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A Responsabilidade Dos Herdeiros

Herdeiros de Deus

Nós somos da linhagem Real e devemos ter postura de herdeiro.


Essa linhagem não se trata de uma linhagem natural, humana. Os verdadeiros filhos desta linhagem, são aqueles gerados pela
promessa feita a Abraão. ―Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como
descendência. (Rm 9:8)‖
Ocasionalmente ficamos pensando se mesmo com todos os nossos pecados, nós poderíamos ou não ser aceitos por Deus. Às
vezes também se é justo uma pessoa que cometeu tantos delitos, crimes e pecados ser mais abençoado e próspero que uma pessoa
que sempre teve uma vida tranquila e ―santa‖ diante de Deus.
Isso é muito comum entre os cristãos desde os primórdios da humanidade, e meio a estas situações muitos se perguntam, se
contrariam e se decepcionam em sua caminhada como verdadeiros filhos para o recebimento da herança do trono.
Quando pensamos nestas circunstâncias, logo vem a mente a parábola do filho pródigo que diz:
―Um certo homem tinha dois filhos; E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele
repartiu por eles a fazenda. (Lc 15:11-12)‖
Mas quando decidimos deixar a casa do Pai e pegar parte da herança, nós estamos declarando que não pertencemos mais àquela
casa e que não temos mais o direito de receber o que a casa lhe oferece, neste caso por exemplo, a casa lhe oferecia conforto,
comida, amor, segurança e paz.
Ao Sairmos da Casa, deixamos tudo para traz e ficamos então sujeitos às coisas do mundo e ao projeto do mundo e não às coisas
de Deus e aos projetos dEle para nossas vidas. Só que esta rebeldia não é relevante para que Deus venha ou não dar atenção a você.
Muito pelo contrário isso afastara você do Pai e quanto maior a distância, maiores são os problemas, as dificuldades e a pobreza
espiritual e física; foi justamente o que o filho pródigo passou.
―E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens,
vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E
foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. E desejava encher o
seu estômago com a lavagem que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. (Lc 15:13-16)‖
Nesse momento a vida já não parece ter mais sentido e as forças já não conseguimos mais ter pelo peso espiritual e físico que
vivemos. É importante observar que Deus até este momento não tinha se manifestado na vida daquele jovem, a justiça de Deus e
colheita de desobediência e de rebeldia que o jovem tinha plantado não havia se cumprido.
Deus muitas vezes nos deixa e da permissão a Satanas e seus demônios de agir em nossas vidas até o último momento e fôlego
de esperança, para só então a graça se manifestar em nossas vidas.
Você disse que Deus permite Satanas e seus Demônios?
Sim! como podemos ver sobre a vida de Jó. ―E disse o Senhor a Satanás: Eis que ele está na tua mão; porém guarda a sua vida.
Então saiu Satanás da presença do Senhor, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. (Jó 2:6-7)‖
É fato comprovado que grande parte dos cristãos de hoje, aceitaram Jesus em suas vidas pela dor e não pelo amor e somente
depois desenvolveram o seu amor por Jesus por terem efetivamente suas vidas transformadas.
Quando ―caiu a fixa‖ do filho pródigo e ele olhou e prestou bem atenção em como ele vivia e no como ele estava vivendo, ele
então se arrependeu.
―E, tornando em si, disse: Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e
irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um
dos teus empregados. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima
compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou
digno de ser chamado teu filho. (Lc 15:17-21)‖
Não depende do esforço humano, mas das misericórdias de Deus em nos atender. Então nossa revolta e rebeldia só servirá para
atrasar em receber nossa vitória e nossa parte do trono do Pai. ―Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de
Deus, que se compadece. (Rm 9:16)‖
Aquele jovem ao voltar para a casa do pai, arrependido pede que seu pai o trate como um de seus empregados, sem luxo, sem o
mesmo carinho de antes, sem o mesmo amor de antes só para ter um canto para morar e algo para comer como todos os empregados,
mas o seu pai faz o que parecia ser impossível para ele. ―Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-
lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; Porque este
meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se. (Lc 15:22-24)‖
Um verdadeiro herdeiro não é aquele que permanece fiel em momentos felizes e fáceis de lidar, mas aquele que no meio da
batalha, mesmo que existam mais inimigos na frente dele, ele tem a convicção do Deus que serve e que não o deixará na batalha.
Seja um verdadeiro herdeiro e confie em Deus que no final sua vitória chegará.
Deus levantará inimigos em sua vida para que o nome dEle seja exaltado sobre todo nome. ―Porque diz a Escritura a Faraó: Para
isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. (Rm 9:17)‖
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O Livro de Gálatas

Estudo Textual: Gálatas 1:1 - 2:10


Não Sigam Outro Evangelho
Não sigam outro evangelho (1:1-9). Paulo começa a sua carta às igrejas da Galácia abordando a questão de autoridade. Sua
própria autoridade como apóstolo veio diretamente de Jesus (1:1). A autoridade de Jesus era a autoridade de Deus, que foi pro-vada
na ressurreição (1:1; veja Mateus 28:18 e Atos 17:30-31). O evangelho que Paulo pregou falou sobre a graça de Cristo, que se
entregou pelos nossos pecados ―para nos desarraigar deste mundo perverso‖ (1:4).
Contudo, alguns perturbavam os gálatas, pregando ―outro evangelho‖ (1:6). De fato, não existe outro evangelho, mas estes
estavam pervertendo ―o evangelho de Cristo‖ (1:7). Perverter o evangelho quer dizer acrescentar (ou diminuir) sem a autori-dade de
Cristo. Paulo disse que qualquer pessoa que ―vos pregue evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema‖ — mesmo se
for um apóstolo ou um anjo do céu (1:8-9)! ―Anátema‖ quer dizer ―separado para ser destruído‖. Qualquer pessoa que não ensina o
evangelho que Cristo entregou não tem a autoridade de Cristo e será destruída (veja 2 João 9).
A fonte do evangelho (1:10-24). Paulo afirmou enfaticamente que o evangelho que ele ensinava não veio do homem. Primeiro,
se viesse dos homens, seria mais agradável a eles. Mas, Paulo está sendo perseguido por seu evangelho, até pelos próprios gála-tas!
(Veja 4:16 e 5:11). Está sendo perse-guido porque ele procura agradar a Cristo, não ao homem (1:10; veja Mateus 6:24).
Quando Paulo recebeu o evangelho de Cristo (1:11-12), ele não foi para Jerusalém para ser instruído pelos outros apóstolos.
Antes, ele foi diretamente para Arábia e Damasco, pregando o evangelho que tinha recebido (1:15-17; veja Atos 9:1-22). Três anos
passaram antes de Paulo encontrar os apóstolos em Jerusalém (1:18). Os irmãos na Judéia não o conheciam, mas apenas ouviram
que ele estava pregando a mesma fé que anteriormente tentava destruir (1:22-23). O ponto dele é este: sem conhecer os outros, como
ele poderia ter recebido o evangelho deles?
Paulo perante os falsos mestres (2:1-10). Quando Paulo voltou a Jerusalém 14 anos mais tarde, ele comunicou aos líderes da
igreja o evangelho que ele havia pregado entre os gentios (2:1-2). Ele viajava com um gentio chamado Tito. Alguns ―falsos irmãos‖
tentaram convencê-lo a ser circuncidado. Mas Paulo não se submeteu a eles por ―nem uma hora‖ quando queriam avançar seu
acréscimo (e perversão) do evangelho, ―para que a verdade do evangelho permanecesse‖ (2:3-5).
Quando Tiago, Cefas e João viram que Deus estava trabalhando em Paulo como também trabalhava em Pedro, eles lhe
ofereceram ―a destra de comunhão‖, aceitando-o porque Deus o havia aceitado (2:6-9). Eles reconheceram que a sua glória era de
Cristo, e eles não pediram que ele mudasse algum ensinamento. Pediram apenas que ele lembrasse dos pobres, como já o fazia
(2:10).

Estudo Textual: Gálatas 2:11 - 3:5


A Justificação Vem pela Fé
O erro de Pedro (2:11-21). Quando o apóstolo Pedro (Cefas, veja João 1:41-42) visitou Antioquia, Paulo viu que ele não
praticava a mesma coisa que pregava (2:11-14). Até o fiel Barnabé (veja Atos 11:22-24) começou a praticar erro devido ao mau
exemplo de Pedro (2:13). Se esses homens erraram, pessoas honestas podem errar em questões de fé hoje em dia.
Pedro errou porque temia “os da circuncisão”. O foco dele estava em homens e não em Deus. Deus revelou o evangelho e nos
julgará por ele (João 12:47-49). Muitas pessoas praticam erro porque querem agradar seus cônjuges, pais, amigos ou pastores ao
invés de focalizar Deus e sua palavra (1:10; veja Mateus 10:28).
Os judeus procuraram ser justificados por Deus devido às suas obras da lei (o Velho Testamento). Mas o evangelho de Cristo
revela que homens não são justificados por obras da lei, e sim pela fé em Cristo Jesus (2:16). Enquanto Pedro tinha sido justificado
pela fé em Cristo, ele voltou à prática da lei como se a sua justificação pela fé não fosse suficiente. Muitos hoje que alegam ter fé em
Cristo caem no mesmo erro de Pedro: guardando o sábado, pagando o dízimo, procurando intercessão de sacerdotes e praticando
outras obras baseadas na justiça da lei. Mas voltando à lei nega a graça de Cristo, e invalida a morte dele (2:21).
Obras da lei podem justificar uma pessoa somente se ela guardar perfeitamente toda a lei (veja Tiago 2:10). Cristo morreu
porque todos são pecadores —tanto judeus como gentios. Todos têm desobedecido a lei de Deus (2:17; veja Romanos 3:23). Aquele
que foi justificado pela fé em Cristo tem morrido para a lei, “a fim de viver para Deus” (2:19). Morrer relativamente à lei não quer
dizer viver sem lei (veja 1 Coríntios 9:19-21). Antes, quer dizer fazer as obras de Deus (Efésios 2:10) como pessoa justificada, não
como pessoa que procura se justificar pelas suas próprias obras. Viver pela fé exige uma vida de sacrifícios diários, para que
possamos nos entregar àquele que nos justificou (2:19-20; veja Romanos 12:1-2).
Obras da lei ou pregação da fé? (3:1-5). Os gálatas haviam sido justificados pela fé em Cristo Jesus sem saber nada sobre a lei
de Moisés. Seria tolice para eles voltarem a uma lei que não justifica, uma vez que já foram justificados em Cristo (3:1).
Os gálatas haviam recebido o Espírito Santo como a confirmação do evangelho (3:2; veja Marcos 16:15-20; 2 Coríntios 12:12;
Hebreus 2:4). Se Deus lhes tinha confir-mado o evangelho pelo Espírito, como é que eles procuraram o aperfeiçoamento através de
leis que pertencem à carne: circuncisão, restrições sobre alimentos, etc. (3:3-5)?
Muitos, hoje em dia, ainda procuram a perfeição por meios carnais, impondo regras baseadas no Velho Testamento. Mas, a
justificação vem somente pela fé em Cristo e obediência ao evangelho dele (veja Colossenses 2:20-23; 2 João 9).

Estudo Textual: Gálatas 3:6-29


Até Que Viesse o Cristo
Recipientes da promessa (3:6-18). No livro de Gênesis, Deus fez várias promessas a Abraão (Gênesis 12:1-3). Quando Deus
confirmou essas promessas, Abraão "creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça" (3:6; Gênesis 15:6). Dessa forma
percebemos que Abraão não foi justificado por guardar perfeitamente as obras da lei, e sim pela fé nas promessas de Deus (3:10-12).
Mas, a promessa de bênção não foi limitada a Abraão: "Em ti, serão abençoados todos os povos" (3:8).
Deus fez a aliança para abençoar as nações com Abraão e seu descendente, o Cristo (3:16). Foi confirmada pela promessa, que
Abraão aceitou (3:17,6). A lei, que entrou em vigor 430 anos depois, não anulou a promessa já dada gratuitamente a Abraão. Junto
com Abraão, todos que vivem pela fé nas promessas de Deus herdam a bênção que foi prometida em Cristo muito tempo antes de
existir a lei (3:9,14,18).
O propósito da lei (3:19-25). Embora a promessa de bênção já tinha sido dada, a lei foi necessária por dois motivos:
"por causa das transgressões" (3:19). A lei foi dada a Israel quando saiu do Egito, para que fosse uma nação santa, diferente
das outras ao seu redor (Êxodo 19:1-6). A lei trouxe conhecimento do pecado e castigo pelo pecado para que o pecado pudesse ser
evitado (veja Romanos 3:19-20; 5:13; 7:7).
"para nos conduzir a Cristo" (3:24). Uma vez que alguém transgrediu a lei, ele foi condenado porque a lei não trouxe perdão
pelo pecado (3:10,21-22). Nos sacrifícios de animais, a lei serviu como sombra do perdão pelo pecado que seria realizado no
perfeito sacrifício de Cristo (veja Hebreus 9:1 - 10:18). Assim, a lei foi dada para proteger contra o pecado "até que viesse o
descendente a quem se fez a promessa", Cristo (3:16,19-23). A lei foi feita para guiar, não para salvar. Mesmo na época da lei, a
salvação foi dada somente através do futuro sacrifício de Cristo (Hebreus 9:15).
A importância desses fatos é isto: se a lei foi dada até a vinda de Cristo, então, uma vez que ele veio, a lei não está mais em vigor
(3:24-25).
Filhos e herdeiros mediante a fé (3:26-29). Uma vez que a lei não está mais em vigor, nós devemos nos tornar filhos de Deus da
mesma maneira que Abraão o fez, pela fé na promessa do Cristo (3:7,26). Os filhos de Deus pela fé são aqueles que se revestiram de
Cristo no batismo — uma resposta de fé (veja 1 Pedro 3:21) — e que, por isso, se uniram a ele como "herdeiros segundo a
promessa" (3:27-29).

Estudo Textual: Gálatas 4:1-31


Na Plenitude do Tempo
Continuando a discussão da herança que vem pela fé e não pela lei (veja capítulo 3), Paulo utiliza duas ilustrações para
esclarecer seu ponto:
1ª Ilustração: Herdeiro X Escravo (4:1-11). O herdeiro, um dia, será senhor da casa. Não obstante, enquanto é menor ele não
tem nenhum direito mais do que os escravos (4:1). Até que alcance uma idade determinada pelo pai, ele continua sob a supervisão
de tutores e curadores (4:2). Contanto, chegando à maior idade, ele rece-be todos os seus direitos como herdeiro.
Em termos espirituais, tanto judeus como gentios eram menores na casa de Deus, sem direitos à herança (4:3). Mas, Deus
determinou que o tempo da maior idade para ambos chegaria em Cristo (4:4-5). Em Cristo, os dois se tornam filhos e herdeiros, com
todos os devidos benefícios (4:6-7).
Como menores sem Cristo, tanto judeus como gentios estavam "sujeitos aos rudi-mentos do mundo" (4:3). Os gentios esta-
vam sujeitos aos falsos deuses (4:8). Os judeus estavam sujeitos a uma lei física (4:10). Porém, em Cristo, ambos são "conhecidos
por Deus", reconhecidos como os verdadeiros herdeiros. Voltando à idola-tria ou à lei de Moisés seria voltar à escravi-dão e perder
a herança (4:9,11).
"Inimigo, por vos dizer a verdade?" (4:12-20). Paulo pediu que eles seguissem o seu exemplo (4:12). Ele deixou para trás
tudo que ele era como judeu para adquirir as riquezas de Cristo (veja Filipenses 3:2-11). Do mesmo modo, esses judeus e gentios
precisam deixar tudo para ganhar a herança em Cristo.
Paulo ficou admirado que aqueles que o aceitou quando ele pregou no início (4:13-15) agora o rejeitaram por causa da verdade
(4:16). Infelizmente, muitos recebem a palavra de Deus com prontidão até que a verdade pise nas suas tradições. Devemos ser
zelosos pelo bem (4:18), custe o que custar, e prontos para aceitar a verdade de Deus, mesmo se ela contradiz tudo que sempre
acreditávamos.
2ª Ilustração: As duas alianças (4:21-31). Para entender melhor este trecho, veja Gênesis capítulos 16, 20 e 21. A segunda
ilustração é uma forte imagem baseada na história de Isaque e Ismael. Ismael foi o filho de Abraão pela serva Agar, "segundo a
carne", ou seja, através de meios perfeitamente naturais. Isaque, porém, foi o filho de Abraão e sua esposa, Sara, que já tinha
passado a idade para ter filhos. O nascimento de Isaque não foi um acontecimento natural, e sim o cumpri-mento da promessa de
Deus (4:21-23).
Paulo diz que isso é uma alegoria da nossa situação atual em Cristo. Agar representa todos que são filhos de Abraão segundo a
carne —aqueles que nasceram em Israel. Estes são os escravos sob a lei (4:24-25). Mas Sára representa todos que são filhos de
Abraão segundo a promessa —segundo a fé em Cristo (veja 3:26-27). Estes são os herdeiros, "filhos da promessa, como
Isaque" (4:26-28). A Escritura diz que estes da promessa receberão a herança, e aqueles da carne serão lançados fora (4:30).

Estudo Textual: Gálatas 5:1-26


Permanecei Firmes em Cristo
Paulo começou defendendo o evangelho e o seu próprio apostolado (capítulos 1 e 2). Então, ele ensinou que a justificação do
pecado vem pela fé no evangelho, e não por guardar a lei de Moisés (capítulos 3 e 4). Agora, tendo apresentado o argumento que o
cristão nasce à liberdade em Cristo e não à escravidão (4:21-31), ele encerra a carta com aplicações práticas da liberdade cristã
(capítulos 5 e 6).
Liberdade em Cristo (5:1-12). Cristo libertou esses discípulos do rigor da lei mosaica, mas ainda corriam risco de voltar à
escravidão (5:1). Paulo lhes avisou que, se eles se submetessem à lei (especificamente à circuncisão), não aproveitariam Cristo (5:2).
Há dois motivos para isso. Primeiro, a pessoa é justificada pela lei somente se ela guardar “toda a lei” (5:3; veja Tiago 2:10). A
circuncisão é o primeiro passo de uma lei que precisaria ser guardada inteiramente. Segundo, procurando a justificação pela lei nega
a graça de Deus no sacrifício de Cristo (5:4-5). Cristo derramou seu sangue para a remissão dos pecados (veja Mateus 26:28 e
Hebreus 9:11-15). As pessoas que respon-dem a esse sacrifício com fé ativa e amoro-sa são justificadas (5:5-6). Aqueles que
procuram remissão dos pecados através de obras da lei decaem da graça (5:4).
Embora esses começaram na liberdade, estavam sendo impedidos de continuarem na verdade (5:7). Paulo os chamou na ver-
dade, mas outros mudaram a mensagem (5:8). Mudando o evangelho sempre im-pede, ao invés de ajudar. Doutrinas falsas têm
efeitos duradouros, e aqueles que as divulgam receberão punição justa (5:9-10; Tiago 3:1). Aqueles que ensinam que os cristãos
precisam guardar alguma parte da lei de Moisés hoje “incitam à rebeldia” contra o evangelho de Deus (5:11-12).
Liberdade exige serviço (5:13-15). Embora há liberdade, em Cristo, da lei de Moisés, essa liberdade não quer dizer que estamos
sem lei (veja 1 Coríntios 9:20-21; Tiago 1:22-25). A vida do cristão é uma de serviço ao Senhor e aos outros: a fé “atua pelo
amor” (5:6,13). Esses irmãos foram divididos pelo ensinamento falso no meio deles e estavam atacando ao invés de servir um ao
outro (5:15). No seu ―zelo‖ pela lei, já estavam negligenciando a lei em que esperavam a salvação (5:14).
Andai no Espírito (5:16-26). O Espírito e a carne são inimigos naturais (5:17). Andando no Espírito excluirá, naturalmente,
andando na carne (5:16). No contexto, andar no Espírito é a mesma coisa de ser “guiados pelo Espírito”. Não é alguma experiência
mística no Espírito Santo, e sim, o andar claramente delineado em contraste com o andar da carne. Aqueles que continuam
nas “obras da carne” (5:19-21) não são guiados pelo Espírito de Deus, e “não herdarão o reino de Deus” (5:21). Por outro lado,
aqueles que cultivam “o fruto do Espírito” (5:22-23) não recebem nenhuma condenação pela lei; são justificados (5:23). O cristão
cultiva fruto espiritual porque ele se crucifica com Cristo e vive como um ressurreto, no Espírito e não na carne (5:24-25; veja
Romanos 6:1-14; Colossenses 2:11-12). Aquele que não crucificou a si mesmo ainda faz as obras da carne, tentando se exaltar por
meios carnais (5:26).

Estudo Textual: Gálatas 6:1-18


Levai as Cargas Uns dos Outros
Ensinamento falso estava causando divisão entre os discípulos na Galácia. Estavam atacando um ao outro (5:15) e invejosamente
se exaltando uns sobre os outros (5:26), ao invés de trabalhar juntos para superar batalhas espirituais. Mas, na guerra contra o
pecado, precisamos da ajuda um do outro para encorajamento e força. Em Gálatas 6, Paulo continua com as aplicações práticas na
vida cristã, exortando os irmãos a ajudarem um ao outro.
Levar as cargas dos irmãos (6:1-10). Se um irmão cair no pecado, outro que "anda no Espírito" (veja 5:16,22-26) tem a
responsabilidade de corrigi-lo, evitando que aquele esteja sobrecarregado pelo erro (6:1; veja Tiago 5:19-20; Judas 22-23).
Ajudando o outro a superar o pecado mostra o amor que cumpre tanto a lei de Moisés como a de Cristo (6:2; veja 5:14).
A pessoa de mente carnal, porém, não ajuda o irmão caído, pois vê a oportunidade para se julgar superior (6:3; veja Lucas 18:9-
14). Paulo avisa que tal auto-julgamento comparativo é vão, porque cada um será julgado individualmente de acordo com seu
próprio desempenho nos seus deveres (6:4-5; veja 2 Coríntios 5:10). Ironicamente, aquele que não ajuda o irmão caído a ficar em pé
já se julga como irresponsável.
Em termos mais gerais, o cristão tem o dever perante Deus para fazer o bem para seus irmãos. O servo de Deus tem
responsabilidade de compartilhar"todas as coisas boas" com aquele que se dedica ao ensinamento da palavra de Deus (6:6).
Com Deus, o que uma pessoa semeia é o que ela ceifará (6:7). A pessoa que desperdiça seus recursos satisfazendo desejos
carnais receberá somente a herança da carne: a corrupção. Porém, aquele que usa seus recursos para o crescimento espiritual
receberá a recompensa do espírito: a vida eterna (6:8-9).
O cristão tem a responsabilidade de usar todos os seus recursos (espirituais, financeiros e outros) de um modo que agrada a
Deus. A responsabilidade individual de fazer "o bem a todos" (6:10) incluirá ajuda ao irmão caído (6:1), apoio a um pregador do
evangelho (6:6) ou dar ajuda a qualquer um que precisa.
O Israel de Deus (6:11-18). Aqueles na Galácia que exigiam a circuncisão para a salvação não estavam realmente interes-sados
em ajudar as pessoas ensinadas, nem em guardar eles mesmos a lei de Moisés. Eles queriam evitar a perseguição pelos judeus (6:12-
13; veja 2:11-14; 5:3,14-15). Eles se gloriaram na carne dos seus "convertidos", e não na cruz de Cristo (6:13-14). Muitos hoje ainda
gloriam na carne dos seus convertidos, usando um evangelho carnal para atrair grandes números de pessoas, ao invés de ensinar a
verdade de Cristo e sofrer a perseguição da cruz (6:14; 2 Timóteo 3:12-13). A verdadeira conversão vem, não por meios carnais, e
sim na circuncisão do coração, para se tornar uma nova criatura (6:15; veja Colossenses 2:11-15). O"Israel de Deus" são aqueles
que andam segundo esta nova criação em Cristo. Estes não levam as marcas da circuncisão na sua carne, e sim as marcas de Jesus
numa vida transformada (6:16-17; veja 5:22-25; Romanos 2:28-29).

As Promessas de Deus a Israel


(Romanos 9:1-29)
Esta é a resposta a uma segunda objeção
Nos capítulos 6-8, Paulo tratou da objeção que seu ensinamento encoraja o pecado
Nos capítulos 9-11, Paulo trata da objeção que seu ensinamento contradiz as promessas de Deus aos judeus
O ensinamento de Paulo e as promessas de Deus
Paulo tinha insistido em que seu ensinamento era de acordo com as escrituras do Velho Testamento: veja 1:2; 3:21
Contudo, quando examinamos as profecias do Velho Testamento, vemos as promessas de Deus aos
judeus: Isaías 11:11-16; Jeremias 31:31-37; 33:23- 26; Zacarias 8:23; 9:9-10, etc.
Se os judeus como um todo rejeitaram Cristo, como era a salvação através dele consistente com as
promessas anteriores de Deus?
A atitude de Paulo para com os judeus (9:1-5)
Forte afirmação (9:1)
Três afirmações diferentes para reforçar
Em Cristo
Aquele que está em Cristo está sob a mais compulsiva obrigação de dizer sempre a verdade
Tudo o que Paulo fez apontava para Cristo
Afirmação solene
Forte sentimento (9:2)
Grande tristeza e aflição incessante
Paulo verdadeiramente tinha compaixão dos seus compatriotas
Forte compromisso (9:3)
Se isso fizesse qualquer bem, ele antes desejaria amaldiçoar-se a ver seus irmãos judeus perdidos
Eles eram seus irmãos na carne; seus irmãos cristãos eram irmãos no espírito
Descrição dos privilégios dos judeus (9:4-5)
Continua a lista que Paulo começou em 3:2
Maravilhosos privilégios, o clímax dos quais era Cristo, que veio através da linhagem judaica
Cristo é Deus; não devemos minimizar sua divindade
Perguntas:

1. Qual foi a atitude de Paulo referente aos seus compatriotas?


2. Como Paulo mostrou a medida de seus sentimentos a favor de seus irmãos judeus?
3. Quais bençãos os judeus possuíram?

As promessas de Deus não falharam porque nem todo Israel é Israel (9:6-13)
Anteriormente Paulo disse que Deus justifica tanto judeus como gentios que têm fé em Jesus Cristo
Desde que a maioria dos judeus não acreditou em Jesus, a maioria dos judeus não era justificada
Entretanto, Deus prometeu abençoar os judeus
Paulo insiste em que as promessas de Deus não falharam
Porque nem todo Israel é Israel
Há judeus, e há JUDEUS: João 1:47; Romanos 2:28-29
Duas ilustrações
Deus escolheu Isaque e não Ismael
Os ismaelitas eram descendentes físicos de Abraão, mas não eram contados entre os filhos
verdadeiros com respeito às promessas Deus escolheu quais descendentes de Abraão eram reais Deus escolheu Jacó e não Esaú
Um caso mais forte, desde que a mãe de Ismael era a serva Hagar, e não Sara
No caso de Jacó e Esaú
• Ambos, pai e mãe eram os mesmos
• Filhos da mesmíssima gravidez
• Jacó foi escolhido independente da lei, porque ele tinha sido escolhido antes mesmo de nascer
Os descendentes de Esaú não foram contados como herdeiros da promessa, apesar da ligação sangüínea com Abraão
• Deus sempre tinha escolhido quais descendentes de Abraão eram herdeiros da promessa
• Quando Deus nos dias de Jesus escolheu os judeus que tinham fé em Cristo, ele estava agindo como sempre tinha feito:
fazendo a escolha quanto a quais descendentes físicos de Abraão ele considerava serem os verdadeiros filhos de Abraão Deus
escolhe e sempre tem escolhido quem lhe agrada
• Deus tem o direito de definir o verdadeiro judeu, sem relação com descendência carnal ou respeito à lei
• A maioria de Israel não é Israel
• Se Deus foi justo excluindo Ismael e Esaú das promessas de Abraão, também foi justo excluindo os judeus incrédulos
Perguntas:
1. Qual era a objeção a qual Paulo respondeu neste capítulo?
2. Qual é a tese principal de Paulo na sua resposta?
3. Como ele mostrou que nem todos os israelitas são, de fato, israelitas?
4. Desafio adicional: Quais judeus eram os verdadeiros israelitas nos dias de Paulo?

Deus não é injusto (9:14-18)


Deus tem o direito de mostrar misericórdia a quem ele escolhe
A misericórdia de Deus não está dentro do poder do homem para compelir
Os judeus pensavam que tinham o direito de comandar a dispensação da misericórdia de Deus
Os atos dos homens não obrigam a Deus
Deus tem o direito de endurecer quem ele quer
Faraó perguntou, "Quem é Jeová?" e Deus lhe deu um curso de dez lições
Deus levantou Faraó e o castigou
Deus endureceu o coração dele através das pragas e da retirada deles. Estes mesmos atos abrandaram os corações de outros
egípcios.
O mesmo fogo que endurece o tijolo amolece o metal
O endurecimento do coração de um homem por Deus é um castigo pela recusa do homem a amar a verdade
(veja 2 Tessalonicenses 2:9-12; 1 Reis 22)
Observe
Este parágrafo não diz que Deus escolhe ter misericórdia ou endurecer sem relação com as atitudes e atos do homem
De fato, Deus escolhe ter misericórdia com aqueles que têm fé (veja também Provérbios 28:13; Isaías 55:7)
Este trecho simplesmente afirma o direito de Deus a escolher aqueles ou as categorias a quem ele abençoará ou punirá
Não é injusto para Deus escolher os judeus que crêem em Cristo

Queixa contra Deus (9:19-24)


A queixa: Por que Deus ainda nos culpa? Como posso resistir a sua vontade? (9:19 NVI)
O direito de Deus sobre a argila (9:20-21)
Esta resposta é uma repreensão da atitude presunçosa daquele que fizesse tal pergunta
Esta resposta trata somente do direito de Deus e não de questões de responsabilidade humana e livre arbítrio; para estudar estas
questões sob a figura do oleiro e da argila, considere Jeremias 18:1-12 e 2 Timóteo 2:19-21
O judeu pensava que somente ele seria um vaso de honra, mas Deus tem o direito de escolher os vasos de fé para honrar
Como Deus exerceu esse direito (9:22-24)
O que ele realmente fez com seu direito foi suportar com grande paciência aqueles que se tinham
preparado para a destruição; Deus lhes deu muitas oportunidades
Deus mostrou misericórdia tanto aos judeus como aos gentios de fé
Perguntas:
1. Por que Deus tem o direito de mostrar misericórdia a quem ele quer?
2. A quem Deus mostra misericórdia?
3. Qual é a objeção em versículo 19?
4. Como Paulo respondeu a esta objeção?
5. Na realidade, como Deus tratou os vasos para desonra?

Testemunho do Velho Testamento a respeito da salvação de judeus e gentios (9:25-29)


Deus chamaria aqueles que não eram seu povo (9:25-26)
O contexto de Oséias aplicou-se aos judeus: mostra que aqueles que foram uma vez rejeitados podem ser aceitos de volta
Este era o princípio dos atos de Deus e como tal era aplicável também aos gentios
Somente um remanescente dos judeus seria salvo (9:27-29)
Este é o ponto chave de Paulo
Há dois grupos de judeus: aqueles que são verdadeiros israelitas, e aqueles que não são. Deus cumpriu suas promessas ao Israel
verdadeiro e, como estava predito, os gentios se juntaram também
Perguntas:
1. Paulo citou qual profeta para provar que os gentios seriam aceitos pelo Senhor?
2. Qual era a aplicação das profecias de Isaías? Quais são os verdadeiros israelitas?

Filhos de Deus mediante a fé


“Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo
vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós
sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gálatas
3:26-29).
Os seres humanos não têm privilégio maior que se tornarem filhos de Deus. Este ponto não é disputado por aqueles que
professam afeição por Jesus como o Cristo. Aqueles que acreditam na Bíblia como a palavra inspirada por Deus concordam em
relação à necessidade de serem “filhos de Deus mediante a fé”. Sabemos que os filhos de Deus são “co-herdeiros com
Cristo” (Romanos 8:12-17). Os filhos de Deus têm o direito de clamar “Aba, Pai” (Romanos 8:15; Gálatas 4:6). Estes filhos devem
receber a “glória a ser revelada” (Romanos 8:18-19). Graças a Deus que podemos ser seus filhos!
Muitos de nós concordamos com a necessidade de sermos filhos de Deus, mas nem sempre concordamos em relação a quem são
os filhos de Deus. Um estudo detalhado do nosso texto deve esclarecer um pouco este assunto. Se repararmos expressões
equivalentes a “vós sois filhos de Deus mediante a fé” podemos entender melhor o que envolve ser filhos de Deus.
“Se sois de Cristo”
Para os filhos de Deus, Paulo disse, “se sois de Cristo” (v. 29). Se torna filho de Deus por causa de uma compra, assim é de
Cristo. Ele foi comprado com o sangue redentor de Jesus (1 Timóteo 2:6; Mateus 26:28; Atos 20:28). Aqueles que foram comprados
(redimidos) “pelo precioso sangue...de Cristo” (1 Pedro 1:18-19) são os mesmos que purificaram as suas almas, “pela obediência à
verdade” (1 Pedro 1:22) e que foram “regenerados... mediante a palavra de Deus” (1 Pedro 1:23). Aquele que pertence a Cristo é
obrigado a se submeter continuamente à sua autoridade (1 Coríntios 6:19-20; Gálatas 2:20).
“Também sois descendentes de Abraão”
Paulo também escreveu aos filhos de Deus, “também sois descendentes de Abraão” (v. 29). Quem é filho de Deus hoje goza
este privilégio por causa da promessa que Deus fez a Abraão há muito tempo (Gênesis 12:3). Os fiéis são herdeiros desta promessa.
São filhos (herdeiros) por causa das suas ligações espirituais com Abraão e não por causa de ligações carnais. Aqueles ainda
envolvidos na tradição judaica (que se orgulhava das suas ligações carnais com Abraão) acharam difícil aceitar isso – muitas vezes,
depois de terem aceitado a Cristo. É o objetivo de Paulo em Gálatas 3 mostrar a tais pessoas que é possível alguém ser um filho de
Deus, um herdeiro, e um descendente de Abraão sem fazer parte da sua descendência carnal e separado da sua lei nacional, a lei de
Moisés. Ele mostra que a promessa de Deus a Abraão incluía mais do que seus herdeiros carnais – incluía ―todos os povos‖, os
gentios (Gálatas 3:8-9). Cristo era a semente através da qual as nações do mundo seriam abençoadas (Gálatas 3:16). Assim, aqueles
em Cristo são descendentes de Abraão. Esta bênção veio através de uma promessa dada muito antes da lei de Moisés (Gálatas 3:17-
18), assim mostrando que se é filho de Deus pela fé em Cristo, de acordo com a promessa, e não de acordo com a lei. Então,
qualquer pessoa, seja judeu ou grego, pode pela fé ser recipiente da bênção prometida à descendência de Abraão sem ser
descendente pela carne ou estar sujeito à lei dada aos seus descendentes carnais. Esta lei desde então serviu o seu propósito (Gálatas
3:23-27).
“Todos vós sois um em Cristo Jesus”
A lém disso, Paulo disse, “todos vós sois um em Cristo Jesus” (v. 28). Um filho de Deus é unido com todos os outros que são
filhos de Deus mediante a fé. Em Cristo há UM corpo ou uma igreja (Efésios 1:22-23; 4:4). Aqueles que estavam longes são
reconciliados em UM corpo (Efésios 2:13,16). A Bíblia não conta nada de filhos de Deus estando em Cristo e estando em corpos ou
igrejas diferentes. A união está ―em Cristo‖ e não numa união fabricada pregada em conferências humanas. É o resultado natural de
todas as pessoas serem reconciliadas com Deus.
“Porque todos quantos fostes batizados em Cristo”
Paulo continuou escrevendo a estas pessoas, “porque todos quantos fostes batizados em Cristo...”. A palavra ―porque‖, que
inicia o versículo 27 mostra que o autor está dando uma razão por serem filhos de Deus mediante a fé. O motivo exato por serem
filhos de Deus é que foram batizados em Cristo. Assim, ninguém pode ser um filho de Deus sem que tenha sido batizado em Cristo.
Aquele que ensina a doutrina de ―somente fé‖ encontraria pouco conforto no versículo 26 se se preocupasse com o versículo 27. A
passagem inteira mostra que o ensinamento da Bíblia de salvação pela fé envolve muito mais do que dar um assentimento mental à
verdade que é Jesus o Cristo. Um filho de Deus é um cuja fé o levou a obedecer ao Senhor através do batismo (cf. Marcos 16:16;
Atos 2:38,41,47; 1 Pedro 3:21; Atos 22:16).
Amigo, ser um filho “de Deus mediante a fé” é ser “de Cristo”; é ser “descendente de Abraão”; é ser “um em Cristo”; é
ser “batizado em Cristo”. São expressões equivalentes para as mesmas pessoas dadas no mesmo contexto. Você não deseja se tornar
um filho de Deus hoje?

Somos todos filhos de Deus, ou apenas os Cristãos?

Pergunta: "Somos todos filhos de Deus, ou apenas os Cristãos?"


Resposta:A Bíblia é bem clara que todas as pessoas são criação de Deus (Colossenses 1:16), mas que apenas aqueles nascidos
de novo são filhos de Deus (João 1:12; João 11:52; Romanos 8:16; 1 João 3:1-10).
As Escrituras nunca chamam os que não são salvos de filhos de Deus. Efésios 2:3 nos diz o seguinte sobre nossas vidas antes de
sermos salvos: ―Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.‖ Ao invés de nascermos como filhos de Deus, nascemos
em pecado, o qual nos separa de Deus e nos alinha com Satanás como inimigos de Deus (Tiago 4:4; 1 João 3:8). Jesus disse: ―Se
Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo,
mas ele me enviou‖ (João 8:42). Alguns versículos depois, em João 8:44, Jesus disse ao fariseus: ―Vós sois do diabo, que é vosso
pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos.‖ O fato de que aqueles que não são salvos não são filhos de Deus também é visto em 1 João
3:10: ―Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem
aquele que não ama a seu irmão.‖
Tornamo-nos filhos de Deus quando somos salvos porque somos adotados à família de Deus através do relacionamento com
Jesus Cristo (Gálatas 4:5-6; Efésios 1:5). Podemos ver isso claramente em versículos como Romanos 8:14-17: ―Pois todos os que
são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez,
atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, {Aba; no original, Pai} Pai. O próprio Espírito
testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-
herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.‖ Aqueles que são salvos são ―filhos de Deus
mediante a fé em Cristo Jesus‖ (Gálatas 3:26) porque Deus ―nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus
Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade‖ (Efésios 1:5).

FILHOS DE DEUS

"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não
nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." (João 1:12-13)

Há muitas pessoas que pensam, erradamente, que todos somos filhos de Deus, mas não somos nada todos filhos de Deus. Só é
filho de Deus aquele que nasce de Deus.
Só é filho de um determinado casal, a criança que nascer da união desse casal, muito embora outras crianças possam ser
parecidas com ela.
NÓS SOMOS TODOS CRIATURAS DE DEUS
E porquê? Porque Deus criou-nos a todos assim como criou todo o mundo. Mas sermos filhos de Deus isso é muito diferente: só
é filho de Deus aquele que de Deus nasce, aquele que entrega a sua vida a Jesus e o recebe como seu Salvador.
Irmãos, quando alguém entrega a sua vida a Jesus, várias coisas acontecem e uma delas é que você é feito uma nova pessoa, não
por fora mas por dentro. Outra coisa que acontece é que é feito um filho de Deus.
E repare numa coisa interessante: não é você que se faz filho de Deus! Deus é que o faz Seu filho! Você não fez absolutamente
nada..
Romanos 8:15 - "Porque não recebeste o espírito de escravidão para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de
adopção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai."
Romanos 8:16 - "E o mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus."
Eu não sou mais um pecador, mas sim um filho de Deus. Eu sou aquilo que Deus diz que eu sou! Eu era um pecador, mas fui
salvo e tornei-me uma nova criatura.
Romanos 8:17 - "E se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo: se é certo
que com Ele padecemos, para que também com Ele sejamos glorificados."
SOMOS UMA NOVA CRIATURA
Havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. De noite Nicodemos foi ter com Jesus e disse-lhe:
"Rabi, bem sabemos que és Mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que Tu fazes se Deus não fôr com ele"
(João 3:1 e 2).
E Jesus respondeu e disse-lhe: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de
Deus".
E o versiculo 4 diz: "E disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer de novo sendo velho? Porventura pode tornar a
entrar no ventre de sua mãe?
Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que é
nascido da carne é carne, o que é nascido do espírito é espírito."
Este homem era princípe de uma sinagoga; era assim como que um pastor. Foi ter com Jesus e Jesus disse-lhe que ninguém
podia entrar no Reino de Deus se não nascesse de novo.
Jesus disse que ninguém entraria no Reino de Deus se não tivesse nascido de novo. Já vamos ver o que é nascer de novo.
Quando uma mãe dà à luz um bébé e rompem-se as àguas onde o bébé está no ventre da mãe, ela dá à luz um bébé.
Daí Jesus ter falado sobre o nascimento das àguas e o nascimento do espirito.
Quando uma pessoa entra neste mundo nasce das águas da bolsa que estava no ventre da sua mãe e onde o bébé esteve guardado.
A pessoa quando nasce neste mundo nasce com uma natureza errada. Pelo que para entrar no Reino de Deus ele tem de nascer
do espírito. Como se nasce do espírito? Como se nasce de novo?
PARA NASCER DE NOVO É PRECISO:
1) Crer em Jesus, que Ele morreu por todos nós na cruz do calvário.
2) Crer que Jesus derramou o seu sangue como pagamento pelos nossos pecados.
3) Crer que Jesus ressuscitou dos mortos para nossa justificação.
4) Entregar a sua vida a Jesus, e recebê-Lo como "seu" Salvador e Seu Senhor.

Jesus levou as nossas enfermidades para em troca nos dar saúde. Jesus levou a nossa pobreza para em troca nos dar
prosperidade. Jesus levou todos os nossos pecados para em troca nos dar vida eterna.
Ninguém entra no Reino de Deus se não fizer de Jesus o Senhor da sua vida.

Por exemplo: se você quiser entrar nos Estados Unidos da América tem de pedir autorização e submeter-se às autoridades do país.
Assim do mesmo modo, se você quer entrar no Reino de Deus tem de se submeter ao Rei que é Jesus. É preciso receber Jesus
como seu Salvador e seu Senhor. Jesus é um"gentleman", não vai entrar na vida de ninguém se não fôr convidado a tal. E é
precisamente no momento em que você entrega a sua vida a Jesus e acredita naquilo que Jesus fez na cruz que acontece o milagre
dentro de si, no seu espirito, no seu coração.
Jesus retira a natureza velha e põe a natureza de Deus dentre de si. A ISTO SE CHAMA "NASCER DE NOVO"!
Você passou a ser uma nova criatura, não por fora mas por dentro.
A Bíblia diz que o homem é um espírito, tem uma alma e vive dentro de um corpo. O seu verdadeiro eu é o espírito e é essa parte
que Deus salva.
Todas as pessoas que nascem neste mundo, quer acreditem quer não, quer saibam quer não, são escravas de satanás.
Toda a gente quando nasce é escrava de satanás, pelo simples facto de que os nossos pais, Adão e Eva, pecaram e ficaram com a
natureza errada e, ao darem à luz filhos, deram à luz filhos com a natureza errada.O espírito com a natureza errada não tem poder
para se transformar a si próprio.
A religião estabelece regras às pessoas. Regras não trazem salvação. Isto é uma coisa falsa. Ninguém é salvo por obras, apenas
por Jesus Cristo. Sã Jesus tem o poder de o salvar e mais ninguém tem esse poder.
Ninguém é salvo pelo seu próprio esforço, por ser uma boa pessoa, por ter as contas em dia, por nunca ter feito mal a
ninguém.Salvação não vem pelas obras.
Efésios 2:8-9 "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie."
Salvação só vem pela fé em Jesus Cristo e fé no que Jesus fez por nós. Jesus foi feito em tudo o nosso substituto, levando na
Cruz os nossos pecados, para em troca nos dar Vida Eterna com Deus.
Em Efésios 2:8 diz: "pela Graça sois salvos ..." .
GRAÇA significa um favor que não é merecido. Quando os pais dão alimento a seus filhos estes não pagam nada por essa
comida. Porque é que os pais fazem isso aos filhos? Porque amam os filhos. Os filhos nada fizeram para merecer uma cama,
mobília, refeições, escola e roupa.
O que é que nãs fizemos para merecer da parte de Deus Salvação? Não fizémos nada.

O que é que nãs demos a Deus? Nada! A maior parte das pessoas só dá os seus problemas e aborrecimentos. Mas Deus mesmo
assim nos ama.
Quando Deus nos salva é por amor, é por graça, é de"borla"! Ninguém merecia coisa nenhuma, mas Deus faz isso pelo amor que
Ele tem por nós.
Se as obras comprassem Salvação, Jesus não tinha precisado de vir à terra. Bastava fazermos boas obras e pronto.
NÃO, meus amigos! Não há obra nenhuma que chegue para comprar a sua Salvação. Foi preciso Jesus vir à terra e pagar com o
Seu sangue o preço da nossa salvação.
Por exemplo: nos Estados Unidos os negros, por volta do ano 1800, eram escravos da população branca.
Uma criança negra, no dia em que nascia era automaticamente escrava dos brancos. E repare no seguinte:

- o bébé negro não pediu para nascer;


- o bébé negro não escolheu a sua côr;
- o bébé negro não escolheu o País onde nasceu.
O bébé negro nasceu nos Estados Unidos, durante o periodo da escravatura e por isso era automáticamente um escravo.
E assim somos nós. Todas as pessoas que nascem neste planeta, quer queiram quer não (não faz diferença nenhuma) são
escravos de satanás.
O próprio Jesus disse que o diabo era o princípe deste século, deste sistema, motivo porque o mundo está no caos em que está.
Porque o diabo só vem para matar, roubar e destruir (João 10:10).
No tempo da escravatura um escravo só era solto, só era liberto, se houvesse alguém de direito, neste caso um branco, com
dinheiro, que fosse comprar a sua libertação.
O próprio escravo não se podia salvar a si mesmo. Ele bem podia trabalhar horas a fio, o dia todo, que isso não iria trazer a SUA
LIBERTAÇÃO.
SE ALGUÉM
ESTÁ EM CRISTO
É UMA NOVA CRIATURA
"Se alguém está em Cristo" refere-se às pessoas que já receberam Jesus e que por isso estão salvas.
II Coríntios 5:17 - "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."
Ser uma nova criatura significa ser de uma nova raça, uma nova pessoa; que o velho homem já morreu. Na verdade somos mais
que Super-Homens.
Hitler quiz fazer uma raça especial de pessoas. Não conseguiu! Mas Jesus fez isso connosco. Temos que saber viver como
vencedores aqui na terra.
Nós somos uma espécie nova. Quando recebemos Jesus como nosso Salvador, fomos feitos novas criaturas, não no corpo, mas
sim no espírito. O nosso exterior não muda, o interior é que muda.
A transformação é de dentro para fora; dá-se dentro de nós, no nosso verdadeiro eu, que é o espírito. A nossa salvação é cá
dentro, no espírito. Não é por fora, pois aí você parece o mesmo; mas é por dentro, no seu verdadeiro eu, que você fica diferente.
AS COISAS VELHAS JÁ PASSARAM
Fala dos nossos pecados, da nossa natureza errada. Cristianismo não é uma religião, porque não é nenhuma imposição, é uma
vivência de dentro para fora. É uma transformação interior, é Jesus, o Espirito de Deus, a natureza de Deus que entra dentro de nós.
Aqui está o verdadeiro cristianismo.
A Religião tenta fazer com que as pessoas sejam diferentes por fora, IMPONDO LEIS E REGRAS que não levam a parte
nenhuma e cheira a "mofo"!!!
Colossenses 2:20-23- "Se pois vocês já estão mortos com Cristo e se libertaram em relação aquelas noções religiosas,
rudimentares, de inspiração humana, porque vos carregam ainda de novos mandamentos como se nada tivesse mudado em relação à
velha maneira carnal de viver? E continuam a subjugar-vos com regras como: 'Não toques nisto, não comas disso, não uses aquilo!'
Tudo isso não passa de meros preceitos terrenos, inventados por seres humanos. No fim de contas, todas essas coisas que vos
proibem, são justamente para as pessoas se servirem delas.
Essas doutrinas podem ter uma certa aparência de sabedoria, revelam devoção voluntária, humildade, disciplina do corpo, mas
no fim de contas não têm espiritualmente nenhum valor, apenas servem o orgulho pessoal daqueles que se vão gabar, depois de
conseguir dominar alguns dos seus instintos." (extraído de "O Livro")
O HOMEM É UM ESPIRITO, TEM UMA ALMA E VIVE NUM CORPO
Antes de avançarmos, vamos ver que o homem é um espirito, tem uma alma e vive num corpo. Saber diferenciar o espírito, a
alma e o corpo no homem é fundamental para o entendimento das coisas espirituais.
I Tessalonicenses 5:23 - "E o mesmo Deus vos santifique em tudo; e em todo o vosso ESPÍRITO e ALMA e CORPO, sejam
plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo".
Hebreus 4:12 - "Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à
DIVISÃO DA ALMA E DO ESPÍRITO, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração".
A Biblia fala-nos em três coisas distintas. Corpo, alma e espírito. O verdadeiro eu não é o corpo, mas sim o espírito. Nãs temos
uma alma - relacionado com a mente, pensamentos - vivemos dentro de um corpo - é como um casaco (estamos vestidos com
carne).
O nosso corpo é como que um casaco que veste o seu espírito. Então o seu corpo mexe, porque o seu interior está a mexer. Mas,
um dia, quando você sair deste corpo, o corpo já não mexe mais.
Isto pode parecer esquisito para quem ouve pela primeira vez, mas quando você sabe a verdade, deixa de ter medo da morte. Por
isso Jesus disse:"E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (João 8:32).
A GRANDE QUESTÃO NÃO ESTÁ QUE A PESSOA MORREU, MAS SIM, PARA ONDE ESSA PESSOA FOI QUANDO
DEIXOU AQUELE CORPO.
ESTA É QUE É A GRANDE QUESTÃO... .
Jesus claramente diz que quando alguém morre ou vai para o Céu ou Seio de Abraão ou vai para o inferno ou Hades.
Há um abismo entre os dois lugares de modo que ninguém pode mudar de um sítio para o outro.
Quem vai para o Céu, glória a Deus, nunca mais sai de lá - e quem vai para o Inferno, infelizmente também nunca mais de lá sai.
Sabe qual é a única coisa que faz com que uma pessoa vá para o Inferno? É ela não ter entregue a vida a Jesus.
SALVAÇÃO SÓ SE GANHA NA TERRA!
No dia do Julgamento Final há-de haver aquelas pessoas condenadas pelos seus pecados e vão para o inferno, pois não
entregaram as suas vidas a Jesus, pelo que não receberam a Graça de Deus. Vão para o Inferno por não terem crido receber Jesus;
preferiram mais andar nos seus pecados.
ESPÍRITO - É o nosso espírito que Deus salva. O nosso espírito habita na região das entranhas (não vou agora discutir esse
ponto do local do nosso espírito).

Jesus disse que habita dentro do nosso espírito e que rios de àgua viva brotarão de dentro do nosso ventre (João 7:38).
Repare que quando você se assusta ou quando ri, põe as suas mãos na zona do estômago, porque é lá que você habita.
O espírito do homem é a parte onde Deus habita. Quando Deus nos fala, fala ao coração. A nossa consciência é a voz do nosso
espírito. É uma voz interior, suave, que mostra o que está certo e errado. É a voz interior que nos faz sentir culpados quando
erramos.
ALMA - A alma do homem é o centro da personalidade humana e divide-se em três partes: as emoções, que é a
parte que recebe informações dos cinco sentido; a mente, que é a parte que pensa (o intelecto), em função das
informações recebidas através dos cinco sentidos; e a vontade, onde se fazem as decisões.
CORPO - Quando morrermos um dia vamos despir este corpo.
O corpo do homem é a parte "visível", palpável do homem. É como que a "casa" onde o espírito mora. É onde
Deus habita e onde nós habitamos também.
Com o corpo nós contactamos o mundo exterior, através dos cinco sentidos: olfacto, cheiro, tacto, visão e
audição. Os cinco sentidos são como as portas e janelas da nossa "casa" que é o corpo.
Quando recebemos Jesus como nosso Senhor e Salvador, Deus retira do nosso espírito toda a natureza de pecado,
cheia de ódio, rancor, vingança ... e enche-nos com a Sua Presença. Passamos pois a ter a natureza de Deus dentro
de nós: amor, gozo, paz, longanimidade, bondade, fé, mansidão e temperança.

Deus nos dá também Vida Eterna e Ele passa a viver dentro de nós.
I Coríntios 3:16 - "Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?"
Se Deus habita dentro de si, cabe a si tirar partido dessa presença de Deus e ouvir a Sua voz. É dentro do seu coração que está o
maior tesouro que jamais pode existir, e é do seu coração (espírito) que vão sair os fluxos de vida. PROVÉRBIOS 4:23 - "Sobre
tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida"
SOMOS SANTOS E JUSTOS
Ninguém pode ter uma vida vitoriosa em Cristo se não souber quem é em Cristo.
Nós estudámos que Deus fez o mundo perfeito. Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, dando instruçðes ao homem.
Mas o homem falhou.
Adão e Eva pecaram desobedecendo a Deus. Entregaram dessa forma a Terra ao diabo. Por isso é que Jesus diz que o diabo é o
principe deste século, deste mundo, desta era. É como se a terra estivesse emprestada ou alugada por um tempo. Quando esta era
acabar Deus vai levá-la de volta.
O diabo é o senhor desta era por causa de Adão e Eva terem pecado, terem-se submetido a satanás.
O diabo entrou nesta terra e encheu a terra de maldiçðes.
O diabo é o senhor deste mundo, deste século. É ele que governa as naçðes, porque muitos cristãos não estão utilizando a sua
autoridade e esta Terra está amaldiçoada.
Por isso é que há pobreza, dificuldades, problemas, guerras, doenças e todo o género de mal.
O homem ao pecar e ao desobedecer a Deus ficou destituido da Glória de Deus. O homem estava vestido com essa glória de
Deus mas ao pecar essa glória foi removida e ele teve que cobrir o seu corpo com vestes.
Se nós pensarmos bem o homem é o único ser que precisa de ser vestido, ser coberto, para não ter frio. Todos os outros animais
estão vestidos.
O homem estava vestido, só que estava vestido com a Glória de Deus, uma espécie de manto cheio da unção da vida de Deus.
Quando o homem pecou perdeu esse manto.
ROMANOS 3:23 - "Porque todos pecaram e destituidos estão da glória de Deus".
Um dia quando formos para o céu, Deus vai dar um corpo novo, um fato novo.
O nosso corpo é como se fosse um fato; nós estamos vestidos. O nosso espirito está vestido com este corpo.
Quando nós morremos saimos deste corpo e vamos para o Céu e Deus dá-nos um corpo novo e esse corpo é um corpo glorioso
cheio da Glória de Deus. É um corpo imortal. Nunca mais vamos morrer, nunca mais vamos ter sono, ou fome. Nada disso.
Não haverá mais choro, mais problemas, porque estaremos revestidos com a Glória de Deus.
O homem perdeu a Glória de Deus e ficou apenas um ser mortal, separado de Deus, condenado à perdição eterna nas mãos do
diabo.
Se nós quisermos ver uma pequeníssima amostra daquilo que o diabo faz às pessoas, vejamos como alegres estão aqueles
Alemães que estavam no Leste. Eram como prisioneiros, numa cidade dividida. Metade era pobre. Dá vontade de rir e depois dá
vontade de chorar. Pessoas passavam fo-me; familias estavam separadas por um muro. Do outro lado, uma das nações mais ricas do
mundo.
Quem estava a amarrar aquele povo era o diabo. Eram os principes das trevas que se estavam a utilizar de pessoas e estavam a
amarrar aquele povo. Assim, o homem estava condenado a estar amarrado, prisi-oneiro naquela terra, escravo de satanás; à mercê do
diabo por causa dos seus pecados.
Por causa do pecado de Adão e Eva, ficaram com a natureza errada e deram à luz filhos com essa natureza errada. Nós somos
todos filhos de Adão e Eva e, quer queiramos quer não, quer acreditemos quer não, não faz diferença, todas as pessoas neste mundo
são prisioneiras de satanás.
O facto é que uma pessoa que nunca tenha entregue a sua vida a Jesus é um pecador, é uma pessoa com a natureza errada. Jesus
ensina:
ROMANOS 3:10-14- "Como está escrito: não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que
busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta
é um sepulcro aberto: com as suas línguas tratam enganosamente, peçonha de áspides está debaixo de seus lábios. Cuja boca está
cheia de maldição e amargura".
Há pessoas que descaradamente dizem e pensam que são muito boas:"Pastor, eu nunca fiz nem desejei mal a ninguém". Mas a
todo o tempo falam mal dos outros e a fazer asneiras sem fim.
Basta uma pessoa mentir uma vez para ter já pecado, transgredindo a Lei de Deus.
Basta uma pessoa não ligar a Deus, não prestar homenagem a Deus, não honrar a Deus naquilo que Deus manda para essa pessoa
passar a estar em falta, em delito.
Devemos, pois, compreender que aos olhos de Deus não há uma pessoa justa à face da Terra. Todos transgrediram e aborreceram
a Deus. Deus irrita-se de tal modo que nem fala às pessoas quando estas O aborrecem vezes sem fim.
Mas Deus tem grande paciência e a Sua graça permite que este mundo continue a existir.
Quem teima em pensar que é uma grande e importante pessoa, está apenas a enganar-se a si próprio. Nem aos outros consegue
enganar.
Se alguém pensa desta maneira, pode desde já ficar a saber que não nos engana, muito menos a Deus.
Em Lucas 18 lemos a história do fariseu hipócrita. Há, hoje em dia, muitos fariseus hipócritas, que são aquelas pessoas que se
acham muito sãs, muito boas, muito cheias disto e daquilo. Mas aos olhos de Deus ninguém é bom, e Jesus dizia aqui que esta
parábola se dirige aos que confiam em si mesmos, crendo que são justos e que des-prezam os outros.
LUCAS 18:10-14 - "Dois homens subiram ao Templo a orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
O fariseu estava em pé e orava para consigo, desta maneira: Oh! Deus, graças Te dou, porque não sou como os demais homens,
roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Oh! Deus,
tem misericórdia de mim pecador!
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque, qualquer que a si mesmo se exalta, será humilhado e
qualquer que a si se humilha será exaltado."
Certo dia um casal veio falar comigo dizendo que precisava de ajuda e afirman-do que a única coisa que pediam era a justiça de
Deus. Isto pelo que lhes estavam fazen-do no emprego. Eu respondi que nunca pedia justiça para mim, pois se Ele assim proceder
quem está "feito ao bife" sou eu. Não!!! Nunca peça a justiça de Deus, mas sim a misericórdia!
Muitas vezes as pessoas só pensam nas atitudes dos outros, não pensando naquilo que eles prórios fazem, o que nos faz voltar a
recordar o que está escrito em Romanos 3.
Uma pessoa que não tenha confessado Jesus Cristo como Seu Senhor e Salvador é um pecador, por dois motivos: primeiro,
porque ele peca, e segundo porque tem dentro de si uma natureza errada. Não há nada que ele possa fazer por si mesmo. Só Jesus
tem o poder para o libertar dessa natureza e dar-lhe uma natureza nova.
Todos nós pecamos e, se uma pessoa não confessar e ADMITIR os seus erros e pecados diante de Deus, jamais será salva.
COLOSSENSES 1: 20 - 22 - "E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue na cruz, por meio dele reconciliasse consigo
mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus.
A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos
reconciliou.
No corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos e irrepreensíveis e inculpáveis."
II CORINTIOS 1:1-2 - " Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à Igreja de Deus, que está
em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia.
Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai e da do Senhor Jesus Cristo".
A IGREJA DE DEUS QUE ESTÂ EM CORINTO
Esta epístola ou carta, foi escrita pelo apóstolo Paulo, aos irmãos que viviam na cidade de Corinto. No entanto, esta carta podia
ter sido escrita para os irmãos que vivem na cidade de Lisboa, ou do Porto .
AOS SANTIFICADOS EM CRISTO JESUS CHAMADOS SANTOS
Todo o indivíduo que recebeu Jesus como Salvador foi feito uma nova criatura, foi feito um filho de Deus, como já vimos, e foi
também santificado, lavado, liberto dos seus pecados, pelo Senhor Jesus Cristo. E é por esta razão que é chamado de SANTO.
Santo não é uma pessoa que nunca falha na vida, ou que é perfeito, mas SANTO é uma pessoa que foi santificada dos seus
pecados, que foi liberta, lavada dos seus pecados, por Jesus Cristo.
COM TODOS OS QUE EM TODO O LUGAR INVOCAM O NOME DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
Isto refere-se a todos os cristãos que vivem em todas as partes do mundo e que receberam Jesus Cristo.
Vemos pois, pela Bíblia, que todos os irmãos em Cristo de todas as partes do mundo são SANTOS.
Não somos santos por mérito próprio. Não podemos comprar a santidade com as nossas obras. Somos santos porque Jesus derramou
o Seu Sangue por nós, para nos santificar dos nossos pecados e nos reconciliou com Deus, o Pai.
Não sou eu que me faço a mim próprio santo; não é você que se faz a si próprio santo e não é nenhum homem que pode intitular
uma pessoa de santo. Só Deus o pode fazer. E Deus fez-nos Santos à custa do sacrificio de Jesus e não à custa das nossas obras.
Na vida de um cristão há dois tipos de Santificação:
1 - Santificação Instântanea.
2 - Santificação Progressiva.
A SANTIFICAÇùO INSTANTANEA dá-se no instante em que uma pessoa recebe Jesus como Salvador, e consiste em Jesus
perdoar e apagar todos os pecados dessa pessoa, desde o dia em que nasceu até à data que se entregou a Jesus.
A SANTIFICAÇAO PROGRESSIVA é da responsabilidade do crente, que já nasceu de novo, e consiste em confessar os seus
pecados a Deus, depois do dia que recebeu Jesus, e também em começar a viver de acordo com um padrão de Vida agradável a
Deus.
SANTIFICAÇAO INSTANTANEA Todos nós quando nascemos trazemos a natureza errada, por causa de Adão e Eva e além
disso, também pecamos. Não há ninguém que não peque. Se não fosse Jesus morrer por nós para nos lavar e purificar dos nossos
pecados, não tinhamos qualquer hipótese de entrar no reino de Deus.
ROMANOS 3:9-10 - "Pois quê? somos nós mais excelentes? de maneira nenhuma, pois já dantes demonstrámos que, tanto
judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado.
Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer".
ROMANOS 3:23 - "Porque todos pecaram e distituídos estão da glória de Deus."
Todos nós, antes de termos entregue a nossa vida a Jesus, éramos pecadores, e estávamos condenados à perdição eterna.
Algumas pessoas não se apercebem deste facto, e pensam que um dia Deus as salvará, porque elas são boas pessoas, pagam as suas
contas, não desejam mal a ninguém, etc, etc...
Mas isto é um grande engano. Aos olhos de Deus é tão grave matar, roubar e adulterar, como é mentir, criticar e falar mal de
outras pessoas. Éramos estranhos e inimigos de Deus, por causa das nossas más obras.
Mas Jesus derramou o Seu sangue na Cruz para pagar pelos nossos pecados, e para nos poder apresentar a Deus Pai SANTOS,
IRREPREENSÍVEIS E INCULPÁVEIS.
Ao recebermos Jesus como nosso Salvador e Senhor, Jesus nos limpa de todos os pecados e nos apresenta a Deus:
 SANTOS
 IRREPREENSÍVEIS
 INCULPÁVEIS
Sabe porque isto é tão importante?
Porque quando éramos pecadores, estávamos debaixo do poder do diabo. Éramos escravos do diabo quer acreditássemos quer
não.
E quando nascemos de novo ao receber Jesus, Jesus nos libertou das garras do diabo, Jesus nos libertou da escravidão de satanás,
e nos pôs no reino de Deus.
COLOSSENSES 1:13 - "O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor."
Uma vez certa pessoa disse-me: "Oh Pastor, eu não creio em nada disso. Eu cá não sou prisioneiro de ninguém. Eu cá faço o que
quero ..."
Ao que lhe perguntei: "Se você faz o que quer e não é prisioneiro de ninguém, porque é que só tem problemas, está doente, não
tem dinheiro que chegue, etc, etc...?"
Todos nós, ao nascermos, já nascemos escravos de satanás, porque ele é o príncipe deste século. Só Jesus o pode libertar dessa
escravidão porque o diabo só vem para matar e destruir.
João 10:10 - " O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir: eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância."
Ele busca ocasiðes para destruir as pessoas, através de doenças, acidentes, problemas, etc ...
Mas, a glória seja dada a Deus, no dia em que recebemos Jesus, Ele nos liberta da escravidão do diabo, nos liberta do domínio do
Pecado.
O pecado foi inventado pelo diabo, para destruir. Uma pessoa que ande na prostituição vai acabar doente. Uma pessoa que beba
demasiado vai acabar doente e cheio de problemas.
Jesus levou os nossos pecados para a Cruz, para nos livrar do ferrão do pecado e nos libertar do domínio de satanás.
É por isto que é tão importante sabermos que éramos pecadores, mas que Jesus nos fez Santos e Justos diante de Deus.
Agora já não há nenhuma condenação em relação a nós. Podemos vir a Deus com a confiança de que nos vai ouvir e reponder, e
com a certeza de que o diabo já não pode governar mais a nossa vida.
SANTIFICAÇÃO PROGRESSIVA
Agora sou salvo, sou uma nova criatura,um filho de Deus, Santo e Justo, livre dos meus pecados anteriores.
Mas será que nunca mais pecarei?
Infelizmente não é assim. Depois de recebermos Jesus, por muita vontade e determinação que tenhamos em fazer só o bem, de
vez em quando pecamos, fazendo o que não devíamos.
Agora pðe-se a questão: temos solução?
Felizmente que sim, já que Jesus também providenciou para esses pecados posteriores à nossa conversão.
I João 1:8-9 - "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça".

Herdeiro de Deus

―O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.Ora, se somos filhos, somos também herdeiros,
herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.‖ (Romanos 8:16-17).
Herdeiro é aquele que recebe uma herança, e por herança entendemos que é tudo o que alguém recebe de seus antepassados, tudo
que foi construído para ser mantido, cuidado e inclusive ampliado. Na época que Paulo escreveu para os romanos, uma herança, ser
herdeiro, tinha mais uma conotação de responsabilidade, de obrigação que o sentido de benefício que carrega em nossos dias.
Quem recebia uma herança tinha a obrigação de mantê-la, a responsabilidade de cuidar, de zelar e de fazer com que a mesma
fosse, inclusive ampliada. O peso da responsabilidade era maior que o benefício.
Quando Paulo fala de sermos herdeiros de Deus, do que ele está falando? Somente das bençãos, dos benefícios que recebemos
por nos tornarmos filhos de Deus? Não, tanto, que a questão da glorificação é algo que irá acontecer. O que ele quer reforçar é a
questão do compromisso, da obrigação e da responsabilidade de ser herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo.
O que recebemos de Deus? Quando nos tornarmos filhos por adoção, e a questão da adoção já discutimos anteriormente, o que
nos é concedido por Deus? Qual a nossa responsabilidade perante Deus e perante as pessoas? Qual o nosso papel como filhos de
Deus, como cidadãos do reino de Deus?
Primeiramente precisamos lembrar que recebemos da vida de Deus. Não recebemos outra coisa, como Paulo escreve aos
coríntios, temos um tesouro em vasos de barro. A vida de Deus, a vida eterna de Deus, e tudo o que ela representa é o que
recebemos quando nos submetemos a Cristo, reconhecendo a sua obra justificadora e que nos reconcilia com o Pai.
Tendo o entendimento que recebemos da vida de Deus, que recebemos do Espírito Santo que nos ensina e nos guia em toda a
vontade do Pai, que somos morada, templo, habitação de Deus; então pesa sobre nós esta responsabiliade sem qualquer capacidade
de medirmos. Paulo afirma também, que somos embaixadores, reconciliadores dos homens com Deus, somos nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus, somos sacerdotes. Tendo toda esta descrição no que Deus nos tranforma, compreendemos a
responsabilidade que pesa sobre nós como herdeiros de Deus?
Não podemos viver como quisermos e nem da forma como desejarmos. Temos que honrar aquele a quem declaramos servir, a
quem declaramos amar e que se deu por nós. A responsabilidade que pesa sobre nós é muito grande quanto a revelar a natureza e a
vida de Deus aos homens, por isso Jesus disse que somos a luz do mundo e o sal desta terra. Temos que fazer diferença, temos que
revelar a vida de Deus entre os homens.
Para revelarmos Deus, para mostrarmos onde formos, onde estivermos quem somos, temos que andar segundo o coração daquele
que nos resgatou e nos deu da sua vida. Não podemos andar segundo o curso deste mundo, segundo o pensamento dos homens, mas
de Deus. Ele nos fez filhos para rejeitarmos as paixões e desejos humanos para andarmos segundo o seu coração. Ser filho, ser
herdeiro de Deus, pesa esta responsabiliade de escolher entre ser amigo de Deus, revelar com quem temos andado e em quem
cremos ou se ainda não conhecemos o autor da vida, idependente do que conhecimento teórico da bíblia.
O conhecimento sobre Deus, a nossa fé na obra redendora de Jesus Cristo que nos justifica diante do Pai, tem que ser expressa
em obras que revelam a vida de Deus, temos que andar segundo o coração daquele que nos chamou e para tal, temos que fazer
morrer a natureza humana, para revelarmos a Sua vida entre os homens. Precisamos entender que não temos outro papel como
herdeiros de Deus.

CO-HERDEIROS

Toda doutrina antibíblica ou extrabíblica é uma heresia. E toda doutrina, conceito e princípio baseado na Bíblia, porém
interpretado erroneamente, ou interpretado forçosamente a bel-prazer, ou ainda interpretação de um texto fora de seu contexto
literário, geográfico e histórico, ou a interpretação de um texto isolado criando um pretexto doutrinário, é uma heresia bíblica.
ABRA A BIBLIA E CONFIRA TODOS OS TEXTOS BÍBLICOS, esvazie-se de todo conceito doutrinário e dogmático já
formado, assim como de todo espírito crítico, ore a Deus, peça unção (1ª João 2:27) e peça sabedoria (Tiago 1:5), leia as referências,
e veja o verdadeiro evangelho que foi pregado à Igreja primitiva pelo apóstolo Paulo (Romanos 2:16). NÃO LEIA SEM
CONSULTAR A BÍBLIA.
Veremos nos próximos tópicos algumas verdades bíblicas que não são propagadas nos púlpitos das igrejas. E como tema do
nosso estudo leremos o texto de Gálatas 4:7 que diz:
―De sorte que já não és servo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus.‖
Em todos os reinos, os súditos sempre quiseram ser servos do rei. No Reino de Deus não é diferente, pois todos querem ser
súditos e servos do Rei. Mas o Rei quer que tudo seja diferente no seu Reino. No Reino de Deus não há súditos, pois todos os
participantes deste Reino são irmãos do Rei. Os servos já não são mais servos, e sim filhos do dono do Reino e irmãos do Rei.
Nós somos filhos de Deus, e mesmo sendo Deus um Ser imortal, foi da sua vontade deixar todos os seus bens como herança para
o seu único Filho gerado, e também para os seus filhos adotados que recebem a herança como co-herdeiros de seu filho unigênito.
―Ora, se somos filhos, somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. se é certo que com ele padecemos, para que
também com ele sejamos glorificados.‖ (Romanos 8:17)
Em todos os casos de herança, os herdeiros recebem a herança por nomeação registrada em testamento, ou, na ausência deste,
por grau de parentesco. A nossa herança foi prometida por Deus no Novo Testamento (Tito 3:7) e assim como Deus nos adotou
como filhos, nos escolheu para sermos seus herdeiros, para de fato nos mostrar o quanto nos ama e o quanto quer que desfrutemos
da sua riqueza (Tiago 2:5).
1. IRMÃOS DE JESUS
O motivo pelo qual Deus nos fez co-herdeiros com Cristo está no fato de sermos irmãos de Jesus. Deus criou o homem a sua
imagem e conforme a sua semelhança (Gênesis 1:26; 5:1), porém o homem pecou e depois passou a gerar filhos a sua semelhança e
conforme a sua imagem. A partir de Sete os homens já não eram a imagem de Deus (Gênesis 5:3), e Deus queria que homem fosse a
imagem de Jesus, e por isso a todos que O receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (João 1:11) conforme a
imagem de seu Filho Jesus para que Ele fosse o primogênito entre muitos irmãos, e nós somos estes muitos irmãos (Romanos 8:29).
Para muitos isto é uma blasfêmia, mas para Jesus é motivo de muito louvor e glória, e é por isso que Ele não se envergonha de nos
chamar de irmãos (Hebreus 2:11,12).
2. AMIGOS DE JESUS
Se para muitos o fato de sermos irmãos de Jesus é uma ofensa, imagine o tamanho da blasfêmia se dissermos que somos amigos
de Cristo. Mas para a surpresa de alguns, foi o próprio Senhor quem tomou a iniciativa de nos chamar de seus amigos (Lucas 12:4).
Jesus não é amigo do povo de Deus como um todo, e sim amigo de cada um de nós individualmente e nominalmente (João 11:11),
pois Cristo deu sua própria vida em favor dos seus amigos (João 15:13).
Jesus é o Senhor, logo nós deveríamos ser seus servos. Porém, Jesus diz que quem lhe obedece são seus amigos, e não seus
servos. Jesus nos confidencia todas as coisas, numa relação de amigo para amigo. Numa relação de senhor para servo não existem
confidências e nem amizades. Nós já não somos servos, mas Jesus é e sempre será o Senhor (João 15:14,15).
3. JUIZES
Além de herdarmos o direito de sermos irmãos e amigos de Jesus, nós herdamos o direito de julgarmos o mundo, e não somente
o mundo, mas também os anjos caídos. Nós não somos do mundo, e por isso nós julgaremos o mundo, e por este motivo o mundo
nos odeia (João 17:14) .
A grande fúria de satanás e seus demônios contra a Igreja se dá pelo fato de que nós julgá-los-emos e condená-los-emos,
culminando em sua derrota final. Esta é a autoridade dos amigos de Jesus que julgaremos o mundo e os anjos caídos (1ª Coríntios
6:2,3).

4. LUZ DO MUNDO
O Senhor Jesus disse: ―Eu sou a luz do mundo.‖ (João 8:12)
Baseado nesta declaração, muitos pregam mundo afora que Jesus é a luz do mundo, e vivem esperando a luz de Jesus brilhar
sobre o mundo. Porém, o próprio Jesus disse que só seria a luz do mundo enquanto estivesse no mundo, período este que durou
cerca de 33 anos.
―Enquanto estou no mundo sou a luz do mundo‖ (João 9:5).
Para toda esta questão o próprio Senhor Jesus tem a resposta:
―Vós sois a luz do mundo...‖ (Mateus 5:14).
Nós somos a luz do mundo, portanto, não precisamos de luz para sermos iluminados. Nós temos de brilhar sobre o mundo, pois
até a luz nós co-herdamos com Cristo.
5. PARTICIPANTES DA NATUREZA DIVINA
Tem um ditado popular que diz: ―Filho de peixe peixinho é‖
E filho de Deus? deusinho é?
Cada ser gera conforme a sua espécie. Mas quando se trata de filho de Deus não é assim, pois Deus só gerou um Filho, que é o
Senhor Jesus. Porém, nós fomos gerados por nossos pais segundo a carne, e regenerados por Deus. Quando Deus nos regenera, Ele
nos torna participantes da sua natureza divina (2ª Pedro 1:3,4). Para que você possa entender, o homem é participante da natureza
humana, os anjos são participantes da natureza angélica e a Trindade é participante da natureza divina. Então o que Deus nos faz é
nos trazer para a sua natureza nos regenerando como seus filhos.
Vemos que Deus nos doa todas as coisas que conduzem a vida e a piedade e nos chama para a sua própria glória e virtude (2ª
Pedro 1:3,4).
―Eu e o Pai somos um‖ (João 10:30).
Esta declaração de Jesus Cristo despertou a ira dos judeus, que tentaram matá-lo, pois para os judeus Jesus tinha blasfemado ao
dizer que era um com o Pai (João 10:31-33). Jesus defendeu-se da seguinte maneira:
―Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses? Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a
Escritura não pode falhar, então daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas, porque declarei: Sou
Filho de Deus?‖
(João 10:34-36)
Jesus cita um texto do Antigo Testamento no qual Deus chama homens de deuses (Salmos 82:1,6,7). Baseado neste texto Jesus
indaga aos judeus:
Se Deus no Antigo Testamento chamou homens de deuses, vocês querem me matar por eu ter dito que sou Filho de Deus?
A resposta de Jesus é de tamanha sabedoria, pois Deus, no Antigo Testamento diz:
―Eu disse: Sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo. Todavia, como homens, morrereis e, como qualquer dos príncipes,
havereis de sucumbir.‖ (Salmos 82:6,7).
Nós somos filhos do Altíssimo, logo somos deuses, isto é, participantes da natureza divina. Sendo participantes da natureza
divina podemos praticar a justiça e sermos justos assim como Deus é justo (1ª João 3:7). Deus, através da disciplina, nos faz
participantes da sua santidade (Hebreus 12:10), pois, segundo Deus é, também nós somos neste mundo (1ª João 4:17).
Veja nesta planilha o que significa sermos co-herdeiros com Cristo:

Participantes da Natureza de Deus


2ª Pedro 1:3,4
Participantes da Santidade de Deus
Hebreus 12:10
Justo Como Deus é Justo
1ª João 3:7
Assim Como Deus é Nós Somos Neste Mundo
1ª João 4:17

6. ARMAS ESPIRITUAIS
Todos os cristãos querem que seus parentes e amigos sejam salvos. Os ímpios que estão no inferno também querem que seus
parentes e amigos sejam salvos para não irem para aquele lugar de grande sofrimento e tormentos (Lucas 16:27,28). Deus, porém,
deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade através das Escrituras (1ª Timóteo 2:3,4).
Todos fazem orações a Deus, pedindo para Deus salvar seus parentes e amigos. Diante destas orações nos vemos num
questionamento: Qual será a resposta de Deus?
A resposta é que o desejo de Deus em salvar todos os homens é infinitamente superior ao desejo que os homens têm de serem
salvos. Deus, mais do que eu, deseja ver meus parentes e amigos salvos. Diante desta declaração surge outra indagação: Se Deus
deseja salvar a todos. Então por que Deus não realiza o seu desejo, visto que Ele é onipotente?
Isto é apenas um desejo de Deus, e não sua soberana vontade. Além disso o homem é salvo pela sua fé em Jesus, esta fé vem
quando o homem ouve o evangelho e crê em Jesus Cristo (Romanos 10:13-17).
E nem Deus, nem os anjos estão encarregados da pregação do evangelho. Esta missão pertence ao homem, embora os anjos
quisessem realizar tal missão (1ª Pedro1:12).
Diante das orações pedindo pela salvação dos nossos parentes e amigos, Deus diz: ―Eu quero salvá-los, mas para isso é
necessário que vocês preguem o evangelho aos seus parentes e amigos para que eles ouçam o evangelho e creiam nele, pois a fé vem
pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo.‖
―Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como
crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue? Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra
de Cristo.‖ (Romanos 10:13,14,17).
Não adianta pedir a Deus para salvar os nossos amigos e parentes, pois Deus não irá pregar o evangelho para eles, pois a
salvação vem pela fé, e a fé vem pela pregação do evangelho, e não pela oração. Se quisermos ver os nossos parentes e amigos
salvos, teremos de pregar o evangelho para eles para que possam crer. O Senhor Jesus disse: ―Ide por todo o mundo e pregai o
evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.‖ (Marcos 16:15).
Surge outra questão: E se os parentes e amigos não crerem no evangelho após ouvirem a pregação?
A primeira arma é a pregação do evangelho. A segunda arma só é usada se a primeira falhar, ou seja, se a pessoa não crer no
evangelho após ouvir a pregação.
―Porque as armas de nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando sofismas e toda
altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo; e estando prontos
para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão.‖ (1ª Coríntios 10:4-6).
Uma mulher argentina, espírita, casada e mãe de três filhos havia destruído seu lar, já não cuidava dos filhos, pois era viciada
em bebidas alcoólicas e seu marido já não agüentando mais, resolveu deixá-la, e levar os filhos do casal. Mas havia alguém
sofrendo, que por dois anos e meio orava pedindo a Deus para libertar e salvar sua irmã. Desiludida por não ter suas orações
respondidas, e ver a vida de sua irmã afundar cada vez mais, ela resolveu conversar com o seu pastor, e lhe disse que há dois anos e
meio orava pela libertação e salvação de sua irmã e Deus não lhe respondia. O pastor lhe aconselhou a usar a segunda arma para
destruir a fortaleza, que neste caso era o vício do álcool. O pastor lhe ensinou a usar a segunda arma, e até que o vício fosse vencido
ela deveria repetir esta frase: ―Vício maligno tu não tens domínio sobre a vida de minha irmã.‖.
Depois de duas semanas sua irmã estava livre do vício, e não bebia mais. Ao saber desta vitória o pastor mandou que ela usasse a
primeira arma em sua irmã, pois quando embriagada não podia ouvir o evangelho. Mas liberta do vício, recusou-se a crer no
evangelho pregado por sua irmã, alegando ser espírita e crer em ―outro evangelho‖. O pastor lhe disse para partir para a segunda
etapa para anular os sofismas e toda altivez levantada contra o conhecimento de Deus, que neste caso era o espiritismo. E lhe disse
para repetir esta frase: ―Eu e minha casa serviremos ao senhor, pois todo argumento está quebrado.‖ Após duas semanas a espírita
surpreendeu sua irmã ao lhe pedir para levá-la a sua igreja, pois inexplicavelmente não mais se identificava com a doutrina espírita.
Visando levar cativo todo pensamento da espírita à obediência de Cristo, o seu pastor lhe pediu para repetir esta outra frase: ―Você
crerá no Senhor Jesus e será salva tu e a tua casa.‖
Após seis semanas sua irmã havia reconstruído o seu lar, havia se reconciliado com seu marido, e toda família se converteu ao
Senhor Jesus.
Uma mulher orou por dois anos e meio pedindo a Deus para libertar e salvar sua irmã alcoólatra. Após conhecer armas
poderosas em Deus, ela conseguiu a libertação e salvação de sua irmã e sua família em apenas dois meses e meio.
A primeira arma é a pregação do evangelho. A segunda arma é a palavra de poder que, pela autoridade que nos foi dada,
podemos determinar. Assim Deus criou o mundo (Salmos 148:5), e assim o Senhor Jesus Cristo sustenta o Universo (Hebreus 1:3).
A palavra de poder nos capacita a converter pessoas ao evangelho. Jesus disse a Pedro: ―e tu, quando te converteres, converta teus
irmãos.‖ (Lucas 22:32)
―Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converter o pecador do seu
caminho errado, salvará da morte a alma dele, e cobrirá multidão de pecados.‖ (Tiago 5:19,20)
7. AUTORIDADE E PODER
Um pastor e escritor, não me lembro se americano ou israelense, sonhou que estava num quarto conversando com Jesus, quando,
subitamente, surgiu no quarto um demônio, e começou a espalhar uma névoa que rapidamente encheu o local, e impediu o pastor de
continuar a ver o Senhor Jesus. Contudo, o pastor continuou a ouvir a voz de Jesus. Porém, o demônio passou a gritar, tentando
impedir que o pastor ouvisse a voz de Cristo. O pastor, desesperado, passou a gritar: ―Jesus faça alguma coisa.‖
Então o Senhor lhe respondeu: ―Eu não farei nada, pois lhe dei autoridade para expulsar demônios. Faça uso dela.‖
Muitas pessoas acham que esse fato é fictício. Eu li este fato num livro, e não me recordo bem se foi sonho ou visão, mas
acredito que talvez isso possa ter realmente ocorrido. Minha opinião se fundamenta em alguns fatos bíblicos. Já na cruz Jesus disse
sua última frase: ―Está consumado‖ (João 19:30). Esta frase mostra que a missão de Jesus estava cumprida, e que as demais coisas
podem ser desenvolvidas pelos filhos de Deus. Eu já mostrei que só Jesus salva, mas os co-herdeiros podem converter. Só Jesus
perdoa e apaga pecados, mas os co-herdeiros podem cobrir multidões de pecados. Diante de tudo isso vemos que nós temos muita
autoridade, mas quando nos é apresentado um enfermo, oramos pedindo a Deus para curar o enfermo, quando o certo seria exercer a
autoridade que nos foi outorgada, e declarar a cura do enfermo. Assim agia a Igreja Primitiva no primeiro século. Os apóstolos
Pedro e João foram abordados por um homem coxo que lhes pedia esmola (Atos 3:1-10). ―Disse-lhe Pedro: Não tenho prata nem
ouro; mas o que tenho, isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda.‖ (Atos 3:6). Pedro deu o que tinha, ou seja, a
autoridade que tinha para curar. Veja que Pedro não fez nenhuma oração pedindo a Deus para curar o coxo. Foi o Próprio Pedro
quem curou o coxo usando a autoridade que o Senhor Jesus lhe deu para curar.
Em outra ocasião Pedro encontrou Enéias, que estava paralítico há oito anos (Atos 9:32-35). Logo de cara Pedro lhe diz:―Enéias,
Jesus Cristo te cura; levanta e faz a tua cama.‖ (Atos 9:34). Vemos que Pedro, novamente, não faz nenhuma oração, jejum ou
corrente pedindo a Deus para curar o enfermo. Em outra ocasião o apóstolo Paulo usa a autoridade que lhe foi dada para cegar um
filho do diabo. (Atos 13:4-12).
É comum ouvirmos em nossas igrejas pessoas dizendo que é Deus quem cura, e nós não podemos fazer nada, somente orar
pedindo para Deus fazer a obra. Esta não é a opinião de Jesus, pois sabe que fomos investidos de grande autoridade. Jesus prometeu
que com autoridade nós faremos obras maiores que as suas: ―Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse
também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para o Pai‖ (João 14:12). O que Jesus disse é que
nós faremos obras maiores que as dele porque Ele foi para o Pai, isto é, nós assumimos a sua função. E é por isso que Jesus disse na
cruz: ―Está consumado‖ (João 19:30). É comum ouvirmos em nossas igrejas pessoas dizendo que para Deus não há impossíveis,
mas para o homem nem tudo é possível. Esta não é a opinião de Jesus, pois sabe que fomos investidos de grande autoridade. Jesus
disse que nada é impossível para os co-herdeiros:
―Por causa da vossa pouca fé; pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda direis a este monte: Passa
daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível.‖ (Mateus 17:20)
O poder faz crescer o número de crentes e também os milagres. Na Igreja Primitiva até a sombra de Pedro e as roupas de Paulo
tinham poder para curar enfermos e expulsar demônios. E até veneno de cobra não lhes causava dano algum (Atos 28:3-6).
―E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E estavam todos de comum acordo no pórtico de
Salomão. Dos outros, porém, nenhum ousava ajuntar-se a eles; mas o povo os tinha em grande estima; e cada vez mais se
agregavam crentes ao Senhor em grande número tanto de homens como de mulheres; a ponto de transportarem os enfermos para as
ruas, e os porem em leitos e macas, para que ao passar Pedro, ao menos sua sombra cobrisse alguns deles. Também das cidades
circunvizinhas afluía muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de espíritos imundos, os quais eram todos
curados.‖ (Atos 5:12-16)
―E Deus pelas mãos de Paulo fazia milagres extraordinários, de sorte que lenços e aventais eram levados do seu corpo aos
enfermos, e as doenças os deixavam e saíam deles os espíritos malignos.‖ (Atos 19:11,12)
8. A ORAÇÃO
Eu falei desde o início que devemos usar a nossa autoridade, porém a nossa maior arma é o dialogo com Deus, que chamamos de
oração. Quando falei da autoridade, estava mostrando uma outra forma de alcançar a libertação e a cura. A oração acaba com o
sofrimento, vence a doença e perdoa os pecados. O poder da oração é muito grande, por ser ela a mais eficaz forma de mantermos
comunhão diária com Deus Pai, com o Espírito Santo e com o Senhor Jesus. Leia com atenção este texto:
―Está aflito alguém entre vós? Ore. Está alguém contente? Cante louvores. Está doente algum de vós? Chame os presbíteros da
igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e,
se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros,
para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua atuação. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e orou
com fervor para que não chovesse, e por três anos e seis meses não choveu sobre a terra. E orou outra vez e o céu deu chuva, e a
terra produziu o seu fruto.‖ (Tiago 5:13-18)
9. CONCLUSÃO
A maior herança que recebemos é o evangelho, e a nossa maior missão é propagá-lo mundo afora. Milagres, curas, poder não
têm sentido se o objetivo não for a salvação de uma alma. Tome posse da autoridade que o Senhor Jesus te deu, ore muito, leia
muito a Palavra de Deus e pregue o evangelho de Cristo, insta a tempo e fora de tempo. (2ª Timóteo 4:2)
Por último, então, apareceu Jesus aos onze, estando eles reclinados à mesa, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza
de coração, por não haverem dado crédito aos que o tinham visto já ressurgido. E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o
evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais acompanharão aos
que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera,
não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados. (Marcos 16:14-18)
E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos
tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.
(Mateus 28:18-20)

A responsabilidade do povo de Deus

Paulo Afirma: Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a
ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus (Rm 8.18,19 [ARA]).
O texto em questão deixa claro que o tempo presente faz parte de um gerúndio entre o passado e o futuro. Aponta para o
movimento, em que a criação ficou sujeita à vaidade, está sofrendo no momento e será redimida quando chegar a hora. O sofrimento
do tempo presente é compartilhado por toda a criação. Estamos diante de um processo que teve início com a desobediência da
humanidade e terá seu fim na glorificação. Essa glorificação só será possível por causa da obediência do segundo Adão. Jesus nos
deixou o exemplo a respeito da obediência à voz do criador.
Neste tempo presente em que vivemos, temos a responsabilidade de obedecer à Palavra de Deus. Assim, o foco nesse ponto é o
processo. Paulo diz claramente que a criação aguarda que os filhos de Deus sejam revelados. O sentido do verbo aguardar
(avpekde,comai -apekdechomai), é estar de cabeça erguida com olhar ansioso, para ver algo que está se aproximando. Segundo Stott
(200, p. 287), o que a criação tem tentado ver é a revelação dos filhos de Deus, almejando o desvendar de sua identidade. Fica claro
que é algo futuro. Contudo, até que seja consumado esse quadro, não podemos ficar inertes diante dessa situação.
Paulo segue afirmando: Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na
esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus
(Rm 8.20,21 [ARA]).
É fato que a criação está passiva diante das atrocidades da humanidade, mas não por sua própria vontade. Já os cristãos, por
vontade própria, não devem permanecer passivos diante desse quadro desolador. Todos sofrem com a situação alarmante que a
natureza passa hoje. Essa é uma existência escravizada pela ausência de ética eficaz.
O texto aponta para os filhos de Deus e, nesse contexto, Romanos 8 trata acerca dos herdeiros de Deus. São os que receberam o
espírito de adoção e por isso podem clamar: Abá, Pai! Cranfield (2005, p. 185) afirma que os crentes já são os filhos de Deus nesta
vida. A partir da ressurreição de Jesus, temos a revelação dos eleitos de Deus, aqueles que foram adotados como filhos e, por isso,
são herdeiros. Estão presentes no mundo e são guiados pelo espírito de Deus.
Calvino ressalta que a humanidade deve ser despertada para a realidade de que toda a criação inocente é punida por conta do
pecado (2001, p. 293). Deve-se reconhecer que a culpa é do homem pela criação estar em sujeição à corrupção. Esse despertamento
é tarefa do povo de Deus, que conhece a ética eficaz para a manutenção de um mínimo necessário para a vida, até que venha o fim.
Os filhos de Deus devem compreender que, como herdeiros, têm a responsabilidade de cuidar da herança do Senhor, que
certamente não pode ser reduzida a alguma coisa, em algum lugar no céu. A herança do Senhor é toda a criação.

Problema: vida cristã polarizada


Boa parte dos cristãos esteve cativa de um sutil ensino gnóstico, que polariza a vida cristã. O dualismo gnóstico divide o
ambiente do crente em duas esferas: de um lado, a boa igreja, e, do outro lado, o mundo mau. A implicação desse tipo de ensino está
no entendimento de que o crente não pode estar no mundo, nem se envolver com as coisas do mundo, pois é mau. O envolvimento
dos cristãos se dá através da ponte que liga a igreja ao mundo: o evangelismo. Fora disso, não pode haver envolvimento, pois o
mundo jaz no maligno (1Jo 5.19), e os crentes devem fugir do envolvimento com ele. Isso pode ser apontado como um dos motivos
da total alienação dos crentes em relação ao mundo e às questões relacionadas: política, economia, ecologia, botânica, sociologia,
etc.
Devemos reconhecer que isso tem mudado. Porém, não é mudança apenas como fruto de uma responsabilidade social. Com uma
pregação mais universalista, os crentes têm ido ao mundo para usufruir, com fins materialistas e hedonistas.
Há o que vai ao mundo e realiza uma missão social efetiva, porém abandonando a fé real que alimenta a alma. Deve haver
equilíbrio. O povo de Deus deve compreender a respeito de sua posição em relação ao mundo, conservando uma ética cristã, como
salvos em Cristo Jesus, e uma vida devocional constante.
Jesus nunca ensinou que os discípulos deveriam sair totalmente do mundo. Pelo contrário, ele os enviou do mesmo modo que o
Pai o enviou (Jo 20.21). Jesus não pediu que os tirasse do mundo, mas que os livrasse do mal (Jo 17.4).
Horton diz que nenhuma parte da atividade humana deveria ser vista como fora do interesse e do desígnio providencial de Deus
(1998, p. 90). Deus é o Senhor de todos os aspectos da vida e, nesse sentido, a Palavra de Deus deve governar todas as áreas da vida.
É importante destacar esse ponto, uma vez que a proclamação dessa palavra deve seguir essa premissa. Se a mensagem visa apenas
ao ser interior da humanidade, é parcial e relativa. Se ela visa somente ao exterior, também é relativa. A mensagem deve ser
integral, ou seja, contemplar não somente o interior do ser, mas também sua totalidade e o ambiente em que se encontra.
Missão: do caos para a ordem
O livro de Gênesis mostra Deus criando os céus e a terra, os animais e as plantas, o homem e a mulher. À humanidade, Deus deu
o domínio e os colocou para guardar o jardim com regras específicas (Gn 2.18-25).
O relacionamento entre homem e Deus qualificava o paraíso e mantinha a ordem nesse meio ambiente equilibrado. Porém, havia
proibições. A quebra de uma ordem específica foi a causa da corrupção generalizada sobre a terra (Gn 6).
É interessante perceber o cuidado de Deus pela natureza e a ordem que estabeleceu.
Há leis naturais reguladoras que foram criadas por Deus, quando os fez ―segundo a sua espécie‖. Deus estabeleceu estações do
ano (Sl 74.17), regras para os ventos (Jó 28.25), processo de evaporação (Gn 2.6; Jó 36.27-29), regras para a precipitação das chuvas
(Jó 5.10; At 14.17), e descanso para a terra (Êx 23.10). Ele proibiu o abate de animais novos demais (Ex 34.26), proibiu a matança
da ave-mãe quando com os filhotes no ninho ou sobre os ovos (Dt 22.6-7), evitando o extermínio em massa de animais (Jn 4.11b).
Também estabeleceu o cuidado com as fezes (Dt 23.12-14), e assim por diante.
Deus fez determinados pactos com a criação, baseado no modo que fez as coisas. Deus não viola qualquer aliança, e a trata com
integridade: cada coisa em sua própria ordem, cada coisa no modo em que ele a fez. Nesse sentido, deveria o homem tratar da
mesma forma, tratar cada coisa com integridade em sua própria ordem, respeitando o equilíbrio de
seu meio.
O fato simples é que, se o homem não for capaz de resolver seus problemas ecológicos, então os recursos do homem irão
perecer. É bastante concebível que o homem não poderá pescar nos oceanos como no passado e que, se o equilíbrio nos oceanos for
muito modificado, o homem se encontrará até mesmo sem oxigênio suficiente para respirar (SCHAEFFER, 2003, p. 12).
Deus colocou ordem no caos. O homem foi da ordem para o caos. Agora a criação é passível de suas ações destruidoras. A
proposta é o retorno à ordem. O respeito a todas as coisas criadas deve ser exercido de modo consciente e com honestidade. A
questão da preservação do meio ambiente, ligada à responsabilidade social, está nas mãos desta geração.
O homem moderno tem trazido destruição sobre a boa criação de Deus e não lhe tem dado nenhum valor efetivo. Tudo o que ele
tem é um valor pragmático da forma egoísta mais grosseira.
Schaeffer diz que ao homem foi determinado o domínio sobre a criação, mas que, depois da queda, ele tem exercido esse
domínio de maneira incorreta (2003, p. 49). Ou seja, tornou-se um ser rebelde que se posicionou de modo autônomo no centro do
universo e explora as coisas criadas como se fossem nada em si próprias, como se tivesse direito autônomo sobre elas.
Rega levanta uma questão importante quando declara que, ao estabelecer a indústria, a humanidade passou a produzir poluentes
que destroem o meio ambiente (1992, p. 30). É certo que o homem moderno necessita da indústria, porém mais ainda de uma
solução. O que as pessoas fazem a respeito de sua ecologia depende do que pensam sobre si mesmas.
A solução deve vir de dentro, pois esta é a causa real: o homem tem poder de dominar a natureza, porém a usa de modo errado.
Vemos, portanto, que o homem polui porque ele pertence a uma raça rebelde, porque ele é por natureza filho da ira (Ef 2.3).
Enquanto ele permanecer nesse estado de rebeldia — ativa ou passiva, consciente ou inconsciente — ele irá poluir a terra (REGA,
1992, p. 30).
O profeta Isaías já havia previsto a situação de caos relacionada com a ecologia: ―Na verdade a terra está contaminada por causa
dos moradores; porque transgridem as leis, mudam os estatutos, e quebram a aliança eterna‖ (24.5 [ARA]). O mundo morre porque
o homem é desobediente. A Bíblia é clara quando afirma que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23).
A natureza estará equilibrada quando as leis de Deus forem observadas e, para isso, faz-se necessária a reconciliação do homem
com Deus. Essa reconciliação só pode ser feita quando o homem aceitar definitivamente a Jesus Cristo como Senhor e salvador de
sua vida. Não somente isso, mas também se submeter à sua poderosa vontade e obedecer aos seus preceitos, que são bons e
produzem saúde.
Sinergismo na obra da manutenção
As causas da corrupção e destruição da criação estão enraizadas na natureza decaída do homem. O pecado trouxe todo o
transtorno à ordem criada e, por isso, essa criação está em cativeiro. Cristo, todavia, opera a obra de restauração, que não se limita
apenas à nova vida dada ao indivíduo, mas abrange a restauração de todo o universo. A contribuição da humanidade no estado atual
das coisas é o pecado. A contribuição de Jesus para a manutenção e restauração de todas as coisas é a vitória sobre esse pecado.
A única esperança para a criação, para o universo todo, bem como para o homem, está no caráter de Deus, e da seguinte maneira:
a glória de Deus e a honra de Deus impedem-no de deixar que o mundo se perpetue como está. Se Deus é Deus, o grande criador, se
Deus é todo-poderoso, tendo sob seu comando todo governo e autoridade, então o próprio caráter de Deus torna completamente
impossível que ele deixe a criação como se encontra no tempo presente. Ele não pode deixá-la nessa condição de vaidade, nessa
condição em que ―geme‖ e ―sofre dores de parto‖ (LLOYD-JONES, 2002, p. 81).
Deus tem interesse que sua criação saia do estado atual. É incoerente com o caráter de Deus imaginar que o kosmos deva
permanecer nesse estado permanente. Quando olhamos para a criação, temos o discernimento daquilo que o apóstolo Paulo diz e
podemos ver as imperfeições, a vaidade e a corrupção. Esses elementos estão presentes porque Deus amaldiçoou a terra, porém não
a abandonou. Ao contrário, deu-lhe esperança de livramento, em que o ser humano teria um papel fundamental. Agora, o povo
redimido deve compreender que está ativamente envolvido num sinergismo com o próprio criador.
O autor de Hebreus afirma: ―O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as
coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade,
nas alturas; feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles‖ (Hb 1.3 [ARA]).
De um lado, temos Deus sustentando todas as coisas pela palavra de seu poder; de outro, temos os cristãos agindo de maneira
eficaz em obediência a essa palavra. Depois da queda, o homem passaria a ter uma função indicativa na relação com a natureza, não
somente apanhando frutos para o consumo, mas agindo efetivamente. Ele deveria trabalhar e comer do suor do seu rosto e manter,
constantemente sob controle, os espinhos e as ervas daninhas.
Como diz Lloyd-Jones, a criação está atada ao homem e o que acontece com o homem inevitavelmente é forçoso que aconteça
com a criação (2002, p. 87). Deus tem agido, constituindo novas criaturas e capacitando-as para influir no meio em que estão
inseridas. É certo que isso não significa o paraíso na terra, mas a possibilidade de manutenção até que todas as coisas recebam a
glorificação. Até que isso ocorra, o povo de Deus também tem a responsabilidade de cuidar do meio ambiente para a preservação da
vida.
Parte 4 – O papel da igreja no meio ambiente
Lopes, citando Calvino, afirma que, se Cristo é Senhor de toda a existência humana, se cremos assim, então é dever da igreja dar
atenção às questões sociais e políticas. Ele segue dizendo que, para Calvino, a restauração inaugurada por Cristo ocorre inicialmente
no seio da igreja. É na igreja que a ordem primitiva da sociedade, tal qual Deus havia estabelecido, tende a ser restaurada. É certo
que se trata de restauração parcial, não pretendendo estabelecer ação plena. Porém, deve ser compreendida como ato inerente ao
cristão, como ser responsável designado por Deus para tal função (s/data, p. 9).
A igreja tem um papel importante na propagação do evangelho integral. O evangelho é o poder de Deus para salvar o mundo.
Contudo, diante de uma influência gnóstica e uma mensagem distorcida da escatologia, tende-se a empurrar para longe o problema
da ecologia nas igrejas. Muitos têm vivido aguardando a vinda de Jesus, em constante fuga deste mundo tenebroso.
É certo que esse momento chegará, porém não podemos ficar simplesmente de braços cruzados, uma vez que temos
responsabilidade social como todo mundo.
Despertando a consciência cristã
O escritor João A. de Souza Filho (1992, p.81) faz uma afirmação nesse sentido dizendo que não negamos o céu e sua existência,
nem a questão da volta de Jesus, mas não podemos viver um escapismo escatológico que nos aliena das questões da terra.
Se a igreja andar em harmonia com seu Deus e observar seus preceitos, ela deverá promover mudanças profundas na sociedade.
A igreja é comissionada pelo criador do planeta e tem em si a lei suprema do Senhor no coração, lei esta que tem o poder de libertar
tudo e todos dessa destruição sem limites, a saber, o amor.
Nossas crenças são baseadas na redenção divina da terra, que acontecerá quando houver a manifestação do Filho de Deus, Jesus
Cristo. A natureza ficará livre de seu cativeiro através dos filhos de Deus.
Para mudar o comportamento do homem, é necessário mudar o próprio homem; e a igreja tem a resposta, que é Cristo. Sabemos
que o pecado do homem trouxe corrupção à terra. Também sabemos que onde abundou o pecado, superabundou a graça de Deus
(Rm 5.20). É este o principal fundamento: Jesus Cristo, o Senhor dos senhores, rei do universo. Só Ele tem o poder de determinar o
que deverá acontecer no planeta, sejam chuvas, sol, nascimento, morte, enfim, tudo está sob o controle do Senhor.
A igreja tem a resposta: os redimidos vivendo em santidade, em obediência ao Deus todo-poderoso, com a consciência de que
têm a solução que a sociedade tanto necessita nestes dias atuais.
Porém, a igreja pode se tornar um sério problema quando se isola das questões sociais, quando se fecha nas quatro paredes em
busca se seus próprios interesses. A igreja que toma esse caminho não faz de modo aberto, mas na sutileza da mensagem
espiritualista, em que não importam as questões que não se relacionam com esse tema.
Na cruz do calvário, Deus traz libertação para que aconteça o retorno ao relacionamento harmonioso com o criador. Em Cristo,
há libertação do homem. Como eleito de Deus, ele deve cumprir seu papel de vice-governador do planeta, como diz o texto de
Gênesis 1.12: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre
as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra (grifo nosso,
[ARA]).
Os eleitos de Deus devem ter a consciência de que, como novas criaturas, recebem capacitação especial para o governo, e
sabedoria para o cuidado e recursos do criador para a manutenção. Entretanto, sem o propósito salvífico de Deus, não há qualquer
esperança para o homem e para toda a criação.
O cristão não pode entrar em reclusão em seu meio eclesiástico, de modo a focar seus esforços apenas nas questões espirituais.
Ele deve ter plena consciência de sua permanente interação com o meio onde vive. O Professor Rega (1992, p. 30) diz que, quando
o homem polui o seu ambiente, ele está automaticamente se autodestruindo. A maneira de explicar esse comportamento suicida do
homem está nas Escrituras Sagradas. Toda a terra ficou corrompida com a entrada do pecado, assim como o homem degenerado.
Por esse motivo, não podemos esperar que nossas instituições nos conduzam aos verdadeiros valores ecológicos e à verdadeira
preservação da natureza. Nossos sistemas políticos poderão até ter uma participação nesse processo, mas será sempre condicionado
à preservação de seus interesses próprios. Do mesmo modo, o homem, de modo geral, age contra seu próprio futuro, porque
egoisticamente se apodera de tudo quanto atrai sua atenção de seu próprio habitat (NETO, 1992, p. 10).
A questão apresentada aqui está intimamente ligada ao interior do homem, e não somente às regras. É uma questão de
conscientização profunda e negação do egoísmo. Para o ser degenerado, isso é impossível, pois visa sempre a seus interesses. Nesse
ponto, destaca-se a responsabilidade do cristão.
Penã levanta a justa questão: Diante do quadro desolador atual, não seria demasiado tarde para alguma solução cabível? Será que
não avançamos a ponto de não haver mais retorno? Precisamos realmente reconhecer que, nesse processo de submissão ilimitada ao
meio ambiente natural, não é o homem vencedor. Refletir nas ideologias puramente humanas e achar que estas poderão resolver os
problemas que levantam equivale a absolutizar suas potencialidades. Como diz Penã, é como queimar a madeira dos vagões para
alimentar a caldeira da locomotiva (1989, p. 167).
Deus é o criador de todas as coisas. A Bíblia afirma isso em alto e bom som (Gn 1). O criador não realizou sua obra e a deixou
ao acaso, permanecendo na transcendência, mas é Deus imanente e está agindo por meio de seus filhos. Há um dever e uma
consciência em se buscar uma solução para o meio ambiente. Contudo, muito pouco se fala do Criador da natureza. Por isso, faz-se
necessário um posicionamento cristão frente aos problemas éticos ecológicos, com estudos bíblicos em linguagem conceitual.
A catástrofe do meio ambiente pode ser detida a partir de um posicionamento ético que dirija e controle os programas técnico-
científicos. Essa ética deve também mobilizar a população mundial e motivar uma tomada de decisão exigida pela situação. As
autoridades estão conscientes dessa necessidade. O malogro da Conferência de Estocolmo sobre o meio ambiente (1972) colocou
em evidência a necessidade de consenso sobre um quadro de valores morais universalmente aceitos para fazer frente à crise (PENÃ,
1989, p. 169).
Nós devemos ter o domínio sobre a natureza, mas não devemos usá-la de forma semelhante ao homem caído, agindo fora dos
valores éticos. Dessa forma, o cristão tem condições de exercer domínio sem ser elemento de destruição.
O cristão deve ter consciência de sua posição importante na sociedade, pois, quando a igreja coloca suas crenças em prática, na
relação do homem com a natureza, existe cura substancial. A comunidade cristã deve ser uma exibição viva na verdade de que, em
nossa situação presente, é possível ter curas substanciais. Os cristãos devem tratar a natureza com um respeito gigantesco. O
cristianismo verdadeiramente bíblico tem uma resposta real para a crise, pois oferece uma atitude equilibrada e saudável para com a
natureza, que surge da verdade de Deus.
O cristianismo oferece a esperança, aqui e agora, diante dos resultados da queda. Isso é possível por causa da redenção de Cristo
na cruz do calvário, e por isso esse destaque da ação redentiva na cura eficaz. Baseado no fato de que haverá uma redenção total no
futuro, não somente do homem, mas de toda a criação, o cristão que acredita na Bíblia deve ser aquele que trata da natureza na
direção da forma que ela será. Ele realiza essa obra com a ajuda de Deus e no poder do Espírito Santo (SCHAEFFER, 2003, p. 47).

Assim, o cristão deve ter a consciência sobre a compreensão renovada do domínio do homem sobre a natureza, um domínio sobre as
ordens inferiores da natureza. Ele deve compreender que não é soberano sobre elas. A saber, o homem deve utilizar a natureza como
Deus quer que ele a utilize, pois somente ele é o Senhor soberano.
Conclusão
A criação é a totalidade das coisas que Deus criou. O homem foi criado como a coroa dessa criação e posto como um mordomo do
meio. Deus confiou ao ser humano toda a criação; e isso, como administradores. Isso implica dizer que ela não nos pertence. Nós
devemos usá-la sabendo que não é nossa intrinsecamente. O domínio do homem está debaixo do domínio de Deus. Se nós temos
uma real compreensão da visão cristã a respeito da mordomia em relação à criação, então teremos uma ação efetivamente ética na
direção de sua vontade.
O texto de Romanos em questão nos ensina sobre a totalidade da ação de Deus na criação: no passado, foi sujeita à vaidade; no
presente, geme; e no futuro, será de uma vez por todas liberta da escravidão do pecado.
Essas ações são assim compreendidas tendo em vista a ação do pecado, que deu início a todo o processo. Por isso, pode-se
compreender o homem caído como o pivô da queda do cosmos, mas Deus como sujeito da ação da nulidade em relação à criação. A
partir desse início trágico, o velho homem é caracterizado por atos que destroem a comunhão com Deus, com os demais homens e
com a criação.
Uma vez que Cristo traz a salvação ao mundo, o novo homem é marcado por um novo conhecimento, que emana do
conhecimento de Deus. Esse conhecimento permite que o novo homem se torne verdadeiramente uma imagem do seu Criador em
atos de amor fraternal. A condição de esse novo homem ter sido "criado à semelhança de Deus" significa que ele é criado para
combinar com Deus. O homem aceita o gracioso veredito divino pronunciado sobre ele: o cristão é separado para o serviço de Deus,
em santidade e amor. Ele deve agora viver em dependência daquele que é a verdade.
Toda a criação está de olho nos filhos de Deus, em expectativa, aguardando a redenção final. Paulo deixa claro que, nessa
escatologia em processo, a criação existe como todos nós, carente de cuidados.
Nesse sentido, muitos cristãos estão alienados das questões relativas à totalidade da criação. A implicação está na ausência de
uma tomada de posição em relação à responsabilidade com ela. Um dos motivos pode ser por pura ignorância. Se essa é uma
realidade vigente, então há uma lacuna a ser preenchida e trabalhada. Todos os seres humanos têm responsabilidades sociais iguais.
Tomar uma postura bairrista só torna o cristão um escapista do mundo real.
O que temos visto, da parte de muitos crentes, é uma preocupação apenas com si mesmo, enquanto o planeta tem sido destruído
pelo poder das ações irresponsáveis do próprio ser humano. A natureza tem sido assassinada aos poucos por puro anseio
desenfreado de lucro rápido, ou, então, por puro descaso daqueles que não refletem sobre seus atos, com resultados irreversíveis
para um futuro próximo. O destruidor se torna vítima de seus próprios atos.
A solução do problema está bem perto de todos. Porém, não tão perceptível assim, pois o pecado cegou o homem e corrompeu
toda a terra no Gênesis, e até hoje temos recebido o seu efeito. Cremos que o mundo precisa ser redimido e o será por meio de Jesus
Cristo. Contudo, temos uma vida em andamento.
A igreja tem a resposta, uma vez que Deus tem atuado por meio dela para redimir a humanidade. O homem precisa ser
transformado para poder trazer transformação ao meio em que vive. Poderíamos sugerir um conjunto de leis que seria o paradigma e
a solução de todos os problemas. Mas, na prática, temos visto que esse não é o caminho, pois o coração do homem é mau. Acima
das regras, o poder transformador de todos os tempos vem do Deus eterno.
O que vemos hoje em dia é uma igreja fragmentada, em que a maior parte está passiva diante do gemido da criação.
A ação redentora não deve ser entendida apenas como ação futura, mas é objeto da experiência presente. É ação de Deus nos
eleitos, e a ação dos eleitos na criação. A salvação não é apenas restauração consumada, mas também em andamento. Assim
também se dá com o meio em que vivemos. A criação aguarda e, enquanto isso, pode ser mantida pela consciência de que sua
destruição traz sofrimento a toda raça humana.
A igreja não deve furtar seus membros da relação e finalidade entre Filhos de Deus e criação. A ligação entre ambos não está
apenas numa esperança escatológica, mas deve resultar num exercício concreto de cidadania humana, com base ética e exercício real
no trato do meio em que está inserido. É trabalhoso refletir sobre isso, e mais ainda partir para ação. No entanto, é isto que a Palavra
nos ensina, um pensar teológico responsável e coerente.
Estamos numa continuidade, num gerúndio constante em que a comunidade dos santos não é fictícia, mas real, com reais
necessidades. Vivemos numa relação permanente com a criação e, quando ignoramos esse fato, falhamos em nossa missão como
Filhos do Altíssimo.
A conscientização dos eleitos é de suma importância. Para isso, é necessário ter convicção sobre Deus como Criador e também
sobre a importância e o valor da criação.
A igreja deve ensinar os cristãos a respeitar o meio ambiente. Ter tal atitude também faz parte do testemunho cristão. Por isso, a
necessidade de passar adiante essa atitude. Temos que prestar atenção sobre a responsável utilização dos recursos dispensados à
nossa existência. Temos que saber utilizá-los de modo criterioso, de modo a refletir sobre as necessidades atuais da humanidade.
Mas não somente isso, também devemos preparar as futuras gerações.
Se os cristãos forem incisivos em seu posicionamento, podemos apresentar uma ideologia responsavelmente ética. Esta
certamente levará mais a sério a missão de disciplinar a utilização dos recursos naturais. Ao mesmo tempo que os utilizamos,
também devemos preservá-los e protegê-los para que não se acabem, em vez de tomar medidas paliativas que apenas adiam por
algum tempo o seu esgotamento final.
Por fim, a visão da igreja deve ser integral. Essa visão integral irá gerar uma missão integral, que vê o homem todo em todo o
seu contexto. A ação efetiva do cristão, frente a essa realidade, será ampla e próxima de uma realidade bíblica. A consciência de que
onde abundou o pecado superabundou a graça de Deus certamente tirará da estagnação os cristãos sérios. Estes devem ter em mente
a verdade, que, se o pecado tem abrangência cósmica, então a salvação deve ter tal abrangência e ainda mais. O cristão tem um
potencial assombroso, tendo em vista a grande diversidade de dons, dispensados pelo próprio criador. E, com certeza, pode trazer
mudanças significativas ao planeta e ajudar em sua manutenção até que os tempos sejam consumados com o retorno do nosso
amado redentor, Jesus Cristo. A Ele toda a glória!

QUAL É A NOSSA HERANÇA?!

E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele
padecemos, para que também com ele sejamos glorificados. Romanos 8:17
Quando pensamos em herança, logo vem a nossa mente uma pessoa querida que partiu para eternidade e, deixou os seus bens
conquistados, por vezes com sacríficio e dedicação durante sua vida terrena, para que o herdeiro continue desfrutando e
administrando aquilo que recebeu. O SENHOR JESUS conquistou com sua morte na "cruz" a maior herança que o homem pode ter:
salvação eterna. JESUS CRISTO nos fez seus herdeiros legais e nos deu responsabilidade de abençoar com essa conquista os povos
da terra.
"........; e por meio de vós todos os povos da terra serão abençoados". Gênesis 12:3b

HERANÇA DE FÉ
E Disse Pedro: "Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te
e anda". Atos 3:6
Com esta atitude, Pedro demonstrou que a fé recebida do Senhor Jesus é capaz de mudar a realidade das pessoas que estão à
margem da vida.

HERANÇA DE AMOR
"E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não tem
pastor". Mateus 9:36
Jesus após refletir sobre aquela multidão, chamou doze discípulos, e os enviou para"ceifar" aquela colheita.
O "ganhar" almas é feito lá onde as pessoas vivem, trabalham e se divertem. É vital enfatizarmos este princípio básico
de "ganhar" almas.

HERANÇA DA SALVAÇÃO
"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus;
não por obras, para que ninguém se glorie". Efésios 2:8-9
A maior herança é a salvação. Quando a Bíblia trata deste assunto fala de uma obra completa que envolve corpo, alma e espírito.
O mundo perdido clama por esta salvação. É nosso dever ouvir e atender este clamor.
Somos herdeiros com Cristo de todas as bençãos conquistadas na cruz. É tarefa nossa fazer com que o mundo seja alcançado
pelas mesmas bençãos que recebemos. Fomos responsabilizados por DEUS para alcançar os perdidos.
O que temos feito com nosso tempo, nossos dons, nossos recursos? A seara esta pronta para a colheita.
"Depois disto ouvi a voz do Senhor que dizia: A quem enviarei? E quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui.
Envia-me a mim! " Isaías 6:8
As pessoas não evangelizadas nunca ouvirão o Evangelho, a menos que você aja para quebrar esta "fome de ouvir as palavras
do SENHOR" Amós 8:11
Vamos resgatar os que estão servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo e apresentar-lhes a graça através da redenção de
JESUS CRISTO.
Paulo escreveu que agora estamos “justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm
3:24; cf. v. 25); “temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça,”(Ef 1:7); o selo
do Espírito Santo é “o penhor da nossa herança (grifonosso), para redenção da possessão adquirida” (v. 14); “O qual nos tirou
da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor; Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a
saber, a remissão dos pecados” (Cl 1:13-14).
"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as
virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz." 1 Pedro 2:9
Pensamento: Somos escolhidos para fazer parte do Reino de Deus, da nação santa, fomos eleitos pelo próprio Senhor! Temos um
papel importante na história do mundo. Estamos aqui para declarar louvores a Deus àqueles que não O conhecem, para que possam
receber o Seu amor e a Sua Graça, pois o Senhor nos tirou do mundo de trevas e escuridão e nos trouxe para Sua maravilhosa luz.
Oração: Pai querido, obrigado por ter me escolhido para fazer parte do Seu Reino, da Sua nação santa. Por favor, inspire-me e
capacite-me para compartilhar o evangelho com aqueles que ainda não tiveram um encontro contigo, para que o mundo possa
realmente saber que Jesus é Senhor. No nome do meu Salvador, Jesus, eu oro.

É bíblico o sacerdócio de todos os crentes?

Pergunta: "É bíblico o sacerdócio de todos os crentes?"


Resposta: Há uma passagem principal que lida com o sacerdócio de todos os crentes. Segue-se: ―Vós também, como pedras
vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo...Mas
vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou
das trevas para a sua maravilhosa luz‖ (I Pedro 2:5-9).
Os sacerdotes do Velho Testamento eram escolhidos por Deus; eles não escolhiam a si mesmos; e eram escolhidos para um
propósito: servir a Deus com suas vidas oferecendo sacrifícios. O sacerdócio servia como uma alegoria ou ―símbolo de algo por
vir‖, referindo-se ao ministério vindouro de Jesus Cristo... uma representação que não mais foi necessária uma vez que Seu
sacrifício na cruz (o de Jesus Cristo) estava completado. Quando o grosso véu do templo, que cobria a entrada do Santo dos Santos,
por Deus foi rasgado em dois no momento da morte de Cristo (Mateus 27:51), Deus estava indicando que o sacerdócio do Velho
Testamento não mais se fazia necessário. Agora, as pessoas poderiam vir diretamente a Deus através do grande sumo sacerdote,
Jesus Cristo (Hebreus 4:14-16). Não mais há, agora, qualquer mediador terreno entre Deus e o homem, como existia no sacerdócio
do Velho Testamento (I Timóteo 2:5).
Cristo, nosso sumo sacerdote, já fez o único sacrifício pelo pecado, de uma vez por todas (Hebreus 10:12), e não há mais
qualquer sacrifício pelos pecados que possa ser feito (Hebreus 10:26). Mas como os sacerdotes no passado ofereciam outros tipos de
sacrifícios no templo, fica então claro, vendo I Pedro 2:5,9, que Deus escolheu os cristãos para ―para oferecer sacrifícios espirituais
agradáveis a Deus por Jesus Cristo.‖ I Pedro 2:5-9 fala de dois aspectos do sacerdócio do crente. O primeiro é que os crentes são
privilegiados. Ser escolhido por Deus para ser um sacerdote era um privilégio. Todos os crentes foram escolhidos por Deus: ―a
geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido‖ (verso 9). No tabernáculo do Velho Testamento e templo, havia
lugares onde somente os sacerdotes tinham acesso. Dentro do Santo dos Santos, atrás de um grosso véu, somente o sumo sacerdote
tinha acesso, e isto, somente uma vez ao ano, no Dia da Expiação, quando ele fazia um oferecimento em favor dos pecados de todo
o povo. Mas como mencionado acima, por causa da morte de Jesus Cristo na cruz do Calvário, todos os crentes agora têm direto
acesso ao trono de Deus através de Jesus Cristo, nosso grande sumo sacerdote (Hebreus 4:14-16). Que privilégio sermos capazes de
ter acesso ao trono de Deus, diretamente, e não através de qualquer sacerdote terreno. Quando Cristo voltar e a Nova Jerusalém vier
à terra (Apocalipse 21), os crentes verão a Deus face a face e lá o servirão (Apocalipse 22:3-4). Mais uma vez, que privilégio,
especialmente para nós, que outrora éramos ―não um povo‖... ―sem esperanças‖... destinados à destruição por causa de nosso
pecado.
O segundo aspecto do sacerdócio do crente é que nós fomos escolhidos para um propósito: para oferecermos sacrifícios
espirituais (veja Hebreus 13:15-16, por exemplo), e para proclamarmos os louvores Daquele que nos chamou das trevas para Sua
maravilhosa luz. Então, pela vida (Pedro 2:5; Tito 2:11-14; Efésios 2:10) e pela palavra (1 Peter 2:9; 3:15), nosso propósito é servir
a Deus. Assim como o corpo de crente é templo do Espírito Santo (I Coríntios 6:19-20), também Deus nos chamou para servi-Lo do
nosso coração primeiramente oferecendo nossas vidas como sacrifícios vivos (Romanos 12:1-2). Um dia estaremos servindo a Deus
na eternidade (Apocalipse 22:3-4), mas não em qualquer templo, pois ―o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro‖
(Apocalipse 21:22). Assim como o sacerdócio do Velho Testamento deveria ser livre de corrupção, como simbolizado por ser
cerimonialmente limpo, também Cristo nos colocou na posição de santos perante o Pai. Ele nos chama a viver vidas santas para que
possamos ser também um ―sacerdócio santo‖ (I Pedro 2:5).
Resumindo, os crentes são chamados ―reis e sacerdotes‖ e um ―sacerdócio real‖ como reflexo de sua posição privilegiada de
herdeiros do reino do Todo Poderoso Deus e do Cordeiro. Por causa desta proximidade privilegiada com Deus, nenhum outro
mediador se faz necessário. Segundo, crentes são chamados sacerdotes porque a salvação não é meramente um ―seguro contra
incêndio‖ para escaparmos do inferno. Antes, os crentes são chamados por Deus para servi-Lo ao oferecer sacrifícios espirituais, ou
seja, sendo pessoas zelosas por boas obras. Como sacerdotes do Deus vivo, devemos todos dar louvores Àquele que nos deu o
grande dom do sacrifício de Seu Filho em nosso lugar, e em resposta, devemos dividir esta maravilhosa graça com outros.

ÚLTIMAS ATUALIZAÇÕES

O evangelho é água limpa que lava o homem da imundície da geração segundo a carne, o sangue e a vontade do varão ( Jo 1:12 ;
Pv 30:12 ). Através do evangelho ocorre a regeneração, ou o novo nascimento, que limpa o homem da imundície da primeira
geração. Somente através desta renovação operada por Deus (novo coração e um novo espírito) é que o homem torna-se eleito de
Deus, pois passa a fazer parte da nova geração, a geração eleita.
―Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz‖ ( 1Pe 2:9 )
Desde a reforma, a doutrina da eleição é apresentada por alguns como sendo um mistério, e por outros, resume-se somente em
controvérsias.
Mas, ao escrever aos cristãos da dispersão, o apóstolo Pedro os nomeou de ‗geração eleita‘, o que nos lança luz aos mistérios e
dissolve as controvérsias.
Geralmente os teóricos pensam a eleição como sendo uma escolha de Deus que recai sobre indivíduos e, deixam de considerar
no que consiste a geração. Mas, o apóstolo Pedro enfatiza que os cristãos são a geração eleita, o que invalida a ideia que Deus tenha
escolhido ou rejeitado, sem critério plausível, indivíduos em particular.
Segundo as teorias que tentam explicar a eleição, com principal destaque as teorias calvinistas e arminianistas, Deus elege alguns
indivíduos para serem salvos antes mesmos que eles viessem a existir. Tais teorias descartam totalmente o exposto pelo apóstolo
Pedro que dá ênfase à geração (substantivo), pois sem a existência de uma geração específica não existem eleitos.
A exposição paulina de que primeiro é a geração dos homens naturais e, depois a dos espirituais, também é descartada pelos
calvinistas e arminianistas ( 1Co 15:46 ), do mesmo modo que não se leva em conta que os nascidos da carne é carne, e os nascidos
do Espírito é espírito.
Embora haja divergência doutrinária entre estes dois pensamentos, calvinismo e arminianismo, de que a eleição se dá pela
soberania ou pela presciência de Deus, certo é que ambos os posicionamentos entendem que Deus elege indivíduos para serem
salvos.
Como Deus escolheu alguns para serem salvos antes mesmo de nascerem, se todos pecaram? Quem Deus escolheria para a
salvação se todos são concebidos em pecado? Qual é a base desta escolha?
Ao tratarem da eleição, ambos os posicionamentos esquecem que a bíblia apresenta dois tipos de nascimentos e dois tipos de
gerações, pois considerar que Deus escolhe algumas pessoas para serem salvas e outras não, depõe contra a graça de Deus e o
propósito do evangelho ―Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade‖ ( 1Tm 2:4 ).
No modelo que tomou forma e robustez no período da reforma com nomes como Lutero, Calvino, Armínio, Zuínglio, Spurgeon,
Owen, etc., e influenciou escritores contemporâneos, vê-se que consideraram que a existência do homem restringe-se a um único
nascimento: o nascimento segundo a carne de Adão. E se esquecem de considerar que a bíblia apresenta o novo nascimento que dá
origem à geração eleita.
Existe a semente corruptível proveniente da semente de Adão, e a semente incorruptível, que é a palavra de Deus. Assim como
há duas sementes, conseqüentemente, há duas gerações. Quando o salmista diz: ―Uma semente o servirá; será declarada ao Senhor a
cada geração‖ ( Sl 22:30 ), ele aponta para uma semente específica, a semente incorruptível, que traz a existência homens que
servem a Deus, diferente da semente de Adão, que está em inimizade com Deus ( 1Pe 1:23 ).
Da semente incorruptível surge a geração dos filhos de Deus, daqueles que buscam a face do Deus de Jacó ―Esta é a geração
daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó‖ ( Sl 24:6 ), porém, da semente corruptível de Adão surge
somente a geração dos ímpios, cujo machado já está posto à raiz deles ―Porque o SENHOR ama o juízo e não desampara os seus
santos; eles são preservados para sempre; mas a semente dos ímpios será desarraigada‖ ( Sl 37:28 ; Mt 3:10 ).
A geração de Adão, que é proveniente da semente corruptível não é a geração eleita. Dos filhos de Adão não há um que busque a
Deus, nem se que um ( Sl 14:3 ; Sl 53:3 ). Não há quem faça o bem. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos. O mais
reto é um espinho e o mais justo como uma sebe de espinhos ( Mq 7:4 ). Erram e proferem mentiras desde que nascem ( Sl 58:3 ).
A geração segundo a vontade da carne, do sangue e a vontade do varão produz homens naturais, que foram rejeitados por Deus,
visto que juntamente se tornarem imundos. Porém, a geração segundo a vontade de Deus produz homens espirituais, que são eleitos
de Deus por causa do Descendente que é Cristo. Por quem todas as famílias da terra seriam bem-aventuradas.
Deus não escolheu ninguém dentre os filhos de Adão para salvação. Por quê? Porque da semente de Adão todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus. Porque a lei de Deus é irrevogável: a alma que pecar esta morrerá! Como todos pecaram, todos
morreram, ou seja, estão mortos em delitos e pecados, o que impede que sejam eleitos por Deus ( Ef 2:1 ).
Somente fazendo parte de uma nova geração é possível herdar a vida eterna e ser eleito de Deus ―Sendo de novo gerados, não de
semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre‖ ( 1Pe 1:23 ). É por isso que
Jesus apresentou a Nicodemos a necessidade de nascer de novo ( Jo 3:3 ).
Ou seja, o homem não é eleito para nascer de novo, antes nasce de novo através da semente incorruptível e, após a regeneração,
torna-se membro da geração eleita, o que o torna eleito de Deus.
Haveria como alguém morto em delitos e pecados ser eleito de Deus? Não! É por isso que apareceu a benignidade e amor de
Deus, segundo a sua misericórdia, salvando os homens pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo ( Tt 3:5 ).
Observe bem: Deus salva pela lavagem da regeneração e renovação do Espírito, e não através da eleição, como alguns dizem.
O evangelho é água limpa que lava o homem da imundície da geração segundo a carne, o sangue e a vontade do varão ( Jo 1:12 ;
Pv 30:12 ). Através do evangelho ocorre a regeneração, ou o novo nascimento, que limpa o homem da imundície da primeira
geração. Somente através desta renovação operada por Deus (novo coração e um novo espírito) é que o homem torna-se eleito de
Deus, pois passa a fazer parte da nova geração, a geração eleita.
Ora, como a geração de Adão foi rejeitada, pois todos juntamente se fizeram imundos, Deus, através da sua misericórdia, não por
obras de justiça que houvéssemos feito, mas pelo seu grande e infinito amor nos elegeu em Cristo, o último Adão, pois Ele é a
cabeça da geração eleita. Cristo é o eleito de Deus antes da fundação do mundo, e todos os gerados de d‘Ele fazem parte da geração
eleita, ou seja, foram escolhidos para serem santos e irrepreensíveis ( Ef 1:4 ; 1Pe 1:20 ).
Como é possível Deus ter escolhido os cristãos antes da fundação do mundo? Simples! Assim como Cristo é o eleito de Deus,
Deus escolheu a geração de Cristo, o último Adão, para ser santa e irrepreensível. Todos os que dele são nascidos (gerados) são
eleitos de Deus. Por conseguinte, Deus não escolheu indivíduos em particular, antes elegeu a geração de Cristo.
A geração dos filhos de Deus, através da semente incorruptível, que é a palavra de Deus, foi eleita por Deus desde os tempos
imemoriais para ser santa e irrepreensível diante d‘Ele, condição totalmente diferente da dos filhos de Adão: inimigos e imundos
―Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para
sempre‖ ( 1Pe 1:23 ).
Deus se agradou do seu Filho, pois Cristo lhe é aprazível, e escolheu a sua geração, pois a geração de Adão tornou-se imunda.
Cristo é o eleito de Deus, em quem a Sua alma compraz, sendo concedido por Deus por aliança e luz para os gentios ( Is 42:1 e 6).
Deste modo Deus transformou trevas em luz e endireitou o que é tortuoso ( Is 42:16 ). Através da nova geração os filhos das trevas
tornam-se filhos da luz, e todos quantos foram transportados das trevas para a luz (salvos) são eleitos de Deus.
Com relação à geração de Adão é certo que, quando morrem seguem ao juízo de obras, pois estão condenados em decorrência da
desobediência de Adão. É certo também que, dentre os gerados de Adão, todos os que creem no evangelho são julgados e morrem
com Cristo, pois são batizados na sua morte.
Deste modo, não há como Deus escolher da semente de Adão alguém para ser salvo, visto que:
a) se creem, morrem com Cristo para depois ressurgirem em uma nova criatura, e;
b) se não creem, seguem para a perdição.
Portanto, Deus não escolhe dentre a semente de Adão ninguém para ser salvo.
Então, quem Deus escolheu? Todos aqueles gerados da semente incorruptível são os eleitos, pois esta é a geração do Senhor, a
geração eleita. É a geração eleita, escolhida, separada para ser santa e irrepreensível!
Deus escolheu Cristo e a Sua geração! Cristo é a pedra eleita e preciosa ―Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho
em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido‖ ( 1Pe 2:6 ). Como o último Adão é a
pedra viva, eleita e preciosa, os cristãos também são pedras vivas, de igual modo, eleitos e preciosos para Deus ( 1Pe 2:4 e 5).
As teorias, calvinista e a arminianista, consideram que os eleitos são indivíduos que Deus escolheu para serem salvos, ou pela
sua soberania ou pela sua presciência. Em tais posicionamentos os salvos nunca pertenceram ao conjunto dos perdidos, pois cada
indivíduo foi eleito ou rejeitado (soberanamente ou prescientemente) antes da fundação do mundo.
O que a bíblia demonstra é a existência de duas gerações. Há a geração dos perdidos, pessoas geradas segundo a vontade da
carne, a vontade do varão e do sangue, onde ninguém é eleito, pois diz de indivíduos que juntamente se extraviaram e destituídos
estão da glória de Deus ( Rm 3:12 ; Rm 3:23 ). E há a geração dos salvos, que são pessoas geradas de novo segundo a vontade de
Deus ( Jo 1:12 -13), que anteriormente pertenciam à geração dos perdidos.
Não há como pertencer à geração dos salvos sem antes pertencer à geração dos perdidos, visto que, primeiro é o carnal, para
depois vir o espiritual. É neste ponto que Deus obra maravilhosamente, pois Ele utiliza a mesma ‗massa‘ (perdidos) e faz um novo
homem ( Rm 9:21 ), criação divina que tornam os de novo gerados eleitos de Deus, pois são irmãos de Cristo, o primogênito entre
muitos irmãos.
A bíblia demonstra que, através de Cristo, o unigênito eleito, Deus traz à existência novos homens, nascidos da sua vontade e
segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, para que Ele seja o primogênito dentre muitos irmãos ( Rm 8:29 ; Hb 2:10 ).
Após morrer e ser sepultado com Cristo, Deus utiliza a mesma massa (barro) para fazer vasos para honra. Todos que morrem,
ressurgem com Cristo: são de novo gerados, pois lhes é concedido um novo coração e um novo espírito. São novas criaturas por
estarem em Cristo e, por tudo tornar-se novo (novo coração e novo espírito) são eleitos de Deus ( 2Co 5:17 ; Sl 51:10 ; Ez 36:26 ; Is
57:15 ).
O mistério da eleição resume-se na geração. É por isso que o apóstolo Pedro diz que os cristãos da dispersão eram eleitos:
―Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo:
Graça e paz vos sejam multiplicadas‖ ( 1Pe 1:2 ). Por que os cristãos são eleitos segundo a presciência? A presciência diz do
Descendente e, por conseguinte, dos seus descendentes. Assim como a morte reinaria entre os homens, de ante mão Deus previu o
triunfo de Cristo na cruz, o que O tornou precursor da nova geração, pois somente Ele conduziria muitos filhos a Deus ( Hb 2:10 ).
De ante mão (antes de vir a existência) Deus elegeu a descendência do último Adão, ou seja, a descendência do Descendente.
Tal descendência diz de todos os que creem no evangelho, o que os torna santos e irrepreensíveis diante d‘Ele ( Ef 1:4 ).
Ciente desta eleição, o apóstolo Pedro bendiz a Deus: ―Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a
sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma
herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós‖ ( 1Pe 1:2 -3). O apóstolo Pedro
explica que, pela ressurreição de Jesus dentre os mortos, Deus novamente gerou homens na condição de filhos de Deus ( Ef 1:19 -
20).

E como se dá esta nova geração? Deus purificou os homens mediante a obediência à verdade ―Purificando as vossas almas pelo
Espírito na obediência à verdade…‖ ( 1Pe 1:22 ). Tal purificação foi retratada por Ezequiel: ―Então aspergirei (Espírito) água pura
(obediência à verdade) sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E
dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo…‖ ( Ez 36:25 -26 ; Jo 15:3 ).
É certo que o homem já foi gerado uma vez, sendo da semente que o Pai não plantou ( Mt 15:13 ). Agora, por intermédio de
Cristo, o último Adão, os homens são novamente gerados pela palavra de Deus, que é Cristo, o Verbo encarnado ―Sendo de novo
gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre‖ ( 1Pe 1:23 ).
Como os cristãos se achegaram a Cristo, a Pedra Viva, eleita e preciosa, agora também são pedras vivas, pois são casa espiritual
e sacerdócio santo ( 1Pe 2:5 ). Agora, por terem sido gerados de novo, os cristãos são a geração eleita. Observe a diferença: antes
não eram povo, ou seja, não eram escolhidos, agora são povo de Deus, pois são a geração eleita.
É por isso que ao escrever a segunda epístola, o apóstolo Pedro recomenda aos cristãos que, pelas grandíssimas e preciosas
promessas do evangelho, tornaram-se participantes da natureza divina ( 2Pe 1:4 ), acrescente a fé à virtude, e à virtude a ciência, etc.
Por que? Para não se tornarem ociosos ( 2Pe 1:8 ). Neste diapasão, o cristão torna mais firme o seu chamamento e eleição, o que
evita de tropeçar nalguma coisa ( 2Pe 1:10 ; Tg 3:2 ).
Se a eleição é para salvação, não há que se falar em torná-la mais firme. Mas, se a eleição é condição conferida pela geração a
que o novo homem pertence, quando o mesmo se aplica a mensagem do seu chamamento (evangelho=vocação), o cristão fica mais
firme, ou seja, livre de coxear entre dois pensamentos e da ação dos falsos mestres. Qualquer que assim age, será concedida entrada
ampla nos céus! ( 2Pe 2:11 ), o que não condiz com o pressuposto da doutrina calvinista e arminianista da eleição, de que a salvação
é para alguns escolhidos não importando se atendem ou não ao chamado.
O apóstolo Paulo demonstrou que a eleição de Israel decorre dos pais: Abraão, Isaque e Jacó ( Rm 11:28 ), diferente da eleição
de alguns remanescentes judeus que se tornaram cristãos, que é a eleição proveniente da graça ( Rm 11:5 ). O que vem a ser a
eleição da graça?
Por causa do patriarca Abraão, os seus descendentes eram eleitos a pertencerem à nação de Israel ( Dt 10:15 ; Is 41:8 ). Mas, a
promessa de bem-aventurança não se resumia a eleição dos pais, antes diz da eleição do Descendente, do qual só é participante os
que d‘Ele são gerados. Portanto, a eleição tem relação com a geração: houve a eleição segundo os pais, e há a eleição segundo o
descendente, que é Cristo ( Is 65:9 ). Em ambos os casos, para ser eleito é necessário ser descendente, uma questão ligada à geração.
Ao escrever aos cristãos em Éfeso, o apóstolo Paulo escreve a santos e fiéis, ou seja, pessoas que já eram pertencentes à família
de Deus pelo evangelho de Cristo ( Ef 2:19 ), condição que remete ao fato de terem sido gerados de Deus ( Ef 5:8 ). Neste verso:
―Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor‖ ( Ef
1:4 ), não se pode concluir como os calvinistas e arminianistas que Deus elegeu cada cristão individualmente para serem salvos,
antes deve considerar que todos os cristãos (nos) foram eleitos (elegeu) em Cristo antes da fundação do mundo por descenderem
d‘Ele. De quem forma?
Antes da fundação do mundo Deus escolheu a descendência de Cristo para ser santa e irrepreensível diante d‘Ele. O apóstolo
Paulo faz referência a um evento que tem no seu escopo o fato de os cristãos serem descendentes de Cristo, porque foram criados de
novo ( Ef 2:10 ), tendo Cristo como a pedra de esquina e, os cristãos edificados sobre Ele como templo santo ( Ef 2:20 -22), o
mesmo conceito exposto pelo apóstolo Pedro ( Ex 19:5 -6).
Na eternidade Deus elegeu a descendência do Descendente, sendo assim, o apóstolo Paulo utilizou o verbo eleger no passado
‗elegeu‘ para demonstrar a atual condição dos cristãos: eleitos de Deus ( Ef 1:3 ).
Ao escrever aos Filipenses, o apóstolo Paulo faz uma distinção clara entre a condição pertinente à geração dos filhos de Deus e a
geração deste mundo ―Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e
perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo‖ ( Fl 2:15 ).
Cristo nomeia a geração dos escribas e fariseus de uma geração má e adultera ―Mas ele lhes respondeu, e disse: Uma geração má
e adúltera pede um sinal, porém, não se lhe dará outro sinal senão o do profeta Jonas‖ ( Mt 12:39 ; Sl 78:8 ), mas esta característica
não era próprio aos fariseus à época de Cristo, antes diz da geração dos ímpios.
Desde quando peregrinaram por quarenta anos no deserto até Cristo, Deus protesta contra a geração de Israel, que se constitui
em um povo que erra de coração, pois não tem conhecido os caminhos do Senhor ( Sl 95:10 ). Várias ‗gerações‘ se passaram, porém
Deus protesta contra uma mesma geração que teve origem na desobediência de Adão ( Is 43:27 ). Por causa de Adão eram maus e
adúlteros, porém, confiavam de si mesmos que eram geração de Abraão.
Mas, a promessa de Deus diz da geração de Cristo, que é semente poderosa na terra ―A sua semente será poderosa na terra; a
geração dos retos será abençoada‖ ( Sl 112:2). A geração de Cristo é plantação do Senhor, árvores de Justiça ( Is 61:3 ).
Esta promessa não era para a geração de Adão, mas para a geração futura, do povo que se havia de criar para louvor da glória de
Deus ―Isto se escreverá para a geração futura; e o povo que se criar louvará ao SENHOR‖ (Sl 102:18 ; Is 61:3 ; Ef 4:24 e Ef 1:12 ).
Tudo que é concernente a eleição é proveniente da seguinte promessa: ―Fiz uma aliança com o meu escolhido, e jurei ao meu
servo Davi, dizendo: A tua semente estabelecerei para sempre, e edificarei o teu trono de geração em geração‖ ( Sl 89:3 ; Ef 2:12 ).
Assim como a bíblia apresenta duas portas, dois caminhos, duas sementes, dois vasos, dois servos, apresenta também duas
gerações, sendo a geração de Adão rejeitada, e a geração de Cristo a eleita, pois tal qual Ele é são os que creem aqui neste mundo:
eleitos de Deus, a geração do Senhor! ( 1Jo 4:17 ; Sl 24:6 e Sl 15:1 ; 1Co 15:48 ).
Somente uma semente, a palavra de Deus, traz a existência uma nova geração eleita do Senhor ―Uma semente o servirá; será
declarada ao Senhor a cada geração‖ ( Sl 22:30 ), eleição que os tornam santos ―Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e
amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade‖ ( Cl 3:12 ).
―Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as
virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;‖
Quais são as características do povo de Deus? Ir à igreja no domingo, usar a Bíblia, cantar hinos, falar o ―evangeliquês‖ de cada
dia, usar saia uma bem comprida, usar um terno, não cortar o cabelo, etc.?
Pedro escreveu sua Epístola aos forasteiros da dispersão, ou seja, para o povo de Deus que estava vivendo fora de sua pátria, nas
regiões do Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia (1.1). É muito difícil determinar se Pedro escreveu a sua Primeira Carta aos
crentes judeus ou aos crentes gentios, mas os estudiosos têm afirmado, mais recentemente, que os destinatários, de fato, sejam
gentios (1Pe 1.18) e não judeus, como se pensava.[1] É possível que Pedro estivesse em Roma quando escreveu a epístola (1Pe
5.13), por volta da década de 60 (d.C). Pedro escreveu para estes cristãos, a fim, de encorajá-los e animá-los na fé cristã, apesar das
perseguições e adversidades que estavam sofrendo (1.6-7; 3.13-17; 4.12-19; 5.8-9).[2]
Desde o capítulo 1.13, Pedro está preocupado em discorrer acerca da santidade na vida do crente como consequência clara e
natural de sua salvação. Ele usa vários termos para despertar nos seus leitores a necessidade de uma vida santa. Ele diz: ―... não vos
amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância;‖ (1.14); ―porque está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.‖
(1.16); ―Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade,‖ (1.22); ―Despojando-vos, portanto, de toda maldade e
dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, 2 desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno
leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação,‖ (2.1-2);

I. Raça Eleita
A expressão ―vós, PORÉM,‖ ganha um significado especial, porque é através dela que Pedro indica a diferença entre os
incrédulos desobedientes (8) e o povo escolhido. É como se Pedro tivesse dizendo o seguinte: ―Os descrentes, incrédulos e ímpios
deste mundo não conhecem a Deus, Jesus Cristo e sua Palavra, por isso são desobedientes, rebeldes, impuros e mundanos, mas
vocês são um povo diferente que recebeu um chamado especial de Deus.‖
Mas Pedro continua dizendo: ―Sois raça eleita‖, isto é, um ―povo escolhido‖, ―uma geração eleita‖. Pedro não está inventando
uma nova nomenclatura para a Igreja de Cristo, se não aquela que o povo judeu já conhecia por meio de Isaías: ―meu povo,... meu
escolhido‖ (43.20).
Essa eleição é incondicional, não depende das pessoas, mas plenamente da graça de Deus em Cristo Jesus (Ef 2.8). É uma
eleição eterna, antes de todas as coisas (2Tm 1.9). É uma eleição soberana e particular de Deus (Rm 9.16).
A Igreja do Senhor não é qualquer povo, nem qualquer nação ou raça. A Igreja do Senhor é um povo eleito, escolhido por Deus
antes da fundação do mundo. A Igreja é um povo escolhido por Deus dentre o mundo perdido no pecado. Louve a Deus, porque, na
Cruz bendita de Jesus Cristo, você foi eleito para ser parte da Igreja do Senhor.
II. Sacerdócio Real
Mais uma vez, Pedro não está criando um novo nome para a Igreja, mas aplicando a ela um termo extraído do Antigo
Testamento, encontrado em Êxodo: ―vós me sereis reino de sacerdotes‖ (Êx 19.6).
No Antigo Testamento apenas os sacerdotes tinham acesso a presença de Deus. Os sacerdotes comuns adentravam no lugar
santo, mas somente o sumo sacerdote adentrava no lugar santíssimo (santo dos santos), uma vez por ano. Os sacerdotes adentravam
ao templo com a finalidade de levarem os sacrifícios de animais e ofertas do povo a Deus. Mas, em Cristo, ―o novo e vivo
caminho‖, todos os crentes são sacerdotes de Deus; e, por isso, têm acesso pleno, livre e constante na presença de Deus. Em Cristo,
todos os cristãos podem levar seus sacrifícios espirituais a Deus. Enquanto os sacrifícios do AT eram animais mortos, agora os
nossos sacrifícios são vivos, isto é, nós oferecemos o nosso próprio corpo, como disse Paulo: ―Rogo-vos, pois, irmãos, pelas
misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional‖
(Rm 12.1). Pedro diz ainda que somos ―sacerdócio REAL‖. O sacerdócio é real porque está a serviço do reino de Deus.
A Igreja do Senhor, além de ser um povo escolhido por Deus antes da fundação do mundo, é também um povo chamado para ser
sacerdote do Reino de Deus. Os cristãos, de todos os lugares e de todos os tempos, podem desfrutar do privilégio de entrar na
presença de Deus, apresentando-se a si mesmos, como sacrifícios vivos, santos e agradáveis a Deus (Rm 12.1-2). Os cristãos têm o
privilégio de adorar a Deus em qualquer lugar e a qualquer momento. Os cristãos têm o privilégio de orar a Deus e pedir perdão
pelos seus pecados, sem que ninguém tenha que fazer isso por eles. Os cristãos têm o privilégio de servir a Deus com suas vidas.
Quantos privilégios têm os cristãos.

III. Nação Santa


Mais uma vez Pedro usa a expressão do Livro de Êxodo: ―não santa‖ (Êx 19.6). Falar na palavra ―nação‖ no Antigo Testamento
significava a nação (instituição política) de Israel. Mas no Novo Testamento, a Igreja toma o lugar da nação de Israel, ou seja, em
Cristo Jesus, não há mais judeus ou gregos, todos são um nEle. Por isso, esta nação a quem Pedro está se referindo é a Igreja do
Senhor Jesus. A igreja não é um órgão político, mas essencialmente espiritual. A igreja é o povo do Senhor, eleito para ser sacerdote
de Deus.
Mas Pedro ainda diz: ―nação SANTA‖. Isto significa que o povo de Deus não é igual a qualquer povo ou instituição, porém, o
povo de Deus é uma nação de pessoas santas. Do mesmo modo como Deus exigia que a nação de Israel no Antigo Testamento fosse
uma nação separada, Deus ainda exige que a sua Igreja seja um povo separado. Este é o significado da palavra ―santo‖ – separado
para algo especial.
A Igreja do Senhor é a comunidade de crentes salvos, lavados e remidos no sangue precioso de Cristo. É o povo que vive uma
vida santificada, diferente dos demais povos do mundo. É povo que foi convocado a dizer não ao mundo e sim para Jesus Cristo. É o
povo que não anda segundo os padrões e os valores do mundo. É um povo diferente nos seus valores e atitudes.

IV. Povo de Propriedade Exclusiva de Deus

Pedro diz agora porque o povo precisa ser santo, ―porque ele é povo de propriedade exclusiva de Deus‖. A idéia de Pedro é que
este povo foi adquirido por Deus para si mesmo. Assim como Deus escolheu o seu povo antes da fundação do mundo, Ele também
tornou este povo a sua propriedade pessoal.
Talvez alguém pergunte: Mas como, e de quem Deus adquiriu um povo para Ele? A resposta é simples. Ele comprou o seu povo
do cativeiro do pecado e da morte. E o preço que ele pagou foi muito alto – Seu Filho Jesus Cristo. Santo Agostinho disse que Deus
deu o que Ele tinha de mais valioso, ele deu o Seu único Filho.
A Igreja do Senhor foi comprada por um preço muito alto – o Sangue de Jesus. Como diz a letra do cântico: ―Eu nunca saberei o
preço dos meus pecados lá na cruz‖. Ou seja, jamais poderemos mensurar o valor do sangue bendito de Cristo derramado na cruz. É
por essa razão que o povo de Deus é um povo de propriedade exclusiva. Deus não aceita dividir o seu povo com outros povos da
terra. A Bíblia diz que ―o Espírita Santo anseia por nós com ciúme‖. Deus não aceita um coração dividido. Deus quer um coração
inteiro na sua presença, totalmente alegre e satisfeito em Cristo.

V. Proclamador das Virtudes de Deus


Pedro nos fala da última característica do povo de Deus. O povo que é raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus, é também o povo proclamador das virtudes de Deus. É como se Pedro tivesse dizendo que o ―povo
de Deus deve ser anunciador dos grandes feitos de Deus, ou seja, aquilo que Ele é e aquilo que Ele faz‖.
O povo de Deus deve ser o embaixador dEle no mundo. Assim como Israel tinha o dever de levar a mensagem de redenção a
outros povos, a Igreja do Senhor tem o dever de ser portadora da mensagem de redenção em Cristo Jesus.
―Por todos os lugares, a igreja deve proclamar vocalmente as virtudes, os feitos, o poder, a glória, sabedoria, misericórdia, amor
e a santidade de Deus. Por meio de sua conduta deve dar testemunho de que são filhos da luz e não das trevas.‖ [3]
A Igreja do Senhor é a voz de Deus neste mundo perdido nas trevas. A Igreja não pode nunca se calar, pois ela é a ―coluna e
baluarte da verdade‖ (1Tm 3.15). A Igreja é o meio pelo qual Deus salva os pecadores, transforma vidas e exorta o mundo sobre o
juízo de Deus. A Igreja jamais deve perder de vista a sua missão no mundo. A Igreja deve imprimir e fazer brilhar a cruz de Cristo
neste mundo.

Considerações Finais e Aplicações

Quão santa tem sido sua vida? Quão junto de Jesus Cristo você tem andado? Você tem consciência do que Deus, em Cristo, fez
por você na cruz? A base de sua alegria está nas coisas do mundo ou em Jesus Cristo?

Um Povo Escolhido
Versículo Chave: “Mas UM ALTO NÍVEL MORAL de conduta deve manifestar-se na vida dos crentes cristãos.
vós sois a geração eleita, o―Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,
sacerdócio real, a naçãodesejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que
santa, o povo adquirido, parapor ele vades crescendo; Se é que já provastes que o Senhor é benigno.‖ —1 Pedro 2:1-3
que anuncieis as virtudes Os pecados enumerados no versículo um estão acima das evidentes deficiências de amor e pureza
daquele que vos chamou dasde coração em seus possuidores. Com o fim de avançar na graça cristã, os crentes devem aplicar os
trevas para a sua maravilhosaprincípios bíblicos em suas vidas à medida que andam pelo caminho estreito.
luz.” Num princípio, como crianças, seguidores recém consagrados a Cristo podemos requerer a
– 1 Pedro 2:9 instrução nas verdades básicas que se encontram na Bíblia, mas com o tempo à medida que
Escritura Selecionada: amadurecemos, seremos capazes de assimilar as verdades mais avançadas e nossas vidas se
1 Pedro 2:1-17 transformarão em conformidade à imagem de Jesus Cristo.
Em linguagem figurada, Cristo é representado como a pedra viva principal do edifício mais
preciosa de Deus, mas ainda que pareça incrível foi rejeitado pelos homens. No entanto, foi escolhido por Deus como indispensável
para seu Plano, os crentes em união com Cristo pelo Espírito Santo fazem parte da casa espiritual, ou sacerdócio santo, que
oferecem sacrifícios aceitáveis a Deus (1 Pedro 2:4,5; Lucas 22:17; Isaías 53:3).
No momento da Primeira Vinda de Cristo, os povos, os governantes, não o receberam e fora crucificado. Durante a presente Era
Evangélica, existem muitos indivíduos que se negam a aceitar a Jesus como seu Messias e como resultado tropeçam por causa de
sua incredulidade e desobediência.
Nosso Versículo Chave descreve a Igreja Cristã como um sacerdócio real e uma nação santa, cuja responsabilidade é proclamar
a glória de Deus que nos tirou das trevas, para proclamar a luz da Verdade como se estabelece na Palavra de Deus.
Grande parte do resto deste capítulo refere-se à conduta que os crentes nunca devem ter durante seu caminhar cristão. O apóstolo
indica que somos estrangeiros e peregrinos, por isso devemos abster-nos dos desejos terrenais. Isto não se refere simplesmente a
evitar uma conduta pecaminosa ou imoral, a qual não define um sacrifício, mas bem, não incluir a tentativa de reunir a prosperidade
material e a busca de prazeres mundanos que impedem nosso crescimento espiritual e a comunhão com Deus (1 Pedro 2:11).
Como prova de que a mente de Cristo está crescendo dentro de nós, buscaremos oportunidades para pôr nossas vidas ao serviço
dos irmãos e de qualquer maneira possível promover seus interesses espirituais. Haverá uma recompensa gloriosa para todos os
crentes que vivem sua vida cristã desta maneira.
“Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que
Deus preparou para os que o amam.Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as
profundezas de Deus.” —1 Coríntios 2:9,10
QUEM É O POVO DE DEUS?

"Mas vós sois...a geração eleita...".


I Pedro 2.9.

Nesses dias tão conturbados, onde estamos vivendo tempos angustiosos de incredulidade, e que os homens tem se ajuntado como
povo de Deus em várias denominações. Dias em que os ditos cristãos têm comichões nos ouvidos para ouvir coisas agradáveis, e por
isso tem ajuntado para si mestres segundo os seus desejos (II Timóteo 4.3-4). Dias de apostasia da fé onde o ensino de demônios
tem espalhado como gangrena, mas que não é novidade porque estão previstas pela Palavra. Diante de tudo isto, perguntamos: -
Quem é o povo de Deus?
Jesus disse em Mateus 11.12: "E desde os dias de João, o Batista, até agora, o reino dos céus é tomado a força, e os violentos o
tomam de assalto". Tomar o reino dos céus de assalto é um absurdo, mas muitos tentam fazê-lo, achando que simplesmente dizer
para Jesus: Senhor, Senhor, ou aceitá-lo como seu salvador, e participar de uma denominação, ou mesmo fazer milagres no seu
nome é suficiente. Sobre isto Jesus diz: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a
vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu
nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos
conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade" Mateus 7.21-23.
Ninguém toma o reino dos céus de assalto, porque isso não depende da força do homem, nem da sua capacidade, mas do poder
de um Deus Soberano: "Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a
eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está
escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú. Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma. Pois diz a Moisés:
Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do
que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece. Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti
mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a
quem quer. Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua vontade? Mas, ó homem, quem és tu,
que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o
barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar
a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; para que também desse a
conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou, os quais somos nós, a quem
também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?" Romanos 9.11-24.
O povo de Deus é uma geração eleita. Podemos ser membro de qualquer igreja, mas ninguém pode intitular-se um membro do
povo de Deus se não for um eleito, porque a nossa eleição é de Deus: "Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus" I
Tessalonicenses 1.4. Essa eleição, ou escolha de Deus é para um propósito bendito, separar um povo santo e irrepreensível, que
viva diante dEle: "Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante
dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade"
Efésios 1.4.
Deus escolheu a princípio a nação de Israel, para anunciar as suas grandezas em toda a terra: "Porque povo santo és ao SENHOR
teu Deus; o SENHOR teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra. O
SENHOR não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois
vós éreis menos em número do que todos os povos. Mas, porque o SENHOR vos amava..." Deuteronômio 7.6-8. A nação de Israel
desprezou esse chamamento de Deus. Hoje, nós os que cremos, somos o Israel de Deus. Somos a sua geração eleita, para que
anunciemos as grandezas daquele que nos tirou das trevas para a sua maravilhosa luz: "Porque não é judeu o que o é exteriormente,
nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito,
não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus" Romanos 2.28-29.
Este anuncio do evangelho é feito com o propósito de promover a fé, e de congregar os seus eleitos: "Paulo, servo de Deus, e
apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade, em esperança da
vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos; mas a seu tempo manifestou a sua palavra
pela pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador" Tito 1.1-3. "E os gentios, ouvindo isto,
alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna" Atos 13.48.

"Mas vós sois...o sacerdócio real..."

O povo de Deus não é formado de simples membros de igrejas, mas de sacerdotes reais. Qualquer pessoa pode ser feito membro
de uma denominação, uma espectadora, mas jamais se intitular um sacerdote real. Somente os membros da Universal Assembléia o
são: "Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; à universal
assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos
aperfeiçoados" Hebreus 12.22-23.
Na genealogia de Jesus, apresentada em Mateus 01 do verso 01 a 17, mostra no verso 17 que desde a deportação da Babilônia até
o Cristo são quatorze gerações: "De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a
deportação para a Babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para a Babilônia até Cristo, catorze gerações". Se contarmos a
partir da deportação da Babilônia, você encontrará treze gerações e não catorze como diz o texto. Será que o Espírito Santo quando
inspirou Mateus errou?
O verso 16 nos ensina que Ele nunca erra: "E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o
Cristo". Jesus é a décima terceira geração e Jesus o Cristo a décima quarta. Jesus naquela cruz se tornou o último Adão, porque
fomos incluídos no seu corpo naquela cruz. Quando Deus deu vida a Jesus na ressurreição, lhe deu um nome que está acima de todo
nome: Jesus Cristo. Deus em sua misericórdia nos deu vida juntamente com Ele (Efésios 1.4-5). Jesus se tornou o primogênito dessa
nova geração, uma geração eleita por Deus. Nós fomos feitos filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição: "Porque já não podem
mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição" Lucas 20.36.
Como Jesus Cristo é Sacerdote e Rei, nós que fomos feitos à Sua imagem (Romanos 8.29), somos agora em Cristo, sacerdotes
reais, a fim de ministrarmos as coisas espirituais a Deus: "Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e
sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo" I Pedro 2.5. "Edificados sobre o
fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado,
cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito" Efésios
2.20-22.
Deus em Malaquias 2.7 nos mostra o perfil do sacerdote: "Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da
sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do SENHOR dos Exércitos". Qualquer homem pode ser tomado
pelo povo como sacerdote para ministrar as coisas concernentes aos homens (Hebreus 5.1-3), mas um sacerdote real, que ministra
sacrifícios espirituais a Deus, só é possível ser aceito por Deus, se estiver em Cristo: "Vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para
fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre"
Hebreus 13.21.
Na figura do tabernáculo, somente o sacerdote podia entrar no santo lugar e ministrar no altar. Agora, como sacerdotes reais, e
no verdadeiro tabernáculo, não feito por mãos humanas; o seu povo ministra o verdadeiro altar: "Temos um altar, de que não têm
direito de comer os que servem ao tabernáculo. Porque os corpos dos animais, cujo sangue é, pelo pecado, trazido pelo sumo
sacerdote para o santuário, são queimados fora do arraial. E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue,
padeceu fora da porta. Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério" Hebreus 13.10-13.
Ninguém está apto para oferecer tais sacrifícios a Deus, somente o seu povo, os seus sacerdotes reais. Esse ministério é o
sacerdócio de Cristo, que não tem princípio nem fim, e é segundo a Ordem de Melquisedeque (Hebreus 6 e 7). Nesse sacerdócio não
se pode entrar por aclamação, nem fazendo um seminário, somente por escolha do Senhor: "Pois quê? O que Israel buscava não o
alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos. Como está escrito: Deus lhes deu espírito de profundo sono,
olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje" Romanos 11.7-8.
Portanto, somente um homem ou mulher, judeu ou grego, escravo ou livre que morreu e ressuscitou juntamente com Cristo,
portanto, está em Cristo, é um sacerdote real. Deus nos fez seus sacerdotes reais, para que lhe ministremos as coisas espirituais e
anunciemos as grandezas daquele que nos tirou das trevas para a sua maravilhosa luz. Nós, que em outro tempo não éramos povo,
mas agora somos povo de Deus; que não tínhamos alcançado misericórdia, mas agora alcançamos misericórdia.

"Mas vós sois...a nação santa..."

O povo de Deus não são aqueles que tomam o nome de cristãos e colocam um nome em suas igrejas. Nem são aqueles que têm
uma aparência de piedade. E muito menos uma congregação de pecadores. O povo de Deus é uma nação santa. Tudo o resto é
chamado por Deus de Casa de salteadores: "Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam. Porventura
furtareis, e matareis, e adulterareis, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que não
conhecestes, e então vireis, e vos poreis diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e direis: Fomos libertados para
fazermos todas estas abominações? É pois esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos?
Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o SENHOR" Jeremias 7.8-11.
Ser santo não é ser extraordinário, ou perfeito. Ser santo é ser separado por Deus para viver para Ele e crescer nessa separação,
até que estejamos inteiramente separados no corpo, na alma e no espírito: "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o
vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso SENHOR Jesus Cristo. Fiel é o
que vos chama, o qual também o fará" I Tessalonicenses 4.23-24. "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se
ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda" Apocalipse 22.11.
Deus não queria apenas indivíduos santos, mas uma nação que fosse santa. Para isso a princípio, chamou a nação de Israel
quando disse: "Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade
peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha. E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as
palavras que falarás aos filhos de Israel" Êxodo 19.5-6; mas eles invalidaram esse pacto. Deus queria que esse povo fosse santo,
separado por Deus para ser exclusivamente seu: "E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo, e vos separei dos povos,
para serdes meus" Levítico 20.26.
Como vimos anteriormente, nós os que cremos, somos o Israel de Deus, a sua nação santa, um povo separado por Deus para que
vivamos para Ele. Antes éramos pecadores e inimigos de Deus: "A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no
entendimento pelas vossas obras más..." Colossenses 1.21, mas Ele nos reconciliou consigo mesmo, e nos santificou pela oferta do
corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre (Hebreus 10.10), para nos apresentamos perante Ele santos: "...agora contudo vos
reconciliou. No corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis" Colossenses
1.21.
Ele fez morrer a nós pecadores no corpo de Cristo e nos justificou (Romanos 6.7), e nos santificou para Ele: "Assim, meus
irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos,
a fim de que demos fruto para Deus" Romanos 7.4. Ser feito um santo e ser santificado é obra exclusiva de um Deus Santo (I Pedro
1.16 e Levítico 20.8). Ele é o Deus que nos santificou em Cristo, e agora nos santifica para que vivamos totalmente para Ele:
"Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por
todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou" II Coríntios 5.14-15.
Rejeitar isso não é rejeitar ao homem, mas a Deus que nos deu o Espírito Santo: "Porque esta é a vontade de Deus, a vossa
santificação; que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; ...Porque não
nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação. Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a Deus,
que nos deu também o seu Espírito Santo" I Tessalonicenses 4.3-8.
Somos a sua nação santa, um povo totalmente separado para Ele, para que anunciemos as grandezas daquele que nos tirou das
trevas para a sua maravilhosa luz. Nós, que em outro tempo não éramos povo, mas agora somos povo de Deus; que não tínhamos
alcançado misericórdia, mas agora alcançamos misericórdia.

"Mas vós sois...o povo adquirido..."

O seu povo não é formado de pessoas que simplesmente por um ato de desespero aceitou a Jesus. Nem mesmo porque foi
batizado nas águas. Muito menos porque tem um título de pastor ou líder religioso. O povo de Deus é um povo comprado e lavado
com o seu sangue: "Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes [no sangue do Cordeiro] para que tenham direito à arvore da
vida, e possam entrar na cidade pelas portas" Apocalipse 22.14.
Nós não éramos de Deus, porque quem comete o pecado é do Diabo (I João 3.8). Estávamos sob o império da morte, mas Jesus
veio nos tirar desse império: "E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas,
para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam
por toda a vida sujeitos à servidão" Hebreus 2.14-15. "Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos
santos na luz; o qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" Colossenses 1.12-13.
Estávamos sob o império da morte e éramos escravos do pecado: "Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que
todo aquele que comete pecado é servo do pecado" João 8.34. "Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe
obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?" Romanos 6.16.
Éramos escravos do pecado, estávamos mortos e éramos por natureza filhos da ira: "E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas
e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que
agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a
vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também" Efésios 2.1-3.
Estávamos mortos em delitos e pecados; estávamos sob o império da morte e éramos escravos do pecado, mas Jesus nos
adquiriu, nos comprou para Deus com o seu sangue: "E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os
seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação"
Apocalipse 5.9. Fomos comprados para Deus e agora somos dEle; um povo adquirido por um grande preço, pelo sangue de Jesus:
"Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por
tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado" I
Pedro 1.18-19.
Nós somos o povo adquirido para glorificá-lo: "Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo,
e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus" I Coríntios 6.20. Somos dEle, somente dEle, e nunca mais para sermos escravos de
ninguém: "Porque o que é chamado pelo Senhor, sendo servo, é liberto do Senhor; e da mesma maneira também o que é chamado
sendo livre, servo é de Cristo. Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens" I Coríntios 7.22.23. Cristo nos
libertou, não necessitamos mais ficar escravos da religião e de homens: "Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos
libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão" Gálatas 5.1.
Somos um povo adquirido, um povo seu, especial, remido de toda a iniqüidade, zeloso de boas obras, e para publicar o seu
louvor: "O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de
boas obras" Tito 2.14. "...esse povo que formei para mim, para que publicasse o meu louvor" Isaías 43.21. Somos o seu povo
adquirido, para anunciar as grandezas daquele que nos tirou das trevas para a sua maravilhosa luz. Nós, que em outro tempo não
éramos povo, mas agora somos povo de Deus; que não tínhamos alcançado misericórdia, mas agora alcançamos misericórdia.

"...para anunciar as grandezas,


daquele que nos tirou das trevas
para a sua maravilhosa luz".
I Pedro 2.9.

O povo de Deus não necessita de um templo, nem de um nome, nem de um pastor para anunciar o evangelho. O povo de Deus é
luz onde estiver. Cada membro desse povo pode manifestar as suas obras de fé em qualquer lugar: seja no trabalho, em casa, numa
fila de banco e etc. Jesus não disse vinde a igreja para ouvir o evangelho, mas "Ide e pregai o evangelho a toda criatura". Onde um
filho de Deus adquirido, santo, sacerdote real estiver, ele se torna um anunciador das boas novas: "LEVANTA-TE, resplandece,
porque vem a tua luz, e a glória do SENHOR vai nascendo sobre ti; porque eis que as trevas cobriram a terra, e a escuridão os
povos; mas sobre ti o SENHOR virá surgindo, e a sua glória se verá sobre ti" Isaías 60.1-2.
Davi no Salmo 62, no verso 11 disse pelo Espírito: "Uma vez falou Deus, duas vezes tenho ouvido isto; que o poder pertence a
Deus. A ti também, Senhor, pertence a benignidade...". Nós nascemos numa geração corrupta e perversa como disse Jesus, e
precisávamos ser salvos dela (Mateus 16.4 e Atos 2.40). Deus pelo seu poder, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela
ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos (I Pedro 1.3). Uma geração escolhida por Deus; eleição essa que foi feita antes da
fundação do mundo (Efésios 1.4).
Deus nos elegeu, nos chamou, nos justificou e nos glorificou em Cristo: "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente
para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu
também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos
que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também
glorificou" Romanos 8.28-30.
Pelo seu poder, Ele nos tirou dum charco de lodo, dum poço de perdição e colocou os nossos pés na rocha, na rocha eterna
(Salmos 40.2); Ele nos colocou nos lugares celestiais em Cristo: "Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou
juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em
Cristo Jesus" Efésios 2.5-6. Ele nos fez sacerdotes reais, sacerdotes chamados para ministrar na Sua Presença, no santíssimo lugar:
"Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos
consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro
coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, retenhamos
firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu" Hebreus 10.19-23.
Pelo seu poder nos incluiu em Cristo, nós os imundos e pecadores. Justificou-nos pela morte, e nos gerou como Seus filhos,
quando ressuscitou a Jesus e o declarou Filho de Deus em poder (Romanos 1.4), porque Ele é o autor na nossa salvação (Hebreus
2.10). Somos agora uma nação santa, um povo seu. Ele que é poderoso, nos fez santos e agora nos apresenta ante a Sua Glória sem
mácula, sem mancha, incontaminado e com grande alegria: "Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-
vos ante a sua glória imaculados e jubilosos..." Judas 1.24.
Pelo seu poder Ele nos comprou para Ele, nos adquiriu a preço de sangue, um sangue precioso: "Sabendo que não foi com coisas
corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais,
mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo foi
conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós; e por ele credes em Deus,
que o ressuscitou dentre os mortos, e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus" I Pedro 1.18-21.
Se você crê no seu nome, e goza desse poder grandioso. Crê que morreu e ressuscitou juntamente com Ele naquela cruz,
portanto, Cristo é a Sua Vida. Se você crê que seu escrito de dívida foi riscado e cravado na cruz. Se ele te fez membro dessa
geração eleita, e de uma nação santa. Te fez um sacerdote real, e agora você vive inteiramente para Ele, e não mais como escravo do
pecado, não se preocupe com genealogias intermináveis, com fábulas, com doutrinas várias e estranhas. Isto nunca trouxe proveito
algum aos que com eles se envolveram (Hebreus 13.7).
Antes cresça na graça e no conhecimento de Jesus Cristo que é a Sua Vida, e anuncie com grande alegria essas grandezas, fale
desse Deus grandioso; dê o testemunho daquele que te tirou das trevas para a sua maravilhosa luz, e proclame em alta voz: "Ao
único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém" Judas 1.25.
A Palavra da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós que somos salvos é o poder de Deus. Essa Palavra nos salvou e
ela é o testemunho de Deus. Deus deu a nós, seu povo, a graça de anunciar o seu evangelho. Somente aqueles que nasceram do
Espírito tem autoridade para fazê-lo: "E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com
sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado" I
Coríntios 2.1-2. O tempo do apóstolo Paulo já encerrou. Agora é o nosso tempo de anunciar, daqueles que são testemunhas dessas
coisas.
Mediante tudo isto, exaltemos juntos ao nosso Deus com a Sua Palavra que diz: "Ó profundidade das riquezas, tanto da
sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque, quem
compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém" Romanos 11.33-36.

GERAÇÃO ELEITA, SACERDÓCIO SANTO

O apóstolo Pedro, em sua primeira epístola, capítulo 2, versículo 9, escreveu: Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a
nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.

A partir do sacrifício do filho de Deus no Calvário, fomos feitos sacerdotes de Cristo. Com isto, passamos a ter liberdade para
chegarmos diante do Senhor pelo novo e vivo caminho. O véu, que é a sua carne, foi rasgado por nós. Assim, temos livre acesso ao
Santo dos santos.
Você é ou deseja ser um sacerdote? No Antigo Testamento havia todo um ritual para a consagração de um sacerdote (leia Êxodo
29.1-25).
1º Passo: ablução (ritual de lavagem com água, purificação) - Êxodo 29.4
Antes de alguém se tornar um sacerdote, precisava lavar-se com água, purificar-se. Hoje, também precisamos ser lavados pela
água da Palavra. Sem ela, não há purificação; e sem purificação não há como ser sacerdote de Cristo. Só a Palavra de Deus pode
purificar e transformar o homem.
Veja o que está registrado em Hebreus 4.12:
Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da
alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
Em João 8.32 está escrito: e conhecereis a verdade [a Palavra de Deus], e a verdade [a Palavra de Deus] vos libertará.
2º Passo: Investidura (vestimenta sacerdotal) - Êxodo 29.5
No Antigo Testamento, vemos que os sacerdotes possuíam trajes especiais. Hoje, precisamos ser vestidos com vestimentas
espirituais. Uma geração desnuda não pode ser sacerdote de Cristo. É preciso usar as vestes de santidade. Adão fez para si vestes de
folha de figueira, mas estas não serviram. Deus fez para ele vestes de pele de cordeiro. Revista-se com as vestes do Cordeiro de
Deus. Busque em sua Bíblia o que o apóstolo Paulo revelou em Efésios 6.10-17.
3º Passo: Unção – Êxodo 29.7
A unção só era derramada sobre o sacerdote, após a purificação e a investidura deste. O óleo sagrado descia da cabeça sobre as
roupas (Salmo 133; Eclesiastes 9.8).
Sem compromisso com Deus, você não pode ser ungido por Deus. A unção quebra o jugo (Isaías 10.27). Jesus foi ungido com o
Espírito Santo e poder (Atos 10.38).
4º Passo: Sacrifício - Êxodo 29.10-23
No antigo Testamento, era oferecido ao Senhor um novilho e dois cordeiros como sacrifício para o perdão e a santificação. A
terceira oferta a Deus era em prol do sacerdote.
O nosso sacrifício hoje é o que está em Romanos 12.1-3: a nossa santificação. Você tem oferecido seu próprio corpo como
sacrifício puro, santo e agradável a Deus?
5º Passo: Mãos cheias – Êxodo 29.24
As mãos do sacerdote não podiam estar vazias diante de Deus. Eram sempre cheias de ofertas pacíficas e móveis. Ele andava em
direção ao fogo e jogava a oferta de agradável aroma para o Senhor.
O que você tem em suas mãos para oferecer a Deus? Ofereça o seu melhor para o Todo-poderoso, siga os Seus ensinamentos,
leia a Sua Palavra e busque-o de todo coração com fé em oração, e torne-se parte da Sua geração eleita, do sacerdócio real e da
nação santa.

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