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Em Análise
Sistema pouco intrusivo
de reabilitação estrutural
da madeira
Caso de Estudo
Aplicação de madeira
na faixa costeira:
Anomalias inerentes
à localização
Reabilitação
de Estruturas
de Madeira
Moinhos de Vento: Escolha e protecção da madeira na construção
Pubes_P&C27 8/29/05 6:34 PM Page 1
01 Ficha+Sum.qxp 3/17/06 6:27 PM Page 1
Tema de Capa:
Reabilitação de Estruturas de Madeira
34
Rua Pedro Nunes, n.º 27, 1.º Esq.
1050 - 170 Lisboa
Tel.: 213 542 336, Fax: 213 157 996
REFLEXÕES 10
Igreja do Convento da Graça:
http://www.gecorpa.pt Presença de térmitas na madeira Recuperação dos revestimentos
E-mail: info@gecorpa.pt aplicada na construção de cantaria exterior das fachadas
Nipc: 503 980 820 (Lina Nunes e Tânia Nobre)
(João Varandas)
Director: Vítor Cóias
Coordenação: Cátia Marques
Conselho redactorial: João Appleton,
14 35
João Mascarenhas Mateus, José Aguiar,
Quantificação da resistência
de elementos de madeira em serviço Recuperação da Cobertura
Miguel Brito Correia, Teresa de Campos Coelho
Secretariado: Elsa Fonseca (José Saporiti Machado) do Palácio de Monserrate
Colaboram neste número: (Luís Ribeiro)
A. Jaime Martins, Alfredo Dias, Carlos Mesquita, CASO DE ESTUDO 16
Carlos Sá Nogueira, Francisco Pires, Helena PERFIL DE EMPRESA 37
Cruz, João A. Silva Appleton, João Varandas, Moinhos de vento tradicionais
João Viegas, Jorge de Brito, José Maria Lobo de
Carvalho, José Saporiti Machado, Lina Nunes,
em Portugal: Escolha
e protecção da madeira
NOTÍCIA 38
Luís Jorge, Luís Ribeiro, Miguel Brito Correia, na construção (e reconstrução) Intervenção estrutural na
Nuno Teotónio Pereira, Raquel Paula, Tânia
(Helena Cruz e João Viegas) cobertura da Sala do Senado da
Nobre, Teresa de Deus Ferreira, Vítor Cóias Assembleia da República
20
Design gráfico e produção:
Loja da Imagem Quinta do Calvel:
NOTÍCIAS 40
Rua de D. Estefânia, n.º 22 – 1º Dt.º Reabilitação pouco intrusiva
1150-134 Lisboa de vigas de madeira AGENDA 40
Tel.: 210 109 100, Fax: 210 109 199 (Raquel Paula)
E-mail: geral@lojadaimagem.pt AS LEIS DO PATRIMÓNIO 41
Publicidade:
Loja da Imagem 22 A falta dos elementos técnicos
Rua de D. Estefânia, n.º 22 – 1º Dt.º Anomalias inerentes à localização. necessários à execução dos trabalhos
1150-134 Lisboa Aplicação de madeira na faixa costeira (A. Jaime Martins)
Tel.: 210 109 100, Fax: 210 109 199 (Teresa de Deus Ferreira e Jorge de Brito)
E-mail: geral@lojadaimagem.pt e-pedra e cal 44
Impressão: Impriluz, Gráfica, Ld.ª
Rua Faustino da Fonseca, 1 – Alfragide 26 “Térmitas: dormindo com o inimigo”
2610-070 Amadora A madeira como material estrutural (José Maria Lobo de Carvalho)
Distribuição: VASP S.A. Um edifício que volta a ser hotel
Depósito legal: 128444/98
Registo na DGCS: 122548
(João A. Silva Appleton) VIDA ASSOCIATIVA 45
ISSN: 1645-4863
Tiragem: 3000 exemplares
LIVRARIA 46
Periodicidade: Trimestral
DIVULGAÇÃO 48
Um século de classificação de imóveis
Os textos assinados são da exclusiva responsabili- (Miguel Brito Correio)
dade dos seus autores, pelo que as opiniões expres-
49
sas podem não coincidir com as do GECoRPA.
ASSOCIADOS GECoRPA
Capa
PERSPECTIVAS 52
As antigas estradas nacionais
Uma riqueza a preservar
– Um exemplo a retomar
(Nuno Teotónio Pereira)
Interior do capelo de um
moinho de vento tradicional
Foto: Helena Cruz/João Viegas
EDITORIAL
Salvaguardando
o valor tecnológico
dos edifícios históricos
É hoje ponto assente que a salvaguarda de um monumento ou de um edifício histórico passa pela manutenção
do seu valor tecnológico, isto é, pela preservação dos materiais e técnicas construtivas utilizadas, e por ex-
tensão, do funcionamento estrutural original. Na base deste requisito encontra-se a moderna teoria da con-
servação, imperativa no caso dos edifícios e de outras construções de reconhecido valor cultural, por força das
cartas e convenções internacionais subscritas por Portugal. Mas não só nos monumentos e edifícios históricos
a manutenção dos materiais e funcionamento estrutural original é defensável: mesmo em edifícios antigos
correntes – aqueles que não constituem património arquitectónico relevante – se justifica idêntica abordagem:
é que, se isso for feito, reduz-se o impacto da intervenção de reabilitação quer do ponto de vista ambiental –
através da redução da quantidade de entulhos e resíduos produzidos, e da quantidade de materiais novos
consumidos – quer do ponto de vista dos utentes do bairro e da cidade, possibilitando estaleiros mais peque-
nos e menos transportes pesados.
O recurso criterioso a técnicas de reabilitação recentes, conjugadas com os ofícios tradicionais, permite res-
ponder, na prática, a este desiderato. A substituição de pavimentos e coberturas antigas de madeira por ou-
tras de aço e betão armado não é hoje senão uma alternativa – pesada e intrusiva – a uma verdadeira caixa de
ferramentas de reabilitação estrutural onde o projectista e o construtor avisados podem ir buscar soluções téc-
nicas respeitadoras da autenticidade, do ambiente e dos utentes da cidade. A substituição dos elementos es-
truturais de madeira pode ser selectiva e a sua reparação estrutural pode ser pontual, cingindo-se às partes
afectadas por insectos xilófagos ou por podridões, que podem ser removidas e substituídas por próteses de
madeira idêntica, solidamente implantadas no elemento original.
O próprio comportamento das estruturas de madeira em caso de incêndio – frequentemente tratado de forma
redutora – pode ser, hoje, melhorado, através de materiais e técnicas de tratamento de eficácia comprovada.
Ao dedicar o número 29 da Pedra & Cal à reabilitação das estruturas de madeira, espera-se contribuir para
desfazer alguns equívocos e preconceitos quanto à preservação das partes de madeira das construções anti-
gas e, por esta via, para a salvaguarda da autenticidade construtiva e estrutural dos edifícios antigos e para a
redução dos impactos das intervenções de reabilitação.
Vítor Cóias
GECoRPA
Quadro de Honra
Conservação e Restauro do
Património Arquitectónico, Ld.a
A Direcção do GECoRPA
EM ANÁLISE
Tema de Capa
Pavimentos Mistos
Madeira-Betão
Uma das técnicas possíveis para
a recuperação estrutural de pavi-
mentos de madeira em edifícios
antigos são as estruturas mistas
madeira-betão. Nesta solução, ao
pavimento original de madeira, é
adicionada uma lâmina de betão
obtendo-se melhorias significati-
vas em termos de desempenho
global.
As estruturas mistas madeira-betão bilitação, esta solução geralmente usa- tura. Todavia, o maior peso próprio
consistem no uso combinado da ma- -se quando se pretende aumentar a ca- do pavimento será largamente com-
deira e do betão, procurando tirar pacidade de carga ou diminuir defor- pensado pelo respectivo aumento da
partido das vantagens de cada um, e mações e/ou vibrações. Em novas capacidade de carga.
minorar as respectivas desvantagens. construções, ela aparece muitas vezes Em termos de desempenho acústico,
Para tal, adiciona-se à estrutura de associada a vãos superiores aos habi- existem estudos que indicam que po-
madeira uma lajeta de compressão de tualmente realizados em madeira sim- dem ser esperados valores de isola-
betão. Fazendo uma analogia com o ples. mento da ordem de 60 dB para sons
betão armado, podemos imaginar os aéreos e da ordem dos 50 dB para sons
elementos de madeira como a arma- VANTAGENS E INCONVENIENTES de impacto, com ou sem pavimento
dura de tracção do elemento de betão. Em relação ao pavimento de madei- flutuante.
O desempenho da estrutura mista se- ra, o pavimento misto apresenta me- A resistência ao fogo é também au-
rá tanto mais eficiente quanto melhor lhor desempenho estrutural, traduzi- mentada, uma vez que a lajeta de
for o comportamento do conjunto do por maior capacidade de carga, até betão introduz uma importante bar-
(tendencialmente com tracção na ma- 2 ou 3 vezes superior, e maior rigidez, reira para a propagação do incêndio,
deira e compressão no betão), para o até 3 ou 4 vezes superior. A maior ri- sendo, neste caso, muito mais fácil a
qual as características da ligação têm gidez e o aumento do peso contri- verificação dos requisitos impostos
uma importância decisiva. buem, igualmente, para uma redução aos pavimentos face ao risco de pro-
Apesar desta técnica ser geralmente do valor das frequências próprias de pagação de incêndio.
associada a intervenções de reabili- vibração. Por outro lado, o aumento Em relação ao pavimento de betão,
tação, o seu uso é igualmente possível do peso, só por si, constitui uma des- as duas principais vantagens são: o
noutras condições, como sejam estru- vantagem pelo ligeiro aumento das peso próprio muito menor e a possi-
turas novas ou pré-fabricadas. Em rea- cargas transmitidas ao resto da estru- bilidade de aproveitamento do pavi-
EM ANÁLISE
Tema de Capa
ASPECTOS DE NATUREZA
CONSTRUTIVA
Existem alguns aspectos que é interes-
sante referir, no caso de intervenções Ligação da madeira - betão com cavilhas. Visíveis para além das cavilhas, uma armadura construtiva e um plás-
em que é mantida a totalidade da es- tico impermeabilizante
trutura, incluindo o soalho existente,
que actuará como cofragem.
Teremos que salientar algumas preo-
cupações construtivas, como: imper-
meabilização do pavimento original
para recepção da camada de betão, es-
coramento da estrutura de madeira
com possível aplicação de contra-fle-
cha e verificação do estado de conser-
vação dos apoios.
A impermeabilização do pavimento
original visa ultrapassar duas si-
tuações: humidificação da madeira
com consequente perda de água do
betão e o escoamento da goma do
betão pelas frestas do soalho. A estra-
tégia mais comum consiste em apli- Vista da face inferior do pavimento após a intervenção
car uma película plástica em toda a
superfície do soalho. Em alternativa, Este pode ainda ser aproveitado para resistência. Para além desta razão de
e caso a face inferior do soalho não se- executar uma contra-flecha, permitin- ordem estrutural, a zona do apoio era
ja visível, poder-se-á efectuar esta im- do anular as posteriores deformações e continuará a ser a mais exposta à
permeabilização com uma pintura devidas às cargas permanentes. ocorrência de degradação biológica
adequada. Após a intervenção, a zona do apoio associada a humidade elevada. Du-
O escoramento do pavimento preten- da viga na parede ficará mais fragili- rante a intervenção, esta zona deverá,
de evitar deformações indesejáveis por zada, devido ao acréscimo de peso caso necessário, ser protegida e even-
acção do peso próprio do betão fresco. próprio sem consequente ganho de tualmente reforçada.
EM ANÁLISE
Tema de Capa
EM ANÁLISE
Tema de Capa
EM ANÁLISE
Tema de Capa
EM ANÁLISE
Tema de Capa
REFLEXÕES
Tema de Capa
REFLEXÕES
Tema de Capa
3 –Distribuição dos registos disponíveis de térmitas subterrâneas por freguesias do concelho de Lisboa
REFLEXÕES
Tema de Capa
interesse local ou nacional, ou mesmo que, em muitas outras situações não REFERÊNCIAS
[1] Grassé, P P (1986) - “Systématique et répartition
em alguns edifícios considerados pa- referenciadas, a presença deste pro- géographique des termites”. in: Termitologia, Vol. 3.
trimónio mundial como é o caso do blema terá passado despercebido ou Masson, Paris. pp.492-634.
[2] Seabra, A F (1907) - “Quelques observations sur le
Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa, do não lhe foi dada a devida importân- Calotermes flavicollis (Fab.) et le Termes lucifugus Rossi”,
Palácio Nacional de Sintra ou de um cia na escolha dos processos de recu- Bol. Soc. Port. Ciênc. Nat. 1 (3): 122-123.
número considerável de registos na peração dos edifícios. Um erro co- [3] Nunes, L., Nobre, T., Saporiti, JM. (2000) - “Degra-
dação e Reabilitação de Estruturas de Madeira. Im-
zona antiga da cidade de Évora, in- mum constitui a manutenção de ma- portância da acção de térmitas subterrâneas”, in En-
cluindo por exemplo a Universidade e deiras infestadas nas obras (muitas contro Nacional sobre Conservação e Reabilitação de Estru-
turas, LNEC, Lisboa, pp. 167-175.
as Igrejas de Santa Clara e da Miseri- vezes até como entulho não visível [4] Nobre, T., Nunes, L. (2001) - “Preliminary assess-
córdia. Destacam-se ainda, pela sua mas altamente propiciador de um ment of the termite distribution in Portugal”, Silva Lu-
sitana 9(2), pp. 217-224.
importância, a presença de térmitas maior desenvolvimento da espécie) [5] Nobre, T., Nunes, L. (2002) - “Subterranean termites
subterrâneas no Mosteiro de Tibães, ou a sua substituição por madeira in Portugal. Tentative model of distribution”, The Inter-
em Braga, na Quinta das Lágrimas, em susceptível de ataque sem a aplicação national Research Group on Wood Preservation, Doc. nº
IRG/WP 02-10420, 8pp., Stockholm.
Coimbra, no Paço dos Duques de Bra- de qualquer tipo de tratamento pre- [6] Nobre, T. & Nunes, L. (2003) - “Model of termite dis-
gança, em Guimarães, ou no Conven- ventivo ou medida construtiva que tribution in Portugal. Follow-up”, The International Re-
search Group on Wood Preservation. Doc. Nº IRG/WP 03-
to de Cristo, em Tomar. impeça a sua degradação a curto/mé- 10475, 8pp, Stockholm.
Estes conjuntos foram alvo de inter- dio prazo. [7] Nunes, L., Cruz, H., Fragoso, M., Nobre, T., Sapori-
ti, J.M., Soares, A. (2005) - “Impact of drywood termites
venção tendentes à correcção dos pro- De referir, ainda, a presença em Portu- in the Islands of Azores”, in IABSE Symposium on Struc-
blemas de humidade, que conduz a gal, mais especificamente em algumas tures and Extreme Events, Lisboa, Portugal, 7 pp..
uma minimização do risco de degra- ilhas do Arquipélago dos Açores e nas
dação por térmitas subterrâneas. Por Ilhas da Madeira e Porto Santo, de
outro lado, as obras de recuperação e uma outra espécie de térmitas causa-
LINA NUNES,
manutenção implementadas deverão dora de estragos significativos na Doutorada em Tecnologia das Madeiras,
ter tido em conta a presença destes in- construção. Trata-se de uma espécie Investigadora Auxiliar
sectos, e espera-se que tenham sido de térmitas de madeira seca (Crypto- TÂNIA NOBRE,
suficientes para controlar, nesses lo- termes brevis Walker) (Fig. 4) cuja distri- Bolseira de Investigação,
Laboratório Nacional de Engenharia Civil
cais, as infestações e os consequentes buição e impacto está ainda em ava- (LNEC)
estragos. No entanto, considera-se liação [7].
REFLEXÕES
Tema de Capa
ATRIBUIÇÃO DE VALORES
DE RESISTÊNCIA DE REFERÊNCIA
A ELEMENTOS DE MADEIRA
EM SERVIÇO
Actualmente, e apesar da possível
utilização de meios auxiliares de
diagnóstico, o suporte à avaliação da
resistência de elementos de madeira
aplicados assenta nos mesmos crité-
rios seguidos na classificação de ma-
deira serrada para estruturas (espé-
cie e qualidade da madeira aplicada e 1 —Variabilidade em termos de resistência à flexão, em função da grandeza e tipo dos defeitos presentes em ele-
seu estado de conservação). mentos de madeira da mesma classe de qualidade
REFLEXÕES
Tema de Capa
CASO DE ESTUDO
Tema de Capa
CASO DE ESTUDO
Tema de Capa
CASO DE ESTUDO
Tema de Capa
Designação Querc us Que rc us Que rc us Pinus Castanea Olea Pinus Pinus Que rcus
botânica rotundifo lia fa ginea ro bur sylvestris sativa euro paea pina ste r pine a sube r
Massa
volúmica 900 890 710 550 590 940 600 550 750
média (kg/m3)
Dureza
Resistência
Durabilidade:
Fungos –
borne
cerne
Térmitas –
borne
cerne
Carunchos –
borne
cerne
Durabilidade
(apreciação
global)
Retracção /
inchamento
Propensão
para fender
Propensão
para empenar
S ecagem
Laboração
Massa volúmica: Massa/Volume (a 12% de teor em água)
A sua conservação era favorecida pe- a boa durabilidade, já que parte do por uma peça única de madeira exóti-
lo arejamento natural da zona do fre- mastro está directamente exposta às ca. Como recurso, era por vezes com-
chal, permitindo que toda a água intempéries e com risco de apodrecer posto por duas peças, sendo a interior
eventualmente aí admitida fosse ra- na zona de maior retenção de água em azinho e a exterior em eucalipto;
pidamente evaporada, não chegando (ponto de entrada no capelo), onde posteriormente, surgiram exemplares
a haver condições para o apodreci- está aplicado também um maior mo- de mastros totalmente em eucalipto.
mento da madeira. mento. Necessária, ainda, boa re-
sistência a esforços elevados, estáti- Varas
Mastro cos e dinâmicos, e boa linearidade pa- Elementos com cerca de 5 a 7 metros
Elemento com cerca de 7,5 a 8 metros, ra não introduzir excentricidades. de comprimento, que devem ser di-
muito difícil de substituir. É essencial O mastro era geralmente constituído reitos. Por razões de disponibilidade,
CASO DE ESTUDO
Tema de Capa
era geralmente usada madeira de disponíveis podem ser usadas eficaz- BIBLIOGRAFIA
Carvalho, A. (1997) – Madeiras Portuguesas, Volume II:
pinho. Sendo esta uma madeira natu- mente em alternativa às soluções tra- Estrutura anatómica, propriedades e utilizações, Di-
ralmente pouco durável, exposta às dicionais. recção Geral das Florestas.
Mateus, T. (1977) – As características das madeiras nas
intempéries e portanto em risco de Hoje em dia, a informação sobre as suas relações com as aplicações, Separata do Instituto dos
apodrecimento ou ataque por insec- propriedades mecânicas (resistên- Produtos Florestais do Boletim das Madeiras, n.º 14 –
tos, as varas eram tratadas mediante cia e elasticidade), coeficientes de Abril.
Miranda, J. A.; Viegas, J.(1992) – Moinhos de vento no
imersão em “calda bordalesa” (sulfa- retracção, durabilidade natural, Concelho de Oeiras, Câmara Municipal de Oeiras.
to de cobre), de reconhecida acção tratabilidade e outras propriedades Veiga de Oliveira, E.; Galhano, F.; Pereira, B. (1983) –
Tecnologia Tradicional Portuguesa. Sistemas de Moagem,
biocida, logo após o corte, com a ma- de um grande número de espécies Instituto Nacional de Investigação Científica, Centro
deira ainda verde. florestais pode ser obtida de diver- de Estudos de Etnologia.
CEN – NPEN 335-2 – Durabilidade da madeira e de pro-
sas fontes, nomeadamente bases de dutos derivados - Definição das classes de risco de ataque
NOTA FINAL dados electrónicas e numerosas pu- biológico - Parte 2: Aplicação à madeira maciça.
No que respeita à preservação da ma- blicações disponíveis em todo o CEN – NPEN 350-2 – Durabilidade de madeira e produtos
derivados de madeira – Durabilidade natural de madeira
deira, novas estratégias estão hoje mundo. maciça – Parte 2: Guia da durabilidade natural e tratabili-
disponíveis, nomeadamente pela Este conhecimento permite-nos justi- dade de espécies com interesse comercial na Europa.
CEN – NPEN 460 – Durabilidade da madeira e de produ-
existência de novos produtos preser- ficar as opções do passado, mas tam- tos derivados - Durabilidade natural da madeira maciça -
vadores, mais fáceis de obter e de bém nos abre um leque de alternati- Guia de exigências de durabilidade das madeiras na sua
utilização segundo as classes de risco.
aplicar, mais baratos e eficazes, em vas, nomeadamente em intervenções
substituição dos métodos de pro- de reabilitação, nos casos em que o
tecção tradicionais, frequentemente acesso às madeiras tradicionalmente
complicados e morosos. usadas seja difícil ou quando seja di- HELENA CRUZ,
A oferta de madeira, em termos de es- fícil garantir uma vigilância e manu- Eng.ª Civil, Investigadora Principal
pécies, dimensões e qualidade, alte- tenção cuidadas, que eram prática do LNEC
JOÃO VIEGAS
rou-se ao longo do último século, sen- corrente quando os moleiros viviam Eng.º Mecânico, TIMS Portugal
do que algumas espécies tornadas com e para os seus moinhos.
CASO DE ESTUDO
Tema de Capa
Quinta do Calvel
Reabilitação pouco intrusiva
de vigas de madeira
Integrado nos trabalhos de reforço, consolidação estrutural e cobertura do edifício principal da Quinta do
Calvel, realizou-se uma intervenção de reabilitação de vigas de madeira através de um sistema pouco intrusi-
vo, que combina a aplicação de produtos epoxídicos e compósitos de FRP(Fiber Reinforced Polymer).
CASO DE ESTUDO
Tema de Capa
Injecção de cola epoxídica Timberset® Adhesive nos furos para instalação dos Varões fixados nas vigas (na madeira sã remanescente)
varões
Injecção de calda epoxídica TG6 Timber Grout nas próteses Preparação dos provetes para realização de ensaios de arrancamento de varões
adoptar na execução dos trabalhos são na execução dos trabalhos, principal- sem aumento do peso próprio, com
específicos para cada projecto, mas mente os relacionados com a apli- reduzido impacto visual e com o mí-
obedecem a um conjunto de especifi- cação dos produtos epoxídicos. Os nimo de substituição da estrutura e
cações relativas aos materiais, equipa- ensaios expeditos foram realizados materiais originais.
mentos, ferramentas e metodologia de com base nos projectos de norma que
execução que são comuns às diferen- estão a ser desenvolvidos pelo grupo AGRADECIMENTOS
tes configurações de reparação/re- de trabalho WG11 do CEN (Comité A intervenção realizada na Quinta do
forço que este sistema possibilita. Europeu de Normalização) e consis- Calvel inseriu-se nas actividades do
tiram na verificação da resistência ao projecto europeu LICONS - Low in-
CONTROLO DA QUALIDADE corte da junta colada e da resistência trusion conservation systems for timber
As diferentes características e exigên- ao arrancamento dos varões colados. structures, que contou com a partici-
cias de aplicação dos produtos que pação portuguesa do LNEC (Eng.ª
compõem este sistema, bem como a CONCLUSÕES Helena Cruz) e da STAP, S. A.. O pro-
especificidade das intervenções, im- Nas intervenções de reabilitação e jecto visou o estudo do sistema e das
plicam a adopção de um conjunto de consolidação de estruturas de madei- intervenções que ele possibilita, e o
medidas capazes de garantir a quali- ra, é preferível optar, sempre que pos- estabelecimento das especificações e
dade dos trabalhos e a eficácia das in- sível, por uma solução de reforço, dos procedimentos de execução e
tervenções, destacando-se, a selecção substituição parcial ou reconstituição controlo da qualidade do sistema. A
adequada dos materiais, o recurso a das secções, em vez da sua substi- intervenção contou, igualmente, com
mão-de-obra qualificada e a imple- tuição integral, inclusive por outros a colaboração da Monumenta, Ld.ª,
mentação de um plano da qualidade. materiais. O sistema e os materiais que tem a seu cargo a reabilitação ge-
Do plano da qualidade da inter- utilizados na intervenção na Quinta ral da Quinta do Calvel.
venção na Quinta do Calvel, fizeram do Calvel abrem novas possibilida- RAQUEL PAULA,
parte, entre outros, ensaios expeditos des no sector, pois permitem inter- Eng.ª Civil, STAP, S. A.
de detecção de eventuais deficiências venções reduzidamente intrusivas,
CASO DE ESTUDO
Tema de Capa
São vários os agentes climáticos que podem estar na origem do apa- das pela radiação solar, pela humida-
de relativa do ar, pela temperatura e
recimento de anomalias na madeira quando aplicada na construção. amplitudes térmicas e pela quantida-
Para além das causas externas, o comportamento dos materiais de de de precipitação.
Refira-se que as condições de expo-
construção resulta da sua estrutura, quer interna, quer aparente. sição, para além do clima, dependem
directamente da arquitectura, uma vez
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO 2. ângulo da superfície - a inclinação que as zonas mais abrigadas têm me-
O tipo e grau de exposição estão asso- da superfície de exposição do mate- nor incidência dos agentes agressivos.
ciados aos seguintes factores [1, 2]: rial tem muita influência na velocida-
1. orientação da exposição - em Por- de do envelhecimento, sendo este AGENTES ATMOSFÉRICOS
tugal, o quadrante Oeste - Sul é muito tanto maior quanto mais horizontal a a) Humidade
agressivo e causa a degradação rápi- superfície for; pode também ocorrer A variação do teor em água da ma-
da dos revestimentos; as aplicações a retenção de água; deira é um factor condicionante re-
de madeira orientadas a Norte cor- 3. condições climáticas - as apli- flectindo-se de um modo proeminen-
rem mais facilmente o risco de desen- cações de madeira, tal como os seus te nas suas dimensões.
volvimento de algas e bolores; revestimentos, são muito influencia- O aumento do teor de água originado
CASO DE ESTUDO
Tema de Capa
1 – Madeira com descoloração devido à presença de 2 – Madeira alterada pelos raios ultravioleta 3 – Madeira com azulamento em serviço [W 1]
humidade
Variações dimensionais,
fendas e empenos
O processo de absorção de água pela
madeira ocorre através das zonas sem
protecção, devido à higroscopicida-
de do material. É usual a penetração
de humidade nos topos sem pro-
tecção em contacto com a alvenaria
ou as cantarias.
Ao penetrar na madeira, a água pro-
voca variações dimensionais, respon-
sáveis por deficiências no funciona-
mento das caixilharias, pela sua des-
coloração (Fig. 1) e erosão.
As variações dimensionais podem ser
graves, levando à ocorrência de em-
penos e fendas. Estes defeitos podem protecção aplicada e sobre os revesti- Se a madeira estiver exposta à água
ser devidos à deficiente especificação mentos por esquemas de pintura, exi- da chuva, a acção alternada da luz e
do material, com a utilização de ma- gindo manutenção constante, em mé- da água acelera o processo, originan-
deiras muito retrácteis, sem juntas dia de 2 em 2 anos, não devendo ul- do a deslavagem da camada superfi-
adequadas e com aplicação de ele- trapassar os 5 anos. cial da lenhina degradada. A madeira
mentos em madeira maciça com gran- A radiação ultravioleta induz a decom- adquire um tom acinzentado e a su-
des dimensões na direcção tangencial. posição química dos compostos orgâni- perfície fica rugosa devido à erosão
cos da madeira, especialmente a le- contínua (Fig. 2).
b) Radiação ultravioleta nhina. Esta decomposição ocorre ape- Este tipo de envelhecimento da ma-
A luz do sol, para além de ser respon- nas na camada superficial dos elemen- deira é essencialmente superficial,
sável pela descoloração e deterio- tos, inferior a 0,5 mm, e é responsável tendo pouca influência sobre a elasti-
ração superficial da madeira, tem um pelo escurecimento inicial da madeira cidade e a resistência mecânica dos
grande efeito de degradação sobre a passando progressivamente a cinzento. elementos estruturais.
CASO DE ESTUDO
Tema de Capa
CASO DE ESTUDO
Tema de Capa
CASO DE ESTUDO
Tema de Capa
O SISMO sou grandes estragos e avultadas ruí- pós-terramoto, ligando a São Paulo,
Na Lisboa antiga, as portas de Santa nas, logo se destacando o Palácio dos enquanto os casebres do Loreto iam
Catarina, entre o Largo das duas Igre- Marqueses de Marialva, abandonado sobrevivendo por incúria, coexistindo
jas e o Camões, eram da maior im- e usurpado, depressa transformado com a cidade Nova que ali à beira, len-
portância e ali, no Loreto, onde hoje se em abrigo ocasional de velhacos e ban- tamente, ia surgindo.
ergue a estátua do Poeta, se construiu, didos que fizeram daquela zona cida- Se a Praça Luís de Camões apenas
face à muralha da cidade, o Palácio de de medos e horrores. adquiriu a geometria próxima da que
Marialva, donde se subia para a Coto- Porque a ruína foi muita e, talvez mais hoje se lhe conhece bem dentro do sé-
via e São Roque e se descia pelo Ale- importante que isso, porque nessa culo XIX, já ia entretanto avançada a
crim até à zona baixa. área tinha abundante propriedade a reconstrução de muitos edifícios ao
Nessa zona limite da cidade que a mu- família do Marquês, não já o de Ma- longo das Ruas do Alecrim e das Flo-
ralha Fernandina demarcou, mas que rialva mas o que foi de Pombal, o Ale- res, ali se destacando a opulência do
logo cresceu, o terramoto de 1755 cau- crim foi das primeiras intervenções Palácio do Barão de Quintela, que foi
CASO DE ESTUDO
Tema de Capa
Nova parede frontal preenchida com alvenaria de Novas paredes de frontal interligadas, sob a cober- Frontal preenchido e reforçado com reboco armado
tijolo tura existente
abrigo dos generais napoleónicos. va alteração do seu uso e a introdução de tradicionalista, no melhor sentido
Com o arranjo da Praça, demolidos ou de modificações arquitectónicas e dos termos, a madeira surgia agora,
soterrados os casebres, triste decadên- construtivas que, de algum modo, como sempre, como material de
cia do opulento Palácio que a recente desfiguraram o edifício. eleição para refazer estruturas leves,
construção do parqueamento auto- Com clara vocação habitacional, este elásticas e robustas que permitem mi-
móvel pôs a descoberto com muitas edifício foi hotel e deixou de o ser, pas- nimizar as necessidades de demo-
das suas glórias, os edifícios pombali- sou por um uso intensivo como escri- lições e de reforços estruturais e de
nos que a delimitam ganharam desta- tório de uma grande seguradora até re- fundações.
que e foram, naturalmente, objecto de tomar a sua função hoteleira, na inter- Esse foi o desafio que se aceitou e que
alterações e ampliações que a reabili- venção contemporânea que aqui se se jogou: a intervenção que se realizou
tação urbana do sítio veio a justificar. descreve. provou a grande flexibilidade das es-
Registe-se que, à data desta última in- truturas “pombalinas” e a adequação
O EDIFÍCIO tervenção, o edifício se encontrava do uso da madeira em obras de reabi-
No gaveto formado pela Rua do Ale- profundamente alterado, ferido na litação de edifícios antigos.
crim, pelo Largo Camões e pela Rua sua identidade construtiva e estrutu-
das Flores, nasceu no último quartel ral, por uma sucessão de intervenções A OBRA
do século XVIII, um edifício de claro pouco “felizes”, eufemismo que ex- Areabilitação do edifício em análise e a
desenho “pombalino” que, inicial- pressa mal os erros cometidos cuja sua reconversão em unidade hoteleira
mente, terá respeitado a cércea corres- desculpa só pode ser a dos hábitos cul- foi realizada partindo de uma condição
pondente a três sobrados sob a cober- turais que sempre teimaram em não inicial: a preservação dos pavimentos
tura em telhado. animar os portugueses e os lisboetas. de madeira e a reconstrução da unida-
A pressão urbanística e a especulação Apesar disso, sob o manto “diáfano” de estrutural original, à custa de novos
fundiária que se fez sentir logo após o de tectos novos, e de parede tão falsas frontais com estrutura de madeira.
terramoto, contidas durante décadas como os tectos, esconde-se um amplo Este princípio foi imposto não só por
para logo se libertarem, esquecidos os conjunto de sinais da construção ori- um imperativo de defesa do patrimó-
horrores do grande sismo e os avisos ginal; das abóbadas de origem restava nio, mas também por uma lógica eco-
sábios de Manuel da Maia, conduzi- uma pequena parte, alguns pavimen- nómica: mantendo as estruturas dos
ram a um “natural” aumento do nú- tos de madeira foram substituídos por pavimentos e, na essência, as estrutu-
mero de andares, à custa de soluções lajes de vigotas e das paredes de fron- ras existentes (paredes de alvenaria e
similares às originais, mas de qualida- tal às vezes só se sentiam as cicatrizes. frontais), é possível fazer a obra sem
de construtiva sucessivamente abas- Mas, o que existia era, apesar de tudo necessidade de grandes demolições e
tardada; o tempo já não era de cuida- suficiente para entender o todo e para de pesadas estruturas de contenção de
dos mas era, como sempre foi, de tornar aliciante um desafio contem- fachadas; refazendo estruturas leves e
ganâncias e de lucros mais fáceis. porâneo de regresso ao passado, sem de madeira, é dispensável o recurso a
Além destas mudanças profundas as- complexos nem sentimentos de culpa, soluções pesadas de reforço sísmico e
sociadas à ampliação do edifício, re- antes com respeito e humildade. de fundações.
gistou-se ao longo do tempo a sucessi- E, nesse contexto de uma modernida- Esta filosofia geral foi de fácil apli-
CASO DE ESTUDO
Tema de Capa
Adaptação de um frontal novo à passagem de tuba- Novo pavimento do 5.º andar rebaixado e reforçan- Pormenor do apoio de pavimento de madeira com
gem de ar condicionado do o existente tarugamento sobre cantoneira
Estado da estrutura após remoção dos revestimentos Pormenor do estado da estrutura após remoção dos Fase de recuperação e reparação da estrutura
revestimentos
Chalé Malvina…
…Estudo para a reabilitação
da estrutura de madeira
1 – Chalé Malvina. Av. Sanfré, n.º 1 – Monte Estoril. Vista geral de nascente
Desde a sua fundação em 1988, relativa às características acerca da in- elementos de alvenaria, criteriosa-
tegridade e da disposição das estrutu- mente seleccionados.
a Oz, Ld.ª tem adoptado técni- ras de madeira foi recolhida, funda- No presente caso, o levantamento das
cas de diagnóstico “amigas” das mentalmente, através duma ins- anomalias visou a avaliação da sua im-
pecção visual, complementada por portância e extensão na construção, em
estruturas das construções, con- técnicas de diagnóstico específicas de particular, de deformações de pavi-
ducentes à sua reabilitação, filo- estruturas de madeira, tais como o en- mentos, deterioração de elementos de
saio de resistografia (Fig. 2) e outras de madeira e degradação de revestimen-
génica, em particular, dos edifí- carácter mais geral, tais como, por tos de paredes.
cios antigos. exemplo, a observação endoscópica Do mesmo modo, o levantamento es-
(Fig. 3). Nesta fase, simultaneamente, trutural/construtivo visou a locali-
com a recolha de dados relativos às ca- zação, identificação e a definição geo-
A este respeito, pode afigurar-se, como racterísticas estruturais e construtivas métrica da secção resistente tipo e dos
exemplo, o estudo recente visando a re- aparentes da edificação (levantamen- materiais constituintes dos elementos
abilitação da estrutura de madeira de to estrutural e construtivo) é, também, estruturais do edifício, em particular
um Chalé, do início do séc. XX, locali- feita a recolha da informação relacio- dos pavimentos, paredes e cobertura.
zado no concelho de Cascais (Fig. 1). nada com as anomalias presentes na Assinalam-se, a seguir, as principais
O estudo desenvolveu-se em duas fa- construção (levantamento das anoma- constatações:
ses: a fase de diagnóstico e a fase de lias) recorrendo-se, quando necessá- - Da abertura de pequenas “janelas”
projecto de reabilitação da cobertura. rio, à realização de sondagens, em nas paredes exteriores, com espessura
Na fase de diagnóstico, a informação pontos da estrutura de madeira e dos da ordem dos 50 cm, verificou-se a sua
2 – Ensaio para avaliação da integridade dos viga- 3 – Observação endoscópica do interior da estrutura 4 – Asna tipo da cobertura
mentos de madeira através da técnica da resistografia da escada
1 - Elemento em fase de reconstituição 2 - Elemento após reconstituição 3 – Selagem para injecção de uma fractura
A intervenção na Igreja do Convento de drenagem pluvial. Com o objectivo • Remodelação de terraços – desmonte
da Graça, construção datada entre os de sistematizar o estado patológico do de pavimento, impermeabilização e
séculos XIII e XVIII, ocorre na sequên- monumento e a compreensão dos focos reexecução de pavimento em tijoleira
cia de outras intervenções da responsa- potenciadores desse estado patológico, tradicional;
bilidade da DGEMN, como seja a exe- foi desenvolvido pela DGEMN um es- • Revisão e melhoramento do sistema
cutada em 1932 e 1953 ao nível das can- tudo de levantamento de pormenor, re- de drenagem pluvial.
tarias e juntas, rebocos e beneficiação sultando não só a caracterização precisa Os trabalhos preconizados para esta fa-
de coberturas. Nos últimos anos, as in- do conjunto, mas também a detecção se de intervenção na Igreja do Convento
tervenções têm recaído sobre os reves- dos pontos críticos a resolver. Estes con- da Graça envolveram a aplicação de me-
timentos e impermeabilização de co- sistem em naturezas diversas de inter- didas de diversas naturezas. Uma visto-
bertura, em 1998, impermeabilização e venção das quais se destacam: ria inicial permitiu o registo fotográfico
pavimentação da tijoleira dos terraços • Desinfestação biológica dos para- de pormenor (com o devido desenvol-
norte e sul ou a intervenção levada a ca- mentos de cantaria e reboco; vimento regular durante a execução dos
bo, em 1999, sobre os rebocos e poste- • Reparação de fenómenos de degra- trabalhos), de modo a poder avaliar a
rior caiação da fachada Sul. dação em elementos pétreos (alveoli- eficácia das medidas e técnicas aplica-
Os trabalhos em curso preconizam co- zação, crostas negras, concreções, fis- das após a conclusão dos trabalhos. De
mo principais pontos o tratamento, pro- suras e fracturas); salientar,ainda nesta fase, a recuperação
tecção e limpeza das cantarias exterio- • Reconstituição de lacunas em ele- do singular cata-vento existente no topo
res, a reparação de revestimentos de im- mentos pétreos; do campanário, ao qual foi reatribuída,
permeabilização e criação de um siste- • Limpeza geral das fachadas em can- através de um novo sistema de rola-
ma electrostático de protecção contra taria por nebulização e escovagem; mentos, a sua função de indicar a di-
pombos. A intervenção engloba, ainda, • Reparação de rebocos e posterior pin- recção em que o vento sopra.
o tratamento de superfícies do campa- tura de protecção superficial;
nário e a remodelação de pavimentos de • Reparação de elementos metálicos JOÃO VARANDAS,
Engenheiro, Monumenta, Ld.ª
terraços e melhoramento das condições em fachadas;
A empreitada, lançada pela Parques de • Recuperação de elementos de madei- em chumbo como revestimento original
Sintra, no âmbito de um processo de re- ra com furações não estruturais; utilizado, antes uma combinação de ele-
cuperação patrimonial do Palácio de • Reposição dos sistemas de pintura mentos de chumbo nas cúpulas dos tor-
Monserrate a cargo do IPPAR, teve pro- dos revestimentos de chumbo, ma- reões e de telha no revestimento das
jecto do gabinete A2P com o objectivo deiras e ferro; águas, solução assumida como a mais
de, numa primeira fase, recuperar a sua • Reabilitação das redes de drenagem “fiel” à obra original e como tal adopta-
envolvente, com destaque para a recu- de águas pluviais. da. Para dar resposta a esta nova realida-
peração das coberturas, estruturas e re- Toda a intervenção teve como princípio de foi desenvolvido com a empresa
vestimentos. orientador o respeito pela identidade e Umbelino Monteiro, S.A. o modelo de
Resumidamente referem-se os traba- integridade do Palácio como monu- telha de barro vermelho, por tal facto
lhos mais relevantes: mento. Assim se pugnou pela utilização baptizado de modelo “Monserrate”.
• Reabilitação das estruturas de madei- de materiais tradicionais o mais possí- Particularmente entusiasmante para o
ra das coberturas e pavimentos sub- vel similares na sua composição aos uti- empreiteiro também todo o trabalho de
jacentes; lizados na construção do Palácio. Em si- revestimento com chumbo, tanto nas
• Recuperação dos revestimentos das tuações excepcionais devidamente jus- recuperações do chumbo existente e em
coberturas em placas de chumbo; tificadas foram utilizados materiais e estado aceitável, como na aplicação das
• Recuperação dos revestimentos exte- soluções actuais e inovadoras sempre novas chapas, com 3 mm de espessura,
riores, rebocos e elementos de pedra; que tal se mostrou mais apropriado. aplicadas segundo técnicas tradicionais
• Recuperação de coberturas em telha Já no decurso da obra se descobriu docu- por empresa especializada em face da
romana, terraços e coberturas incli- mentação inédita que pôs em causa o re- especificidade do trabalho.
nadas; vestimento generalizado das coberturas Reportando-nos à reabilitação das ma-
Tratamento de vigas por empalme Apoio de asna degradada Fases de recuperação do apoio da asna
Aspectos da zona do Torreão Sul após recuperação das Fases de recuperação do apoio da asna Exemplo de tratamento de apoio de vigas
vigas
deiras foram seguidas duas técnicas nha velha com aproximadamente 6 cm A técnica de empalme foi amplamente
distintas na intervenção nos elementos de espessura no rasgo aberto na zona utilizada nesta obra; embora bastante
estruturais de madeira: as peças de central da asna. divulgada na reabilitação em geral,
maior dimensão foram preservadas e Furação de toda a espessura, zona sã e nem sempre tem sido executada da for-
reconstruídas ou reforçadas pontual- placa central, por carotagem com diâ- ma mais conveniente e eficaz.
mente; as peças de menor dimensão fo- metro 3 cm e colocação de cavilhas de Após a limpeza superficial e inspecção
ram substituídas ou nalguns casos re- madeira. da peça procedeu-se à eliminação dos
cuperadas por empalme com madeira Montagem de placas laterais e de fundo seus defeitos, os mais correntes as fen-
idêntica recuperada da própria obra. em madeira de contraplacado maríti- das, preenchidas com enchimento de
Da primeira técnica analisemos, o caso mo fixas à zona sã por cavilhas de sucu- pasta de madeira aglutinada com resi-
mais significativo, o tratamento dos pira com diâmetro de 2cm, formando na epoxy, por vezes também com pal-
apoios das grandes asnas que consti- molde. metas de madeira coladas à peça com
tuem a estrutura principal da cobertura Enchimento com argamassa de resina cola resistente à humidade.
dos torreões, alguns muito danificados epoxy “Restwood” da Degusa. Empalme dos apoios danificados após
por acção das infiltrações de água. Finalmente limpeza, tratamento local o corte das zonas afectadas e a substi-
Como operação prévia tratou-se do su- com fungicida de elevada impregnação tuição por troços sãos ligados ao viga-
porte provisório da asna com estrutura “Xilofene M2000”, protecção final com mento por placas de madeira fixadas
triangulada de aço fixado às paredes ex- ignifugo “fogo stop” da Matesica. por parafusos de aço e colagem.
teriores com ferrolhos de aço inox apa- Como era intenção do projectista com Os elementos deteriorados por efeito
rafusados à estrutura. este processo... “as asnas mantém a sua dos fungos e insectos foram substituí-
Após a limpeza da zona a tratar proce- aparência de estruturas de madeira dos por vigas de casquinha com igual
deu-se à remoção das secções de madei- com cicatrizes bem definidas identifica- secção.
ra apodrecida estendendo o corte na zo- doras da intervenção contemporânea, e O resultado mostrou-se francamente
na central de madeira sã até sensivel- a madeira reforça interiormente o en- conseguido e comprova a correcção dos
mente 6,5 cm de espessura e 60 cm de chimento de resina, prevenindo qual- princípios orientadores do trabalho.
comprimento e a toda a altura da peça. quer problema de envelhecimento pre-
Efectuaram-se rebaixos por desbaste la- maturo dos polímeros”.
teral e inferior na zona sã da asna, com 2 Esta técnica foi também na generalida-
LUÍS RIBEIRO,
cm de profundidade. de aplicada na recuperação das vigas Eng.º Civil, L. N. Ribeiro Construções, Ld.ª
Encaixe de peça de madeira de casqui- do torreão sul.
PERFIL DE EMPRESA
NOTÍCIA
Tema de Capa
Intervenção estrutural
Cobertura da Sala do Senado
da Assembleia da República
Durante inspecções de rotina,
realizadas pelos serviços da Divi-
são de Aprovisionamento e Pa-
trimónio (DAPAT) da Assem-
bleia da República, constatou-se
que a estrutura da cobertura da
Sala do Senado – a antiga câma-
ra alta do parlamento – apresen-
tava algumas deficiências estru-
turais que requeriam interven-
ção urgente.
NOTÍCIA
Vista parcial da estrutura da cobertura Reconstituição das secções com argamassa epoxídica Aspecto final da reparação do nó
NOTÍCIAS / AGENDA
AS LEIS DO PATRIMÓNIO
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N.º 22, Abril/Maio/Jun. 2004 N.º 23, Julho/Ago./Set. 2004 N.º 24, Out./Nov./Dez. 2004 N.º 25, Jan./Fev./Mar. 2005 N.º 26, Abr./Mai./Jun. 2005 N.º 27, Jul./Ago./Set. 2005 N.º 28, Out./Nov./Dez. 2005
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DIVULGAÇÃO
Um século de
classificações de imóveis
Reinava D. Carlos e o país era composto Distrito Total Monumento Imóvel de Valor
por metrópole e colónias. Decorria o ano
Nacional Interesse Concelhio *
de 1906 quando, em 27 de Setembro, o
Rei assinou o primeiro decreto que clas- Público
sificou um imóvel como monumento 01- Aveiro 90 14 64 12
nacional. O primeiro a receber a dis- 02- Beja 76 21 53 2
tinção foi o castelo de Elvas. Desde então, 03- Braga 194 63 119 12
cerca de 155 decretos classificaram mais
04- Bragança 136 29 104 3
de 3120 imóveis no continente, na Ma-
deira e nos Açores. Até 1928, todos os 05- Castelo Branco 79 8 61 10
imóveis eram classificados como “mo- 06- Coimbra 160 45 97 18
numentos nacionais”, mas nesse ano 07- Évora 187 108 76 3
surge um segundo nível denominado 08- Faro 109 22 76 11
“imóvel de interesse público” e, somen-
09- Guarda 164 39 111 14
te em 1974, surgem as primeiras classifi-
cações como “valor concelhio” - embora 10- Leiria 128 26 85 17
este terceiro nível de classificação já ti- 11- Lisboa 457 103 323 31
vesse sido criado por lei em 1949. 12- Portalegre 146 59 80 7
Os primeiros decretos classificaram imó- 13- Porto 269 76 169 24
veis de reconhecido valor histórico-cul-
14- Santarém 183 41 100 42
tural, muitos dos quais constavam de
uma lista proposta para salvaguarda em 15- Setúbal 105 22 67 16
1880 (vinte e um anos antes do decreto 16- Viana do Castelo 180 54 115 11
que aprovou as bases para a classificação 18- Vila Real 187 22 154 11
dos imóveis). Apouco e pouco, foram-se
19- Viseu 226 38 167 21
alargando as fronteiras do que é consi-
derado património e o mais recente de- Nacional 3.076 780 2.031 265
creto (de 2002) classificou um imóvel
construído apenas dez anos antes. Até talidade da igreja); a classificação de to- jam o da antiguidade, integridade, au-
1936, cada decreto limitava-se a classifi- dos os pelourinhos que ainda não o ti- tenticidade, exemplaridade, singulari-
car,em média, um a quatroimóveis, com vessem sido (decreto de 1933); e há um dade ou raridade.
excepção de alguns decretos dos anos decreto que desclassifica um imóvel en-
1920 e do famoso Decreto de 16 de Junho tretanto demolido (!). BIBLIOGRAFIA
de 1910 que, só ele, classificou 469 mo- Actualmente, o processo de classificação Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado,
3 vols., Instituto Português do Património Arquitec-
numentos nacionais. Entre 1936 e 1970, a é um procedimento administrativo mo- tónico e Arqueológico, Lisboa, 1993, p. XXIX.
média de imóveis classificados por cada roso que começa com um requerimento, Decretos n.º 45/93, de 30 de Novembro, n.º 2/96, de 6
de Março, n.º 32/97, de 2 de Julho, n.º 67/97, de 31 de
decreto subiu para cerca de 30 e desde feito por qualquer pessoa ou organismo, Dezembro, e n.º 2/2002, de 19 de Fevereiro.
então cada decreto classifica, em média, dirigido ao IPPAR, e termina com a pu-
94 imóveis. Alista de decretos apresenta blicação da listagem de bens em Diário NOTA
algumas curiosidades, como sejam: as da República. A classificação representa A categoria “Valor Concelhio” foi substituída por
“Imóvel de Interesse Municipal” em 2001.
desclassificações (retirada de um imóvel o reconhecimento oficial do valor de um
da lista); as reclassificações (subida ou imóvel e obedece a uma série de critérios
descida de nível de classificação); as clas- gerais, como sejam o valor histórico, cul-
MIGUEL BRITO CORREIA,
sificações de partes de imóveis e não do tural, estético, social e técnico-científico, Arquitecto
todo (por exemplo, um portal e não a to- e a critérios complementares, como se-
ASSOCIADOS GECoRPA
GRUPO I
Projecto, A. da Costa Lima, Fernando Ho,
Betar - Estudos e Projectos
PENGEST – Planeamento,
Engenharia e Gestão, S. A.
Francisco Lobo e Pedro Araújo
fiscalização - Arquitectos Associados, Ld.ª de Estabilidade, Ld.a Projectos de conservação e restauro
Projectos de estruturas e fundações do património arquitectónico.
e consultoria Projectos de conservação e restauro
do património arquitectónico. para reabilitação, recuperação Projectos de reabilitação,
Projectos de reabilitação, recuperação e e renovação de construções recuperação e renovação de
renovação de construções antigas. antigas e conservação e restauro construções antigas. Gestão,
Estudos especiais do património arquitectónico. Consultadoria e Fiscalização.
GRUPO II
Levantamentos,
inspecções ERA - Arqueologia - Conservação
e Gestão do Património, S. A. OZ - Diagnóstico, Levantamento
e ensaios Conservação e restauro de estruturas e Controlo de Qualidade
arqueológicas e do património de Estruturas e Fundações, Ld.ª
arquitectónico. Inspecções e ensaios. Levantamentos. Inspecções e ensaios
Levantamentos. não destrutivos. Estudo e diagnóstico.
GRUPO III
Execução
dos trabalhos A. Ludgero Castro, Ld.ª
Consolidação estrutural. Construção
Empreiteiros e reabilitação de edifícios. Alfredo & Carvalhido, Ld.ª
e Subempreiteiros Conservação e restauro de bens
artísticos e artes decorativas:
Conservação e restauro do
património arquitectónico.
Alvenobra - Sociedade de
Construções, Ld.ª
estuques, talha, azulejaria, Conservação e reabilitação de Reabilitação, recuperação e
douramentos e policromias murais. construções antigas. renovação de construções antigas.
ASSOCIADOS GECoRPA
Sofranda – Empresa
Quinagre - Estudos Sociedade de Construções de Construção Civil, S. A.
e Construções, S. A. José Moreira, Ld.ª Conservação e restauro do PA.
Poliobra - Construções Civis, Ld.ª Construção de edifícios. Execução de trabalhos Reabilitação, recuperação e
Construção e reabilitação de Reabilitação. Consolidação especializados na área do património renovação de CA. Instalações
edifícios. Serralharias e pinturas. estrutural. construído e instalações especiais. especiais em PA e CA.
ASSOCIADOS GECoRPA
GRUPO IV
Fabrico e/ou
distribuição
BLEU LINE - Conservação e
de produtos BLAU, Ld.ª Restauro de Obras de Arte, Ld.ª ONDULINE – Materiais
e materiais Distribuição de produtos e materiais
vocacionados para o Património
Materiais para intervenções de
conservação e restauro em
de Construção, S. A.
Produção e comercialização de
Arquitectónico e Construções construções antigas. Conservação materiais para construção .
Antigas. de cantarias.
Tecnocrete – Materiais
Tintas Robbialac, S. A. e Tecnologias de Reabilitação
Produção e comercialização de Estrutural, Ld.ª
produtos de base inorgânica para Produção e comercialização
aplicações não estruturais. de materiais para a reabilitação.
Para mais informações acerca dos associados GECoRPA, das suas actividades e dos seus contactos,
visite a rubrica “associados” no nosso site www.gecorpa.pt
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PERSPECTIVAS