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O documento descreve a evolução histórica das relações de trabalho, desde a sociedade pré-industrial até a sociedade industrial moderna. Na sociedade pré-industrial, as principais formas de trabalho eram a escravidão, servidão e corporações de ofício, que não ofereciam proteção aos trabalhadores. A Revolução Industrial transformou a produção e as relações de trabalho, criando o trabalho assalariado e a desigualdade entre trabalhadores e empregadores, levando ao surgimento do Direito do Trabalho para proteger os trabalhadores.
O documento descreve a evolução histórica das relações de trabalho, desde a sociedade pré-industrial até a sociedade industrial moderna. Na sociedade pré-industrial, as principais formas de trabalho eram a escravidão, servidão e corporações de ofício, que não ofereciam proteção aos trabalhadores. A Revolução Industrial transformou a produção e as relações de trabalho, criando o trabalho assalariado e a desigualdade entre trabalhadores e empregadores, levando ao surgimento do Direito do Trabalho para proteger os trabalhadores.
O documento descreve a evolução histórica das relações de trabalho, desde a sociedade pré-industrial até a sociedade industrial moderna. Na sociedade pré-industrial, as principais formas de trabalho eram a escravidão, servidão e corporações de ofício, que não ofereciam proteção aos trabalhadores. A Revolução Industrial transformou a produção e as relações de trabalho, criando o trabalho assalariado e a desigualdade entre trabalhadores e empregadores, levando ao surgimento do Direito do Trabalho para proteger os trabalhadores.
1 Evolução histórica do direito do trabalho e das relações trabalhistas
1.1 Sociedade pré-industrial (até o século XVIII)
A história do trabalho começa exatamente quando o homem percebe que é
possível utilizar a mão de obra alheia não só para a produção de bens em proveito próprio, mas também como forma de produzir riquezas. Escravismo, feudalismo e capitalismo podem ser considerados como marcos históricos definidos na evolução das relações econômicas e sociais e, consequentemente, na evolução do trabalho humano e de suas formas de proteção. No período histórico que pode ser caracterizado como de sociedade pré- industrial - que tem início nos primórdios da humanidade e vai até o final do século XVIII, quando se inicia a chamada Revolução Industrial -, várias são as formas de trabalho encontradas, das quais podemos destacar, em momentos distintos, a escravidão, a servidão e as corporações de ofício. Em todas as sociedades que nesse período histórico adotaram a escravidão como modo de produção, o trabalho era executado por quem, em razão de sua própria condição, era destituído de personalidade, sendo equiparado a coisa, incapaz de adquirir direitos e de contrair obrigações. Desta forma, resta evidente que a escravidão era absolutamente incompatível com a ideia de direito. Durante a Idade Média, a principal forma de prestação de trabalho era a realizada pelos camponeses, na modalidade de servidão. Apesar de não apresentar grandes diferenças em relação à escravidão, pois os trabalhadores ainda não tinham uma condição livre, a servidão caracterizava-se por uma certa proteção política e militar prestada ao servo pelo senhor feudal, dono das terras. Os servos eram obrigados a entregar parte da produção como preço pela fixação na terra e pela defesa recebida, sendo que os senhores feudais detinham um poder absoluto no exercício do controle e organização do grupo social. Não havia, portanto, como se falar em direito dos trabalhadores. Com o declínio da sociedade feudal e o consequente desenvolvimento do comércio, atividades urbanas, como a produção artesanal de bens, foram estimuladas. Com isso, surgiram os artesãos profissionais, sendo que muitos deles eram os antigos servos. Visando assegurar determinadas prerrogativas de ordem comercial e social, os artesãos fundaram associações profissionais, dando início às chamadas corporações de ofício. Nelas agrupavam -se os artesãos ou comerciantes do mesmo ramo, em uma determinada localidade, compostas pelos mestres, companheiros e aprendizes. Com o surgimento dessas corporações, a vida econômica e social sofreu uma profunda transformação, mas ainda assim não se podia falar em inteira liberdade de trabalho, pois a sua estrutura baseava-se no controle, não só profissional, mas também pessoal, que o mestre exercia sobre os trabalhadores a ele subordinados. Portanto, durante este longo período histórico, inexistiu qualquer sistema de proteção jurídica dos trabalhadores e, com isso, não se podia falar em Direito do Trabalho.
1.2 Sociedade industrial
As mudanças na forma de produção levaram a uma grande transformação
socioeconômica, que, em seu conjunto, denominou-se Revolução Industrial. Sob o aspecto social, a sociedade tipicamente rural se transformou numa sociedade urbana. No âmbito econômico, a produção, que até então era artesanal, passou, com o aperfeiçoamento dos métodos produtivos e o avanço tecnológico, a ser uma produção em larga escala. As pequenas oficinas dos artesãos foram sendo substituídas pelas fábricas. As ferramentas foram sendo substituídas pelas máquinas. No lugar das tradicionais fontes de energia, passaram a ser utilizados o carvão e a eletricidade. Como consequência das mudanças sociais e econômicas, as relações de trabalho também se modificaram. A Revolução Industrial fez surgir o trabalho humano livre, por conta alheia e subordinado, e significou uma cisão clara e definitiva entre os detentores dos meios de produção e os trabalhadores. O liberalismo econômico, aliado ao não intervencionismo do Estado nas relações econômicas e sociais (Estado Liberal) e ao individualismo que marcava o campo jurídico de então (todos frutos da Revolução Francesa de 1789), fez com que a desproporção de forças do trabalhador frente ao empregador se agravasse, o que gerou uma realidade de grave injustiça no modelo das relações de trabalho e levou ao surgimento da chamada Questão Social, ou seja, a luta entre capital e trabalho derivada do estado de extrema exploração em que se encontravam os trabalhadores. Depois de inúmeros debates ideológicos na época, o Estado percebeu que não podia deixar a regulamentação das relações de trabalho à livre negociação das partes interessadas, passando, então, a intervir na ordem econômica e social e a fixar normas coativas, com condições mínimas de proteção que deveriam ser respeitadas pelos empregadores. Assim, a evolução histórica do trabalho humano leva ao surgimento de uma legislação estabelecendo normas mínimas de proteção ao trabalhador, cuja importância foi aumentando com a evolução econômica e política dos países. A partir de então o Direito do Trabalho se fixa como estrutura de proteção do trabalhador e entra em um processo de evolução contínua e dinâmica, tendo em vista a própria dinamicidade das relações sociais e econômicas que dele são inseparáveis.