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Resenha
V (capítulo três), o desenvolvimento da em preto e branco e em qualidade um
imagem nas ânforas, por volta de 480 tanto quanto questionável, reduzida.
AC (capítulo quatro) e as figuras de Falha que talvez não deva ser atribuída
Dioniso no imaginário ateniense entre à autora, mas à editora, que poderia
480 e 430 AC (capítulo cinco). ter tido maior cuidado na impressão de
O capítulo seis é temático e aborda estudos iconográficos.
as representações dos rituais dionisía- Quanto aos numerosos vasos que
cos menos ou pouco conhecidos, e o não foram reproduzidos, a autora se
capítulo sete é dedicado a compreen- desculpa desde o início, ainda no prefá-
der uma nova concepção de Dioniso a cio, informando que a ausência ocorreu
partir da construção do Parthenon. Este em função dos valores descomedidos e
“novo” Dioniso, transformado, é tam- reivindicados por alguns museus pelos
bém objeto de estudo do capítulo oito, direitos de reprodução, o que, infeliz-
que se debruça sobre essa mudança na mente, é uma perda para os estudiosos
iconografia do deus a partir do ponto do tema.
de vista da pintura dos vasos. As citações de fontes e dos documen-
No capítulo nove, a autora retrata tos apresentados suscitam confiança
as imagens do período que sucede a à análise realizada, porém algumas
430 AEC, sem se olvidar das fontes sentenças e ideias se repetem ao longo
literárias, do teatro, da escultura e da dos capítulos, de forma que talvez fosse
“famosa” cratera de Derveni, sugerindo interessante reduzir a quantidade de
reflexões e interpretações nem sempre seções, a fim de que o texto se torne
bem recepcionadas pela comunidade ainda mais fluido e objetivo. A obra,
acadêmica, mas, de qualquer forma, acessível, porém extensa, é inovadora
frutíferas para o debate. em sua proposta e de grande valia aos
O capítulo de encerramento se pro- estudos iconográficos, mas não só. É
põe como um resumo da análise das fundamental para aqueles que dese-
imagens, momento em que a autora jam compreender melhor o contexto
conclui que a iconografia do período dos antigos cultos e práticas religiosas
clássico confirma o que já havia sido atenienses e, em especial, recomenda-
revelado no período arcaico: que Dio- da para os que se debruçam sobre as
niso é muito mais que o deus do vinho, representações dionisíacas, objeto de
da embriaguez, do drama e do êxtase: investigação comum aos estudiosos da
seus campos de ação cobrem tanto o Antiguidade, mas difícil, porque distante
mundo natural, selvagem, desmedido, e esquivo.
denso e cruel, quanto o da polis bem
ordenada, em um relacionamento às ve- Milena Tarzia
zes de embate, às vezes de harmonia. 4 milenatarzia@uol.com.br
Doutoranda em História Antiga, Unesp
O livro termina com uma lista de
referências deveras sucinta e dois índi-
ces, um museográfico e um temático,
além das listas de correspondência,
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