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• A psicologia social não surge de forma unificada e as perspectivas são construídas

historicamente a partir de projetos distintos que determinam os objetos de estudo e os métodos


apropriados;
• A própria produção do conhecimento depende das dinâmicas sociais;
• No início da modernidade, surge a preocupação com os limites e o alcance do conhecimento;
• Descartes fundamenta a razão sobre a dúvida sistemática, propõe como razão o conhecimento
natural (em oposição ao revelado) e postula a divisão entre mente e corpo: enquanto o corpo é o
meio pelo qual a mente chega ao conhecimento, esta possui ideias inatas que tornam possível o
saber;
• Hume considera que a partir da sensação são derivadas ideias que se associam para a formação
de raciocínios cada vez mais complexos, segundo os princípios da semelhança, continuidade e
causa-efeito;
• Kant afirma que o sujeito do conhecimento não pode ser reduzido ao que pode ser obtido pelos
sentidos e este sujeito transcendental é o que possibilita a universalidade da experiência; ele
ainda enfatiza a causalidade (uma das categorias da compreensão) como princípio fundamental
do conhecimento: todo evento é resultado de uma causa anterior;
• O renascimento é marcado pelo retorno de ideais filosóficos e políticos da antiguidade clássica;
• Maquiavel traz o conceito de política como atividade constitutiva da experiência coletiva e
regida pelas mesmas leis que regem o mundo físico, uma laicidade que se opõe à ideia de ordem
imposta por deus; a unidade política é resultado da instituição do Estado por um legislador;
• Hobbes postula que a natureza dúbia (bem x mal) da humanidade traz a necessidade de uma
instância que elimine a violência natural, a ser transferida dos homens para o Estado;
• Indo contra esta concepção negativa de humano, Locke traz o Estado como mantenedor do
pacto social que visa a plena realização dos potenciais humanos, devendo este proteger os
interesses individuais;
• A partir destas ideias surge o liberalismo, com seus princípios de que o lucro individual e a
propriedade privada são os valores que regulam o mercado, e o Estado deve protegê-los; o
liberalismo político opõe-se ao despotismo e prima pelas liberdades individuais; indivíduo
acima do social;
• O liberalismo moral de Kant, no entanto, traz a ideia de que a vida social e política dos
indivíduos deve ser constituída em harmonia com os demais (liberalismo germânico – Estado
de direito);
• Para Hegel, compreender a realidade é sistematizar suas leis; o próprio ato de consciência
constitui o objeto percebido, em uma síntese dialética entre sujeito e objeto: a consciência deixa
de ser subjetiva e transforma-se no sujeito absoluto, que difere do sujeito transcendental de
Kant por ser resultado de um processo histórico constituído por contradições; a consciência se
constitui e se revela nos processos sociais, políticos, culturais, religiosos e científicos;
• Em outra perspectiva de constituição histórica, Marx afirma que as formas concretas de
produção determinam as dinâmicas sociais, políticas, econômicas e jurídicas, condicionando o
pensamento de uma época; prevê ainda a transposição do mercado pela classe operária como
sujeito da história;
• O romantismo traz a possibilidade de articulação da racionalidade humana com a sua inegável
irracionalidade, expressa tanto no indivíduo (pelas teorias de Freud) quanto nas massas (Le
Bon);
• Os primeiros projetos de psicologia social são opostos e herdam influências do empirismo e do
idealismo;
• Para os propositores do estudo do social como fenômeno natural, o único conhecimento
aceitável é o científico, que mantém correspondência com fatos e que pode ser sistematizado e
testado; seria infrutífero procurar causas e finalidades do universo, devendo a ciência
preocupar-se em conhecer suas leis e determinar relações;
• Spencer, influenciado pela teoria da evolução de Darwin, afirma que os fenômenos sociais são
regidos por leis naturais, aproximando o estudo das sociedades do estudo de organismos ao
propor que a evolução social faz parte da evolução das espécies; esta concepção se adaptou bem
ao liberalismo – em especial dos EUA – na sua enunciação de que a sociedade evoluiria
impulsionada pela liberdade de mercado e das relações sociais;
• Na perspectiva histórica, Dilthey estabelece como distinção fundamental entre as ciências
naturais e as humanas a história; Wundt tenta integrar os estudos psicológicos experimentais
individuais com estudos dos processos superiores, que seriam sociais, históricos e culturais;
• O debate se torna, então, sobre a natureza do fenômeno social, e passa de uma discussão sobre o
caráter epistemológico do estudo do fenômeno social para um metodológico: a primazia deve
ser do indivíduo ou da sociedade? O embate se concretiza nas posições de Durkheim (holista) e
Tarde (individualista);
• Tarde afirma que o fenômeno social não é redutível às leis naturais e que os padrões não são
frutos de determinismo histórico, mas da intervenção dos indivíduos; os meios principais de
atuação são a criação e a imitação;
• Durkheim, no intento de estender o método do racionalismo científico ao estudo dos fenômenos
sociais, trata-os metodologicamente como coisas; dentre seus pressupostos está o fato social,
que diz respeito aos estados que a consciência assume coletivamente, irredutível a elementos
individuais e baseado em representações coletivas;
• A concepção de massas como retrocesso da racionalidade liga-se a pensadores situados no
contexto das revoluções do final do século XIX; Tarde, Le Bon e Sighele repudiam o coletivo
oferecendo concepções de disseminação social ligadas ao contágio e à sugestão; esta distinção
entre mente individual e mente coletiva prioriza explicitamente a subjetividade, afetando a
forma como se vota, por exemplo;
• No surgimento da psicologia, o interesse de estudo da consciência (com Wundt e Fechner) passa
rapidamente a uma perspectiva mais positivista, racionalista e pragmática (Watson, James e
Dewey);
• O desenvolvimento da psicologia social nos EUA é marcado pelas ideias de Allport que,
influenciado por Watson, rejeita a introspecção e o determinismo psíquico; se opõe ainda às
ideias de Spencer, negando que seja possível modelar a sociedade como um organismo e nega,
também, as ideias de Durkheim, propondo que a base da sociologia é o estudo do indivíduo
socializado; contesta ainda a concepção negativa que Le Bon e Tarde tem das massas,
afirmando que o comportamento do grupo é consequência e não causa; Psicologia Social
Psicológica;
• Também surgida da influência do behaviorismo, a Psicologia Social Sociológica passa a se
diferenciar deste admitindo a mediação de processos mentais no interacionismo simbólico de
Mead; para ele a conduta individual se explica em termos do grupo, e não o contrário; admite
também o conceito de atitude (comportamento não expresso, externalizado nas ideias e na fala);
a consciência seria intrinsecamente social, constituída durante o desenvolvimento pelas relações
e não intrínseca ao organismo; indivíduo seria reflexo da estrutura social através de sua
influência sobre o pensamento; as ideias de Mead não tiveram grande influência;
• A proposta de Allport se torna hegemônica na psicologia social, com relativa independência do
behaviorismo, uma vez que esta era inadequada à complexidade dos fenômenos sociais;
• A imigração de psicólogos europeus, em especial da Gestalt, para os EUA influencia a
psicologia social, o que se reflete nas teorias de percepção social;
• A ascensão da Psicanálise também rende frutos para a psicologia social propondo ideias sobre a
motivação e a socialização infantil;

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