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1 - SISTEMA DE PROJEÇÕES
1.1 - INTRODUÇÃO
O Desenho Técnico por ser executado sobre o papel tem o problema de representar o tridim
apenas duas dimensões.
A solução do problema da representação das formas está na aplicação dos princípios da geome
organização e padronização desta linguagem, pois somente assim poderemos transmitir ao leitor
clara e precisa, condição fundamental para a existência dos desenhos técnicos. A seguir ap
Sistema Europeu de Projeção (adotado pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Assim sendo, temos a identificação dos elementos dessa linguagem, que são:
Fig. 1.1.3 - (EXPRESSÃO GRÁFICA DESENHO TÉCNICO - Hoelscher, R.P. & Springer, C.H. & Dobrovolny, J
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/paginas/1.htm 11/6/2008
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não.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/paginas/1.htm 11/6/2008
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Quanto à distância podemos dizer que o observador poderá estar próximo do objeto, de tal
modo que causará uma ampliação da sombra (note as diferentes ampliações na figura 1.2.3)
ou tão afastado (distância infinita) que a sombra estará em VERDADEIRA GRANDEZA (de agora
em diante chamada simplesmente de V.G. = mesma medida da realidade, como representa a
figura 1.2.1b e 1.2.2b), onde as projetantes serão paralelas.
Assim, classificaremos os desenhos técnicos em PROJEÇÕES CÔNICAS OU CILINDRICAS.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/12.htm 11/6/2008
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DE PROJEÇÃO
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/12.htm 11/6/2008
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PLANO DE PROJEÇÃO
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/12.htm 11/6/2008
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A projeção de cada uma das dimensões se apresenta com maior ou menor deformação em
relação à realidade, conforme o ângulo formado com as projetantes correspondentes,
resultando a representação nas perspectivas axonométricas.
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Veja que já idenficamos uma classificação para os Desenhos Técnicos como segue:
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/12.htm 11/6/2008
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Existem dois sistemas de projeção. O Sistema Europeu, adotado pelo Brasil e utilizado
neste estudo (figuras 1.5.1a, 1.5.3a e 1.5.4a) e o Sistema Americano de projeção que
apresentaremos a seguir.
A diferença entre os dois sistemas está apenas na posição do plano de projeção em relação
à peça e observador.
Fig. 1.5.1a & 1.5.1b, respectivamente - (DESENHO TÉCNICO Vol I - BORNANCINI, J.C.M. & PETZOLD, N.I. &
ORLANDI, H. Jr.)
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/15.htm 11/6/2008
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Fig. 1.5.4a & 1.5.4b, respectivamente - (DESENHO TÉCNICO Vol I - BORNANCINI, J.C.M. & PETZOLD, N.I. &
ORLANDI, H. Jr.)
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/15.htm 11/6/2008
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A vista posterior usualmente é posicionada próxima à vista lateral esquerda, mas poderá
ficar ao lado da vista lateral direita se for conveniente.
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1 - PERSPECTIVAS ORTOGONAIS
2 - VISTAS ORTOGRÁFICAS
Fig. 1.6.1 - (EXPRESSÃO GRÁFICA DESENHO TÉCNICO - Hoelscher, R.P. & Springer, C.H. & Dobrovolny, J.S.)
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/16.htm 11/6/2008
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http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/16.htm 11/6/2008
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1.7 - PERSPECTIVAS
1 - TRIMÉTRICA
2 - DIMÉTRICA
3 - ISOMÉTRICA
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http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/17.htm 11/6/2008
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2 - Perspectiva DIMÉTRICA é aquela em que temos apenas dois ângulos entre os eixos e o
plano de projeção. Como são três eixos temos dois com o mesmo ângulo. Temos dois
coeficientes de redução para as dimensões.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/17.htm 11/6/2008
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http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/17.htm 11/6/2008
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Define a Norma Técnica Brasileira (NBR 10647) que: Vistas Ortográficas são as "figuras
resultantes da projeção cilíndricas ortogonais do objeto sobre planos convenientemente
escolhidos, de modo a representar, com exatidão a forma do mesmo com seus detalhes".
Quais sejam:
z Vistas Comuns
z Vistas Secionais
z Vistas Auxiliares
Como visto anteriormente temos que uma vista comum é aquela em que temos uma das
dimensões da peça projetada de forma acumulada (reduzida a um ponto).
Deste modo temos que é possível obter seis Vistas Comuns de uma peça. Um par para
cada dimensão acumulada. Uma principal e outra oposta.
Se para cada Vista Comum temos um plano de projeção, então é possível considerar um
paralelepípedo formado pelos seis planos de projeção.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/18.htm 11/6/2008
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Agora vamos imaginar que este paralelepípedo se abra até que todos os planos de projeção
estejam sobre uma mesma superfície (coplanares).
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/18.htm 11/6/2008
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http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/18.htm 11/6/2008
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São vistas obtidas quando se supõe o objeto cortado por plano secante convenientemente
escolhido e removida a parte anteposta entre o plano secante e o observador.
São vistas obtidas sobre planos auxiliares, inclinados em relação a planos principais de
projeção. Empregam-se para representar, com exatidão, detalhes do objeto, inclinados em
relação às faces principais do mesmo.
As vistas auxiliares são projeções parciais, pois devem representar apenas o detalhe que a
motivou, o restante da peça deve ser omitido a partir do traçado de uma linha de ruptura.
Observar que caso a vista auxiliar seja completa (sem interrupção da vista) então esta
passará a levar a denominação de perspectiva.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/18.htm 11/6/2008
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O Desenho Técnico básico é composto por “traço e fundo”, ou seja, é o produto do desenho
de linhas sobre um fundo homogêneo representando arestas e linhas de contorno aparente.
Temos a possibilidade de variar a largura, o traço e a cor das linhas.
1. Largura
As linhas tem sua largura classificadas em duas grandes famílias, quais sejam:
z à linhas largas – correspondem a arestas ou linhas de contorno aparente reais
z à linhas estreitas – correspondem a representação convencionais tais como: eixos,
hachuras, linhas de cota e outros.
Temos que a relação entre as linhas largas e estreitas não deve ser inferior a razão 2.
As larguras variam de acordo com o tipo de desenho, escala, densidade e distância do leitor
ao desenho devendo, pelo estabelecido em mesma, manter uma razão v2 entre si.
Assim sendo: 0,13 - 0,18 – 0,25 – 0,35 – 0,50 – 0,70 – 1,00 – 1,40 e 2,00mm.
Para um mesmo desenho devemos manter as mesmas larguras nas diversas vistas. Troca-
se a largura na hipótese de trocar a escala do desenho.
O espaçamento mínimo entre linhas deve ser de aproximadamente o dobro da linha mais
larga e nunca inferior a 0,70mm.
2. Traçado
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/2.htm 11/6/2008
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3. Cor
As cores são pouco usadas no Desenho Técnico Básico apresentado ao leitor, porém ganham
certa importância enquanto lidos nas telas geradas por softwares de CAD (sigla adotada para
desenho assistido por computador) vez que nesta apresentação as linhas raramente tem leitura
de espessuras (todas tem mesma largura).
Assim sendo, as linhas tem, geralmente, a largura substituída por cores antes da impressão
em sua apresentação para leitura.
Devemos adotar, portanto, cores diferentes para larguras diferentes.
Geralmente os escritórios (desenhistas) adotam uma grade de cores que correspondem a
cores fortes para linhas largas e cores fracas para as estreitas.
Não há regra para padronização de cores. Nunca esquecendo que podemos encontrar linhas
de cores diferentes com mesma largura.
Podemos usar larguras diferentes, também, para valorizar e ou ressaltar detalhes do
desenho ou para dar impressão de que aquelas linhas estão mais afastadas do observador
(segundo plano).
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/2.htm 11/6/2008
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3 - CONCORDÂNCIAS E TERMINAIS
A peça 1 da figura 3.1 é composta por um cilindro unido a uma haste, que está
representada parcialmente no desenho. Em sua representação temos os seguintes tipos de
linha:
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/3.htm 11/6/2008
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Observe que nesta primeira peça a união entre as superfícies da haste e do cilindro é feita
através de arestas e cantos vivos, assim como a união entre as superfícies da haste.
Vemos que na vista anterior, as duas linhas representativas da haste avançam sobre o
cilindro até um determinado alinhamento.
Determina-se o ponto de tangência de uma reta a uma circunferência traçando-se uma reta
auxiliar à reta tangente, que passe pelo centro da circunferência e que seja perpendicular à
referida reta:
Na Vista Anterior as retas que representam a haste avançam até o alinhamento deste ponto
de tangência, conforme se observa a seguir.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/3.htm 11/6/2008
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Até este ponto analisamos alguns aspectos da peça a título introdutório, visto que não
estão presentes nesta representação nem terminais nem concordâncias, que são o foco
principal desta aula e serão tratados a seguir.
Comparando agora as peças 1 e 2
Vemos que existem diversas diferenças de acabamento entre elas. Na peça 2 as uniões
entre o cilindro e a haste e entre as superfícies da haste entre si são curvas, e as arestas
desbastadas (arredondadas). Por exemplo, se cortássemos a haste, veríamos para a peça 1
uma seção da seguinte forma:
Concordâncias
Existem dois tipos de concordâncias: de raio determinado e de raio indeterminado (ou
comuns). As concordâncias de raio determinado necessitam ter uma dimensão precisa na peça
para que a mesma funcione adequadamente. As concordâncias de raio indeterminado servem
para indicar o acabamento da peça, mas não necessitam ter uma dimensão precisa.
As concordâncias de raio determinado sempre devem ser representadas cotadas ou com
marcação de seu centro, enquanto as de raio indetermindo não necessitam destes elementos
em sua representação.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/3.htm 11/6/2008
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Quando o desenho for executado manualmente, para traçar uma concordância utilizando os
instrumentos convencionais de desenho deve-se posicionar o furo do gabarito de
circunferências com o raio escolhido de forma que seja possível apoiar a lapiseira no mesmo e
tocar as retas que deverão ser unidas pela concordância, para então traçar com a lapiseira
apoiada no gabarito.
Na Vista Anterior da peça 2 teremos uma concordância unindo a superfície lateral do
cilindro à superfície da haste, como se verifica a seguir. Tratando-se de uma peça simétrica,
esta mesma concordância será representada na parte superior e na inferior da vista.
Nas vistas, esta união de curvaturas será representada através de terminais. Assim, na
Vista Anterior da peça 2, no final das linhas representativas da haste serão representados
terminais indicando que ali ocorre a união de duas curvaturas. Os terminais são desenhados
até o alinhamento do ponto de tangência da superfície da haste com a do cilindro.
Observemos, agora, a peça 3. Comparando-a com a peça 2 vemos que a diferença entre
elas reside no formato da haste, que na peça 2 tem superfícies planas e, na 3, superfícies
completamente curvas. Estas diferenças são represetadas nas vistas através dos terminais.
Terminais divergentes indicam que a superfície entre eles é plana (caso da peça 2)
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/3.htm 11/6/2008
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enquanto que terminais convergentes indicam que a superfície entre eles é curva.
A última peça desta seqüência de 4 peças é muito similar a peça 2, alterando somente o
ponto em que a haste encontra o cilindro. Na peça 4 a haste não tangencia o cilindro, o que
altera, consequentemente, a representação nas vistas, como se observa a seguir.
Existem situações, quando tratamos com peças com acabamento composto por arestas
desbastadas e por curvaturas, que podemos optar entre representar ou não certas arestas.
Esta opção deve sempre ser feita visando a maior clareza na transmissão da informação
através do desenho.
Vejamos, por exemplo, a peça 3.16.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/3.htm 11/6/2008
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A aresta assinalada poderia ser suprimida de sua representação, visto que no encontro do
cilindro com a superfície existente naquele alinhamento não temos uma aresta, mas somente
uma concordância, uma curvatura. Entretanto fica mais fácil de compreender o volume da peça
se representarmos tal aresta do que se não o fizermos. Neste caso temos 3 opções:
a) representar a aresta
b) não representar a aresta
c) representar uma linha estreita, que não troca nos exemplos, indicando que naquele ponto
do desenho temos um detalhe que ceve ser observado na outra vista (na Vista Superior).
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/3.htm 11/6/2008
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Esta aula tem por objetivo apresentar o conteúdo de vistas auxiliares primárias e
secundárias no desenho técnico. Inicialmente é apresentada a definição de vistas auxiliares e,
em seguida, a importância do uso dessas vistas no desenho técnico. Depois, é realizada uma
breve revisão de mudança de plano de projeção da geometria descritiva. Por fim, é apresentada
uma sistemática de obtenção de vistas auxiliares primárias e secundárias através de uma
analogia com o assunto de mudança de plano de projeção.
Nos capítulos anteriores, você se deparou com vistas que assumiam uma posição particular
com relação aos planos de projeção do primeiro diedro. Conforme verificado, essas vistas são a
anterior, posterior, laterais direita e esquerda, superior e inferior. Estas vistas são chamadas
Vistas Principais ou Comuns.
Contudo, em diversas situações, com o intuito de aumentar a compreensão da forma da
peça e de suas dimensões por parte de quem lê o projeto ou desenho, o desenhista se vê
obrigado a representar determinadas partes da peça em verdadeira grandeza. Isto se torna
mais evidente no momento em que a verdadeira grandeza de uma determinada parte da peça
não é obtida diretamente pela leitura das vistas comuns (figura 4.1.1).
Fig. 4.1.1 - (COMUNICAÇÃO GRÁFICA MODERNA - Giesecke, F.E.; Mitchell, A.; Spencer, H.C.; Hill, I.L.; Dygdon,
J.T.; Novak, J.E.; Lockhart, S.)
Nesse caso, o desenhista pode representar graficamente a peça observada de uma posição
distinta de forma a explicitar com clareza e exatidão as partes, elementos ou componentes que
necessitam ser melhor apresentados. Em outras palavras, representa-se a vista da peça de uma
determinada posição diferente destas seis posições principais e a vista assim obtida é
denominada vista auxiliar.
Para exemplificar, vamos analisar a peça apresentada na figura 4.1.2. De acordo com essa
figura, percebe-se a existência de um plano oblíquo cuja projeção aparece reduzida nas vistas
anterior e superior.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/4.htm 11/6/2008
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Fig. 4.1.2 – Peça que apresenta plano oblíquo com relação aos planos de projeção
Caso seja interessante a representação em verdadeira grandeza da face oblíqua da peça
apresentada na figura 4.1.1, é necessário posicionar o observador de forma que consigamos
obter uma projeção ortogonal da face oblíqua em plano de projeção conveniente. Para resolver
esse problema, é necessário, nesse caso, contar com os conhecimentos da geometria descritiva
e utilizar o processo de mudança de plano de projeção para obtenção da nova vista. No
exemplo da figura, é necessária a realização de uma dupla mudança de plano de projeção, uma
vez que na primeira mudança de plano a face oblíqua será acumulada e, em seguida, através
de uma segunda mudança de plano de projeção, a verdadeira grandeza da face oblíqua será
explicitada.
Existem algumas formas para obtenção das vistas auxiliares no desenho técnico. Pode-se
obter uma vista auxiliar, por exemplo, utilizado processos de mudança de plano de projeção ou
rotacionando a peça em estudo em torno de um determinado eixo. Nos próximos itens iremos
revisar o processo de mudança de plano de projeção.
Na vista anterior da figura 4.1.2 as retas que representam a haste avançam até o
alinhamento deste ponto de tangência.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/4.htm 11/6/2008
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A condição suficiente para se obter a verdadeira grandeza desse plano é alterar a posição
da linha de terra de forma que a mesma fique paralela à projeção acumulada do plano (figura
4.3.2) e gerar uma nova vista.
Como o novo plano de projeção escolhido é perpendicular a 2, tem-se que a nova linha de
terra deve ser chamada de 2 3. Em seguida, deve-se desenhar linhas de chamada
perpendiculares à nova linha de terra, visto que estamos trabalhando com o sistema de
projeções ortogonais. Sendo o plano 3 um plano horizontal de projeções, assim como 1, os
afastamentos se manterão iguais nestas duas projeções. Para transferí-los, mede-se os
afastamentos dos pontos A, B e C, pelas distâncias das projeções A1, B1 e C1 à linha de terra
1 2 Essas distâncias serão os afastamentos das projeções A3, B3 e C3 em relação a nova
linha de terra 2 3 (figura 4.3.3).
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/43.htm 11/6/2008
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Ver Animação
Saiba mais:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067: Princípios gerais de representação em desenho
técnico
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/43.htm 11/6/2008
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Para a obtenção da verdadeira grandeza do plano deve-se, nesse caso, realizar uma
mudança de plano de projeção de forma a acumular uma das projeções em 1 ou 2 de
forma que o problema seja reduzido ao caso anterior apresentado no item 4.3 deste capítulo.
obrigatoriamente paralela a linha de terra 1 2. Com isso garantimos que a projeção da
mesma reta em 1 seja apresentada em verdadeira grandeza.
Fig. 4.4.2 – Escolha de uma reta pertencente ao plano que tenha uma de suas projeções paralelas a 1 ou a 2
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/44.htm 11/6/2008
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http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/44.htm 11/6/2008
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Também em desenho técnico, convenciona-se chamar a vista obtida com uma mudança de
plano de projeção de vista auxiliar primária. Já vista auxiliar secundária é aquela obtida com a
realização de uma mudança de plano de projeção dupla.
Para exemplificarmos melhor a forma de obtenção de vistas auxiliares primárias e
secundárias no desenho técnico, aplicaremos o processo de mudança de plano de projeção na
peça apresentada na figura 4.5.2. Nosso objetivo será obter uma vista que apresente a face
formada pelos pontos 1, 2, 3, 4 e 5 em verdadeira grandeza. Para facilitar a apresentação da
forma pela qual o processo de mudança de plano de projeção foi realizado, numeramos,
também, os demais vértices da peça. Na figura 4.5.3 são apresentadas as vistas anterior e
superior da peça na figura 4.5.2.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/45.htm 11/6/2008
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Em seguida deve-se proceder a primeira mudança de plano de projeção que deverá ser
posicionado de tal forma que a direção da projeção da reta formada pelos pontos 1 e 5 na
vista superior lhe seja perpendicular (figura 4.6.2). Com isso, pode-se puxar linhas de
chamada partindo das projeções dos vértices da peça e que sejam perpendiculares ao plano de
referência. Por fim, são transpostas as medidas de altura dos pontos da peça. Estas medidas
são as cotas de cada um destes pontos e se manterão iguais na nova vista auxiliar em função
desta constituir-se em um novo plano vertical 3. Em geometria descritiva a altura dos pontos
é denominada cota do ponto.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/46.htm 11/6/2008
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Marcadas as cotas de todos os pontos da peça, deve-se proceder ao desenho das arestas e
análise de visibilidade das mesmas. Como buscamos acumular a face formada pelos pontos 1,
2, 3, 4 e 5, mostrando uma vista completa da peça, inclusive determinando a visibilidade ou
não de cada aresta, deve-se orientar futuros leitores do desenho qual a posição na qual o
observador está vendo a peça. Nesse caso, convém colocar uma seta indicativa com uma letra
romana em maiúscula da posição segundo a qual a peça é observada (figura 4.6.3).
Após análise da visibilidade, deve-se unir os pontos desenhando assim linhas visíveis e
invisíveis. Não podemos esquecer nesse caso de indicar abaixo da peça que esta vista é a
“Vista de A”. Através desse procedimento desenhamos a vista auxiliar primária da peça, já que
a mesma foi obtida com uma simples mudança de plano de projeção.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/46.htm 11/6/2008
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De posse da vista auxiliar primária da peça estudada, pode-se agora posicionar um novo
plano de referência paralelamente a face 1, 2, 3, 4 e 5 acumulada que é apresentada na vista
de A. Com isso pode-se traçar linhas de chamada ortogonais ao novo plano de referência
desenhado, respeitando, assim, o sistema de projeção ortogonal (figura 4.7.1) Plano horizontal
de projeção – afastamentos se mantêm. Em seguida são marcadas as distâncias dos pontos
até o primeiro plano de referência marcado (figura 4.7.1).
Fig. 4.7.1 – Marcação dos pontos para construção da Vista Auxiliar Secundária
A partir da marcação dos pontos pode-se realizar a análise de visibilidade das arestas. De
forma similar aquela realizada na construção da vista auxiliar primária, deve-se verificar
inicialmente a posição do observador para a vista auxiliar secundária. Nesse caso, deve-se
desenhar uma seta apresentando de onde o observador está visualizando a vista seguido da
letra B. Com isso, pode-se escrever abaixo da vista auxiliar secundária o nome da vista, isto é,
“Vista de B”.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/47.htm 11/6/2008
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Cabe-se lembrar que o contorno da peça sempre será visível e, como colocamos a face 1,
2, 3, 4, 5 em verdadeira grandeza (de frente para o observador) todas as arestas
componentes da mesma serão visíveis e qualquer reta que cruze esta face estará cruzando
“por trás” sendo, assim, invisível.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/47.htm 11/6/2008
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5 - CORTES E SECÇÕES
Fig. 5.1 - Peça representada em vistas ortográficas (DESENHO TÉCNICO E TECNOLOGIA GRÁFICA - French, T. E. &
Vierck, C. J.)
No caso do motor de carro teríamos que mostrar, da mesma forma, todos os detalhes
visíveis externamente e todos aqueles internos e existentes do outro lado da peça.
É fácil compreender que em peças complexas, além do tempo que seria despendido para a
transmissão de informação neste sistema, a dificuldade de interpretação aumentaria a
probabilidade de equívocos na compreensão desenho.
Para evitar estas dificuldades, se utiliza amplamente nos desenhos técnicos a representação
de peças através de vistas seccionadas (cortes e seções) juntamente com as representações
em vistas ortográficas, buscando facilidade de representação, rapidez e eficiência de
interpretação dos desenhos.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/5.htm 11/6/2008
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Fig. 5.2 - Vista em corte da peça da figura 3 (MÉMOTECH DESSIN TECHNIQUE - Pillot, C.)
Fig. 5.3 - Execução de um corte (EXPRESSÃO GRÁFICA DESENHO TÉCNICO - Hoelscher, R.P. & Springer, C.H. &
Dobrovolny, J.S.)
O “traço” do plano de corte" deve ser indicado em uma vista perpendicular ao mesmo –
este plano deve ser representado através de linha tipo traço-ponto larga que se prolonga para
fora do contorno da peça. Dentro da peça o traço do plano de corte pode ser representado
com linhas estreitas tipo traço-ponto ou ser suprimido.
Caso esteja sendo representado mais de um corte da mesma peça colocam-se letras
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/5.htm 11/6/2008
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maiúsculas junto às setas indicativas da direção. Estas letras servem para identificar cada
posição de corte e são informadas abaixo de cada vista cortada com a finalidade de vinculá-la
com a respectiva posição de corte. Vide na figura 5.4 as letras “A”, “B” e “C” junto às setas e
os “nomes” dos cortes (corte AA, corte BB, corte CC, ...) indicados abaixo das respectivas
vistas seccionadas.
Quando a posição de corte for óbvia (figura 5.5), esta não necessita ser indicada (NBR
10067/1995 item 4.7.2.2).
Fig. 5.5 - (EXPRESSÃO GRÁFICA DESENHO TÉCNICO - Hoelscher, R.P. & Springer, C.H. & Dobrovolny, J.S.)
Fig. 5.6 - (EXPRESSÃO GRÁFICA DESENHO TÉCNICO - Hoelscher, R.P. & Springer, C.H. & Dobrovolny, J.S.)
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/5.htm 11/6/2008
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função de ter-se retirado parte da peça que impedia sua visibilidade (figura 5.6). Estas
arestas que passarão a ser visíveis serão representadas com linhas contínuas.
Para salientar a parte da peça que foi cortada coloca-se uma espécie de pintura nos locais
onde o plano de corte atravessou partes sólidas da peça – naqueles locais em que teria sido
necessário serrar a peça para gerar o corte. Esta “pintura” chama-se hachura e é comentada a
seguir.
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5.1 - HACHURAS
Hachuras são uma espécie de pintura que serve para salientar a parte onde a peça
efetivamente foi cortada. Pode também acrescentar informações sobre o tipo de material
constituinte da peça que está sendo representada – neste caso utilizam-se hachuras
específicas , que são comentadas a seguir.
Pode se classificar as hachuras em:
• genéricas;
• específicas.
As hachuras genéricas são compostas de linhas estreitas, eqüidistantes e paralelas entre si
e inclinadas a 45° com os contornos principais da peça.
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Nos casos extremos temos que para regiões muito grandes a serem hachuradas pode-se
colocar a hachura somente no contorno da área hachurada (figura 5.1.3).
Fig. 5.1.3 - (DESENHO TÉCNICO E TECNOLOGIA GRÁFICA - French, T. E. & Vierck, C. J.)
Nos casos opostos, ou seja, de peças muito delgadas (com pouca espessura) utiliza-se um
tipo particular de hachura, chamada hachura enegrecida, que consiste em “pintar” totalmente
de preto a superfície a ser hachurada.
Neste caso, se tivermos duas peças encostadas entre si, ambas com hachuras enegrecidas,
verifica-se que a separação entre as elas desapareceria. Para evitar este efeito coloca-se esta
linha de separação em branco para salientar sua posição - chama-se esta linha de separação
entre as peças de “linha de luz”.
Fig. 5.1.5 - (EXPRESSÃO GRÁFICA DESENHO TÉCNICO - Hoelscher, R.P. & Springer, C.H. & Dobrovolny, J.S.)
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Fig. 5.1.6 - (DESENHO TÉCNICO E TECNOLOGIA GRÁFICA - French, T. E. & Vierck, C. J.)
Fig. 5.1.7 - (EXPRESSÃO GRÁFICA DESENHO TÉCNICO - Hoelscher, R.P. & Springer, C.H. & Dobrovolny, J.S.)
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Fig. 5.1.8 - Hachuras específicas - (EXPRESSÃO GRÁFICA DESENHO TÉCNICO - Hoelscher, R.P. & Springer, C.H. &
Dobrovolny, J.S.)
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z Corte total;
z Corte parcial;
z Meio corte & meia vista;
z Corte composto por planos paralelos (ou corte em desvio - NBR 10067/1995 item
4.7.6);
z Corte composto por planos concorrentes.
Deve-se optar pela utilização de um ou outro tipo de corte em função da informação que se
necessita transmitir, objetivando sempre a clareza na transmissão da informação.
• Corte total – um único plano de corte atravessa toda a peça que é representada
totalmente cortada.
Fig. 5.2.1 - (DESENHO TÉCNICO E TECNOLOGIA GRÁFICA, French T.E. & Vierck C.J.)
• Corte parcial – é adotado quando se deseja representar somente uma parte da peça em
corte para salientar algum detalhe da mesma (figura 5.2.2). Entre a região cortada e a região
representada em vista são separadas por linhas de ruptura.
• Meio corte & meia vista – é utilizado em peças simétricas, aproveitando a simetria para
em uma única vista representar metade da peça em corte e a outra metade em vista. A parte
representada “cortada” e a parte representada em vista são separadas por uma linha de eixo
(figura 5.2.3).
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http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/52.htm 11/6/2008
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Para evitar distorções no desenho, os elementos seccionados pelo segundo plano de corte
necessitarão ser “trazidos” para o alinhamento do primeiro plano de corte para, então, serem
levados por alinhamento para a vista que será construída mostrando o corte resultante dos
dois planos.
Analisando esta representação verifica-se que nem sempre um corte representa o que
efetivamente se veria se estivesse observando a peça realmente cortada. Os cortes são,
portanto, desenhos complementares que devem ser analisados dentro do contexto das demais
vistas da peça (nunca isoladamente), e levando as regras e particularidades de sua
representação em conta.
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5.3 - EXCEÇÕES
Os elementos de fixação (parafuso, porca, pino, arruela, chaveta, etc) quando seccionados
longitudinalmente pelo plano de corte não são representados cortados e, conseqüentemente,
não recebem hachuras. É como se realizássemos o corte de todo o restante da peça e, ao final,
acrescentássemos estes elementos.
• Representação de esferas
Da mesma forma que os elementos de fixação as esferas mesmo quando seccionadas pelo
plano de corte não são representadas cortadas e não recebem hachuras.
• Representação de nervuras
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Nervuras são elementos de fixação que seguem a mesma regra destes, quando seccionadas
longitudinalmente pelo plano de corte, não sendo representadas cortadas e conseqüentemente
não recebendo hachuras. Estas nervuras tem ainda a particularidade de serem representadas
em verdadeira grandeza quando constituintes de peças simétricas.
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http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/53.htm 11/6/2008
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5.4 - SECÇÕES
A diferença entre uma seção e um corte está no fato de que no corte representa-se o que
está em contato com o plano de corte e o que está além deste em vista e, nas seções, somente
se representar a parte da peça efetivamente seccionada.
Adota-se este tipo de representação principalmente em peças que mudam sua forma ao longo
do seu desenvolvimento. Com as seções pode-se mostrar como é a forma da peça em cada
parte da mesma, sem a necessidade de gerar um corte completo em cada uma destas posições.
Fig. 5.4.1 - (DESENHO TÉCNICO E TECNOLOGIA GRÁFICA - French, T. E. & Vierck, C. J.)
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/54.htm 11/6/2008
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6 - COTAGEM
Quando a unidade adotada for metro é usual a adoção de uma das extremidades a seguir:
Adota-se quantas casas decimais forem necessárias para o valor da cota. Quando a cota for
em metros usa-se sempre duas casas decimais.
A unidade de uma cota não é escrita juntamente com a cota no desenho, pois tem lugar
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As cotas devem ser colocadas acima da linha de cota, observando a disposição a seguir:
É usual, embora não constante da NB, a intervenção da linha de cota para interposição do
seu valor, como segue:
Exemplos de cotagem:
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Para mostrar as dimensões de qualquer objeto, é necessário, que elas sejam colocadas na
vista adequada. Como as vistas são projeções no plano, é preciso associar a cota a uma figura
plana, como triângulos, retângulos, círculos ou uma combinação dessas formas. Cada peça
deve ser cotada segundo as três dimensões básicas (altura, largura e profundidade). As cotas
devem ser tão completas para que não seja necessário adicionar ou subtrair cotas.
Não repetir cotas – considerar que um único desenho pode ser composto por mais de uma
vista
Considerar repetição de cota quando tem o mesmo detalhe contato na simetria da peça (ou
semelhança).
Não cotar o desnecessário – cotar “tudo” e “apenas” o que for necessário ao leitor.
Devemos considerar o objetivo da cotagem em questão para então colocar as informações.
Cota-se para:
z fabricação
z inspeção
z utilização
z compreensão da forma e dimensão
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Cotar de dentro para fora (da menor para a maior) evitando ao máximo os argumentos
Cotar próximo ao detalhe – a cota deve estar próxima ao detalhe, considerando onde o
leitor estará olhando quando precisar da informação.
Não usar linha do desenho como linha de cota.
Devemos usar linhas de cota para indicar determinada dimensão. Admite-se usar a própria
linha do desenho como linha de cota tão somente nos casos de desenhos esquemáticos.
Não cotar concordância comum – quando certa concordância for de raio “determinado”, este
deverá estar cotado, mas quando não for relevante seu valor o leitor fará uma interpretação
de sua ordem de grandeza segundo a escala adotada.
Usar planos de referência – existem dois tipos principais de cotagem:
Observe que a cotagem em paralelo faz referência de todas as cotas a um plano escolhido.
Escolhe –se o plano de referência segundo conveniência, geralmente a face do melhor
acabamento (aquela que tem menor tolerância ao erro).
Não se deve cotar detalhe invisível.
A cotagem é, acima de tudo, a expressão clara e precisa das dimensões da peça. Para
tanto devemos usar o bom senso para colocar todas e apenas as cotas necessárias à
compreensão.
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7 - ESCALAS
Para resolver esse problema, pode-se representar o mesmo prédio em escala apropriada,
de forma que o mesmo caiba em uma folha de papel.
De acordo com MONTENEGRO (1978), escala “é a relação entre cada medida do desenho e
a sua dimensão real no objeto” (figura 7.2).
As escalas são expressas sempre na relação 1 para algum número ou algum número para
1. Exemplos:
No primeiro exemplo temos uma escala de redução. Isto significa que uma medida gráfica
(no papel) do objeto é cinco vezes menor que a medida real. Já no segundo exemplo, verifica-
se que a medida gráfica é cinco vezes maior que a medida real do objeto. Esta última escala é
chamada de escala de ampliação.
As escalas podem ser escritas também da seguinte forma: E = d:D. Assim, pode-se ter E =
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Nas escalas numéricas, o número 1 sempre indicará o valor de 1 (um) metro. Assim, pode-
se dizer que um desenho representado na escala 1:5 teve a medida de um metro reduzido
cinco vezes, isto é, o valor da unidade da medida gráfica corresponderá a 1/5 = 0,20 m ou 20
cm.
Porém, existem algumas situações que objetos representados em escala podem ter suas
escalas alteradas quando submetidos a algum tipo de reprodução (fotográfica, xerográfica,
dentre outros). Assim, caso um projeto de um dado objeto representado em escala 1:50 seja
submetido a uma redução xerográfica, a leitura da escala 1:50 ficará alterada. Esse problema
pode ser solucionado se o desenhista ou projetista colocar próximo ao desenho uma escala
gráfica (figura 7.5). A escala gráfica nada mais é do que a representação gráfica da escala
numérica. Esse tipo de escala é bastante utilizado no desenho de mapas (figura 7.6).
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Para o desenho da escala gráfica (figura 7.5), o primeiro segmento à esquerda é dividido
em 10 partes iguais para possibilitar a leitura de grandezas que possuem um único algarismo
decimal (MONTENEGRO, 1978). Este tipo de escala é conhecida como escala gráfica simples.
Contudo, caso seja necessária leitura da medida com uma segunda casa decimal, deve-se
lançar mão da escala gráfica de transversais.
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O escalímetro, escala ou régua triangular, é dividido em três faces, cada qual com duas
escalas distintas. Pode-se, nesse caso, através da utilização de múltiplos ou submúltiplos
dessas seis escalas, extrair um grande número de outras escalas.
Cada unidade marcada nas escalas do escalímetro correspondem a um metro. Isto significa
que aquela dada medida corresponde ao tamanho de um metro na escala adotada (figura
7.1.2).
Isto significa que a escala 2:1 = 1:0,5. Como esta última é uma escala de redução, basta
tentarmos verificar no escalímetro convencional uma escala mais próxima para podermos
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trabalhar. Essa escala é a 1:50 que é 100 vezes menor que a escala de 1:0,5. Assim, para
desenhar um objeto na escala 1:0,5 ou 2:1 basta ler as unidades do escalímetro 1:50. A
diferença é que cada unidade em vez de corresponder a 1 m , será igual a 1m/100 = 1 cm ou
10 mm . Assim, em vez de ler 1m para cada unidade, deve-se ler, para cada unidade, o valor
de 1 cm ou 10 mm.
Contudo, em geral, costuma-se utilizar as escalas 1:20; 1:25; 1:50; 1:75; 1:100; 1:125,
uma vez que o escalímetro comumente empregado na representação de peças e desenhos da
engenharia utilizam tais escalas. Exceção a essa regra deve ser feita para a Engenharia
Cartográfica, uma vez que as escalas normalmente empregadas são bem inferiores as
apresentadas (1:500; 1:1000; dentre outras).
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Tem como finalidade servir como material de apoio para as disciplinas de Desenho Técnico
(ARQ 3319, ARQ 3322 e ARQ 3323) ministradas nos cursos de engenharia Civil, de Produção,
de Alimentos, da Computação, de Materiais, de Minas, Elétrica, Mecânica, Metalúrgica, Química
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e encontra-se a disposição para
download no site das disciplinas (www.ufrgs.br/destec).
8.2 - DIMENSÕES
As normas em vigor, editadas pela ABNT adotam a seqüência “A” de folhas, partindo da
folha A0 com área de aproximadamente 1,0m2. Cada folha na seqüência possui dimensão igual
a metade da folha anterior – por exemplo, a folha A1 possui a metade do tamanho da folha
A0, a folha A2 possui a metade do tamanho da folha A1 e assim por diante.
A seguir são apresentadas as dimensões de cada uma destas folhas e alguns desenhos
explicativos.
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8.3 - MARGENS
Segundo as normas em vigor, cada tamanho de folha possui determinadas dimensões para
suas margens, conforme tabela a seguir.
FORMATO ESQUERDA (mm) OUTRAS (mm)
A0 25 10
A1 25 10
A2 25 7
A3 25 7
A4 25 7
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/8.htm 11/6/2008
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8.6 - DOBRAGEM
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/8.htm 11/6/2008
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http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/8.htm 11/6/2008
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z Designação da revisão;
z Indicação do método de projeção;
z Unidade utilizada no desenho.
O local em que cada uma destas informações deve ser posicionada dentro da legenda pode
ser escolhido pelo projetista, devendo sempre procurar destacar mais as informações de maior
relevância. O número da prancha deve ser posicionado sempre no extremo inferior direito da
legenda.
A seguir é apresentada uma legenda a título exemplificativo.
Conforme a NBR 10582, a tábua de revisão é utilizada para registrar correções, alterações
e/ou acréscimos feitos no desenho. Busca registrar com clareza as informações referentes ao
que foi alterado de uma versão do desenho para outra.
Deve conter, segundo a referida norma:
z Designação da revisão;
z Número do lugar onde a correção foi feita;
z Informação do assunto da revisão;
z Assinatura do responsável pela revisão;
z Data da revisão.
A Tábua de revisão é posicionada sobre a legenda, possuindo o formato a seguir
representado. É preenchida de baixo para cima, ou seja, a primeira revisão é registrada na
linha inferior da tábua, a segunda na linha acima desta e assim por diante.
http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/pagimpressao/8.htm 11/6/2008