APPLY >STRUCTURAL > PRESSURE ‐‐> ON BEAMS
2ª phase: SOLUTION
SOLUTION > Analysis Type > New Analysis > Static
SOLUTION > SOLVE > CURRENT LS > OK > CLOSE (if solution is done, OK)
3ª phase: PÓS‐PROCESSOR
Plot Results>Deformed Shape
Plot Results>Contour Plot > Nodal solu
List>Results>……
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
MEF: Método dos Elementos Finitos, Tutorial Beam 188
GENERAL POSTPROC ‐‐> ELEMENT TABLE ‐‐> DEFINE TABLE ‐‐> ADD
procurar ‘’ By sequence num ‘’ ‐ SMISC
e escrever SMISC,2
Apply
OK
CLOSE
GENERAL POSTPROC ‐‐> PLOT RESULTS CONTOUR PLOT LINE ELEM RESULTS
e procurar I= SMISC2
J=SMISC15
(este código dá o diagrama de esforços fletores em) e imprimir gráfico
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
3000mm
1500mm
2000mm
2000mm
All DOF =0
All DOF =0
3000mm
All DOF =0
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 21
Aplicações de códigos computacionais. MDSolids
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 22
Aplicações de códigos computacionais. MDSolids
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 23
Aplicações de códigos computacionais. FTool
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 24
Aplicações de códigos computacionais. FTool
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 25
Aplicações de códigos computacionais. FTool
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 26
Aplicações de códigos computacionais. FTool
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 27
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Não linearidade material e geométrica (efeitos globais e locais). Estados limites últimos ELU e serviço ELS.
Classificação das secções transversais.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas, os tipos de análise estrutural:
A análise mais simples está relacionada com o comportamento linear, designa‐se por “análise linear de
estruturas” ou análise elástica de primeira ordem. Baseia‐se na hipótese de todas as equações
envolvidas serem lineares, o que pressupõe: a linearidade física e a linearidade geométrica.
A linearidade física traduz‐se numa análise elástica e na lei de Hooke, em que as relações tensão‐
extensão do material são lineares em qualquer ponto da estrutura, e para esta condição se verificar é
necessário que as tensões instaladas no material sejam inferiores à tensão de cedência do mesmo.
A linearidade geométrica representa uma análise de primeira ordem, onde as equações de equilíbrio
são desenvolvidas com base na geometria indeformada da estrutura e em relações cinemáticas
lineares, onde se verifica a proporcionalidade entre o carregamento aplicado e os deslocamentos.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas, os tipos de análise estrutural:
A análise linear de estruturas para avaliar o comportamento estrutural não considera fenómenos
geométricos e físicos, que ganham relevância com o aumento do carregamento e deformação.
A análise linear não permite: revelar a degradação da resistência da estrutura, devido ao regime
plástico do material; identificar e considerar fenómenos de instabilidade, de natureza geometricamente
não linear, necessitando que as equações de equilíbrio sejam formuladas na posição deformada.
Assim, os efeitos não lineares estão intimamente ligados às 2 hipóteses referidas e são classificados:
• 1‐ Efeitos fisicamente não lineares (não linearidade material) ‐ considerados através da análise
plástica, que se baseia em relações tensão‐extensão não lineares, considerando a existência de
plastificação, rótulas plásticas, e consequentemente a existência de redistribuição de esforços para
zonas menos solicitadas. Este tipo de análise só é possível se a estrutura for hiperstática e possuir
elementos cujas secções permitam elevada capacidade de rotação para a formação de rótulas
plásticas.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas, os tipos de análise estrutural:
A análise linear de estruturas para avaliar o comportamento estrutural não considera fenómenos
geométricos e físicos, que ganham relevância com o aumento do carregamento e deformação.
A análise linear não permite: Efeitos Globais (P‐
revelar a degradação da resistênciaEfeitos Locais (P‐
da estrutura, devido ao regime
relacionados com os deslocamentos relacionados com os deslocamentos
plástico do material; identificar e considerar fenómenos de instabilidade,
nas extremidades
de natureza geometricamente
de cada elemento
não linear, necessitando que as equações de equilíbrio sejam formuladas na posição deformada.
Assim, os efeitos não lineares estão intimamente ligados às duas hipóteses referidas e são classificados:
• 2 ‐ Efeitos de segunda ordem (não linearidade geométrica) ‐ quando a estrutura é carregada e
deforma‐se desviando‐se da sua posição indeformada, leva a que cargas axiais de compressão
atuem segundo posições diferentes das definidas na geometria inicial indeformada. A deformada
da estrutura pode assumir dois modos de deformação diferentes (imperfeições), consoante a
estrutura se encontre solicitada por cargas verticais ou por cargas verticais e horizontais.
Se o desvio em relação à posição inicial indeformada for pequeno, o aumento dos esforços de primeira ordem é
desprezável, a análise linear é suficiente. No entanto, se o desvio da estrutura provocar um aumento dos momentos
de primeira ordem e agrave esse desvio, é necessário atender à não linearidade geométrica através de uma análise de
segunda ordem, onde as equações de equilíbrio são com base na geometria deformada da estrutura e em relações
cinemáticas não lineares.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), a análise estrutural deve incorporar os efeitos das
imperfeiçoes, incluindo:
Podem ser distinguidos dois tipos de imperfeições geométricas:
imperfeições globais dos pórticos e sistemas de contraventamento;
imperfeições locais dos elementos.
Efeitos Globais (P‐
Efeitos Locais (P‐
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Consideração das imperfeições globais através de um desvio de verticalidade dos pilares ou uso de
sistema de forças horizontais equivalentes.
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010) na análise global de estruturas porticadas suscetíveis de
instabilizar deve ser considerada uma ‘’imperfeição geométrica equivalente’’ definida por ângulo:
Efeitos Globais (P‐– relacionados com
os deslocamentos nas extremidades
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Consideração das imperfeições globais através de um desvio de verticalidade dos pilares ou uso de
sistema de forças horizontais equivalentes.
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), para o efeito das Imperfeições globais pode ser simulado
pelo uso de um sistema de forças horizontais equivalentes, devendo ser aplicadas ao nível de cada piso
e proporcionais às cargas verticais aplicadas nesse nível. A imperfeição deve ser considerada apenas na
direção mais desfavorável.
Efeitos Globais (P‐– relacionados com
os deslocamentos nas extremidades
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Consideração das imperfeições locais através de uma deformada inicial dos elementos ou uso de
sistema de forças horizontais equivalentes.
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010) na análise de estruturas deve incluir‐se uma imperfeição tipo
curvatura inicial local ao nível dos elementos constituintes do pórtico definida por e0/L, sendo e0 a
amplitude máxima do deslocamento lateral inicial e L o comprimento do elemento, com os valores
recomendados em função das curvas de encurvadura:
Efeitos Locais (P‐d) – relacionados com
os deslocamentos de cada elemento
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Consideração das imperfeições locais através da deformada inicial dos elementos dos pilares ou uso
de sistema de forças horizontais equivalentes.
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), para o efeito das Imperfeições locais pode ser simulado pelo
uso de um sistema de forças horizontais equivalentes, devendo ser aplicadas ao nível de cada piso e
proporcionais às cargas verticais aplicadas nesse nível:
Efeitos Locais (P‐d) – relacionados com
os deslocamentos de cada elemento
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas, a segurança de uma estrutura metálica (estado
limite último) depende da resistência das secções, da resistência dos fenómenos de instabilidade e da
resistência das ligações.
Objetivos
dimensionamento das estruturas verificação das estruturas
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Estabilidade: Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas, a Estabilidade aparece
associada ao conceito de equilíbrio na classificação das configurações.
A configuração de equilíbrio não pode
ser alterada drasticamente na presença
de imperfeições e ações perturbadoras.
Resistência
Resistência: O material das peças estruturais
deve ser capaz de absorver o nível de
solicitação interna gerado pelas ações externas
sem comprometer a sua integridade física.
Os estados limites:
Estados Limites de Serviço (ou Utilização) – ELS a estrutura não serve mais para
a finalidade a que foi projetada (grandes deslocamentos, vibrações,
deformações permanentes). Indicam a perda de rigidez da estrutura.
• Deslocamentos e Deformações Excessivas que afetem a utilização da estrutura ou estética
• Vibrações Excessivas ou Desconfortáveis
• Pequenos danos relacionados à durabilidade ou aspecto estético
• Ex: estado limite deslocamento para viga de pavimento ‐ flecha inferior ou igual L/400.
40 [mm]
Sd <=Rd Sd: Solicitação de Cálculo. Rd: Resistência de Cálculo.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas:
barra
coluna
viga
Veio, eixo
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas: Estados Limites Últimos – ELU
Solicitação é o termo que indica o efeito das ações (esforços, deslocamentos, tensões, deformações).
Resistência é o termo para indicar valores limites das solicitações.
Método dos Estados Limites: S d Rd
S d : solicitação de cálculo As solicitações de cálculo obtidas a partir das “ações de cálculo”.
R
Rd n : resistência de cálculo
R
Rn : resistência representativa
R : coeficiente de resistência
Os problemas mais simples da Mecânica dos Sólidos são os correspondentes a estado simples de tensão.
x x
x y z eq x
x x E E
u x x v y y w z z
Verificação da Resistência e da Estabilidade:
Sd: solicitação de cálculo determinada em função de Sx.
Rn lim
S d Rd d Rn: resistência representativa determinada em função de uma tensão
R R limite ( fy ou fu ou a tensão crítica de encurvadura scr) ou do esforço que
provoca uma instabilidade global na estrutura.
Verificação da Rigidez:
Sn: solicitação representativa determinada em função das deformações
S n Rn x x lim
ou deslocamentos.
E Rn: resistência representativa, que consiste em valores máximos
permitidos à solicitação.
Obs.: a verificação da rigidez pode ainda estar relacionada ao nível de vibração do corpo, determinado em função da sua
freqüência, do seu amortecimento e da sua aceleração de pico.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas: Estados Limites Últimos – ELU
Solução de problemas para estados gerais de tensão são tratados através da tensão equivalente.
y
yz yx
xy
zy
x
z zx xz eq eq
Logo, eq x , y , z , xy , yz , zx
Existem várias teorias para a obtenção de eq.
Nenhuma delas é universal.
A validade de cada uma é restrita a determinados materiais e tipos de solicitação.
Observações: Na prática, os critérios de rigidez baseiam‐se nos deslocamentos correspondentes às deformações.
Para estados de tensão mais complexos, os critérios de projeto também o são.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Análise de Estruturas Metálicas. Estabilidade e imperfeições
Na análise, dimensionamento e projeto de estruturas, para Estados Limites de Serviço (ou utilização) ELS,
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), os valores limite para deslocamentos verticais em vigas:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Análise de Estruturas Metálicas. Classificação das seções
A classificação das seções transversais dos elementos estruturais traduz a forma como a resistência e
a capacidade de rotação de uma seção são influenciadas por fenómenos de encurvadura local.
Numa secção compacta as zonas comprimidas podem plastificar completamente, numa seção esbelta
isso já não acontece devido aos fenómenos de encurvadura local.
A classificação de uma secção é sempre dada pela maior classe (mais desfavorável) dos elementos
comprimidos constituintes.
A classificação baseia‐se na esbelteza dos elementos (c/t), no parâmetro que depende da classe do aço, e no coeficiente de
encurvadura Kσ. Importante saber distinguir se os elementos são salientes (um bordo apoiado e outro livre) ou se os elementos são
internos (apoiado ambos os bordos). A classificação também depende dos esforços que provocam tensões normais (axial e fletor).
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Análise de Estruturas Metálicas. Classificação das seções
A relação “momento‐rotação” para cada uma das classes está demostrada na figura:
British Standard
British Standard
(delgada)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Análise de Estruturas Metálicas. Classificação das seções
A classificação das seções transversais dos elementos estruturais traduz a forma como a resistência e a
capacidade de rotação de uma seção são influenciadas por fenómenos de encurvadura local.
A classificação de uma seção é efetuada com base na relação entre as dimensões de cada um dos
elementos comprimidos (alma e banzo) nos esforços atuantes (axial e fletor) e na classe do aço. A
classe de uma seção é sempre dada pela maior classe (mais desfavorável) dos elementos comprimidos
que a constituem.
1 ℎ 1𝑁
Alma 𝛼 𝑡 𝑟 1
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), 𝑐 2 2𝑡 𝑓
Alma ou ‘’Aba’’
Banzo
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 21
Análise de Estruturas Metálicas. Classificação das seções
A classificação das seções
transversais dos elementos
estruturais traduz a forma
como a resistência e a
capacidade de rotação de
uma seção são influenciadas
por fenómenos de
encurvadura local.
Conforme o EC3‐1‐1, EN
1993‐1‐1 (2010),
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 22
Análise de Estruturas Metálicas. Classificação das seções
A classificação das seções
transversais dos elementos
estruturais traduz a forma
como a resistência e a
capacidade de rotação de
uma seção são influenciadas
por fenómenos de
encurvadura local.
Conforme o EC3‐1‐1, EN
1993‐1‐1 (2010),
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 23
Análise de Estruturas Metálicas. Classificação das seções
A classificação das seções
transversais dos elementos
estruturais traduz a forma
como a resistência e a
capacidade de rotação de
uma seção são influenciadas
por fenómenos de
encurvadura local.
Conforme o EC3‐1‐1, EN
1993‐1‐1 (2010),
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 24
Análise de Estruturas Metálicas. Exercícios
Exemplos A1‐ Classifique as seções indicadas segundo o EC3‐1‐1.
a) IPE300, aço S235: i) submetido a flexão simples; ii) a compressão pura.
b) IPE240, aço S235: i) submetido a flexão simples; ii) a compressão pura.
c) Seção retangular oca SHS200x200x8, aço S275, à compressão pura.
d) Seção retangular oca SHS200x200x14, aço S275, à compressão pura.
R=t/2
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 25
Análise de Estruturas Metálicas. Exercícios
Exemplos A1‐ Classifique as seções indicadas segundo o EC3‐1‐1.
a) IPE300, aço S235: i) submetido a flexão simples; ii) a compressão pura.
b) IPE240, aço S235: i) submetido a flexão simples; ii) a compressão pura.
c) Seção retangular oca SHS200x200x8, aço S275, à compressão pura.
d) Seção retangular oca SHS200x200x14, aço S275, à compressão pura.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 26
Análise de Estruturas Metálicas. Exercícios
Exemplos A2‐ Classifique as seções indicadas segundo o EC3‐1‐1.
a) Secção tubular 38,1x4, aço S235, à compressão pura.
b) Secção tubular 38,1x4, aço S235, à flexão.
c) Secção tubular 42,2x4, aço S420, à compressão pura.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 27
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
EX. Considere o projeto de um pórtico em aço, com dois níveis em altura, submetido a cargas distribuídas (Q1 e Q2), forças
verticais (Fy1 e Fy2) nos pilares e forças horizontais (Fx1 e Fx2) nos pilares do lado esquerdo. Os perfis constituintes do
pórtico são do tipo IPE400. Inclua as imperfeiçoes geométricas globais, utilizando o método simplificado do EC3‐1‐1.
Considere as ligações entre os pilares e as vigas do tipo rígida (ligação perfeita) e as bases do pórtico encastradas.
Determine os estados limites últimos (ELU e ELS) com base na utilização dos Eurocódigos. Para o ELU considere o método
das tensões admissiveis que lhe permite identificar o tipo de aço. Verifique depois a resistência da seção em relação aos
esforços atuantes (axiais, flexão e transverso).
Fx2=16kN Q2=33,6kN/m
Fy2=204kN Fy2=204kN
5m
Fx1=12kN Q1=45kN/m
Fy1=253,5kN Fy1=253,5kN
5m
10m
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Resolução:
As imperfeiçoes geométricas globais, utilizando o método simplificado do EC3‐1‐1, foram calculadas na forma:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
EX. Considere o projeto de um pórtico em aço, com dois níveis em altura, submetido a cargas distribuídas (Q1 e Q2), forças
verticais (Fy1 e Fy2) nos pilares e forças horizontais (Fx1 e Fx2) nos pilares do lado esquerdo. Os perfis constituintes do
pórtico são do tipo IPE400. Inclua as imperfeiçoes geométricas globais, utilizando o método simplificado do EC3‐1‐1.
Considere as ligações entre os pilares e as vigas do tipo rígida (ligação perfeita) e as bases do pórtico encastradas.
Determine os estados limites últimos (ELU e ELS) com base na utilização dos Eurocódigos. Para o ELU considere o método
das tensões admissiveis que lhe permite identificar o tipo de aço. Verifique depois a resistência da seção em relação aos
esforços atuantes (axiais, flexão e transverso).
Fx2=18,2kN Q2=33,6kN/m
Fy2=204kN Fy2=204kN
5m
Fx1=14,8kN Q1=45kN/m
Fy1=253,5kN Fy1=253,5kN
5m
10m
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic, resultados
0.017296m
0.007972m
Ux=0 Ux=0,017m
Deslocamento axial Ux Deslocamento axial Ux
Deslocamento vertical Uy
Uy=‐0,039m Uy=0
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic, resultados
N=‐865kN N=+42kN V=‐223kN V=+205kN
Esforço Flexão (Smisc 2,15)
Mf=‐328kNm Mf=+222kNm
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic, resultados
Seq=0.5MPa Seq=305MPa Sx=‐295MPa Sx=305MPa
Tensão equivalente Seq Tensão axial Sx
Deformada
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Resolução, verificação de critérios:
Critério ELS.
Para pórticos verificar os deslocamentos axiais Ux da solução Ansys
0,0173<<10/500 OK
Por exemplo:
IPE400, selecionar S235, então seção classe 1 para flexão pura e classe 3 para compressão pura.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Resolução: IPE400, selecionar S235, então seção classe 1 para flexão pura e classe 3 para compressão pura.
Os esforços atuantes obtidos na solução Ansys:
𝑁 𝑀 𝑉
1,0 1,0 1,0
𝑁, 𝑀, 𝑉,
𝑊 𝑓 𝐴 𝑓⁄ 3
𝑀 , 𝑀 , 𝑉
𝛾 ,
𝛾
𝐴 𝑓 Secções classe 1,2
𝑁 ,
𝛾
𝐴 𝐴 2𝑏𝑡𝑓 𝑡𝑤 2𝑟 𝑡𝑓
Secções classe 1,2,3
IPE400, selecionar S235, então seção classe 1 para flexão pura e classe 3 para compressão pura.
O método das tensões admissíveis
Tensão equivalente do Ansys 305MPa sendo superior a 235MPa do S235.
Sugestão de projeto: alterar o perfil, ou alterar o material aço, ou reforçar a zona critica onde o fletor máximo. Refazer cálculos e verificar!
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Dimensionamento de Ligações. Exemplos
Entende‐se por projeto o conjunto de:
especificações,
cálculos estruturais (resistência das peças e elementos, posição elementos, resistência dos elementos),
desenhos de projeto,
desenhos de fabricação,
desenhos de montagem dos elementos.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Dimensionamento de Ligações. Exemplos
Entende‐se por projeto o conjunto de:
especificações,
cálculos estruturais (resistência das peças e elementos, posição elementos, resistência dos elementos),
desenhos de projeto,
desenhos de fabricação, I
desenhos de montagem dos elementos. V
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Dimensionamento de Ligações. Meios de ligação
Ligação é um termo aplicado a todos os detalhes construtivos que
promovam a união de partes da estrutura.
Meios de ligação:
Rebites; Pinos; Parafusos; Porcas; Anilhas;
Solda ou metal de adição (no caso de adição de metal para o processo
de soldadura, as propriedades do aditivo não deverão ser inferiores às
dos materiais de base).
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Dimensionamento de Ligações. Meios de ligação
Ligações exemplos. Lateral Frontal 3D
Elementos e componentes
Viga ‐
de ligação: Viga
Viga –
Coluna
Viga –
Coluna
Coluna ‐
Base
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Dimensionamento de Ligações. Vantagens e desvantagens
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Dimensionamento de Ligações. Classificação
Classificação das ligações segundo a rigidez:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Dimensionamento de Ligações. Classificação
Classificação das ligações segundo a rigidez:
Ligações flexíveis Ligações semi‐rígidas Ligações rígidas
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Dimensionamento de Ligações. Classificação
Classificação das ligações segundo a rigidez:
Ligações flexíveis
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Dimensionamento de Ligações. Classificação
Classificação das ligações segundo a rigidez:
Ligações rígidas
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Dimensionamento de Ligações. Classificação
Classificação das ligações segundo a rigidez:
Pilares Ligações Flexíveis
Pilares Ligações Rígidas
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Dimensionamento de Ligações. Classificação
Ligações em nós de treliças:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas
Ligações aparafusadas – disposições de projeto
•Resistência do parafuso é normalmente avaliada pela secção resistente.
•Diâmetro da secção resistente:
dn dm
d res
2
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas
Ligações aparafusadas – disposições de projeto
•MODOS de ROTURA em Ligações:
Rotura por corte nos parafusos Rotura por esmagamento das chapas
Segundo o EC3, para se verificar a resistência de uma ligação ao corte convencional é necessário verificar a resistência dos
seus elementos nas situações:
‐ Parafusos ao Corte;
‐ Esmagamento das Chapas;
‐ Rompimento das Chapas;
‐ Secção em Tração;
‐ Rotura pela zona Anet (ou Rotura em Bloco);
‐ Resistência da Soldadura.
A resistência da ligação é dada pela resistência do elemento menos resistente presente na mesma. As resistências
individuais de cada componente da ligação são calculadas tendo em conta a formulação do EC3.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas
Conforme o EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), os materiais para as ligações com parafusos, rebites
ou cavilhas.
Classes mais utilizadas em construção metálica: 4.6, 5.6, 6.8, 8.8 e 10.9
Para solicitações estáticas: todas as classes. Para solicitações dinâmicas: classes superiores ou iguais 8.8.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas
Conforme o EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), os materiais para as ligações com parafusos, rebites
ou cavilhas.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Posicionamento
• Disposições de projeto artigo 20º REA (rebites ou parafusos):
2 D a 3 D
1, 5 D b 2 , 5 D
3 D c 7 D (*)
3 D c 10 D (**)
* ambientes muito agressivos
** ambientes pouco ou moderadamente agressivos
• Ligações rebitadas – disposições de projeto
Rebites de dois tipos (cabeça redonda e cabeça achatada).
d 1 a 2 D
ØD
d maior e i
e 5 D
e1
e
Rebite de cabeça DIN 124-B
e
redonda - ISO R1051
e2
j
p
l
q
b
h
n
e1
e
Md
e2
Ød l e 1.5d
n 0.3d
ØD j l e
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Posicionamento
O EC3‐1‐8, EN 1993‐
1‐8 (2010), define a
disposição dos furos
de parafusos e de
rebites:
d0=diâmetro do furo
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Posicionamento
O EC3‐1‐8, EN 1993‐
1‐8 (2010), define a
disposição dos furos
de parafusos e de
rebites:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Coeficientes parciais de segurança
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1
(2010),
e
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8
(2010),
definem os coeficientes
parciais de segurança:
𝛾 1,25
𝛾 1,25
𝛾 , 1,1
𝛾 1,0
𝛾 1,0
𝛾 , 1,0
𝛾 1,1
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Coeficientes parciais de segurança
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1
(2010),
e
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8
(2010),
definem os coeficientes
parciais de segurança:
𝛾 1,00
𝛾 1,00
𝛾 1,25
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 21
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Categorias
Conforme o EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), as categorias de ligações aparafusadas podem ser:
ligações ao corte (v), ligações à tração (t) e ligações ao esmagamento (b).
𝐹 , 𝐹 ,
𝐹 , 𝐹,
𝐹 , 𝐹 ,
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 22
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Cálculo da resistência parafuso/rebite
O EC3‐1‐8, EN 1993‐
1‐8 (2010), define o
valor de cálculo da
resistência
individual:
Esforço que ocorre entre uma base e um pilar (ex)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 23
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Cálculo da resistência parafuso/rebite
O EC3‐1‐8, EN 1993‐
1‐8 (2010), define o
valor de cálculo da
resistência
individual:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 24
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Cálculo da resistência das seções
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), define o valor de cálculo da resistência individual para secções
metálicas da ligação:
resistência à tração compressão flexão transverso
𝑁 𝑁 𝑀 𝑉
1,0 1,0 1,0 1,0
𝑁, 𝑁, 𝑀, 𝑉,
Ver o valor mínimo de: 𝑊 𝑓 𝐴 𝑓⁄ 3
a)Zona sem furos
𝐴 𝑓 𝑀 , 𝑀 , 𝑉
𝛾 ,
𝛾
𝑁 , 𝐴 𝑓
𝛾 𝑁 ,
Secções classe 1,2
𝛾 Av calculado função
b)Zona com furos em ligações Secções classe 1,2,3 seção (ver EC3‐1‐1)
ordinárias ou outras eq. (por 𝑊 , 𝑓
exemplo ver cantoneira) 𝑀 , 𝑀 ,
0,9 𝐴 𝑓 𝛾
𝑁 , 𝐴 𝑓
Secções classe 3
𝛾
𝑁 ,
c)Zona com furos em ligações 𝛾
resistentes escorregamento 𝑊 , 𝑓
Secções classe 4 𝑀 ,
𝐴 𝑓 𝛾
𝑁 , Secções classe 4
𝛾
𝑋 =valor de cálculo do esforço atuante
𝑋 , =valor de cálculo do esforço X resistente plástico da seção bruta
𝑋 , =valor de cálculo do esforço X resistente último da seção útil na zona de furos
𝑋 , =valor de cálculo do esforço X compressão plástico da seção bruta
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 25
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Área útil
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐1 (2010), define a área útil (Anet) em elementos à tração:
A redução da resistência em barras à tração devido à existência de furos ou outras aberturas, deve ser obtida com base
numa seção útil reduzida Anet avaliada de acordo com o EC3‐1‐1.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 26
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Área útil
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐1 (2010), define a área útil (Anet) em elementos à tração:
A redução da resistência em barras à tração devido à existência de furos ou outras aberturas, deve ser obtida com base
numa seção útil reduzida Anet avaliada de acordo com o EC3‐1‐1.
EXEMPLO: Trata‐se de uma placa (espessura t) com um grupo de parafusos em quincôncio (5 parafusos
dispostos de forma: 4 em quadrado, em retângulo ou em losango, e 1 no meio) logo a seção útil deve ser avaliada com base
nas linhas 1, 2 e 3. A área útil Anet deve ser a menor das obtidas. (Na figura d0=15, s=60, p=45).
Linha 1
Anet=225xt‐2xtx15=195t
Linha 2
Anet=225xt‐4xtx15+2xtx60x60/(4x45)=205t
Linha 3
Anet=225xt‐5xtx15+4xtx60x60/(4x45)=230t
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 27
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Cálculo da resistência da cantoneira
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define o valor de cálculo da resistência individual para
cantoneiras tracionadas, ou outras secções com furos em mais que um plano, o espaçamento p
deve ser medido ao longo da linha média:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 28
Dimensionamento de Ligações. Aparafusadas. Cálculo da resistência da cantoneira
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define o valor de cálculo da resistência individual para
cantoneiras tracionadas, ou outras secções com furos em mais que um plano, o espaçamento p
deve ser medido ao longo da linha média:
Valores
intermédios (p)
()
𝑝 𝑝 𝛽 𝛽
𝑝 𝑝 𝛽 𝛽
Interpolação linear
𝑦 𝑦 𝑥 𝑥
𝑦 𝑦 𝑥 𝑥
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 29
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A3 ‐ Dimensione a barra AB de uma treliça supondo que está sujeita a
um esforço de tração de 220kN. A seção transversal é constituída por 2
cantoneiras de aço S235 para uma ligação aparafusada.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 30
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A3 (Metodologia de Resolução) 𝑁
O dimensionamento à tração é feito com base em: 1,0
𝐴 𝑓 𝑁,
𝑁 , 𝛾 =1
𝛾
Com 𝑁 , min
0,9 𝐴 𝑓
𝑁 , 𝛾 =1,25
𝛾
Efetuando um pré‐dimensionamento à tração com base na resistência plástica da seção total:
𝐴 235𝐸3
220 𝐴 9,36E‐4 𝑚 9,36 c𝑚 e cada perfil L 𝐴 4,68 c𝑚
1
Das tabelas de perfis L mais próximo >> L50x50x5 𝐴 4,78 c𝑚 dois perfis 𝐴 9,6 c𝑚
9,6𝐸 4 235𝐸3
𝑁 , 225,6𝑘𝑁
1
verificar 𝑁 , min
Calcular 𝑁 , , ,
𝑁 , =157,2kN
para cantoneira , 157,2kN é menor que o esforço
com 2 parafusos atuante 220kN, logo nova iteração.
Cantoneira L60x60x6, é uma solução possível, após verificação de todos os passos de dimensionamento.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 31
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A4 ‐ Dimensione a ligação aparafusada de uma estrutura metálica (figura) num aço S355, função
do estado limite último resistência sem plastificação (escolha o perfil L).
É conhecido o esforço de tração 400kN que atua em cada perfil L.
A ligação de cada perfil L à chapa do nó da barra terá 6 parafusos (2x3) M16.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 32
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A4 (Metodologia de Resolução) 𝑁
O dimensionamento à tração é feito com base em: 1,0
𝐴 𝑓 𝑁,
𝑁 , 𝛾 =1
𝛾
Com 𝑁 , min
𝑁 , 𝑣𝑒𝑟 𝑒𝑞. 𝛾 =1,25
15,49𝐸 4 355𝐸3
𝑁 , 549,9𝑘𝑁
1
verificar 𝑁 , min
Calcular 𝑁 , , ,
𝑁 , =247,2kN
para cantoneira , 247,2kN é menor que o esforço
com 6 parafusos atuante 400kN, logo nova iteração.
Encontrar solução possível, após verificação dos passos de dimensionamento (alterar o posicionamento
p1 e/ou aumentar seção reta do perfil e /ou alterar resistência do aço)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 33
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A5 – Duas chapas em aço (dimensões: 22x300mm) são solicitadas à tração por um esforço
atuante de 300kN e emendadas por trespasse com parafusos M22 classe 4.6.
Verifique a disposição em projeto dos parafusos nas chapas, o número de parafusos necessários, as
dimensões das chapas e o material em aço das chapas.
Nota: neste problema é o cálculo da resistência individual das chapas e dos elementos de ligação.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 34
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A5 (Metodologia de Resolução)
Dados iniciais do problema:
Chapa (NED=300kN, t=22mm, h=300mm, escolher aço ex. S235) e Parafusos (M22, classe 4.6)
Importante neste problema: Chapa solicitada em corte simples (m=1). Parafusos solicitados ao corte e
esmagamento.
Objetivos: N parafusos, posicionamento, material chapa, verificar dimensões chapa
ED << m x N x Rd
3º Resistência ao corte Fv,Rd do parafuso e por plano de corte, verificar zona de liso e de rosca,
NED << Fv,Rd N=? Adoptar N e verificar posicionamento final na placa.
5º Verificar o estado limite de Resistência à tração da chapa NED<<Nt,Rd, permitindo concluir sobre as
dimensões iniciais da chapa e da escolha do material em aço.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 35
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A6 ‐ Pretende‐se que verifique a ligação seguinte conforme EC3.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 36
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A6 (Metodologia de Resolução)
Dados iniciais do problema:
Chapa (NED=300kN, tcentral=10mm, aço S355) e Parafusos (M20, classe 4.6), e1=50, p1=70
Importante neste problema: Chapa solicitada em corte duplo (m=2). Parafusos solicitados ao corte e
esmagamento. Como a placa tem simetria, o estudo é efetuado para um lado.
Objetivos: verificar se os N parafusos da ligação são suficientes.
ED << m x N x Rd
1º Resistência ao corte Fv,Rd do parafuso e por plano de corte, verificar zona de liso e de rosca,
NED << Fv,Rd
3º Neste caso, o cálculo efetuado, e com base nos dados já impostos no problema, impõe que
N=3 se o corte ocorrer na zona lisa do parafuso, N=4 se o corte ocorrer na rosca do elemento.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 37
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Os componentes das ligações devem ser aproximados de modo a manterem‐se em contacto firme
durante a rebitagem. A excentricidade máxima entre furos comuns de um rebite numa ligação não deve
ser superior a 1 mm. Para se verificar este requisito é permitida a mandrilagem dos furos. Após a
mandrilagem dos furos pode ser necessário aplicar um rebite de maior diâmetro.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 38
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A7 – Dimensionar o número de rebites (?) necessário para o nó de apoio da treliça de uma
cobertura de um edifício industrial, considerando que a reação de apoio R=60kN se traduz:
‐ numa carga atuante de compressão nas pernas de 120kN (= 60kN / sin30º),
‐ numa carga de tração na linha de 104kN (= 120kN x cos30º).
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 39
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
Exemplo A7 (Metodologia de Resolução)
Dados iniciais do problema:
Perna (NED=F1=120kN, tcentral=8mm, açoS275, e1=35, p1=80), Rebites (d=d0=17, classe4.6), corte duplo m=2
Linha (NED=F2=104kN, tcentral=8mm, açoS275, e1=30, p1=62), Rebites (d=d0=17, classe4.6), corte duplo m=2
Rebites solicitados ao corte e esmagamento.
ED << m x N x Rd
3º Neste caso, o cálculo efetuado e com base nos dados impostos do problema, para ambos os elementos:
Pernas Linha
Com Fv,RD N=2 N=2
Com Fb,Rd N=2 N=3
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 40
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
EX3 – A viga metálica em aço S235 do tipo W360x64 é fixa a dois pilares, mediante a utilização de uma
placa de base com 10mm de espessura e 4 parafusos roscados de diâmetro 18mm, M18 e classe 8.8.
A viga com 7,5m de comprimento está sujeita a duas forças concentradas Fy e a uma carga distribuída Q.
Considere a ligação viga‐placa como encastramento (junta soldada). Neste problema, pretende‐se que
verifique a segurança da ligação aparafusada, entre a viga‐pilar através da placa de 10mm.
Fy=76kN Fy=71kN
Q=0.5kN/m
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Solução Computacional. Malha NDIV=40 (120elementos). OBJETIVO: obter esforços e reações.
NODE FX FY FZ MX MY MZ
1 0.0000 76565. …………. ………………. …………… 0.12618E+006
162 0.0000 74185. …………. ………………. …………… ‐0.12350E+006
Nota: estas reações tendem a ser idênticas às obtidas nos gráficos de esforços internos, que são calculados nos elementos. Assim
um maior nº de divisões de malha implica mais elementos e uma convergência para a solução das reações nos nós.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Solução Computacional, esforços internos atuantes (V e Mf) N, Nm (NÓ 1 MAIS SOLICITADO!)
NÓ 1
NÓ 1
NÓ 1
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Solução Computacional para obtenção das tensões xx N/m2
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Solução Computacional para obtenção das tensões equivalentes von Mises N/m2
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Resistência corte Fv,Rd=73,73kN (por parafuso e por plano de corte (aqui m=1))
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto
As ligações soldadas caracterizam‐se pela coalescência/aderência das partes em aço a
serem unidas por fusão. A fusão do aço é provocada pelo calor produzido por um arco
voltaico que se dá entre um elétrodo metálico e o aço a soldar, havendo a deposição do
material do elétrodo.
Principais processos de soldas em estruturas metálicas são:
E70XY E=Eléctrodo, 70=resistência rutura solda psi, X=posição de soldadura (1‐qualquer posição, 2‐posição horizontal), Y=tipo de revestimento e de corrente
Os principais elétrodos utilizados na indústria da construção metálica são:
E70xx, com resistência à rutura por tração: fw = 485MPa (mais comum);
E60xx, com resistência à rutura por tração: fw = 415MPa
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
E7010 E=Eléctrodo, 70=tensão de rutura psi, 1=posição de soldadura, 0=tipo de revestimento /corrente
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto
Aspetos a considerar: b
•Tensões criadas;
•Concentração excessiva da soldadura; a
•Evitar soldar elementos de espessura > 30[mm]; b
•Cordão para solda de filete e solda de entalhe/chanfro.
ou Cordão de ângulo (em T)
a=
Solda de entalhe (topo a topo)
a=
a a
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto
A utilização de soldaduras possui vantagens e desvantagens.
Vantagens
• economia de material:
a soldadura permite o aproveitamento total do material, ou seja, área líquida igual à área bruta. As
estruturas soldadas permitem eliminar grande quantidade dos elementos de ligação (chapas e perfis
auxiliares), em relação às estruturas parafusadas (em algumas estruturas, como pontes e treliças é
possível economizar 15% ou mais de peso em aço);
Desvantagens
• estruturas soldadas de grandes extensões sofrem redução no comprimento devido à retração;
• necessidade da colocação de geradores quando a energia elétrica é insuficiente;
• mais suscetíveis a falhas por fadiga, em comparação com as aparafusadas;
• operação cara e envolve operações de inspeção após a sua conclusão.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto Solda de Filete
mesmo lado
Áreas efetivas de corte e outros parâmetros dos cordões de solda.
Um parâmetro muito importante no estudo da resistência de soldas é a garganta
Solda de Filete
efetiva, a parte da solda assumida para ser efetiva na transferência de tensão, que lado oposto
pode ser considerada como uma mínima profundidade do plano de falha esperado.
Solda de Filete
Tanto para soldas de filete ou em entalhe/chanfro, além da garganta efetiva, existem outros ambos lados
parâmetros importantes:
‐ face de fusão ‐ região da superfície onde ocorreu a fusão do metal base e solda;
‐ raiz da solda ‐ linha comum às duas faces de fusão;
Chanfro em V
‐ perna do filete b ‐ menor dos lados, medidos nas faces fusão, do maior triângulo inscrito mesmo lado
dentro da seção transversal da solda (o filete de solda é a dimensão de sua perna);
‐ garganta efetiva a ‐ mais curta distância entre raiz solda e hipotenusa do triângulo inscrito;
‐ comprimento efetivo solda L ‐ comprimento total da solda de dimensão uniforme;
‐ área efetiva da solda Aw – resistência da solda, igual à garganta efetiva x o comprimento
efetivo (Aw = a L);
Aw =a L = 0,7 b L a
b
a=cos 45º b =0,7 b
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto
SOLDAS DE FILETE‐ As dimensões máximas a serem adotadas para as pernas dos filetes b, são
condicionadas pela espessura da chapa mais fina:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto
SOLDAS DE ENTALHE ‐ utilizadas quando se deseja preenchimento total do espaço entre as peças ligadas.
No dimensionamento, considera‐se a seção do metal base de menor espessura. Podem ser de dois tipos:
Penetração Total – quando a espessura efetiva da garganta é igual à espessura da chapa de menor dimensão;
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto
Exemplos de representação para fabricação:
Solda de filete ao longo das faces 1‐3 e 2‐4; soldas têm 50mm
comprimento com perna 5mm; elétrodo E60
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto
Exemplos de representação para fabricação:
Solda de entalhe em bisel de um lado, com chapa de espera; a seta
aponta na direção da peça com chanfro.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto
Artigo 26º REA
• A espessura dos cordões não deve ser inferior a 3mm;
• A espessura cordões de ângulo não deverá ser superior 70% da menor espessura elementos a ligar;
• Os cordões de topo contínuos devem ocupar toda a extensão da justaposição;
• Os cordões de ângulo contínuos não deverão apresentar comprimento inferior 40mm;
• Nos cordões topo descontínuos, o comprimento cada troço não deverá ser inferior a 4x a espessura
do elemento mais fino a ligar e o intervalo entre 2 troços sucessivos não deve exceder 12x espessura;
• No caso dos cordões ângulos descontínuos, o comprimento cada troço não deverá ser inferior a 4x a
espessura do elemento mais fino a ligar. O intervalo entre 2 troços sucessivos não deve exceder 16x
aquela espessura, em elementos sujeitos à compressão; e 24x essa espessura em elementos à tração.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto 𝐹 , 𝐹 , Resistência atuante << Resistência de cálculo
A verificação estrutural das soldas de penetração (total ou parcial) consiste na verificação da distribuição tensões no
contato entre metal da solda e metal base.
A tabela resume as fórmulas de resistência de cálculo das soldas de entalhe em função da penetração e solicitação.
fy é tensão cedência do metal base, fw tensão de rutura por tração do elétrodo, Aw=a L área efetiva da solda.
Penetração da solda Tipo de solicitação e orientação Resistência de cálculo Fw,Rd (N)
Total Tração ou compressão paralelas ao eixo da solda
0.9 Aw fy
Tração ou compressão perpendiculares à seção
efetiva da solda
Corte na seção efetiva Menor dos dois valores:
Metal Base: 0.9 Aw (0.6 fy)
Metal da Solda: 0.75 Aw (0.6 fw)
Parcial Tração ou compressão paralelas ao eixo da solda
Menor dos dois valores:
Tração ou compressão perpendiculares à seção Metal Base: 0.9 Aw fy
efetiva da solda Metal da Solda: 0.75 Aw (0.6 fw)
Corte na seção efetiva Menor dos dois valores:
Metal Base: 0.9 Aw (0.6 fy)
Metal da Solda: 0.75 Aw (0.6 fw)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
Ligações soldadas – disposições de projeto 𝐹 , 𝐹 , Resistência atuante << Resistência de cálculo
A verificação estrutural das soldas de penetração (total ou parcial) consiste na verificação da distribuição tensões no
contato entre metal da solda e metal base.
A tabela resume as fórmulas de resistência de cálculo das soldas de filete em função da penetração e solicitação.
fy é tensão cedência do metal base, fw tensão de rutura por tração do elétrodo, Aw=a L =0,7 b L área efetiva da solda,
Am área metal‐base = b L.
Esforços em qualquer direção no plano Menor dos dois valores:
perpendicular ao eixo da solda, ou corte na Metal Base: 0.9 Am (0.6 fy)
seção efetiva Metal da Solda: 0.75 Aw (0.6 fw)
a L a L
Multiplicando pela espessura:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
h=b (perna da solda)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), aplicação para ligações soldadas:
‐ A aços de construção soldáveis e a espessuras de materiais iguais ou superiores a 4mm.
‐ Ligações com propriedades mecânicas do metal de adição compatíveis com metal de base.
‐ Em geral, é seguro utilizar elétrodos de classe superior à dos aços ligados.
Tipos:
‐Soldaduras de ângulo (60º a 120º) e ângulo descontínua,
(soldadura de entalhe ou de filete)
‐Soldaduras de topo (penetração total e parcial) / entalhe,
‐Soldaduras de bujão utilizadas para transmitir corte e não tração,
‐Soldaduras de bordos arredondados,
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), aplicação para ligações soldadas:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define para ligações soldadas com cordão de ângulo (filete
ou entalhe):
(+utilizado em projetos estruturas metálicas)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 21
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define 2 métodos de cálculo da resistência de um cordão de
ângulo (filete ou entalhe): Método direcional e Método Simplificado.
Resistência atuante << Resistência de cálculo
Método direcional: (consiste na decomposição dos esforços nas soldaduras em componentes paralelas e transversais ao eixo
longitudinal da soldadura, segundo as direções perpendiculares e transversais ao plano que define a espessura do cordão)
‐os esforços transmitidos são por unidade comprimento da soldadura e nas direções indicadas.
‐o valor do cálculo da área efetiva do cordão 𝐴 ∑𝑎 𝑙
‐o valor cálculo da resistência do cordão ângulo é suficiente se forem satisfeitas as condições:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 22
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define 2 métodos de cálculo da resistência de um cordão de
ângulo (filete ou entalhe): Método direcional e Método Simplificado.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 23
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8 (2010), define 2 métodos de cálculo da resistência de um cordão de
ângulo (filete ou entalhe): Método direcional e Método Simplificado.
𝐹 , 𝐹 ,
Resistência atuante << Resistência de cálculo
𝐹 , valor cálculo do esforço atuante na soldadura por unidade comprimento
𝐹 , valor cálculo da resistência da soldadura por unidade comprimento
𝐹 , 𝑓 , 𝒂
𝑓 , = valor cálculo da resistência ao corte da soldadura, Pa
a = espessura efetiva da cordão de ângulo da garganta
𝑓⁄ 3
𝑓 .
𝛽 𝛾
𝛾 = coeficiente de segurança para a resistência de seções em rotura
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 24
Dimensionamento de Ligações. Soldadas
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1
(2010),
e
O EC3‐1‐8, EN 1993‐1‐8
(2010),
definem os coeficientes
parciais de segurança:
𝛾 1,25
𝛾 1,25
𝛾 , 1,1
𝛾 1,0
𝛾 1,0
𝛾 , 1,0
𝛾 1,1
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 25
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
•Objetivos: Resistência de cálculo do cordão de soldadura, qualquer tipo de cordão de solda (filete ou
entalhe), e qualquer esforço atuante ou solicitante.
Verifique: 𝐹 , 𝐹 ,
𝑓⁄ 3 490⁄ 3
𝐹 , 𝑓 , 𝒂 𝑓 , 251,5𝑁/𝑚𝑚2
𝛽 𝛾 0,9 1.25
⁄
i) 𝐹 , 4.2 1.1𝑘𝑁/𝑚𝑚
, .
⁄
ii) 𝑉 , 𝐹 , 𝐿 4.2 40 42𝑘𝑁
, .
⁄
ii) 𝑉 , 𝐹 , 𝐿 4.2 31.6 33𝑘𝑁
, .
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 26
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
•Objetivos: Resistência ao corte da placa soldada 𝑉 , , qualquer tipo de cordão de solda (filete ou
entalhe), e qualquer esforço atuante ou solicitante.
Exemplo A9 – Calcule a resistência ao corte da placa soldada à viga, aço S275 (fu=430MPa).
A espessura a do cordão de soldadura é 4mm.
A viga é um perfil UB 357x171x67.
A placa tem espessura tp=10mm e altura hp=240mm.
Verifique: 𝐹 , 𝐹 ,
𝐹 , 𝑓 , 𝑎
430⁄ 3 𝐹 𝑓 4 934.4 𝑁/𝑚𝑚
𝑓 , 233,6𝑁/𝑚𝑚2 , ,
0,85 1.25
O comprimento do lado de 1 solda Leff = 240‐2 a = 240‐2x4 = 232 mm
𝑉 , 𝐹 . 2𝐿 433 𝑘𝑁
𝑉 , 𝐹 . 2𝐿 449 𝑘𝑁
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 27
Dimensionamento de Ligações. Exercícios 𝐹 , 𝐹 ,
•Objetivos: Resistência ligação tracionada, Solda filete, Solda penetração total, ED em 2 cordões (AA) e
cordão (BB):
Exemplo A10 – Uma placa de aço S275 (fu=430MPa) de 12mm de espessura está sujeita a uma
força solicitante axial de tração de 100kN (ED) e está ligada a outra placa com mesma espessura
formando um perfil em T através de soldadura.
Verifique capacidade resistente (Rd) da solda para a força solicitante (ED), utilizando o elétrodo
E60 (fw=415MPa), em cada caso: solda de filete (corte AA) e solda penetração total (corte BB).
AWS
Fw,Rd é o Menor dos dois valores:
Metal Base: 0.9 Am (0.6 fy) =0.9 ( b L) (0.6x275)=74.25kN
Metal da Solda: 0.75 Aw (0.6 fw) =0.75 (0.7 b L) (0.6x415)=65.5kN
Fw,Rd = 65.5kN>> 100/2 kN (SATISFAZ)
100kN
Equilíbrio de esforços,
cada solda tem um
⁄ esforço atuante 50kN
𝑬𝑪𝟑: 𝑓 , 𝐹 , 225.5 x (0.7x5) x 93 =73.4kN
, .
AWS
100kN
Fw,Rd=0.9 Aw fy = Equilíbrio de esforços,
0,9 (t L) 275= 0,9x12x100x275=297kN a solda tem esforço
atuante total 100kN
Fw,Rd = 297kN>> 100kN (SATISFAZ)
⁄
𝑬𝑪𝟑: 𝑓 , 𝐹 , 225.5 x (6) x (200‐12)=254.4kN
, .
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 28
Dimensionamento de Ligações. Exercícios 𝐹 , 𝐹 ,
•Comprimento necessário de solda L, Solda de filete, ligação tração, total, ED em 4 cordões:
Exemplo A11 – Verifique o comprimento L de uma solda de filete para uma ligação entre placas
solicitadas à tração com valor solicitante de cálculo 180kN (ED), conforme a figura. Admitir um
aço S275 das placas e um elétrodo E60.
Equilíbrio de esforços, cada solda tem
esforço atuante 45kN
AWS
Fw,Rd é o Menor dos dois valores:
Metal Base: 0.9 Am (0.6 fy) =0.9 ( 5 L) (0.6x275)=742,5 L
Metal da Solda: 0.75 Aw (0.6 fw) =0.75 (0.7 5 L) (0.6x415)= 1143,84 L
Fw,Rd = 45 000 N>> 742,5 L L>>60,61mm
⁄
𝐸𝐶3 1 8: 𝑓 , 𝐹 , 225.5 x (0.7x5) x L’ 45000<<789.3 L’ L’>> 57mm L>>64mm
, .
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 29
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
•Comprimento de solda L1 e L2, Solda de filete, ligação tração, ED equilibra F1 e F2:
Exemplo A12 – Calcular a ligação de um perfil L 127x24,1 kg/m submetido à tração com uma
placa gusset. Considere o aço S275 no metal base e elétrodo E70.
Equilíbrio de esforços (estática, forças e momento):
solda com esforço atuante F1=42.9kN
solda com esforço atuante F2=107kN
AWS
Fw,Rd é o Menor dos dois valores:
Metal Base: 0.9 Am (0.6 fy) =0.9 ( 6xL1) (0.6x275)=891 L1 Metal Base: 0.9 ( 6xL2) (0.6x275)=891 L1
Metal Solda: 0.75 Aw (0.6 fw) =0.75 (0.7x6xL1) (0.6x482)= 910,98 L1 Metal Solda: 0.75 (0.7x6xL2) (0.6x482)= 910,98 L1
Fw,Rd = 42900 N>> 891 L1 L1>>48,1mm Fw,Rd = 107000 N>> 891 L2 L2>>120,1mm
⁄
𝐸𝐶3: 𝑓 , 𝐹 , 225.5 (0.7x6) L’ 42900<<947,1 L1’ L1’>> 45.3 L1>>54mm, 107000<<947,1 L2’ L2’>> 113 L2>>121.3mm
, .
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 30
Dimensionamento de Ligações. Exercícios
•Comprimento de solda L1 e L2, Solda de filete, ligação tração, ED equilibra F1, F2, F3:
Equilíbrio de esforços (estática, forças e momento):
F1+150‐F2‐F3=0
‐F1x127+F3x63.5‐150x36.3=0
AWS
Fw,Rd é o Menor dos dois valores:
Metal Base: 0.9 Am (0.6 fy) =0.9 ( 6xL) (0.6x275)=891 L
Metal Solda: 0.75 Aw (0.6 fw) =0.75 (0.7x6xL) (0.6x482)= 910,98 L
F1<< 891 L1
F2<<891 L2
F3<<891x127=113.157kN F2=50.543kN F3=13.7kN
L1>> 56.73mm e L2>>15.4mm
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 31
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Na ligação seguinte, para além da resistência ao corte dos parafusos, é necessário verificar a resistência à
tração na seção útil da chapa Anet, que conforme o EC3 é dada por:
No entanto, placas solicitadas à tração com furos podem induzir a elevadas concentrações de tensões.
Assim, a determinação da concentração de tensão junto a um furo é um requisito importante de projeto,
obtido analiticamente com recurso a gráficos, testes experimentais ou numéricos.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
EX4 – Analise um furo em EPT 2D numa placa com furo central em aço S235: d0=10, W=100, L=50, t=10,
N=100kN. Verifique também o estado de tensão máximo junto ao furo.
EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), para determinação do valor de cálculo resistente individual da secção metálica:
𝐴 𝑓 50𝑥10 235
𝑁 , 117,5𝑘𝑁
𝑁 100𝑘𝑁 𝛾 1
1,0 verificar 𝑁 , min
𝑁, , ,
𝑁 , 103,68kN
Conclusão: a seção resiste à tração! E no Furo? ,
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Ex=210000MPa, d0=10mm, W=100mm, L=50mm, t=10mm, N=Fx=100 000N
‘’Tutorial do ANSYS placa com furo em EPT 2D’’
Pre‐Processor
Ansys Main Menu>Preferences> pick Structural >ok
Element Type> Add/Edit/Delete> Add> Solid (8node183)> Ok / in Options> Element Behaviour K3= plane strs w/thk
(choose)>ok>close
Preprocessor>Real Constants> Add/Edit/Delete> Add> ok>thickness Thk=t
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Linear>Elastic>Isotropic>Ex=210E3; Prxy=0.3 >ok> Exit
Pre‐processor>Modelling > Create > Areas > Circle> Solid Circle > WP X = 0 WP Y = 0 Radius = d0/2 > OK
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
= [100000/(10x50)] = 200MPa (valor médio de tensão normal na placa)
máx furo = k x [100000/(10x50)] = k x 200 = 600MPa (valor máximo da tensão normal juro ao furo)
k é função da geometria, obtido em curvas de geometrias, ou na forma de testes numéricos ou experimentais.
xx (MPa)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
EX5 – Verifique a resistência do cordão de soldadura na união de 2 placas submetidas à tração com
F=10kN. Utilize o método direcional de cálculo, conforme proposto pelo EC3‐1‐8, e compare os resultados
com uma solução numérica computacional.
Método direcional, EC3‐1‐8
Resistência atuante na solda << Resistência de cálculo para o projeto
𝛾 1,25
𝐴 𝑎𝑙
Neste caso: 𝛽 0,85
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
EX5 – Verifique a resistência do cordão de soldadura na união de 2 placas submetidas à tração com
F=10kN. Utilize o método direcional de cálculo, conforme proposto pelo EC3‐1‐8, e compare os resultados
com uma solução numérica computacional.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
‘’Tutorial do ANSYS 2 placas soldadas solicitadas à tração em 3D, com elemento sólido de 20 nós Brick 8node186 ’’
Pre‐Processor
Ansys Main Menu>Preferences> pick Structural >ok
Element Type> Add/Edit/Delete> Add> Solid> Brick 8node186 > Ok > close
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Linear>Elastic>Isotropic>Ex=210E3; Prxy=0.3 >ok>
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Nonlinear>Inelastic>Rate Independent>Isotropic Hardening>Mises
Plasticity>Multilinear>( Introduce values in Strain and Stress) = Add Point > Graph > ok>
(Window) Material > New Model… define Material ID 2 >Ok
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Linear>Elastic>Isotropic>Ex=210E3; Prxy=0.3 >ok>
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Nonlinear>Inelastic>Rate Independent>Isotropic Hardening>Mises
Plasticity>Multilinear>( Introduce values in Strain and Stress) = Add Point > Graph > ok> Exit.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Resultado numérico das tensões equivalentes, MPa
A alternativa, para além da analítica efetuada, também poderia ser experimental.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
EX6 – Calcule o comprimento L do cordão da soldadura em filete da ligação viga‐pilar sob ação de uma
carga FED=10kN na extremidade livre. Admita a tensão admissível na solda de 215MPa, obtida de um C.S.=2
em relação à tensão última 430MPa.
Na área das soldas AllDof=0 e Uz todos nós=0
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Método direcional, baseado no esforço total da junta soldada
Se juntas submetidas a esforços normais
Junta T com a chapa de topo carregada axialmente Diagrama de Corpo Livre do Cordão de Solda
Método direcional, EC3‐1‐8
Resistência atuante na solda << Resistência de cálculo para o projeto
𝐴 𝑎𝑙
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Método direcional, baseado no esforço total da junta soldada
Se juntas submetidas a esforços transversais
Py vai atuar em 2 cordões
Na pratica Py/2
RL=Py/2
Py
Diagrama de Corpo Livre do Cordão de Solda
Método direcional, EC3‐1‐8
Resistência atuante na solda << Resistência de cálculo para o projeto
𝐴 𝑎𝑙
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Método direcional, baseado no esforço total da junta soldada
Se juntas submetidas a momentos fletores
Diagrama de Corpo Livre do Cordão de Solda
Método direcional, EC3‐1‐8
Resistência atuante na solda << Resistência de cálculo para o projeto
𝐴 𝑎𝑙
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
Resultado numérico das tensões
equivalentes, MPa
E local solda:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
‘’Tutorial do ANSYS viga‐pilar 3D soldada, à flexão, com elemento sólido de 20 nós Brick 8node186 ’’
Pre‐Processor
Ansys Main Menu>Preferences> pick Structural >ok
Element Type> Add/Edit/Delete> Add> Solid> Brick 8node186 > Ok > close
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Linear>Elastic>Isotropic>Ex=210E3; Prxy=0.3 >ok>
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Nonlinear>Inelastic>Rate Independent>Isotropic Hardening>Mises
Plasticity>Multilinear>( Introduce values in Strain and Stress) = Add Point > Graph > ok>
(Window) Material > New Model… define Material ID 2 >Ok
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Linear>Elastic>Isotropic>Ex=210E3; Prxy=0.3 >ok>
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Nonlinear>Inelastic>Rate Independent>Isotropic Hardening>Mises
Plasticity>Multilinear>( Introduce values in Strain and Stress) = Add Point > Graph > ok> Exit.
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação e quantificação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Ações em estruturas.
Conforme EC0 (2009), EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1) e o RSA ‐ Regulamento de segurança e
ações para estruturas de edifícios e pontes – DL nº235/83 de 31 maio, a segurança de uma estrutura
metálica (estado limite último) deve verificar as regras de equilíbrio estático, resistência das seções
transversais dos elementos, resistência dos fenómenos de instabilidade e resistência das ligações.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Ações em estruturas.
533x210 UB92
3,00 3,00
610x229 UB113
30.00
Vão
Altura
http://www.trabifer.com/ da
coluna
ou pilar
Distância entre pórticos
http://www.zanet.pt/
Viga
Madre
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Ações em estruturas.
http://www.cype.pt/
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Ações em estruturas.
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
Verificação da segurança, em relação aos estados limites últimos que não envolvem perda
de equilíbrio ou fadiga, função da duração da ação e grau de exigência, permite um período
de Vida útil das construções a considerar no projeto.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Ações em estruturas. Estados Limites ELU or ULS
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
EQU‐perda de equilíbrio estático do conjunto ou parte da estrutura considerada como corpo rígido. ELS
STR‐rotura ou deformação excessiva da estrutura ou elementos.
GEO‐rotura ou deformação excessiva do terreno. ELU
FAT‐rotura por fadiga da estrutura ou elementos.
Estados limites de serviço ou de utilização (ELS=EQU) static equilibrium of the structure (preocupação
pelo serviço da estrutura, conforto das pessoas, construção); (deformações/deslocamentos/flechas)
Ed,dst ≤ Ed,stb Ed,dst=valor cálculo do efeito das ações não estabilizantes; Ed,stb=valor cálculo do efeito das ações estabilizantes.
Estados limites últimos (ELU=STR and/or GEO) limit state of rupture or excessive deformation of a
section, member or connection (preocupação pelo colapso, perda de equilíbrio, ruína por deformação,
rotura por fadiga); (tensões)
Ed ≤ Rd Ed=cálculo do efeito das ações, esforço ou vetor representando vários esforços; Rd=valor cálculo da resistência correspondente.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Ações em estruturas. Classificação das ações.
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
Aplicação:
b) Quantificação das ações (calcular valor característico e reduzido, para a solicitação (Ed)):
‐As ações podem ser permanentes, variáveis e acidente.
‐Exemplos: peso próprio, neve, vento, temperatura, sismos e aços específicos.
‐Valores característicos.
‐Valores reduzidos.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Ações em estruturas. Classificação das ações.
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
Ações em função da sua variação no tempo (Ed):
Ações permanentes (G) (ações com elevada probalidade de atuar durante determinado
período de referência e assumem valores constantes durante a vida da estrutura).
Exemplos: peso próprio da estrutura, painéis revestimento, madres.
Ações variáveis (Q) (ações cuja variação de intensidade no tempo não é desprezável e
assumem valores com variação significativa).
Exemplos: sobrecarga, neve, vento, sismo.
Ações de acidente (A) (ações de curta duração mas com intensidade significativa, mas pouca
probabilidade de ocorrência no tempo de vida útil da estrutura).
Exemplos: explosões, choques veículos, incêndios
Os valores característicos das ações são quantificados nas diferentes partes do Eurocódigo 1.
‐Valores característicos (valores extremos da ocorrência no período de tempo, o maior vento nesse
período, a maior neve nesse período).
‐Valores reduzidos (valores característicos x probalidade de ocorrer em simultâneo).
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Ações em estruturas. Classificação das ações.
Ações em função da sua variação no tempo (Ed):
Uma vez que nem todas as ações têm obrigação de atuar em simultâneo são feitas combinações das mesmas.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Combinação de ações em estruturas. Estados limites últimos. ELU
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
Considerar combinações verosímeis e que
produzam os efeitos mais desfavoráveis.
Expressões para definir combinações de ações.
.Ações permanentes: em todas as
Para verificar os Estados limites últimos (ELU=STR and/or GEO) limit combinações considerar os valores reduzidos:
ELU
state of rupture or excessive deformation of a section, member or ‐coeficiente segurança G=1,35 desfavorável,
connection (preocupação pelo colapso); Ed ≤ Rd ‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.
ELS
‐coeficiente segurança G=1 se desfavorável,
‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.
Combinações fundamentais à temperatura ambiente
(persistentes e transitórias): .Ações variáveis: em todas as combinações
E d= ∑ 𝐺, 𝑗 𝐺 , Q,1 Qk,1 + ∑ Q,i𝑜𝑖 𝑄 , ELU
‐coeficiente segurança Q=1,5 desfavorável
‐coeficiente segurança Q=0 se favorável
𝐺 , = esforço resultante de uma ação permanente, valor característico, ELS
𝑄 , = esforço resultante de uma ação de base variável, valor característico, ‐afetar o coeficiente de segurança Q=1,0
𝑄 , = esforço resultante de uma ação variável, valor característico,
G,j = coeficiente de segurança relativo às ações permanentes (1,35 ou 1,0), Desfavorável Favorável
Q= coeficiente de segurança relativo às ações variáveis (=1,5 ou 0),
o,i = coeficiente probabilístico da ação variável de ordem i. Peso Vento Peso Vento
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Combinação de ações em estruturas. Estados Limites de Utilização. ELS
Conforme o EC0
Conforme (2009)
o EC0 e EC1‐1‐1
(2009) (2009)
e EC1‐1‐1 (EN
(2009) 1990
(EN e EN
1990 1991‐1‐1)
e EN 1991‐1‐1) Considerar combinações verosímeis e que
E ≤C
d d
produzam os efeitos mais desfavoráveis.
Expressões paradodefinir
Ed=valor cálculo combinações
efeito das de ações.
ações combinadas; Cd=valor cálculo correspondente ao
valor limite do critério de utilização. .Ações permanentes: em todas as
Para verificar os Estados limites de serviço ou de utilização combinações considerar os valores reduzidos:
ELU
(ELS=EQU) static equilibrium of the structure (preocupação pelo ‐coeficiente segurança G=1,35 desfavorável,
serviço da estrutura); Ed,dst ≤ Ed,stb ‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.
ELS
•Combinação característica, associada a um estado limite de muito curta duração, ou ‐coeficiente segurança G=1 se desfavorável,
seja, são ações que no período útil da estrutura, geralmente de 50 anos, solicitarão a ‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.
estrutura somente por algumas horas.
Combinação característica ou rara: .Ações variáveis: em todas as combinações
ELU
E d= ∑ 𝐺 , Qk,1 + ∑ 𝑜, 𝑖 𝑄 , ‐coeficiente segurança Q=1,5 desfavorável
‐coeficiente segurança Q=0 se favorável
ELS
•Combinação frequente, associada a um estado limite de curta duração, ou seja, a solicitação ‐afetar o coeficiente de segurança Q=1,0.
aplicada à estrutura por um período total equivalente a cerca de 5% da sua vida útil;
Combinação quase‐permanente:
E d= ∑ 𝐺 , ∑ 2 𝑖 𝑄 ,
,
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Combinação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A14 ‐ O esforço normal num elemento de uma treliça em aço de um
Considerar combinações verosímeis e que
edifício comercial assume os valores para diferentes ações consideradas. produzam os efeitos mais desfavoráveis.
Calcule a combinação de ações, atendendo ao estado limite último (ELU) e de
serviço (ELS). Considere os coeficientes de combinação conforme a tabela. .Ações permanentes: em todas as
combinações considerar os valores reduzidos:
ELU
‐coeficiente segurança G=1,35 desfavorável,
‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.
ELS
‐coeficiente segurança G=1 se desfavorável,
‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.
Peso Vento Peso Vento
Comb 2 Ed=1,35x100 + 1,5x600 + (1,5x0,7x500) = 1560 kN
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Combinação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A15 ‐ O esforço normal num elemento de uma treliça em aço de um
Considerar combinações verosímeis e que
edifício comercial assume os valores para diferentes ações consideradas. produzam os efeitos mais desfavoráveis.
Calcule a combinação de ações, atendendo ao estado limite último (ELU) e de
serviço (ELS). Considere os coeficientes de combinação conforme a tabela. .Ações permanentes: em todas as
combinações considerar os valores reduzidos:
ELU
‐coeficiente segurança G=1,35 desfavorável,
‐ ‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.
ELS
‐coeficiente segurança G=1 se desfavorável,
‐coeficiente segurança G=1,0 se favorável.
Peso Vento Peso Vento
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Quantificação de ações em estruturas. Peso próprio (ação permanente)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
Peso próprio: peso volúmico de materiais de construção e de materiais armazenados.
Diz respeito à estrutura e aos elementos não estruturais.
O peso próprio total dos elementos estruturais e não estruturais deverá ser considerado nas
combinações de ações como uma única ação.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Quantificação de ações em estruturas. Peso próprio (ação permanente)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
AÇÃO PERMANENTE = G
Os pesos próprios dos elementos de construção devem ser obtidos a partir dos valores que os pesos volúmicos dos
materiais apresentam nas condições reais de utilização.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Quantificação de ações em estruturas. Peso próprio (ação permanente)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
AÇÃO PERMANENTE = G
Os pesos próprios dos elementos de construção devem ser obtidos a partir dos valores que os pesos volúmicos dos
materiais apresentam nas condições reais de utilização.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Quantificação de ações em estruturas. Sobrecargas (ação variável)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
As sobrecargas em edifícios são as cargas que resultam da sua ocupação; são consideradas
no projeto como ações quase‐estáticas e, salvo especificação em contrário, são classificadas
como ações variáveis livres, a serem aplicadas apenas nas zonas a que correspondem
valores desfavoráveis para o efeito em causa.
Para cada categoria são definidos os valores característicos de uma carga uniformemente
distribuída (qk) e de uma carga concentrada vertical (Qk).
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Quantificação de ações em estruturas. Sobrecargas (ação variável)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
AÇÃO VARIÁVEL = Q
Sobrecarga
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Quantificação de ações em estruturas. Sobrecargas (ação variável)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
AÇÃO VARIÁVEL = Q
sobrecarga
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Quantificação de ações em estruturas. Sobrecargas (ação variável)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
AÇÃO VARIÁVEL = Q
Sobrecarga
4 categorias:
A – atividades
domésticas e residenciais,
B – escritórios,
C – locais de reunião;
D – atividades
comerciais, sendo que as
categorias C e D ainda
apresentam subdivisões (C1
a C5 e D1 a D2).
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Quantificação de ações em estruturas. Sobrecargas (ação variável)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
AÇÃO VARIÁVEL = Q
Sobrecarga
As zonas de circulação e de
estacionamento de veículos
em edifícios são classificadas
em duas categorias – F e G
As coberturas são
classificadas em três
categorias H, I.
Há ainda a K, destinando‐se
a utilizações especiais (tais
como aterragem de
parapeitos
helicópteros).
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 21
Combinação de ações em estruturas. Sobrecargas (ação variável). Coeficiente probabilístico
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 22
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
RECENTE 29‐fev‐2018
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 23
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC0 (2009) e EC1‐1‐1 (2009) (EN 1990 e EN 1991‐1‐1)
A EN 1991‐1‐3 especifica que as cargas da neve devem ser classificadas como ações
estáticas e que, salvo especificação em contrário, devem ser consideradas como ações
variáveis fixas.
As cargas obtidas deverão ser consideradas como atuando verticalmente, sendo referidas à
projeção horizontal da área das coberturas em causa.
O valor característico da carga da neve numa cobertura (s) é calculado através do produto
do valor característico da carga da neve ao nível do solo (sk) por coeficientes adequados à
cobertura em causa, em particular quanto à geometria e condições locais de vento.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 24
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), a segurança de uma estrutura metálica
AÇÃO VARIÁVEL = NEVE Qs
Terminologia:
Altitude do local ‐ altura acima do nível médio do mar do local onde a estrutura se encontra.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 25
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), a segurança de uma estrutura metálica
AÇÃO VARIÁVEL = NEVE Qs
𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆
Para situações de projeto acidentais em que a carga da neve excecional é de ação de acidente:
𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆
Para situações de projeto acidentais nas quais a neve associada a um deslocamento excecional é a ação
de acidente e em que se aplica anexo B para cálculo do coeficiente de forma:
𝑠 𝜇 𝑆
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 26
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), a segurança de uma estrutura metálica
𝝁𝒊 = coeficiente de forma para a neve (seção 5.3 e Anexo B) 𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆
Para quando não há impedimento de deslizamento da neve
Quando há impedimento de deslizamento da neve (guarda‐neves, obstáculos, platibanda), o valor não
deve ser inferior a 0,8
Platibanda=faixa horizontal (muro ou grade) que emoldura a parte superior de um edifício e que tem a função de esconder o telhado.
Coeficientes de forma para a carga de neve‐cobertura de uma vertente (deslocada e não deslocada).
Carga da neve não deslocada na cobertura ‐ antes de qualquer redistribuição devida a outras ações climáticas.
Carga da neve deslocada na cobertura ‐ distribuição após ter havido uma deslocação desta de um local para outro da cobertura devido por exemplo à ação do vento.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 27
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), a segurança de uma estrutura metálica
𝝁𝒊 = coeficiente de forma para a neve (seção 5.3 e Anexo B) 𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆
Para quando não há impedimento de deslizamento da neve
Quando há impedimento de deslizamento da neve (guarda‐neves, obstáculos, platibanda), o valor não
deve ser inferior a 0,8
Caso i‐carga de neve não deslocada
Caso ii‐carga de neve deslocada
Caso iii‐carga de neve deslocada para condições locais particulares
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 28
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), a segurança de uma estrutura metálica
𝝁𝒊 = coeficiente de forma para a neve (seção 5.3 e Anexo B) 𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆
Para quando não há impedimento de deslizamento da neve
Quando há impedimento de deslizamento da neve (guarda‐neves, obstáculos, platibanda), o valor não
deve ser inferior a 0,8
Caso i‐carga de neve não deslocada
Caso ii‐carga de neve deslocada
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 29
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), a segurança de uma estrutura metálica
𝝁𝒊 = coeficiente de forma para a neve (seção 5.3 e Anexo B) 𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆
neve não deslocada
neve deslocada
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 30
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), a segurança de uma estrutura metálica
𝑪𝒆 = coeficiente de exposição 𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 31
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009), Anexo Nacional NA para o território nacional para todos os
valores de carga da neve incluindo os locais com altitude superior a 1500m.
𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆
O território é classificado em zonas: Z1, Z2 e Z3.
Os valores característicos da neve ao nível do solo Sk (kN/m2) são determinados por:
𝐻
𝑆 𝐶 1
500
𝐶 =coeficiente dependente da zona (Z1=0,3; Z2=0,2; Z3=0,1)
H=altitude do local em metros (altitude a partir da cota do mar).
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 32
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 33
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009)
𝑺𝒌 𝐯𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐜𝐚𝐫𝐚𝐭𝐞𝐫í𝐬𝐭𝐢𝐜𝐨 𝐧𝐞𝐯𝐞 𝐤𝐍/𝐦𝟐 nível do solo. 𝑠 𝜇 𝐶 𝐶 𝑆
(Anexo B não se aplica Portugal só NA) Como exemplo:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 34
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3), (ação variável)
Conforme o EC1‐1‐3, EN 1991‐1‐3 (2009)
𝐴 = altitude do local ao nível do solo
Z = número da zona indicado em cada mapa (seção 5.3 e Anexo B)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 35
Quantificação de ações em estruturas. Ação da neve (EN 1991‐1‐3). Coeficiente probabilístico
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 36
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A16 ‐ Ações da neve: exemplo de aplicação (cobertura de duas vertentes, com α = 8,5°).
Considere um edifício industrial localizado na zona de Vila Real, local com altitude igual a 500m, cuja
estrutura principal apresenta uma sucessão de pórticos iguais ao representado na Figura, afastados entre si
de 6,0m; nas travessas dos pórticos assentam madres, as quais apoiam uma cobertura em chapa de aço.
Admita‐se que a cobertura é de duas vertentes.
Objetivo – Determinar os casos de carga relativos à ação da neve para um dos pórticos intermédios.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 37
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A16 ‐ Ações da neve: exemplo de aplicação (cobertura de duas vertentes, com α = 8,5°).
Carga da neve para um dos pórticos intermédios
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 38
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Quantificação e combinação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Quantificação de ações em estruturas. Ação do vento (EN 1991‐1‐4)
O vento pode ser definido como o movimento de uma massa de ar devido às variações de
temperatura e pressão.
Se um corpo é colocado no fluxo do vento, e ocorre a alteração da sua trajetória, é porque houve uma
interação de forças entre a massa de ar e a superfície do corpo.
Pode‐se mostrar que essa pressão de interação é função da forma e rugosidade do obstáculo, e do ângulo de
incidência e velocidade do vento.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável)
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
A EN 1991‐1‐4 fornece orientações para a determinação das ações do vento
no projeto estrutural de diversas construções.
Situações não abrangidas por esta Norma:
• construções com altura superior a 200m recomenda‐se
bibliografia especializada ou modelações numéricas e/ou ensaios.
• mastros, torres em treliça e postes de iluminação;
• pontes suspensas, de tirantes ou com tramo(s) de vão superior a 200 m;
• vibrações de torção ou outros modos de vibração além do modo fundamental.
As ações do vento sobre as construções são representadas por um conjunto simplificado de pressões ou
de forças estáticas cujos efeitos são equivalentes aos extremos do vento, tendo em conta a turbulência
atmosférica. Salvo especificação em contrário, as ações do vento devem ser classificadas como ações
variáveis fixas.
As forças exercidas pelo vento podem ser determinadas por uma das vias:
• a partir das pressões nas superfícies;
• a partir de coeficientes de força apropriados.
A ação do vento varia com o tempo, atua diretamente na perpendicular e na forma de pressão nas
superfícies exteriores das construções; no caso de construções fechadas atuam também indiretamente
sobre as superfícies interiores devido à porosidade da superfície exterior. Ou também diretamente
sobre a superfície interior de construções abertas. Também se podem desenvolver forças de atrito
significativas quando o vento é elevado.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável)
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
A EN 1991‐1‐4 fornece orientações para a determinação das ações do vento
no projeto estrutural de diversas construções. 22
20
20
25 26
Considerações iniciais: 24
23
27
23 22
23
23
30
23 32
30 22
21
30 28
27 20
29 28 24
28
26
30 25
28 24 24
‐velocidade do vento
27 28 28
24 29
8
30 30
28 27 28 30 27
28 28
30
30
36
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável)
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
A EN 1991‐1‐4 fornece orientações para a determinação das ações do vento
no projeto estrutural de diversas construções.
Considerações iniciais:
Apesar de se tratar de uma ação dinâmica, a ação do vento pode ser quantificada por forças estáticas
equivalentes FE:
𝐹 𝑐 𝑞 (z) A (N)
Onde:
𝑐 – coeficiente de forma; 𝑞 (z) – pressão dinâmica de pico; A – área de referência projetada.
A pressão dinâmica de pico à altura z acima do terreno é dada por:
𝑞 𝑧 𝑐 (z) x 𝑞 (N/m2)
Onde:
𝑐 (z) – é o chamado coeficiente de exposição; 𝑞 – é a chamada pressão dinâmica de referência, dada por:
𝑞 𝜌𝑣 ( (kg/m3)x(m/s)2 =N/m2 ) 𝝆𝒂𝒓=1,25 kg/m3
A altura da construção é um parâmetro importante na quantificação da ação do vento. Deve distinguir‐se entre velocidade média e de
pico, ou de rajada (gust velocity) isto é, a velocidade com e sem o efeito da turbulência. Para a segurança das estruturas, é a velocidade
do pico que interessa.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável). Terminologia
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Lado de onde sopra o vento Lado oposto ao vento
O cálculo da ação do vento é efetuado com valores de referência da velocidade do vento ou da pressão
dinâmica. O efeito do vento na estrutura (a resposta da estrutura) depende da dimensão, forma e das
propriedades dinâmicas da estrutura.
As pressões exercidas (N/m2) nas superfícies da construção podem ser exteriores we ou interiores wi,
função das alturas z de referência, coeficientes de pressão cp e qp pressão de pico (resultante da
velocidade média e das flutuações de curta duração da velocidade do vento):
𝑤 𝑐 𝑞 𝑧 𝑤 𝑐 𝑞 𝑧
em que: 𝑞 𝑧 pressão dinâmica de pico; 𝑧 altura de referência para a pressão exterior/interior;
𝑐 / coeficiente de pressão para a pressão exterior/interior.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável). Método
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Como a velocidade do vento aumenta em altura, é necessário
determinar uma velocidade média, vm, de forma a serem
quantificadas as rajadas do vento no edifício. 𝑣 𝑧 𝑐 𝑧 𝑐 𝑧 𝑣
Antes de determinar a velocidade média do vento é necessário determinar o seu valor de referência, b,
que consiste em definir a direção do vento e o coeficiente de razão. Estes dois parâmetros são
considerados unitários segundo o Anexo Nacional da EN 1991 e o valor básico da velocidade de
referência do vento é retirado a partir da zona em que a construção será inserida.
O continente nacional está dividido em duas zonas, zona A e zona B. Assim, os valores de base da
velocidade de referência do vento para a zona A e para a zona B são de 27 m/s e 30 m/s, respetivamente.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒗𝒃
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – valores de referência (4.2 e Anexo B)
Os valores característicos das ações do vento são determinados a partir dos valores de
referência da velocidade média do vento:
Velocidade básica do vento 𝑣 𝑐 𝑐 𝑣 (1º)
,
𝑣 valor referência da velocidade do vento m/s, função da direção vento e época ano
𝑐 = coeficiente de direção, ver no NA, recomendado igual 1
𝑐 = coeficiente de sazão (estação) , ver no NA, recomendado igual 1
𝑣 , = valor básico da velocidade de referência do vento.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒗𝒃,𝟎
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
𝑣 , = valor básico da velocidade de referência do vento. (2º)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒗𝒎 𝒛
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – vento médio (4.3 e Anexo B)
A velocidade média do vento a uma altura z acima do solo, vm(z),
depende da rugosidade do terreno, da orografia (relevo) local,
obstáculos ao escoamento e da velocidade vb.
(3º)
Velocidade média do vento 𝑣 𝑧 𝑐 𝑧 𝑐 𝑧 𝑣
z0=comprimento de rugosidade, zmin=altura mínima e zmax=200m
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒗𝒎 𝒛
IV I
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒄𝒓 𝒛
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – vento médio (4.3 e Anexo B) (4º)
𝑐 𝑧 = coeficiente de rugosidade
Tem em conta a variabilidade da velocidade média do vento no local, como resultado da altura acima do
solo z, da rugosidade do terreno.
𝑧0 0,07 x
𝑧
𝑐 𝑧 0,19 ln
0,05 𝑧0
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒒𝒑 𝒛
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – valores de referência (4.2 e Anexo B) ‐ Ponto 5.2 (1) e Ponto 5.2 (2)
1
𝑞 𝑧 1 7. 𝐼 𝑧 𝜌𝑣 𝑧 𝑞 𝑧 𝑐 (z) x 𝑞
2
(7º)
em que:
𝐼 𝑧 intensidade de turbulência à altura z;
𝜌 massa volúmica do ar (valor recomendado de 1,25 kg/m3);
𝑣 𝑧 velocidade média do vento à altura z
𝑐 (z) coeficiente de exposição (eq.4.4 seguinte);
1
𝑞 pressão dinâmica de referência. 𝑞 𝜌𝑣
2
𝑐 𝑧 = coeficiente de rugosidade (eq.4.3 anterior)
𝑐 𝑧 = coeficiente de orografia (relevo), em geral igual 1 ou AN
(5º)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) Iv (z)
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – turbulência do vento (4.4 e Anexo B)
A intensidade de turbulência à altura z, Iv (z) é definido como o quociente entre o desvio padrão da
turbulência e a velocidade média do vento, sendo o desvio:
𝜎 𝑘 𝑣 𝑘
(6º)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável). Forma perfil
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – valores de referência (4.2 e Anexo B) ‐ Ponto 5.2 (1) e Ponto 5.2 (2)
Analisando a forma do perfil de pressão dinâmica do vento ao longo da altura do edifício, este aumenta
com a altura do mesmo. Para edifícios com grandes alturas é necessário corrigir a pressão dinâmica de
pico. A EN 1991 propõe o escalonamento da forma do perfil de pressão dinâmica ao longo da altura do
edifício, como se pode observar.
Pela análise da Figura é possível determinar as alturas de referência, ze, para o que é necessário apenas estabelecer a relação h/b.
Os três casos indicados para a determinação da altura de referência são descritos de seguinte forma:
‐um edifício cuja altura h é inferior a b, deverá ser considerado como tendo uma única parte;
‐um edifício cuja altura h é superior a b mas inferior a 2b, poderá considerar‐se que o edifício é constituído por duas partes, uma parte inferior
que se prolonga na vertical, a partir do solo, até uma altura igual a b, e uma parte superior constituída pelo restante;
‐um edifício cuja altura h é superior a 2b, poderá considerar‐se que o edifício é constituído por diversas partes, uma parte inferior que se
prolonga na vertical, a partir do solo, até uma altura igual a b; uma parte superior que se estende, desde o topo, numa altura igual a b, e uma
zona intermédia, entre as partes superior e inferior, que poderá ser dividida em faixas horizontais com uma altura h strip.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável)
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Para quantificar as forças devidas ao vento é necessário multiplicar as pressões dinâmicas de pico
pelos coeficientes de forma, ou coeficientes aerodinâmicos:
𝐹 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 x 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎 x á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎
Forças exteriores:
𝐹 , 𝑐 𝑐 𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑐 𝑞 (z) Aref ) (N) 𝑤 𝑐 𝑞 𝑧 Pressão exterior (N/m2)
Forças interiores:
𝐹 , 𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑐 𝑞 (z) Aref ) (N) 𝑤 𝑐 𝑞 𝑧 Pressão interior (N/m2)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável), coeficiente estrutural
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
O coeficiente estrutural, cscd, traduz os efeitos nas ações do vento decorrentes de as pressões de pico na
superfície da construção não ocorrerem em simultâneo (cs), bem como os efeitos das vibrações da
estrutura devidas à turbulência do vento (cd).
A Norma indica um conjunto de situações em que é possível considerar que cscd = 1,0.
De entre tais situações, referem‐se as seguintes: edifícios com altura inferior a 15m; edifícios de
estrutura porticada que contenham paredes resistentes e cuja altura seja inferior a 100m e a 4 vezes a
dimensão do edifício na direção do vento.
Soma vetorial (cscd.cpe ± cpi)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒄𝒑𝒆
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – pressão exercida pelo vento em superfícies
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒄𝒑𝒆,𝟏𝟎
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – pressões exteriores e interiores (e) e (i) (5.2)
Interpolação linear
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒄𝒑𝒆,𝟏𝟎
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – pressões exteriores e interiores (e) e (i) (5.2)
Coeficiente de pressão exterior, cpe depende da configuração da cobertura.
A Fig. ilustra o caso de uma cobertura com duas vertentes, coeficientes cpe,10 (aplicáveis a superfícies > 10m2).
Vertente do barlavento
Vertente do sotavento
Ângulo de inclinação
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒄𝒑𝒆,𝟏𝟎
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – pressões exteriores e interiores (e) e (i) (5.2)
Coeficiente de pressão exterior, cpe depende da configuração da cobertura.
A Fig. ilustra o caso de uma cobertura com duas vertentes, coeficientes cpe,10 (aplicáveis a superfícies > 10m2).
,1 ,1 ,1 ,1
Interpolação linear
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 21
Combinação de ações em estruturas. Ação do vento (variável) 𝒄𝒑𝒊
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐4 (2010)
Ação do vento – coeficientes de pressão interior 𝒄𝒑𝒊 resultam da existência de aberturas nas fachadas e
cobertura dos edifícios (janelas abertas, ventiladores, chaminés, passagens de ar no contorno de portas, janelas,
equipamentos). Falta apenas analisar os coeficientes de pressão interior. Através do índice de abertura é possível a
determinação:
𝒄𝒑𝒊
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 22
Combinação de ações em estruturas. Vento (ação variável). Coeficiente probabilístico
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 23
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A17 ‐ Ação do vento: exemplo de aplicação (cobertura de duas vertentes, com α = 15°).
Considere um edifício com planta retangular sem beirados localizado na zona A, terreno com rugosidade
tipo II.
Considere:
cdir =1
cseason =1
co =1 (coeficiente de orografia)
Pressão efetiva acima da atmosférica, positiva Pressão efetiva abaixo da atmosférica, negativa
Lado de onde sopra o vento Lado oposto ao vento
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 24
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A17 ‐ Ação do vento: exemplo de aplicação (cobertura de duas vertentes, com α = 15°).
𝑞 𝑧 𝑐 (z) x 𝑞
• Pressão dinâmica de pico, qp(z)
b=20m
h=5m << b, pelo que z= h = 5m
Terreno tipo II z0= 0.005m zmin= 3m
ce(z=5m)=1,93
qp(z)=1,93x0,46=0,89 𝑘𝑁/𝑚2
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 25
𝑝 𝑝 𝛽 𝛽
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios. 𝑝 𝑝 𝛽 𝛽
=0.5 Interpolação linear
𝑦 𝑦 𝑥 𝑥
𝑦 𝑦 𝑥 𝑥
h=5m
+0,73 ‐0,37
d=10m
Coeficientes cpe,10 nas paredes das fachadas.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 26
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A17 ‐ Ação do vento: exemplo de aplicação.
d=10m, h=5m, b=20m, e(=10m) é o menor valor de b e 2h (e/10=1)
Coeficientes de pressão exterior cpe,10 na cobertura (casos 1 e 2).
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 27
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios.
Distribuição de pressões exteriores e interiores nos quatro casos de carga
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 28
Quantificação de ações em estruturas. Exercícios.
EX A17 ‐ Ação do vento: exemplo de aplicação.
d=10m, h=5m, b=20m, e(=10m) é o menor valor de b e 2h (e/10=1)
w qp(z)=0,89 𝑘𝑁/𝑚2
NOTA: para estudo de um pórtico considere o comprimento de influência (distância entre pórticos)
e multiplique pela pressão kN/m2 para obter a carga distribuída kN/m.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 29
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Quantificação e combinação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Quantificação de ações em estruturas. AÇÕES TÉRMICAS
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐5 (2009)
•As ações térmicas em estruturas resultam de variações, num determinado período de tempo, dos
campos de temperatura instalados nos elementos constituintes. Podem ter origens diversas, tais como:
• variações climáticas (diárias e sazonais);
• condições de exploração da própria estrutura (como pode ser o caso em chaminés, silos, torres de
arrefecimento, instalações frigoríficas, etc.);
• situações particulares (como o calor de hidratação do cimento, a colocação do revestimento betuminoso
no tabuleiro de pontes rodoviárias, etc.).
A NP EN 1991‐1‐5 apresenta regras para o cálculo de ações térmicas de origem climática ou operacional
em edifícios, pontes e outras estruturas.
As ações térmicas devem ser classificadas como ações variáveis indiretas, por corresponderem a
deformações impostas, é disposto que “os elementos de estruturas resistentes devem ser verificados de
modo a assegurar que os movimentos de origem térmica não provoquem solicitações excessivas na
estrutura, ou pela adoção de disposições construtivas, juntas de dilatação, ou incluindo no cálculo os
respetivos efeitos”.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Ação Variável Indireta
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐5 (2009)
Devido as variações de temperatura as estruturas estão sujeitas a deslocamentos/esforços mais ou menos
significativos, que dependem das dimensões das estruturas e do seu grau da hiperstaticidade.
Em que:
T – Temperatura média do elemento estrutural resultante das temperaturas climáticas no Inverno ou no Verão;
T0 – Temperatura média inicial (temperatura no final da construção ou no instante em que são impostos constrangimentos).
Caso este valor não exista impõe‐se 15ºC.
A temperatura média T é determinada pela média das temperaturas de ambiente interior Tin e exterior Tout, isto é:
Os valores de Tin e de Tout diferem consoante estejam em causa condições de Verão ou condições de Inverno.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Ação Variável Indireta
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐5 (2009)
Numa construção metálica a quantificação da Variação uniforme de temperatura pode ser efetuada através
dos seguintes procedimentos:
Zonamento do território;
Temperaturas máximas e mínimas – Tmax e Tmin;
Temperatura indicativa para ambientes interiores – Tin;
Temperatura indicativa para ambientes exteriores – Tout.
b) Zonamento do Território
Na Figura seguinte apresenta‐se para Portugal o zonamento térmico nas condições do verão e de inverno.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Ação Variável Indireta
1º
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
1º
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Ação Variável Indireta
Conforme o EC1‐1‐4, EN 1991‐1‐5 (2009)
c) Determinação das Temperaturas Tmax e Tmin
Definidas as zonas térmicas são determinadas as temperaturas Tmax e Tmin segundo a cláusula NA‐A.1 (1).
1º
Aos valores Tmin indicadas na tabela anterior, deve subtrair‐se 0.5ºC por cada 100 metros de altitude, e
aos valores Tmax subtrair‐se 1ºC, isto é:
( )
2º
( )
3º
3º
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura.
Procedimento:
Determinação de ΔTu num edifício (exemplo de aplicação).
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Ação Variável Indireta
Para efeitos de cálculo das extensões térmicas, no Anexo C são fornecidos valores do coeficiente de
dilatação linear (αT) para diversos materiais de uso corrente (αT=12x10‐6°C‐1 o aço de construção). A
presente exposição está focada nas ações térmicas climáticas em edifícios, com o procedimento de cálculo
da componente de variação uniforme.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Combinação de ações em estruturas. Ação Variável Indireta. Coeficiente probabilístico
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Exercício.
EX A18 ‐ Considere‐se um edifício localizado na zona de Castelo Branco, em local com altitude igual a
400m, com uma superfície exterior de cor clara.
a) Determinar ΔTu aplicável à estrutura em zonas acima do solo, e considerando T0 = 15°C.
E=210GPa
A=10x10mm2
L=1,0m
αT=12x10‐6°C‐1
Conforme é sintetizado no Quadro, obtém‐se ΔTu = +19,0°C
para condições de Verão e ΔTu = ‐9,5°C para Inverno.
Determinação de ΔTu num edifício (exemplo de aplicação).
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Exercício
EX A18 ‐ Considere‐se um edifício localizado na zona de Castelo Branco, em local com altitude igual a
400m, com uma superfície exterior de cor clara.
a) Determinar ΔTu aplicável à estrutura em zonas acima do solo, e considerando T0 = 15°C.
b) Determinar a carga térmica instalada na coluna nas duas épocas do ano.
E=210GPa
P= 252 T A=10x10mm2
L=1,0m
P(19,0) = 4,788kN contração αT=12x10‐6°C‐1
P= 252 T
Tensão(19,0Cº)=‐47,88MPa
Tensão(‐9,5Cº)=+23,94MPa
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Quantificação de ações em estruturas. Temperatura. Exercício (carga térmica)
EX A18 ‐ Cont.
Tensões Térmicas
A mudança de temperatura resulta numa alteração do comprimento ou
numa deformação térmica, uma vez que há restrição de constrangimentos.
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação e quantificação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
Elementos em flexão composta.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Elementos sob esforços
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), define o valor de cálculo da resistência individual para secções
metálicas da ligação: (em CONSM_a3.pptx)
resistência à tração compressão flexão transverso
𝑁 𝑁 𝑀 𝑉
1,0 1,0 1,0 1,0
𝑁, 𝑁, 𝑀, 𝑉,
Ver o valor mínimo de: 𝑊 𝑓 𝐴 𝑓⁄ 3
a)Zona sem furos
𝐴 𝑓 𝑀 , 𝑀 , 𝑉
𝛾 ,
𝛾
𝑁 , 𝐴 𝑓
𝛾 𝑁 , Secções classe 1,2
𝛾
Av calculado função
b)Zona com furos em ligações seção (ver EC3‐1‐1)
ordinárias ou outras eq. (por Secções classe 1,2,3 𝑊 , 𝑓
exemplo ver cantoneira) 𝑀 , 𝑀 ,
0,9 𝐴 𝑓 𝛾
𝑁 , 𝐴 𝑓
Secções classe 3
𝛾
𝑁 ,
c)Zona com furos em ligações 𝛾
resistentes escorregamento 𝑊 , 𝑓
Secções classe 4 𝑀 ,
𝐴 𝑓 𝛾
𝑁 , Secções classe 4
𝛾
𝑋 =valor de cálculo do esforço atuante obtido por majoração das ações com coeficientes parciais de segurança 𝛾 1,00
𝑋 , =valor de cálculo do esforço X resistente plástico da seção bruta
𝑋 , =valor de cálculo do esforço X resistente último da seção útil na zona de furos 𝛾 1,25
𝑋 , =valor de cálculo do esforço X compressão plástico da seção bruta
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Critérios
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), a segurança de uma estrutura metálica (estado
limite último), verificando as regras de equilíbrio estático, depende da resistência das seções
transversais dos elementos, da resistência dos fenómenos de instabilidade e da resistência
das ligações. (em CONSM_a2.pptx)
Nos critérios de cedência admite‐se que a capacidade resistente das secções é atingida
quando se inicia a cedência, ou seja, quando a tensão máxima é igual à tensão de cedência.
No caso corrente a verificação do início da cedência obriga à utilização de um critério de
cedência, como por exemplo o critério de Mises‐Henky, em que se utiliza uma tensão de
comparação representativa do estado de tensão em cada ponto.
Nos critérios de plasticidade admite‐se que a rotura ocorre apenas quando a secção está
totalmente plastificada.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Cedência (Flexão)
CRITÉRIO DE CEDÊNCIA ‐ Quando se admite um critério de cedência considera‐se que a capacidade
resistente da secção se atinge quando o valor máximo da tensão na secção é igual à tensão de cedência.
𝑁 𝑀 𝑧 𝑀𝑦
No caso geral: 𝜎
𝐴 𝐼 𝐼
𝜎 𝑓
1 𝑁
, ,
𝑁
Que é um problema geral
de flexão composta,
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Cedência (Geral)
CRITÉRIO DE CEDÊNCIA ‐ Quando se admite um critério de cedência considera‐se que a capacidade
resistente da secção se atinge quando o valor máximo da tensão na secção é igual à tensão de cedência.
Nos casos correntes a secção é solicitada simultaneamente por esforços que dão origem a tensões
normais, o esforço axial e os momentos fletores, e esforços que dão origem a tensões tangenciais, o
momento torsor e os esforços transversos.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A19 ‐ Adotando um critério de cedência pretende verificar‐se a segurança de um perfil HEA200 S355
submetido a N=800kN e My=70 kNm.
HEA200 S355 - A=5380 mm2; Wy.el=389x103 mm3; Wz.el=134x103 mm3; fy=355 N/mm2
ok
ou
ok
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A20 ‐ Adotando um critério de cedência pretende verificar‐se a segurança de um perfil HEA200 S355
submetido a N=500kN, My=40 kNm e Mz=15 kNm.
HEA200 S355 - A=5380 mm2; Wy.el=389x103 mm3; Wz.el=134x103 mm3; fy=355 N/mm2
ok
ou
ok
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A21 ‐ Adotando um critério de cedência pretende verificar‐se a segurança de um perfil HEA200 S355
submetido a N=600kN, My=45 kNm e Vz=180 kNm.
Ponto mais desfavorável
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Plasticidade
CRITÉRIO DE PLASTICIDADE –
Nos critérios de plasticidade considera‐se que a capacidade resistente da secção se atinge apenas quando
toda a secção está plastificada, pelo que os esforços resistentes são no mínimo iguais ou, no caso mais
geral, superiores aos esforços obtidos quando se adota um critério de cedência.
Momento fletor função de transverso
Plastificação completa: a)Por flexão
Processo de formação de uma rótula plástica e momento plástico
• Á medida que a carga transversal aumenta, a cedência inicia‐se nas fibras extremas de
uma dada secção critica ao longo do comprimento do elemento e progride
rapidamente na direção das fibras centrais da secção.
• Quando as fibras de um e do outro lado da linha neutra estão plastificadas, dá‐se a
formação da rótula plástica. O momento fletor atinge o seu máximo e irá permanecer
constante para pequenos acréscimos de carga seguintes.
• O colapso plástico de uma estrutura, submetida essencialmente a esforços de flexão,
consiste na transformação da estrutura num mecanismo total ou parcial, devido à
formação de sucessivas rótulas plásticas.
• O momento fletor formado na rótula plástica designa‐se momento plástico.
• As rótulas plásticas formam‐se nos pontos onde o momento fletor é máximo.
• A carga mínima associada à formação de um mecanismo de colapso é denominada por
carga última ou carga de colapso, com base numa análise limite.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Plasticidade
Processo de formação de uma rótula plástica e momento plástico.
Estado último de resistência com plastificação.
• Tensões de cedência nas fibras extremas da viga.
cedência localizada
• As zonas de cedência espalham‐se até ao eixo
neutro.
Zonas de cedência
• As zonas de cedência estão espalhadas na secção
de carregamento. Junção das zonas de cedência,
formação de rótula plástica
• A rótula plástica causa colapso estrutural.
Colapso
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Plasticidade
Processo de formação de uma rótula plástica e momento plástico
fy fy fy fy
N.A.
fy fy fy fy
M=Mel Mel<M<Mpl M=Mpl
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Plasticidade
Processo de formação de uma rótula plástica e momento plástico
O colapso plástico de uma estrutura consiste na transformação da estrutura num mecanismo parcial ou
total, devido à formação de rótulas. A formação de uma rótula plástica consiste na plastificação das fibras
longitudinais de um elemento à flexão, a partir dos pontos mais afastados do eixo neutro até à plastificação
total da seção. Em geral, o dimensionamento das seções pode ser efetuado com base na sua resistência
plástica, se estas forem suficientemente compactas (classe 1 ou 2).
O momento plástico a calcular assim, corresponde à capacidade máxima de uma seção em flexão uniaxial.
𝑰
𝑴𝒆𝒍 𝒇𝒚 𝒇𝒚 𝑾𝒆𝒍 𝑴𝒑𝒍 𝒇𝒚 𝑾𝒑𝒍 𝑴𝒑𝒍 𝒌 𝑴𝒆𝒍
𝒄
k=1,5 k=1,7 k=1,27
k=1,12 … 1,15 Mp
k factor de forma depende só da sec ção recta
Mc
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Plasticidade
Processo de formação de uma rótula plástica e momento plástico
W = I/(h/2) [m3]
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Plasticidade
Comprimento de uma rótula plástica
A plastificação abrange um certo comprimento do elemento, que se designa por comprimento da rótula 𝚫𝑳
que varia com o comprimento imposto, com as condições de fronteira e com a geometria da seção
transversal (Chen et al, 1996).
𝟏
𝚫𝑳 𝑳 𝟏
𝒌
𝟏
𝚫𝑳 𝑳 𝟏
𝒌
𝑳 𝟏
𝚫𝑳 𝟏
𝟐 𝒌
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Plasticidade
CRITÉRIO DE PLASTICIDADE –
Nos critérios de plasticidade considera‐se que a capacidade resistente da secção
se atinge apenas quando toda a secção está plastificada, pelo que os esforços
resistentes são no mínimo iguais ou, no caso mais geral, superiores aos esforços
obtidos quando se adota um critério de cedência.
Interação momento fletor e esforço axial
Quando numa seção para além da flexão uniaxial atuam outros esforços (axial, transverso, torsor) o
momento plástico resistente deve ser reduzido, recorrendo fórmulas de interação de esforços (EC3‐1‐1).
Fórmula de interação plástica para uma seção bxh submetida a momento fletor e esforço axial.
Plastificação completa:
a)Por flexão b)Por esforço axial c)Por atuação simultânea
Fórmula de interação:
𝑀 𝑁
1
𝑀 , 𝑁
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A22 ‐ Um componente com secção transversal uniforme (50x120mm2) é submetido ao momento
fletor M=36.8kNm. O componente é feito num material elasto‐plástico com tensão de cedência 240MPa
e módulo de elasticidade 210GPa. Determine o momento elástico e o momento plástico da seção.
EX A23 – Considere três seções retas (b=40 e h=60), (b=h=40) e (b=60 e h=40) de perfis em aço com
tensão de cedência de 240MPa. Determine o momento plástico para cada secção.
EX A24 – Considere um perfil em aço IPE80 com tensão de cedência de 250MPa. Determine o fator de
forma para essa secção.
EX A25 ‐ A viga ABC é submetida a uma carga concentrada vertical e a tensão de cedência do material é
de 260MPa. A secção transversal da viga é retangular com largura b e altura de 1,6b e comprimento de
1m. Dimensione a viga admitindo uma rótula plástica em B.
EX A26 i) e ii) ‐ Calcule a carga de colapso, admitindo vigas com seção retangular (bxh) em aço com
tensão de cedência de 240MPa.
b=40
h=80
a=0,5m
L=0,5m
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A27 – Para uma viga bi‐encastrada com 8m de vão, submetida a carga uniforme de cálculo atuante
WED=112,5kN/m dimensionar um perfil HEA em aço S235, verificando pelo ‘’cálculo plástico’’ e pelo
cálculo elástico. Verifique a economia de aço obtida pelo ‘’cálculo plástico’’ em relação ao cálculo
elástico. Efetue a escolha em função da flecha admissível não ultrapassar L/300.
Deslocamento máximo:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A27 – Para uma viga bi‐encastrada com 8m de vão, submetida a carga uniforme de cálculo atuante
WED=112,5kN/m dimensionar um perfil HEA em aço S235, verificando pelo ‘’cálculo plástico’’ e pelo
cálculo elástico. Verifique a economia de aço obtida pelo ‘’cálculo plástico’’ em relação ao cálculo
elástico. Efetue a escolha em função da flecha admissível não ultrapassar L/300.
Deslocamento máximo:
112,5kN/m
Wel>=2553,19cm3 HEA450
600kNm
q=140kg/m Iy=63720cm4
600kNm ymax=0,008967m (dá)
L/300=0,0267m
450kN 450kN
300 kNm ganho=140‐125/140=11%
Wpl >= 2553,19cm3 HEA400
q=125kg/m Iy=45070cm4
ymax=0,0127m (tb dá)
600 600 L/300=0,0267m
x=0 x=1,69 x=4 x=6,31 x=8
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
Ou:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação e quantificação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos em flexão composta.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Flexão e transverso em
elementos restringidos lateralmente
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), no caso de flexão e esforço transverso em vigas, as seções mais
utilizadas são I, H e retangulares ocas, por apresentarem elevada resistência e rigidez à flexão em torno
do eixo y (maior inércia).
Procedimento:
i)Diagrama de esforços internos VEd e MEd, na seção mais crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada.
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Critérios gerais plasticidade
CRITÉRIOS:
CEDÊNCIA – capacidade resistente da seção é atingida quando inicia a cedência.
(Segurança é verificada com cálculo tensões equivalente e comparação com tensão cedência,
dimensionamento com base na resistência elástica).
1‐ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA DE SECÇÃO RETA COM PLASTIFICAÇÃO TOTAL (essencialmente por flexão):
‐ QUANDO O MOMENTO FLETOR ATINGE O MÁXIMO (MOMENTO PLÁSTICO) E ORIGINA UMA RÓTULA PLÁSTICA.
𝑀
1,0
𝑀 ,
2‐ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA DE SECÇÃO RETA SUJEITA A FLEXÃO E AXIAL:
𝑀 𝑁
1 Equação de interação axial e fletor, classe 1 e 2
𝑀 , 𝑁
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Cap. a3.pptx Cálculo da resistência das seções
O EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010), define o valor de cálculo da resistência individual para secções
metálicas da ligação:
flexão transverso
𝑀 𝑉
1,0 1,0
𝑀, 𝑉,
𝑊 𝑓 𝐴 𝑓⁄ 3
𝑀 , 𝑀 , 𝑉
𝛾 ,
𝛾
Secções classe 1,2
Av calculado função
seção (ver EC3‐1‐1)
𝑊 , 𝑓
𝑀 , 𝑀 ,
𝛾
Secções classe 3
Procedimento:
i)Diagrama esforços internos VEd e MEd, seção mais crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada.
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.
Alma ou ‘’Aba’’
Banzo
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Cap. a2.pptx Classificação das seções
A classificação das seções
transversais dos elementos
estruturais traduz a forma
como a resistência e a
capacidade de rotação de
uma seção são influenciadas
por fenómenos de
encurvadura local.
Conforme o EC3‐1‐1, EN
1993‐1‐1 (2010),
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Classificação das seções
A classificação das seções
transversais dos elementos
estruturais traduz a forma
como a resistência e a
capacidade de rotação de
uma seção são influenciadas
por fenómenos de
encurvadura local.
Conforme o EC3‐1‐1, EN
1993‐1‐1 (2010),
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Flexão e transverso em
elementos restringidos lateralmente
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
A segurança em relação à flexão segundo duas direções –flexão desviada‐ poderá ser
verificada através da fórmula de interação plástica seções 1 ou 2, ou elástica seções 3 ou 4.
3‐ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA DE SECÇÃO RETA SUJEITA A FLEXÃO DESVIADA:
𝑀 , 𝑀,
seções 1 ou 2: 1,0 Equação de interação flexão desviada, classe 1 ou 2
𝑀 , , 𝑀 , ,
Procedimento:
i)Diagrama esforços internos VEd e MEd, seção mais crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada.
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Flexão e transverso em
elementos restringidos lateralmente
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
A segurança em relação à flexão segundo duas direções –flexão desviada‐ poderá ser
verificada através da fórmula de interação plástica seções 1 ou 2, ou elástica seções 3 ou 4.
‐ESTADO LIMITE DE RESISTÊNCIA ELÁSTICA DE SECÇÃO RETA SUJEITA À FLEXÃO:
seções 3 ou 4:
𝑓
𝜎 , Equação de cedência, classe 3 ou 4
𝛾
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Flexão e transverso em
elementos restringidos lateralmente
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
A segurança em relação a flexão e transverso pode ser verificada pela fórmula de interação.
4‐ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA DE SECÇÃO RETA SUJEITA A CORTE:
Se transverso
Procedimento:
(6.18) i)Diagrama esforços internos VEd e MEd, seção mais crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada.
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Flexão e transverso em
elementos restringidos lateralmente
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Flexão e transverso em
elementos restringidos lateralmente
VEd
z
Av=Área de corte calculada pelo EC3
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Flexão e transverso em
elementos restringidos lateralmente
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
A segurança em relação a flexão e transverso pode ser verificada pela fórmula de interação.
5‐ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA DE SECÇÃO RETA SUJEITA A CORTE E FLEXÃO:
Equação de interação corte e flexão
Momento plástico
Se VED < 50% x Vpl,Rd =0
Procedimento:
i)Diagrama esforços internos VEd e MEd, seção crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada. Quando VED >= 50% x Vpl,Rd
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A28 – Verifique a segurança de uma viga com 1.4[m] de comprimento, simplesmente
apoiada, lateralmente restringida, para suportar uma carga concentrada, a meio vão, de
valor igual a 1050[kN] (já majorada!). A disposição do elemento e carregamento dá origem a
um esforço transverso máximo VEd=525[kN] e um esforço flexão máximo MEd=367,5[kNm].
A secção reta do perfil 406x74 UB, material S275, deverá ser verificada para esta aplicação.
Z f y 275 MPa
tf
Fsd= 1050 [kN] E 210 GPa
h=412.8 [mm]
b=179.5 [mm]
Y tw=9.5 [mm]
tf=16.0 [mm]
h
d
L=1.4 [m] r tw r=10.2 [mm]
A=9450 [mm2]
b Wpl,y=1501 [cm3]
Procedimento:
i)Diagrama esforços internos VEd e MEd, seção crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada.
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A29 – A viga representada é restringida lateralmente ao longo do seu comprimento. Para
o carregamento pontual imposto dimensione a viga utilizando um perfil HEA e em
alternativa um IPE em aço S235 (E=210GPa) segundo o EC3, 1‐1.
Verifique o estado limite de deformação considerando máx<<L/300, admitindo que a carga
de 70kN foi majorada para o estado limite último com um coeficiente de segurança 1,50.
As ligações da viga aos pilares podem ser consideradas como rotuladas (simples apoios).
Procedimento:
i)Diagrama esforços internos VEd e MEd, seção crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada.
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A29 – Esforços internos e Wmáx.
Tabela vigas:
Wmáx (x=0,5L) =
A carga P deve ser não majorada,
neste caso (70kN/1,5).
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A29 – Esforços internos e Wmáx.
Tabela vigas:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A29 – Esforços internos e Wmáx.
Tabela vigas:
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 18
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A30 – Dimensione a viga em consola utilizando uma seção retangular oca em aço S275.
A viga é submetida a duas cargas concentradas (já majoradas) uma de 20kN e outra de 6kN
aplicadas na extremidade livre.
Nota: o esforço transverso resistente da seção é muito superior ao esforço transverso atuante na seção,
sendo que é desprezado esse efeito.
a) Efetue o dimensionamento com base na verificação da resistência plástica utilizando o
critério de interação para flexão desviada.
http://www.staticstools.eu/en/profile‐rhs/RHS+250x150x6.3/mm/show
Procedimento:
i)Diagrama esforços internos VEd e MEd, seção crítica.
ii)Verificar resistência à flexão plástica secção 1 ou 2.
iii)Verificar classe da seção.
iv) Verificar resistência plástica ao transverso.
v) Se necessário: Interação flexão‐desviada.
v) Se necessário: Interação flexão‐transverso.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Dimensionamento de Elementos em Estruturas Metálicas. Exercícios
EX A30 – http://www.staticstools.eu/en/profile‐rhs/RHS+250x150x6.3/mm/show
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Estruturas Metálicas. Plasticidade. Metodologia computacional
Comprimento de uma rótula plástica
A plastificação abrange um certo comprimento do elemento, que se designa por comprimento da rótula 𝚫𝑳
que varia com o comprimento imposto, com as condições de fronteira e com a geometria da seção
transversal (Chen et al, 1996).
𝟏
𝚫𝑳 𝑳 𝟏
𝒌
L=4 k=1,5 b=12,5 h=200
𝟏
𝚫𝑳 𝑳 𝟏
𝒌
𝑳 𝟏
𝚫𝑳 𝟏
𝟐 𝒌
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Estruturas Metálicas. Plasticidade. Metodologia computacional
ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE RESISTÊNCIA COM PLASTIFICAÇÃO
Uma viga de secção retangular (bxh) encontra‐se encastrada na extremidade esquerda e simplesmente
apoiada na outra extremidade, submetida a um carregamento incremental concentrado P, a meio vão.
DADOS:
L=4m, b=12,5mm, h=100mm, fy=235MPa P
M A 3PL / 16 MB MC
• Da teoria da elasticidade linear.
– Estrutura hiperestática: M B 5PL / 32 Diagrama de momentos fletores
MC 0 MA
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Estruturas Metálicas. Plasticidade. Metodologia computacional
• Incrementando a carga P até formar a primeira cedência do material secção A (mais Critica). MA 3PL/16
MB 5PL/ 32
M A M y ,el
c
stress MC 0
(momento elástico)
c
c
b
0<<y
2 2
M y ,el f y .Wel , y f y bc 2 M A 235 10 . 0,0125 0,12 3PL / 16 Py ,el 26111 N
6
3 3
• Incrementando o valor da carga P até que se forme primeira rótula plástica em A (mais Critica).
• .
M A M pl , y M pl , y f y .W pl , y 1,5 M y ,el
2
M A 1,5 235 10 6. 0,0125 0,12 3 PL / 16 Ppl , y 39166 N
(momento plástico) 3
>>y >y
B
c
C
c
A
= y y = y
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Estruturas Metálicas. Plasticidade. Metodologia computacional
MA 3PL/16
MB 5PL/ 32
MC 0
>>y
B
A C
= y
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
‘’Tutorial do ANSYS viga 3D, elemento sólido 20 nós Brick 8node186, em regime de carga incremental, material elastoplástico ’’
Pre‐Processor Ansys Main Menu>Preferences> pick Structural >ok
Element Type> Add/Edit/Delete> Add> Solid> Brick 20node186 > Ok > close
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Linear>Elastic>Isotropic>Ex=210E9; Prxy=0.3 >ok>
Preprocessor>Material Properties>Material Models>Structural>Nonlinear>Inelastic>Rate Independent>Isotropic Hardening>Mises
Plasticity>Bilinear> (Introduce Yield Stss= 235E6 and Tang Mod=1) > ok> Exit
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
ISEP ‐ Mestrado em Engenharia Mecânica, Construções Mecânicas
Docente: Elza M M Fonseca (ELZ)
Programa:
Introdução às Construções Metálicas (10%).
Eurocódigos. Propriedades dos materiais.
Análise de estruturas metálicas (10%).
Estabilidade e imperfeiçoes.
Classificação das secções transversais.
Dimensionamento de ligações (25%).
Ligações soldadas e aparafusadas.
Combinação e quantificação de ações em estruturas (25%).
Ações em estruturas da neve, vento e temperatura.
Dimensionamento de elementos em estruturas metálicas (30%).
Critérios de dimensionamento.
Elementos à tração.
Noções gerais de plasticidade.
Flexão e esforço transverso em elementos restringidos lateralmente.
Elementos em flexão composta.
Elementos à compressão: encurvadura por flexão.
Flexão em elementos não restringidos lateralmente: encurvadura lateral.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Dimensionamento de Elementos à Compressão.
A instabilidade elástica numa estrutura verifica‐se quando as solicitações provocam
deformações ou deslocamentos elevados que causam um modo de ruída no domínio elástico do
material.
Estes elementos esbeltos podem encurvar para cargas muito inferiores às que produzem a
rutura em peças de menor esbelteza com a mesma secção reta e do mesmo material.
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Dimensionamento de Elementos à Compressão.
Na análise da estabilidade linear elástica estrutural o principal objetivo é a obtenção da carga
crítica (caso de elementos à compressão) ou do momento crítico (para viga‐coluna).
Colapso: Plástico Plástico
/Elástico Elástico
Colunas: curtas intermédias longas , esbelteza
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 3
Dimensionamento de Elementos à Compressão.
Considere‐se uma coluna bi‐articulada sujeita a uma carga P perfeitamente centrada.
Modos de ruína:
‐ quando a carga Ppl atinge um valor tal que o elemento ultrapasse a sua resistência (quando
atinge a tensão de rotura ou cedência do material) (CARGA PLÁSTICA). O colapso dá‐se por
encurvadura com plastificação do material.
‐ quando o valor da carga Pcr se encontra acima do qual a coluna se torna instável. Se esse valor
da carga P for ultrapassado, à mínima perturbação na coluna, haverá uma repentina deformação
lateral, que se dá o nome de “varejamento” ou “encurvadura” (CARGA CRÍTICA de EULER). O
colapso dá‐se por perda de rigidez, com a coluna em regime elástico.
A carga crítica de EULER, para colunas muito esbeltas, pode ser inferior à carga que provoca a
cedência do material.
Colapso: Plástico Plástico
/Elástico Elástico
Colunas: curtas intermédias longas , esbelteza
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 4
Dimensionamento de Elementos à Compressão.
O estudo da encurvadura de colunas tem sido
amplamente estudado, teórica e experimentalmente.
Zona(1)‐colunas em que a rotura se dá por
plastificação da secção, com encurvadura desprezável
devido a uma baixa esbelteza (colunas curtas).
Colapso: Plástico Plástico
/Elástico Elástico
Colunas: curtas intermédias longas , esbelteza
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 5
Elementos à Compressão. Encurvadura por flexão em regime linear elástico
Considere‐se a coluna bi‐articulada, isenta de imperfeições e condições ideais.
A carga crítica Pcr da coluna determina‐se utilizando a equação diferencial da linha elástica de
vigas. 𝑑 𝑧 𝑀
𝑑𝑥 𝐸𝐼
Considerando o diagrama de corpo livre da Figura, por equilíbrio de momentos, tem‐se M=P z,
onde a equação pode ser escrita na forma:
𝑑 𝑧 𝑃. 𝑧
0
𝑑𝑥 𝐸𝐼
Le=L
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 6
Elementos à Compressão. Encurvadura por flexão em regime linear elástico
𝑑 𝑧 𝑀 𝑑 𝑧 𝑃. 𝑧
𝑑𝑥 𝐸𝐼 0
𝑑𝑥 𝐸𝐼
Esta equação é linear homogénea e 2ª ordem com coeficientes constantes e solução geral:
𝑃
𝑧 𝐴 𝑠𝑒𝑛 𝑘𝑥 𝐵 cos 𝑘𝑥 𝑘
𝐸𝐼
As constantes A e B determinam‐se pelas condições fronteira: z(x=0)=0 ⇒ B=0
z(x=L)=0 ⇒ A senkL=0 ⟺ A=0 ˅ senkL=0
Para A=0 corresponde à configuração indeformada da coluna (posição original, z=0) em equilíbrio.
Para senkL=0, corresponde à posição indeformada, permite determinar a carga crítica de Euler, a partir da
qual a coluna se torna instável. senkL=0 ⇒kL=nπ (n=1, 2, 3, …), pelo que para n=1 valor mais critico:
𝑃
𝑘 𝐿 𝑛 𝜋 ⟺ 𝐿 𝑛 𝜋
𝐸𝐼
⟺ 𝑃
Le=L
L=comprimento real
Le=comprimento de encurvadura
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 7
Elementos à Compressão. Encurvadura por flexão em regime linear elástico
Para se determinar a tensão correspondente à carga crítica, a tensão crítica 𝝈𝒄𝒓 , considera‐se a secção
transversal da coluna constante A:
𝜋 𝐸𝐼 𝑃 𝜋 𝐸𝐼 𝜋 𝐸𝑖 𝐸𝜋
𝑃 𝜎
𝐿 𝐴 𝐴𝐿 𝐿 𝜆
𝐼
onde i é o raio de giração da secção, (m) dado por: 𝑖
𝐴
e λ representa a chamada esbelteza da coluna, adimensional.
𝐿
𝜆
𝐿 𝑖
Assim, por definição, chama‐se esbelteza de uma coluna à quantidade: 𝜆
𝑖 𝐿
𝜆
Pode afirmar‐se que a coluna pode fletir em ambos os planos principais e a 𝑖
carga crítica (1ºvalor) corresponde sempre à direção onde a esbelteza é maior:
𝜋 𝐸𝐴 𝜋 𝐸
𝑁 𝑃 𝜎
𝜆 𝜆
L=comprimento real
Le=comprimento de encurvadura
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 8
Elementos à Compressão. Encurvadura por flexão em regime linear elástico
A Figura mostra comprimentos de encurvadura de colunas típicas, com condições de apoio ideais (ou
perfeitamente encastradas ou perfeitamente livres).
O comprimento de encurvadura é função do comprimento da coluna e das condições de apoio.
Mesmo que as condições de apoio sejam idênticas em ambos os planos de flexão e, consequentemente, o
comprimento de encurvadura seja idêntico em ambas as direções, têm que se considerar duas cargas críticas
distintas, uma para cada plano principal de flexão.
A carga crítica é a menor das duas obtidas nesses planos.
𝜋 𝐸𝐼
𝑁 𝑃
𝐿
a) Uma extremidade encastrada e outra livre
b)Bi‐articulada
c) Uma extremidade encastrada e outra articulada
d) Bi‐encastrada
Le=0.7L
Le=2L Le=L Le=0.5L
𝜋 𝐸𝐼
Estrutura Coef. (teórico) 𝑃
Livre/encastrada 2.00 𝐿
Bi‐articulada 1.00
Encastrada/articulada 0.70
Bi‐encastrada 0.50
L=comprimento real
Le=comprimento de encurvadura
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 9
Elementos à Compressão. Estado limite último de encurvadura por varejamento
Carga resistente 𝑵𝑹 , 𝐞 𝐞𝐬𝐛𝐞𝐥𝐭𝐞𝐳𝐚 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐟𝐞𝐫ê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝝀𝟏 :
A força máxima a aplicar numa coluna de área A não pode exceder:
‐ a carga que provoca a cedência do material (ou plastifica a secção), dada por: 𝑵𝒑𝒍 𝒇𝒚 𝑨
A carga de rotura ou carga resistente, 𝑵𝑹 , é obtida pelo menor dos dois valores (entre a carga
que provoca a cedência do material ou a carga crítica de Euler).
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 10
Dimensionamento de Elementos à Compressão. REAPE
Estado limite último de encurvadura por varejamento (REAPE)
Determinação do coeficiente de encurvadura, que é função da esbelteza e do material.
COEFICIENTE DE
• Artigo 42 do regulamento REAE, verificação TIPO DE AÇO
COEFICIENTE DE ESBELTEZA
ENCURVADURA
da segurança:
Sd Rd 20 1
S235 20 105 1.1328 0.00664
105 4802 2
• Tensão solicitante de cálculo: 20 1
S275 20 96 1.1460 0.00730
N
Sd Sd 105 4103 2
A 20 1
S355 20 85 1.1723 0.00862
• O valor da tensão resistente de cálculo é por 85 3179 2
exemplo no aço S235 igual a 235[MPa].
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 11
Dimensionamento de Elementos à Compressão. Segurança no projeto EC3
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
RESISTÊNCIA dos Elementos à Encurvadura
‐elementos uniformes comprimidos
Um elemento comprimido deverá ser verificado em relação à encurvadura através de:
𝑁 𝑁 ,
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 12
Dimensionamento de Elementos à Compressão. Segurança no projeto EC3
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
RESISTÊNCIA dos Elementos à Encurvadura
‐
𝐿
𝜆 𝐿
𝑖 𝜆
𝑖
𝜋 𝐸𝐴 𝐿
𝑁 𝜆
𝜆 𝐼 𝑖
𝑖
𝐴
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 13
Dimensionamento de Elementos à Compressão. Segurança no projeto EC3
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
RESISTÊNCIA dos Elementos à Encurvadura
‐
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 14
Dimensionamento de Elementos à Compressão. Segurança no projeto EC3
Conforme o EC3‐1‐1, EN 1993‐1‐1 (2010),
RESISTÊNCIA dos Elementos à Encurvadura
‐
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 15
Elementos à Compressão. Exercícios
EX A31 – Verifique a segurança da coluna do edifício representado. A
carga axial de compressão atuante já majorada na coluna com 4.335m é
de Ned=3326kN. Considere que o perfil tem uma seção reta HEB340 em
aço S355. Le=L
16
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 16
Elementos à Compressão. Exercícios
EX A31 – Verifique a segurança da coluna do edifício representado. A
carga axial de compressão atuante já majorada na coluna com 4.335m é
de Ned=3326kN. Considere que o perfil tem uma seção reta HEB340 em
aço S355. Le=L
Passos de RESOLUÇÃO:
Verificação da segurança de acordo com EC3‐1‐1: 𝑵𝑬𝒅 𝑵𝒃,𝑹𝒅
3) Curvas de encurvadura
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 17
Elementos à Compressão. Exercícios
EX A32 – Dimensione o pilar BD da estrutura
metálica utilizando um perfil HEB em aço S355.
O pilar é encastrado na base e articulado na
seção B. A seção B está impedida de sofrer
deslocamentos horizontais no plano da 8.0m
estrutura e no plano perpendicular. O
carregamento indicado já é majorado.
3) Curvas de encurvadura
8.0m
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 19
Elementos à Compressão. Exercícios
EX A33 – Escolha o perfil da gama HEA a utilizar para
verificar a segurança do elemento representado, submetido
a um esforço de 600[kN]. Admita que o material é aço S235.
Utilize o regulamento.
3) Curvas de encurvadura
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 20
Elementos à Compressão. Exercícios
EX A34 – Instabilidade de um pilar
encastrado de secção composta.
Determine o valor da carga máxima
admissível a aplicar numa coluna em
material S235 de 8[m] de altura, encastrada
na base, sendo a sua secção composta
conforme a figura.
Determinação das características geométricas da secção reta.
2
6 4
Perfil UNP 200: A 3220 mm I y 19.110 mm I z 1.4810 mm
6 4
ys 20.1mm
Chapa de aço:
A 2800 mm2
I yG 23333.3 mm4
I zG 18.3 106 mm4
Secção composta:
A 12040 mm2
I y 99.98 106 mm4
I z 69.40 106 mm4 i y 91.12 mm iz 75.92 mm
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 21
Elementos à compressão. Metodologia computacional
Carga Crítica de Euler superior
𝜋 𝐸𝐼
𝑁 𝑃
𝐿
SOLUÇÃO base
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 1
Aplicações de códigos computacionais. MEF: Ansys Academic
TUTORIAL ANSYS PARA ‘’ANÁLISE DE ESTABILIDADE LINEAR ELÁSTICA’’: MATERIAL COM COMPORTAMENTO LINEAR ELÁSTICO (E e POISSON), SOLUÇÃO LINEAR
ESTÁTICA (ativar prestress effects), GEOMETRIA SEM IMPERFEIÇÕES.
OBJETIVOS: DETERMINAR CARGA CRITICA (Ncr ANSYS)>>Ncr=LAMBDA crit X Fref >> Fref=CARGA; DETERMINAR MODO INSTABILIDADE (LAMBDA crit = time)
Preferences>structural>ok
Preprocessor>Element Type (Beam 189 3nodes)>close
Preprocessor>Material Props>Material Models>structural>linear> elastic> isotropic> (Ex=? e PRXY=? )>ok
Preprocessor>Sections>Beam>Common Sections > B= ? H= ? > ok
Preprocessor>Modeling>Create>Keypoints>In Active CS
Preprocessor>Modeling>Create>Lines>Lines>Straight Line> (Pick point to point)
Preprocessor>Meshing>Size Cntrls>Manual Size>Lines>Picked Lines> NDIV= ?
Preprocessor>Meshing>Mesh>Lines>Free>Pick All
Preprocessor>Define Loads>Apply> Structural> Force/Moment> On Nodes> FY=‐1
Preprocessor>Define Loads>Apply> Structural>Displacement>On nodes> (caso, ver tab.)
General Postproc (só abrir e fechar janela)
Solution>Analysis Type>New Analysis > Eigen Buckling > ok
Solution>Analysis Options > NMODE=5> ok
Solution>Solve>Current LS
(1ºobj ‐DETERMINAÇÃO DA CARGA CRITICA)
General Postproc >Read Results> By pick
‐No set=1 (primeiro modo) retirar o valor de Time=?? N = valor Ncr Ansys (EULER)
(2ºobj ‐DETERMINAÇÃO MODO INSTABILIDADE (DEFORMADA, NO 1º MODO CRITICO)
General Postproc >Plot Results> Deformed Shape (no modo critico)
ELZ, CONSM (1ºsem, 2ºano) 2018/2019 2
Tabela 1 - Reacções numa viga bi-encastrada (determinação do vector solicitação)
He Hd
Me Md He Ve Me Hd Vd Md
Ve Vd
p
p⋅L p ⋅ L2 p⋅L p ⋅ L2
0 0 −
2 12 2 12
p1 p2
21 ⋅ p1 + 9 ⋅ p 2 3 ⋅ p1 + 2 ⋅ p 2 2 9 ⋅ p1 + 21 ⋅ p 2 2 ⋅ p1 + 3 ⋅ p 2 2
0 ⋅L ⋅L 0 ⋅L − ⋅L
60 60 60 60
P
P P⋅L P P⋅L
0 0 −
L/2 L/2
2 8 2 8
P
P ⋅ b2 P ⋅ a ⋅ b2 P⋅a2 P⋅b⋅a2
0 ⋅ (L + 2 ⋅ a ) 0 ⋅ (L + 2 ⋅ b ) −
a b L3 L2 L3 L2
P
P⋅b P⋅a
− 0 0 − 0 0
a b L L
p
p⋅L p⋅L
− 0 0 − 0 0
2 2
to
EA ⋅ α ⋅ t 0 0 0 - EA ⋅ α ⋅ t 0 0 0
ts = - t/2 EI ⋅ α ⋅ ∆ t EI ⋅ α ⋅ ∆ t
ti= + t/2 0 0 0 0 −
h h
Tabela 2 - Reacções numa viga bi-encastrada (determinação da matriz de rigidez)
He Hd
Me Md He Ve Me Hd Vd Md
Ve Vd
EA EA
− ⋅δ 0 0 ⋅δ 0 0
d L L
12 ⋅ EI 6 ⋅ EI 12 ⋅ EI 6 ⋅ EI
d 0 − ⋅δ − ⋅δ 0 ⋅δ − ⋅δ
L3 L2 L3 L2
f 6 ⋅ EI 4 ⋅ EI 6 ⋅ EI 2 ⋅ EI
0 ⋅ϕ ⋅ϕ 0 − ⋅ϕ ⋅ϕ
L2 L L2 L
EA EA
− ⋅δ 0 0 ⋅δ 0 0
d L L
12 ⋅ EI 6 ⋅ EI 12 ⋅ EI 6 ⋅ EI
d 0 ⋅δ ⋅δ 0 − ⋅δ ⋅δ
L3 L2 L3 L2
f 6 ⋅ EI 2 ⋅ EI 6 ⋅ EI 4 ⋅ EI
0 − ⋅ϕ − ⋅ϕ 0 ⋅ϕ − ⋅ϕ
L2 L L2 L
FEUP
TABELA 3.1a
DESLOCAMENTOS ELÁSTICOS EM VIGAS
VINCULAÇÃO E FLECHA
CASO EQUAÇÃO DA ELÁSTICA
CARREGAMENTO wmax x
p
1
1 p 4 0
p 4
4 4 3
x 8 EI 24EI
p
2
1 p 4
0
p 4
5 5 4
30 EI 120EI
p
3
11 p 4
120 EI
0
p 4
120EI
5 5 4 15 11
P
4
1 P 3
0
P 3 3
3 2
3 EI 6EI
M 1 M 2 M 2
5 0 1 2
2 EI 2EI
p
6
5 p 4
384 EI
0,5 p 4 3
24EI
2 2 1
x
p
p 4
(*)
3 p 4
7 0,519 3 4 10 2 7
460 EI 360EI
p
(**)
1 p 4 0,5 p 4
8 16 4 40 2 25
120 EI 960EI
P
(**)
1 P 3 0,5 P 3
9
4 2 3
48 EI 48EI
2 2
(a b)
xa:
Pbx 2
6EI
b2 x 2
P
3 2 b2 Pa 2 b 2
10 Pb 2 b 2 x a:
a b 3
3EI
x 3EI 3
x a:
Pa ( x )
6EI
2x a 2 x 2
M 1 M 2 M 2 2
11 0,423 3 2
9 3 EI 6EI
M
(a 0,423)
3
2
b2
xa:
Mx 2
6EI
3b 2 x 2
12 M 2 3
a b
3EI
b2
3
x a:
M ( x ) 2
6EI
x 3a 2 2x
Extraída de ISNARD; GREKOW; MROZOWICZ (1971) e de SCHIEL (1976).
Revista e adaptada por Libânio M. Pinheiro, Bruna Catoia e Thiago Catoia.
x/ (*) Valor aproximado (**) 0,5
TABELA 3.1b
DESLOCAMENTOS ELÁSTICOS EM VIGAS
VINCULAÇÃO E FLECHA
CASO EQUAÇÃO DA ELÁSTICA
CARREGAMENTO wmax x
M M
M 2 M 2
13
0,5 1
8EI 2EI
x
p
(*)
3 p 4 p 4
14 0,422 2 4 3 3
x
554 EI 48EI
p
(*)
3 p 4 p 4
15 0,447 5 2 3
1258 EI 120EI
p
(*)
1 p 4 p 4
16 0,402 2 5 10 4 11 3 3
328 EI 240EI
M M 2 1 M 2 3
17 2 2
27 EI 3 4EI
p
18
1 p 4
384 EI
0,5 p 4
24EI
4 2 3 2
x
p
(*)
1 p 4 p 4
19 0,525 5 3 3 2 2
764 EI 120EI
p
(**)
7 p 4 0,5 p 4
20 16 5 40 3 25 2
3840 EI 960EI
P
(**)
1 P 3 0,5 P 3
21
4 3 3 2
192 EI 48EI
2 2
x 0:
p pa
24EI
6a 2 3a 3 3 a px
x 3 4ax 2 6a 2 x 3 6a 2
24EI
22
0 x :
a a p 2
5 2 24a 2 0,5
x 384EI px
x 3 2x 2 6a 2 x 6a 2 3
24EI
P P
Pa 2
6EI
2a 3 a x 0:
Px 2
6EI
x 3ax 3a
23
a a
x x
Pa 2 0,5 Pa
x 0 x :
8EI 2EI
Extraída de ISNARD; GREKOW; MROZOWICZ (1971) e de SCHIEL (1976).
Revista e adaptada por Libânio M. Pinheiro, Bruna Catoia e Thiago Catoia.
x/ (*) Valor aproximado (**) 0,5
TABELA 3.1c
DESLOCAMENTOS ELÁSTICOS EM VIGAS
VINCULAÇÃO E FLECHA
CASO
CARREGAMENTO wmax x
p p
24 a b 3 4 4b 3 b 4 0
x 24 EI
p pa
25 20 3 10a 2 a 3 0
a b 120EI
c/2 c/2
pc ab c 2 c 3
(*)
2a 2a
p 2
26 a
6EI 4 64
a b
P P
Pa
27 a b a
3 2 4a 2 0,5
x
24EI
P P
23 P 3 0,5
28
648 EI
3 3 3
P P P
19 P 3 0,5
29
384 EI
4 4 4 4
P P P P
63 P 3 0,5
30
1000 EI
5 5 5 5 5
P
5 P 3 0,447
31
2 2 240 EI
P P
1 Pa 2 b 0,5
32 a b a
x 24 EI
p
33 a
pa
24EI
3a 3 4a 2 3 a
x
p
p
20a 4 15a 2 2 7a 3 12 a
360EIa
34 a
x
P
Pa 2
35 a a a
x 3EI
p pa
36 6a 3 6a 2 3 a
a 48EI
P
Pa 2
37
a
4a 3 a
6EI
M
38
Ma
2a a
a 4EI
x
Extraída de ISNARD; GREKOW; MROZOWICZ (1971).
Revista e adaptada por Libânio M. Pinheiro, Bruna Catoia e Thiago Catoia.
(*) Não corresponde necessariamente ao deslocamento máximo
TABELA 3.2a
MOMENTOS DE ENGASTAMENTO PERFEITO
CARREGAMENTO
A B C D E F
MBA MCD MDC MEF
p p 2 p 2 p 2 p 2
1
8 12 12 8
p pc pc pc pc
2 a c a 3 2 c 2 3 2 c 2 3 2 c 2 3 2 c 2
16 24 24 16
p
pc 2 pc 2
3 c b 2 2 2 c 2
pc 2
6b 2 4bc c 2 4bc c 2
pc 2
b 2
8 12 2 12 2
8 2
p 7 11 2 5 9
4 p 2 p p 2 p 2
/2 /2 128 192 192 128
4ac c
p pc 2 pc 2
5 a c a 2 2
pc 2
6a 2
4ac c 2 pc 2
2 2 c 2
8 2
12 2 12 2 8 2
p 9 5 11 2 7
6
/2 p 2 p 2 p p 2
/2 128 192 192 128
p
pa 2 pa 2 pa 2 pa 2
7
a a 3 2a 3 2a 3 2a 3 2a
4 6 6 4
p
pa 2 pa 2 pa 2 pa 2
8
a
p
a
3 2a 2
a 2 2 a 2 3 2a
4 2 2 4
P
Pab
a Pab 2 Pa 2 b Pab
b
9
a b 2 2 2 2 2 2
P
3P P P 3P
10
/2 /2 16 8 8 16
P P
11
3Pa
a Pa
a
Pa
a 3Pa
a
a a 2 2
P P P 2 P 2 P P
12
/3 /3 /3 3 9 9 3
P P P 15P 5P 5P 15P
13
/4 /4 /4 /4 32 16 16 32
P P P P (*)
P 2 P 2 P 2 P 2
14 n 1 n 1 n 1 n 1
a a a a a 8n 12n 12n 8n
M
15
M 2
2
3a 2
Mb
3b 2
Ma
2 3a M
2
3b 2
2
a b 2 2 2 2
(*)
P P
P P
P P P P
16 2n 2 1 2n 2 1 2n 2 1 2n 2 1
a/2 a a a a/2 16n 24n 24n 16n
Extraída de SOUZA; ANTUNES (1983), JIMENES MONTOYA; GARCIA MESEGUER; MORAN CABRE (1973) e
de SCHREYER (1965). Convenção de GRINTER. (*) n / a
Revista e adaptada por Libânio M. Pinheiro, Bruna Catoia e Thiago Catoia.
TABELA 3.2b
MOMENTOS DE ENGASTAMENTO PERFEITO
CARREGAMENTO
A B C D E F
MBA MCD MDC MEF
p p 2 p 2 p 2 7p 2
17
15 30 20 120
p 7p 2 p 2 p 2 p 2
18
120 20 30 15
p
17 p 2 3 41 2
19 p 2 p 2 p
/2 /2 480 30 160 960
p
41 2 3 p 2 17
20 p p 2 p 2
/2 /2 960 160 30 480
p
53 7 23 2 37
21 p 2 p 2 p p 2
/2 /2 1920 960 960 1920
p
37 23 2 7 53
22 p 2 p p 2 p 2
/2 /2 1920 960 960 1920
p
5 2 5 2 5 2 5 2
23 p p p p
/2 /2 64 96 96 64
p p
3 2 p 2 p 2 3 2
24 p p
/2 /2 64 32 32 64
parábola p 11 2 p 2 p 2 p 2
25 p
120 20 15 12
parábola p p 2 p 2 p 2 p 2
26
24 60 30 30
parábola p p 2 p 2 p 2 p 2
27
10 15 15 10
parábola
p p 7 2 7 7 7 2
28 p p 2 p 2 p
/2 /2 80 120 120 80
3a 6a 6a 3a
29 a EI EI EI EI
2 2 2 2
3 2 4
30 EI EI EI ---
4 2 3
31 --- EI EI EI
t+t 3EI EI EI 3EI
32 t t t t t t t t
t h 2h h h 2h
Extraída de SOUZA; ANTUNES (1983), JIMENES MONTOYA; GARCIA MESEGUER; MORAN CABRE (1973)
e de SCHREYER (1965). Convenção de GRINTER.
Revista e adaptada por Libânio M. Pinheiro, Bruna Catoia e Thiago Catoia.
TABELA 3.2c
MOMENTOS DE ENGASTAMENTO PERFEITO
CARREGAMENTO
A B C D E F
p
M BA 2 a 4 (a c) 4 2c 2 (2a c)
8
p
M CD
p
12 2
4 ( b c ) 3 b 3 3 ( b c ) 4 b 4
33
a c b
M DC
p
12 2
4 ( a c ) 3 a 3 3 ( a c ) 4 a 4
p 4
M EF 2 b (b c) 4 2c 2 (2b c)
8
pc 45a 28c
M BA (3a 2c) 9( 2 a 2 ) 12ac c 2 4
108 2
30a 20c
p
M CD
pc
540 2
10(3b c) 2 (3a 2c) 15c 2 (3b ) 17c 3
34
a c b
M DC
pc
540 2
10(3b c)(3a 2c) 2 15c 2 (3a ) 28c 3
pc 45b 17c
M EF (3b c) 9( 2 b 2 ) 6bc c 2 1 9
108 2
270b 90c
pc 45a 17c
M BA (3a c) 9( 2 a 2 ) 6ac c 2 1 9
108 2
270a 90c
p
M CD
pc
540 2
10(3a c)(3b 2c) 2 15c 2 (3b ) 28c 3
35
a c b
M DC
pc
540 2
10(3a c) 2 (3b 2c) 15c 2 (3a ) 17c 3
pc 45b 28c
M EF (3b 2c) 9( 2 b 2 ) 12bc c 2 4
108 2
30b 20c
p 2 2
M BA 2
c (5 3c 2 )
30
p 2
M CD 2
c (10 2 15c 6c 2 )
p 30
36
c b p 2
M DC 2
c (5c 4c 2 )
20
p
M EF 2
c 2 (40 2 45c 12c 2 )
120
Extraída de SCHREYER (1965). Convenção de GRINTER.
Revista e adaptada por Libânio M. Pinheiro, Bruna Catoia e Thiago Catoia.
TABELA 3.2d
MOMENTOS DE ENGASTAMENTO PERFEITO
CARREGAMENTO
A B C D E F
M BA
120
p
2
c 2 40 2 45c 12c 2
p
M CD
p 2
20 2
c 5c 4c 2
37
a c
M DC
30
p 2
2
c 10 2 15c 6c 2
M EF
p 2 2
30 2
c 5 3c 2
M BA
120
p
2
c 2 20 2 15c 3c 2
p
M CD
p 2
60 2
c 5c 3c 2
38
a c
M DC
p 2
60 2
c 10a 3c 2
M EF
p
120 2
c 2 10 2 3c 2
M BA
120
p
2
c 2 10 2 3c 2
p
M CD
p 2
60 2
c 10b 3c 2
39
c b
M DC
p 2
60 2
c 5c 3c 2
M EF
p
120 2
20 2 15c 3c 2
M BA
p 3
8
2a 2 a 3
p M CD
p 3
12
2a 2 a 3
40
a c a M DC
p 3
12
2a 2 a 3
M EF
p 3
8
2a 2 a 3
Extraída de SCHREYER (1965). Convenção de GRINTER.
Revista e adaptada por Libânio M. Pinheiro, Bruna Catoia e Thiago Catoia.