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Índice
Resistência à ação do imperador
A Revolta de Nika
Administração de Justiniano
Os assuntos religiosos
Reconstituição territorial do império
O corpus juris civilis
Obstáculos à política de Justiniano
Morte
Ver também
Referências
Uma ilustração do livro de um anjo mostra
Bibliografia um modelo de Hagia Sophia para
Justiniano em uma visão.
Ligações externas
Emperador
Veneração por Igreja Católica[1]
Igreja Ortodoxa
Resistência à ação do imperador
Principal Igreja dos Santos
A intransigência com que Justiniano se aplicou na templo Apóstolos
perseguição de seus objetivos provocou uma série de Portal dos Santos
rebeliões no império. A mais violenta delas, a revolta (ou
sedição) de Nika, ocorreu em 532, em Constantinopla.
A Revolta de Nika
Logo no início de seu reinado (532), Justiniano teve de enfrentar uma grave revolta, a Revolta de Nika.
Teodora, mulher pequena, mas bem proporcionada, de rosto pálido, iluminado por dois grandes olhos
negros, dominou Justiniano e o ajudou a sufocar a revolta. O que causou esta revolta foi o
descontentamento com os altos impostos e a miséria.[13]
Em Bizâncio, existiam organizações esportivas rivais, que defendiam suas cores no hipódromo. Eram os
Verdes, os Azuis, os Brancos e os Vermelhos. Esses grupos haviam se transformado em partidos
políticos. Os Azuis reuniam representantes dos grandes proprietários rurais e da ortodoxia religiosa. Já os
Verdes tinham, em suas fileiras, altos funcionários nativos das províncias orientais, comerciantes,
artesãos e adeptos da doutrina monofisista.
Até então, os imperadores tinham tentado enfraquecer um grupo, apoiando o outro. Justiniano recusou
essa solução, o que provocou a união dos Verdes e Azuis, que se rebelaram. Aos gritos de Nika (vitória),
os rebeldes massacraram a guarda real e dominaram quase toda a cidade, proclamando um novo
imperador. Justiniano pensou em fugir, mas foi demovido por Teodora.
Justiniano ficou e encarregou o general Belisário de cercar o hipódromo e aniquilar os revoltosos. Foi
uma verdadeira carnificina, pois 35 mil pessoas foram massacradas. Esmagada a oposição, Justiniano
pôde, a partir de então, reinar como um autocrata.
Administração de Justiniano
Para garantir a centralização administrativa, Justiniano
combateu o poder local dos grandes proprietários de terra e
estabeleceu leis sólidas e eficazes, cujo cumprimento era
rigorosamente fiscalizado pela burocracia, que contava com
os militares.
Pode-se resumir a política de Justiniano em dois objetivos, duas ideias. Como imperador romano, trazer
prosperidade ao reino e como imperador cristão, impor sua organização à igreja. Durante seu reinado ele
foi responsável por abrir todo o império com fortificações, para exigir menos de seus soldados. Além de
restaurar ou construir grande quantidade de obras pelas províncias, formando naturalmente uma enorme
linha de defesa que protegia todos os pontos estratégicos. A chamada “ciência do governo dos bárbaros”,
hábil diplomacia feita por Justiniano, completava seu estratégico fortalecimento defensivo. Apesar de sua
politica externa de reconquista do ocidente, os territórios reconquistados estavam em um estado
econômico miserável o que gerou fragilidade ao império. Justiniano logo se vê enfraquecido devido aos
persas que avançavam em direção ao mediterrâneo. Foi necessário um pesado tributo para renovar o
acordo de paz e conte-los temporariamente. Além das periódicas invasões dos hunos e eslavos, que
mesmo sendo rechaçados enfraqueciam o reino aos poucos.[15]
Justiniano também se destacou como construtor: fortificações em torno de todas as fronteiras, estradas,
pontes, templos e edifícios públicos foram algumas de suas obras.[16]
A revolta de 532, Nika (em grego “vitória”), mostrou a Justiniano a necessidade de uma reforma. A
reforma administrativa está contida principalmente nos dois decretos de 535, que se resume ao conjunto
de medidas para melhorar o império, através da eliminação de postos inúteis, supressão da venalidade
dos cargos, aumento do vencimento, criação de alguns agente especiais ou “justinianos”, que reuniam
poderes militares e civis. Tais medidas visavam aumentar a dependência dos funcionários para com o
imperador. Em outra medida, ele buscou impedir os abusos dos grandes proprietários de bens de raiz, que
acreditava serem seus piores inimigos. Como resultado, ele teve de infringir suas próprias leis. Devido à
necessidade constante de dinheiro com as enormes despesas com a guerra, Justiniano aumentou taxas,
criou impostos, vendeu cargos, alterou a moeda, dando exemplo de mau administrador.[13]
Internamente, os maiores problemas enfrentados pelo império foram os senhores locais e as heresias.
Estas quebravam a unidade da Igreja de Constantinopla e, em geral, surgiam em províncias do império,
adquirindo, assim, um caráter de luta autonomista diante do poder central.[14]
Os assuntos religiosos
Justiniano tinha grande interesse pelas questões teológicas.
. “Faltava apenas unificar a crença, transformar a Igreja em
um instrumento homogêneo de domínio”.[14] Seu objetivo
maior era unir o Oriente com o Ocidente por meio da
religião. Seu programa político pode ser sintetizado numa
breve fórmula: "Um Estado, uma Lei, uma Igreja".
Justiniano procurou solidificar o monofisismo (doutrina
elaborada por Eutiques, segundo a qual só havia uma
natureza, a divina, em Cristo). Essa doutrina tornou-se forte
na Síria (patriarca de Antioquia) e no Egito (patriarca de
Alexandria), que tinham aspirações emancipacionistas. Os
O imperador Justiniano - Mosaico na
seguidores dessa heresia tinham na imperatriz Teodora uma
Basílica de São Vital em Ravena.
partidária. Esta tentou conciliar ortodoxos e heréticos, com
relativo êxito. Autoritário, Justiniano combateu e perseguiu
judeus, pagãos e heréticos, ao mesmo tempo que interveio em todos os negócios da Igreja, a fim de
mantê-la como sustentáculo do Império e sob seu controle. A Academia de Platão, último baluarte do
paganismo, foi fechada. As catedrais dos Santos Apóstolos e de Santa Sofia foram construídas durante
seu governo, para evidenciar o poder imperial.[14]
Em 529, Justiniano fechou a Academia de Platão, Em 540 d.C. também considerou extinto o Talmude
nas sinagogas. Em 550, eliminou o reduto dos mistérios egípcios na Ilha de Filac.
Com a ocupação de um amplo setor do sul da Espanha pelas tropas imperiais, em 554, o Mediterrâneo
voltou a ficar sob o controle dos romanos - desta vez, porém, do Império do Oriente. O império alcançou
sua máxima extensão. A necessidade de fortalecer as fronteiras orientais contra os persas, no entanto,
levou Justiniano a abandonar a empreitada iniciada na Europa. Alguns historiadores acusam Teodora de
ter instigado o marido a fazer conquistas para o lado oriental, o que irritou os persas e levou Justiniano a
abandonar a frente ocidental.
O instituto jurídico romano é de grande importância até os dias de hoje, por causa da influência que ele
tem no Direito ocidental e oriental, refletindo em códigos brasileiros até hoje, como o civil, nas relações
de sucessão e usucapião, principalmente. Por este motivo, é importante ter em mente o quanto Justiniano
fez pelo direito mundial, ao implicar esse código a todo o território Imperial, que seguia seus decretos e
pagava os impostos que estavam prescritos no código.
O sucesso, parcial, no ocidente, resultou em consideráveis conquistas: a África Ocidental, três quartos da
Espanha e a parte superior da Itália. Entretanto todas essas regiões estavam em decadência econômica e
as forças militares do império não davam conta de manter a proteção de toda a área. Com isso,
permaneciam constantes as ameaças bárbaras.[14]
Devido a não consolidação das empreitadas ocidentais, os recursos investidos neste projeto resultaram
em um enfraquecimento sentido nos redutos orientais das terras justinianas. Por volta de 540, os Persas
abriram passagem pelo mediterrâneo e devastaram a Síria. O custo inicial dessa trégua se deu por meio
de mil libras anuais, chegando a um tratado de paz (por cinquenta anos) em 562. Por este acordo:
Justiniano se comprometeu em, além de pagar um pesado tributo, não fazer qualquer propaganda cristã
em território persa. Outros dois povos também cooperavam para o enfraquecimento do império; os
Hunos e os Eslavos. Apesar de sempre rechaçados pelos generais bizantinos, estes germânicos tomavam
a aparecer e gerar mais prejuízos ao império.[15]
O descomunal esforço de reforma econômica e institucional despendido por Justiniano esbarrou numa
infinidade de obstáculos. A desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres se aprofundou, tornando-se
um problema constante para o soberano. No campo das agressões externas, uma das ameaças
permanentes para o império foi representada por um ataque dos persas, que, reunificados sob a dinastia
Sassânida, não escondiam a ambição de ocupar a Armênia, a Mesopotâmia e a Síria.[20] Em duas
ocasiões Justiniano se viu obrigado a comprar a paz de seus vizinhos, o que lhe obrigou a dispor de
imensas quantidades de ouro.[13]
Somados a estes percalços, no oriente e no ocidente, um outro fator tomava problemática a coesão da
força militar de Bizâncio: seu exército era formado por aproximadamente 150.000 homens, integrados
por mercenários (ávidos e indisciplinados) e bárbaros confederados. Ou seja, uma imensa variedade de
interesses distintos em uma mesma unidade - o que levou o imperador a investir pesado em
fortificações.[13]
Morte
O autoritarismo e os altos impostos fizeram com que a população respirasse aliviada com a notícia da
morte de Justiniano (Constantinopla, 565). Foi sepultado ao lado de sua amada imperatriz Teodora na
Igreja dos Santos Apóstolos (igreja onde repousavam as relíquias dos apóstolos, imperatrizes e
imperadores bizantinos, patriarcas da Igreja Ortodoxa Grega) em Constantinopla.
Ver também
Precedido por Imperador bizantino Sucedido por
Justino I 527 — 565 Justino II
Referências
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justinian-i/>
Flavius Anicius Iustinianus), são dípticos
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Ligações externas
The Roman Law Library (http://web.upmf-grenoble.fr/Haiti/Cours/Ak) (em inglês) (Yves
Lassard, Alexandr Koptev).
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