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Guia da Disciplina
2017
1. O MARKETING NA VIDA DAS PESSOAS I
Objetivos
Compreender o conceito de marketing holístico na área de Gestão
Mercadológica. Entender o conceito do composto de marketing. Identificar os
elementos de marketing no cotidiano das pessoas.
O marketing está com você ao longo de todo o seu dia, desde a hora que você
acorda até a hora que você vai dormir. Você sabia disso? Certamente, pode ser que
você não tenha se atentado a isso. Vamos pensar em alguns produtos que você tem
contato a partir do momento em que acorda: lençol, travesseiro, escova e pasta de
dente, sabonete, shampoo, desodorante, roupas, calçados, etc.
Se você parou para pensar em algum produto e realmente identificou que foi
comprado por uma das razões mencionadas no parágrafo anterior, pode ter a certeza
de que você foi alvo de uma estratégia de marketing. Segundo Kotler (2013, p.3), “ a
administração de marketing é a arte e a ciência de selecionar mercados-alvo e captar,
manter e fidelizar clientes por meio da criação, entrega e comunicação de um valor
superior para o cliente”.
Gestão Mercadológica
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A visão holística inclui entender corretamente cada um dos mercados potenciais
e que se tornarão alvos das estratégias de Marketing. Vamos começar pelo famoso
composto de marketing ou mix de marketing (KOTLER, 2013). São os conhecidos 4Ps
– produto/serviço – preço – promoção (comunicação) e ponto de venda ou praça
(distribuição).
De acordo com Calder e Tybout (2014), a razão para segmentar está no fato de
que os consumidores não possuem preferências homogêneas. Ou seja, os
consumidores possuem características distintas e que levam a tomar decisões de
consumo de maneira também diferenciada. Em função disso, segmentar, ou melhor,
dividir o mercado em grupos diferentes, procurando aproximar as características,
permite uma maior assertividade das estratégias.
Gestão Mercadológica
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Cada uma das bases utilizadas para a segmentação do mercado é composta por
variáveis associadas aos consumidores. As principais bases de segmentação
utilizadas pelos profissionais de marketing são a base demográfica, base geográfica
e a psicográfica (KOTLER, 2013).
Em função disso, o marketing pode ser visto como uma concepção de troca,
como uma filosofia empresarial e um processo gerencial. De acordo com Urban (2013,
p.9), o profissional de gestão mercadológica tem como trabalho desenvolver trocas
que atendam os objetivos e desejos dos consumidores e também da sua empresa, no
presente e no futuro. Para isso, o profissional de gestão deve ter competências que
encontrem respostas para cada realidade do mercado e da vida dos consumidores.
Gestão Mercadológica
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A terceira visão que podemos ter em relação ao marketing é a visão dele como
um processo gerencial. Essa visão é lógica, uma vez que no processo de marketing
são englobados três blocos: análise do contexto de marketing, gestão estratégica de
marketing, e a gestão do composto de marketing. São esses três blocos que vão
direcionar a prática profissional. (URBAN, 2013).
Nunca podemos deixar de lembrar que o foco de atuação da empresa deve ser
o cliente, ou seja, o consumidor é a razão da estruturação de todos os processos de
marketing que têm, em última análise, a função de gerar os resultados esperados para
os acionistas.
Gestão Mercadológica
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CALDER, B.J.; TYBOUT, A.M. Marketing. São Paulo: Saraiva, 2014.
KOTLER, P.; KELLER, K.L. Administração de Marketing. 14ª ed. São Paulo: Pearson,
2013.
URDAN, F.T; URDAN, A.T. Gestão do Composto de Marketing. 2ª ed. São Paulo: Atlas,
2013.
Gestão Mercadológica
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2. SEGMENTAÇÃO DE MERCADO E SUA IMPORTÂNCIA NA
GESTÃO MERCADOLÓGICA
Objetivos
- compreender o processo de segmentação de mercado
- compreender a identificação de mercado alvo
- compreender como a segmentação de mercado tem um papel estratégico
Vamos aproveitar para deixar muito claro que já iniciamos uma abordagem de
segmentação. É... você já percebeu? Falamos de ‘perfis das pessoas’. Segmentação
é, essencialmente, isso: perfil. Quando queremos iniciar qualquer projeto de
segmentação, o primeiro conceito que surge é o de determinação dos perfis das
pessoas que compõem determinado mercado. Para não perdermos a oportunidade,
devemos considerar que, como estamos tratando de perfil, devemos também
entender que podemos falar de ‘perfis de empresas’. Como assim?!?!? É claro, pois,
os produtos são consumidos pelas pessoas (pelos animaizinhos também, como
vimos), e são, também, adquiridos para as empresas. Elas, as empresas, também
compram produtos (bens e serviços) para poder manter sua produção. Compram
matérias-primas e produtos acabados. E cada empresa pertence a um determinado
Setor (metalúrgico, saúde, educacional, alimentício, papeleiro etc.), que por sua vez,
tem certas características próprias.
Gestão Mercadológica
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Percebem? Quando queremos falar de segmentação, queremos identificar
certos compradores que têm algumas características que nos permitam agrupá-
los, formando um ou mais conjuntos. Internamente, cada conjunto apresenta as
características que lhe atribuem certa homogeneidade entre seus componentes.
Por outro lado, cada conjunto de compradores, é heterogêneo com relação a outro
conjunto de compradores. Esse é o conceito elementar da segmentação, válido tanto
para mercados consumidores (pessoas), quanto para mercados corporativos
(empresas). É importante entender que, se por um lado existem características que
permitem agrupamento de compradores para certos produtos, quando falamos de
outros produtos, podemos esperar que esses compradores estejam fazendo parte de
outros grupos distintos.
Entenda melhor
Se estivermos num estádio de futebol e perguntarmos: Quem gosta de
sashimi? Uma parte dos presentes levantarão as mãos. Então, para o produto
‘sashimi’, identificamos alguns consumidores.
Você concorda que poderíamos até afirmar que, alguns daqueles que
anteriormente levantaram as mãos dizendo que gostam de sashimi, também,
poderiam dizer que gostam de macarronada? É por isso, que afirmamos que, às
vezes, para certos grupos de consumidores, quando tratamos de produtos
específicos, devemos esperar que haja esse cruzamento de compradores: às vezes
eles estão num grupo, e às vezes, estão num outro. Se quiséssemos saber, naquele
mesmo estádio: Quem torce para o São Paulo Futebol Clube? Certamente iríamos
encontrar pessoas nos dois grupos (apreciadores de sashimi e de macarronada).
Você não concorda? Ah, não... isso é porque você não deve ser são paulino. Mas é
compreensível, afinal, as preferências são individuais.
Gestão Mercadológica
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Por que segmentar?
Como havíamos dito inicialmente, os mercados evoluíram muito. Se antes as
empresas podiam produzir de tudo, sem muita qualidade inclusive, que tudo seria
vendido, alguns fatores vieram pressionar e exigir mudanças. Três deles foram
fundamentais: aumento da renda da população, consumidores mais exigentes e
aumento da concorrência.
Agora pense: as pessoas tendo mais renda, compram mais. Se têm dinheiro
para comprar, procuram fazer escolhas buscando algo sempre melhor. Daí as
empresas não podem mais, disponibilizar qualquer produto. É preciso ter diferenciais
cada vez mais específicos para atender aos novos padrões de consumo.
Acho que você está entendendo, não é? As empresas agora devem saber (na
verdade sempre deveriam) mais claramente, o que seus compradores querem. Como
querem. Onde querem. Como nem todos torcem para o São Paulo, quero dizer, como
nem todos têm gostos iguais, opiniões iguais, então as empresas precisam identificar
em todos os mercados, onde estão seus compradores. Às vezes eles estão bastante
dispersos e há dificuldade em considerar a possibilidade de encontrar um grupo tão
grande a ponto de representar um mercado atrativo, formado por pessoas (ou
empresas) com características homogêneas. Isto porque, para ser atrativo, o grupo
precisa representar um conjunto de compradores, tal que, possam resultar em
demanda e retornos.
Agora, às vezes, o grupo que têm o perfil desejado é muito pequeno e ainda
assim, ser um mercado atrativo. Como assim?!?!
Gestão Mercadológica
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pagar muito por eles, e ainda consumi-los. Como é que as empresas que produzem,
e vendem, tais produtos encontram seus compradores? Se elas não souberem fazer
isso, não sobreviverão. É preciso saber onde estão os compradores, e disponibilizar
os produtos o mais convenientemente próximos a eles. A concorrência é acirrada.
Mas as empresas precisam saber as características de seus consumidores, onde eles
estão, como consomem, qual seu poder aquisitivo (devem poder comprar tais
produtos), e claro, entender que as mudanças de comportamento acontecem cada
vez com maior frequência. Quando pensamos em produtos de alta tecnologia, esse
fato é marcante. Embora hoje tenhamos uma base de consumo imensa de telefones
celulares, por exemplo, há aparelhos muito sofisticados, e, portanto, somente alguns
consumidores os adquirem. Mas há compradores para eles.
Vocês já perceberam, então, que no mundo todo, com tanta gente formando os
vários mercados, existe uma variedade imensa de consumidores e, eles podem ser
agrupados formando mercados para os diversos produtos. Como também, há
empresas que pertencem a Setores diferentes, e que formam também, certos grupos
que permitem ser identificados por suas características. Se você estiver considerando
a necessidade de segmentar um mercado – e cada vez mais essa é uma questão
estratégica vital para qualquer organização – pense primeiramente, se seu mercado
é de consumidores finais, ou de organizações (corporativo). A partir daí, procure
identificar seus elementos (unidades) e agrupá-los, segundo seus perfis. Então, faz-
se necessário, dimensionar esse grupo (ou esses grupos), para estabelecer seu
potencial de consumo (ou de compra).
Gestão Mercadológica
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Quais são os critérios para segmentação?
Vamos falar, principalmente, da segmentação de produtos de consumo
(embora a tabela abaixo inclua critérios do mercado corporativo). Como são voltados
para as pessoas, devemos entender os parâmetros essenciais para classificar
(agrupar) essas pessoas. Após essa identificação, podemos compreender como
direcionar melhor os esforços para oferecer a esses consumidores, nossos produtos,
de maneira a torná-los mais próximos, visíveis e perceptíveis que a concorrência. Veja
a Tabela 1, a seguir.
Tabela 1 - Segmentação
MODALIDADES CRITÉRIOS
Extensão do mercado, potencial, concentração
Geográfica geográfica, transporte e acesso, polarização, bairros e
ruas, tráfego, centros de compra
Idade, sexo, domicílio, família, ciclo de vida (jovem,
Demográfica
adulto, idoso)
Classe de renda, instrução, ocupação, status,
Socioeconômica
migração, mobilidade social
Frequência de compra, local de compra, lealdade a
Padrões de consumo
marcas, heavy & light users, curva ABC
Satisfação sensual, prestígio social, emulação-preço
Benefícios procurados favorável, qualidade/durabilidade, redução de custos,
atendimento/serviços
Expectativas de vida, uso do tempo, interesses
predominantes, participação em eventos e
Estilos de vida
agrupamentos sociais, uso do dinheiro, amizades e
relações pessoais
Personalidade Bases culturais, atitudes e valores, liderança
Setor de atividade, tamanho das empresas, atuação
Caracterização
de concorrentes, acessibilidade, usos e aplicações,
econômica
unidade de decisão de compra, demanda derivada
Fonte: RICHERS, R.; LIMA, C.P. Segmentação – opções estratégicas para o mercado brasileiro. São
Paulo, Nobel.
Então se você precisar identificar seus consumidores por faixa etária (idade),
está segmentando com a modalidade ‘Demográfica’. Porém, certamente, você
precisará localizar esses consumidores. Daí, necessitará fazer um cruzamento com a
modalidade ‘Geográfica’. Ainda, possivelmente, precisará separá-los por níveis de
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renda (modalidade ‘Socioeconômica’) ou de ‘Padrões de consumo’. Percebe? Assim,
identificamos, agrupamos e localizamos os consumidores que precisamos para, por
exemplo, direcionar melhor processos comunicacionais e esforços de distribuição,
visando oferecer maior conveniência aos compradores. Esses segmentos podem ser
identificados por preferências, por exemplo. Numa pesquisa de mercado, você pode
identificar preferências por produtos e, elas podem gerar três modelos diferentes:
preferências homogêneas (um grupo de consumidores com preferências idênticas);
preferências difusas (não há um grupo consistente, mas disperso, dentro do mercado
considerado); e preferências conglomeradas (u, banco de preferências formado por
subgrupos dentro de um mercado), também chamado de segmentos de mercados
naturais. Veja os exemplos na Figura 1.
Fonte: elaborado pelo autor, adaptado de KOTLER, P.; KELLER, K.L. Administração de
marketing, 14ª. São Paulo, Pearson, 2013.
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M M M M M M M M M M M M M M M
1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3
P P P P P
1 1 1 1 1
P P P P P
2 2 2 2 2
P P P P P
3 3 3 3 3
Concentração em Especialização Especialização por Especialização por Cobertura total do
um único mercado: seletiva: um produto produto: um produto mercado: todos os mercado: vários
um produto para um para cada mercado para todos os produtos para um produtos para todos
mercado mercados mercado os mercados
Fonte: adaptado de KOTLER, P.; KELLER, K.L. Administração de marketing, 14ª. ed. São
Paulo: Pearson,2013
KOTLER, P.; KELLER, K.L. Administração de Marketing, 14ª. São Paulo: Pearson, 2013
RICHERS, R.; LIMA, C.P. Segmentação – opções estratégicas para o mercado brasileiro. São
Paulo: Nobel, 2012
MCDONALD, M. Planos de Marketing – planejamento e gestão estratégica. Rio de Janeiro:
Campus, 2013.
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3. INFLUENCIANDO O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Objetivos
- compreender os principais fatores de influência sobre o comportamento do
consumidor
Sabermos que hoje em dia está cada vez mais difícil evitar a propaganda (lembra
da animação que vimos na 1ª videoaula da disciplina?), uma vez que o consumidor é
abordado das mais diferentes e criativas formas e locais ao longo do dia, seja no
caminho para o trabalho, no carro, através do rádio, etc. sem falarmos no crescimento
do e-marketing analisado em outro capítulo do guia. Até mesmo os elevadores estão
sendo utilizados como forma de estar próximo e fazer contato com o consumidor. É
importante destacar que não há mais “local sagrado” e que, com os custos elevados
das mídias tradicionais, as empresas estão estimulando e utilizando novos formatos
de mídia. Os espaços e alternativas são ilimitados – aviões são adesivados com
propaganda, caminhões idem, cartões telefônicos, início de filmes de DVD, etc.
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acima. É utilizar a popular afirmação de que se deve levar a informação às pessoas
certas, nos locais certos e na hora certa. Podemos acrescentar à frase anterior mais
um detalhe que é “na quantidade certa”, para que não haja a superexposição que
acaba permitindo ao consumidor a criação de hábito em relação à comunicação e,
com isso, ele deixa de prestar a atenção, objetivo da comunicação. Para evitar esse
tipo de risco as empresas recorrem, por exemplo à estratégia de, com uma mesma
mensagem, produzir diferentes tipos de comerciais.
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Além do estímulo sonoro, pode ser utilizado também o estímulo visual com a
utilização de cores mais vibrantes.
- Fator surpresa – onde elementos não previstos são utilizados na comunicação
– (por exemplo um animal que não possui asas, voando).
- Contraste – colocando o objeto que se quer chamar a atenção de uma maneira
diferente em relação aos outros (ex: várias pessoas usando terno e uma pessoa
sem)
- Atração Humana – utilizar grandes personalidades na comunicação ou mesmo
com pessoas não conhecidas, mas com boa aparência, corpo bem definido e
usando poucas roupas podem chamar a atenção dos consumidores.
- Estímulos indutores de atenção – são estímulos que as pessoas já têm
armazenados em sua memória e são referentes à atenção (ex: toque de
campainha, palavra “grátis”, “liquidação”, etc.).
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- mercado – nível de oferta, crédito, concorrência
- cultura – estudos das classes econômicas
- fatores sociais – grupos de referência, papéis e posições sociais
- fatores pessoais – idade, ciclo de vida, estilo de vida, personalidade
- fatores psicológicos – motivação, percepção, aprendizado, crenças e atitudes
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4. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR BRASILEIRO
Objetivos
- compreender o papel do consumidor no processo de marketing
- compreender os determinantes do comportamento do consumidor
- conhecer uma das maneiras de analisar o comportamento do consumidor
O consumidor brasileiro
Vimos no texto anterior várias informações sobre como influenciar o
comportamento do consumidor. Nesse texto vamos falar um pouco mais
especificamente sobre o comportamento do consumidor brasileiro. Em recente
divulgação sobre uma nova base de dados que apresenta o potencial de consumo,
conforme a distribuição em grupos de produtos e de classes sociais para todos os
municípios brasileiros, o IBOPE Inteligência, mostra interessantes alterações. As
informações podem ser importantes referenciais para que as empresas possam traçar
seus planejamentos, visando projeções de vendas que possibilitem a manutenção, ou
ampliação, de suas fatias de mercado. É interessante constatar que, segundo as
pesquisas realizadas pelo Instituto, as classes A e B estão representando mais de
30% da população brasileira, e absorvendo, juntas, acima de 55% do consumo do
país, em todos os grupos de produtos, com exceção do grupo alimentos. Esclarecendo
melhor, isso significa que as classes A e B, juntas, consomem 55% de todos os
produtos de consumo, no Brasil. Enquanto a classe A consome três vezes mais do
que sua representatividade em tamanho (com maior consumo em produtos como
bolsas, malas, cintos e brinquedos), a classe B, consome o dobro de seu tamanho,
acentuadamente produtos de beleza, malas, bolsas, cintos, água mineral, sucos,
refrigerantes, brinquedos, bebidas fermentadas etc.
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que suas representatividades na população, em todas as categorias de produtos.
(Fonte: Notícias, IBOPE Inteligência, 2016).
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Quanto às interações, as pessoas trabalham seus pensamentos, seus
sentimentos e o ambiente à sua volta para apresentar determinados comportamentos.
É importante conhecer esses fatores, pois podem significar coisas diferentes para
diferentes pessoas, com relação aos produtos, as marcas, enfim. Consumir
determinados produtos ou marcas, pode significar status para algumas pessoas,
enquanto outras podem rejeitá-los. Pelas pesquisas descritas no início do texto,
percebemos que algumas classes consomem determinados produtos que não são tão
essenciais à subsistência, mas representam a possibilidade de uma certa posição
perante o grupo. Mesmos entre os produtos consumidos, podemos constatar, às
vezes, preferências mais específicas para marcas mais representativas socialmente.
Nas interações com o ambiente e com outras pessoas, podemos registrar a
importância das pesquisas de observação, como aquelas apresentadas por Underhill
(1999), que levaram gerentes dos pontos de vendas como farmácias e drogarias a,
não só dispor de cestas ao longo das lojas, mas a instruírem seus funcionários a se
manterem solícitos e oferecer ajuda aos compradores que tenham em suas mãos um
ou dois produtos já retirados das gôndolas. As vendas aumentaram
consideravelmente, não só pela facilidade representada pelas cestas, mas, pela
gentileza e atenção recebidas. Essa é uma relação de troca, característica.
Observando as chegadas e os percursos feitos pelos visitantes daqueles
estabelecimentos, o autor e sua equipe de pesquisadores (utilizando equipamentos
de filmagem), perceberam as dificuldades das pessoas ao circular com produtos que
mantinham suas mãos ocupadas. Ao terem um utensílio para colocação dos produtos,
poderiam continuar caminhando e colocando mais produtos. Para aperfeiçoar o
sistema, percebeu-se que, como algumas pessoas passavam sem apanhar os cestos
– que ficavam logo na entrada da loja – seria mais adequado distribuir pilhas de cestos
em pontos estratégicos. Além disso, funcionários passaram a incentivar seu uso. Hoje
em dia, ao frequentar uma dessas lojas, é comum sermos abordados pelos
funcionários, exatamente como descrito acima. São estudos que visam conhecer
comportamentos de consumo – como estes – que permitem aplicações de medidas
que levem a otimização de resultados em vendas ou em outras formas de respostas
positivas, de acordo com os objetivos organizacionais.
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Análise do consumidor
Na análise do consumidor em geral, devemos considerar três fatores básicos,
que são:
1. Afeto e Cognição do Consumidor;
2. Ambiente do Consumidor;
3. Comportamento do Consumidor
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Diferentes pessoas, diferentes comportamentos
Não apenas os comportamentos diferem entre pessoas de um mesmo grupo
(como pessoas da mesma faixa etária, mesma localização geográfica, mesmo gênero
etc.), como também os próprios grupos apresentam características que nos permitem
identificá-los e classificá-los para perceber que, em muitos casos, os comportamentos
trazem possibilidades de comparações entre os grupos. Vamos explicar melhor. Como
havíamos dito no início, o comportamento das pessoas modifica-se em função dos
fatores descritos, e ao longo do tempo isso se manifestou fortemente. Se analisarmos
esse fato, podemos perceber que há uma tendência de que as mudanças continuem
acontecendo. As variáveis externas (ambientais) estão constantemente se alterando.
Como elas provocam alterações nas possibilidades de consumo, as pessoas – dentro
de qualquer grupo específico – apresentam comportamentos próprios, após o
processamento dos demais fatores e como eles atingem particularmente cada pessoa.
O estudo dos muitos grupos formadores das populações, pode ser determinado
pela análise de segmentos populacionais. É importante esclarecer que sempre
devemos aplicar o conceito de segmentação aos mercados, e não aos produtos.
Quando segmentamos os mercados, identificamos grupos de pessoas, ou de
empresas, que apresentem características que irão formar perfis. Esses perfis
demonstram aspectos que ‘igualam’ os elementos (pessoas ou empresas). Então
poderíamos dizer que todos, possivelmente, conforme tais características,
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apresentarão comportamentos de consumo parecidos. Isso não pode ser uma
afirmação categórica, visto que, por exemplo, meninas (ou meninos) numa faixa etária
entre 15 e 18 anos, com renda familiar entre R$2.000,00 e R$4.000,00, moradoras da
zona sul, estudantes do Colégio XPTO – esses são alguns dos critérios usados para
segmentação -, irão apresentar a mesma opinião sobre consumo de Coca Cola (ou
algum outro produto). Muitas vezes, quando falamos em comportamentos, vemos
perfis de comportamentos que estão presentes em grupos que, utilizando certos
critérios de segmentação, estariam realizando muitos cruzamentos. Daí que, nestes
casos, os critérios para entender comportamentos nem sempre correspondem aos
mesmos critérios que usamos para segmentar mercados. Você há de concordar que
o profissional de gestão mercadológica deve ter conhecimento sobre muitas variáveis
para poder planejar ações mercadológicas. E você está completamente certo. Apesar
de tudo isto, ainda vemos muitas grandes e tradicionais empresas – mesmo aquelas
nas quais muitos dos conceitos de marketing tiveram origem – incorrendo em
insucessos ao lançarem produtos. Se, por um lado, isso acontece porque muitas
investem pesadamente em sua produção, sem ouvir as opiniões dos consumidores,
por outro lado, conforme vimos, há uma força dinâmica que provoca constantes
alterações nos comportamentos. Então, mesmo quando os consumidores participam,
opinando em pesquisas, para o desenvolvimento de novos produtos, as organizações
correm riscos de não obter os resultados esperados na disponibilização de seus
lançamentos. O exemplo mais comum encontramos no mercado automobilístico.
Quantos não foram – e são – os modelos lançados e, em curto período, retirados de
linha, pois não tiveram respostas positivas que justificassem sua produção
continuada. Certamente a indústria automobilística é uma das que mais investe em
pesquisas de opinião. Mas, o ser humano – e seus comportamentos – são muito
volúveis.
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BLACKWEL, R.D.; MINIARD, P.W.; ENGEL, P.W. Comportamento do consumidor. São
Paulo: Cengage, 2008;
LEHRER, J. How we decide. New York: Houghton Mifflin Harcourt, 2009;
LIMEIRA, T.M.V. Comportamento do consumidor brasileiro. São Paulo: Saraiva,
2008;
PETER, J.P.; OLSON, J.C. Comportamento do consumidor. São Paulo: McGraw-Hill,
2009;
UNDERHILL, P. Vamos às compras – a ciência do consumo – indispensável para quem
gosta de consumir, imperdível para quem quer vender. Rio de Janeiro: Campus, 1999;
__________. Why we buy. The science of shopping. New York: Simon & Schuster,
2009.
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5. PROMOÇÃO DE VENDAS – ESTRATÉGIAS E TÉCNICAS
Objetivos
- compreender o conceito de promoção de vendas
- saber integrar a promoção de vendas com as estratégias da empresa
- conhecer as principais técnicas de promoção de vendas
- diferenciar promoção de propaganda
Como disse, Promoção de vendas é uma ferramenta que tem vida própria dentro
do “P” de promoção ou comunicação do marketing. Ela deu origem ao que hoje
denominamos marketing promocional, devido à importância assumida por essa
técnica. Promoção de vendas é uma ferramenta para promover vendas, ou seja,
estimular, fomentar e provocar a venda de determinados produtos. Ela prepara o
caminho para que a venda seja realizada, não sendo ela, a promoção de vendas,
responsável efetivamente pela venda. É importante destacarmos que a promoção de
vendas deve ser utilizada como incentivo de curto prazo, para que não haja desgaste
de imagem e da marca do produto. Ela faz parte da comunicação multidisciplinar de
uma empresa, que envolve todas as ações e possibilidades de integração das
atividades de marketing. A promoção de vendas se difere da venda efetiva, no sentido
em que ela envolve uma coordenação de esforços, planejamento e alinhamento com
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toda a estratégia da empresa. Essa coordenação de esforços passa por diversas
áreas, como por exemplo, áreas de propaganda, merchandising, demais áreas de
comunicação e gestão de ponto de venda. Como referência conceitual temos a
concepção de Promoção de vendas elaborada por um dos ícones da administração
de marketing, Philip Kotler (2013), que define a promoção de vendas da seguinte
maneira: “É um termo genérico para os vários instrumentos que não são classificados
formalmente como propaganda, vendas pessoais ou publicidade. Esses instrumentos
são endereçados aos consumidores, ao comércio ou à própria força de vendas do
fabricante”.
Gestão Mercadológica
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normalmente é utilizada pelas marcas menores no sentido de buscar maior
participação de mercado (market share), mas, muitas vezes, não são viáveis
economicamente. Uma outra variável na relação da promoção de vendas e a
propaganda é o fato da promoção gerar resultados mais rápidos e fáceis de mensurar.
Em contrapartida a promoção não tem a capacidade de gerar novos compradores de
longo prazo. Compradores fiéis à marca e ao produto dificilmente são atraídos por
estímulos promocionais uma vez que esse efeito é percebido nos consumidores
sensíveis ao efeito da propaganda sobre eles. Portanto saber dosar o percentual de
investimento em propaganda e em promoção de vendas pode ser um diferencial
significativo nos objetivos da empresa. Torna-se vital dimensionar os objetivos de
curto e longo prazo para a tomada de decisão em relação a esse aspecto, pois o uso
excessivo de promoções de preços pode levar a redução da fidelidade à marca e
incentivar o foco apenas no curto prazo.
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- Agente Intermediário - Recebe delegação do promotor, planeja, cria, divulga,
administra, opera e implementa as modalidades de atividades promocionais conforme
contrato
- Receptor
Comercial – cliente comercial do promotor
Final – para quem a promoção de vendas é dirigida
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5 – Atrair a atenção e provocar a aceitação do público alvo
6 – Ser simples, clara, fácil de entender
7 – Utilizar apelos emocionais e racionais
8 – Ser única
9 – Ser honesta
10 – Obter o comprometimento de todos os envolvidos na empresa
DE SIMONI, J.; Promoção de Vendas, 5ª Ed. São Paulo: Pearson – Makron Books, 2005.
KOTLER, P; KELLER. K. L.; Administração de Marketing, 12ª Ed. São Paulo: Pearson –
Prentice Hall, 2013.
OGDEN, J.R.; CRESCITELLI, E.; Comunicação Integrada de Marketing, 2ª Ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2007
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6. MARKETING DE RELACIONAMENTO
Objetivos
- Entender os principais fatores para o desenvolvimento do marketing de
relacionamento;
- Mostrar como se dá o processo de fidelização dos clientes.
Kotler afirma que toda empresa deve exceder as expectativas dos clientes e não
apenas atendê-las.
O fato é que atualmente os clientes estão cada vez mais exigentes, cientes de
seus direitos e contam com a tecnologia que lhe proporciona ferramentas modernas
para se manifestar e opinar sobre os produtos e serviços que utilizam. O grande
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desafio para as organizações é buscar o alinhamento das necessidades dos seus
clientes incorporando aos produtos e serviços prestados, pois somente desta forma
irão se manter à frente dos seus concorrentes, já que hoje o mercado é acirrado e os
produtos e serviços cada vez mais semelhantes.
Pode parecer óbvio, mas nem todo cliente é igual. As empresas que percebem
esse fato, passam a tratar o consumidor de forma personalizada desenvolvendo
relações de continuidade e fidelização.
Outro ponto importante é acompanhar o ciclo de vida dos clientes e para isso
podemos classificar em seis fases diferentes que se relacionam entre si, que são:
1- Atração
2- Conversão
3- Atendimento
4- Agregação
5- Fidelização
6- Retenção
Gestão Mercadológica
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Vamos ver agora cada uma dessas fases:
1- Atração
É o momento inicial do ciclo de vida. É quando a empresa estimula o indivíduo a
confiar na sua marca e por consequência nos seus produtos e serviços. Está muito
ligada à entrega da mensagem certa, no canal certo, na hora certa para a pessoa
certa.
Para os clientes e potenciais clientes acima de 30 anos foi enviada uma mala-
direta que, ao ser aberta, mostrava o novo Uno em todos seus ângulos, em “3D”. Essa
Ação, além de causar impacto, evidenciou todos os atributos do carro.
Outra estratégia utilizada pela Fiat nessa etapa da atração, foi utilizar das redes
sociais, já que o público potencial para compra do novo Uno são os jovens. Na Ação
a Fiat fez uma parceria com um blog e convidou todos os internautas e formadores de
opinião para participar do lançamento, fazendo perguntas sobre o novo modelo. O
objetivo era responder três mil perguntas em até três idiomas: português, espanhol e
inglês.
Gestão Mercadológica
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Neste momento da atração, a empresa deve aproveitar a grande chance que
tem de conquistar o consumidor. Bons produtos não se vendem sozinhos, bom
atendimento que garanta a eficácia na apresentação do produto, o cuidado com o
cliente e o empenho em atender seus desejos são fundamentais se destacar da
concorrência.
2- Conversão
Nessa etapa a organização deve garantir que a percepção criada com relação à
sua marca seja acessível ao consumidor. Consultar, experimentar, manusear,
comparar, avaliar são formas para desenvolver essa percepção.
Isso pode ser conseguido no momento que uma compra é concretiza, através da
conveniência, da disponibilidade nos pontos de venda, das estratégias de preço,
entregando o combinado, garantindo a qualidade da oferta em si.
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3- Atendimento
No atendimento deve ser dado todo o suporte ao cliente do uso do produto ou
serviço, com qualidade e opções de atendimento individual e com maior número
possível de canais.
O mesmo atendente que faz a visita é o mesmo que irá atender as ligações e os
pedidos de quem atendeu pessoalmente. Essa é uma oportunidade para criar vínculos
de confiança e estreitar o relacionamento entre a empresa e o cliente.
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4- Agregação
Depois que o cliente adquire o produto/serviço e aprova, então a empresa deve
ampliar e aprofundar a experiência que ele tem com a marca por meio da oferta de
outros produtos/serviços relacionados aquilo que o cliente já experimentou.
Para uma empresa obter sucesso ela deve ser consistente em relação ao que
diz e faz. Se uma rede de supermercados anuncia que suas verduras e frutas são
frescos, então quando o cliente chega na loja deve encontrar exatamente isso.
5- Lealdade
Nessa etapa a empresa passa a oferecer exclusividade ao cliente na forma de
produtos e serviços únicos e limitados, ofertas e promoções especiais, programas e
conteúdos sobre temas direcionados, entre outros.
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O grupo Pão de Açúcar reformulou o programa de fidelidade com um novo
conceito, o programa passou a oferecer pontos acumulados pelos clientes com todas
as compras feitas no Pão de Açúcar, podendo ser trocados por vale-compras, que são
usados nas próprias lojas. Além disso, a loja possui mais de 150 produtos a cada
quinzena com ofertas exclusivas para os clientes que fazem parte do programa de
fidelização. O consumidor também recebe comunicação dirigida e segmentada de
acordo com seu comportamento de compra.
6- Retenção
No momento da retenção, deve-se levar em consideração a correção de
percepções incorretas, reparar situações de insatisfação ou injustiça e redirecionar a
experiência de uso de produtos e serviços de acordo com a necessidade do cliente.
Essa etapa tem uma relação muito estreita com a questão da transparência e de
melhorias, consertando os erros cometidos.
Concluindo...
Enfim, sabemos que os desafios são grandes em cada etapa do ciclo de vida do
cliente. De nada adianta as empresas serem boas em atrair e obter a lealdade dos
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clientes, mas não desenvolver uma estratégia tão boa assim na prestação dos
serviços. O que acontece muitas vezes é que o cliente se encanta no processo da
atração e se frustra no decorrer do ciclo de vida, por ações de fidelização realizadas
incorretamente.
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7. E-MARKETING ESTRATÉGICO
Objetivos
- compreender o conceito de e-marketing
- compreender o papel do e-marketing como uma estratégia de mercado
- compreender o significado do e-marketing no composto de marketing
Até então todo o composto de marketing era estruturado dentro das formas
tradicionais de se falar em ponto de venda. Ou seja, quando se falava em distribuição
até então era associado apenas uma questão de escolher um ponto para instalar uma
loja física. O surgimento de uma série de variáveis fez com que os modelos de
negócios fossem repensados. Isso é outro fenômeno surgido em razão de mudanças
ambientais.
Esses novos hábitos foram disseminados na vida das pessoas e foram cada vez
mais incorporados ao cotidiano das pessoas. Com isso o número de usuários, de
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equipamentos e de interesse aumentou significativamente que começou-se a
enxergar oportunidades de negócios por meio da internet e mais atualmente em
relação as mídias sociais.
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empresas, mas também por pequenas e médias. São empresas dos setores de
comércio e serviços que respondem por mais de 60% das transações de comércio
eletrônico. Esses dados foram constam da pesquisa sobre mercado eletrônico
realizada há 20 anos pela FGV.
Cabe destacar que esse tipo de informação gerada pela FGV é de grande valia
e pode contribuir muito para as empresas que desejam ajustar sua estratégia e incluir
o e-marketing. Até aqui já temos uma significativa gama de informações mostrando
que mudanças ambientais têm sido intensificadas e promovem o surgimento de
grandes oportunidades para as empresas.
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temos impactos significativos nos diferentes compostos de marketing das empresas
em função da utilização da internet como uma ou ambas as opções.
Uma loja virtual em que a empresa realmente feche negócios e utilize esse canal
como um canal efetivo de distribuição de seus produtos tem uma série de vantagens
desde uma redução de investimentos em ativos fixos e abertura de novos pontos de
vendas, passando pela possibilidade de atingir uma gama muito maior de
consumidores. Há também a oportunidade de testar novos produtos ou serviços em
função da capacidade interativa que o canal oferece.
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Da mesma maneira que temos vantagens na utilização de uma loja virtual, temos
também desvantagens. Uma delas é que nem todo produto ou serviço é adequado
para vendas via web.
O profissional de gestão deve estar atento ao conteúdo da loja virtual para que
possa ratificar a imagem da empresa também nesse canal e poder desenvolver uma
identidade no e-marketing. Cabe à área de marketing pensar no processo de
diferenciação de produtos e serviços a serem oferecidos. Esse pensamento deve
fazer parte do planejamento em relação ao posicionamento que a empresa deseja ter.
é preciso tentar responder à pergunta: qual pode ser o ponto de diferenciação? É
preciso pensar.
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questão estratégica para a empresa. Vimos que as análises ambientais mostram
muitas oportunidades. Temos um crescente investimento em infraestrutura para o e-
marketing, há também uma crescente evolução em relação à tecnologia de
informação e comunicação. Mas a realização das ações de e-marketing devem ser
estruturadas de acordo com o que o modelo exige. Deve ser montado um composto
de marketing específico pensando-se em todo o processo para o e-marketing que
funcione de maneira independente da lógica do mercado físico.
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8. O MARKETING NA VIDA DAS PESSOAS II
Objetivos
Compreender o conceito de serviços. Entender o conceito das classificações dos
serviços. Compreender as características dos serviços.
No texto Marketing Holístico III, você verá os conceitos associados aos produtos
e suas características e classificações. Nesse texto, vamos falar sobre serviços. Do
ponto de vista de gestão mercadológica, os serviços podem ser analisados como um
dos elementos do composto de marketing.
Kotler (2013, p.348) também coloca os serviços no mesmo nível dos produtos,
uma vez que é algo que pode ser oferecido para satisfazer as necessidades e desejos
dos consumidores.
A migração de classes sociais inferiores para a nova classe média tem gerado
uma grande expansão do consumo de produtos – carros, eletrodomésticos, entre
outros. Esse impulso dado pelas condições econômicas do país abre novas
perspectivas de crescimento para o setor de serviços. Mudanças nos hábitos das
pessoas também influenciam na demanda por serviços. Hoje, temos oportunidades
de prestação de serviços nas atividades ligadas a cuidar de crianças em casa, levar
cachorros para passear, compra de roupas, resumo de notícias do dia, etc. Os
serviços de consultorias nas empresas, em função de reestruturações para melhoria
de eficiência, têm crescido muito. Outro fator que contribuiu para o aumento da
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demanda por serviços foi a tecnologia. Empresas que criam sites na internet viram a
demanda pelos seus serviços crescerem geometricamente. Além do forte
aquecimento da demanda por serviços, temos uma maior oferta de serviços no
mercado.
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oferecido, caso contrário não poderá ser usado (se ninguém marcar hora com o
dentista para as 10h de segunda-feira, nenhum atendimento será vendido nesses
horários). Bens são menos perecíveis, todos têm um período de vida nas prateleiras.
Em razão dessa característica, é fundamental que as empresas ou os prestadores de
serviços façam um bom planejamento para as flutuações da demanda, obedecendo a
sazonalidade (por exemplo, aulas particulares têm maior demanda no final do ano).
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propaganda, seus funcionários trabalham junto com ela para selecionar as ideias,
estruturar o que é solicitado. Da mesma forma, ao ir ao cabeleireiro o consumidor
participa da prestação do serviço, assim como quando vai a um museu apreciar uma
exposição). Nem todos os tipos de serviços exigem o mesmo grau de esforço do
cliente, basta pensarmos nos serviços de um cartão de crédito
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- entrega – esse diferencial tem como variáveis a localidade, precisão e a
qualidade na entrega esperada pelo cliente. Hoje, os consumidores esperam
prestação de serviços com rapidez (entrega de pizza, revelação de filmes, lubrificação
de veículo, óculos feitos na hora);
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9. O MARKETING NA VIDA DAS PESSOAS III
Objetivos:
Compreender o conceito de produtos. Entender o conceito das classificações
dos produtos. Compreender as características dos produtos.
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O primeiro nível é o do benefício central, que representa aquilo efetivamente
que o cliente está comprando (o hóspede de um hotel está comprando descanso e
pernoite). Depois temos o nível de produto básico, o que o cliente espera como
básico (no caso do hotel, é cama, banheiro, toalhas). O terceiro nível é o produto
esperado, que representa tudo aquilo que o cliente espera em relação ao produto (os
hóspedes esperam camas arrumadas, toalhas limpas). O produto ampliado é o
quarto nível do produto e representa aquilo que excede a expectativa do cliente, e,
normalmente, é alinhado ao posicionamento da marca. No quinto nível temos o
produto potencial, que abrange os incrementos que o produto pode sofrer no futuro.
Além dos níveis dos produtos, há uma classificação deles, como vimos na
videoaula, que é importante para o profissional de marketing ter conhecimento para
poder alinhar com a expectativa dos clientes. Para cada categoria de classificação há
uma estratégia apropriada para o mix de marketing.
Para os bens de consumo também há uma classificação especial e que deve ser
observada pelos profissionais de marketing. Para cada uma das classificações, é
necessário que o profissional elabore estratégias diferentes. Os bens de consumo
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podem ser classificados em bens de conveniência, que são aqueles que o
consumidor compra frequentemente e com pouco esforço. Os processos de decisão
e de compra são simples e rápidos. São buscados sem planejamento ou esforço. São
bens normalmente com preços baixos.
Outro aspecto importante para a análise dos produtos e que faz parte das
atividades do profissional de marketing é saber como diferenciar os produtos em
relação à concorrência e com isso manter o interesse do consumidor pelos produtos
da empresa. Uma das ações mais eficazes para isso é se pensar em inovação. A
inovação faz com que o consumidor tenha uma outra percepção de valor em relação
ao produto e, inclusive, possibilita o aumento do preço. (CALDER, 2014).
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As empresas podem diferenciar seus produtos pela qualidade de desempenho,
é por meio desta que a empresa consegue “entregar” ao consumidor aquilo que foi
prometido pela empresa ao chamar a atenção dele e provocar a aquisição do produto.
A durabilidade também é uma das formas de diferenciar os produtos, uma vez que
ela é o indicador de vida útil esperada pelo consumidor em relação ao produto. Para
os bens duráveis, esse atributo de diferenciação assume grande importância. Os
carros, eletrodomésticos se enquadram bem nessa diferenciação. Uma outra forma
de diferenciar os produtos é por meio da confiabilidade. É de se esperar que os
consumidores paguem um preço superior por produtos mais confiáveis. Em função
disso, há a possibilidade de se pensar numa margem de lucro superior em função
dessa ação de confiabilidade, porque é um elemento importante no processo de
decisão por parte dos consumidores. As empresas devem reforçar esse atributo em
suas comunicações, uma vez que é preciso despertar a atenção nos consumidores
sobre tal atributo.
Uma última opção para a diferenciação dos produtos é o estilo. O estilo pode
ser uma importante forma de diferenciar os produtos uma vez que ele está associado
ao visual do produto e ao sentimento que esse visual pode provocar no consumidor.
Um ponto importante em relação a essa ação de diferenciação é o fato de ser algo
difícil de imitar, o que pode significar também uma oportunidade de aumento de
margem de lucro, via preço mais elevado.
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Com isso, fechamos as informações básicas em relação aos produtos,
mostrando sua importância para as atividades do profissional de marketing. No texto
O Marketing na Vida das Pessoas II, vamos tratar especificamente sobre os serviços
e suas características.
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