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Aula 05
da Contabilidade (afinal nosso curso é introdutório para esse mundo, não é mesmo?), inserimos
vários detalhes que são de Contabilidade Avançada.
Assim, minha orientação inicial é para que você não se assuste com o volume de informações
presente nesta aula, ok? Não tente estudar a aula inteira em uma jornada apenas. Esta aula é para
ser estudada pelo menos em umas três oportunidades, de preferência no momento em que você
mais rende e que esteja em paz.
Pessoal, antes de iniciarmos o estudo das demonstrações contábeis previstas no nosso edital,
começando pelo Balanço Patrimonial, temos que estudar quais são as demonstrações obrigatórias
como forma de introdução ao assunto. Além disso, vamos estudar alguns aspectos gerais aplicáveis
às demonstrações.
Segundo o art. 176 da Lei 6.404/76 ao fim de cada exercício social a diretoria deve elaborar, com
base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no
exercício:
Balanço Patrimonial (BP);
Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA);
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
i. A elaboração da DLPA é dispensada, desde que seja elaborada a Demonstração das Mutações
do Patrimônio Líquido (DMPL);
ii. A DVA somente é obrigatória para as sociedades anônimas de capital aberto1;
iii. A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00
(dois milhões de reais), está dispensada da elaboração da DFC.
1
A companhia aberta é obrigada a apresentar a DVA. Os órgãos reguladores (ANTT, BACEN, PREVIC, ANATEL, etc), no entanto,
podem exigir que as empresas a ele submetidas apresentem a DVA. Nos demais casos, a apresentação dessa demonstração é
facultativa. A Resolução CFC 1.162/2009 afirma que "É recomendado, entretanto, a sua elaboração por todas as entidades que
divulgam demonstrações contábeis."
Algumas questões de concursos têm exigido o item 10 da NBC TG 26 (CPC 26) que versa sobre o
à à à à àáà uir transcrevemos referido item:
Conjunto completo de demonstrações contábeis
10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:
(a) balanço patrimonial ao final do período;
(b) demonstração do resultado do período;
(ba) demonstração do resultado abrangente do período;
(c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;
(d) demonstração dos fluxos de caixa do período;
(da) demonstração do valor adicionado do período, conforme NBC TG 09 Demonstração do Valor
Adicionado, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada
voluntariamente;
(e) notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações
elucidativas;
(ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e 38A;
(f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando
a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação
retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando procede à reclassificação de itens
de suas demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a 40D.
Perceba que a NBC TG 26 (CPC 26) exige, além daquelas previstas na Lei 6.404/76, a
Demonstração do Resultado Abrangente.
Pessoal, a seguir transcrevo algumas disposições importantes previstas na Lei 6.404/76, exigidas
literalmente em provas de concursos, com alguns comentários. É fundamental vocês saberem o
teor desses dispositivos!
Art. 176, § 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores
correspondentes das demonstrações do exercício anterior.
Observe que quem decide sobre a destinação dos lucros é a Assembleia Geral Ordinária (AGO).
Como ela ocorre após a elaboração das demonstrações, estas devem registrar a destinação dos
lucros de acordo com a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação
pela AGO.
§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos
ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos
resultados do exercício.
2 BALANÇO PATRIMONIAL
2.1. CONCEITO
Nesse momento, basta visualizarmos o quadro a seguir que ilustra a estrutura do Balanço
Patrimonial.
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Não Circulante
Não Circulante
Patrimônio Líquido
A estrutura e classificação das contas encontram-se disciplinadas nos artigos 178 a 184 da Lei
6.404/76.
Segundo o caput do art. 178,
“(...) as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e
agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”.
Para facilitar nosso entendimento, observe preliminarmente a classificação dos bens, direitos e
obrigações, conforme disposto na Lei 6.404/76:
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante
Bens e Direitos (curto prazo)
(-) contas retificadoras2 Passivo Circulante
Obrigações (curto prazo)
Ativo Não Circulante (-) contas retificadoras
Total Total
2 Representam incertezas quanto à quantia ou data de vencimento. A constituição das contas retificadoras decorre
da aplicação dos princípios de contabilidade da Prudência, Oportunidade e Competência.
Em que pese a Lei não normatizar expressamente, no passivo as contas serão dispostas em ordem
decrescente de grau de exigibilidade dos elementos nela registrados. Portanto, as obrigações
vincendas até o término do exercício seguinte serão classificadas no Passivo Circulante. As
obrigações vincendas após o término do exercício seguinte serão classificadas no Passivo Não
Circulante.
P à à à à à à à à à à àá à à à à
objetiva tudo aquilo que você precisa saber sobre cada grupo.
2.3.1. ATIVO
Já sabemos que ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados
e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. Estudamos,
ainda, que o direito de propriedade não é essencial à existência do ativo! Pois bem... agora vamos
ver os principais pontos que devemos saber sobre o ativo para enfrentarmos as questões de prova.
Ativo Circulante (AC)
Conforme vimos no balanço acima, o AC é composto pelos bens e direitos de curto prazo, assim
considerados aqueles que a companhia espere que sejam realizados até doze meses após a data
do Balanço Patrimonial. Trata-se do Capital de Giro da entidade, pois representam os bens e
direitos em constante circulação.
Data Ativo
do Circulante Ativo Realizável a
Balanço Longo Prazo
31/12/20X1 31/12/20X2
Observe que os demais bens e direitos com realização prevista acima de doze meses da data do
Balanço Patrimonial, são classificados no Ativo Realizável a Longo Prazo, a seguir estudado.
De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76,
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social
subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;
3 Os equivalentes de caixa são aplicações ou investimentos a curto prazo, de alta liquidez, que sejam prontamente
convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de
valor.
4 O ciclo operacional é o intervalo de tempo em que uma entidade adquire matéria-prima (no caso de indústria)
ou mercadorias (no caso de empresa comercial) efetua a produção (indústria), vende e recebe o valor
correspondente à venda.
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte,
assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou
controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;
Data Ativo
do Circulante Ativo Realizável a
Balanço
Longo Prazo
31/12/20X1 31/12/20X2
despesas pagas antecipadamente que constarem do Ativo Circulante, desde que tenham o prazo
de realização superior a 12 meses ou superior à duração do ciclo operacional. Assim, teremos a
à E à LP à C à LP à
* Os imóveis para aluguel podem ser classificados tanto no imobilizado como em investimentos, a
depender da finalidade desse aluguel. Será classificado no imobilizado quando o aluguel estiver
relacionado às atividades fins da empresa (veja exemplo de questão exigida nesse sentido abaixo).
Caso o aluguel não esteja relacionado com as atividades da empresa classificamos como
investimentos (propriedade para investimento).
Comentários
Nesse caso, como o aluguel é para funcionários que trabalham na empresa, devem ser
classificados como ativo imobilizado. Veja que os funcionários são de fora do Estado e, portanto,
trata-se de uma política da empresa necessária para o desenrolar das suas atividades, ou seja, os
apartamentos são bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou
exercidos com essa finalidade. Logo, devem ser classificados no imobilizado e não em
investimentos.
Gabarito: D
Tratamos desse assunto em uma dica no âmbito do Projeto 200 dicas da receita federal.
Acesse nosso canal do Youtube (Contabilizando) à à à à à à D à‘ à
F
==da82f==
Vejamos como se dá a contabilização dos arrendamentos, de acordo com o seu tipo. Cabe destacar
que esse assunto (contabilização de arrendamentos) sai do escopo introdutório da Contabilidade.
Trata- à à à à àC àá àL à à à à à à à à
rsrs) se não entender perfeitamente esses tópicos de contabilização dos arrendamentos, pois na
sequência do nosso curso vamos à à à à à à
Aliás, no nosso blog disponibilizamos os principais tópicos do CPC 06. Caso queira se aprofundar
um pouco ou ver a sistemática das aulas do nosso curso D à à CPC à , no qual
destrinchamos no detalhe todos os tópicos avançados da disciplina, acesse o link abaixo:
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/cpc-06-arrendamento-mercantil-esquematizado/
Arrendamento Financeiro
áà à T àB à à à à à à à o, no valor justo de R$
30.000,00, o qual será pago em 5 prestações anuais de R$ 7.000,00, sem valor residual.
* Essa conta registra a diferença entre o valor justo (ou valor presente) do bem e o valor a ser pago (valor futuro).
Arrendamento Operacional
áà à T àB à à à à à à à à à à à à
anos, pagando o valor de R$ 1.000,00 mensais.
O CPC 04 (item 8) define Ativo Intangível como sendo um Ativo não monetário5 identificável sem
substância física. Perceba que o Intangível abrange as contas representativas dos recursos
aplicados em bens imateriais (incorpóreos).
Entre as contas que são classificadas nesse subgrupo destacam-se:
Direitos Autorais;
Marcas e patentes;
Fundo de Comércio (Goodwill);
Sistemas Aplicativos (Software).
Por fim, vale destacar que, conforme exigência prevista no CPC 04, um ativo somente poderá ser
enquadrado na definição de intangível quando cumulativamente:
seja identificável;
seja controlável; e
seja gerador de benefícios futuros.
Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intangível,
quando:
5
De acordo com o CPC 04, "Ativo monetário é aquele representado por dinheiro ou por direitos a serem recebidos em uma
quantia fixa ou determinável de dinheiro". A definição de ativo não monetário, por sua vez, é residual, englobando os bens e
direitos não enquadrados na definição de ativo monetário. Exemplo: equipamentos, veículos, etc.
a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado,
alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado,
independente da intenção de uso pela entidade; OU (os requisitos não são cumulativos!)
b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos
serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.
O CPC 04 destaca que caso um item não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido na
sua aquisição ou geração interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido.
A definição de ativo intangível requer que ele seja identificável, para diferenciá-lo do ágio derivado
da expectativa de rentabilidade futura gerado internamente (goodwill).
Não confunda o Goodwill gerado internamente com o goodwill adquirido (abaixo explicado).
Goodwill gerado internamente: não reconhecemos como ativo e sim como despesa.
Goodwill adquirido: ativo intangível.
E o que seria esse tal de Goodwill (adquirido)?
Trata-se da diferença a maior entre o valor pago na aquisição de um empreendimento
(patrimônio) e o valor de mercado (valor justo) dos ativos líquidos desse empreendimento. Vamos
a um exemplo:
áà à à T àB à à à à à à à à
à G àV à ada pelo valor de mercado em R$ 150.000,00. Porém, os
à à T àB à à à à à à à à à à à
à à à à à à à G àV à à à à‘ à
200.000,00. Nesse caso, temos um goodwill de R$ 50.000,00.
Se você não entendeu algo acima estudado sobre o ativo intangível ou quiser se aprofundar no
assunto, leia a aula gratuita que disponibilizamos no blog do Estratégia no âmbito do nosso projeto
D à àCPC àá ào arquivo no link abaixo:
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/cpc-04-ativo-intangivel-esquematizado/
Vamos abordar também com maiores detalhes o assunto em nosso curso.
Comentários
Conforme acabamos de estudar, um ativo somente poderá ser enquadrado na definição de
intangível quando cumulativamente:
seja identificável;
seja controlável; e
seja gerador de benefícios futuros.
Gabarito: C
2.3.2. PASSIVO
Passivo Circulante
Nesse grupo, são classificadas as contas representativas das obrigações cujos vencimentos
ocorram durante o exercício seguinte (art. 180, Lei 6.404/76).
Entre as contas que são classificadas nesse grupo destacam-se:
Fornecedores (duplicatas a pagar);
I à à‘ à à à à à à à à ICM“à à
‘
Salários a Pagar;
Dividendos a pagar.
Nesse grupo estão incluídas as contas representativas aos capitais próprios da entidade. São
recursos advindos dos proprietários (titular, sócios, acionistas) ou decorrentes da gestão do
patrimônio (lucros/prejuízos apurados).
De acordo com o art. 178 da Lei 6.404/76,
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da
companhia.
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
O capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de
bens suscetíveis de avaliação em dinheiro (art. 7º da Lei 6.404/76).
Cabe destacar que, nos termos do art. 80 da Lei 6.404/76, a constituição da companhia depende
do cumprimento dos seguintes requisitos preliminares:
(i) Subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social
fixado no estatuto;
(ii) Realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações
subscritas em dinheiro;
(iii) Depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela
Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro.
Outro ponto importante que devemos saber é que o gasto na emissão de ações não é tratado
como despesa do período, mas como redução do capital social.
Reservas de Capital
As Reservas de Capital são valores recebidos pela empresa de sócios ou terceiros que não
transitam pelo resultado do exercício. São contabilizadas diretamente no PL, ficando acumuladas
para utilização posterior.
São classificadas como reservas de capital as contas que registrarem (art. 182, Lei n. 6.404/76):
a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de
emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação
do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes
beneficiárias;
o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
Oà à à à à à à Reserva para ágio na emissão de ações
O ágio na emissão de ações corresponde ao valor da contribuição do subscritor que ultrapassar o
valor nominal das ações. Vejamos um exemplo:
áà à T àB à“ á à à à à à à à à à‘ à à
à à à à à‘ à à àC à à à à à à à s gestores
resolvem expandir as operações da empresa. Para tanto, emitem mais 10.000 ações pelo valor de
‘ à à à‘ à à à à à à à‘ à à à àC à à à à à
à à à à à à à à de imediato e, portanto, o valor de R$
120.000,00 entra no caixa da empresa. Sendo assim, o registro contábil dessa operação fica:
As partes beneficiárias são valores mobiliários (títulos negociáveis) emitidos por sociedades
anônimas de capital fechado sem valor nominal, com a finalidade de captar recursos por um prazo
máximo de 10 anos. Esses títulos dão ao seu titular o direito de participação no máximo em 10%
dos lucros da empresa emissora.
Os bônus de subscrição, por sua vez, são valores mobiliários emitidos no limite do capital social
autorizado6 no estatuto por sociedades anônimas que conferem aos seus titulares o direito de
preferência na subscrição das ações da empresa, dentro de um prazo preestabelecido e por um
preço prefixado.
Tanto as partes beneficiárias como os bônus de subscrição possuem tratamento contábil similar.
Se a parte beneficiária/bônus de subscrição for alienada(o) por um determinado valor, far-se-á o
seguinte registro contábil:
D Banco
C Reserva de Capital de Alienação de Partes Beneficiárias/Bônus de Subscrição
Caso o título seja concedido sem valor (aplicável, especialmente, ao caso da parte beneficiária), a
informação sobre sua existência deve ser incluída em notas explicativas.
Quando abordamos o conceito de reservas de capital vimos que elas ficarão acumuladas no PL
para utilização posterior. Pois bem... como poderão ser utilizadas essas reservas?
A resposta está no art. 200 da Lei 6.404/76, senão vejamos:
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo
189, parágrafo único);
II - resgate, reembolso ou compra de ações;
III - resgate de partes beneficiárias;
IV - incorporação ao capital social;
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada
(artigo 17, § 5º).
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser
destinada ao resgate desses títulos.
Para finalizar as reservas de capital, vale destacar a seguinte alteração na Lei n. 6.404/76:
As doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures não são mais
classificados como reservas de capital. Atualmente, devemos registrar como receita do exercício.
Segundo o CPC 07 Subvenção e Assistência Governamentais à uma subvenção governamental
deve ser reconhecida como receita ao longo do período confrontada com as despesas que pretende
compensar, em base sistemática, desde que atendidas às condições deste Pronunciamento. A
subvenção governamental não pode ser creditada diretamente no patrimônio líquido .
6
Se não fosse respeitado esse limite, haveria a possibilidade de o adquirente do bônus se ver impedido de exercer seu direito de
subscrever as ações (artigos 75 e 168 da Lei 6.404).
Ações em Tesouraria
Trata-se de uma conta do PL utilizada quando a empresa adquire as suas próprias ações, com o
objetivo de elevar o preço delas e realizar no futuro uma nova venda, de forma a obter lucro na
transação. Também tem o objetivo de concentrar as ações, quando estas estão muito pulverizadas
nas mãos de um grande número de acionistas.
Cabe destacar que na aquisição de ações em tesouraria a empresa não pode adquirir ações não
integralizadas, o que resultaria em diminuição do capital social.
Nos termos do art. 182, §5º, da Lei nº 6.404/76, as ações em tesouraria deverão ser destacadas no
balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos
aplicados na sua aquisição. Trata-se, portanto, de uma conta redutora do PL.
Destaca-se, ainda, que o limite do saldo da conta ações em tesouraria é o saldo de lucros
acumulados e reservas, exceto a reserva legal.
Por fim, devemos saber que a alienação de ações em tesouraria pode gerar lucro ou prejuízo para
a empresa, não representando receitas ou despesas. No caso de lucro a empresa deverá creditá-lo
em reservas de capital (semelhante ao que ocorre com o ágio na emissão de ações). Se houver
prejuízo, deverá debitá-lo em reservas de capitais.
Reservas de Lucros
As reservas de lucros são extraídas do lucro líquido do exercício. Possuem o objetivo de preservar o
patrimônio líquido. Segundo a Lei n. 6.404/76 (art. 182, §4º), serão classificadas como reservas de
lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.
As reservas de lucros previstas na Lei n. 6.404/76 são as seguintes:
Reserva Legal;
Reservas Estatutárias;
Reservas para Contingências;
Reserva de Incentivos Fiscais;
Reserva de Retenção de Lucros (de Lucros para Expansão);
Reserva de Lucros a Realizar;
Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído;
Reserva Específica de Prêmio de Debêntures.
Antes de estudarmos cada uma, devemos saber os limites. Segundo a Lei nº 6.404/76,
Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de
lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembleia
deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na
distribuição de dividendos.
A Lei n. 12.973/2014 (art. 31, §4º) incluiu entre as reservas acima a reserva específica de prêmio de
debêntures (ou seja, não será computada para fins do cálculo do limite das reservas de lucros).
8
Portanto, temos:
Caso o referido somatório ultrapasse o Capital Social, caberá à assembleia deliberar sobre a
aplicação do excedente, que poderá ser utilizado para integralização ou aumento de capital, desde
que com a devida fundamentação, ou distribuído como dividendos.
Reserva Legal
Segundo a Lei n. 6.404/76,
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer
outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do
capital social.
§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa
reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182,
exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.
§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser
utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.
Reserva Estatutária
Segundo a Lei n. 6.404/76,
Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:
I - indique, de modo preciso e completo, a sua
f finalidade;
II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à
sua constituição; e
III - estabeleça o limite máximo da reserva.
As Reservas Estatutárias não podem restringir o pagamento do dividendo obrigatório, nos termos
do art. 198 da Lei 6.404/76.
Reserva para Contingências
Segundo a Lei n. 6.404/76,
Art. 195. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do
lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a
diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
§ 1º A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e
justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva.
§ 2º A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram
a sua constituição ou em que ocorrer a perda.
Observe que a finalidade da reserva para contingências é preservar o capital social de possíveis
contingências ocorridas, compensando, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de
perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
Segundo o Manual de Contabilidade Societária FIPECAFI (USP) o objetivo da constituição dessa
reserva é segregar uma parcela de lucros, inclusive com a finalidade de não distribuí-la como
dividendo, correspondente a prováveis perdas extraordinárias futuras, que acarretarão diminuição
dos lucros (ou até o surgimento de prejuízos) em exercícios futuros.
Referido Manual esclarece que, em geral, as reservas para contingências são constituídas para
fazer frente a perdas cíclicas, que se repetem no tempo e que, portanto, são previsíveis. Estas
perdas podem decorrer, dentre outros:
de fenômenos climáticos ou naturais que interrompem as atividades da empresa em
determinados momentos;
da prestação de serviços com duração limitada, passando por períodos de alta lucratividade
até outros de pouca lucratividade ou até mesmo prejuízos - sazonalidade;
de paralisações extraordinárias de longa duração, decorrentes da substituição de
equipamentos obsoletos, cuja substituição seja bastante penosa.
Um ponto importante que devemos saber é a diferença entre reserva para contingências e
provisões.
Nesse sentido, o Manual FIPECAFI ensina que a Provisão destina-se a dar cobertura a perdas ou
despesas já incorridas, mas ainda não desembolsadas e que, dentro do regime de competência,
devem ser lançadas no Resultado, na constituição dessa Provisão.
A Reserva para Contingências é, por outro lado, uma expectativa de perdas ou prejuízos ainda não
incorridos; por ser possível antevê-los e por precaução e prudência empresariais, segrega-se uma
parte dos lucros já existentes, não os distribuindo para suportar financeiramente o período em que
o prejuízo ocorrer efetivamente. Na data em que tal prejuízo ocorrer, será reconhecido
contabilmente como despesa, dentro do regime de competência.
Destaca-se que essa reserva não pode ser constituída em detrimento do pagamento do dividendo
obrigatório.
A reserva de lucros a realizar é constituída como uma destinação dos lucros do exercício, sendo
optativa (facultativa) sua constituição.
A Reserva de Lucros a Realizar poderá ser constituída quando não existirem lucros realizados
suficientes para o pagamento do dividendo obrigatório.
Segundo o Manual FIPECAFI, seu objetivo é não distribuir dividendos obrigatórios sobre a parcela
de lucros ainda não realizada financeiramente (apesar de contábil e economicamente realizada)
pela companhia, quando tais dividendos excederem a parcela financeiramente realizada do lucro
líquido do exercício.
V à à à à à à à à à à à à
Nesse caso, o dividendo deixa de ser pago naquele exercício e, para tanto, já no balanço, dever-se-
á apurar o valor do dividendo obrigatório e apropriá-lo para essa reserva especial de lucros a
debito de Lucros Acumulados.
Tais dividendos serão pagos aos acionistas no futuro, assim que a situação financeira o permitir,
desde que não tenham sido absorvidos por prejuízos dos exercícios seguintes.
Quando a empresa emite debêntures com ágio, dizemos que ocorre emissão acima do par , mais
conhecido como prêmios na emissão de debêntures.
Segundo a legislação, a pessoa jurídica contabilizará os prêmios na emissão de debêntures no
Passivo Não Circulante na conta prêmios de debêntures a amortizar e deverá reconhecer o valor
do prêmio na emissão de debêntures em conta do resultado do exercício pelo regime de
competência e poderá destinar o valor referente à parcela do lucro líquido do exercício decorrente
do prêmio na emissão de debêntures na constituição da reserva de lucros específica.
A legislação estabelece, ainda, que para fins do limite de que trata o artigo 199 da Lei n.º 6.404/76,
a reserva de lucros específica terá o mesmo tratamento dado à reserva de incentivo fiscal, prevista
no artigo 195-A da Lei n.º 6.404/76.
A empresa poderá destinar para a Reserva de Lucros Específica a parcela do lucro líquido
decorrente da receita apropriada da conta dos prêmios de debêntures a apropriar, que poderá ser
excluída da base de cálculo dos dividendos obrigatórios.
áà à à à à à à à à à resente deve
figurar no passivo da entidade. Mas a parcela que exceder ao previsto legal ou
estatutariamente deve ser mantida no patrimônio líquido, em conta específica, do tipo
à à à à à à à à à à à mada pelos
sócios. Afinal, esse dividendo adicional não se caracteriza como obrigação presente na
data do balanço, já que a assembleia dos sócios ou outro órgão competente poderá,
não havendo qualquer restrição estatutária ou contratual, deliberar ou não pelo seu
à à à à à à à à
à à à à à à à à à à à
ou outra forma de distribuição de resultado que ocorrer após a data do balanço e antes
da data da autorização de emissão dessas demonstrações não gerará registro no passivo
da entidade na data do balanço, por também não representar qualquer obrigação
à à
que possam ser utilizadas para absorver tais prejuízos, podendo ainda ser utilizadas para a
absorção, as reservas de capital.
Outras Contas do PL
Conforme já comentado, além dos itens previstos na Lei n. 6.404/76, o grupo Patrimônio Líquido
pode apresentar outras contas para melhor evidenciar a situação patrimonial da companhia, bem
como para atender a outras normatizações que estabeleçam a necessidade da divulgação. Vejamos
objetivamente as características dessas contas, tomando-se como base o disposto no Manual
FIPECAFI, haja vista que muitas questões são extraídas de forma literal do Manual.
Opções outorgadas reconhecidas
Segundo o Manual FIPECAFI,
As Opções Outorgadas Reconhecidas representam uma conta especial que deve ser
utilizada nos casos em que as sociedades negociam serviços de seus administradores e
empregados, cujo valor de mercado não é facilmente obtido. Ela deve ser apresentada
junto às Reservas de Capital, no Patrimônio Líquido, quando os serviços negociados
tiverem como contraprestação pagamentos baseados em ações a serem liquidados com
instrumentos patrimoniais. Caso a liquidação tenha realização prevista em dinheiro, o
registro de à à à àP
Oà à à à à à à à à à à à à
patrimoniais não mais poderão ser tratados como despesas do período da emissão, mas
à à à à à à à à à à à à
P à à à HD à
Gastos na emissão de ações: não devem ser reconhecidos como despesa, mas sim como
acréscimo do custo de emissão em conta retificadora do capital social.
V à à à à à à à à à à à
12. (FCC/Prefeitura de São Paulo/2010) A Cia. Acionária resolveu aumentar seu capital social
mediante emissão de 10.000 novas ações, cujo valor nominal é de R$ 1,00. Devido às condições de
mercado, as ações foram negociadas a R$ 1,50, à vista. Para a emissão das ações a Cia. Acionária
incorreu em custos de R$ 500,00. A Cia. Acionária reconheceu um aumento de:
a) capital social no valor de R$ 10.000,00.
b) capital social no valor de R$ 9.500,00.
c) capital social no valor de R$ 15.000,00.
d) patrimônio líquido no valor de R$ 15.000,00.
e) reservas de lucros no valor de R$ 5.000,00.
Comentários
Quando há a emissão de ação com ágio (ou seja, valor de venda da ação foi maior que o valor
patrimonial), a contabilidade faz o seguinte lançamento:
* A captação de recursos via mercado de ações visa justamente colocar à disposição da empresa o montante de
recursos necessários para que ela possa investir. No momento da captação, os recursos entram (aplicação) no caixa
(ou no banco).
O montante de R$ 14.500 foi calculado da seguinte forma:
Caixa = número de ações emitidas x valor de mercado das ações - custos de emissão das ações
Caixa = 10.000 x R$ 1,5 - R$ 500 = R$ 15.000 - 500 = 14.500
** O valor do ágio foi calculado da seguinte forma:
Valor de mercado das ações - Valor nominal das ações - custos de emissão das ações = ágio na emissão de ações
(10.000 x 1,5) (10.000 x 1 500) = 15.000 - 10.000 - 500 = R$ 4.500
Só vai para reserva o montante que ultrapassar o somatório entre o valor patrimonial da ação (R$
10.000) e os custos de sua emissão (R$ 500).
*** O capital social, no caso, é a origem dos recursos. Seu montante é calculado a partir da multiplicação do número
de ações pelo valor patrimonial = 10.000 x R$ 1 = R$ 10.000.
Do exposto, percebe-se que a Cia. Acionária reconheceu um aumento de capital social no valor de
R$ 10.000,00.
Gabarito: A
áà àá àá à àC à à à à à àP à
Líquido que deve ser utilizada para registrar as variações cambiais dos investimentos em
controladas (aquelas que não possuem a característica de filial, sucursal ou extensão das
atividades da controladora), controladas em conjunto e coligadas em outra moeda funcional
que não o Real (R$), pois tais variações não podem, em função do que determina o
Pronunciamento Técnico CPC 02 - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão
de Demonstrações Contábeis, afetar o resultado do exercício. O reconhecimento no
resultado dos valores registrados na conta Ajustes Acumulados de Conversão ocorrerá
apenas quando da baixa do investimento. É importante salientar que essa conta não é uma
reserva. Ela pode ter saldo positivo ou negativo e pode ser apresentada logo apos a conta
á à àá àP à à à à à à à“ à à
também deverá ser eliminado quando do calculo do JCP [Juros sobre Capi àP
13. (CESPE/TJ-RR/2012) Considere que a Cia Alfa tenha fechado o seu balanço patrimonial, em
USD, em 31/12/X2, com os saldos constantes da tabela a seguir:
Nesse caso, se o capital social foi integralizado em 1º/1/X2, cuja taxa de câmbio era de $ 1,50, se o
valor relativo à conversão do resultado do exercício foi de $ 3.500,00 e se a taxa de fechamento do
câmbio na data do balanço (31/12/X2) era de $ 2,00, então, após a conversão do balanço
patrimonial, o saldo relativo ao ajuste acumulado de conversão, nesse exercício, foi de $
10.500,00.
Comentários
Questão nada trivial. Aplicação pura do CPC 02 (R2). A seguir transcrevemos parte do
pronunciamento.
39. Os resultados e a posição financeira da entidade, cuja moeda funcional não é moeda
de economia hiperinflacionária, devem ser convertidos para moeda de apresentação
diferente, adotando-se os seguintes procedimentos:
(a) ativos e passivos para cada balanço patrimonial apresentado (incluindo os balanços
comparativos) devem ser convertidos, utilizando-se a taxa de câmbio de fechamento na
data do respectivo balanço;
(b) receitas e despesas para cada demonstração do resultado abrangente ou
demonstração do resultado apresentada (incluindo as demonstrações comparativas)
devem ser convertidas pelas taxas de câmbio vigentes nas datas de ocorrência das
transações; e
(c) todas as variações cambiais resultantes devem ser reconhecidas em outros
resultados abrangentes.
40. Por razões práticas, uma taxa que se aproxime das taxas de câmbio vigentes nas
datas das transações, por exemplo, a taxa média para o período, pode ser normalmente
utilizada para converter itens de receita e despesa. Entretanto, se as taxas de câmbio
flutuarem significativamente, o uso da taxa de câmbio média para o período é
inapropriado.
41. As variações cambiais mencionadas no item 39(c) são decorrentes de:
(a) conversão de receitas e despesas pela taxas de câmbio vigentes nas datas de
ocorrência das transações e conversão de ativos e passivos pela taxa de câmbio de
fechamento;
(b) conversão dos saldos de abertura de ativos líquidos (patrimônio líquido) pela taxa de
câmbio de fechamento atual, que difere da taxa de câmbio de fechamento anterior.
Gabarito: Certo
O examinador informou que o Balanço Patrimonial da questão já estava fechado. Assim, o saldo da
conta "lucros acumulados" contempla o resultado do exercício.
De acordo com o que aprendemos na aula, para a conversão do resultado do exercício deve ser
usada a taxa da data da transação, sendo aceitável usar uma taxa média.
Precisaríamos então saber a taxa da data de cada receita e despesa ou a taxa média para fazer a
conversão.
O examinador, no entanto, já apresentou essa conversão. No enunciado da questão ele afirma que
"o valor relativo à conversão do resultado do exercício foi de $ 3.500,00".
Com base nas conversões feitas anteriormente e nas informações dadas pelo examinador, temos
que o ajuste acumulado de conversão será:
82.000 (ativo) [ 38.000 (passivo) + 30.000 (PL) + 3.500 (PL) ] = $ 10.500,00 (ajuste acumulado de
conversão)
Veja que é válida a afirmação feita nesta aula. De fato, "a diferença entre o Ativo e o Passivo + PL
será contabilizado como Ajuste acumulado de Conversão no PL".
Não se preocupe se esse assunto (ajustes acumulados de conversão) não ficou muito claro, pois é
um tópico avançado da disciplina e nesse primeiro contato é natural a dificuldade de
entendimento. Nesse primeiro momento, apenas saiba que se trata de uma conta que está no
patrimônio líquido, ok?
Dificilmente uma questão desse nível será exigido na prova da Polícia Federal.
Contas Extintas
Segundo o Manual FIPECAFI,
pertencentes ao Patrimônio Líquido ainda podem ser encontradas nesse grupo em função da
existência de saldos remanescentes; nelas não é permitida, entretanto, a inclusão de novos valores.
As contas mais comuns são: Reservas de Reavaliação, Reserva de Capital - Prêmios na Emissão de
Debêntures e a Reserva de Capital-Doações e Subvençõ I
3 QUESTÕES COMENTADAS
14. (CESPE/Auditor do Estado/CAGE-RS/2018) Na elaboração do balanço patrimonial relativo ao
exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2017, determinada sociedade anônima adotou
os procedimentos a seguir.
I O resultado positivo do período foi apresentado em uma conta específica do patrimônio líquido,
denominada lucros ou prejuízos acumulados.
II Para fins de avaliação contábil, considerou-se o valor justo das matérias-primas como o preço
pelo qual esses ativos poderiam ter sido vendidos pela empresa na data do balanço.
III Os saldos devedores e credores em que não havia direito de compensação foram apresentados
separadamente.
IV As doações e subvenções para investimentos foram classificadas no patrimônio líquido como
reservas de capital.
V As ações em tesouraria foram apresentadas no balanço retificando a conta de patrimônio líquido
que registrava a origem dos recursos utilizados na sua aquisição.
Estão em conformidade com o disposto na legislação societária apenas os procedimentos
constantes dos itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e V.
e) IV e V.
Comentários
Vamos analisar as assertivas.
I Errado. O resultado positivo (Lucros Acumulados) deve ser totalmente destinado antes do
encerramento do balanço.
II Errado. N à à à à à à àP à à à à à à à
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios
§ 1º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser
repostos, mediante compra no mercado.
áà à á à àT à à à àPL
Gabarito: D
Vamos estudar os principais tópicos do CPC 01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos em nosso
curso. Por ora, basta saber que o procedimento de redução ao valor recuperável dos ativos foi
determinado pela Lei n. 11.638/2007.
Gabarito: Certo
42. Segundo a Lei das S/A., conforme modificação introduzida pela Lei nº 11.638/2007 ,
o lucro líquido do exercício deve ser integralmente destinado de acordo com os
fundamentos contidos nos arts. 193 a 197 da Lei das S/A . A referida Lei não eliminou a
conta de lucros acumulados nem a demonstração de sua movimentação, que devem
ser apresentadas como parte da demonstração das mutações do patrimônio líquido.
Essa conta, entretanto, tem natureza absolutamente transitória e deve ser utilizada
para a transferência do lucro apurado no período, para a contrapartida das reversões
das reservas de lucros e para as destinações do lucro.
Gabarito: Errado
Gabarito: Errado
(e) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras
informações explanatórias;
(ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e 38A;
(f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando
a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação
retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando procede à reclassificação de itens
de suas demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a 40D.
Gabarito: Certo
Gabarito: Certo
Para fixar! O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil/financeira cuja finalidade reside na
apresentação da posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, evidenciando
seu patrimônio de forma qualitativa e quantitativa.
O Balanço Patrimonial representa uma posição estática, compreendendo todos os bens e direitos
(Ativo), as obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio Líquido da entidade em uma determinada
data.
Só por curiosidade a representação que demonstra as origens e aplicações de recursos é a
Demonstração de Origens e Aplicações (DOAR). No entanto, esta demonstração foi substituída
pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC).
Gabarito: Errado
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Não Circulante
Não Circulante
Patrimônio Líquido
Observe que o Balanço Patrimonial compõe-se de duas colunas: uma para o ativo e outra para o
passivo. O ativo é subdividido em circulante e não circulante. O passivo, por sua vez, subdivide-se
em circulante e não circulante (passivo exigível) e patrimônio líquido (passivo não exigível).
Observe que a questão está errada, pois o patrimônio líquido não está incluído no passivo não
circulante.
Gabarito: Errado
Assim, como a liquidez do ativo não circulante realizável a longo prazo é maior do que a do ativo
imobilizado, intangível e investimento (ativo permanente), aquele deve vir classificado antes no
balanço.
Gabarito: Certo
32. (CESPE/Contador/MTE/2014) Caso os passivos sejam pagos durante o ciclo operacional normal
da entidade, eles serão classificados como circulante.
Comentários
Questão interessante para fixarmos o entendimento a pouco estudado sobre o ciclo operacional.
Tanto os ativos como o passivo caso sejam pagos durante o ciclo operacional normal da entidade
serão classificados como circulante.
Destaca-se que, nos termos do CPC 26, o ciclo operacional da entidade é o tempo entre a aquisição
de ativos para processamento e sua realização em caixa ou seus equivalentes. Quando o ciclo
operacional normal da entidade não for claramente identificável, pressupõe-se que sua duração
seja de doze meses.
Gabarito: Certo
Perceba que o CESPE vem sistematicamente exigindo essa questão do ciclo operacional. Portanto,
fique alerta! O item está perfeito! Como sabemos, as obrigações da companhia com terceiros
devem ser classificadas no passivo distinguindo-se em circulante e não circulante tendo como
referência o exercício social ou ciclo operacional, caso este tenha duração superior ao exercício
social.
Gabarito: Certo
Gabarito: Errado
Os R$ 80 mil entram no ativo, mas como teve os investimentos e o restante foi gasto com
despesas, esse valor fica zerado, senão vejamos:
Fato 1 - A companhia Alfa foi constituída em 1.º de abril de 2010 mediante captação de recursos
totais de R$ 80.000,00, dos quais R$ 50.000,00 foram captados dos sócios, sob a forma de capital
subscrito e integralizado no ato. O restante é oriundo de terceiros, 30% a título de empréstimos de
longo prazo e 70%, de curto prazo.
Nesse fato há uma entrada de R$ 80.000,00 no disponível (Caixa/Banco) da empresa e, em
contrapartida, há uma entrada no capital social de R$ 50.000,00, em empréstimos de curto prazo
no valor de R$ 21.000,00 e em empréstimos de longo prazo no valor de R$ 9.000,00. O lançamento
fica:
D Disponível ... 80.000,00
C Capital Social (PL)... 50.000,00
C Empréstimos a pagar curto prazo (PC)... 21.000,00 (70% do restante que é 30.000,00)
C Empréstimos a pagar longo prazo (PNC)... 9.000,00 (30% do restante que é 30.000,00)
Fato 2 - Nesse mesmo mês, um cliente fez um adiantamento correspondente a dois quintos do
capital próprio.
Efetuando o registro, temos:
D Disponível (caixa/banco)
C Adiantamento de Cliente (PC) ... 20.000,00
Fato 3 - No mês da constituição da empresa, foram realizados os seguintes investimentos: R$
22.000,00 em máquinas e equipamentos, sendo 50% à vista e o restante financiado em 16 parcelas
iguais; R$ 12.000,00 em ações para especulação; R$ 32.000,00 em mercadorias para revenda; R$
20.000,00 de empréstimos de curto prazo concedidos a terceiros; e o restante em despesas.
Efetuando os registros, temos:
D Máquinas e equipamentos (ANC)
C Disponível (caixa/banco) ... 11.000,00
C Financiamentos a pagar ... 11.000,00
D Mercadorias (AC)
C Disponível (caixa/banco) ... 32.000,00
D Empréstimos Concedidos Terceiros (AC)
C Disponível (caixa/banco) ... 20.000,00
D Despesas
C Disponível (caixa/banco) ... 25.000,00 (restante que sobrou do disponível)
função do nome, da reputação, da clientela sendo adquirida, do treinamento que essa empresa
teve com relação aos seus vendedores ou da sua capacidade produtiva, de inovação em
tecnologia, localização, fidelidade etc. Goodwill (fundo de comércio) gerado internamente não
pode ser contabilizado em nenhuma circunstância, somente o efetivamente adquirido de
terceiros, normalmente na compra de uma outra sociedade.
Gabarito: Errado
Como os empréstimos de curto prazo são classificados no passivo circulante eles terão que ser
pagos até o fim do exercício seguinte.
Gabarito: Errado
A entidade deve classificar os seus passivos financeiros como circulantes quando a sua
liquidação estiver prevista para o período de até doze meses após a data do balanço,
mesmo que:
(a) o prazo original para sua liquidação tenha sido por período superior a doze meses; e
(b) um acordo de refinanciamento, ou de reescalonamento de pagamento a longo prazo
seja completado após a data do balanço e antes de as demonstrações contábeis serem
autorizadas para sua publicação.
Observe que a entidade deve classificar seus passivos financeiros como circulante quando a sua
liquidação estiver prevista para o período de até doze meses após a data do balanço, mesmo que o
prazo original para sua liquidação tenha sido por período superior a doze meses. Portanto, a data
da liquidação se sobrepõe ao prazo original, aplicação da essência sobre a forma.
Corrigindo o item:
As obrigações com prazo original de cinco anos, cuja liquidação é prevista para seis meses após a
data do balanço, devem ser classificadas no passivo circulante.
Nesse caso o que importa não é o prazo original de 5 anos, mas sim a data da liquidação, prevista
para 6 meses após a data do balanço.
Gabarito: Errado
Comentários
Pessoal, a reserva legal é a mais importante reserva de lucros. Saiba o seguinte:
Finalidade: assegurar a integridade do capital social.
Forma de Utilização: somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o
capital social.
Gabarito: Certo
Com base nos dados da tabela, o valor do patrimônio líquido é R$ 10.000.000,00 superior ao valor
do passivo exigível.
Comentários
Estruturando o Balanço Patrimonial temos:
Gabarito: Errado
Comentários
Classificando as contas temos:
Conta Classificação
Clientes Ativo
Compras Ativo
Conta Classificação
Clientes Ativo
Compras Ativo
Questão-Desafio
Pessoal, a seguir temos uma questão discursiva que exige conhecimentos de alguns pontos vistos
na nossa aula (o item 4 será estudado oportunamente). Tente resolvê-la antes de ver o padrão de
resposta.
Para o desenvolvimento do tema, divida o texto em 4 parágrafos, abordando o que se propõe nos
itens abaixo:
1) caracterização das mudanças ocorridas no art. 176 da Lei 6.404 (demonstrações contábeis). (2,5
pontos)
A Lei 11.638, que alterou a Lei 6.404, postulou a nova redação do Art. 176
(Demonstrações Contábeis), de forma que a redação atual da Lei 6.404 ficou com as
à à IVà- demonstração dos fluxos de caixa; e V se companhia aberta,
à à à à áà à à à à à IVà -
à à à à à à
A situação atual caracteriza o patrimônio líquido, dividindo-o em capital social, reservas
de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e
prejuízos acumulados. Por sua vez, a redação anterior dividia o patrimônio líquido em
capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou
prejuízos acumulados.
áàL à à à à à à à à à à à artigo 299-A,
acrescentado à Lei das S.A. estabelece que o saldo existente no ativo diferido em
31.12.08 e que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas,
poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização,
sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o artigo 183, § 3º, da Lei das S.A.
A legislação societária dispõe no art. 183 (critérios de avaliação do ativo) que os Ativos
de longo prazo devem ser ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados
quando houver efeito relevante. Por sua vez, o Intangível deve ser avaliado pelo custo
incorrido na aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de amortização.
Proposta de Solução
Com o alinhamento da Ciência Contábil brasileira aos padrões internacionais importantes
inovações foram inseridas na legislação societária por meio das Leis 11.638/07 e 11.941/09.
Um primeiro ponto a ser destacado é a nova redação do Art. 176 (Demonstrações Contábeis) que
inovou ao inserir duas novas demonstrações no rol do supracitado artigo, quais sejam: a
demonstração dos fluxos de caixa e a demonstração do valor adicionado, esta última de
obrigatoriedade apenas às companhias abertas. Ademais, a demonstração das origens e aplicações
de recursos foi suprimida e passou a ser facultativa.
Outro ponto de fortes mudanças foi o ativo permanente. Esse grupo foi eliminado e seus
componentes foram classificados dentro do Ativo Não Circulante. Atualmente esse grupo se
subdivide em três subgrupos: Imobilizado, Investimentos e Intangível. Desse modo, contas como
marcas, patentes, concessões, direitos autorais e não autorais antes classificados no Imobilizado
passam a ser classificados no novo subgrupo Intangível.
No que se refere ao ativo diferido, cabe destacar que a Lei 11.941/09 extinguiu esse grupo, sendo
que o artigo 299-A, acrescentado à Lei das S.A., estabelece que o saldo existente no ativo diferido
em 31.12.08 e que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá
permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a
recuperação de que trata o artigo 183, § 3º, da Lei das S.A.
Por fim, quanto aos critérios de avaliação dos ativos de longo prazo e dos intangíveis, a legislação
societária dispõe que os ativos de longo prazo devem ser ajustados a valor presente, sendo os
demais ajustados quando houver efeito relevante. Por sua vez, o Intangível deve ser avaliado pelo
custo incorrido na aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de amortização.
Nesse caso, se o capital social foi integralizado em 1º/1/X2, cuja taxa de câmbio era de $ 1,50, se o
valor relativo à conversão do resultado do exercício foi de $ 3.500,00 e se a taxa de fechamento do
câmbio na data do balanço (31/12/X2) era de $ 2,00, então, após a conversão do balanço
patrimonial, o saldo relativo ao ajuste acumulado de conversão, nesse exercício, foi de $
10.500,00.
14. (CESPE/Auditor do Estado/CAGE-RS/2018) Na elaboração do balanço patrimonial relativo ao
exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2017, determinada sociedade anônima adotou
os procedimentos a seguir.
I O resultado positivo do período foi apresentado em uma conta específica do patrimônio líquido,
denominada lucros ou prejuízos acumulados.
II Para fins de avaliação contábil, considerou-se o valor justo das matérias-primas como o preço
pelo qual esses ativos poderiam ter sido vendidos pela empresa na data do balanço.
III Os saldos devedores e credores em que não havia direito de compensação foram apresentados
separadamente.
IV As doações e subvenções para investimentos foram classificadas no patrimônio líquido como
reservas de capital.
Com base no fragmento de balancete de verificação apresentado acima, é correto concluir que o
ativo circulante apurado corresponde a R$ 6.220.
37. (CESPE/Agente Técnico de Inteligência/Contabilidade/2010) Julgue o item seguinte, a respeito
das práticas contábeis brasileiras e do balanço patrimonial.
O ativo não circulante inclui ativos realizáveis a longo prazo, investimentos, imobilizados e
intangíveis.
38. (CESPE/Técnico Administrativo/PREVIC/2011) A companhia Alfa foi constituída em 1.º de abril
de 2010 mediante captação de recursos totais de R$ 80.000,00, dos quais R$ 50.000,00 foram
captados dos sócios, sob a forma de capital subscrito e integralizado no ato. O restante é oriundo
de terceiros, 30% a título de empréstimos de longo prazo e 70%, de curto prazo. Nesse mesmo
mês, um cliente fez um adiantamento correspondente a dois quintos do capital próprio. No mês da
constituição da empresa, foram realizados os seguintes investimentos: R$ 22.000,00 em máquinas
e equipamentos, sendo 50% à vista e o restante financiado em 16 parcelas iguais; R$ 12.000,00 em
ações para especulação; R$ 32.000,00 em mercadorias para revenda; R$ 20.000,00 de
empréstimos de curto prazo concedidos a terceiros; e o restante em despesas.
Com base na situação hipotética apresentada acima, julgue o item que se segue.
Em abril de 2010, a companhia Alfa apresentou R$ 64.000,00 de ativo circulante e R$ 22.000,00 de
ativo não circulante.
39. (CESPE/Contador/CADE/2014) O ativo imobilizado pode, eventualmente, incluir bens
incorpóreos.
40. (CESPE/Contador/CADE/2014) Os veículos de uma empresa de transportes e movimentação
de valores que são utilizados para manutenção da atividade da empresa deverão ser classificados
como ativos não circulantes.
41. (CESPE/Analista Processual/MEC/2014) No balanço patrimonial, as contas do ativo não
circulante incluem o fundo de comércio gerado internamente bem como os direitos que tenham
por objeto bens corpóreos destinados ou não à manutenção das atividades da empresa e bens
incorpóreos destinados à manutenção da companhia.
42. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência/Ciências Contábeis/2010) Empréstimos e
financiamentos, fornecedores, imposto de renda e contribuição social diferidos e outras
obrigações fiscais são contas classificáveis no passivo circulante.
43. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) As obrigações exigíveis
com prazo para liquidação dentro do ciclo operacional da entidade devem ser classificadas no
grupo do passivo circulante.
44. (CESPE/Técnico em Contabilidade/SUFRAMA/2014) A tabela acima apresenta dados, em R$
mil, do balanço patrimonial da empresa XYZ S.A. (no exercício vigente).
Com base nessa tabela, na legislação societária e nos critérios de elaboração das demonstrações
contábeis, julgue o item seguinte.
Os empréstimos de curto prazo serão pagos antes de findo o exercício social corrente.
45. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) O balanço patrimonial é composto pelo ativo,
pelo passivo e pelo patrimônio líquido. Considerando-se que o ativo e o passivo sejam divididos em
circulante e não circulante, é correto afirmar que as obrigações que vencerem após o término do
exercício social seguinte deverão ser classificadas no passivo não circulante.
46. (CESPE/Especialista/Contador/Telebrás/2013) As obrigações com prazo original de cinco anos,
cuja liquidação é prevista para seis meses após a data do balanço, devem ser classificadas no
passivo não circulante.
47. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) O grupo do patrimônio líquido, que representa
o valor residual entre o ativo e o passivo, inclui as contas capital social, reservas de capital, ajustes
de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
48. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TC-DF/2014) Com relação às contas, aos métodos e às
operações contábeis, julgue o item seguinte.
A conta ágio na emissão de ações é uma conta de reserva de capital, integrante do patrimônio
líquido, sendo creditada quando o valor captado na emissão de ações supera o preço de oferta ou
supera o valor de registro das ações que compõem o capital social.
49. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) De acordo com o pronunciamento técnico do
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) referente à apresentação das demonstrações
contábeis, o valor da participação de não controladores destacado dentro do patrimônio líquido e
o valor de instrumentos financeiros disponíveis para venda são exemplos de informações
apresentadas no balanço patrimonial.
50. (CESPE/Agente Oficial de Inteligência/Contabilidade/ABIN/2010) A reserva legal e a reserva
estatutária compõem o patrimônio líquido, e a reserva especial para dividendo obrigatório compõe
o passivo exigível.
51. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) A finalidade da reserva
legal é garantir a integridade do capital social, não podendo ser distribuída como dividendos.
52. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) Na conta ações em
tesouraria, de natureza devedora, são registradas as aquisições de ações de emissão da própria
empresa.
53. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) O ajuste a valor justo de
itens do ativo e do passivo, enquanto não transitar pelo resultado do exercício, deve ser registrado,
em respeito ao regime de competência, na conta ajustes de avaliação patrimonial.
54. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCE-ES/Ciências Contábeis/2012)
Caixa e equivalentes de caixa 100
Duplicatas a receber 100
Duplicatas descontadas 40
Estoques 300
Instalações e equipamentos 200
Depreciação acumulada 50
Fornecedores 180
Empréstimos bancários circulantes 90
Tributos a recolher 100
Para o desenvolvimento do tema, divida o texto em 4 parágrafos, abordando o que se propõe nos
itens abaixo:
1) caracterização das mudanças ocorridas no art. 176 da Lei 6.404 (demonstrações contábeis). (2,5
pontos)
5 RESUMO
O Balanço Patrimonial representa uma posição estática, compreendendo todos os bens e direitos
CONCEITO (Ativo), as obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio Líquido da entidade em uma determinada
data.
BALANÇO PATRIMONIAL
ESTRUTURA
Disponibilidades;
AC Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente;
Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (despesas antecipadas).
Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;
ARLP
Direitos com pessoas ligadas de negócio não usual.
Participações permanentes em outras sociedades;
Investimento
Direitos de qualquer natureza não classificáveis no AC.
Bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia;
AÑC Imobilizado
B à à à à àá àF
Direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o
Intangível fundo de comércio adquirido.
Deve ser: (i) identificável; (ii) controlável; e (iii) gerador de benefícios
futuros.
Contas representativas das obrigações cujos vencimentos ocorram durante o exercício
PC
seguinte.
BALANÇO PATRIMONIAL
Valores recebidos pela empresa de sócios ou terceiros que não transitam pelo resultado do
exercício;
São Receitas de Capital:
(i) Reserva para ágio na emissão de ações; (ii) Produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de
RESERVAS
subscrição.
DE CAPITAL
Podem ser utilizadas para:
(i) Absorção de Prejuízos; (ii) Resgate, reembolso ou compra de ações; (iii) Resgate de partes
beneficiárias; (iv) Incorporação ao capital social; (v) Pagamento de dividendo a ações preferenciais.
As doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures não são mais
classificados como reservas de capital. Atualmente, devemos registrar como receita do exercício.
6 GABARITO
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
D D C C B C E D C C
11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.
D A C D D C E E E E
21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30.
C C C E E E C E C E
31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40.
C C C E C E C C E C
41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50.
E E C E C E C C C E
51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60.
C C C E C E C E E E