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INVENTÁRIO E PARTILHA
- inventário extra judicial - todos capazes e concordes pode ser realizado por escritura pública,
representados por advogado. Não tenha sido lavrado testamento.
- inventário judicial – testamento ou incapaz;
- a morte dá início à sucessão e transmissão de bens aos herdeiros
- o patrimônio constitui-se em uma massa indivisa, que receberá o nome de espólio
- o espólio é dotado de capacidade jurídica, figura como parte nas ações;
- o inventário é processo de natureza contenciosa e de procedimento especial
- o inventário tem por finalidade a apuração do acervo que compõe a herança,
- herança é o patrimônio deixado (ativos, passivos, direitos e obrigações),
- o termo “inventariar” é enumerar tudo o que integra a herança,
- o termo também é além da meação do cônjuge, distingue o que é uma coisa e outra.
- principais finalidades do inventário é possível enumerar:
enumerar os bens, direitos e obrigações;
isolar quais bens integram a herança e quais a meação;
elencar quem são os herdeiros e legatários;
verificar se a herança é suficiente para o pagamento das dívidas;
estabelecer como serão feitos os pagamentos das dívidas;
elaborar o plano de partilha e o quinhão que será destinado a cada um dos sucessores;
emitir o formal do partilha ou a carta de adjudicação,;
regularizar a situação tributária dos bens;
permitir que os interesses de incapazes sejam tutelados pelo MP;
viabilizar que disposições de última vontade sejam respeitadas e cumpridas;
o inventário objetiva a adjudicação ou a partilha aos sucessores;
* o inventário não é atributivo nem constitutivo de propriedade dos bens
* o inventário serve para enumerar os bens que compõem o acervo hereditário,
* a partilha presta-se a atribuir a cada herdeiro seu respectivo quinhão;
* só haverá partilha se houver mais de um herdeiro (inventário sem partilha)
* havendo apenas um herdeiro, a ele serão adjudicados todos os bens;
* havendo mais de um herdeiro, a partilha atribuirá a cada qual uma parcela da herança;
* bens que não precisam ser inventariados, cujo levantamento poderá ser requerido mediante alvará
judicial:
- valores devidos pelos empregadores aos empregados;
- cotas de PIS, PASEP e FGTS e restituições de imposto de renda e outros tributos;
- saldos bancários, de cadernetas de poupança, de fundos de investimento (dentro de certo limite),
desde que não existam outros bens a serem inventariados;
* a doutrina e a jurisprudência têm admitido a propositura de inventário, caso não tenha deixado
patrimônio: o chamado inventário negativo;
* a finalidade deste tipo de inventário é a declaração judicial que não deixou bens:
- relevante aos sucessores para desobrigá-los frente aos credores,
- liberar o viúvo ou a viúva para contrair novo casamento;
* a legislação processual, pois, confere legitimidade àquele que estiver na administração do imóvel;
* a respeito da competência para processar e julgar (foro do domicílio do autor da herança);
* quanto ao prazo 02 meses a contar da abertura da sucessão, encerrando-se nos 12 meses
subsequentes, prorrogáveis;
* a não observância ao prazo pagamento de multa, incidente sobre o imposto causa mortis,
corresponde a 10% se o atraso for superior a 60 dias e 20% se ultrapassar 180 dias);
* assim, ao formular a petição inicial, o requerente comunicará o falecimento, comprovando-se com
a juntada da certidão de óbito postulará a abertura do inventário e a nomeação de inventariante;
* exige-se, ainda, que seja comprovada por documento a qualidade da pessoa que se apresenta com
legitimidade para o pedido;
7.3 – ARROLAMENTO
* forma simplificada de inventário adotada quando os bens do espólio alcançarem até 1.000 salários
mínimos, independentemente da existência de herdeiros incapazes ou divergências entre os
interessados;
* pode ser requerido pelos mesmos legitimados ao inventário, cabendo ao juiz a nomeação do
inventariante, sem compromisso nos autos;
* ao inventariante caberá apresentar as declarações, atribuir valor aos bens e realizar o plano de
partilha. O herdeiro não representado deverá ser citado e poderá impugnar a estimativa, caso em
que o juiz deverá nomear avaliador, que apresentará laudo em dez dias;
* o juiz determinará o recolhimento das dívidas, comprovado nos autos, julgará a partilha dos bens;
* por fim, a legislação processual inova ao dispor que o juiz, ao tomar o depoimento de incapaz,
deverá estar acompanhado por especialista sempre que a discussão envolver abuso ou alienação
parental. Essa previsão evidencia, mais uma vez, a importância que se deu ao atendimento
multidisciplinar nas ações de família (artigo 699).
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CURSO: DIREITO – 10º SEMESTRE
MATÉRIA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL – PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
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o magistrado, então, determinará ao réu a apresentação das contas em quinze dias e, mantendo-se
inerte, caberá ao autor apresentar as suas contas, podendo ter exame pericial;
as contas do réu serão apresentadas, especificando-se as receitas, a aplicação das despesas e os
investimentos, se houver.
nesse sentido, a orientação doutrinária que se forma em torno da utilização da expressão “forma
adequada” reflete na forma contábil, lançamento dos créditos e dos débitos e na apuração do
saldo, credor ou devedor, ressalvando-se, a informação correta sobre a substância da operação,
de modo que esta seja consistente com sua forma contábil;
na hipótese de o autor impugnar as contas de modo específico (igualmente da forma adequada) e
fundamentado, o juiz fixará prazo para que o réu apresente documentos justificando os
lançamentos que tenham sido individualmente impugnados.
o autor não pode impugnar as contas de modo genérico e sem fundamento consistente: terá ele
que identificar a conta impugnada e expor as razões pelas quais a impugna;
a controvérsia, agora, refere-se à qualidade da contas apresentadas, de forma que, nessa segunda
fase do procedimento, vencida eventual dilação probatória, o juiz encerrará, por sentença, a fase
cognitiva do processo.
DA INTERDIÇÃO
incapacidade refere-se à restrição legal ao exercício de atos da vida civil, estabelecida pela
legislação material àqueles que necessitam de proteção;
a ação de interdição tem como objetivo a declaração judicial da incapacidade daquele que, embora
tenha alcançado sua maioridade civil, por razões outras é destituído de condições de gerir-se
incapacidade judicial: ausência de condições em exprimir sua vontade, por causa transitória ou
permanente; ébrios habituais e viciados em tóxico; pródigos;
importante sinalizar que, em razão da finalidade deste tipo de ação (declaração da incapacidade),
faltará interesse de agir para aquele que ajuizar a interdição do menor de dezesseis anos, na
medida em que a legislação civil já o considera absolutamente incapaz;
a ação presta-se ao reconhecimento judicial da incapacidade daquele que está privado, total ou
parcialmente, de seu discernimento para exercer os atos da vida civil ou exprimir livremente sua
vontade; assim, conforme o que for apurado nos autos, o juiz fixará o grau de incapacidade e os
limites da curatela;
a competência para conhecer e julgar esta ação é do foro do domicílio do interditado/interditando,
perante a Vara da Família, ou, na falta desta, a Vara Cível;
são legitimados para a propositura da ação:
- cônjuge ou companheiro;
- parentes, confere a prerrogativa a qualquer parente, ou tutores;
- representante da entidade em que o interditando está abrigado;
- representante do Ministério Público;
no pólo passivo deve figurar o interditado/interditando;
assunção do encargo de curador:
- o cônjuge ou companheiro, não separado de fato;
- o pai ou a mãe, na falta de cônjuge ou companheiro;
- na falta destes o descendente mais apto (sempre seguindo os mais próximos) e
- na hipótese de inexistência de todos, o juiz procede à nomeação;
a petição inicial o autor deve fazer prova do parentesco, assim como dos fatos em que fundamenta
seu pedido, especificando aqueles que demonstram a impossibilidade (total ou parcial) do
interditando em exprimir sua vontade;
a intervenção do MP é obrigatória durante todo o decorrer do processo como defensor do
interditado. Importante salientar que sua função é defender os interesses do incapaz, mormente
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analisando se há elementos seguros para a declaração pretendida (ou seja, se o acolhimento ou não
do pedido é a melhor solução a ser tomada);
a petição inicial é, igualmente, submetida ao juízo de admissibilidade;
preenchidos os requisitos legais das tutelas de urgência, poderá na inicial ser requerida, desde
logo, a nomeação do curador especial provisório do interditado.
Caso seja acolhido o pedido, o magistrado definirá na decisão quais atos o curador especial
nomeado poderá, desde logo, praticar em nome do réu.
deferida a curatela provisória, será lavrado no processo um termo de compromisso, que
formalizará judicialmente a nomeação realizada.
também é de se anotar que tal nomeação é provisória;
também é expressa na legislação processual a exigência de se juntar ao pedido inicial documento
(laudo médico) que comprove a alegada incapacidade do interditando.
caso o autor da ação não dispuser de tal prova, deverá, na petição inicial, apresentar sua
justificativa;
assim, ultrapassado o juízo de admissibilidade da petição inicial, o magistrado designará audiência
para entrevista do interditado e determinará sua citação e intimação.
o contato pessoal entre magistrado e o incapaz é previsão expressa da legislação processual e tem
como objetivo extrair seu senso de compreensão, sua capacidade cognitiva e aptidão para gerir
seus negócios;
nessa audiência (denominada entrevista do interditando), tanto as perguntas formuladas pelo
magistrado como as respostas fornecidas pelo interrogando deverão ser reduzidas a termo, com
exatidão;
note-se que o procedimento especial prevê a realização desta solenidade antes mesmo da
oportunidade de impugnação ao pedido inicial, com presença obrigatória do representante
Ministerial;
caso a incapacidade seja tal que impeça o interrogando de ser conduzido ou comparecer em juízo,
o magistrado e o escrivão deverão se deslocar até o local onde ele esteja e lá será realizado o ato;
o ato, ademais, também poderá ser acompanhado por especialista, assim como poderão ser
utilizados recursos tecnológicos visando à facilitar as respostas ou o próprio entendimento pelo
interditado.
nesse segmento, também poderá o magistrado ouvir, naquele momento, parentes ou pessoas
próximas. Observe-se que todas essas previsões legais visam a auxiliar o magistrado quanto à real
condição mental do interditado;
a entrevista do interditado revela-se como ato obrigatório, de forma a se concluir que somente
poderá ser dispensada em circunstâncias excepcionais;
realizada a audiência, tem-se início o prazo de quinze dias para que o interditando, através de
advogado, apresente sua impugnação ao pedido. A ausência de defesa no processo não produzirá
os efeitos da revelia, na medida em que é imperiosa a demonstração da incapacidade. Entretanto,
caso o interditado, devidamente citado, não apresente sua contestação, será nomeado um Curador
Especial (advogado, defensor público), para a defesa de seus interesses;
apresentada a resposta, o magistrado determinará a realização da prova pericial, nomeando nos
autos profissional habilitado, conferindo às partes a possibilidade de formular quesitos e indicar
assistentes técnicos (artigo 753);
apresentada a conclusão pericial nos autos, sobre a qual as partes poderão se manifestar, havendo
requerimento (e necessidade) para a produção de prova oral, o magistrado designará audiência de
instrução e julgamento;
à audiência de instrução e julgamento serão aplicados os mesmos regramentos do procedimento
comum, ficando, entretanto, o interditando dispensado do depoimento pessoal na medida em que
já foi pessoalmente ouvido pelo magistrado quando da sua entrevista;
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ouvidas as testemunhas, o juiz proferirá sua sentença. Em caso de procedência da ação, será
declarada a interdição do réu, nomeado o curador e estabelecidos os limites da curatela;
a sentença deverá ser inscrita perante o Cartório de Registro Civil (ou seja, a declaração da
interdição e a nomeação do curador constarão da certidão de nascimento ou de casamento do
interditando), para que seja dado o conhecimento geral;
deverá ser providenciada a publicação de edital da sentença perante a imprensa local (uma vez),
pelo órgão oficial (três vezes, com intervalo de dez dias) e na plataforma do Conselho Nacional da
Justiça (por seis meses);
as atribuições do curador do interditando abrangem a representação/assistência do incapaz nos
atos da vida civil, com preservação de seus interesses, assim como a adoção de providências para
o adequado tratamento do mal que lhe acomete, visando à recuperação ou manutenção de vida
digna;
DO LEVANTAMENTO DA INTERDIÇÃO
procedimento judicial a ser utilizado para a demonstração da cessação da causa que determinou a
interdição;
são legitimados a promover o procedimento (também denominado de desinterdição) a mesma
pessoa que requereu a interdição, o curador, ou, ainda, o representante do Ministério Público;
o levantamento da interdição apresenta processamento mais simplificado se comparado àquele que
declarou a incapacidade;
o pedido será distribuído por dependência ao juízo que decretou a interdição e será autuado em
apenso;
uma nova perícia no interditado será determinada nos autos a fim de se verificar que,
efetivamente, cessou a causa de incapacidade. Se necessário, também poderá ser designada
audiência de instrução e julgamento e, inclusive, determinada a oitiva do interditado, tudo com
vistas à formação da convicção do magistrado;
acolhido o pedido inicial, será determinado o levantamento da interdição por sentença, que
também será levada a registro junto ao Cartório de Registro Civil, após o trânsito em julgado, e,
ainda, procedida à ampla publicidade, conforme supramencionado.