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1 Introdução à Ergonomia 3
2 Conceito de Ergonomia 4
3 Qualidade de Vida 7
4 NR 17 8
5 Soluções ergonômicas 15
6 Equação de NIOSH 19
7 Transporte de cargas 23
8 Antropometria 31
9 Biomecânica 38
10 Postura 46
11 Organização do trabalho 63
12 Condições ambientais 67
13 Informações visuais e uso de outros sentidos 89
14 Metabolismo 110
15 Bibliografia 114
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Introdução à Ergonomia
Mas é importante que o aluno tenha essas noções que pelo menos lhe
abra a visão sobre o assunto e à medida do possível, posteriormente, no
exercício de sua profissão possa buscar através de pesquisa ou mesmo
estudo, curso específico, etc., um aprofundamento nesta importante área de
conhecimento.
Então a fica aqui o meu desejo de que todos que com essa matéria
tenha contato que se encaixem no ultimo grupo de alunos.
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Conceito de Ergonomia
Isto na pratica quer dizer que o trabalho deve estar (ou deveria estar)
atendendo as condições que proporcionem conforto e segurança, sem riscos à
saúde do trabalhador.
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conforto melhorar também a eficiência no trabalho. Ela focaliza o homem! Não
se limita a um conhecimento específico e sim se apóia em outras áreas do
conhecimento como: antropometria, fisiologia, biomecânica, psicologia,
engenharia mecânica, desenho industrial, informática, eletrônica, toxicologia,
etc.
5
Os princípios básicos instituídos por Taylor eram:
6
• Trabalho exaustivo até a fadiga (aumento da produtividade);
• Isolamento do trabalhador numa mesma posição ao longo do tempo
(tornando o ser humano autômato);
• Desencadeamento de distúrbios osteomusculares por sobrecarga
funcional (trabalho em uma mesma posição por um longo tempo);
• Aumento da velocidade da esteira diante da necessidade de produzir
mais (gerando fadiga, lesões e distúrbios dolorosos);
• Colocando a pessoa mais hábil na primeira posição da linha de
montagem (correria e sobrecarga para os demais);
Qualidade de Vida
O ser humano constrói a sua qualidade de vida a partir das relações com
o ambiente e consigo mesmo. Neste contexto a saúde é o bem estar físico e
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psíquico. Ela não é apenas condição fundamental para a qualidade de vida,
mas também sua expressão mais evidente.
NR 17 - Ergonomia (117.000-7)
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17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao
levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos
equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho, e à própria
organização do trabalho.
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas,
por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou
sua segurança. (117.001-5 / I1)
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17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o
transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser
nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a
sua saúde ou a sua segurança. (117.003-1 / I1)
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as
bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao
trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem
atender aos seguintes requisitos mínimos:
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17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos
requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para
acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que
possibilitem fácil alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas
partes do corpo do trabalhador, em função das características e peculiaridades
do trabalho a ser executado. (117.010-4 / I2)
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a) Ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado
proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando
movimentação freqüente do pescoço e fadiga visual; (117.017-1 / I1)
b) Ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo
vedada a utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que
provoque ofuscamento. (117.018-0 / I1)
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam
solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle,
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laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos,
dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
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se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e
em função do ângulo de incidência. (117.028-7 / I2)
a) As normas de produção;
b) O modo operatório;
c) A exigência de tempo;
d) A determinação do conteúdo de tempo;
e) O ritmo de trabalho;
f) O conteúdo das tarefas.
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17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o
disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte:
Soluções Ergonômicas
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Trata-se de procurar novas formas de se fazer aquele trabalho em que a
ação técnica de alta sobrecarga ergonômica, não necessite mais ser feita.
2 – Pequenas melhorias
4 – Projetos ergonômicos
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Também devem ser vistos os impactos com a logística como por
exemplo o ar comprimido; a tubulação de gases; a rede elétrica, etc.)
5 – Rodízios de tarefas
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• Se a sobrecarga for devido a esforços excessivos por falta de
manutenção de um equipamento, a solução é fazer uma manutenção
adequada.
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Outras vezes é o uso correto de um recurso ergonômico existente no
posto de trabalho ou ainda a orientação quanto à técnica correta para se fazer
um determinado esforço.
9 – Seleção (mínima)
Como uma referência essa seleção não deve ser a primeira, mas uma
das últimas medidas, esgotadas todas as outras possibilidades.
10 – Pausas de recuperação
Equação de NIOSH
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c) O deslocamento vertical do peso não deve ser maior que 25 cm;
d) Deve ser possível segurar o peso com as duas mãos;
e) A carga deve ter alças ou furos para encaixe dos dedos;
f) Deve ser possível escolher a postura mais adequada para o
levantamento;
g) O tronco não deve ficar torcido durante o levantamento;
h) Os levantamentos não devem ter a freqüência superior a um por
minuto;
i) O tempo de atividade de levantamento não deve ser maior que uma
hora, seguindo um período de descanso ou tarefas mais leves de
120% da duração da atividade de levantamento.
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A equação é composta pelas variáveis: distância horizontal (H) e
distância vertical (V), a rotação do tronco (A), o deslocamento vertical da carga
(D), a freqüência do levantamento (F) e a dificuldade de manuseio da carga
(M). Ela supõe que o trabalhador pode escolher a própria postura e que a carga
é segura com as duas mãos. Assim, a carga máxima de 23 kg é multiplicada
por seis coeficientes, que representam as variáveis acima:
Equação de NIOSH
Carga máxima = 23 kg x CM x CH x CV x CF x CD x CA
Onde:
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0 1,30 70 0,93 130 0,90
10 1,30 80 0,92 140 0,90
20 1,30 90 0,91 150 0,89
30 1,10 100 0,90 160 0,88
40 0,98 110 0,90 170 0,88
50 0,96 120 0,90 180 0,00
60 0,94
Graus CA Graus CA
0 1,2 70 0,72
10 1,12 80 0,68
20 1,04 90 0,64
30 0,96 100 0,60
40 0,88 110 0,55
50 0,80 120 0,50
60 0,76 130 0,45
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Distância CH Distância CH
0 1,00 40 0,62
10 1,00 50 0,50
20 1,00 60 0,41
30 0,83 70 0,00
Transporte de carga
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b) Os espaços devem permitir a adoção de uma postura estável para
os pés e flexão das pernas;
c) Evitar a torção do corpo;
d) As mãos devem ficar a aproximadamente 75 cm de altura,
encostadas ao corpo, no levantamento e o depósito da carga;
e) Nos estoques, os itens manuseados com maior freqüência e os
mais pesados devem ficar depositados próximos da altura ideal de
75 cm.
O tamanho da carga deve ser pequeno o suficiente para que possa ser
mantida junto ao corpo. O volume não deve ter protuberâncias ou cantos
cortantes nem deve ser muito quente ou frio, a ponto de dificultar o contato. A
carga a ser levantada do chão deve ser posicionada entre os joelhos.
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especiais com a segurança. Quando a carga é desconhecida para a pessoa
que vai carregá-la, é necessário colocar uma etiqueta, informando o peso e os
cuidados necessários para a manipulação da mesma.
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As cargas superiores a 23 kg devem ser manipuladas por duas ou mais
pessoas. Os membros dessa equipe devem ter estaturas e forças semelhantes
entre si, e devem trabalhar coordenadamente. Um deles deve assumir a
coordenação, comandando os movimentos do grupo, de modo a evitar
movimentos inesperados.
Transporte de cargas
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A carga deve ser conservada o mais próxima possível do corpo, para
diminuir a tensão mecânica dos músculos e o consumo de energia. Para isso,
volumes mais compactos são preferíveis. O uso de mochilas ou correias pode
ajudar a manter a carga próxima do corpo.
A carga deve ser equipada com alças ou pegas, que não devem ser
muito finas nem devem ter ângulos cortantes. Em alguns casos, pode-se usar
acessórios como um gancho, que pode ser encaixado na carga.
Quando se usa apenas uma das mãos para carregar um peso, o corpo é
submetido a uma tensão assimétrica. Exemplos bem conhecidos dessa prática
são os alunos carregando pastas e os viajantes carregando malas. Pode-se
dividir a carga em dois pesos menores ou usar uma mochila.
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Uso de equipamentos para transporte
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O movimento de puxar ou empurrar cargas provoca tensões nos braços,
ombros e costas. Essas tensões podem ser aliviadas com um carrinho
adequado.
Na prática, isso significa que carrinho com peso total superior a 700 kg,
não deve ser movido manualmente. Naturalmente, esse limite pode variar,
dependendo do tipo de carrinho, tipo de piso, forma das rodas e assim por
diante.
O atrito entre o calçado e o piso deve ser suficiente para permitir esses
movimentos. Deve existir também espaço suficiente para as pernas para que
essas posturas se tornem possíveis.
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Os carrinhos devem ter pegas em forma de barras, de modo que as
duas mãos possam ser utilizadas para transmitir forças. As pegas devem ser
cilíndricas, com diâmetro de 3 cm e comprimento mínimo de 30cm. As pegas
verticais devem situar-se entre 90 a 120 cm do piso, para permitir uma boa
postura tanto para puxar, como para empurrar.
A altura total do carrinho quando carregado não deve exceder 130 cm,
para que a maioria das pessoas possa enxergar sobre o mesmo.
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horizontais, para que possa ser erguido. Nesse caso, o peso suportado não
deve ultrapassar os limites já apresentados para o levantamento de cargas.
Antropometria
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A figura acima mostra que mesmo quando se faz um projeto abrangente,
levando-se em consideração um maior número de pessoas atendidas, por
exemplo, em relação à altura, sempre haverá os extremos que não serão
atendidos.
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Medidas em cm
Item
Baixos Médios Altos
Em pé
1.Estatura 150,5 167,5 185,5
2.Alcance horizontal para agarrar 65,0 74,5 83,5
3.Profundidade do tórax 21,0 25,0 28,5
4.Alcance vertical para agarrar 179,0 198,3 219,0
5.Altura dos olhos 140,5 156,8 174,5
6.Altura dos ombros 121,5 136,8 153,5
7.Altura do cotovelo 93,0 104,4 118,0
8.Altura do punho 66,0 73,8 82,5
Sentado
11.Altura (a partir do assento) 79,5 88,0 96,5
12.Altura olhos-assento 68,5 76,5 84,5
13.Altura do cotovelo-assento 18,5 24,0 29,5
14.Altura poplítea 35,5 42,0 49,0
15.Comprimento do antebraço 30,4 34,3 38,7
16.Comprimento nádegas-poplítea 43,5 48,8 55,0
17.Comprimento nádegas-joelho 52,0 58,3 64,5
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No Brasil ainda não existem medidas antropométricas normalizadas da
população.
34
1. Estatura.
2. Altura dos olhos.
3. Altura dos ombros.
4. Altura dos cotovelos.
5. Altura dos quadris.
6. Altura do punho.
7. Altura da ponta dos dedos.
8. Altura do alto da cabeça (pessoa sentada).
9. Altura dos olhos (pessoa sentada).
10. Altura dos ombros (pessoa sentada).
11. Altura dos cotovelos (pessoa sentada)
12. Espessura das coxas.
13. Comprimento nádegas-joelho.
14. Comprimento nádegas-dobra interna do joelho.
15. Altura dos joelhos.
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16. Altura da dobra interna do joelho.
17. Largura dos ombros (deltóide).
18. Largura dos ombros (crista da escápula).
19. Largura dos quadris.
20. Profundidade do tórax.
21. Profundidade do abdômen.
22. Comprimento ombro-cotovelo.
23. Comprimento cotovelo-ponta dos dedos.
24. Comprimento do braço.
25. Comprimento do ombro-pega.
26. Profundidade da cabeça.
27. Largura da cabeça.
28. Comprimento da mão.
29. Largura da mão.
30. Comprimento do pé.
31. Largura do pé.
32. Envergadura.
33. Envergadura dos cotovelos.
34. Altura de pega (em pé).
35. Altura de pega (sentado).
36. Alcance frontal de pega.
36
• Altura dos cotovelos (pessoa sentada): determinar a altura de apoio
para os braços de cadeiras, poltronas, superfícies de mesas de
trabalho etc.
• Altura da dobra interna do joelho: determinar a altura do assento para
trabalhos realizados na posição sentada.
• Comprimento nádegas-dobra interna do joelho: determinar a
profundidade de assentos.
• Comprimento nádegas-joelho: determinar a distância entre a parte
posterior do assento e qualquer obstáculo físico ou objeto em frente
aos joelhos.
• Largura dos quadris: determinar a largura dos assentos.
• Largura entre os cotovelos: determinar a distância entre os apoios de
braços das cadeiras e os espaços entre os assentos ao redor de
mesas.
• Comprimento do pé: determinar o comprimento do apoio para os pés
e de pedais.
• Largura do pé: determinar a largura de apoio para os pés.
• Comprimento da mão: dimensionar tamanho de pegas de
ferramentas, tamanho de luvas.
• Perímetro da mão: dimensionar a largura de luvas e de pegas de
ferramentas.
• Espessura da coxa: determinar a distância entre o plano do assento
e a altura sob a mesa.
• Estatura: determinar a altura mínima para portas e vãos.
• Altura dos olhos: determinar a linha de visão em relação a qualquer
ponto desejado (em teatros, auditórios etc.) e para estabelecer a
altura de divisórias, sinalizadores, quadros de avisos etc.
• Altura dos ombros: determinar a altura de alcance do braço na
posição em pé.
• Altura dos cotovelos: determinar a altura de bancadas para trabalhos
moderados.
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• Altura de pega: determinar a altura máxima de alcance do braço em
relação ao solo, como interruptores, alavancas, estantes, cabides,
controles etc.
• Alcance do braço: distância horizontal da parte posterior até a
extremidade do dedo indicador, estando o indivíduo com as costas
apoiadas na parede. Utilidade: determinar a distância de alcance
máximo no posto de trabalho (painéis, mostradores etc.).
• Altura dos quadris: determinar a altura da bancada para trabalhos
pesados.
Biomecânica
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O ser humano é adaptado a fazer contrações musculares dinâmicas,
mas tem pouca adaptação para fazer contrações musculares estáticas nas
quais ocorre dor muscular intensa e fadiga precoce, devido ao acúmulo do
ácido lático e outros metabólitos.
Definições:
39
• Praticar ginástica de aquecimento e alongamento no início das
jornadas de trabalho;
• Garantir a adaptação gradativa do automatismo dos movimentos;
40
Todas as situações de desagregação do esforço muscular (quando o
indivíduo tem que fazer esforço lento, sob controle, no sentido contrário ao que
seria a ação motora natural) ex. colocar uma caixa pesada no chão de forma
lenta.
41
conhecimentos são importantes para formular as recomendações sobre a
postura e o movimento, como se verá a seguir.
42
Ao aumentar a distância entre as mãos e o corpo há um aumento da tensão
nas costas.
43
articulações e músculos que existem nos dois lados da coluna vertebral são
submetidos a cargas assimétricas, que são prejudiciais.
44
A duração de um esforço muscular localizado deve ser limitada. Afigura mostra
as durações máximas do esforço muscular contínuo (em minutos), em função
do esforço muscular exercido (como percentagem do esforço máximo).
45
a mesma recuperação em quinze minutos. O processo de recuperação
completa pode levar várias horas.
Postura
Trabalho sentado
46
Embora a posição sentada seja melhor que a em pé, deve-se evitar
longos períodos sentado. Muitas atividades manuais, executadas quando se
está sentado, exigem um acompanhamento visual.
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entre o assento e o encosto. O encosto deve ter uma altura de 30 cm
(portanto, a altura total deve ficar entre 40 a 50 cm acima do
assento). Não se deve utilizar esse apoio lombar para apoiar as
costas, no caso de uma postura relaxada.
• A parte inferior do encosto deve ser convexa, para acomodar a
curvatura das nádegas, ou ser vazada (na recomendação acima, o
tamanho desse vão livre deve ser regulável, entre 10 a 20 cm entre o
assento e o encosto).
48
Uso de cadeiras especiais para tarefas específicas
Os braços da cadeira devem ser curtos, para que a cadeira possa ficar
próxima da mesa. Eles podem ajudar a suportar os pesos do tronco e dos
braços e dão apoio na hora de se levantar.
As rodinhas nos pés da cadeira podem ser úteis quando esta precisa ser
movimentada freqüentemente, mas não devem ser usadas quando há
operação de pedais, pois provocam instabilidade.
O assento também pode ser pouco inclinável para frente e para trás.
A figura acima ilustra uma cadeira usada para digitadores. Nesse caso, o
assento e o encosto são reguláveis, o encosto é alto, dando suporte para os
ombros e região lombar.
49
Os apoios curtos para os braços e as rodinhas nos pés dão um conforto
adicional, facilitando as mudanças de posturas.
50
Uso dos olhos: pouco
0 a 30 cm acima da altura do
Uso das mãos e braços: cotovelo
muito
51
Esse tipo de apoio pode ser providenciado também para trabalhos em
escritórios, para facilitar a mudança de postura durante a jornada, contribuindo,
assim, para a redução da fadiga.
52
Espaço para as pernas
Digamos que essa espessura não pode ultrapassar 3 cm. Isso pode dar
maior mobilidade para as pernas, facilitando as mudanças de postura.
Trabalho em pé
53
A posição em pé é recomendada para os casos em que há freqüentes
deslocamentos do local de trabalho ou quando há necessidade de aplicar
grandes forças.
54
A altura da bancada deve ser ajustável. Quando a mesma bancada é
usada por várias pessoas, sua altura deve ser regulável.
55
Evitar alcance excessivo
Mudança de postura
Se uma tarefa deve ter longa duração, o posto de trabalho pode ser
projetado para que as atividades possam ser exercidas tanto na posição
sentada como em pé. Para isso, a superfície de trabalho é dimensionada para
o trabalho em pé.
56
Essa cadeira não pode ser usada por longos períodos, devido à pressão
nos joelhos, falta de movimento das pernas e ausência do encosto. Como a
cadeira não tem rodinhas e o assento não pode girar, ela só pode ser utilizada
para tarefas que se encontram à frente do corpo.
Esse selim não pode ser usado por longos períodos e só é prático no
caso de trabalhos em pé, sem necessidade de grandes forças ou movimentos
extensos. O piso onde se apóia deve ter atrito suficiente para evitar que o
mesmo deslize.
57
Posturas das mãos e braços
58
.
Note que muitas ferramentas agrícolas, como a enxada e a pá, têm cabo
reto e provocam muitas dores nas costas dos usuários, quando poderiam ser
substituídas por cabos curvos, aliviando o incômodo.
59
As ferramentas manuais não devem exceder 2 kg. Quando houver
necessidade de usar ferramentas mais pesadas, elas devem ficar suspensas
por contrapesos ou molas.
A pega deve ser um pouco convexa para aumentar o seu contato com
as mãos. Não se recomenda o uso de pegas anatômicas ou antropomorfas
60
(com sulcos para encaixe dos dedos), porque os dedos podem ficar apertados,
a mudança de posição fica mais difícil e não se adaptam ao uso de luvas.
Deve-se evitar o trabalho com as mãos para trás do corpo. Esse tipo de
postura ocorre, por exemplo, quando se empurram objetos para trás, como
ocorre com os caixas dos supermercados.
61
Movimentos
Levantamento de pesos
62
No levantamento de pesos, assim como em outras atividades físicas, é
importante que o ritmo de trabalho seja determinado pelo próprio trabalhador.
Cada trabalhador tem um ritmo próprio de trabalho, em que ele se sente bem.
Assim, devem-se evitar situações em que esse ritmo seja imposto pela
máquina, pelos colegas ou pelos superiores, cerceando a sua individualidade.
Organização do trabalho
A organização do trabalho deve definir quem faz, como faz, quando faz e
o quanto faz e também em que condições físicas, organizacionais, gerenciais,
etc.
63
• Relacionamento humano na empresa – geral e, mais
especificamente, em cada área de trabalho;
• Ciclo
• Ritmo
• Carga
• Duração
• Autonomia
• Pausas
Ciclo
64
Ciclo de baixa repetitividade – de duração maior que 30 segundos ou ciclos
nos quais menos de 50% do tempo é ocupado com o mesmo tipo de
movimento.
Ritmo
Carga
Duração
65
Autonomia
Pausas
Tipos de pausa:
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a) Micropausas – duração mínima que acontecem em função da
própria execução da tarefa;
b) Pausas formais – horário de almoço, café;
c) Pausas definidas pela organização ergonômica do trabalho –
como, por exemplo, a cada 50 minutos de trabalho de digitação, 10
minutos de pausa.
d) Pausas para rodízio – quando há rodízio de atividades, o momento
do rodízio constitui uma interrupção ou redução do esforço que
vinha sendo executado.
Condições ambientais
Clima
Conforto térmico
67
trabalhos mais leves. A tabela abaixo apresenta as faixas de conforto para
diversos tipos de atividades.
68
Evitar correntes de ar: as correntes de ar podem afetar o conforto
térmico, principalmente no caso de trabalhos leves. Podem ser ventos naturais
ou movimentos de ar provocados por ventiladores. Elas são desconfortáveis
com velocidades do ar acima de 0,1 m/s.
Controle do clima
69
agradável a cada grupo, de acordo com o esforço dispendido. Quanto maior o
esforço físico mais baixo pode ser a temperatura ambiente.
Iluminação
70
A intensidade de luz que incide sobre a superfície de trabalho deve ser
suficiente para garantir uma boa visibilidade.Além disso, o contraste entre a
figura e o fundo também é importante.
60 cd
Iluminamento = = 15 lux
2²
Intensidades luminosas
71
A intensidade de iluminação deve ser adequada para cada tipo de
atividade. A NBR 5413 define valores legais no Brasil.
A luz ambiental deve estar entre 10 a 200 lux: é suficiente para lugares
onde não há tarefas críticas. É o caso dos corredores, depósitos e outros
lugares onde não há tarefas de leitura.
Uso de intensidades de 200 a 800 lux para tarefas normais, como leitura
de livros, montagens de peças e operações com máquinas aplicam-se as
seguintes recomendações:
72
Nesses casos, o nível pode chegar até 3000 lux, entretanto, deve-se considerar
que esses níveis muito elevados provocam fadiga visual.
Recomendações
73
Melhoria da iluminação
74
Nos trabalhos com monitores, deve-se tomar especial cuidado para
evitar os reflexos sobre a tela.
Os reflexos podem ser diminuídos com o uso de luz difusa no teto. Isso
pode ser feito também substituindo as superfícies lisas e polidas das mesas,
paredes e objetos, por superfícies rugosas e difusoras, que disseminam a luz.
Superfície Refletância
Teto 0,80 a 0,90 (claro)
Parede 0,40 a 0,60
Tampo de mesa 0,25 a 0,45
Piso 0.20 a 0,40 (escuro)
75
Evite as oscilações da luz fluorescente: a luz fluorescente é intermitente,
piscando na mesma freqüência da corrente alternada. Isso pode ser perigoso
em ambientes onde existem peças giratórias, como as pás ‘de um ventilador.
Ruído
Fatores ambientais
76
O primeiro sintoma é a dificuldade cada vez maior para entender a fala
em ambientes barulhentos (festas, bares). Isso provoca interferência nas
comunicações e redução da concentração, que podem ocorrer com ruídos
relativamente baixos. Esses efeitos podem ser reduzidos fixando-se limites
superiores para os ruídos.
Nível do ruído
77
A cada aumento de 3 db(A), deve haver uma redução do tempo para
metade. Assim, se o ruído for de 83 dB(A), o tempo de exposição se reduz para
quatro horas e, com 89 dB(A), para uma hora.
78
Trabalho em escritórios com conversas 60
Concentração mental moderada
55
(escritórios)
Grande concentração mental (projeto) 45
Grande concentração mental (leitura) 35
79
Um número cada vez maior de máquinas “silenciosas” tem surgido no
mercado. Isso é conseguindo, substituindo peças metálicas por plásticas,
fazendo o confinamento das partes ruidosas, reduzindo as vibrações,
providenciando isolantes acústicos ou substituindo partes mecânicas por
eletrônicas.
80
A fonte de ruído deve ser colocada o mais longe possível das pessoas.
O efeito do afastamento será mais efetivo nas proximidades da fonte. Por
exemplo, o afastamento de 5 para 10m será mais efetivo do que de 20 para
25m, considerando um deslocamento igual de 5m para ambos.
81
podem ser usados também quando o barulho for ocasional, como no caso de
alguma obra ou instalação, não compensando adotar medidas mais
dispendiosas.
Vibrações
82
vibrações de baixa freqüência, menores que 1 Hz, podem produzir sensações
de enjôo.
Recomendações:
83
Prevenção do “dedo branco”
84
Os choques e solavancos aparecem quase sempre junto com as
vibrações. São ondas de intensidades maiores que o nível médio das
vibrações. Acontece, por exemplo, quando um carro bate em um obstáculo ou
passa sobre um buraco na pista.
Prevenção da vibração
85
Quando não for possível atuar sobre a fonte, deve-se procurar reduzir a
transmissão das vibrações. Isso é feito procurando amortecer as vibrações
antes que elas atinjam o corpo. Por exemplo, revestindo o piso e as pegas das
ferramentas com material antivibratório.
Substâncias químicas
86
• Algumas substâncias provocam intoxicação rapidamente. Neste caso
no lugar da média diária, estabelece-se um teto que não pode ser
ultrapassado em nenhum momento.
• Muitas substâncias têm definidos os limites de tolerância, nas que
não tem informações há a necessidade de pesquisar para determinar
o próprio limite.
87
Procure ficar bem abaixo dos limites de tolerância
Controle na fonte:
88
• Fazer a extração perto da fonte
• Ter um sistema de exaustão eficiente
• O sistema de ventilação deve considerar o efeito no clima
Leve 12 35
Moderado 15 50
Pesado 18 60
As pessoas
• Proteção individual
• Limitar o tempo de exposição
• Uso de EPI
• Mascara para poeira não protege contra gases
• Uso de aventais e luvas
• Manter a higiene pessoal
Informação e operação
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Tendo em vista que os computadores estão presentes, cada vez mais,
na vida diária das pessoas, muitas recomendações aqui apresentadas são
relativas ao trabalho de computação. Entretanto, suas aplicações não se
restringem ao campo da computação, como se pode ver pelos exemplos.
Informações visuais
Caracteres
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da sentença, em nomes próprios, títulos, siglas ou abreviaturas que sejam
familiares ao leitor.
folhagem FOLHAGEM
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Uma matriz mínima para letras maiúsculas é de 5 x 7 (largura e altura),
enquanto é necessária uma matriz de 7 x 9 para letras minúsculas.
Algumas letras são parecidas com outras e isso pode causar confusão,
principalmente quando elas são apresentadas em mostradores. Essas
confusões são causadas pelo formato semelhante entre certas letras e
números.
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Em telas de computador, a letras maiúsculas devem ter pelo menos 3
mm de altura.
Como regra prática, esse espaçamento deverá ser de pelo menos 1/30
do comprimento da linha. Se esse espaçamento for menor, o olho tem
dificuldade para acompanhar uma linha do começo ao fim, podendo
embaralhá-la com outra.
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texto, por exemplo, a figura (letra) preta sobre um fundo branco (segundo
plano), apresenta um bom contraste. O contraste apresenta influência maior
que a iluminação na legibilidade.
Diagramas
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Produzir diagramas de fácil entendimento
Os diagramas devem ser simples para que possam ser entendidos por
todos. A legibilidade deles é particularmente importante na confecção de
transparências para projeções.
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a) Considere as diferenças culturais. Uma simples imagem de uma faca
cruzada com um garfo pode indicar, para alguns, apenas um
barzinho e, para outros, um restaurante luxuoso;
b) Cada imagem deve transmitir apenas um conceito, nunca uma
combinação de conceitos.
c) Pictogramas muito estilizados, ou seja, aqueles que se afastam da
realidade, são mais difíceis de ser entendidos;
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• Os mostradores digitais são mais precisos na indicação de um valor
exato;
• Os instrumentos de registro (sismógrafo) são melhores para
apresentar fenômenos lentos ou de longa duração.
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Em casos de maior responsabilidade, a mesma informação pode ser
transmitida simultaneamente por mais de um canal, para aumentar a
percepção. Por exemplo, as ambulâncias usam luz pisca-pisca junto com a
sirene.
Audição
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Se a distância entre o emissor e o receptor for grande, o som deve ter
maior intensidade, com freqüências não muito altas. Um som de alta freqüência
(agudo) é melhor quando o ambiente já é dominado por outros sons de baixa
freqüência. É o que acontece, por exemplo, com as sirenes de ambulância.
Outros sentidos
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Em máquinas de calcular, no lugar do número 5, há uma pequena
saliência para permitir a identificação tátil dessa posição. Para facilitar essas
identificações táteis e sinestésicas, os controles podem ser diferenciados pela
forma, acabamento superficial, tipo de material ou direção dos movimentos.
Controles
Em geral, são preferíveis controles que exijam menos força, mas não tão
pequena, para evitar os acionamentos acidentais.
Teclados
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O teclado QWERTY é assim chamado porque as letras que aparecem
na fileira superior do lado esquerdo seguem essa ordem (Figura 3.13). A
principal vantagem desse teclado é a sua grande difusão, sendo aceito, hoje,
como padrão universal.
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• Funções fixas, quando cada tecla tem um significado constante.
Esse tipo de teclado é usado em funções como: partir/parar (on/off),
avançar linha (enter), apagar (delete), imprimir e outros.
• Funções programáveis, quando o próprio usuário atribui um
significado específico a uma tecla. Isso pode ser feito quando há uma
rotina freqüentemente usada na operação de um sistema.
• Funções variáveis, quando o significado depende do software em
uso. Neste caso, é conveniente que o seu significado apareça na
tela, ocupando uma posição correspondente à do teclado.
Controles discrimináveis
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Faça um Iayout conveniente
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Os controles devem ficar dentro das áreas de alcance
• A importância do controle;
• A freqüência de uso;
• A seqüência de operações.
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Tome cuidado no uso de letreiros e símbolos
O uso de letreiros e símbolos junto aos controles pode parecer uma boa
idéia. Eles podem ser colocados ao lado ou sobre o próprio controle, como no
caso dos teclados.
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melhor exemplo desse tipo de controle, existente no teclado, é o cursor, que
permite deslocar o local da atividade para qualquer ponto da tela.
A posição dos dois pés não pode diferir muito. O uso exagerado dos
pedais deve ser evitado quando o trabalho se realiza em pé, pois tende a
desequilibrar o corpo.
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não pode ter contato direto com o aparelho ou sistema controlado.
• A expectativa do usuário;
• A possibilidade de combinar mostrador com o controle;
• O diálogo entre o usuário e o sistema.
Expectativa do usuário
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Assegure compatibilidade dos movimentos
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A localização do controle deve estar relacionada com o seu objetivo
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computadores e operadores inexperientes ou casuais. A principal vantagem
desse método é o relacionamento direto entre a visão e o toque manual.
Entretanto, há também algumas desvantagens:
Metabolismo
• Térmica
• Química
• Elétrica
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Alimentação Fontes físicas Transformada em energia
+ Fontes biológicas térmica e mecânica para o
respiração Fontes químicas funcionamento do organismo
Metabolismo:
Metabolismo basal
111
Metabolismo energético
Fadiga
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A dor que sentimos nos músculos após um árduo dia de trabalho, ou um
dia na academia ou ainda um dia em que permanecemos muito tempo na
mesma posição é decorrente de micro lesões nas fibras musculares. Por isso,
não sentimos a dor em um ponto específico, mas em toda uma região.
1W = 0,06kJ/min = 0,043kcal/min
• Datilografia
• Montagem de peças pequenas
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• Trabalhos domésticos
• Operação de máquinas leves
• Andar normalmente
• Pedalar por lazer.
Bibliografia
Sartore, Kamilla F. O.
Dul, Jan
Cidade, Paulo
Cidade, Paulo
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