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I-CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
II-OBJETIVOS:
III-BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ESQUEMA:
(Veja-se que o presente esquema abrange a matéria a partir do ponto n. 5 do
Conteúdo Programático)
1) Direito Francês:
Obrigações convencionais e não convencionais.
3) Direito Brasileiro:
a) Quanto ao objeto da prestação
Dar – obrigações em que o devedor deve entregar transmitindo o domínio de
determinada coisa.
Fazer – obrigações em que o devedor se acha adstrito a realizar um serviço em
proveito do credor.
Não fazer – o devedor se obriga a não realizar um ato que poderia realizar
livremente se não tivesse se obrigado.
c) Quanto ao vínculo:
I) Civis ou naturais:
Civis – disciplinadas pelo direito positivo, reunindo todos os elementos
indispensáveis, é a obrigação perfeita.
Naturais – não são obrigações jurídicas, pois lhes nega o direito essencial
característico, o direito de ação
1) Conceito:
a) Obrigações de dar coisa certa e específica:
Na obrigação de dar coisa certa e específica consiste no vínculo jurídico pelo qual o
devedor fica adstrito a fornecer ao credor determinado bem, perfeitamente individuado,
móvel ou imóvel, explicitando que a coisa certa há de constar de objeto preciso, que se
possa distinguir por características próprias, de outros da mesma espécie.
b) Obrigação de dar coisa incerta: ao contrário, o objeto não é considerado em sua
individualidade, mas no gênero a que pertence e na sua quantidade. A coisa é
considerada genericamente
c) Obrigação de restituir: caso do depositário ou comodatário que havendo recebido
coisa alheia, deve devolvê-la. Na obrigação de restituir o credor é o dono da coisa, o
que não acontece na obrigação de dar.
2) Princípios:
a) direito pessoal (jus ad rem) e não real (jus in re)
Só confere, a obrigação de dar, ao credor, um simples direito pessoal. Efetivamente,
antes da tradição, o objeto continua a pertencer ao alienante. Ver art. 1.267 CC , - o
domínio das coisas não se transfere pelos contratos. Só com a tradição, real ou
simbólica, o comprador adquire o domínio, ainda que tenha pago todo o preço..
I) Sistema romano: CC alemão, CC Suíço, CC Brasileiro
A obrigação de dar cria um mero direito pessoal, e não real. . Por si só, ela não
transfere o domínio, adquirido só pela tradição. A transferência se dá por dois
momentos.
-compra e venda (obrigacional) – tradição (entrega da coisa, direito real)
A aquisição do direito pessoal é feita com a tradição, quando recebe a coisa (M) ou
registra publicamente (I).
II) Sistema de unidade formal: CC Francês, CC Belga, CC Italiano, CC
Português.
Determina que o contrato já gera a propriedade, mesmo sem ter a posse. O contrato
gera a obrigação de dar e transfere o direito real. Transforma o credor em
proprietário, aceitando-lhe os riscos desde o instante em que a coisa deveria ter sido
entregue, ainda que não tenha havido a tradição.
b) Nemo aliud pro alio invito creditore solvere potest
O credor de coisa certa não pode ser obrigado a receber outra, ainda que mais
valiosa (art. 313 CC). O devedor não pode realmente liberar-se mediante entrega de
coisa diversa da ajustada, porque não lhe é lícito, unilateralmente, modificar o
objeto da prestação. Nem pode-se substituir a coisa devida pelo respectivo valor. A
recíproca é verdadeira: O credor não pode exigir coisa diferente, ainda que menos
valiosa. O devedor não pode desobrigar-se por partes, se assim não convencionado.
A entrega parcelada só é possível mediante pacto expresso. (Art. 313 do CC)
c) Acessorium sequitur suum principale
(art. 233 CC). O acessório segue o principal, salvo se compactuado entre as partes.
Tais acessórios não têm individualidade própria e por isso desprovidos são de
autonomia jurídica Quem aliena um imóvel transmite simultaneamente o ônus do
imposto como acessório, além das servidões existentes. Questionado dispositivo só
deixará de ser observado em duas hipóteses: expressa declaração em contrário no
título da obrigação e exclusão resultante de circunstâncias evidentes (ex.
conhecimento do vício pelo adquirente).
d) Res perit domino (casum sentit domino)
Art. 492- A coisa se perde para o dono. O dano patrimonial do objeto da prestação é
a responsabilidade do dono.
e) Dever de conservação da coisa
O devedor, adstrito à entrega de coisa certa, é obrigado à conservá-la com todo
cuidado, zelo e diligência. É uma obrigação de meio, em que o devedor deve velar
pela conservação da coisa - art. 234 CC .
7. OBRIGAÇÕES DE RESTITUIR
3) Princípios:
As obrigações de restituir estão regidas pelos mesmos princípios das obrigações de dar.
O devedor não pode restituir coisa diferente daquele do negócio jurídico. O acessório
segue o principal, a coisa se perde para o dono, onde na de dar o prejuízo é da conta do
devedor, que é o proprietário, e na de restituir quem sofre é o credor.
4) Disposições legais:
a)perda da coisa, antes da tradição, sem culpa do devedor – efeitos. Art. 238 CC
Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder
antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá sem
indenização, salvos, porém, a ele, os seus direitos até o dia da perda.
b)perda da coisa, antes da tradição, por culpa do devedor – efeitos. Art. 239 CC
Se a coisa se perder, por culpa do devedor, responderá ele pelo equivalente, mais as
perdas e danos.
c)deterioração da coisa, antes da tradição, sem culpa do devedor – efeitos. Art. 240
CC. (degradação física, diminuição material do valor respectivo)
Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á tal qual se
ache, o credor, sem direito a indenização. O dono, que é o credor, sofre o prejuízo.
Quem é o credor? O depositante, dono da coisa.
d)deterioração da coisa, antes da tradição, por culpa do devedor – efeitos. Art. 240
CC, segunda parte.
Se o devedor omitiu, por exemplo, o dever de custodiar, cabe-lhe suportar as
conseqüências de sua desídia. Poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a
coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso,
indenização das perdas e danos. Interessante que o novo Código, neste ponto
específico, afastou-se do Código de 1916 cuja disciplina fielmente seguia. Deve ser
observado que o novo art. 240, segunda parte, não fez remissão ao art. 236 –
possibilidade do credor aceitar a coisa no estado em que se acha - mas sim ao art.
239... Era de se esperar que o art. 240 segui-se a lógica do art. 871 revogado, que
fazia remissão ao art. 867 e não ao art. 865, 2º parte. De qualquer sorte, tal deve
ter ocorrido por um cochilo do legislador, não se vedando, é claro, que o credor
aceite a coisa deteriorada. Afinal, quem pode o mais, que é exigir o equivalente,
também pode o menos.
5)Direito aos melhoramentos e acrescidos.
Os melhoramentos são de direito do dono, credor.
a) Melhoramentos ocorridos sem interferência do devedor.
Art. 241 - Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem
despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização..
1) Conceito:
Nessa modalidade de obrigação, o respectivo objeto ou conteúdo da prestação é
indicado genericamente no começo da relação, vindo a ser determinado por um ato de
escolha, no instante do pagamento. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero
a que pertence e quantidade devida. (Art. 243 CC)
O pagamento é precedido de ato preparatório de escolha, que individualizará ou
determinará a coisa a ser entregue ao credor. Realizada a escolha, de acordo com as
condições estabelecidas no contrato ou segundo regras legais, a obrigação de dar coisa
incerta transmuda-se na obrigação de dar coisa certa.
2) Diferenças entre obrigações de dar coisa certa e dar coisa incerta
Dar coisa certa
- prestação tem desde logo conteúdo determinado
- o devedor libera-se entregando a própria coisa devida, já qualificada e individuada, o
que a distingue das demais de mesma espécie.
dar coisa incerta
- a prestação não é determinada, mas determinável em meio a uma pluralidade
indeterminada de coisas ou objetos, desobrigando-se o devedor mediante entrega de
qualquer das coisas ou objetos incluídos no respectivo gênero.
- O pagamento é precedido de um ato preparatório de escolha, que individualizará a coisa
a ser entregue ao credor. Realizada a escolha, a obrigação de dar coisa incerta
transmuda-se em dar coisa certa, e a prestação passará a objetivar precisamente o ato de
entrega da coisa escolhida.
5) Direito de escolha.
Nas coisas determinadas pelo gênero e quantidade, a escolha pertence ao devedor, mas não
poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.(Art. 244 CC) A escolha
efetua-se mediante ato jurídico unilateral denominado concentração.
Concentração: que é a individuação da coisa manifestada no ato do pagamento ou
cumprimento da obrigação. Cabe ao devedor, se não houver pacto expresso em contrário.
Mas, em tal conjuntura, o devedor deve guardar o meio-termo, entre os congêneres de
melhor e pior qualidade.
Para a escolha, não basta que o devedor separe o produto para entregá-lo ao credor. É
mister realize ainda o ato positivo de colocá-lo à disposição deste.
6) Princípio genus nunquam perit (Art. 246 CC) – genus limitatum e genus illimitatum.
O gênero nunca perece. O devedor não pode alegar perda da coisa antes da escolha para
exonerar-se do vínculo obrigacional. A liberação da obrigação não se dá nem por caso
fortuito ou força maior.
Genus limitatum – existe uma limitação. É circunscrita às coisas que se acham num
certo lugar, no patrimônio de alguém, ou sejam relativas à determinada época ou
acontecimento. Se o gênero é delimitado, o perecimento ou inviabilidade de todas as
espécies que o componham acarretará o fim da obrigação. Ou, se o gênero se reduz a
um número muito restrito de unidades, a obrigação deixará de ser genérica para ser
alternativa.
Genus illimitatum – não existe qualquer restrição à regra de “gênero nunca parece”.
9. OBRIGAÇÕES PECUNIÁRIAS
1) Conceito:
Obrigações pecuniárias são aquelas em que o devedor tem de entregar ao credor uma
certa soma em dinheiro. A obrigação pecuniária é modalidade da obrigação de dar, que
se caracteriza pelo valor da quantia devida, valor nominal da moeda, ou seja, valor legal
outorgado pelo Estado, no ato da emissão ou da cunhagem. Logo, esse valor é o que se
encontra impresso na cédula.
Nossa unidade monetária é o real (Lei 9.069/95).
2) O princípio do nominalismo
Considera como valor da moeda o valor nominal que o Estado lhe atribui no momento
do ato da emissão ou da cunhagem. Rege todas as obrigações que têm por objeto o
pagamento de soma em dinheiro. Somente nas obrigações originariamente pecuniárias
que, desde o instante inicial de sua constituição tenham por objeto certa quantia em
dinheiro. Nas obrigações pecuniárias o devedor sofrerá as conseqüências da
desvalorização da moeda. Mas, contra a rigidez do princípio nominalista os interessados
incluem, nas suas convenções, cláusulas de atualização da prestação, que são:
a) cláusulas de escala móvel – estabelecem uma revisão pré-convencionada pelas partes,
dos pagamentos que deverão ser feitos de acordo com as variações do preço de
determinadas mercadorias ou serviços. A revisão da obrigação pecuniária é feita por
convenção das partes, em função do valor, expresso em moeda corrente, de certos bens
(petróleo) ou serviços ou de uma generalidade de bens ou serviços (índices gerais de
preços).
b) Cláusulas de correção monetária – consistem em revisões estipuladas pelas partes, ou
impostas por lei, que têm por ponto de referência a desvalorização da moeda. A
correção monetária tem por fim restabelecer o poder aquisitivo da moeda. Não é sanção
que dependa de prévia lei ou condenação do devedor, mas tão somente base de cálculo
da execução, simples critério de avaliação do montante atual da dívida, da maneira que
a condenação não é alterada, mas atualizada. É equivalência, não se confundindo com
juros, pois ela é atualização do próprio débito.
4) Títulos:
As dívidas pecuniárias só são solvidas em dinheiro. Exige-se o assentimento deste para
que o devedor possa substituir dinheiro por títulos.
1) Conceito:
A prestação consiste na prática de um ato ou na realização de um trabalho pelo devedor
em proveito do credor.
2) Distinção entre obrigação de dar e de fazer:
a) quanto ao objeto
-dar: consiste na entrega de algo certo ou incerto pelo devedor ao credor.
-fazer: consiste na prática de um ato ou serviço do devedor.
c) quanto á execução:
-dar: geralmente comportam execução específica, pela entrega da coisa devida.
-fazer: geralmente não comportam execução específica, execução in natura, pois o
credor não pode constranger o devedor a fazer. A sentença pode condenar o devedor,
mas não obrigá-lo a fazer.
5) Inadimplemento
(Art. 248 CC) Cumpre lembrar que a impossibilidade, suscetível de produzir efeito
liberatório, há de ser provada pelo interessado que a invoca. E ainda, para conter o
efeito liberatório, deve ser absoluta, permanente e irremovível. Se se trata de simples
dificuldade, a ser superada com maior esforço, não exonera o devedor. (Art. 106 CC)
Verificada a impossibilidade, cumpre averiguar se ela sobreveio sem culpa, ou por
culpa do devedor. No primeiro caso, resolvida fica a obrigação. No segundo caso, por
culpa, a impossibilidade foi intencionalmente provocada, e o obrigado deve suportar as
conseqüências de seu ato lesivo.
Nas prestações fungíveis, vigora o art. 249 CC. Nas obrigações infungíveis,
vigora o art. 247.
6) Casos de urgência
Conforme art. 249, parágrafo único do CC, em casos de urgência, pode o credor,
indepentendemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo
depois ressarcido.
1) Conceito
Obrigação de não-fazer é aquela pela qual o devedor se compromete a não praticar certo
ato, que poderia livremente praticar, se não houvesse se obrigado. É um direito pessoal,
incide sobre a pessoa.
3) Adimplemento e inadimplemento
Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele
que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e
danos. (Art. 251 CC). Agora, se tornar-se impossível abter-se do ato a que se obrigou
não praticar, sem culpa do devedor, extingue-se a obrigação de não fazer. (Art. 250 CC)
Mora: Art. 390 CC - Nas obrigações negativas, o devedor fica constituído em mora,
desde o dia em que executar o ato a que se devia abster. Confunde-se a mora com o
próprio inadimplemento.
1. Conceito e caracteres
Nas obrigações alternativas, várias prestações são contempladas na relação jurídica,
mas o devedor se libera com a satisfação de uma única. Em tese o devedor deve todas
as prestações, mas se exonera com a entrega de uma delas apenas.
a) multiplicidade de prestações
b) fato de o devedor exonerar-se entregando apenas 1 delas.
Realizada a escolha, as demais prestações desligam-se do vínculo.
4. Inexecução
I- Escolha do Devedor
1. SEM CULPA DO DEVEDOR
a) impossibilidade de uma prestação: art. 253 CC – subsiste na prestação remanescente.
b) impossibilidade de todas as prestações: art. 256 CC – extingue a obrigação.
II – Escolha do Credor
1. SEM CULPA DO DEVEDOR
a) impossibilidade de uma prestação: art. 253 CC – subsiste na prestação remanescente.
b) impossibilidade de todas as prestações: art. 256 CC – extingue a obrigação.
5) Cumprimento
a) escolha do devedor: a concentração cristaliza-se com a comunicação à outra parte.
I) realização da opção (ação de consignação em pagamento) Efetua a opção,
entregando ao credor o que escolher. Se o credor não quiser receber, o devedor entra com
uma ação de consignação em pagamento para exonerar-se da obrigação, com depósito
judicial da coisa.
II) Não realização da opção:
A escolha deve ser realizada no prazo fixado pela convenção, se não houver fixação de
prazo, o devedor será notificado, para efeito de sua constituição em mora. Efetivamente, a
escolha pertence ao devedor, mas se ele não a efetua na época do vencimento, ou no prazo
fixado, incorre em mora. Todavia, a mora não o priva do direito de escolha, nem acarreta a
inversão. Assim, ao ingressar em juízo o credor para reclamar o cumprimento da obrigação,
caber-lhe-á formular alternativamente seu pedido, deixando ao devedor plena liberdade de
escolha. Não pode ele escolher ou pedir cumulação de pedidos. A inversão do direito de
escolha somente se dará em juízo, com a inércia do devedor em realiza-la.
b) escolha do credor: -quando o título obrigacional outorgar este direito.
I) realização da opção
Indicará desde logo na petição inicial da execução. Ao credor assiste igualmente
direito de solicitar actio ad exibendum, pedido em que o credor solicita para o
devedor exibir as coisas, para ele fazer a escolha.
II) não realização da opção (Art. 342 CC – consignação em pagamento)
Ao credor que tendo o direito de eleição, não o exercita oportunamente, incorre em
mora creditoris. O devedor deverá ajuizar ação de consignação em pagamento, citar
o credor para fazer a escolha, sob pena de inversão do direito.
1) Noção e compreensão:
3) Disposições legais:
Art. 314 CC – Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o
credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
Art. 257 CC - Regra concursu partes fiunt – cada um só responde pela sua parte – regra
geral das obrigações divisíveis. Cada credor não pode exigir senão sua quota e cada
devedor não responde senão pela parte respectiva. A prestação é assim distribuída
rateadamente.
Exceções à regra: indivisibilidade e solidariedade. Numa e noutra, embora concorram
varias pessoas, cada credor tem direito de reclamar a prestação por inteiro e cada devedor
responde também pelo todo.
8) Conseqüências jurídicas
Divisíveis
a) cada um dos credores só tem direito de exigir sua fração no crédito
b) cada um dos devedores só tem de pagar a própria quota no débito
c) se o devedor solver integralmente a dívida a um só dos vários credores, não se
desobrigará com relação aos demais concredores
d) o credor que recusar o recebimento de sua quota, por pretender solução integral,
pode ser constituído em mora.
e) A insolvência de um dos co-devedores não aumentará a quota dos demais
f) A suspensão da prescrição, especial a um dos devedores, não aproveita aos demais
(Arts. 201 CC)
g) A interrupção da prescrição por um dos credores não beneficia os outros, operada
contra um dos devedores não prejudica os demais (Art. 204 CC).
Indivisíveis
a) cada um dos credores pode exigir a dívida por inteiro
b) cada um dos devedores responde integralmente pela dívida
c) o devedor que paga integralmente o débito a um dos vários credores desonerar-
se-á em relação aos demais
d) o credor não pode recusar o pagamento por inteiro, sob pena de ser constituído
em mora
e) sendo indivisível a obrigação, a prescrição aproveita a todos os devedores, desde
que em favor de um venha a ser reconhecida
f) sua suspensão ou interrupção aproveita ou prejudica todos
g) a nulidade, quanto a um dos interessados, se estende a todos
Art. 264 e 265 CC - Segunda exceção ao princípio concurso partes fiunt. Existindo
pluralidade de credores ou devedores, pode qualquer daqueles exigir a prestação total,
como se fora único credor, ou pode qualquer destes ser compelido a solver a dívida toda,
como se fora único devedor
Múltiplas ou conjuntas: o direito e a responsabilidade de cada titular são proporcionais,
cada um responde ou tem direito à sua parte exclusivamente.
Solidárias: havendo pluralidade de credores ou devedores, cada um tem o direito ou é
obrigado pela dívida toda.
A solidariedade não se presume, resulta da lei ou vontade das partes. Se a lei não impõe e o
contrato não a estipula, inexiste solidariedade. Precisa ser expressa, por manifestação
equivalente das partes, explícita ou implícita. Na dúvida, presume-se não exista a
solidariedade.
Art. 268 CC - Enquanto algum dos credores solidários não demandar o devedor comum, a
qualquer daqueles poderá este pagar. Se ainda não existe cobrança judicial, pode o devedor
pagar a qualquer dos credores, à sua escolha. Mas o direito de escolha cessa desde que um
dos credores já tenha ingressado em juízo com ação de cobrança.
a) SOLIDARIEDADE PASSIVA
Art. 275 CC – “o credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores,
parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais
devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.”. Pode o credor demandar o
pagamento a um, alguns ou todos, a sua escolha. Se um dos devedores for acionado
isoladamente, não pode invocar benefício de divisão, isto é, direito do réu de fazer citar o
outro, ou os outros co-devedores, para juntos se defenderem e juntos serem absolvidos ou
condenados. Cada devedor responde, individualmente, por si e pelos outros, por toda
dívida. O credor que aciona um devedor isolado, conserva intacto seu direito quanto aos
demais, se não chega a receber a prestação. Recebida esta, integralmente, liberados ficam
todos. Se parcial o recebimento, assiste-lhe direito de obter a complementação não só do
demandado, como de qualquer dos outros coobrigados.
b) SOLIDARIEDADE ATIVA
Art. 266 CC – A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou
co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
Assim, diferentes podem ser as relações jurídicas, referentes a cada titular, evidenciando a
presença de múltiplas obrigações a integrarem o conteúdo da obrigação solidária.
Falecimento do credor solidário: deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir
e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a
obrigação for indivisível (Art. 270 CC).
Falecimento do devedor solidário (art. 276 CC). Deixando herdeiros, nenhum destes será
obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a
obrigação for indivisível. Em relação a cada um deles fragmenta-se a dívida, se divisível.
Mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais
devedores. Respondem os herdeiros pela dívida do falecido desde que não ultrapasse as
forças da herança (Arts. 1.792; 1.821 e 1.997 do CC).
Pagamento parcial: art. 277 CC – o pagamento parcial feito por um dos devedores e a
remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até a concorrência da
quantia paga ou relevada.
c) quanto ao pagamento
S- sendo vários os credores, pode qualquer deles reclamar a dívida inteira, e o
pagamento a um dos credores libera o devedor, independente da prestação de caução
I- o devedor só se desobrigará pagando a todos conjuntamente, ou a um deles apenas,
desde que autorizado pelos demais. Faltando a autorização só deverá pagar se
aquele que demanda o pagamento der caução de ratificação dos outros credores.
(art. 260 CC)
1) Conceito:
Relação jurídica a que o legislador retirou a ação correspondente. Nem o credor tem
direito de exigir a prestação, nem o devedor adstrito está a solvê-la. Embora reúna todos
os elementos da obrigação civil, a lei nega-lhe eficácia e tutela judicial. É obrigação
civil cuja evolução não se completou, por não Ter chegado a adquirir a indispensável
tutela judicial, ou que se degenerou, por haver perdido a ação que a resguardava.
O CC estabelece a obrigação natural em apenas dois dispositivos legais (Arts. 882 e
564, III CC).
Assim, a obrigação natural é relação não jurídica que adquire eficácia jurídica através
de seu adimplemento. Após o pagamento espontâneo do devedor, vem a ser atraída para
a órbita jurídica, porém com um único efeito, o direito de retenção.
No caso de execução ou pagamento parcial da obrigação natural, não autoriza o credor
a reclamar pagamento do restante. Ela não se transforma em civil pelo fato de haver
pago parte da dívida. O cumprimento parcelado implica apenas reconhecimento
também parcial da obrigação.
1) Conceito:
Divisão das obrigações quanto à recíproca importância. As principais são dotadas de
individualidade própria, vivem e existem por si, sem qualquer sujeição a outras relações
jurídicas. Nas acessórias, ao inverso, acham-se dependentes de outra relação jurídica, da
qual se subordinam e com a qual vivem conexas. Ex. fiança, juros. Obrigações que pela
sua natureza dependem necessariamente de outras relações jurídicas, ditas principais,
que lhes dão vida, continuidade e efeitos.
2) Conseqüências jurídicas:
acessorium sequitur naturam sui principalis –
O acessório segue a condição jurídica do principal.
a) a nulidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias (Art. 184 CC)
b) Prescrita a obrigação principal, prescritas ficam as acessórias. Ex. prescreve a principal
e também os juros a ela vinculados. Mas a prescrição da acessória não atinge a principal
ex. juros pagáveis anualmente, capitalizados ou não, prescrevem em 3 anos (art. 206, §
3º, III). Se a obrigação principal, de que dependem, prescreve em 10 anos (art. 205 CC)
pode ocorrer prescrição dos juros, que se extinguem, e continuar valendo a principal.
c) A obrigação de dar coisa certa abrange-lhe os acessórios.
d) O usufruto estende-se aos acessórios da coisa (Art. 1.392 CC). Na cessão de crédito
incluem-se os acessórios, salvo disposição em contrário (Art. 287 CC). Ex. cedido
crédito cede também juros, fiança, hipoteca.
e) Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores
solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes
(Art. 278 CC).
f) A novação extingue acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver
estipulação em contrário (Art. 364 CC).
g) Se o débito principal é garantido por hipoteca, esta também vale para os juros.
3) Espécies:
Juros- arts. 406 e 407 e 323 e fiança – arts. 818 a 839.
Além disso, há os direitos de garantia – direitos reais. Penhor, hipoteca. São acessórios
da obrigação, cujo adimplemento reforçam, vivendo por ela e com ela sucumbindo. (art.
1.436, I CC) – penhor. (art. 1.499, I) – hipoteca. Prescrevendo a principal prescrevem os
acessórios.
A evicção e os vícios redibitórios são acessórios.
As cláusulas de irrevogabilidade e irretratabilidade inseridas nos compromissos de
compra e venda de imóveis são acessórias.
1) Conceito:
Líquida: obrigação certa quanto à existência e determinada quanto ao objeto (art. 1533
CC/1916, sem similiar no direito novo). Nela se acham especificadas precisamente
qualidade, quantidade e natureza do objeto devido.
Ilíquida: depende de prévia apuração, visto ser incerto o montante da prestação. Não
pode ser expressa por algarismo, não se traduz por uma cifra, que necessita, enfim, de
prévia apuração. Esse cálculo realiza-se, processualmente, através da liquidação, que
lhe fixa o respectivo valor, em moeda corrente, a ser pago ao credor, se o devedor não
puder cumprir a prestação na espécie ajustada (Art. 947 CC).
1. Conceito:
Negócio jurídico bilateral gratuito ou oneroso pelo qual o credor de uma obrigação
(cedente) transfere, no todo ou em parte, a terceiro (cessionário), independentemente do
consentimento do devedor (cedido) sua posição na relação obrigacional, com todos os
acessórios e garantias, salvo disposição em contrário, sem que se opere a extinção do
vínculo obrigacional. É um ato inter vivos pelo qual alguém se priva de um direito seu,
em favor de outrem, ou mediante o qual se transmite um crédito a um novo credor.
É uma alteração subjetiva, sem extinção da obrigação, logo não se confunde com a
novação.
2. Modalidades:
a) gratuita – assemelha-se à doação, pois implica liberalidade
b) Onerosa – é uma espécie de venda que o cedente faz ao cessionário, com a diferença
que a venda tem por objeto transmissão de uma coisa, e a cessão objetiva créditos ou
direitos de natureza econômica.
c) total – transferência da totalidade do crédito
parcial – transferência de somente parte do crédito.
d) convencional – decorre da livre e espontânea declaração de vontade entre cedente e
cessionário. Resulta da convenção entre as partes, contrato. Efetua-se a título oneroso
ou gratuito.
e) Legal – resulta da lei, independente da vontade das partes
Judicial – provém de sentença judicial condenatória, que venha a suprir declaração de
cessão por parte de quem era obrigado a fazê-la e o de assinação do credor de crédito do
devedor
f) pro solvendo – transferência de um direito de crédito, feita com intuito de extinguir
uma obrigação, que, no entanto, não se extinguirá de imediato, mas apenas se e na
medida em que o crédito cedido for efetivamente cobrado.
Pro soluto – há extinção da obrigação, se exonera, opera a transferência do crédito e a
liberação, exoneração do cedente. Quitação plena do débito do cedente para com o
cessionário. O cedente transfere seu crédito com a intenção de extinguir imediatamente
uma obrigação preexistente, liberando-se dela independentemente do resgate da
obrigação cedida.
4. Efeitos:
a) entre as partes contraentes (art. 288, 295 a 297 CC)
O cedente terá responsabilidade pela existência do crédito (295), e pela solvência do
devedor, havendo estipulação nesse sentido (arts. 295 e 296).
1. Conceito:
Negócio jurídico bilateral pelo qual o devedor, com a anuência expressa ou tácita do
credor, transfere a terceiros os encargos obrigacionais, de modo que este assume sua
posição na relação jurídica, substituindo-o.
2. Pressupostos:
a) existência e validade da obrigação transferida
b) Substituição do devedor sem alteração da substância do vínculo obrigacional
c) Concordância do credor:
d) Observância dos requisitos atinentes aos atos negociais, por ser esta a sua natureza
jurídica:
3. Espécies:
I- por expromissão: o devedor não participa da assunção de dívida. O negócio é feito
entre credor e terceiro (expromitente), mesmo contra a vontade do devedor, é este
liberado da obrigação, onde fica substituído pelo terceiro. O terceiro não assume a
dívida por ordem do devedor, mas assume espontaneamente. Pode ser:
a) Liberatória: quando há uma perfeita sucessão de débito, no sentido em que o devedor
é substituído e excluído da relação, ficando em seu lugar o terceiro que avençou com o
credor. Substituição do devedor da relação obrigacional pelo expromitente.
b) Cumulativa: quando o terceiro, expromitente, entra na relação obrigacional ao lado do
devedor primitivo. Haverá uma responsabilidade subsidiária do devedor originário, que
só responderá se o terceiro não tiver patrimônio para realizar o pagamento da dívida.
Solidariedade não se presume, apenas se convencionada expressamente.
II- por delegação: da qual participa o devedor. Se o ajuste se proceder entre devedor e
terceiro, dependendo da anuência do credor. Haverá um contrato entre terceiro e
devedor. O devedor-cedente designar-se-á delegante; o que transfere o débito,
delegado, e o credor, delegatário. Pode ser:
a) Liberatória: quando o delegante (devedor) se exonera do vínculo, e o delegado
(terceiro) assume toda responsabilidade pelo cumprimento da obrigação, sem responder
pela insolvência deste.
b) Cumulativa: quando o novo devedor entra na relação obrigacional unindo-se ao
primitivo devedor, que continua vinculado, mas o devedor primitivo não poderá ser
compelido a pagar senão quando o novo devedor deixar de cumprir a obrigação que
assumiu, inexistindo, portanto, entre eles, solidariedade, somente responsabilidade.
4. Efeitos:
Se o débito transferido é o mesmo primitivo, por haver identidade de relação jurídica e
objeto, ter-se-á a mesma obrigação, que não se extinguirá, passando ao novo devedor,
que assumirá a mesma posição do devedor originário. Assim, produz os seguintes
efeitos:
a) liberação do devedor primitivo, com subsistência do vínculo obrigacional: a não ser
se for cumulativa
b) transferência do débito a terceiro:
c) Cessação dos privilégios e garantias pessoais do devedor primitivo. (art. 302)
d) Sobrevivência das garantias reais que acendiam à dívida, com exceção das
constituídas por terceiro alheio à relação obrigacional, a não ser que ele consinta
na sua permanência. (art. 300)
e) Art. 301
f) Art. 303.