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Se é assim, perguntarão, então o espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem dúvida, senhores!

No sentido filosófico, o espiritismo é uma religião, e nós nos vangloriamos por isto, porque é a
doutrina que funda os vínculos da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre
uma simples convenção, mas sobre bases mais sólidas: as próprias leis da Natureza.

— Kardec[128]

No Congresso Espírita Internacional realizado em Paris em 1925 foi proposto a retirada do


aspecto religioso do espiritismo, mas o importante filósofo espírita francês Léon Denis se opôs
a isso com tenacidade, mesmo com sua já fraca condição física de saúde.[29] Para Denis, o
espiritismo não era a "religião do futuro", mas sim o "futuro da religiões".[129]

A Doutrina Espírita, por sua vez, afirma respeitar todas as religiões e doutrinas, e valorizar
todos os esforços para a prática do bem e diz trabalhar pela confraternização e pela paz entre
todos os povos e entre todos os homens,[130] embora rejeite firmemente, reitere-se, dogmas
fundamentais das outras religiões monoteístas; no caso particular do cristianismo, destacam-
se o da divindade de Cristo, o da Santíssima Trindade, o da salvação/justificação pela graça
(mais que pelas obras/esforços individuais), e o da existência e importância da Igreja como
entidade espiritual, não apenas humana,[131]

Cristianismo

Ver também: Perspectiva espírita sobre Jesus

Cristianismo e Espiritismo, livro de 1898 do filósofo Léon Denis, que liga a moral cristã e as leis
morais do espiritismo.

Livro oficial católico de oposição ao espiritualismo (1921).

A doutrina espírita adota a moral cristã[nota 5], apesar de suas concepções teológicas
diferenciadas. Para os espíritas, nome dado aos seguidores do espiritismo, Jesus Cristo se trata
do espírito mais elevado a já ter encarnado na Terra.[62]

Os espiritistas (tradução muito usada durante as primeiras décadas do século XX para o


neologismo francês spirite) ou espíritas, afirmam-se cristãos e atribuem à doutrina espírita o
caráter de uma doutrina cristã, já que consideram seguir os ensinamentos morais de Jesus. Os
espíritas fundamentam sua defesa do caráter cristão da doutrina espírita no fato de Allan
Kardec defender que a moral cristã, isenta dos dogmas de fé a ela associados, seria o que de
mais próximo a um código de ética divino e racional o homem possui. Os espíritas
argumentam que os dogmas foram elaborados ao longo dos séculos pela Igreja Católica, não
sendo, por isso, necessário segui-los para ser cristão. Além disso, o item 625 d'O Livro dos
Espíritos afirma ser Jesus o maior exemplo moral de que dispõe a humanidade, apesar de o
espiritismo negar a ele qualquer carácter efetivamente divino.[132]
Sermão da Montanha

As bem-aventuranças são 9 ensinamentos que Jesus proferiu no Sermão da Montanha,


segundo o Novo Testamento (Mateus 5:1-12). Para o espiritismo estes ensinamentos são de
grande importância, a seguir serão apresentados sobre a óptica espírita.

«"Bem aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus"» (Mateus 5:3). No
entender da doutrina espírita, Jesus promete o reino dos céus aos simples e humildes em
referência as qualidades morais do indivíduo.[133]

«"Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados." "Bem-aventurados os


famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados." "Bem aventurados os que sofrem
perseguição pela justiça, pois que é deles o reino dos céus"» (Mateus 5:4-10). Segundo o
espiritismo, somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que Jesus promete
aos aflitos da Terra. A fé no porvir pode consolar e infundir paciência no espírito que suporta
as diversas anomalias terrestres com calma e resignação. Todavia não justifica as causas da
diversidade dos males, das desigualdades entre o vício e a virtude, das deformidades e dos
flagelos naturais. As vicissitudes da vida podem dividir-se em duas partes de acordo com a
ótica espírita: umas tem suas explicações na vida presente, enquanto outras se encontram fora
desta vida. Esta ultima causa na visão espírita é explicada pela pluralidade das existências em
que o espírito encarnado paga os males que cometeu em vidas anteriores.[134]

«"Bem aventurados os que têm puro o coração, porquanto verão a Deus"» (Mateus 5:8). A
pureza do coração assemelha-se ao princípio da simplicidade e humildade, que exclui toda
ideia de orgulho e de egoísmo. Segundo o espiritismo, o emblema de pureza que Jesus toma
pela infância não deve ser tomado ao pé da letra, "Então lhe trouxeram algumas crianças para
que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e
disse-lhes: Deixai que venham a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o
reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de
maneira nenhuma entrará nele", Marcos 10:13-15. O espírito da criança não podendo ainda
manifestar suas tendências para o mal, representa, momentaneamente, a imagem da
inocência e da candura assemelhando-se aos espíritos puros. Contudo, as ações [boas ou más]
tomadas pelo espírito antes de encarnar irão refletir, pouco a pouco, no seu comportamento
como espírito encarnado. Portanto, na medida em que o espírito encarnado vai
desenvolvendo sua estrutura física, desenvolve também sua estrutura psíquica que encontra
as características comportamentais correspondentes a conduta real do próprio espírito.[135]

«"Bem aventurados os brandos, por que possuirão a Terra"» (Mateus 5:5). «"Bem-aventurados
os pacíficos, por que serão chamados filhos de Deus"» (Mateus 5:9). Segundo o espiritismo,
Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma
lei.[136]
«"Bem aventurados os que são misericordiosos, por que obterão misericórdia"» (Mateus 5:7).
A misericórdia consiste no perdão das ofensas, para a doutrina espírita o sacrifício que mais
apraz a Deus é a reconciliação com os adversários, conforme está em Mateus 5:23-24.[137]

Segundo o espiritismo, toda a moral cristã se resume neste axioma:

Fora da caridade não há salvação.

— Mateus 22:34-40; I Coríntios 13:1-7 e 13[nota 6][nota 7]

Reencarnação

Para boa parte das religiões cristãs, a reencarnação está em desconformidade aos
ensinamentos da Bíblia, a ressurreição, ao conceito de salvação e do eterno suplício.[138][139]
Exemplificam a passagem do apostolo Paulo que determina o estado de toda a humanidade
após a morte. "E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o
juízo..."[140]

Para a doutrina espírita, entretanto, a reencarnação foi confundida pelo nome de ressurreição,
que significa literalmente "voltar à vida", resultando as diversas causas de anfibologia. A
crença de que o homem poderia reviver é antiga e fazia parte dos dogmas judeus, porém não
era determinado de que maneira o fato iria ocorrer, pois apenas tinham vagas e incompletas
noções acerca da alma e de sua ligação com o corpo.[141] Segundo alguns adeptos do
espiritismo, o apostolo Paulo na citação anterior, desvenda a duvida referente à ressurreição e
desfaz a crença da volta do espírito no corpo que já está morto para morrer segunda vez no
mesmo, sobretudo quando os elementos da matéria orgânica já se acham dispersos e
absorvidos pelo tempo, pois todos os homens morrem apenas uma vez a cada existência
corpórea.[142][143] Afirmam ainda que o "juízo" refere-se ao estado individual (não coletivo)
que sucede a morte do corpo (erraticidade).[144] Embora não resolva profundamente o
problema da ambiguidade diversas passagens bíblicas enfatizam a reencarnação, segundo o
espiritismo, em Jó 14:10-14[nota 8][145]

Lei do Progresso

O Juízo Final, representa, segundo a doutrina espírita, o processo de "Regeneração da


Humanidade", no qual a Terra sofrerá uma lenta transformação físico-moral, em que se
separarão os espíritos que desejam seguir o caminho do bem daqueles que permanecerem no
mal — evento simbolizado na Parábola do Julgamento das Nações em Mateus 25:31-46,[146] e
pela Parábola do Trigo e do Joio em Mateus 13:24-30.[147][148] Todavia, essa desagregação
não fará com que os "espíritos imperfeitos" permaneçam eternamente no sofrimento situação
semelhante encontrada em Lucas 15:1-32,[149][150] pois tudo que há no universo está
destinado à lei do progresso.[151]

Mediunidade

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