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RESUMO FARMACOTÉCNICA

 Formas Farmacêuticas Obtidas por Dissolução Extrativa

1) Definições
a) Planta Medicinal: Espécie vegetal cultivada ou não, contendo substância(s) com ação farmacológica,
utilizada com propósitos terapêuticos. Pode ser planta fresca, no qual é coletada no momento do uso
(extemporâneo = infuso) ou seca, que é a planta fresca estabilizada por secagem, tornando-se droga
vegetal.
b) Droga Vegetal: Planta vegetal que contém substância(s) com ação terapêutica, coletadas, secas para
estabilização (eliminação de água para evitar crescimento microbiológico e ação enzimática),
apresentando-se na forma íntegra ou rasurada, triturada ou pulverizada.
c) Produtos de Extração: “São soluções e podem ser utilizados na administração dos princípios ativos
vegetais”. São obtidos a partir da planta fresca ou da droga vegetal (seca): tinturas, extratos, decoctos e
infusos.
d) Medicamento: Estado final de apresentação dos princípios ativos farmacêuticos após operações
farmacêuticas com ou sem a adição de excipientes, o que facilita a administração para obtenção do efeito
terapêutico desejado. Medicamento fitoterápico = Manipulado / Industrializado
LÍQUIDAS: gotas, xarope e elixir (oral)
SEMISSÓLIDAS: gel e creme (tópico)
SÓLIDAS: cápsulas, comprimidos, drágeas, comprimidos revestidos (oral)

e) Fitoterapia: Utilização de plantas medicinais in natura (planta fresca), de drogas vegetais (planta seca),
derivados de drogas vegetais (produto de extração) e medicamentos fitoterápicos (manipulado ou
industrializado) para prevenção, controle e tratamento de uma doença.
f) Fitoterápico: Produto obtido de planta medicinal (fresca ou seca) ou derivados, exceto substâncias
isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa.

2) Processo de Transformação da Planta Medicinal em Medicamento Fitoterápico:

Droga  Padronização do Método de Extração  Preparação Intermediária  Medicamento

- Coleta (local, solo, clima, temperatura, altitude, latitude, época do ano (composição química do ativo)
- Seleção das partes da planta (folha, semente, fruto, raiz, flores);
- Secagem (estabilização inativação de enzimas, inibição do crescimento de microrganismos);
- Trituração: aumento da área superficial de extração;
- Escolha do método de extração: maceração, percolação, destilação, infusão, decocção
- Preparação intermediária: extrato (líquido, mole e seco); tintura; alcoolaturas; alcoóleos e alcolatos
- Princípio ativo (Marcador) (alcalóides, flavonóides, glicosídeos, essências, ácidos graxos)
- Atividade farmacológica e Toxicidade em cultura de células ou tecidos isolados; Etapas feitas caso
- Teste in vivo em animais (farmacológica e toxicológica); seja descoberto um
- Testes pré-clínicos e clínicos em humanos (farmacológica e toxicológica); novo princípio ativo
- Medicamento: Líquida (gotas, xarope, elixir); sólidas (comprimidos e cápsulas)

3) Padronização do Método de Extração das Preparações Intermediárias


a) Escolha do Solvente
- Seletivo para o princípio ativo (metabolismo secundário) (evitar extração clorofila, açúcares, proteínas –
metabolismo primário)
- Alta eficiência de extração dos metabólitos secundários;
- Capacidade de conservação (álcool)
- Exemplos: Álcool 96º ou Solução hidroalcoólica 70%
b) Fatores que Influenciam na Extração
1.Divisão da droga (pó, granulado, partes inteiras)
2.Agitação (extração estática ou dinâmica)
3.Temperatura (extração a frio ou a quente)
4.Tensão superficial (droga e o solvente extrator)
5.Natureza do solvente extrator (água, álcool, sol. hidroalcoólica, tampão: pH ácido e básico)
6.Tempo de extração (min, horas ou dias)

c) Métodos de Extração das Preparações Intermediárias


Tipo Temperatura de Extração Tempo
Maceração Temperatura ambiente 24 horas
Infusão Água quente sobre a droga 20 minutos
Digestão 40ºC 24 horas
Decocção Fervura a 100ºC 20-30 minutos
Extração em Soxhlet Solvente Aquecido Até esgotar a droga
Temperatura ambiente em
Percolação Até esgotar a droga
movimento dinâmico
OBS: Produtos de decocção (decoctos) e infusão (infusos): são preparações extemporâneas, ou seja,
preparadas no momento de uso. Exemplos café, chás.

4) Exemplos de Formulações Fitoterápicas


- Tinturas, alcoolaturas, infusos, decoctos, Extratos

a) Tinturas
- Definição: Soluções extrativas alcoólicas ou hidroalcoólicas (70% de álcool) obtidas por maceração ou
percolação a partir de droga vegetal (seca)
- Características: Ricas em PA coloridos (taninos, clorofila, flavonóides, caroteno)
- Vantagens: Alta concentração de PA; excelente conservação devido ao álcool e facilidade de ajuste
posológico da dose (líquidas).
- Usos: direto (gotas diluídas em água) ou indireto (utilizadas para o preparo de xaropes e elixires)
- Preparação: 10 mL de tintura corresponde aos PA contidos em 1 g da droga seca (heroica=alta potência);
10 mL de Tintura corresponde aos PA contidos em 2 g da droga seca (baixa potência) (20%).
- Métodos de extração mais utilizado: Maceração (droga vegetal + solvente / estático) e Percolação (droga
vegetal + solvente / dinâmico).
- Tinturas x Extratos: Extratos são mais concentrados que a tintura. Pode-se preparar tinturas a partir de
extratos, basta diluir 1:5 de extrato e obtém a tintura.

Maceração Percolação
- Utilização: Droga é permeável ao solvente extrator - Extração dinâmica: líquido extrator está em
(folhas, cascas, pós, grânulos); PA é termolábil ou movimento, atravessando a droga em único sentido,
volátil; Evita que substâncias indesejáveis sejam pelo movimento descendente, dissolvendo o PA de
extraídas com o calor. interesse até ficar saturado
- Droga é pulverizada, seca (pó fino);
- Líquido extrator: água, álcool, solução
- Umedecimento do pó: 50% do peso do pó com líquido
hidroalcoólica
extrator;
- Proporção: 20g droga/100mL do solvente - Maceração (6 horas);
- Tempo de extração: 1-10dias - Acondicionamento percolador;
- Temperatura: ambiente (método de extração a - Adição de mais solvente;
frio) - Maceração;
- Percolação: após regular o fluxo do solvente (gotas/
min)
- Exemplos: Tintura de beladona, cantáridas, dedaleira.
- Exemplos de Tintura:
TINTURA DE Achillea millefolium L.
NOMENCLATURA POPULAR Mil-folhas e mil-em-rama.
FÓRMULA
Componentes Quantidade
partes aéreas secas 20 g
álcool 70% p/p q.s.p. 100 mL
PREPARO: Estabilizar o material vegetal submetendo à secagem em estufa a 40 oC por 48 horas e extrair por percolação.
INDICAÇÕES: Antidispéptico e anti-inflamatório
MODO DE USAR: uso interno, tomar 5 mL da tintura diluídos em meio copo de água, três vezes ao dia, entre as refeições
ADVERTÊNCIAS Não usar em gestantes, em lactantes, lactentes, crianças menores de 12 anos, alcoolistas, diabéticos, pacientes
com úlceras gastroduodenais, ou oclusão das vias biliares. Não usar em caso de tratamento com anticoagulantes e anti-
hipertensivos.

TINTURA DE Phyllanthus niruri L.


NOMENCLATURA POPULAR: Quebra-pedra.
FÓRMULA Componentes Quantidade
partes aéreas secas 10 g
álcool 70% p/p q.s.p. 100 mL
PREPARO: Secagem em estufa a 40 oC por 48 horas e extrair por percolação.
INDICAÇÕES: diurético e litíase renal.
MODO DE USAR: Uso interno, acima de 12 anos, tomar 5 mL da tintura diluídos em 75 mL de água, três vezes ao dia.
ADVERTÊNCIAS Não usar em gestantes, lactantes, crianças menores de dois anos, alcoolistas e diabéticos. Doses acima das
recomendadas podem causar efeito purgativo. Não usar por mais de três semanas.

b) Alcoolaturas
- Definição: Soluções extrativas obtidas à frio por maceração da PLANTA VEGETAL FRESCA com etanol a 70%
na proporção de 1:1.
-Preparações líquidas extraídas a frio por MACERAÇÃO da droga fresca com o álcool.
- Drogas frescas não podem sofrer secagem em estufa e estabilização porque perdem a sua atividade.

c) Infusos
- Definição: Soluções extrativas aquosas EXTEMPORÂNEAS obtidas por infusão.
- INFUSÃO: pela adição de água fervente (100º C) sobre a droga vegetal e, subsequente fechamento do
recipiente (abafamento) por tempo determinado.
- Método indicado para partes delicadas das drogas vegetais como folhas, flores, inflorescências e frutos, ou
que contenham substâncias ativas hidrossolúveis e/ou voláteis.
- Infusão é o método de preparo do INFUSO = CHÁ
- Exemplo

Maytenus ilicifolia (Schrad.) Planch.


NOMENCLATURA POPULAR Espinheira-santa.
FÓRMULA
Componentes Quantidade
folhas secas 3g
água q.s.p. 150 mL
Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira
PREPARO: Infusão.
INDICAÇÕES Antidispéptico, antiácido e protetor da mucosa gástrica.
USO: Uso interno. Acima de 12 anos: tomar 150 mL do infuso, logo após o preparo, três vezes ao dia.
ADVERTÊNCIAS Não utilizar em gestantes e lactantes.

d) Decocto
- Definição: Soluções extrativas aquosas EXTEMPORÂNEAS obtidas por decocção.
- DECOCÇÃO é a ebulição da droga vegetal em água potável por tempo determinado = FERVURA.
- Decocção: método indicado para partes de drogas vegetais com consistência rígida, tais como cascas,
raízes, rizomas, caules e sementes.
- Exemplo

Arctium lappa L.
NOMENCLATURA POPULAR: Bardana.
FÓRMULA Componentes Quantidade
raízes secas 2,5 g
água q.s.p. 150 mL
PREPARO: Decocção considerando a proporção indicada na fórmula por 30 minutos.
INDICAÇÕES: Antidispéptico, diurético e antiinflamatório.
MODO DE USAR Uso interno. Acima de 12 anos: tomar 150 mL do decocto, logo após o preparo, duas a três vezes ao dia.
ADVERTÊNCIA: Doses excessivas podem interferir na terapia com hipoglicemiantes. Deve ser evitado o uso durante a gravidez e
lactação.

e) Extratos
- Definição: É a preparação de consistência líquida ou sólida dependendo do teor de água, obtida por
percolação da droga vegetal com etanol, solução hidroalcoólica ou outro solvente adequado.
- Solução obtida após percolação sofre EVAPORAÇÃO do solvente até a formação do respectivo extrato
líquido concentrado.
- 1 mL de extrato líquido corresponde aos PA contidos em 1 g da droga seca.
- Extrato líquido pode ser utilizado para o preparo de tinturas a 20%, soluções, xaropes e elixires.

 Extratos Líquidos
- Soluções (gotas): tinturas à 20%
- Elixir: solução hidroalcoólica açucarada
- Xaropes: solução açucarada ou diet (adoçante artificial)
- Xarope x Elixir: Xarope é feito basicamente de água e açúcar, pode ser preparado, de preferência, a partir
de extratos, pois por ser mais concentrado, precisa de uma dose menor (5gts), comparado à tintura (20 gts).
O elixir é feito de água, açúcar e álcool (co-solvente, ↑ capacidade de dissolver componentes apolares).

 Extratos Secos (teor de água < 5%):


- Obtidos pela evaporação completa ou quase completa do solvente originando um pó.
- USOS: preparo de cápsulas, comprimidos, drágeas e comprimidos revestidos.

Extratos: Métodos de extração mais utilizado: Percolação


- Operações para a produção dos extratos

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Coleta e secagem  Divisão da droga  Extração  Concentração  Controle de Qualidade


(pós secos) (moagem ou trituração) (Percolação) (Testes organolépticos,
(Água, álcool, acetona, éter) físico-químicos e microbiológicos)

1- Coleta e secagem(pós secos): Feito através de estufa de ar quente (secagem em leito fixo/ prateleiras),
leito fluidizado ou secador por micro-ondas
2- Divisão da droga (moagem ou trituração): Feito por Moinhos (bolas, facas, martelos ou pinos)
3- Métodos de extração: Extração dinâmica: solvente extrator está em movimento, atravessando a droga
em único sentido, pelo movimento descendente, dissolvendo o PA de interesse (esgotamento da droga).
PROCESSO DE EXTRAÇÃO PERCOLAÇÃO:
4- Concentração:
-Eliminação do solvente extrator
- Métodos: Estufa de ar quente; rota-vapor; spray-drier (utilizado em escala industrial); liofilização (PA
termolábeis e voláteis)
5- Controle de Qualidade: testes organolépticos, físico-qúimicos e microbiológicos.
 Testes de autenticidade
- Evita falsificação.
- Caracterização organoléptica: cor, odor, sabor.
- Identificação macroscópica e microscópica.

 Testes de pureza e integridade


- Evita adulteração
- Cinzas e cinzas insolúveis em ácido clorídrico,
- Umidade,
- Pesquisa de matérias estranhas (microscopia),
- Metais pesados, de acordo com Farmacopéias ou as recomendações da OMS.
- Teor: CLAE

5) Considerações Gerais
a) Cápsulas Gelatinosas Duras
Definição: FF sólida que consiste da encapsulação de pós (EXTRATO SECO) ou granulados em invólucro
gelatinoso duro. Boldo: usado para problemas hepáticos e da vesícula biliar Extrato seco com 0,25% de
boldina. Alcachofra: usado para estimular a secreção da bile.

b) Comprimidos revestidos: Revestimento: protege os PA e mascara odor e sabor ruim

c) Outras formas farmacêuticas obtidas por dissolução ou extração:


- ALCOÓLEOS: Preparação farmacêutica líquida obtida pela DISSOLUÇÃO da matéria-prima com álcool. Ex.:
Solução alcoólica de iodo (antisséptico) ou Tintura de Iodo.
- ALCOOLATOS: Preparação intermediária alcoólicas obtidas pela extração de PA da droga vegetal por
DESTILAÇÃO SIMPLES. Extração de PA aromáticos e óleos essenciais (laranja, limão, cravo) com álcool.

 PÓS

Definição: Pó é uma forma farmacêutica sólida, finamente dividida e seca que pode ser obtida
mecanicamente (ex: triturada) a partir de um sólido de origem naturais (mineral, vegetal e animal) ou
sintéticas.

1) Usos
a) Administração direta ou intermediário de processo (preparação de outras formas farmacêuticas):
- Sólidas: grânulos, cápsulas e comprimidos.
- Semi-sólidas: pomadas, pastas, supositórios e óvulos.
- Líquidas: soluções e suspensões.
b) Uso externo administração tópica (aplicados na superfície da pele e mucosas)
- Antiséptico: Tênis pé Baruel, Polvilho antisséptico Granado
- Antimicrobiano: Sulfas (sulfadiazina de prata) (feridas e queimaduras), Vodol® (pó) (micoses) – a FF
depende do local: creme para o rosto ou solução hidroalcoólica para as unhas.
- Secante: Talco
- Aftas: Albicon® (solução); Oralbase (semi-sólido) – obs: pasta: creme c/ partículas.

c) Uso interno
Via gastrointestinal (deglutidos após reconstituição com água):
- Antiácidos: Bicarbonato de sódio, Sal de fruta (Eno®), Estomazil® (Tempo de vida maior para comprimidos,
sache tem menor área de superfície, tendo menor tempo de vida)
- Laxante: Cáscara sagrada (fitoterápico)
- Suplemento alimentar: aminoácidos e carboidratos (aumento da massa muscular)
- Pós para inalação: administração pulmonar (dispositivos que permitem a inalação de partículas do fármaco,
partículas < 2m alcançam alvéolos). Em momentos de crise asmática, usa-se bombinha (líquido- gotículas
 gás propelente), para uso crônicos, utiliza-se pós secos (dispositivos sem gás propelente- inspiração de
partículas)
- Insulina inalável: diabetes

2) Liberação Pulmonar
Rota: faringe, laringe, traqueia, bronquíolos, alvéolos.
Alvéolos: mucosa fina (única camada), úmida, ricamente vascularizada (permite respiração).

 Administração pulmonar
a) Tratamento de doenças das vias aéreas (ação tópica ou local)
- Exemplos: Asma brônquica, Fibrose pulmonar
- Vantagens: rapidez de início de ação; redução de doses (redução de efeitos sistêmicos, redução de custos);
resolução de problemas de absorção oral; redução do efeito de 1ª passagem (metabolismo hepático que
reduz biodisponibilidade).

b) Via alternativa à administração de fármacos (ação sistêmica)


- Grande área de superfície, mucosa fina, rica vascularização, umidade abundante que permite a dissolução
do fármaco.
- Exemplos: Insulina e hormônio de crescimento (problemas de biodisponibilidade oral).

c) Formas farmacêuticas:
- Pós secos: dispositivos sem gás propelente (inspiração de gotículas). => Uso crônico
- Gotículas líquidas: dispositivos com gás propelente – bombinhas de asma => Crise asmática

Inaladores de pós secos sem gás propelente (partícula < 2 μm)


- Dispositivos mais simples e barato
- O fármaco é inalado sob a forma de nuvem de partículas sólidas aerotransportáveis
- Vantagem: Sem gás propulsor, apenas inclui um excipiente geralmente lactose (melhor escoamento e
dissolução); acionados pela inspiração; sem problemas de coordenação motora (acionar o dispositivo e
inspirar); permitem doses superiores (cápsulas contendo pó para inalação)
- Exemplos: Fluir (fumarato de formoterol), Seretide (Salmeterol e Fluticasona)
- Desvantagens: Dependem da capacidade do doente para inalar (variável, doses não homogêneas);
aumento do fluxo de ar turbulento pode levar a deposição por impacto das vias aéreas superiores (absorção
deficiente); Exposição do pó seco ao ar úmido pode reduzir estabilidade.

Inaladores de pós secos com gás propelente


- Insulina Inalável (Exubera, Pfiser): diabetes
- Dispositivo misto
- Gás para dispersão das partículas e inspiração
- Retirado do mercado
- Alegação da empresa: caro (R$100,00), dobro do preço do tratamento e sem vantagens.
- Novas pesquisas: Insulina Inalável para diabéticos (Insulina complexada com zinco (Zn); Hexameros liberam
monômeros para dissolução; Início de ação mais rápida e efeito prolongado)

Inaladores gotículas
- Broncodilatadores para asma (bombinhas)
- Usado para crises de asma
- Gotículas líquidas: dispositivos com gás propelente
- Ex: Albuterol  Proventil  Agonista beta-adrenérgico
Brometo de ipratrópio  Atrovent  Agente anticolinérgico
Sulfato de terbutalina  Azmacort  corticóide

Nebulizadores
- Sistema de ultrassom capaz de dispersar a solução do fármaco na forma de gotículas no ar que são
aspiradas.
- Gotículas < 2 m podem alcançar os pulmões, provocando broncodilatação.

 Absorção pulmonar
- Deposição das partículas nas vias aéreas.
- Eficácia dos aerossóis: dispersões líquidas-ar ou sólidas/ar.
- Depende da capacidade das partículas alcançarem os alvéolos: tamanho < 2 μm para exclusiva deposição
alveolar.
- Mecanismos de deposição das partículas: Sedimentação gravitacional; Impacto (partículas > 2 μm):
depositam por impactação na traquéia e brônquios; Difusão Browniana: da região mais para a menos
concentrada em partículas.
- Padrão de inspiração: regular, irregular, paciente doente/ pode gerar doses não homogêneas
- Compostos hidrofóbicos: absorção dependente de coeficiente de partilha o/a
- Compostos hidrofílicos: absorção dependente de dimensão molecular; forma não ionizada mais permeável.
- Influência da formulação: absorção mais rápida em soluções ou pós de sais aquosos e mais lentas em
suspensões, pós ou sais menos solúveis.
- Clearance das partículas inaladas do fármaco: Deposição nas vias aéreasciliadas (eliminação em 24 horas e
passagem do muco com as partículas para o TGI) e partículas insolúveis que penetrem até aos alvéolos
(remoção mais lenta devido a profundidade).

3) Vantagens dos pós


- Mais estáveis do que as preparações líquidas (não tem água, portanto não tem meio reacional)
- Excelente conservação devido ao baixo teor de água (inibe crescimento de m-oos)
- Menor irritação gástrica devido à rápida dissolução (comprimidos podem ser irritantes)
- Facilidade de administração tópica (pele e mucosas) ou oral (deglutição após reconstituição)
- Baixo custo (fabricação simples e embalagem barata)

4) Desvantagens
- Pós: grande área superficial de exposição
- Hidrólise (AAS); Higroscopia, Sublimação (iodo, cânfora, mentol)
- Oxidação (hidroquinona), Fotólise (Vit A, E e D) e Intensificação de sabor e odor desagradável.

5) Classificação
De acordo com:
a) Composição: pó simples ou compostos (mistura de pós)
b) Tamanho:

6) Redução do tamanho das partículas


A escolha do método vai depender:
a) Grau de divisão desejado: micro ou nanopartículas
b) Produção pretendida: pequena escala (farmácia de manipulação) ou grande escala (indústria)
c) Características físico-químicas do fármaco: estrutura cristalina ou amorfa
 Pó Simples
Redução do tamanho das partículas:
a) Farmácias de Manipulação (pequena escala)
1- Trituração: moagem do material em gral de porcelana e pistilo, a superfície áspera do recipiente
contribui para a quebra das partículas (compressão).
2- Levigação: Pó + líquido no qual é insolúvel, trituração para formação uma pasta e incorporação na base
(pomada); Líquido levigante: glicerina, propilenoglicol, óleo mineral (hidrofílicos).
3- Intervenção: (fármacos com estrutura cristalina): Pó + solvente volátil originando uma solução,
trituração até evaporação do solvente e recristalização (o fármaco tem que ser solúvel no solvente, que
deve ser volátil). Exemplos: cânfora e álcool; peróxido benzoíla e acetona.

b) Indústria Farmacêutica (grande escala)


1- Moinho de: facas, de martelos, de rolos e de bolas
2- Spray Dryer: solução do fármaco é aspergida dentro de uma câmara de secagem sob uma corrente de
ar quente e seco que evapora o solvente das gotículas, formando partículas. Ex: sabão em pó, leite em
pó e Nescafé
3- Micronizadores: jato de ar arremessa as partículas contra um anteparo, quebrando -as. Ex: Sulfadiazina
de prata micronizada.

7) Mistura de Pós
a) Pós Compostos: mistura de pós simples previamente pulverizados (tem densidades diferentes, tendendo a segregação)
- Sequência lógica de operações: trituração, tamisação, pesagem e mistura dos pós.
- No processo de mistura, os pós devem ser semelhantes quanto ao tamanho, forma e densidade das
partículas para evitar segregação (separação das partículas em camadas diferentes).
- Problemas de segregação são resolvidos pela granulação.
- Almeja-se: Mistura de pós homogêneo e de fluxo livre (tem que cair na matriz a mesma quantidade de pó),
ou seja, se tiver problema de fluxo, tem que alterar o peso médio, mas se o problema for na homogeneidade,
tem que alterar o teor (ideal 90-110). Quando não se consegue obter uma mistura homogênea dos pós, tem
que usar granulado (melhor propriedade de fluxo livre). Mistura-se os pós geralmente para obter cápsulas.

b) Mistura de pós de fármacos potentes (progressão geométrica= mesma quantidade de pó)


Pega-se primeiro o de menor quantidade, no caso 0,5g, do fármaco
A, depois, essa mesma quantidade do fármaco B (0,5g), pegando
no total 1g. Depois adiciona o restante do fármaco B (1g), e prepara
as 2 gramas de formulação.

c) Incompatibilidades das misturas de pós:


Mistura Eutética
- Componentes com ponto de fusão diferentes, quando junta, se liquefazem, consequentemente o ponto de
fusão diminui
- Exemplos: Cânfora e mentol (incompatibilidade que pode ser + ou -)
- Correção: adsorventes com pontos de fusão elevados como carbonato de magnésio e caulim.

Misturas Coradas
- Sais de Prata (Ag) + NaCl (cor escura)

Misturas Explosivas: trituração de substância oxidante com redutora


- Agentes oxidantes fortes: Bromo, Iodo, Nitrato de Prata e Permanganato de Potássio.
- Agentes redutores fortes: Taninos, Tiossulfatos, Açúcar e Hipofosfitos
8) Características dos Pós

a) Tamanho das Partículas


1- Velocidade de dissolução do fármaco e consequentemente na absorção. O processo de dissolução
pode ser entendido pela Equação de Noyes-Whitney:

Partículas muito grandes demoram para dissolver, comprometendo a


absorção e a biodisponibilidade => alterar a velocidade de dissolução.
Quanto ↓ tamanho da partícula - ↑ Velocidade de dissolução

2- Uniformidade da mistura de pós: partículas de tamanho diferente tendem a segregação. Densidades


diferentes também tendem a segregação, pois as menores descem, e as maiores partículas sobem.
3- Penetração partículas no sistema respiratório (partículas < 2 m alcançam alvéolo).
4- Aspereza e Irritabilidade de pomadas e preparações oftálmicas ( ↑ tamanho das partículas, ↑ aspereza
e a irritabilidade).

b) Coesão e Fluxo
- Quando as partículas têm muita afinidade uma com as outras: ↑Força de Coesão ↓Fluxo
- Forças de atração entre partículas são fortes os pós apresentam fluxo ruim.
- Forças são fracas os pós tem fluxo bom e regular.
- Propriedade de fluxo interfere no enchimento de cápsulas e compactação de comprimidos.
- Pós com bom fluxo produzem cápsulas e comprimidos com peso uniforme (O fluxo interfere no peso médio
das partículas)

c) Avaliação das propriedades de fluxo dos pós


- Ângulo de repouso () – Coloca o material num funil, o pó vai tender a fazer uma pilha cônica, mede-se o
ângulo da base.
Pós com < 30º: bom fluxo
Pós com > 40º: fluxo ruim (necessitam de agentes deslizantes (Dióxido de silício 0,2%) – Reduzem a força
.....de coesão, se não funcionar, tem que granular)

9) Alterações Causadas pela Redução de Tamanho

a) Físicas
- Sabor e odor (aumentados devido ao aumento da área). ↓Partícula ↑área ↑sabor
- Cor (aumento do brilho).
- Velocidade de dissolução (aumentada) (equação Noyes- Whitney): descrita acima
- Volume aparente (pode aumentar ou diminuir)- inverso da densidade:
Determinação do volume aparente:
Pós leves: ↓densidade e ↑ volume aparente (mais ar adsorvido, partículas maiores).
Pós pesados: ↑densidade e ↓volume aparente.
Obs: A trituração altera a densidade, pois alterando o tamanho, altera o volume: ↓Vaparente ↑densidade.
Determina-se o Vap a partir de uma proveta de 10mL, coloca nela 1 g de material e bate sobre uma superfície
para compactar as partículas.

- Higroscopia: aumentada devido ao aumento da área superficial (↓Partícula ↑Área superficial


↑Higroscopia – mt úmido, agarra na superfície)
Evita-se: Controle da umidade do ar (30-45%), granulação do pó e revestimento dos grânulos, adição de
adsorventes (MgO, SiO2 coloidal). Exemplos de fármacos higroscópicos: acetato de potássio, cloreto de
sódio, iodeto de sódio, sulfato de efedrina, cloreto de cálcio, brometo de cálcio, citrato de potássio e
carbômeros (Carbopol).
- Eflorescência (liberação da água de hidratação): evita-se pelo uso da forma anidra. São exemplos de
fármacos problemáticos: ácido cítrico, cafeína, codeína, fosfato de sódio, sulfato de atropina, sulfato de
cobre e sulfato ferroso.

b) Químicas
-Na trituração há produção de calor que pode provocar: hidrólise. Por exemplo do AAS

10) Acondicionamento para Dispensação


a) Pós a granel: Pó ou mistura de pós em grande quantidade acondicionados em recipientes de boca larga
para facilitar a saída do pó. Ex: antiácidos (sal de frutas Eno®), suplementos alimentares.
b) Pós divididos: Pós acondicionados em pequenas embalagens para 1 dose (sachês). Ex.: pós efervescentes
(antiácidos)
c) Pós em polvilhador múltipla dose: Recipientes com tampa que facilita a aplicação do pó na pele. Ex.:
antissépticos, antimicrobianos, desodorizantes.

11) Grânulos

a) Grânulos
- Características: tamanho de 0,2 a 4mm; possuem fluxo livre melhor; podem ser revestidas; não gera
segregação.
- Medicamento: administração de fármacos.
- Intermediários de processo (comprimidos ou cápsulas).

b) Vantagens:
Melhor estabilidade que os pós (menor área).
Melhor fluidez e compressibilidade do que os pós (comprimidos com melhor qualidade).
Possibilidade de revestimento (vantagens: mascara sabor e odor desagradável, proteção com melhor ;
; estabilidade).

c) Processos de granulação:
 Via úmida:
1-Mistura dos pós
2-Adição da SOLUÇÃO DO AGLUTINANTE na mistura de pós: formação de uma massa úmida e coesas
(Exemplos: álcool, xarope, solução aquosa de gelatina, de amido, de PVP); Massa úmida é granulada em
tamis para formação dos grânulos úmidos; Secagem (40-45 ˚C); Calibração do tamanho dos grânulos em
Tamiz.

d) Granulação em escala industrial:


- Leito fluidizado: permite efetuar mistura dos pós, granulação e secagem no mesmo equipamento com
economia de custo, espaço e tempo, entretanto, o investimento inicial é elevado.
- Spray-drying: permite obter grânulos a partir de solução fármaco, melhorando as propriedades de
compactação.

e) Grânulos efervescentes:
Fármaco + Excipientes + Bicarbonato de sódio (base) + Ácido cítrico (ácido)
- Efervescência: Base e ácido reagem liberando gás (CO2), que produz efervescência que mascara sabor
desagradável de fármacos. Os grânulos efervescentes têm rápida dissolução do fármaco que irá ser
absorvido no trato gastrintestinal (a liberação de CO2 favorece a dissolução do fármaco).
 COMPRIMIDOS
Definição: Formas farmacêuticas sólidas obtidas por compactação ou compressão de pós ou grânulados
utilizando matriz e punções (da matriz ou molde). Podem variar de acordo com: tamanho, forma, espessura,
coloração (identificação), dureza, desintegração e liberação (imediata, retardada, repetida, sustentada)
1) Classificação
a) Tipo
1- Liberação imediata
Deglutição com água e desintegração no estômago, para liberação das partículas do fármaco que sofrem
dissolução nos fluídos do TGI e posterior absorção no intestino. Tem início de ação rápido. Ex.: Aspirina, ASS,
Anador.

2- Dispresíveis
O comprimido é colocado num copo com água sofrendo desintegração e posteriormente a solução
formada é deglutida. Indicação: problemas de dores estomacais e gastrite. Crianças e idosos que tem
dificuldade de deglutir cp. Ex.: Biofenac dispersível, Cataflam D.

3- Mastigáveis
Administrados na cavidade bucal sendo a desintegração rápida devido ao ato da mastigação. Indicação:
crianças e idosos com dificuldade de deglutição. Morde-se ou chupa-se para desintegrar, tem que ter sabor
agradável. Ex.: Polivitamínicos e Vernífugos (desintegração e dissolução bucal e ação intestinal ou sistêmica)
e antiácidos (desintegração bucal e ação estomacal).

4- Bucal ou Pastilhas
O comprimido sofre desintegração lenta, o fármaco é liberado lentamente para ação na cavidade bucal.
Parece um cristal, é obtida por fusão e solidificação em molde. Indicação: administração local (tópica). Ex.:
nistatina para tratamento de candidíase bucal; anestésicos e antibióticos para amidalites.

5- Sublingual
O comprimido é colocado na mucosa abaixo da língua e sofre desintegração imediata para a liberação do
fármaco. A mucosa sublingual é muito úmida, fina e ricamente vascularizada. Indicação para ação cardíaca:
após absorção o fármaco vai direto para o coração. Ex.: nitroglicerina para tratamento da angina.

6- Intravaginal
Administração de fármacos na mucosa vaginal. Ex.: Naxogin® (nistatina, nimizarol, cloranfenicol).

7- Efervescentes
Apresentam um sistema ácido-base (ácido cítrico- bicarbonato) que ao contato com água produz gás
(CO2) que facilita a desintegração do comprimido e a dissolução do fármaco (início de ação mais rápido). Ex.:
Paracetamol, Aspirina efervescente, Antiácidos (Sonrisal®).

8- Comprimidos obtidos por múltipla compressão


Permite veiculação de fármacos incompatíveis em compartimento diferentes. Melhora a aceitação do
produto (estratégia de Marketing). Existem dois tipos de sistemas: Sistema com múltiplas camadas e sistema
reservatório.

9- Revestidos
Obtidos por compressão, depois recebem uma camada de revestimento externo a base de açúcar
(drágea- açúcar e água), polímero (comprimidos peliculados), gelatina (gelcap). Razões para o revestimento:
proteção do fármaco (luz, calor, unidade), mascarar gosto e odor desagradável). Possui maior tempo de
desintegração, comparado à drágea e à líquidos. Ex.: Neosaldina®.

b) Liberação: Imediata, retardada, repetida, sustentada e controlada

2) Vantagens
- Formas farmacêuticas sólidas sendo mais estáveis que as líquidas,
- Excelente conservação (baixo teor de unidade inibe crescimento microbiano)
- Fáceis de serem produzidos em larga escala o que torna o produto barato,
- Doses precisas quando bem produzidos,
- Possibilidade de revestimento para proteção do fármaco, liberação modificada (retardada ou repetida),
- Facilidade de transporte (comprimidos têm dimensões pequenas),
- Administração simples, conveniente, segura (pode ser feita pelo paciente).
- Desvantagem: fármacos pouco solúveis apresentam baixa absorção; desintegração pode causar problemas
de irritação gástrica.

3) Produção de Comprimidos
Obtidos por compactação ou compressão de pós e grânulos utilizando matriz e punções
- Fluidez: escoamento livre do alimentador para a matriz da máquina de compressão (pode ser melhorada
pela adição de DESLIZANTES);
- Compressibilidade: pós ou grânulos devem formar uma unidade compacta após compressão (pode ser
melhorada pela adição de AGLUTINANTES seco ou úmido), não devem desfarelar e sim ficar friável.
O equipamento que determina a densidade bruta do pó é o volumetro de compressão.
𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑡𝑖𝑑𝑎
Fator de House= 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑡𝑖𝑑𝑎 Fator: 1,25
Índice de compressibilidade: Tem que ser menor que 15% para pós compressíveis.

- Grânulos: têm melhor fluidez e compressibilidade do que pós e por isso são utilizados na obtenção de
comprimidos.

4) Métodos de Preparação

a) Granulação Via Úmida (grânulos)


Granulação transforma a mistura de pós em grânulos, melhorando a fluidez e a compressibilidade.
Usado para materiais que não sofrem hidrólise.
Operações da granulação via úmida:
1- Mistura (Fármaco, Diluente, Desintegrante)
2- Molhagem dos pós (Solução do aglutinante) e Granulação (Tamis)
3- Secagem do granulado (Estufa)
4- Tamisação (Ajuste da granulometria)
5- Mistura (LubrificanteE, Deslizante e Desintegrante)
6- Compressão (máquinas excêntricas e rotativas): matriz e punções
Equipamentos utilizados: Misturador, granulador e estufa
Equipamentos sofisticados:
- Leito Fluidizado: mistura dos pós, granulação e secagem é efetuada no mesmo equipamento com economia de
custo, espaço e tempo.
- Máquina de Compressão: as matrizes tem formas e volumes diferentes.

Excipientes para comprimidos:


1- Diluentes: Fornecem volume a formulação, permitindo ajuste do peso do comprimido (concentração
variável). Ex.: lactose, sacarose (solúveis) amido, celulose microcristalina, fosfato de cálcio (pouco
solúveis)

2- Desintegrantes: Promovem a desintegração dos comprimidos (uso de 2-10 %). Eles absorvem água
(intumescem), expandem volume e rompem o comprimido. São exemplos: amido, glicolato de amido
sódico, celulose, carboximetilcelulose sódica, polivinilpirrolidona, polivinilpirrolidona de cadeia cruzada
(Crospovidona®).
Além disso, eles podem ser adicionados na mistura de pés para o preparo do granulado (desintegrante
intragranular) e no granulado pronto antes da compressão (desintegrante extragranulares).
Comprimido (Desintegra)  Granulado (Desagrega)  Partícula

3- Aglutinantes: Melhoram as propriedades de coesão entres as partículas possibilitando a formação de


grânulos (concentração de 2-10%). Exemplos: soluções de amido (10-20%), amido pré-gelatinizado,
glicose (20-25%), sacarose, gelatina, carboximetilcelulose, metilcelulose, polivinilpirrolidona. Molhagem:
adição da solução do aglutinante no pó e formação de uma massa úmida e coesa/ granulado. Cuidado:
Excesso de líquido formam grânulos duros (ruim). Falta de líquido forma de grânulos friáveis
(desprendem pós ‘finos’).

4- Lubrificantes: Reduzem o atrito entre a superfície do comprimido e a matriz metálica da matriz e das
punções facilitando a ejeção do comprimido (Concentração de 0,1-1%). Exemplos: ácido esteárico,
estearato de magnésio, parafina líquida. Cuidado a superfície dos comprimidos podem ficar coberta com
lubrificantes que são hidrofóbicos (evitar o excesso) retardando a desintegração. Tensoativos.

5- Deslizantes: Melhoram as propriedades de fluxo dos pós ou grânulos do alimentador para a matriz da
máquina de compressão (concentração de 0,1-1%). Exemplo: Óxido de sílica coloidal (Aerosil®).
OBS: O lubrificante é gorduroso, e o deslizante tem efeito secante sobre o pó.

Compressão: Punções e Matriz:


- O granulado flui do alimentador para o orifício da matriz,
- Punção superior desce e comprime o granulado formado o comprimido,
- Punção superior retrai-se,
- Punção inferior eleva-se e ejeta o comprimido iniciando um novo ciclo.

Tipos de máquinas de compressão:


- Excêntrica: Uma matriz/um par de punções; velocidade de compressão de 150-200 cp/min; produção em
pequena escala e desenvolvimento e escala piloto.
- Rotativa: Várias matrizes e conjunto de punções; velocidade de compressão 10000 cp/min; produção em
grande escala e produção de 600 mil comprimidos por hora.

b) Granulação Via Seca (grânulos)


A granulação é efetuada pela adição do aglutinante seco como Celulose microcristalina e Crospovidona®
1- Mistura de pós (fármaco, diluente, desintegrante, aglutinante seco (celulose microcristalina e
crospovidona), lubrificante e deslizante);
2- Compactação em comprimidos grandes (briquetes);
3- Fragmentação em moinhos formando grânulos;
4- Tamisação (serve para ajuste da granulação);
5- Mistura (lubrificantes);
6- Compactação a comprimidos (2 etapas).
Método utilizado para evitar a exposição de fármacos hidrolisáveis e termolábeis a umidade e calor (ácido
acetilsalisílico: mantém estabilidade).
c) Compressão Direta (mistura de pós)
Poucos fármacos são candidatos (aceitável fluidez e compressibilidade: KCl). Mais usados para materiais
caros, tendo que justificar o uso. Não tem a etapa de granulação, só mistura e compacta, por isso, o produto
final é mais caro.
Compressão direta exige excipientes especiais:
- Diluente: Lactose Spray-Drying, Celulose microcristalina, Maltose cristalina e Fosfato de cálcio.
- Desintegrantes: amido para compressão direta, carboximetilamido.
- Deslizante: Aerosil®
- Vantagens: Menor número de processos (mistura e compressão) tornando a produção mais rápida e barata.

5) Problemas do Processo de Compressão


a) Laminação ou “Binding”
Ranhuras, rugosidades e deformações. As possíveis causas são adição insuficiente de lubrificante (atrito
na compressão causa a ranhura no comprimido), por umidade excessiva, matrizes e punções sujos. Soluções
possíveis: aumento do lubrificante, aumento do tempo de secagem, limpeza e ajuste da matriz e das
punções.

b) Capeamento ou “Capping”
Comprimidos quebrados e lascados. As possíveis causas são força de compressão excessiva, ar adsorvido,
falta de aglutinante (estrutura frágil do comprimido), secagem exagerada do granulado, matriz e punções
sujos. Soluções possíveis incluem o ajuste da força de compressão, a deaeração do material, o aumento do
aglutinante e a limpeza do sistema da matriz e das punções.

6) Avaliação de Comprimidos
Avalia-se a espessura pelo diâmetro da matriz, esse parâmetro é controlado pela força de compressão. A
uniformidade de peso é feita pela determinação do peso médio de n=20 comprimidos (média e desvio
padrão), dessa maneira, para o peso do comprimido menor que 80 mg, admite-se uma porcentagem de
desvio padrão de 10 %, de 80-250 mg, 7,5 % de desvio padrão e maior que 250 mg, 5% de desvio padrão.
dureza é avaliada pela resistência a ruptura radial usando o equipamento durômetro, os comprimidos muito
duros apresentam dificuldade de desintegração produzindo alteração na liberação do fármaco. Além disso,
a dure também é interferida pela força de compressão, quantidade de aglutinante e a natureza do
excipiente. Também se avalia a friabilidade através do equipamento friabilômetro, os comprimidos friáveis
desprendem partículas da sua superfície perdendo peso constantemente (constante erosão mecânica).
Permite-se perdas de peso até 1%, a friabilidade então está relacionada com a força de compressão e com
a quantidade de aglutinante.
Na uniformidade de dose coleta-se um n=10 comprimidos e analisa o teor do fármaco (individualmente),
respeitando a média e o desvio padrão. A quantificação é feita em HPLC, Espectrofotômetro e Fluorímetro.
A uniformidade de dose é interferida por misturas não-homogêneas. A desintegração é avaliada pelo
equipamento desintegrador, que promove agitação meio aquoso em uma temperatura de 37°C, onde há a
simulação do movimento do T.G.I., onde a desintegração deve ocorrer em 15 min (se não desintegrar terá
alta dureza), aqueles que tem revestimento gastro-resistentes não podem desintegrar em menos de 30
minutos.
A dissolução mede a proporção do fármaco dissolvido em tempo estabelecido sob condições
padronizadas. São tidos como parâmetros importantes a temperatura, o meio de dissolução, o aparato de
agitação (pá, cesto) e a velocidade de agitação. É utilizado o equipamento dissolutor para simular essa
desintegração e a dissolução do comprimido no estômago. .; Pá (comprimido afunda) ou cesta (comp. boia).

7) Acondicionamento
Feita em frascos de vidro âmbar (boca larga) hermeticamente fechados com tampa ou blister.

 COMPRIMIDOS REVESTIDOS
Definição: REVESTIMENTO é aplicação de um material na superfície do comprimido com o objetivo de
agregar valores e conferir propriedades especiais.

1) Vantagens
- Proteção do fármaco contra agressões do meio ambiente (oxidação, hidrólise, fotólise) melhorando a estabilidade
química e aumentando o seu prazo de validade;
- Mascara sabor e odor desagradável;
- Facilita deglutição (superfície lisa sem arestas);
- Melhoria do aspecto visual (cor, brilho);
- Facilidade de identificação (diferenciação pela coloração);
- Possibilidade de revestimento funcional para liberação modificada (gastroresistência);
- Proteção do núcleo do comprimido contra atrito e queda (aumento da resistência);
- Proteção contra contaminação cruzada do comprimido para o paciente (finasterida para gestantes, droga potente
capaz de permear a pele e causar problemas ao feto);

2) Desvantagens
- O custo do processo é alto, considerando: Aquisição de equipamentos; obedecer a protocolos de segurança
estipulados pela ANVISA; contratação de Técnicos Farmacêuticos especializados. Comprimido revestido (agrega
valores) é mais caro do que a forma não revestida.

3) Tipos de revestimento
a) Revestimento com Açúcar (Drageamento)
- Processo clássico. Envolve o rolamento da drágea pela drageadeira, processo facilitado pela panela giratória
que possui um eixo de inclinação de 40º, há os ciclos de aspersão (bico atomizador) do material revestidor
e secagem (turbina de ar) com ar quente e seco. Tem que haver a secagem completa para evitar aderências
entre as drágeas.
- No processo de drageamento, com revestimento a base de açúcar, o revestimento é impermeabilizante
(solução alcoólica de cera- camada fina) e com xarope espesso (açúcar, gelatina e água); há a adição de
açúcar (espessamento da parede), de xarope (alisamento), xarope corado (açúcar+ corante+água) e de cera
para polimento e talco para brilho.
- Características do processo: Demorado, com múltiplos estágios e alteração da forma e peso do comprimido.
- Características ideais das drágeas: borda arrendondada, superfície lisa e regular, cor uniforme e brilho
intenso.
- Defeitos: Rachadura do revestimento por secagem deficiente ou alisamento insuficiente (superfície
parecida com casca de laranja).
b) Revestimento com Película
- Revestimento fino, feito através de leito fluidizado
- Tipos de revestimento peliculado: a base de água ou de solvente orgânico
- Vantagens: Processo rápido com economia de tempo, custo, material e mão-de-obra; alteração discreta do
tamanho, forma e peso dos comprimidos; dispensa impermeabilização; ótima durabilidade e resistência a rupturas; e
excelente aparência.
- Equipamentos utilizados: Drageadeira ou leito fluidizado (automatizado)

 Revestimento peliculado com solvente orgânico:


- Polímero revestidor: Acetoftalato de celulose
- Material hidrossolúvel: Polietilenoglicol (confere hidrofilia ao revestimento)
- Plastificante: óleo de rícino (confere elasticidade e resistência)
- Tensoativo (facilita a espalhabilidade do revestimento na superfície do núcleo)
- Opacificante e Corantes (melhoria do aspecto visual)
- Brilho: Ceras de abelha ou Carnaúba
- Edulcorantes, flavorizantes e Essências (confere sabor).
- Solvente volátil: misturas de acetona e etanol (secagem rápida do revestimento)
- Equipamento utilizado: Leito fluidizado
- Desvantagem: alto custo sistemas de recuperação do solvente; liberação agentes tóxicos e poluição do
ambiente e potencial risco de explosão. Devido as desvantagens, o uso do líquido revestidor não-aquoso
está em desuso. Expansão do uso de revestimento utilizando polímero dispersivel em água.

 Revestimento peliculado com água


- Polímero (HEMC ou MC)
- Plastificante: confere resistência e elasticidade ao filme (Propilenoglicol ou PEG)
- Corantes e Opacificantes
- Solvente (água)
- Vantagens: água é atóxica, baixo custo, não explosiva.
- Desvantagem: evaporação da água é lenta sendo que o processo é mais demorado do que o anterior;
aderência dos comprimidos devido a secagem ineficiente; desprendimento de fragmentos de película;
aspereza de superfície (casca de laranja) causada pela não coalescência das gotículas; deformação do núcleo
do comprimido devido a água.

Principais diferenças entre DRAGEAMENTO e REVESTIMENTO PELICULADO


Características Drageamento Revestimento Peliculado
Aparência Forma arrendondada Manuntenção da forma original
Peso Aumento de 30-50% Aumento de apenas 2-3%
Tamanho Alterado Alteração quase imperceptível
Logotipo e Sulcos Não viável Viável
Processo
Etapas Multiestágio Apenas 1 estágio
Tempo >8 (demorado) No máximo 2 horas (rápido)

c) Revestimento por compressão


- Definição: o núcleo do comprimido é revestido com pó ou granulado por compressão direta.
- Usos: Revestimento de comprimidos com fármacos hidrolisáveis (sensíveis a umidade, água) ou
termolábeis (sensíveis a temperaturas altas, secagem com ar quente).
d) Revestimento Gastro-Resistentes: são absorvidos no intestino (pH ~ 6,5), tem que ser resistente ao pH
ácido do estômago (suco gástrico).

 CÁPSULAS
Definição: Forma Farmacêutica sólida destinada a encapsulação de fármacos sólidos, semi-sólidos e líquidos
em invólucro gelatinoso puro. São destinadas ao encapsulamento de líquidos (não aquosos) ou pós. São
administradas pela via oral. O invólucro é hidrossolúvel e rompe para liberação do fármaco.

1) Classificação
a) Tipo: Cápsulas de gelatina Dura ou Mole; (dura mais para pós e mole mais para líquidos, que não
dissolvam a gelatina)
b) Natureza do material a ser encapsulado: sólidos (pós, granulados ou comprimidos), semi-sólidos (pastas)
e líquidos (suspensões e soluções oleosas);
c) Tamanho: cápsulas, microcápsulas ou nanocápsulas (nanotecnologia)
d) Liberação: imediata ou modificada (retardada, repetida ou prolongada)

2) Vantagens e Desvantagens
- Forma farmacêutica com excelente estabilidade e conservação
- Possibilidade de ajuste de dose quanto a peso e idade,
- Mascara sabor e odor desagradável de fármacos,
- Melhor proteção do fármaco contra oxidações, fotólise e hidrólise,
- Facilidade de administração e conveniência para o paciente.
- Desvantagem: Idosos e Crianças têm dificuldade de engolir preparações sólidas.

3) Cápsulas de Gelatina Dura


- Invólucro gelatinoso duro e hidrossolúvel; forma ovóide; coradas, opacas ou transparentes; são utilizadas
na encapsulação de pós, grânulos, suspensões ou soluções oleosas.
- Gelatina NF: obtida da hidrólise parcial do colágeno de pele e ossos de animais. Sem açúcar, para uso
terapêutico; é comercializada na forma de pó, flocos ou folhas.
- Fórmula: Gelatina (polímero formador da parede), água (fase dispersante), açúcar (umectante, sabor
agradável), opacificante (TiO2- impede a passagem de luz), corantes (facilita identificação).
- Componentes: Corpo (diâmetro menor), que é a parte que recebe a formulação e tampa (diâmetro maior),
que lacra a cápsula evitando extravasamento.
- Produção industrial: Moldes são imersos na dispersão de gelatina quente; espessura da parede depende
do tempo de imersão; remoção do molde e secagem do material com ar; corte do corpo e da tampa no
tamanho desejado. União: CORPO + TAMPA = CÁPSULA.
- Fechamento da cápsula: Há 3 tipos: corpo + tampa (mais utilizado); ou corpo + tampa + selante.

- Enchimento das Cápsulas (operações):


a) Seleção dos Excipientes
Se o fármaco ocupar menos que 90% do volume da cápsula devemos adicionar diluente. Sempre se deve
preencher a cápsula de acordo com a massa e o volume aparente. Os tipos de excipientes são:
 Diluentes: Aumentam o volume da formulação até uma quantidade manipulável, possibilitando
enchimento correto da cápsula (concentração variável). Os diluentes podem ser solúveis (lactose,
manitol, solbitol) ou insolúveis (amido, celulose microcristalina, fosfato de cálcio).

 Desintegrantes: promovem a desintegração da massa de pó, facilitando a dissolução do fármaco


(concentração 2-10%). Polímeros absorvem água, expandem volume desintegrando a massa de pó.
Exemplos: amido, glicolato de amido sódico, celulose, carboximetilcelulose, polivinilpirrolidona de cadeia
cruzada (Crospovidona®).

 Lubrificantes: reduzem atrito entre pós ou grânulos e as superfícies metálicas (concentração 0,1-1%).
Exemplos: ácido esteárico e estearato de magnésio.

 Deslizantes: reduzem atrito entre as partículas e melhoram as propriedades de fluxo dos pós e grânulos
facilitando o enchimento das cápsulas. (Concentração de 0,1-1%) Exemplo: Óxido de sílica coloidal.
Melhora o desvio padrão do peso médio das cápsulas (melhor fluxo – capsulas om melhor qualidade).

 Aglutinantes: são excipientes que melhoram as propriedades de adesão entre as partículas do pó


possibilitando a formação de grânulos. Exemplos: solução glicose, sacarose, amido, gelatina,
polivinilpirrolidona, carboximatilcelulose. GRÂNULOS que têm melhores propriedades de fluxo do que
os pós.

b) Redução do Tamanho das Partículas (Trituração)


O “tamanho de partículas semelhantes garante mistura de pós uniforme”. É feito por trituração com gral
e pistilo (farmácia) ou através de moinhos de bolas (indústria), martelos, pinos ou facas.

c) Tamização (ajuste da granulometria): “Uniformização do tamanho das partículas evita segregação dos
pós”.

d) Pesagem e Mistura dos Componentes: Feito com gral e pistilo (farmácia) ou com misturador em V
(indústria).

e) Encapsulação ou Enchimento: Em farmácia magistral pode ser feita em placas encapsuladoras. O


tamanho das cápsulas varia com o volume de enchimento
TAMANHO VOLUME DE ENCHIMENTO (mL)
5 0,13
4 0,20
3 0,28
2 0,37
1 0,48
0 0,67
00 0,95
000 1,36
Operações para enchimento manual: Na Indústria Farmacêutica:
1- Cápsulas são abertas manualmente;
2- Corpo é colocado nos orifícios da placa e a tampa é reservada, -São usadas máquinas de enchimento de
cápsulas com Pós ou Grânulos;
3- Pó é distribuído sobre a superfície com o auxílio de uma espátula,
4- Cápsulas são fechadas com a tampa, retiradas da placa e limpas. - Grânulos: têm melhor propriedade de
5- Acondicionar em potes plástico com rótulo. fluxo do que os pós e são mais fáceis de
6- Controle de qualidade das cápsulas (peso médio e desvio padrão, encapsular.
n=10 cápsulas)
- Produção: 200. 000 cápsulas por hora.
7- Determinação da uniformidade de conteúdo (Espectrofotômetro)

4) Cápsulas de Gelatina Mole


- Cápsula constituída de invólucro gelatinoso flexível e hidrossolúvel; forma elíptica ou esférica; pode ser
colorida ou transparente; são utilizadas na encapsulação de suspensões ou soluções oleosas, com limitação
de soluções ou suspensões aquosas que rompem a parede.
OBS: Não se usa açúcar em cápsula mole, e sim glicerina ou sorbitol.

a) Tipos
- Cápsulas para administração oral: após deglutida a parede sofre dissolução, rompe e libera o fármaco,
- Cápsulas mastigáveis: parede aromatizada com sabor agradável, liberação imediata na boca
- Cápsulas de dissolução bucal: liberação lenta do fármaco na boca,
- Cápsulas com lacre descartável (Twist-off softgels): administração de medicamento via oral (uso
pediátrico). Quebra o lacre e administra o conteúdo.

b) Vantagens: Grande capacidade industrial; atraentes e facilmente deglutidas; excelente estabilidade (fármaco
protegido pela matriz e cápsula) e melhor biodisponibilidade para alguns fármacos.

c) Produção (operações): Primeira etapa destinada a preparação das fitas de gelatina mole, a segunda a
injeção da formulação entre as fitas, a terceira inclui o corte e lacre, e a quarta e última etapa é a de
ejeção, lavagem e secagem da cápsula.

5) Comparações
a) Capsulas de gelatina Mole x Soluções: “Praticidade e conveniência com a mesma efetividade terapêutica”
b) Capsulas de gelatina Mole x Dura x Comprimidos

- Dose de cinarizina 500 mg para


as 3 formulações (teste em cães)

- Problemas circulatórios

- Cápsulas de gelatina mole


com matriz lipofílica é capaz
de melhorar a
biodiponibilidade de fármacos
hidrofóbicos (cinarizina).
6) Enchimento de Cápsulas com Péllets
- Vantagens: Estabilidade, formato esférico (bom fluxo); distribuição de tamanho estreita; liberação
modificada (entérica e sustentada).
- Estrutura do sistema: Matricial ou Revestido
- Exemplos: Pelletes revestidos com material gastro-resistente para liberação entérica (Omeprazol,
Itraconazol, Tacrolimus)

 INCOMPATIBILIDADES FARMACÊUTICAS

Definição: São alterações degradativas de uma preparação farmacêutica, que podem ser provocadas por
interação entre dois ou mais componentes. Podem prejudicar a atividade, impedir a dosificação exata do
medicamento e influir no aspecto da formulação (estética).
Fatores que aceleram: Concentração dos componentes incompatíveis, temperature, pH, constante dielétrica
do solvente.
Ocorrência: Entre princípios ativos, os adjuvantes (excipientes); princípio ativo e excipiente; contaminantes
(p.a. ou exc.); ou até mesmo embalagem.
Classificações:
Quanto as manifestações:
a) Visual: Mudança de cor / Mudança de aspecto / Desprendimento de gases / na dosificação
b) Larvárias: Alterações não reconhecidas visualmente. Só observadas pelos ensaios de controle de
qualidade.

 Quanto ao tipo: Incompatibilidades físicas, químicas ou terapêutica (farmacológicas):

1) Físicas: Manifestam-se apenas por modificações no estado dos corpos entre si e quando
associados.

a) Liquefação: substâncias misturadas entre si, se liquefazem. Ex: antipirina e cloral / cânfora e mentol /
cânfora e naftol / cânfora e timol / cânfora e resorcina / fenol e acetanilide. - (misturas eutéticas).
b) Volatização: subst. com baixa pressão de vapor e de baixo ponto de ebulição. Ex: Licor de Hoffmann.
c) Decantação: líquidos com polaridades diferentes tendem a se separarem. Ex: óleo e água.
d) Precipitação: Por diferença de polaridade como tinturas de plantas resinosas precipitam ou turvam em
veículo aquoso. Ex: tintura de benjoim e bálsamo de Tolú.
e) Viscosidade e consistência:
- Influência dos álcoois: Etanol com CMC-Na, MC, dextrina: diminui a viscosidade em altas concentrações e
aumenta em médias concentrações; Ác. Glicólico em creme lanete (conc. > 5%): diminui a viscosidade; Uréia
em cremes: diminui a viscosidade.

- Influência do pH: Goma arábica (aniônica) em pH ácido: diminui a viscosidade; Carbopol® (gel) pH ácido:
diminui a viscosidade.

- Influência dos eletrólitos: destroem a rede coloidal provocando a queda da viscosidade dos
hidrocoloides. Sais em altas concentrações: diminuem a viscosidade com precipitação de subst.
macromolecular. Ex: Sol. de álcool polivinílico com metais: queda da viscosidade com precipitação; Sais de
alumínio e citrato de sódio diminuem a viscosidade da solução de MC; K, NH4 com MC: queda da
viscosidade; Al, Fe, Cr, Ag, Hg, Zn, Pb: queda da viscosidade ou precipitação em pequenas concentrações.
f) Influência de tensoativos catiônicos: Cloreto de cetilpiridíneo: queda da viscosidade com precipitação de
CMC-Na, Ágar, Pectina, bentonita, alginato, etc. Conservantes fenólicos com os tensoativos não iônicos
(larvária): Parabenos são inativados por complexação com Tweens.
g) Perturbação ou destruição do estado disperso das emulsões: Formações de sais ou presença de álcoois:
quebra. Ex: Emulsionante aniônico com p. a. catiônico / Usar extratos e não tinturas.
h) Polimorfismo (mudanças na forma dos cristais): Modificações de propriedades físicas: solubilidade,
densidade, aumento e diminuição do PF, etc. Ex: Sulfatiazol metaestável: PF = 200°C, sol. = 63,4 mg;
Sulfatiazol estável: PF = 175°C, sol. = 36 mg; Cloranfenicol amorfo: absorção oral; Cloranfenicol cristalino:
sem absorção oral.

2) Químicas
- Formas que se manifestam em turvação ou precipitação ou sob a forma larvária.
- A associação de subst. quimicamente incompatíveis pode causar acidentes (ex: explosões, vapores tóxicos),
formar produtos tóxicos ou acarretar a inativação total ou parcial da atividade farmacológica.
- As incompatibilidades químicas podem levar a:

a) Formação de compostos pouco solúveis


- Sais Alcalóides: Ex.: Fosfato de codeína + KI ou KBr: precipitação; Cloridrato de procaína + KI ou KBr:
precipitação.
- Em presença de conservantes (com perda de atividade do conservante): Ex.: Sais de nitrato, iodeto,
salicilato + alcônio: precipitação; Sol. KI, brometos + fenilmercúrio: turvação; KI + tiomersal: turvação.
- Com tensoativos aniônicos (LSS): forma precipitado com subst. catiônicas. Ex: Cloridrato de efedrina,
fosfato de codeína, cloridrato de procaína, cloridrato de tetracaína e com íons Ca, Ba e metais pesados.

b) Formação de complexos
- Moléculas do ativo interagem reversivelmente com excipiente formando complexos, com propriedade
físico-química diferente da subst. origem.
- Ocorre com íons multivalentes: Ca, Mg, Fe, Al. Ex: Tetraciclina + íons multivalentes: inativação; Penicilina +
PEG: inativação

c) Reação de Adição
- Após aquecimento a altas temperaturas de formas sólidas. Ex: Grupos aldeídicos da glicose + aminas 1a e
2a (aminoácidos, fluoxetina): produtos cor marrom.

d) Reações de esterificação
- Detectados analiticamente após certo tempo de armazenamento (veloc. reação lenta). Ex: Prednisolona
(base) + AAS: acetato de prednisolona; Cloridrato de procaína + glicose: Flicosídeo de procaína (sem
atividade anestésica).
e) Interação com Antioxidante:
-bOrigina produtos finais sulfonados de baixa atividade fisiológica. Ex: Bissulfito + Fenol, tetracaína, procaína,
adrenalina.

f) Reação de oxidação
- São prejudiciais e causam problemas de estabilidade ao medicamento; Envolve a perda de elétrons de um
átomo ou de uma molécula.
- Fármacos suscetíveis à oxidação: Catecolaminas (Ex: epinefrina); Substâncias fenólicas (ex: fenilefrina,
morfina); Fenotiazínicos (ex: clorpromazina, prometazina); Esteróides; Oleofinas (alcenos): compostos
alifáticos com duplas ligações; Substâncias com grupo sulfidrila (R-SH) (ex: captopril); Anfotericina B,
nitrofurantoína, tetraciclina, furosemida, ergotamina, sulfacetamida e outros.
- Fatores que afetam a velocidade de oxidação: Presença de oxigênio; Luz; Presença de íons de metais
pesados; Temperatura; pH (frequentemente o alcalino); Presença de outras substâncias que podem atuar
como agentes oxidantes; Ex: Óxido de cromo + etanol; Ác. Salicílico, enxofre, vitamina C: incompatíveis com
ferro.
- Estratégias para proteger as substâncias ou formulações: Uso de gás inerte de nitrogênio; Uso de
embalagens menores e completamente cheias; Embalagens fotorresistentes, como frasco de vidro âmbar;
Uso de agentes sequestrantes (ex: EDTA).
Adição de antioxidants; Sist. Oleosos: BHT, BHA, acetato de tocoferol (vit. E), palmitato de ascorbila; Sist.
Aquosos: ác. ascórbico (vit. C), bissulfito de sódio, metabissulfito de sódio, tissulfato de sódio => Controlar
temperatura de armazenamento; Produto sensível deve ser estocado sob refrigeração; Monitoramento do
pH no final da manipulação e efetuar os ajustes, se necessário.
Adição em separado das substâncias que são facilmente oxidadas das facilmente reduzidas. (Ex:
Cianocobalamina tem compatibilidade limitada com vit. C (24h), tiamina e niacinamida).

g) Reações de hidrólise
- Interação do fármaco com a água, decompondo-o. Ex: AAS + água: Hidrólise e formação de acético.
- Fármacos suscetíveis à hidrólise: Ésteres (ex: anestésicos locais, AAS, alcalóides da beladona, subst. com
anéis lactonas); Amidas com anel do tipo lactâmico (ex: penicilina); Imidas (ex: barbituratos); Tioésteres.
- Fatores que afetam a velocidade de hidrólise: Presença de água no veículo, excipiente ou fármaco; pH;
Presença de ácidos e bases usados como tampões (citratos, acetatos, fosfatos); Concentração da droga;
Temperatura; Presença de outros componentes catalizadores da hidrólise (ex: dextrose).
- Estratégias para manipulação: Uso de recipientes hermeticamente fechados e de dessecantes; Checar o
pH de todas as soluções que serão combinadas e do produto final, ajustando o pH, se necessário; Verificar
possíveis efeitos negativos de ácidos e bases em geral sobre os fármacos. Se estes fatores acelerarem a
hidrólise, evitar o uso de tampões; Armazenar produtos sensíveis sob refrigeração.

3) Farmacológicas
ERROS MÉDICOS:
- Nas prescrições: erros de escrita
- Nas unidades: g por mg e mL por L
- Fármaco incorreto: nomes similares dificulta decifrar receitas. (ex: alfadem, supr. mineral x alfalim, vit. A);
- Fármacos contra-indicados: checar com o médico (ex: fármacos que neutralizam outros, provocam alergia
ou potencializam efeito);
- Nas decimais (localização das vírgulas);
- Overdose: excesso de p.a.;
- Underdosagem: dosagem baixa;
- Combinações aditivas e combinações sinérgicas: desejável se houver redução no efeito colateral ou
aumento de atividade. (ex: neomicina + eritromicina – maior espectro de ação)
- Combinações antagônicas: checar com o médico se é intensional ou se é engano. (ex: cafeína, excitante +
cloral, deprime).

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