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Livro Eletrônico

Aula 05

Contabilidade Introdutória p/ Polícia Federal (Diversos Cargos) Com


videoaulas - Pós-Edital
Gilmar Possati

70752311204 - JANE KELLY RIVERA MARTINS


Prof. Gilmar Possati
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: Aspectos Gerais.


BALANÇO PATRIMONIAL: Obrigatoriedade e
apresentação. Conteúdo dos Grupos e
Subgrupos.
1 Demonstrações Contábeis: Aspectos Introdutórios ...................................................... 2
2 Balanço Patrimonial ..................................................................................................... 5
2.1. Conceito ...................................................................................................................................... 5
2.2. Estrutura do Balanço Patrimonial .............................................................................................. 5
2.3. Estrutura e classificação das contas .......................................................................................... 5
3 Questões Comentadas ............................................................................................... 38
4 Lista das Questões Comentadas ................................................................................. 65
5 Resumo ...................................................................................................................... 76
6 Gabarito ..................................................................................................................... 79

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1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS


Meus camaradas, a presente aula é talvez a mais pesada de todo o nosso curso introdutório. Para

da Contabilidade (afinal nosso curso é introdutório para esse mundo, não é mesmo?), inserimos
vários detalhes que são de Contabilidade Avançada.
Assim, minha orientação inicial é para que você não se assuste com o volume de informações
presente nesta aula, ok? Não tente estudar a aula inteira em uma jornada apenas. Esta aula é para
ser estudada pelo menos em umas três oportunidades, de preferência no momento em que você
mais rende e que esteja em paz.
Pessoal, antes de iniciarmos o estudo das demonstrações contábeis previstas no nosso edital,
começando pelo Balanço Patrimonial, temos que estudar quais são as demonstrações obrigatórias
como forma de introdução ao assunto. Além disso, vamos estudar alguns aspectos gerais aplicáveis
às demonstrações.
Segundo o art. 176 da Lei 6.404/76 ao fim de cada exercício social a diretoria deve elaborar, com
base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no
exercício:
 Balanço Patrimonial (BP);
 Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA);
 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);
 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
 Demonstração do Valor Adicionado (DVA).

i. A elaboração da DLPA é dispensada, desde que seja elaborada a Demonstração das Mutações
do Patrimônio Líquido (DMPL);
ii. A DVA somente é obrigatória para as sociedades anônimas de capital aberto1;
iii. A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00
(dois milhões de reais), está dispensada da elaboração da DFC.

1
A companhia aberta é obrigada a apresentar a DVA. Os órgãos reguladores (ANTT, BACEN, PREVIC, ANATEL, etc), no entanto,
podem exigir que as empresas a ele submetidas apresentem a DVA. Nos demais casos, a apresentação dessa demonstração é
facultativa. A Resolução CFC 1.162/2009 afirma que "É recomendado, entretanto, a sua elaboração por todas as entidades que
divulgam demonstrações contábeis."

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Algumas questões de concursos têm exigido o item 10 da NBC TG 26 (CPC 26) que versa sobre o
à à à à àáà uir transcrevemos referido item:
Conjunto completo de demonstrações contábeis
10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:
(a) balanço patrimonial ao final do período;
(b) demonstração do resultado do período;
(ba) demonstração do resultado abrangente do período;
(c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;
(d) demonstração dos fluxos de caixa do período;
(da) demonstração do valor adicionado do período, conforme NBC TG 09 Demonstração do Valor
Adicionado, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada
voluntariamente;
(e) notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações
elucidativas;
(ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e 38A;
(f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando
a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação
retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando procede à reclassificação de itens
de suas demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a 40D.
Perceba que a NBC TG 26 (CPC 26) exige, além daquelas previstas na Lei 6.404/76, a
Demonstração do Resultado Abrangente.
Pessoal, a seguir transcrevo algumas disposições importantes previstas na Lei 6.404/76, exigidas
literalmente em provas de concursos, com alguns comentários. É fundamental vocês saberem o
teor desses dispositivos!
Art. 176, § 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores
correspondentes das demonstrações do exercício anterior.

A ideia aqui é a comparabilidade das informações (demonstrações comparativas). Assim, ao


publicar o balanço do ano X2 a companhia deve apresentar os valores do balanço do ano X1.
§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos
poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um
décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações
genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes".

Atenção para o limite = 0,1, ou seja 10%.


Exemplo de contas semelhantes: Financiamentos e Empréstimos
Exemplo de pequenos saldos agregados: Disponibilidades (agregando-se as contas Caixa e Bancos,
observando-se o limite de 10% do ativo circulante).
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos
órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral.

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Observe que quem decide sobre a destinação dos lucros é a Assembleia Geral Ordinária (AGO).
Como ela ocorre após a elaboração das demonstrações, estas devem registrar a destinação dos
lucros de acordo com a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação
pela AGO.
§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos
ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos
resultados do exercício.

Exemplo de demonstrações complementares: Balanço Social, Balanço Ambiental, sobretudo nos


setores em que os fatores ambientais e sociais sejam significativos e quando os empregados são
à à à à à à Oà à à à à à
à à à à à à à à à à à CFC à à à da
NBC TG 26)

1. (ESAF/AFRFB/2012) O conjunto completo das demonstrações contábeis exigidas pelas Normas


Brasileiras de Contabilidade inclui
a) o relatório do Conselho de Administração e as Notas Explicativas, compreendendo um resumo
das políticas contábeis significativas.
b) o resumo das políticas Contábeis e o Valor Adicionado obrigatoriamente a todos os tipos de
entidade.
c) a Demonstração do Valor Adicionado, se entidade prestadora de serviços, e de Resultado
Abrangente, se instituição financeira.
d) as Demonstrações dos Fluxos de Caixa e das Mutações do Patrimônio Líquido do período.
e) a Demonstração da Conta Lucros / Prejuízos Acumulados e o Relatório de Impacto Ambiental.
Comentários
Trata-se de exigência do item 10 da NBC TG 26 o qual transcrevemos acima. Para massificar, sugiro
a releitura.
Vale destacar que a opção "b" está errada, especialmente, porque afirma que a DVA é obrigatória
para todas as empresas. O trecho "o resumo das políticas Contábeis" também não está completo.
O mais correto seria se o item tratasse de: "notas explicativas, compreendendo as políticas
contábeis significativas e outras informações elucidativas".".
Gabarito: D

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2 BALANÇO PATRIMONIAL

2.1. CONCEITO

Trata-se de uma demonstração contábil/financeira cuja finalidade reside na apresentação da


posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data.
O Balanço Patrimonial representa uma posição estática, compreendendo todos os bens e direitos
(Ativo), as obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio Líquido da entidade em uma determinada
data.

2.2. ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL

Nesse momento, basta visualizarmos o quadro a seguir que ilustra a estrutura do Balanço
Patrimonial.

ATIVO PASSIVO

Circulante Circulante

Não Circulante
Não Circulante
Patrimônio Líquido

A seguir estudaremos com maiores detalhes cada parte dessa estrutura.

2.3. ESTRUTURA E CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS

A estrutura e classificação das contas encontram-se disciplinadas nos artigos 178 a 184 da Lei
6.404/76.
Segundo o caput do art. 178,
“(...) as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e
agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”.

Para facilitar nosso entendimento, observe preliminarmente a classificação dos bens, direitos e
obrigações, conforme disposto na Lei 6.404/76:

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ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante
Bens e Direitos (curto prazo)
(-) contas retificadoras2 Passivo Circulante
Obrigações (curto prazo)
Ativo Não Circulante (-) contas retificadoras

Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Não Circulante


Bens e Direitos (longo prazo) Obrigações de Longo Prazo
(-) contas retificadoras (-) contas retificadoras

Investimentos Patrimônio Líquido


Bens Capital Social
(-) contas retificadoras (-) Capital a Integralizar
(-) Gastos com Emissão de Ações
Imobilizado Reservas de Capital
Bens tangíveis (+/-) Ajustes de Avaliação Patrimonial
(-) contas retificadoras Reservas de Lucros
(-) Ações em Tesouraria
Intangível (-) Prejuízos Acumulados
Bens Intangíveis
(-) contas retificadoras

Total Total

Agora, vamos ver o que dispõe a Lei:


Art. 178, § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos
elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – ativo circulante; e
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado
e intangível.

2 Representam incertezas quanto à quantia ou data de vencimento. A constituição das contas retificadoras decorre
da aplicação dos princípios de contabilidade da Prudência, Oportunidade e Competência.

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§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:


I – passivo circulante;
II – passivo não circulante; e
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão
classificados separadamente.

Em que pese a Lei não normatizar expressamente, no passivo as contas serão dispostas em ordem
decrescente de grau de exigibilidade dos elementos nela registrados. Portanto, as obrigações
vincendas até o término do exercício seguinte serão classificadas no Passivo Circulante. As
obrigações vincendas após o término do exercício seguinte serão classificadas no Passivo Não
Circulante.

Grau de Liquidez e Grau de Exigibilidade


O Grau de Liquidez
em dinheiro. Sendo assim, quanto menor o prazo, maior a liquidez e vice-versa.
O Grau de Exigibilidade L ciado ao prazo no qual as obrigações
devem ser pagas. Portanto, quanto menor o prazo maior o grau de exigibilidade e vice-versa.

P à à à à à à à à à à àá à à à à
objetiva tudo aquilo que você precisa saber sobre cada grupo.

2.3.1. ATIVO

Já sabemos que ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados
e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade. Estudamos,
ainda, que o direito de propriedade não é essencial à existência do ativo! Pois bem... agora vamos
ver os principais pontos que devemos saber sobre o ativo para enfrentarmos as questões de prova.
Ativo Circulante (AC)
Conforme vimos no balanço acima, o AC é composto pelos bens e direitos de curto prazo, assim
considerados aqueles que a companhia espere que sejam realizados até doze meses após a data
do Balanço Patrimonial. Trata-se do Capital de Giro da entidade, pois representam os bens e
direitos em constante circulação.

Data Ativo
do Circulante Ativo Realizável a
Balanço Longo Prazo

31/12/20X1 31/12/20X2

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Observe que os demais bens e direitos com realização prevista acima de doze meses da data do
Balanço Patrimonial, são classificados no Ativo Realizável a Longo Prazo, a seguir estudado.
De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76,
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social
subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;

Portanto, no AC serão classificados:


 As disponibilidades;
 Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente;
 As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
As disponibilidades representam basicamente os bens numerários: caixa e equivalentes de caixa 3,
bancos, aplicações financeiras de liquidez imediata, numerários em trânsito, entre outras contas.
Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente, por sua vez, representam os
créditos da empresa com terceiros (direitos realizáveis pessoais) e os bens da empresa (direitos
realizáveis reais).
Exemplos:
Direitos realizáveis pessoais: Duplicatas a Receber, Tributos a Recuperar
Direitos realizáveis Reais: Estoques
Por fim, as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte compreendem as despesas
do exercício seguinte pagas no exercício atual, também denominadas de despesas antecipadas.
Exemplos:
- Contratação de um seguro com cobertura no exercício seguinte (Prêmios de Seguros a Vencer).
- Encargos Financeiros Antecipados.

Na empresa em que o ciclo operacional4 tiver duração maior que o


exercício social, a classificação no circulante terá por base o prazo
desse ciclo (art. 179, parágrafo único).

Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo (ARLP)


De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76,
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

3 Os equivalentes de caixa são aplicações ou investimentos a curto prazo, de alta liquidez, que sejam prontamente
convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de
valor.
4 O ciclo operacional é o intervalo de tempo em que uma entidade adquire matéria-prima (no caso de indústria)
ou mercadorias (no caso de empresa comercial) efetua a produção (indústria), vende e recebe o valor
correspondente à venda.

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II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte,
assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou
controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia;

Portanto, no ARLP serão classificados:


 Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;
 Direitos com pessoas ligadas de negócio não usual.
Os Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte são os direitos cujos prazos esperados
para realização se situem após o término do exercício social seguinte, conforme já vimos no
esquema abaixo:

Data Ativo
do Circulante Ativo Realizável a
Balanço
Longo Prazo

31/12/20X1 31/12/20X2

Exemplo: Títulos a Receber (pelo prazo de realização do direito)


Os Direitos com pessoas ligadas de negócio não usual, por sua vez, representam os direitos que,
independentemente do prazo de vencimento, a lei assim o determine.
Exemplo: Empréstimos a Coligadas, Diretores ou Acionistas (por força da lei).
Para que um direito seja classificado no ARLP, independentemente do prazo, deve atender três
requisitos cumulativamente, quais sejam:
1º) Os direitos devem ser decorrentes de vendas, adiantamentos ou empréstimos;
2º) Os direitos devem estar relacionados com controladas, coligadas, diretores, acionistas ou
participantes no lucro;
3º) A operação deve ser não usual.
Para o ARLP vale o mesmo destaque que vimos no Ativo Circulante:
Na companhia em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação
no Realizável a Longo Prazo terá por base o prazo desse ciclo (art. 179, parágrafo único).
Sendo assim, se o ciclo operacional de determinada empresa for de 18 meses, por exemplo, todos
os bens e direitos que estiverem dentro do prazo de 18 meses serão classificados no AC. Os demais
que excederem esse prazo serão classificados no ARLP. Vale lembrar que os empréstimos a
controladas, coligadas, diretores, acionistas e participantes no lucro, independente do prazo, serão
classificados no ARLP.
Por fim, vale destacar que no ARLP, com exceção das disponibilidades, poderão figurar todas as
demais contas representativas das aplicações de recursos em bens e direitos, inclusive das

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despesas pagas antecipadamente que constarem do Ativo Circulante, desde que tenham o prazo
de realização superior a 12 meses ou superior à duração do ciclo operacional. Assim, teremos a
à E à LP à C à LP à

Ativo Não Circulante - Investimentos


De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76,
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de
qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da
atividade da companhia ou da empresa;

Como exemplo de contas classificáveis nesse subgrupo temos:


 Participações em Outras Empresas;
 Ações de empresas Coligadas;
 Ações de empresas Controladas;
 Terrenos para Utilização Futura (terrenos não utilizados);
 Imóvel para Aluguel*.

* Os imóveis para aluguel podem ser classificados tanto no imobilizado como em investimentos, a
depender da finalidade desse aluguel. Será classificado no imobilizado quando o aluguel estiver
relacionado às atividades fins da empresa (veja exemplo de questão exigida nesse sentido abaixo).
Caso o aluguel não esteja relacionado com as atividades da empresa classificamos como
investimentos (propriedade para investimento).

2. (FCC/ISS-Recife/2014) Uma entidade adquiriu 10 apartamentos, em um prédio ao lado de sua


fábrica, por R$ 500.000,00 cada. Esses apartamentos são alugados para funcionários da entidade
que são originalmente, de fora do estado. No balanço Patrimonial dessa entidade , os
apartamentos devem ser evidenciados no subgrupo.
a) Ativo circulante
b) ativo realizável a longo prazo
c) investimentos
d) Imobilizado;
e) Patrimônio líquido

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Comentários
Nesse caso, como o aluguel é para funcionários que trabalham na empresa, devem ser
classificados como ativo imobilizado. Veja que os funcionários são de fora do Estado e, portanto,
trata-se de uma política da empresa necessária para o desenrolar das suas atividades, ou seja, os
apartamentos são bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou
exercidos com essa finalidade. Logo, devem ser classificados no imobilizado e não em
investimentos.
Gabarito: D

Tratamos desse assunto em uma dica no âmbito do Projeto 200 dicas da receita federal.
Acesse nosso canal do Youtube (Contabilizando) à à à à à à D à‘ à
F
==da82f==

Ativo Não Circulante - Imobilizado


De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76,
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle
desses bens;

Segundo o CPC 27 Ativo Imobilizado,


Ativo imobilizado é o item tangível que:
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a
outros, ou para fins administrativos; e
(b) se espera utilizar por mais de um período.

Entre as contas que são classificadas nesse subgrupo destacam-se:


 Veículos;
 Móveis e Utensílios;
 Máquinas e Motores;
 Imóveis;
 Veículos adquiridos por meio de arrendamento mercantil financeiro.
P à à à à à à à à à à à à à à à
à à à à à à à à à à‘ à à à à à
propriedade da empresa, porém são classificados no ativo imobilizado. O principal exemplo desses
bens são os objetos de leasing (arrendamento mercantil). Os arrendamentos podem ser de dois
tipos: operacional e financeiro. A diferença fundamental entre eles reside na transferência de
riscos. Caso exista a transferência de riscos teremos um arrendamento financeiro. Caso contrário,
teremos um arrendamento operacional. Assim, temos:
Riscos e benefícios ficam com o arrendatário: arrendamento financeiro.
Riscos e benefícios ficam com o arrendador: arrendamento operacional.

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As principais características inerentes aos arrendamentos financeiros são:


 Há transferência da propriedade ao final do contrato;
 O valor residual é mais baixo que o valor justo;
 O período do arrendamento compreende a maior parte da vida útil do ativo;
 O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente todo o valor justo do ativo;
 O ativo arrendado, por ser de alta especialização, apenas o arrendatário pode usá-lo sem
grandes modificações.
A importância de diferenciarmos os dois tipos de arrendamento é a seguinte:

O bem objeto de arrendamento financeiro deve ser reconhecido no balanço patrimonial do


arrendatário como ativo.
O bem objeto de arrendamento operacional NÃO DEVE ser reconhecido.

Vejamos como se dá a contabilização dos arrendamentos, de acordo com o seu tipo. Cabe destacar
que esse assunto (contabilização de arrendamentos) sai do escopo introdutório da Contabilidade.
Trata- à à à à àC àá àL à à à à à à à à
rsrs) se não entender perfeitamente esses tópicos de contabilização dos arrendamentos, pois na
sequência do nosso curso vamos à à à à à à
Aliás, no nosso blog disponibilizamos os principais tópicos do CPC 06. Caso queira se aprofundar
um pouco ou ver a sistemática das aulas do nosso curso D à à CPC à , no qual
destrinchamos no detalhe todos os tópicos avançados da disciplina, acesse o link abaixo:
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/cpc-06-arrendamento-mercantil-esquematizado/

Arrendamento Financeiro
áà à T àB à à à à à à à o, no valor justo de R$
30.000,00, o qual será pago em 5 prestações anuais de R$ 7.000,00, sem valor residual.

D Veículos (ativo) ... 30.000


D Juros a Transcorrer/a vencer (redutora de passivo) ... 5.000*
C Arrendamento Mercantil a Pagar (passivo) ... 35.000 (7.000 x 5)

* Essa conta registra a diferença entre o valor justo (ou valor presente) do bem e o valor a ser pago (valor futuro).

Anualmente, reconhece-se a despesa financeira e a despesa de depreciação.

D - Despesa financeira ... 1.000


C - Juros a Transcorrer/a vencer (redutora de passivo) ... 1.000

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D - Depreciação ... 6.000 (30.000 / 5)


C - Depreciação acumulada ... 6.000

Arrendamento Operacional
áà à T àB à à à à à à à à à à à à
anos, pagando o valor de R$ 1.000,00 mensais.

D Despesa de Arrendamento (resultado)


C Caixa/Bancos (ativo) ... 1.000

Ativo Não Circulante - Intangível


De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76,
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção
da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

O CPC 04 (item 8) define Ativo Intangível como sendo um Ativo não monetário5 identificável sem
substância física. Perceba que o Intangível abrange as contas representativas dos recursos
aplicados em bens imateriais (incorpóreos).
Entre as contas que são classificadas nesse subgrupo destacam-se:
 Direitos Autorais;
 Marcas e patentes;
 Fundo de Comércio (Goodwill);
 Sistemas Aplicativos (Software).
Por fim, vale destacar que, conforme exigência prevista no CPC 04, um ativo somente poderá ser
enquadrado na definição de intangível quando cumulativamente:
 seja identificável;
 seja controlável; e
 seja gerador de benefícios futuros.
Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intangível,
quando:

5
De acordo com o CPC 04, "Ativo monetário é aquele representado por dinheiro ou por direitos a serem recebidos em uma
quantia fixa ou determinável de dinheiro". A definição de ativo não monetário, por sua vez, é residual, englobando os bens e
direitos não enquadrados na definição de ativo monetário. Exemplo: equipamentos, veículos, etc.

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a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado,
alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado,
independente da intenção de uso pela entidade; OU (os requisitos não são cumulativos!)
b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos
serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.
O CPC 04 destaca que caso um item não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido na
sua aquisição ou geração interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido.
A definição de ativo intangível requer que ele seja identificável, para diferenciá-lo do ágio derivado
da expectativa de rentabilidade futura gerado internamente (goodwill).
Não confunda o Goodwill gerado internamente com o goodwill adquirido (abaixo explicado).
Goodwill gerado internamente: não reconhecemos como ativo e sim como despesa.
Goodwill adquirido: ativo intangível.
E o que seria esse tal de Goodwill (adquirido)?
Trata-se da diferença a maior entre o valor pago na aquisição de um empreendimento
(patrimônio) e o valor de mercado (valor justo) dos ativos líquidos desse empreendimento. Vamos
a um exemplo:
áà à à T àB à à à à à à à à
à G àV à ada pelo valor de mercado em R$ 150.000,00. Porém, os
à à T àB à à à à à à à à à à à
à à à à à à à G àV à à à à‘ à
200.000,00. Nesse caso, temos um goodwill de R$ 50.000,00.
Se você não entendeu algo acima estudado sobre o ativo intangível ou quiser se aprofundar no
assunto, leia a aula gratuita que disponibilizamos no blog do Estratégia no âmbito do nosso projeto
D à àCPC àá ào arquivo no link abaixo:
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/cpc-04-ativo-intangivel-esquematizado/
Vamos abordar também com maiores detalhes o assunto em nosso curso.

3. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) São características necessárias para a


identificação de um ativo Intangível
a) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível.
b) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração de seu custo não
possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial.
c) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros.
d) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada.
e) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais.

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Comentários
Conforme acabamos de estudar, um ativo somente poderá ser enquadrado na definição de
intangível quando cumulativamente:
 seja identificável;
 seja controlável; e
 seja gerador de benefícios futuros.
Gabarito: C

2.3.2. PASSIVO

Passivo Circulante
Nesse grupo, são classificadas as contas representativas das obrigações cujos vencimentos
ocorram durante o exercício seguinte (art. 180, Lei 6.404/76).
Entre as contas que são classificadas nesse grupo destacam-se:
 Fornecedores (duplicatas a pagar);
 I à à‘ à à à à à à à à ICM“à à

 Salários a Pagar;
 Dividendos a pagar.

Passivo Não Circulante


Nesse subgrupo podem aparecer as mesmas contas representativas de obrigações classificadas no
Passivo Circulante, porém vencíveis após o término do exercício social seguinte. Cabe destacar que
no Passivo Não Circulante são classificadas as Receitas Diferidas (receitas recebidas
antecipadamente, por exemplo, aluguéis antecipados).
As receitas diferidas vieram substituir o grupo resultado de exercícios futuros a partir da edição da
Lei n. 11.941/2009.

2.3.2. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Nesse grupo estão incluídas as contas representativas aos capitais próprios da entidade. São
recursos advindos dos proprietários (titular, sócios, acionistas) ou decorrentes da gestão do
patrimônio (lucros/prejuízos apurados).
De acordo com o art. 178 da Lei 6.404/76,
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da
companhia.

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III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.

São classificadas no PL as seguintes contas:


 Capital Social;
 Reservas de Capital;
 Ajustes de Avaliação Patrimonial;
 Ações em Tesouraria;
 Reservas de Lucros;
 Prejuízos Acumulados.
O Manual FIPECAFI destaca que além dos itens previstos na Lei n. 6.404/76, o grupo Patrimônio
Líquido pode apresentar outras contas para melhor evidenciar a situação patrimonial da
companhia, bem como para atender a outras normatizações que estabeleçam a necessidade da
divulgação. São exemplos de outras contas que podem ser encontradas no Patrimônio Líquido:
Opções Outorgadas Reconhecidas, Gastos na Emissão de Ações, Ajustes Acumulados de
Conversão, assim como contas extintas, mas possuidoras de saldos remanescentes (Reservas de
Reavaliação e Reservas de Capital: Prêmio na Emissão de Debêntures e Doações e Subvenções para
Investimentos).
Capital Social
Segundo o art. 182, da Lei 6.404/76, a conta do capital social discriminará o montante subscrito e,
por dedução, a parcela ainda não realizada.
O montante subscrito dá origem à conta capital social integralizado e a parcela ainda não realizada
comporá a conta capital social a integralizar (a realizar/a subscrever), redutora da conta capital
social integralizado.

4. (CESPE/Analista Contábil/MEC/2014) Se uma sociedade anônima tem o capital subscrito


representado pelas contas capital autorizado e capital a subscrever, então, quando ocorrer uma
subscrição de ações, essa sociedade anônima deverá fazer um lançamento contábil a crédito da
conta capital a subscrever, classificada no patrimônio líquido.
Comentários
A conta capital a subscrever é redutora da conta capital subscrito (possui natureza devedora).
Portanto, quando ocorrer uma subscrição de ações, deveremos creditá-la.
Gabarito: Certo

O capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de
bens suscetíveis de avaliação em dinheiro (art. 7º da Lei 6.404/76).
Cabe destacar que, nos termos do art. 80 da Lei 6.404/76, a constituição da companhia depende
do cumprimento dos seguintes requisitos preliminares:

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(i) Subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se divide o capital social
fixado no estatuto;
(ii) Realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de emissão das ações
subscritas em dinheiro;
(iii) Depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela
Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro.
Outro ponto importante que devemos saber é que o gasto na emissão de ações não é tratado
como despesa do período, mas como redução do capital social.

Reservas de Capital
As Reservas de Capital são valores recebidos pela empresa de sócios ou terceiros que não
transitam pelo resultado do exercício. São contabilizadas diretamente no PL, ficando acumuladas
para utilização posterior.
São classificadas como reservas de capital as contas que registrarem (art. 182, Lei n. 6.404/76):
 a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de
emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação
do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes
beneficiárias;
 o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
Oà à à à à à à Reserva para ágio na emissão de ações
O ágio na emissão de ações corresponde ao valor da contribuição do subscritor que ultrapassar o
valor nominal das ações. Vejamos um exemplo:
áà à T àB à“ á à à à à à à à à à‘ à à
à à à à à‘ à à àC à à à à à à à s gestores
resolvem expandir as operações da empresa. Para tanto, emitem mais 10.000 ações pelo valor de
‘ à à à‘ à à à à à à à‘ à à à àC à à à à à
à à à à à à à à de imediato e, portanto, o valor de R$
120.000,00 entra no caixa da empresa. Sendo assim, o registro contábil dessa operação fica:

D Caixa ... 120.000,00


C Capital Social ... 100.000,00
C Reserva de Capital Ágio na emissão de ações ... 20.000,00

As partes beneficiárias são valores mobiliários (títulos negociáveis) emitidos por sociedades
anônimas de capital fechado sem valor nominal, com a finalidade de captar recursos por um prazo
máximo de 10 anos. Esses títulos dão ao seu titular o direito de participação no máximo em 10%
dos lucros da empresa emissora.

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Os bônus de subscrição, por sua vez, são valores mobiliários emitidos no limite do capital social
autorizado6 no estatuto por sociedades anônimas que conferem aos seus titulares o direito de
preferência na subscrição das ações da empresa, dentro de um prazo preestabelecido e por um
preço prefixado.
Tanto as partes beneficiárias como os bônus de subscrição possuem tratamento contábil similar.
Se a parte beneficiária/bônus de subscrição for alienada(o) por um determinado valor, far-se-á o
seguinte registro contábil:

D Banco
C Reserva de Capital de Alienação de Partes Beneficiárias/Bônus de Subscrição

Caso o título seja concedido sem valor (aplicável, especialmente, ao caso da parte beneficiária), a
informação sobre sua existência deve ser incluída em notas explicativas.
Quando abordamos o conceito de reservas de capital vimos que elas ficarão acumuladas no PL
para utilização posterior. Pois bem... como poderão ser utilizadas essas reservas?
A resposta está no art. 200 da Lei 6.404/76, senão vejamos:
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo
189, parágrafo único);
II - resgate, reembolso ou compra de ações;
III - resgate de partes beneficiárias;
IV - incorporação ao capital social;
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada
(artigo 17, § 5º).
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser
destinada ao resgate desses títulos.

Para finalizar as reservas de capital, vale destacar a seguinte alteração na Lei n. 6.404/76:
As doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures não são mais
classificados como reservas de capital. Atualmente, devemos registrar como receita do exercício.
Segundo o CPC 07 Subvenção e Assistência Governamentais à uma subvenção governamental
deve ser reconhecida como receita ao longo do período confrontada com as despesas que pretende
compensar, em base sistemática, desde que atendidas às condições deste Pronunciamento. A
subvenção governamental não pode ser creditada diretamente no patrimônio líquido .

6
Se não fosse respeitado esse limite, haveria a possibilidade de o adquirente do bônus se ver impedido de exercer seu direito de
subscrever as ações (artigos 75 e 168 da Lei 6.404).

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5. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/2010) Deixou de ser uma reserva de capital a partir da


vigência da Lei nº 11.638/2007 a Reserva
a) de Alienação de Bônus de Subscrição.
b) de Prêmio na Emissão de Debêntures.
c) para Contingências.
d) para pagamento de Dividendo Obrigatório.
e) de Ágio na Emissão de Ações.
Comentários
Conforme estudamos, as doações e subvenções d para investimento e os prêmios na emissão de
debêntures não são mais classificados como reservas de capital. Atualmente, devemos registrar
como receita do exercício.
Gabarito: B

Ajustes de Avaliação Patrimonial


Segundo o art. 182, §3º da Lei 6.404/76, serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial,
enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo,
em decorrência da sua avaliação a valor justo.
Os ajustes de avaliação patrimonial têm como contrapartida o ajuste de instrumentos financeiros
disponíveis para venda e os valores de mercado dos Ativos e Passivos nas reorganizações
societárias (incorporação, fusão e Cisão).
Em regra, os valores registrados nessa conta deverão ser transferidos para o resultado do exercício
à medida que os ativos e passivos forem sendo realizados.

6. (FUNDATEC/Auditor do Estado/CAGE-RS/Reaplicação/2014) De acordo com a Lei nº 6.404/76,


com redação dada pela Lei nº 11.638/07, a conta ajustes de avaliação patrimonial pertence ao
patrimônio líquido e recebe as contrapartidas de
a) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo Permanente, em decorrência
da sua avaliação pela equivalência patrimonial.
b) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência
da sua avaliação pelo valor de mercado.

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c) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência


da sua avaliação a valor justo.
d) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do passivo circulante, em decorrência
da precificação dos derivativos a valor de mercado.
e) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos das dívidas em moeda estrangeira,
em decorrência da variação cambial conjuntural.
Comentários
Para fixar! Segundo o art. 182, §3º da Lei 6.404/76, serão classificadas como ajustes de avaliação
patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do
ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo.
Gabarito: C
a

Ações em Tesouraria
Trata-se de uma conta do PL utilizada quando a empresa adquire as suas próprias ações, com o
objetivo de elevar o preço delas e realizar no futuro uma nova venda, de forma a obter lucro na
transação. Também tem o objetivo de concentrar as ações, quando estas estão muito pulverizadas
nas mãos de um grande número de acionistas.
Cabe destacar que na aquisição de ações em tesouraria a empresa não pode adquirir ações não
integralizadas, o que resultaria em diminuição do capital social.
Nos termos do art. 182, §5º, da Lei nº 6.404/76, as ações em tesouraria deverão ser destacadas no
balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos
aplicados na sua aquisição. Trata-se, portanto, de uma conta redutora do PL.
Destaca-se, ainda, que o limite do saldo da conta ações em tesouraria é o saldo de lucros
acumulados e reservas, exceto a reserva legal.

Por fim, devemos saber que a alienação de ações em tesouraria pode gerar lucro ou prejuízo para
a empresa, não representando receitas ou despesas. No caso de lucro a empresa deverá creditá-lo
em reservas de capital (semelhante ao que ocorre com o ágio na emissão de ações). Se houver
prejuízo, deverá debitá-lo em reservas de capitais.

Reservas de Lucros
As reservas de lucros são extraídas do lucro líquido do exercício. Possuem o objetivo de preservar o
patrimônio líquido. Segundo a Lei n. 6.404/76 (art. 182, §4º), serão classificadas como reservas de
lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.
As reservas de lucros previstas na Lei n. 6.404/76 são as seguintes:
 Reserva Legal;

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 Reservas Estatutárias;
 Reservas para Contingências;
 Reserva de Incentivos Fiscais;
 Reserva de Retenção de Lucros (de Lucros para Expansão);
 Reserva de Lucros a Realizar;
 Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído;
 Reserva Específica de Prêmio de Debêntures.
Antes de estudarmos cada uma, devemos saber os limites. Segundo a Lei nº 6.404/76,
Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de
lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembleia
deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na
distribuição de dividendos.

A Lei n. 12.973/2014 (art. 31, §4º) incluiu entre as reservas acima a reserva específica de prêmio de
debêntures (ou seja, não será computada para fins do cálculo do limite das reservas de lucros).
8
Portanto, temos:

Reserva Legal + Estatutária + Retenção de Lucros + Especial de Dividendo Obrigatório Não


Distribuído Capital Social
Exceção: Reservas para Contingências, de incentivos fiscais, de lucros a realizar e Reserva
Específica de Prêmio de Debêntures podem ultrapassar o capital social.

Caso o referido somatório ultrapasse o Capital Social, caberá à assembleia deliberar sobre a
aplicação do excedente, que poderá ser utilizado para integralização ou aumento de capital, desde
que com a devida fundamentação, ou distribuído como dividendos.

Reserva Legal
Segundo a Lei n. 6.404/76,
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer
outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do
capital social.
§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa
reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182,
exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.
§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser
utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.

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Reserva Legal (antes de qualquer destinação)


 5% do Lucro Líquido do Exercício;
 Limitada a 20% do capital social;
 A entidade poderá deixar de destinar recursos à reserva legal se o somatório desta
reserva com as reservas de capital exceder o montante de 30% do capital social (limite
facultativo);
 A reserva legal é a única reserva de lucro que possui constituição obrigatória para a
empresa.
Finalidade: assegurar a integridade do capital social.
2
Forma de Utilização: somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o
capital social.

7. (FCC/Analista/Controle Interno/MPU/2007) A Cia. Viva Bem apresentou, no exercício findo em


31/12/2005, lucro líquido do exercício no valor de R$ 220.000,00. No Balanço Patrimonial de
31/12/2004, o seu capital social integralizado e a reserva legal montavam a, respectivamente, R$
700.000,00 e R$ 140.000,00. Em 2005, houve um aumento de capital da companhia, totalmente
integralizado pelos acionistas, no valor de R$ 50.000,00. De acordo com a legislação comercial, a
companhia deve constituir acréscimo da reserva legal, relativo ao exercício findo em 2005, no
valor, em R$, de
a) 22.000,00
b) 15.500,00
c) 12.500,00
d) 11.000,00
e) 10.000,00
Comentários
Questão interessante para visualizarmos como funciona a sistemática de limites acima estudada.
Sabemos que devemos constituir a reserva legal aplicando 5% sobre o lucro líquido. Assim, temos:
220.000,00 (lucro líquido)
(x) 5%
(=) 11.000,00
No entanto, temos que verificar o limite de 20% do capital social.

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750.000,00 (capital social)


(x) 20%
(=) 150.000,00
Como a questão informa que havia um saldo de reserva legal no valor de 140.000,00, o máximo
que podemos constituir será 10.000,00, para não ultrapassar o limite de 20% do capital social.
Gabarito: E

Reserva Estatutária
Segundo a Lei n. 6.404/76,
Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:
I - indique, de modo preciso e completo, a sua
f finalidade;
II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à
sua constituição; e
III - estabeleça o limite máximo da reserva.

As Reservas Estatutárias não podem restringir o pagamento do dividendo obrigatório, nos termos
do art. 198 da Lei 6.404/76.
Reserva para Contingências
Segundo a Lei n. 6.404/76,
Art. 195. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do
lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a
diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
§ 1º A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e
justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva.
§ 2º A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram
a sua constituição ou em que ocorrer a perda.

Observe que a finalidade da reserva para contingências é preservar o capital social de possíveis
contingências ocorridas, compensando, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de
perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
Segundo o Manual de Contabilidade Societária FIPECAFI (USP) o objetivo da constituição dessa
reserva é segregar uma parcela de lucros, inclusive com a finalidade de não distribuí-la como
dividendo, correspondente a prováveis perdas extraordinárias futuras, que acarretarão diminuição
dos lucros (ou até o surgimento de prejuízos) em exercícios futuros.
Referido Manual esclarece que, em geral, as reservas para contingências são constituídas para
fazer frente a perdas cíclicas, que se repetem no tempo e que, portanto, são previsíveis. Estas
perdas podem decorrer, dentre outros:
 de fenômenos climáticos ou naturais que interrompem as atividades da empresa em
determinados momentos;

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 da prestação de serviços com duração limitada, passando por períodos de alta lucratividade
até outros de pouca lucratividade ou até mesmo prejuízos - sazonalidade;
 de paralisações extraordinárias de longa duração, decorrentes da substituição de
equipamentos obsoletos, cuja substituição seja bastante penosa.
Um ponto importante que devemos saber é a diferença entre reserva para contingências e
provisões.
Nesse sentido, o Manual FIPECAFI ensina que a Provisão destina-se a dar cobertura a perdas ou
despesas já incorridas, mas ainda não desembolsadas e que, dentro do regime de competência,
devem ser lançadas no Resultado, na constituição dessa Provisão.
A Reserva para Contingências é, por outro lado, uma expectativa de perdas ou prejuízos ainda não
incorridos; por ser possível antevê-los e por precaução e prudência empresariais, segrega-se uma
parte dos lucros já existentes, não os distribuindo para suportar financeiramente o período em que
o prejuízo ocorrer efetivamente. Na data em que tal prejuízo ocorrer, será reconhecido
contabilmente como despesa, dentro do regime de competência.

Reserva de Incentivos Fiscais


A reserva de incentivos fiscais foi criada pela Lei n. 11.638/07, adicionando o seguinte artigo à Lei
n. 6.404/76:
Art. 195-A. A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a
reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções
governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo
obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei). (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Vimos que as doações e subvenções governamentais eram registradas à conta de reserva de


capital. Porém, após as alterações na Lei 6.404/76, as doações e subvenções recebidas pela
companhia deverão transitar pelo resultado como receitas.
Sendo assim, o valor do lucro líquido recebido com doações e subvenções governamentais
poderão constituir reserva de incentivos fiscais.
O objetivo dessa reserva, segundo o Manual FIPECAFI, é evitar que as empresas sejam
prejudicadas, do ponto de vista tributário, por conta da nova forma de registro contábil das
doações e subvenções, fazendo isso da seguinte forma: permitindo que a entidade registre, em
cada exercício em que reconhecer esse tipo de receita, a transferência da conta de Lucros
Acumulados para a conta de Reserva de Incentivos Fiscais o exato valor de tal receita, de forma a
não distribuir esse valor como lucros ou dividendos aos sócios.
Destaca-se que o valor relativo à reserva de incentivos fiscais pode ser excluído da base de cálculo
do dividendo obrigatório.

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Reserva de Retenção de Lucros


Para atender a projeto de investimento, a companhia poderá reter parte dos lucros do exercício, a
fim de constituir a reserva de retenção de lucros, também denominada de reserva de lucros para
expansão, conforme estabelece o art. 196 da Lei nº 6.404/76,
Art. 196. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter
parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente
aprovado.
§ 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a justificação da retenção de
lucros proposta, deverá compreender todas as fontes de recursos e aplicações de capital, fixo ou
circulante, e poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de execução, por
prazo maior, de projeto de investimento.
§ 2º O orçamento poderá ser aprovado pela assembleia-geral ordinária que deliberar sobre o
balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercício social.
(Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)

Destaca-se que essa reserva não pode ser constituída em detrimento do pagamento do dividendo
obrigatório.

Reserva de Lucros a Realizar


Segundo a Lei n. 6.404/76,
Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do
estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a
assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à
constituição de reserva de lucros a realizar. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 1º Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício
que exceder da soma dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
I - o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial (art. 248); e (Incluído pela Lei nº 10.303,
de 2001)
II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo
valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social
seguinte. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)
§ 2º A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do dividendo
obrigatório e, para efeito do inciso III do art. 202, serão considerados como integrantes da
reserva os lucros a realizar de cada exercício que forem os primeiros a serem realizados em
dinheiro. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)

A reserva de lucros a realizar é constituída como uma destinação dos lucros do exercício, sendo
optativa (facultativa) sua constituição.
A Reserva de Lucros a Realizar poderá ser constituída quando não existirem lucros realizados
suficientes para o pagamento do dividendo obrigatório.
Segundo o Manual FIPECAFI, seu objetivo é não distribuir dividendos obrigatórios sobre a parcela
de lucros ainda não realizada financeiramente (apesar de contábil e economicamente realizada)
pela companhia, quando tais dividendos excederem a parcela financeiramente realizada do lucro
líquido do exercício.
V à à à à à à à à à à à à

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8. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT2/2008) Considere as informações abaixo, extraídas


da contabilidade da Cia. Carandiru, relativas ao exercício findo em 31/12/2007.
Lucro líquido do exercício ................................................. 520.000,00
Resultado positivo na equivalência patrimonial ..................... 270.000,00
Acréscimo à reserva legal ................................................... 26.000,00
Reversão de reservas para contingências .............................. 14.000,00
Lucro com realização financeira a ocorrer em 2009 .................20.000,00
O estatuto da companhia é omisso com relação ao pagamento de dividendos. De acordo com o
disposto nos artigos 197 e 202 da Lei das Sociedades por Ações, ela poderá constituir, nesse
exercício, reserva de lucros a realizar no valor, em R$, de
a) 40.000,00.
b) 36.000,00.
c) 30.000,00.
d) 24.000,00.
e) 18.000,00.
Comentários
Para resolver essa questão antes temos que entender como se dá a contabilização dos dividendos.
Geralmente, as questões que envolvem cálculos referentes à Reserva de Lucros a Realizar
envolvem também a contabilização dos dividendos, pois um assunto está ligado ao outro e nada
à à à à à à à àOà à à à à à à à à
à à àE à à à à à à à à à à ção.
Geralmente, o dividendo é fixado no estatuto. No entanto, caso o estatuto seja omisso, a Lei n.
6.404/76 determina que deve ser aplicado o percentual de 50% sobre o lucro líquido ajustado.
E o que seria o lucro líquido ajustado?
Lucro Líquido Ajustado (LLA) = Lucro Líquido do Exercício Reserva Legal Reserva para
Contingências + Reversão de Reserva para Contingências Reserva de Incentivos Fiscais
(facultativo) Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures (facultativo).
Bem... veja que no caso em tela o estatuto é omisso, ou seja, devemos aplicar o percentual de 50%
sobre a base de cálculo do dividendo (lucro líquido ajustado). Assim, temos:
LLA = 520.000,00 26.000,00 + 14.000,00 = 508.000,00
Portanto, temos como dividendo a ser distribuído o valor de 254.000,00, correspondente a 50% do
LLA (508.000).

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Conforme estudamos, consideram-se lucros não realizados os resultados positivos na equivalência


patrimonial e as receitas auferidas para recebimento a longo prazo. Assim, temos:
Lucro Realizado = lucro líquido do exercício resultado positivo na equivalência patrimonial lucro
com realização financeira de longo prazo.
Lucro Realizado = 520.000,00 270.000,00 20.000,00 = 230.000,00
Logo, de acordo com a Lei n. 6.404/76, a companhia poderá constituir Reserva de Lucros a Realizar
no valor de R$ 24.000,00, correspondente à diferença entre o dividendo a ser distribuído
(254.000,00) e o lucro realizado (230.000,00).
Gabarito: D

Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído


Segundo o Manual FIPECAFI, a companhia deverá constituir essa Reserva de Lucros quando tiver
dividendo obrigatório a distribuir, mas sem condições financeiras para seu pagamento, situação
em que se utilizará do expediente previsto nos §§ 4º e 5º do art. 202 da Lei das Sociedades por
Ações. Vejamos esses dispositivos:
§ 4º O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório no exercício social em que os órgãos
da administração informarem à assembleia-geral ordinária ser ele incompatível com a situação
financeira da companhia. O conselho fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer sobre essa
informação e, na companhia aberta, seus administradores encaminharão à Comissão de Valores
Mobiliários, dentro de 5 (cinco) dias da realização da assembleia-geral, exposição justificativa da
informação transmitida à assembleia.
§ 5º Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 4º serão registrados como
reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser
pagos como dividendo assim que o permitir a situação financeira da companhia.

Nesse caso, o dividendo deixa de ser pago naquele exercício e, para tanto, já no balanço, dever-se-
á apurar o valor do dividendo obrigatório e apropriá-lo para essa reserva especial de lucros a
debito de Lucros Acumulados.
Tais dividendos serão pagos aos acionistas no futuro, assim que a situação financeira o permitir,
desde que não tenham sido absorvidos por prejuízos dos exercícios seguintes.

Reserva Específica de Prêmio de Debêntures


As debêntures são títulos de créditos emitidos por Sociedades Anônimas, registrados no passivo
circulante ou no não circulante, para captação de recursos que dão direito à participação nos
lucros, rendem juros, correção monetária e em alguns casos podem ser convertidas em ações, ou
seja, o credor pode tornar-se acionista da empresa.

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9. (CESPE/Analista Contábil/MEC/2014) As debêntures são títulos negociáveis registrados no


passivo circulante, ou no não circulante da empresa emitente, e podem conceder ao seu detentor
o direito à participação nos lucros.
Comentários
Trata-se do conceito de debêntures acima estudado.
Gabarito: Certo

Quando a empresa emite debêntures com ágio, dizemos que ocorre emissão acima do par , mais
conhecido como prêmios na emissão de debêntures.
Segundo a legislação, a pessoa jurídica contabilizará os prêmios na emissão de debêntures no
Passivo Não Circulante na conta prêmios de debêntures a amortizar e deverá reconhecer o valor
do prêmio na emissão de debêntures em conta do resultado do exercício pelo regime de
competência e poderá destinar o valor referente à parcela do lucro líquido do exercício decorrente
do prêmio na emissão de debêntures na constituição da reserva de lucros específica.
A legislação estabelece, ainda, que para fins do limite de que trata o artigo 199 da Lei n.º 6.404/76,
a reserva de lucros específica terá o mesmo tratamento dado à reserva de incentivo fiscal, prevista
no artigo 195-A da Lei n.º 6.404/76.
A empresa poderá destinar para a Reserva de Lucros Específica a parcela do lucro líquido
decorrente da receita apropriada da conta dos prêmios de debêntures a apropriar, que poderá ser
excluída da base de cálculo dos dividendos obrigatórios.

Dividendos Propostos (adicionais)


Os dividendos propostos a serem pagos, fundamentados em obrigação estatutária (dividendo
mínimo obrigatório) atendem a definição de passivo e, portanto, devem ficar registrados no
Passivo Circulante.
Os dividendos propostos pela administração, excedentes ao mínimo obrigatório, não atendem à
definição de passivo. Tais dividendos devem ser contabilizados ou não, a depender da situação.
Assim, se a empresa fechar as demonstrações financeiras em 31.12.XX e declarar dividendo
adicional nos meses subsequentes (janeiro, por exemplo), esses dividendos não serão
contabilizados nas demonstrações encerradas em 31.12.XX. Nesse caso, serão divulgados em notas
explicativas.
De outro modo, se os dividendos adicionais forem declarados antes da data de fechamento das
demonstrações, haverá o atendimento aos requisitos de obrigação presente, devendo ser
evidenciados nas demonstrações financeiras da companhia.
A respeito do assunto vale destacar o disposto na Interpretação Técnica CPC 08 Contabilização da
Proposta de Pagamento de Dividendos:

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áà à à à à à à à à à resente deve
figurar no passivo da entidade. Mas a parcela que exceder ao previsto legal ou
estatutariamente deve ser mantida no patrimônio líquido, em conta específica, do tipo
à à à à à à à à à à à mada pelos
sócios. Afinal, esse dividendo adicional não se caracteriza como obrigação presente na
data do balanço, já que a assembleia dos sócios ou outro órgão competente poderá,
não havendo qualquer restrição estatutária ou contratual, deliberar ou não pelo seu
à à à à à à à à
à à à à à à à à à à à
ou outra forma de distribuição de resultado que ocorrer após a data do balanço e antes
da data da autorização de emissão dessas demonstrações não gerará registro no passivo
da entidade na data do balanço, por também não representar qualquer obrigação
à à

Em suma, devemos saber o seguinte:

Dividendos obrigatórios: são contabilizados no Passivo, na data do fechamento das


demonstrações financeiras.
Dividendos adicionais:
(i) Declarados após o período contábil: não são contabilizados, devendo ser divulgados em Nota
Explicativa.
(ii) Declarados antes do período contábil: são contabilizados no Patrimônio Líquido, até a
aprovação pela assembleia, momento em que são transferidos para o Passivo.

10. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRT4/2011) Em conformidade com a ICPC-08, os


dividendos
a) declarados, após o período contábil e antes da aprovação pela assembléia dessas
demonstrações, devem ser reconhecidos no passivo como dividendos a pagar.
b) que forem declarados pela assembléia geral, ou declarados e pagos, de acordo com as
formalidades previstas no estatuto social, quando não pagos devem figurar no passivo da entidade
como uma obrigação.
c) mínimos obrigatórios devem ser registrados como uma obrigação, na data do encerramento do
exercício social a que se referem as demonstrações contábeis.

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d) adicionais ao mínimo obrigatório devem ser todos contabilizados no passivo.


e) decorrentes de distribuição de resultado, após a data do balanço e antes da data da autorização
de emissão dessas demonstrações, não gerará registro no passivo da entidade na data do balanço.
Comentários
a. Errada. Conforme vimos, os dividendos declarados após o período contábil não são
contabilizados.
b. Errada. Os dividendos que forem declarados pela assembleia geral ou outro órgão competente,
ou declarados e pagos, de acordo com as formalidades previstas no estatuto social ou equivalente,
antes da data base das demonstrações contábeis, atendem aos requisitos de obrigação presente e,
portanto, se não pagos devem figurar no passivo da entidade como uma obrigação.
c. Certa. Conforme vimos, os dividendos mínimos obrigatórios devem ser registrados no passivo.
d. Errada. Os dividendos adicionais ao mínimo obrigatório são contabilizados no Patrimônio
Líquido até sua aprovação pela assembleia.
e. Errada. Os dividendos adicionais declarados após o fechamento das demonstrações financeiras
não são contabilizados. Todavia, o dividendo mínimo obrigatório é contabilizado no passivo.
Gabarito: C

Lucros ou Prejuízos Acumulados


Segundo o Manual FIPECAFI, a partir da vigência da Lei n. 11.638/07 foi extinta a possibilidade de
manutenção e apresentação de saldos a título de Lucros Acumulados no Balanço Patrimonial, mas
apenas para o caso das sociedades por ações, o que não significa que a referida conta deverá ser
eliminada dos planos de contas dessas entidades.
A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados continuará sendo utilizada nos planos de contas, e seu uso
continuará a ser feito para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas
reservas, os ajustes de exercícios anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e
destinar valores para reservas de lucros. Mas, no balanço patrimonial, só poderá aparecer quando
tiver saldo negativo, e será denominada de Prejuízos Acumulados.
Reitera-se que a obrigação da conta Lucros Acumulados não conter saldo positivo aplica-se
unicamente às sociedades por ações, e não às demais. Assim, saldos nessa conta precisam ser
totalmente destinados por proposta da administração da companhia no pressuposto de sua
aprovação pela assembleia geral ordinária.
O Manual salienta que a Lei n. 6.404/76, no parágrafo único do art. 189, determina que "o prejuízo
do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e
pela reserva legal, nessa ordem", além de explicitar, no item I do art. 200 que as reservas de capital
poderão ser utilizadas para absorver prejuízos quando as reservas de lucros não forem suficientes.
Dessa forma, depreende-se que a apresentação da conta Prejuízos Acumulados no Patrimônio
Líquido das companhias só deverá ocorrer se as empresas não mais possuírem reservas de lucros

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que possam ser utilizadas para absorver tais prejuízos, podendo ainda ser utilizadas para a
absorção, as reservas de capital.
Outras Contas do PL
Conforme já comentado, além dos itens previstos na Lei n. 6.404/76, o grupo Patrimônio Líquido
pode apresentar outras contas para melhor evidenciar a situação patrimonial da companhia, bem
como para atender a outras normatizações que estabeleçam a necessidade da divulgação. Vejamos
objetivamente as características dessas contas, tomando-se como base o disposto no Manual
FIPECAFI, haja vista que muitas questões são extraídas de forma literal do Manual.
Opções outorgadas reconhecidas
Segundo o Manual FIPECAFI,

As Opções Outorgadas Reconhecidas representam uma conta especial que deve ser
utilizada nos casos em que as sociedades negociam serviços de seus administradores e
empregados, cujo valor de mercado não é facilmente obtido. Ela deve ser apresentada
junto às Reservas de Capital, no Patrimônio Líquido, quando os serviços negociados
tiverem como contraprestação pagamentos baseados em ações a serem liquidados com
instrumentos patrimoniais. Caso a liquidação tenha realização prevista em dinheiro, o
registro de à à à àP

11. (COPS UEL/Auditor Fiscal/SEAP-PR/2012) Uma empresa, ao contabilizar o reconhecimento


de um produto ou de um serviço adquirido em transação com pagamento em ações liquidadas em
instrumentos patrimoniais, deve contabilizar em contrapartida a uma conta do
a) Ativo Circulante.
b) Ativo Não Circulante.
c) Passivo Circulante.
d) Patrimônio Líquido.
e) Resultado.
Comentários
Observe que a questão foi baseada no trecho transcrito do Manual FIPECAFI. Organizando a
à

Opções Outorgadas Reconhecidas: relacionada ao pagamento de serviços de seus administradores


baseado em ações.
Pagamentos liquidados com instrumentos patrimoniais = conta do patrimônio líquido (juntamente
com as reservas de capitais);

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Pagamentos realizados em dinheiro = conta do passivo.


Gabarito: D

Gastos na emissão de ações


Segundo o Manual FIPECAFI,

Oà à à à à à à à à à à à à
patrimoniais não mais poderão ser tratados como despesas do período da emissão, mas
à à à à à à à à à à à à

Agora observe o que dispõe o CPC 08 Custos de Transações:

Contabilização das captações de recursos para o capital próprio


4. O registro do montante inicial dos recursos captados por intermédio da emissão de
títulos patrimoniais deve corresponder aos valores líquidos disponibilizados para a
entidade pela transação, pois essas transações são efetuadas com sócios já existentes
e/ou novos, não devendo seus custos influenciar o saldo líquido das transações
geradoras de resultado da entidade.
5. Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da emissão
de títulos patrimoniais devem ser contabilizados, de forma destacada, em conta
redutora de patrimônio líquido, deduzidos os eventuais efeitos fiscais, e os prêmios
recebidos devem ser reconhecidos em conta de reserva de capital.
6. Nas operações de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos
patrimoniais em que exista prêmio (excedente de capital) originado da subscrição de
ações aos quais os custos de transação se referem, deve o prêmio, até o limite do seu
saldo, ser utilizado para absorver os custos de transação registrados na conta de que
trata o item 5. Nos demais casos, a conta de que trata o item anterior será apresentada
após o capital social e somente pode ser utilizada para redução do capital social ou
absorção por reservas de capital.
7. Quando a operação de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos
patrimoniais não for concluída, inexistindo aumento de capital ou emissão de bônus de
subscrição, os custos de transação devem ser reconhecidos como despesa destacada no
resultado do período em que se frustrar a transação.

P à à à HD à

Gastos na emissão de ações: não devem ser reconhecidos como despesa, mas sim como
acréscimo do custo de emissão em conta retificadora do capital social.
V à à à à à à à à à à à

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12. (FCC/Prefeitura de São Paulo/2010) A Cia. Acionária resolveu aumentar seu capital social
mediante emissão de 10.000 novas ações, cujo valor nominal é de R$ 1,00. Devido às condições de
mercado, as ações foram negociadas a R$ 1,50, à vista. Para a emissão das ações a Cia. Acionária
incorreu em custos de R$ 500,00. A Cia. Acionária reconheceu um aumento de:
a) capital social no valor de R$ 10.000,00.
b) capital social no valor de R$ 9.500,00.
c) capital social no valor de R$ 15.000,00.
d) patrimônio líquido no valor de R$ 15.000,00.
e) reservas de lucros no valor de R$ 5.000,00.
Comentários
Quando há a emissão de ação com ágio (ou seja, valor de venda da ação foi maior que o valor
patrimonial), a contabilidade faz o seguinte lançamento:

D Caixa ... 14.500,00 *


C Reservas de capital (ágio na emissão de ações) ... 4.500,00 **
C Capital Social ... 10.000,00 ***

* A captação de recursos via mercado de ações visa justamente colocar à disposição da empresa o montante de
recursos necessários para que ela possa investir. No momento da captação, os recursos entram (aplicação) no caixa
(ou no banco).
O montante de R$ 14.500 foi calculado da seguinte forma:
Caixa = número de ações emitidas x valor de mercado das ações - custos de emissão das ações
Caixa = 10.000 x R$ 1,5 - R$ 500 = R$ 15.000 - 500 = 14.500
** O valor do ágio foi calculado da seguinte forma:
Valor de mercado das ações - Valor nominal das ações - custos de emissão das ações = ágio na emissão de ações
(10.000 x 1,5) (10.000 x 1 500) = 15.000 - 10.000 - 500 = R$ 4.500
Só vai para reserva o montante que ultrapassar o somatório entre o valor patrimonial da ação (R$
10.000) e os custos de sua emissão (R$ 500).
*** O capital social, no caso, é a origem dos recursos. Seu montante é calculado a partir da multiplicação do número
de ações pelo valor patrimonial = 10.000 x R$ 1 = R$ 10.000.

Do exposto, percebe-se que a Cia. Acionária reconheceu um aumento de capital social no valor de
R$ 10.000,00.
Gabarito: A

Ajustes acumulados de conversão

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Segundo o Manual FIPECAFI,

áà àá àá à àC à à à à à àP à
Líquido que deve ser utilizada para registrar as variações cambiais dos investimentos em
controladas (aquelas que não possuem a característica de filial, sucursal ou extensão das
atividades da controladora), controladas em conjunto e coligadas em outra moeda funcional
que não o Real (R$), pois tais variações não podem, em função do que determina o
Pronunciamento Técnico CPC 02 - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão
de Demonstrações Contábeis, afetar o resultado do exercício. O reconhecimento no
resultado dos valores registrados na conta Ajustes Acumulados de Conversão ocorrerá
apenas quando da baixa do investimento. É importante salientar que essa conta não é uma
reserva. Ela pode ter saldo positivo ou negativo e pode ser apresentada logo apos a conta
á à àá àP à à à à à à à“ à à
também deverá ser eliminado quando do calculo do JCP [Juros sobre Capi àP

13. (CESPE/TJ-RR/2012) Considere que a Cia Alfa tenha fechado o seu balanço patrimonial, em
USD, em 31/12/X2, com os saldos constantes da tabela a seguir:

Nesse caso, se o capital social foi integralizado em 1º/1/X2, cuja taxa de câmbio era de $ 1,50, se o
valor relativo à conversão do resultado do exercício foi de $ 3.500,00 e se a taxa de fechamento do
câmbio na data do balanço (31/12/X2) era de $ 2,00, então, após a conversão do balanço
patrimonial, o saldo relativo ao ajuste acumulado de conversão, nesse exercício, foi de $
10.500,00.

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Comentários
Questão nada trivial. Aplicação pura do CPC 02 (R2). A seguir transcrevemos parte do
pronunciamento.

39. Os resultados e a posição financeira da entidade, cuja moeda funcional não é moeda
de economia hiperinflacionária, devem ser convertidos para moeda de apresentação
diferente, adotando-se os seguintes procedimentos:
(a) ativos e passivos para cada balanço patrimonial apresentado (incluindo os balanços
comparativos) devem ser convertidos, utilizando-se a taxa de câmbio de fechamento na
data do respectivo balanço;
(b) receitas e despesas para cada demonstração do resultado abrangente ou
demonstração do resultado apresentada (incluindo as demonstrações comparativas)
devem ser convertidas pelas taxas de câmbio vigentes nas datas de ocorrência das
transações; e
(c) todas as variações cambiais resultantes devem ser reconhecidas em outros
resultados abrangentes.
40. Por razões práticas, uma taxa que se aproxime das taxas de câmbio vigentes nas
datas das transações, por exemplo, a taxa média para o período, pode ser normalmente
utilizada para converter itens de receita e despesa. Entretanto, se as taxas de câmbio
flutuarem significativamente, o uso da taxa de câmbio média para o período é
inapropriado.
41. As variações cambiais mencionadas no item 39(c) são decorrentes de:
(a) conversão de receitas e despesas pela taxas de câmbio vigentes nas datas de
ocorrência das transações e conversão de ativos e passivos pela taxa de câmbio de
fechamento;
(b) conversão dos saldos de abertura de ativos líquidos (patrimônio líquido) pela taxa de
câmbio de fechamento atual, que difere da taxa de câmbio de fechamento anterior.

Organizando toda essa teoria...


Ajustes acumulados de conversão
Ativo e Passivo: usamos a taxa de fechamento da data do balanço.
Patrimônio Líquido: usamos a taxa histórica (taxa de conversão da data em que foi contabilizado o
item no PL).
Resultado do exercício: deve ser usada a taxa da data da transação, sendo aceitável usar uma taxa
média.
A à à àá à à àP à à PLà à à à á à à à
C à àPL

De posse desse conhecimento, passemos à resolução da questão:


Ativo convertido pela taxa de fechamento de $ 2,00 = $ 82.000,00

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Passivo convertido pela taxa de fechamento de $ 2,00 = $ 38.000,00


Capital Social convertido pela taxa histórica de $ 1,50 = $ 30.000,00
A questão já informa o resultado de $ 3.500,00
Portanto, o ajuste acumulado de conversão será:
82.000 38.000 30.000 3.500 = $ 10.500,00
Observação: no vídeo acabou que não subtraímos os 3.500,00, mas o cálculo correto é esse acima.

Gabarito: Certo

Dúvidas de aluno: (i) o valor de lucros acumulados, dentro do PL é de 2.000,


multiplicado por 1,5 não dá o valor de 3.500... Só dá 3.000!
Para a conversão do resultado do exercício (e, por consequência, dos lucros
acumulados) deve ser usada a taxa da data da transação, sendo aceitável usar uma
taxa média.
Nessa questão, você não precisa realizar essa conversão, porque o próprio enunciado já afirmou
que "o valor relativo à conversão do resultado do exercício foi de $ 3.500,00". Logo, basta utilizar
essa informação.
Poderíamos até calcular uma taxa média = $ 3.500 / US$ 2.000 = $ 1,75 por US$, mas isso não é
necessário para resolver a questão.
A A P PL A
C PL. Porém, fiquei com dúvida quando o senhor elaborou a questão subtraindo os
valores, ou seja, sem somar com o PL.
Vamos realizar as conversões:
Ativo: usamos a taxa de fechamento da data do balanço
R$ 2 x 41.000 = R$ 82.000
Passivo: usamos a taxa de fechamento da data do balanço
R$ 2 x 19.000 = 38.000
Patrimônio Líquido:
Capital social  usamos a taxa histórica: R$ 1.5 x 20.000 = 30.000
Mas, e o saldo da conta "lucros acumulados"?

O examinador informou que o Balanço Patrimonial da questão já estava fechado. Assim, o saldo da
conta "lucros acumulados" contempla o resultado do exercício.
De acordo com o que aprendemos na aula, para a conversão do resultado do exercício deve ser
usada a taxa da data da transação, sendo aceitável usar uma taxa média.

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Precisaríamos então saber a taxa da data de cada receita e despesa ou a taxa média para fazer a
conversão.
O examinador, no entanto, já apresentou essa conversão. No enunciado da questão ele afirma que
"o valor relativo à conversão do resultado do exercício foi de $ 3.500,00".
Com base nas conversões feitas anteriormente e nas informações dadas pelo examinador, temos
que o ajuste acumulado de conversão será:
82.000 (ativo) [ 38.000 (passivo) + 30.000 (PL) + 3.500 (PL) ] = $ 10.500,00 (ajuste acumulado de
conversão)
Veja que é válida a afirmação feita nesta aula. De fato, "a diferença entre o Ativo e o Passivo + PL
será contabilizado como Ajuste acumulado de Conversão no PL".
Não se preocupe se esse assunto (ajustes acumulados de conversão) não ficou muito claro, pois é
um tópico avançado da disciplina e nesse primeiro contato é natural a dificuldade de
entendimento. Nesse primeiro momento, apenas saiba que se trata de uma conta que está no
patrimônio líquido, ok?
Dificilmente uma questão desse nível será exigido na prova da Polícia Federal.

Contas Extintas
Segundo o Manual FIPECAFI,
pertencentes ao Patrimônio Líquido ainda podem ser encontradas nesse grupo em função da
existência de saldos remanescentes; nelas não é permitida, entretanto, a inclusão de novos valores.
As contas mais comuns são: Reservas de Reavaliação, Reserva de Capital - Prêmios na Emissão de
Debêntures e a Reserva de Capital-Doações e Subvençõ I

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3 QUESTÕES COMENTADAS
14. (CESPE/Auditor do Estado/CAGE-RS/2018) Na elaboração do balanço patrimonial relativo ao
exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2017, determinada sociedade anônima adotou
os procedimentos a seguir.
I O resultado positivo do período foi apresentado em uma conta específica do patrimônio líquido,
denominada lucros ou prejuízos acumulados.
II Para fins de avaliação contábil, considerou-se o valor justo das matérias-primas como o preço
pelo qual esses ativos poderiam ter sido vendidos pela empresa na data do balanço.
III Os saldos devedores e credores em que não havia direito de compensação foram apresentados
separadamente.
IV As doações e subvenções para investimentos foram classificadas no patrimônio líquido como
reservas de capital.
V As ações em tesouraria foram apresentadas no balanço retificando a conta de patrimônio líquido
que registrava a origem dos recursos utilizados na sua aquisição.
Estão em conformidade com o disposto na legislação societária apenas os procedimentos
constantes dos itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e V.
e) IV e V.
Comentários
Vamos analisar as assertivas.
I Errado. O resultado positivo (Lucros Acumulados) deve ser totalmente destinado antes do
encerramento do balanço.
II Errado. N à à à à à à àP à à à à à à à
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios
§ 1º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser
repostos, mediante compra no mercado.

III Certo. Exigência específica da Lei n. 6.404/76:


Art. 178 § 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar
serão classificados separadamente

IV Errado. Com o advento da Lei n° 11.638/07, o prêmio recebido na emissão de debêntures e as


doações e subvenções para investimentos não se enquadram mais como reserva de capital.

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V Certo. Nos termos da Lei 6.404/76,


Art. 182 § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da
conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua
aquisição.

áà à á à àT à à à àPL

Gabarito: D

15. (CESPE/Auditor do Estado/CAGE-RS/2018) Na auditoria em investimentos de controladas,


coligadas e de empreendimentos em conjunto, os ajustes de avaliação patrimonial ocorrem na
área do
a) fluxo de caixa.
b) ativo.
c) passivo.
d) patrimônio líquido.
e) ativo diferido.
Comentários
P à à à à à à à à à á à àá àP à à à
no Patrimônio Líquido.
Gabarito: D

16. (CESPE/Auditor de Contas Públicas/TCE-PB/Adaptada/2018) A Lei n. 11.638/2007, que


introduziu alterações na forma de elaboração e de apresentação das demonstrações contábeis das
companhias, determinou a adoção do procedimento de redução ao valor recuperável dos ativos.
Comentários
Perfeito! O inciso I, §3º do art. 183 da Lei 6.404/76 foi incluído pela Lei n. 11.638/2007:
§ 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores
registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009)
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os
empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão
produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de
2007)

Vamos estudar os principais tópicos do CPC 01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos em nosso
curso. Por ora, basta saber que o procedimento de redução ao valor recuperável dos ativos foi
determinado pela Lei n. 11.638/2007.

Gabarito: Certo

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17. (CESPE/Auditor de Contas Públicas/TCE-PB/Adaptada/2018) A Lei n.º 11.638/2007, que


introduziu alterações na forma de elaboração e de apresentação das demonstrações contábeis das
companhias, determinou a proibição do uso da conta de lucros ou prejuízos acumulados.
Comentários
áà à L à àP àá à à à à àa transferência do lucro apurado no
período, para as destinações do lucro e para a contrapartida das reversões das reservas de lucros.
Trata-se de uma conta transitória. Veja o que dispõe o CPC 13:

42. Segundo a Lei das S/A., conforme modificação introduzida pela Lei nº 11.638/2007 ,
o lucro líquido do exercício deve ser integralmente destinado de acordo com os
fundamentos contidos nos arts. 193 a 197 da Lei das S/A . A referida Lei não eliminou a
conta de lucros acumulados nem a demonstração de sua movimentação, que devem
ser apresentadas como parte da demonstração das mutações do patrimônio líquido.
Essa conta, entretanto, tem natureza absolutamente transitória e deve ser utilizada
para a transferência do lucro apurado no período, para a contrapartida das reversões
das reservas de lucros e para as destinações do lucro.

Gabarito: Errado

18. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência/ABIN/2018) A parcela do lucro líquido decorrente de


doações ou subvenções governamentais para investimentos poderá ser destinada para a
constituição da reserva de incentivos fiscais, e deverá ser incluída na base de cálculo do dividendo
obrigatório.
Comentários
Exigência literal da Lei n. 6.404/76, senão vejamos:
Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a
reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções
governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo
obrigatório.

Gabarito: Errado

19. (CESPE/Analista Administrativo/Contabilidade/EBSERH/2018) A utilização de ações


disponíveis em tesouraria para a captação de caixa por meio do ingresso de novos acionistas não
controladores na entidade constitui um tipo de receita.
Comentários
Basicamente, o que você precisa saber é que tanto na aquisição de ações em tesouraria como na
venda dessas, não há impacto no resultado do exercício. Logo, relacionar ações em tesouraria com
receita ou despesa está errado.
Gabarito: Errado

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20. (CESPE/Contador/DPU/2016) As ações em tesouraria representam as ações da companhia que


são adquiridas pela própria sociedade e devem ser registradas no patrimônio líquido, em conta
credora, de modo a aumentar, assim, o valor do capital social.
Comentários
Vimos na parte teórica o seguinte:
Ações em Tesouraria
Trata-se de uma conta do PL utilizada quando a empresa adquire as suas próprias ações, com o
objetivo de elevar o preço delas e realizar no futuro uma nova venda, de forma a obter lucro na
transação. Também tem o objetivo de concentrar as ações, quando estas estão muito pulverizadas
nas mãos de um grande número de acionistas.
[...]
Nos termos do art. 182, §5º, da Lei nº 6.404/76, as ações em tesouraria deverão ser destacadas no
balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos
aplicados na sua aquisição. Trata-se, portanto, de uma conta redutora do PL.
Assim, corrigindo o item, temos:
As ações em tesouraria representam as ações da companhia que são adquiridas pela própria
sociedade e devem ser registradas no patrimônio líquido, em conta credora [devedora], de modo a
aumentar [diminuir], assim, o valor do capital social.
Gabarito: Errado

21. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) Um conjunto completo das demonstrações


contábeis compreende o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício, a
demonstração do resultado abrangente, a demonstração das mutações do patrimônio líquido, a
demonstração dos fluxos de caixa, a demonstração do valor adicionado, quando exigida
legalmente, e as notas explicativas.
Comentários
Lembre-se:
Conjunto completo de demonstrações contábeis
10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:
(a) balanço patrimonial ao final do período;
(b) demonstração do resultado do período;
(ba) demonstração do resultado abrangente do período;
(c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;
(d) demonstração dos fluxos de caixa do período;
(da) demonstração do valor adicionado do período, conforme NBC TG 09 Demonstração do Valor
Adicionado, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada
voluntariamente;

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(e) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras
informações explanatórias;
(ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e 38A;
(f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando
a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação
retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando procede à reclassificação de itens
de suas demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a 40D.
Gabarito: Certo

22. (CESPE/Contador/MJ/2013) O balanço patrimonial demonstra a composição qualitativa do


patrimônio da entidade.
O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil/financeira cuja finalidade reside na
apresentação da posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, evidenciando
seu patrimônio de forma qualitativa e quantitativa.
Comentários
O Balanço Patrimonial representa uma posição estática, compreendendo todos os bens e direitos
(Ativo), as obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio Líquido da entidade em uma determinada
data.
Portanto, o item está certo, pois realmente o Balanço Patrimonial evidencia qualitativa e
quantitativamente a posição patrimonial e financeira da entidade em determinado período.
Gabarito: Certo

23. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) O balanço patrimonial


representa, quantitativa e qualitativamente, a posição financeira e patrimonial da entidade em
determinada data.
Comentários

O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil/financeira cuja finalidade reside na


apresentação da posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data,
evidenciando seu patrimônio de forma qualitativa e quantitativa.

Gabarito: Certo

24. (CESPE/Técnico em Contabilidade/PF/2004) O balanço patrimonial é a representação que


demonstra as origens e aplicações de recursos econômicos, ativo e passivo, respectivamente.
Comentários

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Para fixar! O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil/financeira cuja finalidade reside na
apresentação da posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, evidenciando
seu patrimônio de forma qualitativa e quantitativa.
O Balanço Patrimonial representa uma posição estática, compreendendo todos os bens e direitos
(Ativo), as obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio Líquido da entidade em uma determinada
data.
Só por curiosidade a representação que demonstra as origens e aplicações de recursos é a
Demonstração de Origens e Aplicações (DOAR). No entanto, esta demonstração foi substituída
pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC).
Gabarito: Errado

25. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) O objetivo do balanço patrimonial é evidenciar a


situação financeira e patrimonial da organização em determinada data, representando, desse
modo, uma posição dinâmica do negócio.
Comentários
Realmente o objetivo do balanço patrimonial é evidenciar a situação financeira e patrimonial da
organização em determinada data. No entanto, o BP representa uma posição estática,
compreendendo todos os bens e direitos (Ativo), as obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio
Líquido da entidade em uma determinada data.
Gabarito: Errado

26. (CESPE/Analista/Perito/Contabilidade/MPU/2010) Com base no que dispõe a legislação sobre


sociedades por ações, julgue o item subsequente.
No balanço patrimonial, as contas de passivo são classificadas em dois grupos: circulante e não
circulante. No grupo não circulante, inclui-se o patrimônio líquido.
Comentários
Conforme estudamos, o balanço possui a seguinte estrutura básica:

ATIVO PASSIVO

Circulante Circulante

Não Circulante
Não Circulante
Patrimônio Líquido

Observe que o Balanço Patrimonial compõe-se de duas colunas: uma para o ativo e outra para o
passivo. O ativo é subdividido em circulante e não circulante. O passivo, por sua vez, subdivide-se
em circulante e não circulante (passivo exigível) e patrimônio líquido (passivo não exigível).
Observe que a questão está errada, pois o patrimônio líquido não está incluído no passivo não
circulante.

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Gabarito: Errado

27. (CESPE/Técnico em Contabilidade/SUFRAMA/2014) A conta duplicatas a receber deverá ser


apresentada do lado esquerdo do balanço, acima da conta estoques, tendo em vista que aquela é
mais líquida que esta.
Comentários
Vamos analisar por partes:
A conta duplicatas a receber deverá ser apresentada do lado esquerdo do balanço...
Perfeito! Duplicatas a receber representa um direito e, portanto, é um ativo. Sabemos que o ativo
está no lado esquerdo do BP. Assim, até aqui o item está certo.
... acima da conta estoques, tendo em vista que aquela é mais líquida que esta.
Vimos que as contas do ativo são dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez. Estudamos
também que o grau de liquidez está associado ao prazo no qual os bens e direitos podem ser
transformados em dinheiro. Sendo assim, quanto menor o prazo, maior a liquidez e vice-versa.
N à à à à à à à à à à à à à à à
momento ela pode ser baixada, ou seja, o cliente efetuar o pagamento, convertendo-se em
à àJ à à à à ende da comercialização (se for uma empresa
à à à à à à à à à àL à à à à à
à à à à à à à àà
Gabarito: Certo

28. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) No ativo, as contas são classificadas em ordem


crescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados.
Comentários
Pessoal, típica questão que não podemos errar! Conforme estudamos, no ativo, as contas são
classificadas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados.
Gabarito: Errado

29. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade TRE-ES/2011) Em relação ao encerramento do


exercício social e às normas legais aplicáveis à contabilidade, julgue o próximo item.
A estrutura do balanço patrimonial obedece a regras rígidas, segundo as quais o grupo de
realizável a longo prazo não pode ser demonstrado depois do ativo permanente.
Comentários
Questão que exige conhecimentos do art. 178 da Lei n. 6.404/76.
Art. 178, § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos
elementos nelas registrados, nos seguintes grupos (...)

Assim, como a liquidez do ativo não circulante realizável a longo prazo é maior do que a do ativo
imobilizado, intangível e investimento (ativo permanente), aquele deve vir classificado antes no
balanço.

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Gabarito: Certo

30. (CESPE/Técnico em Contabilidade/PF/2004) A classificação dos ativos e passivos no balanço


patrimonial pelo critério de liquidez pressupõe que o valor dos ativos mais antigos venha em
primeiro lugar.
Comentários
Para fixar! A classificação dos ativos e passivos no balanço patrimonial pelo critério de liquidez
pressupõe que os ativos com maior liquidez sejam evidenciados antes dos demais.
Gabarito: Errado

31. (CESPE/AUFCE/Tribunal de Contas da União/2007) Relativamente ao balanço patrimonial e à


sua apresentação e composição, julgue os itens que se seguem.
Os adiantamentos a diretores, por conta da realização de despesas ainda não incorridas, que
constituam operações usuais da empresa, devem classificar-se no ativo circulante.
Comentários
Os adiantamentos a diretores constituem um direito da empresa sendo classificados no ativo
circulante. Traduzindo o item, o que ocorreu é o seguinte: a empresa possuía uma obrigação com
os diretores, por exemplo, salários. Assim, a empresa adianta o valor do salário a seus diretores,
realizando a despesa antes do fato gerador (trabalho dos diretores). É por isso que o item fala em
à à à à à àà
Gabarito: Certo

32. (CESPE/Contador/MTE/2014) Caso os passivos sejam pagos durante o ciclo operacional normal
da entidade, eles serão classificados como circulante.
Comentários
Questão interessante para fixarmos o entendimento a pouco estudado sobre o ciclo operacional.
Tanto os ativos como o passivo caso sejam pagos durante o ciclo operacional normal da entidade
serão classificados como circulante.
Destaca-se que, nos termos do CPC 26, o ciclo operacional da entidade é o tempo entre a aquisição
de ativos para processamento e sua realização em caixa ou seus equivalentes. Quando o ciclo
operacional normal da entidade não for claramente identificável, pressupõe-se que sua duração
seja de doze meses.
Gabarito: Certo

33. (CESPE/Contador/CADE/2014) As obrigações da companhia com terceiros devem ser


classificadas no passivo circulante ou no passivo não circulante, tomando-se como referência o
exercício social ou o ciclo operacional da empresa, se este tiver duração maior que o exercício
social.
Comentários

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Perceba que o CESPE vem sistematicamente exigindo essa questão do ciclo operacional. Portanto,
fique alerta! O item está perfeito! Como sabemos, as obrigações da companhia com terceiros
devem ser classificadas no passivo distinguindo-se em circulante e não circulante tendo como
referência o exercício social ou ciclo operacional, caso este tenha duração superior ao exercício
social.
Gabarito: Certo

34. (CESPE/Contador/CADE/2014) Os veículos de uma empresa automobilística destinados à


venda deverão ser classificados no ativo circulante, realizável a longo prazo ou imobilizado,
conforme o momento da alienação do bem.
Comentários
Perceba que a questão se refere a veículos destinadas à venda, ou seja, trata-se de estoques de
mercadorias. Nesse caso, não podemos confundir com os veículos utilizados nas atividades
operacionais da empresa, por exemplo, transporte de clientes (muito comum em concessionárias
de veículos na fase pós-venda). Portanto, como estamos nos referindo a estoques não há que se
falar em ativo imobilizado.
Gabarito: Errado

35. (CESPE/Agente Técnico de Inteligência/Contabilidade/2010) Participações em outras


empresas, caixa e equivalentes de caixa e imposto a recuperar são contas do ativo.
Comentários
Vamos classificar as contas:
Participações em outras empresas: representam direitos. Como derivam de eventos passados, a
entidade controla essas participações e se espera que resultem em benefícios econômicos futuros,
temos todas as condições exigidas para que a enquadremos como um ativo.
Caixa e equivalentes de caixa: representa bens monetários. Mais uma vez temos todas as
exigências para enquadrar como ativo (controle, futuro benefício econômico, derivado de eventos
passados).
Imposto a recuperar: representa um direito. Também se enquadra como ativo.
Gabarito: Certo

36. (CESPE/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de


Telecomunicações/Economia/2009)
Conta Valor (R$)
Impostos sobre lucro 12
Prejuízo acumulado após apuração do resultado do período 80
Despesa de salários 90
Telefone a pagar 120

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Despesa de combustíveis 120


Despesa de energia 219
Despesa de material 223
Encargos sobre folha de pagamento a recolher 320
Gastos com desenvolvimento de novos produtos 400
Reservas 430
Empréstimos a pagar 490
Salários a pagar 550
Aplicações financeiras 780
Ações de controladas e coligadas 800
Abatimento sobre vendas 880
Fornecedores de estoques 890
Impostos a recolher 890
Veículos e máquinas 1.100
Estoque de mercadorias para revenda 1.120
Custo das mercadorias vendidas 1.134
Disponibilidades 1.900
Duplicatas a receber em longo prazo 2.190
Duplicatas a pagar de longo prazo 2.310
Clientes 3.200
Receita bruta de vendas 3.450
Capital social 5.570
Com base no fragmento de balancete de verificação apresentado acima, é correto concluir que o
ativo circulante apurado corresponde a R$ 6.220.
Comentários
Vamos identificar as contas que compõem o ativo circulante:
Ativo Circulante
Aplicações financeiras 780
Estoque de mercadorias para revenda 1.120
Disponibilidades 1.900
Clientes 3.200
Total 7.000

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Gabarito: Errado

37. (CESPE/Agente Técnico de Inteligência/Contabilidade/2010) Julgue o item seguinte, a respeito


das práticas contábeis brasileiras e do balanço patrimonial.
O ativo não circulante inclui ativos realizáveis a longo prazo, investimentos, imobilizados e
intangíveis.
Comentários
Perfeito! O Ativo não circulante é subdividido em:
Ativo Realizável a Longo Prazo;
Investimentos;
Imobilizado;
Intangível.
Gabarito: Certo

38. (CESPE/Técnico Administrativo/PREVIC/2011) A companhia Alfa foi constituída em 1.º de abril


de 2010 mediante captação de recursos totais de R$ 80.000,00, dos quais R$ 50.000,00 foram
captados dos sócios, sob a forma de capital subscrito e integralizado no ato. O restante é oriundo
de terceiros, 30% a título de empréstimos de longo prazo e 70%, de curto prazo. Nesse mesmo
mês, um cliente fez um adiantamento correspondente a dois quintos do capital próprio. No mês da
constituição da empresa, foram realizados os seguintes investimentos: R$ 22.000,00 em máquinas
e equipamentos, sendo 50% à vista e o restante financiado em 16 parcelas iguais; R$ 12.000,00 em
ações para especulação; R$ 32.000,00 em mercadorias para revenda; R$ 20.000,00 de
empréstimos de curto prazo concedidos a terceiros; e o restante em despesas.
Com base na situação hipotética apresentada acima, julgue o item que se segue.
Em abril de 2010, a companhia Alfa apresentou R$ 64.000,00 de ativo circulante e R$ 22.000,00 de
ativo não circulante.
Comentários
Concentre-se no que a questão exige. Ela quer saber o valor do ativo circulante e do ativo não
circulante. Assim, classificando as contas em ativo circulante e não circulante temos:
Ativo Circulante 64.000,00
Mercadorias p/ revenda 32.000,00
Empréstimos Concedidos Terceiros 20.000,00
Investimento Ações para especulação 12.000,00

Ativo Não Circulante 22.000,00


Máquinas e Equipamentos 22.000,00
Mas, professor e os R$ 80.000,00 que entraram?

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Os R$ 80 mil entram no ativo, mas como teve os investimentos e o restante foi gasto com
despesas, esse valor fica zerado, senão vejamos:
Fato 1 - A companhia Alfa foi constituída em 1.º de abril de 2010 mediante captação de recursos
totais de R$ 80.000,00, dos quais R$ 50.000,00 foram captados dos sócios, sob a forma de capital
subscrito e integralizado no ato. O restante é oriundo de terceiros, 30% a título de empréstimos de
longo prazo e 70%, de curto prazo.
Nesse fato há uma entrada de R$ 80.000,00 no disponível (Caixa/Banco) da empresa e, em
contrapartida, há uma entrada no capital social de R$ 50.000,00, em empréstimos de curto prazo
no valor de R$ 21.000,00 e em empréstimos de longo prazo no valor de R$ 9.000,00. O lançamento
fica:
D Disponível ... 80.000,00
C Capital Social (PL)... 50.000,00
C Empréstimos a pagar curto prazo (PC)... 21.000,00 (70% do restante que é 30.000,00)
C Empréstimos a pagar longo prazo (PNC)... 9.000,00 (30% do restante que é 30.000,00)
Fato 2 - Nesse mesmo mês, um cliente fez um adiantamento correspondente a dois quintos do
capital próprio.
Efetuando o registro, temos:
D Disponível (caixa/banco)
C Adiantamento de Cliente (PC) ... 20.000,00
Fato 3 - No mês da constituição da empresa, foram realizados os seguintes investimentos: R$
22.000,00 em máquinas e equipamentos, sendo 50% à vista e o restante financiado em 16 parcelas
iguais; R$ 12.000,00 em ações para especulação; R$ 32.000,00 em mercadorias para revenda; R$
20.000,00 de empréstimos de curto prazo concedidos a terceiros; e o restante em despesas.
Efetuando os registros, temos:
D Máquinas e equipamentos (ANC)
C Disponível (caixa/banco) ... 11.000,00
C Financiamentos a pagar ... 11.000,00

D Investimentos - Ações p/ especulação (AC)


C Disponível (caixa/banco) ... 12.000,00

D Mercadorias (AC)
C Disponível (caixa/banco) ... 32.000,00
D Empréstimos Concedidos Terceiros (AC)
C Disponível (caixa/banco) ... 20.000,00

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D Despesas
C Disponível (caixa/banco) ... 25.000,00 (restante que sobrou do disponível)

Assim, perceba que o disponível ficou zerado:


Disponível = 80.000,00 + 20.000,00 - 11.000,00 - 12.000,00 - 32.000,00 - 20.000,00 - 25.000,00 =
0,00
Gabarito: Certo

39. (CESPE/Contador/CADE/2014) O ativo imobilizado pode, eventualmente, incluir bens


incorpóreos.
Comentários
Conforme estudamos, no ativo imobilizado são classificados os direitos que tenham por objeto
bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia
os benefícios, riscos e controle desses bens. Os bens incorpóreos são classificados no ativo
intangível. A legislação atual não prevê situações em que bens incorpóreos sejam classificados no
ativo imobilizado.
Gabarito: Errado

40. (CESPE/Contador/CADE/2014) Os veículos de uma empresa de transportes e movimentação


de valores que são utilizados para manutenção da atividade da empresa deverão ser classificados
como ativos não circulantes.
Comentários
Os veículos de uma empresa de transportes e movimentação de valores que são utilizados para
manutenção da atividade da empresa são ativos imobilizados, logo devem estão incluídos no ativo
não circulante. Lembre-se que o ativo não circulante engloba os seguintes subgrupos: ativo
realizável a longo prazo, investimento, imobilizado, e intangível.
Gabarito: Certo

41. (CESPE/Analista Processual/MEC/2014) No balanço patrimonial, as contas do ativo não


circulante incluem o fundo de comércio gerado internamente bem como os direitos que tenham
por objeto bens corpóreos destinados ou não à manutenção das atividades da empresa e bens
incorpóreos destinados à manutenção da companhia.
Comentários
Pessoal, o único erro da questão está em afirmar que o fundo de comércio gerado internamente é
classificado no ativo não circulante.
O valor pago na aquisição de uma entidade acima do seu valor patrimonial avaliado a valores de
mercado deverá ser registrado no grupo dos Ativos Intangíveis com o nome de Ágio Pago por
Expectativa de Rentabilidade Futura (Goodwill/Fundo de Comércio). Esse é o valor pago em

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função do nome, da reputação, da clientela sendo adquirida, do treinamento que essa empresa
teve com relação aos seus vendedores ou da sua capacidade produtiva, de inovação em
tecnologia, localização, fidelidade etc. Goodwill (fundo de comércio) gerado internamente não
pode ser contabilizado em nenhuma circunstância, somente o efetivamente adquirido de
terceiros, normalmente na compra de uma outra sociedade.
Gabarito: Errado

42. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência/Ciências Contábeis/2010) Empréstimos e


financiamentos, fornecedores, imposto de renda e contribuição social diferidos e outras
obrigações fiscais são contas classificáveis no passivo circulante.
Comentários
Vamos classificar as contas descritas no item:
Empréstimos e financiamentos: esta conta possui saldo credor, representando uma obrigação da
empresa. Como a questão não informa ser de longo prazo, presumimos ser de curto prazo e,
portanto, devemos classificá-la no passivo circulante.
Fornecedores: esta conta possui saldo credor, representando uma obrigação da empresa. Como a
questão não informa ser de longo prazo, presumimos ser de curto prazo e, portanto, devemos
classificá-la no passivo circulante.
Imposto de renda e contribuição social diferidos: esta conta possui saldo devedor, representando
um direito da empresa, com prazo a ser compensado nos próximos exercícios financeiros. Logo,
refere-se a um ativo e não a um passivo circulante.
Outras obrigações fiscais: esta conta possui saldo credor, representando obrigações da empresa.
Como a questão não informa ser de longo prazo, presumimos ser de curto prazo e, portanto,
devemos classificá-la no passivo circulante.
Gabarito: Errado

43. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) As obrigações exigíveis


com prazo para liquidação dentro do ciclo operacional da entidade devem ser classificadas no
grupo do passivo circulante.
Comentários
Mais uma vez o CESPE aborda a relação entre a classificação dos elementos patrimoniais e o ciclo
operacional da empresa.
Conforme estudamos, tanto os ativos como o passivo caso sejam pagos durante o ciclo operacional
normal da entidade serão classificados como circulante.
Destaca-se que, nos termos do CPC 26, o ciclo operacional da entidade é o tempo entre a aquisição
de ativos para processamento e sua realização em caixa ou seus equivalentes. Quando o ciclo
operacional normal da entidade não for claramente identificável, pressupõe-se que sua duração
seja de doze meses.
Gabarito: Certo

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44. (CESPE/Técnico em Contabilidade/SUFRAMA/2014) A tabela acima apresenta dados, em R$


mil, do balanço patrimonial da empresa XYZ S.A. (no exercício vigente).
Com base nessa tabela, na legislação societária e nos critérios de elaboração das demonstrações
contábeis, julgue o item seguinte.
Os empréstimos de curto prazo serão pagos antes de findo o exercício social corrente.
Comentários
Segundo a Lei n. 6.404/76,
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do
ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício
seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o
disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei.

Como os empréstimos de curto prazo são classificados no passivo circulante eles terão que ser
pagos até o fim do exercício seguinte.

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Gabarito: Errado

45. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) O balanço patrimonial é composto pelo ativo,


pelo passivo e pelo patrimônio líquido. Considerando-se que o ativo e o passivo sejam divididos em
circulante e não circulante, é correto afirmar que as obrigações que vencerem após o término do
exercício social seguinte deverão ser classificadas no passivo não circulante.
Comentários
Perfeito! Conforme estudamos, o BP é composto pelo ativo, passivo e patrimônio líquido. Vimos,
ainda, que tanto o ativo como o passivo são subdivididos em circulante e não circulante. Por fim, a
última parte do item também está certa, pois as obrigações que vencerem após o término do
exercício social seguinte deverão ser classificadas no passivo não circulante.
Gabarito: Certo

46. (CESPE/Especialista/Contador/Telebrás/2013) As obrigações com prazo original de cinco anos,


cuja liquidação é prevista para seis meses após a data do balanço, devem ser classificadas no
passivo não circulante.
Comentários
Questão importante para abordarmos o disposto no CPC 26 (R1) sobre a classificação dos passivos
financeiros em circulante. Referido Pronunciamento estabelece o seguinte:

A entidade deve classificar os seus passivos financeiros como circulantes quando a sua
liquidação estiver prevista para o período de até doze meses após a data do balanço,
mesmo que:
(a) o prazo original para sua liquidação tenha sido por período superior a doze meses; e
(b) um acordo de refinanciamento, ou de reescalonamento de pagamento a longo prazo
seja completado após a data do balanço e antes de as demonstrações contábeis serem
autorizadas para sua publicação.

Observe que a entidade deve classificar seus passivos financeiros como circulante quando a sua
liquidação estiver prevista para o período de até doze meses após a data do balanço, mesmo que o
prazo original para sua liquidação tenha sido por período superior a doze meses. Portanto, a data
da liquidação se sobrepõe ao prazo original, aplicação da essência sobre a forma.
Corrigindo o item:
As obrigações com prazo original de cinco anos, cuja liquidação é prevista para seis meses após a
data do balanço, devem ser classificadas no passivo circulante.
Nesse caso o que importa não é o prazo original de 5 anos, mas sim a data da liquidação, prevista
para 6 meses após a data do balanço.
Gabarito: Errado

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47. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) O grupo do patrimônio líquido, que representa


o valor residual entre o ativo e o passivo, inclui as contas capital social, reservas de capital, ajustes
de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
Comentários
Realmente o PL é representado pelo valor residual entre o ativo e o passivo. Ademais, todas as
contas citadas no item compõem o PL.
Gabarito: Certo

48. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TC-DF/2014) Com relação às contas, aos métodos e às


operações contábeis, julgue o item seguinte.
A conta ágio na emissão de ações é uma conta de reserva de capital, integrante do patrimônio
líquido, sendo creditada quando o valor captado na emissão de ações supera o preço de oferta ou
supera o valor de registro das ações que compõem o capital social.
Comentários
Conforme estudamos, as Reservas de Capital são valores recebidos pela empresa de sócios ou
terceiros que não transitam pelo resultado do exercício. São contabilizadas diretamente no PL,
ficando acumuladas para utilização posterior.
São classificadas como reservas de capital as contas que registrarem (art. 182, Lei nº 6.404/76):
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de
emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do
capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
Oà à à à à à à Reserva para ágio na emissão de ações
O ágio na emissão de ações corresponde ao valor da contribuição do subscritor que ultrapassar o
valor nominal das ações. Assim, essa conta deverá ser creditada quando o valor captado na
emissão de ações supera o preço de oferta ou supera o valor de registro das ações que compõem o
capital social.
Do exposto percebe-se que o item está certo.
Gabarito: Certo

49. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) De acordo com o pronunciamento técnico do


Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) referente à apresentação das demonstrações
contábeis, o valor da participação de não controladores destacado dentro do patrimônio líquido e
o valor de instrumentos financeiros disponíveis para venda são exemplos de informações
apresentadas no balanço patrimonial.
Comentários
Segundo o CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis, as seguintes contas devem
ser apresentadas no Balanço Patrimonial:

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a) caixa e equivalentes de caixa;


b) clientes e outros recebíveis;
c) estoques;
d) ativos financeiros;
e) total de ativos classificados como disponíveis ou à disposição para venda;
f) ativos biológicos;
g) investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial;
h) propriedades para investimento;
i) imobilizado;
j) intangível;
k) contas a pagar comerciais e outras;
l) provisões;
m) obrigações financeiras;
n) obrigações e ativos relativos à tributação corrente;
o) impostos diferidos ativos e passivos;
p) obrigações associadas a ativos à disposição para venda;
q) participação de não controladores apresentada de forma destacada dentro do patrimônio
líquido; e
r) capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis aos proprietários da entidade.
Observe que além daquelas contas previstas pela Lei n. 6.404/76 (Capital Social; Reservas de
Capital; Ajustes de Avaliação Patrimonial; Ações em Tesouraria; Reservas de Lucros; Prejuízos
Acumulados), O CPC 26 prevê ainda que no PL deve constar, de forma destacada, a participação de
não controladores.
Gabarito: Certo

50. (CESPE/Agente Oficial de Inteligência/Contabilidade/ABIN/2010) A reserva legal e a reserva


estatutária compõem o patrimônio líquido, e a reserva especial para dividendo obrigatório compõe
o passivo exigível.
Comentários
Pessoal, para simplificar na hora da sua prova: falou em reservas, relacione com PL. Todas as
reservas são classificadas no PL.
Gabarito: Errado

51. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) A finalidade da reserva


legal é garantir a integridade do capital social, não podendo ser distribuída como dividendos.

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Comentários
Pessoal, a reserva legal é a mais importante reserva de lucros. Saiba o seguinte:
Finalidade: assegurar a integridade do capital social.
Forma de Utilização: somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o
capital social.
Gabarito: Certo

52. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) Na conta ações em


tesouraria, de natureza devedora, são registradas as aquisições de ações de emissão da própria
empresa.
Comentários
Lembre-se:
Ações em Tesouraria
Trata-se de uma conta do PL utilizada quando a empresa adquire as suas próprias ações, com o
objetivo de elevar o preço delas e realizar no futuro uma nova venda, de forma a obter lucro na
transação. Também tem o objetivo de concentrar as ações, quando estas estão muito pulverizadas
nas mãos de um grande número de acionistas.
Cabe destacar que na aquisição de ações em tesouraria a empresa não pode adquirir ações não
integralizadas, o que resultaria em diminuição do capital social.
Nos termos do art. 182, §5º, da Lei nº 6.404/76, as ações em tesouraria deverão ser destacadas no
balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos
aplicados na sua aquisição. Trata-se, portanto, de uma conta redutora do PL, portanto, de
natureza devedora.
Destaca-se, ainda, que o limite do saldo da conta ações em tesouraria é o saldo de lucros
acumulados e reservas, exceto a reserva legal.
Por fim, devemos saber que a alienação de ações em tesouraria pode gerar lucro ou prejuízo para
a empresa, não representando receitas ou despesas. No caso de lucro a empresa deverá creditá-lo
em reservas de capital (semelhante ao que ocorre com o ágio na emissão de ações). Se houver
prejuízo, deverá debitá-lo em reservas de capitais.
Gabarito: Certo

53. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) O ajuste a valor justo de


itens do ativo e do passivo, enquanto não transitar pelo resultado do exercício, deve ser registrado,
em respeito ao regime de competência, na conta ajustes de avaliação patrimonial.
Comentários
Lembre-se:

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Ajustes de Avaliação Patrimonial


Segundo o art. 182, §3º da Lei 6.404/76, serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial,
enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do
passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo.
Os ajustes de avaliação patrimonial tem como contrapartida o ajuste de instrumentos financeiros
disponíveis para venda e os valores de mercado dos Ativos e Passivos nas reorganizações
societárias (incorporação, fusão e Cisão).
Em regra, os valores registrados nessa conta deverão ser transferidos para o resultado do exercício
à medida que os ativos e passivos forem sendo realizados.
Gabarito: Certo

54. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCE-ES/Ciências Contábeis/2012)


Caixa e equivalentes de caixa 100
Duplicatas a receber 100
Duplicatas descontadas 40
Estoques 300
Instalações e equipamentos 200
Depreciação acumulada 50
Fornecedores 180
Empréstimos bancários circulantes 90
Tributos a recolher 100
Financiamentos de longo prazo 210
Vendas brutas 1.000
Impostos sobre vendas 260
Custo da mercadoria vendida 300
Despesas operacionais 180
Considerando a tabela acima, em que são apresentados os dados hipotéticos, em $, de
determinada empresa, e que a alíquota do IR e a contribuição sobre o lucro líquido dessa empresa
sejam de 34%, sendo estes os únicos dados significativos para fins de levantamento de balanço e
apuração do resultado do exercício, julgue o item seguinte.
O ativo total dessa empresa soma $ 610.
Comentários
Vamos identificar as contas do Ativo:

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Ativo Circulante 500


Caixa e equivalentes de caixa 100
Duplicatas a receber 100
Estoques 300
Ativo Não Circulante 150
Instalações e equipamentos 200
Depreciação acumulada (50)
Total 650
Logo, o ativo total dessa empresa soma $ 650.
Gabarito: Errado

55. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/TCE-ES/2013/Adaptada) No final do


exercício, determinada entidade contábil levantou os seguintes saldos e estimativas (em R$ mil)
para elaborar as demonstrações contábeis:
Caixa e equivalentes de caixa 500
Provisão para crédito de liquidação duvidosa 700
Reserva de capital 2.000
Impostos passivos diferidos 3.000
Despesas antecipadas 6.000
Provisão pendências judiciais (trabalhista) 7.000
Ações em tesouraria 8.000
Receitas antecipadas 9.000
Passivo contingente (pendências judiciais) 10.000
Amortização acumulada 10.300
Fornecedores 14.000
Mercadorias 14.500
Depreciação acumulada 21.000
Marcas e patentes 22.000
Clientes 24.000
Financiamento longo prazo 27.000
Participações permanentes em coligadas 33.000
Máquinas e equipamentos 62.000
Capital social 76.000

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Com base nos dados da tabela, o valor do patrimônio líquido é R$ 10.000.000,00 superior ao valor
do passivo exigível.
Comentários
Estruturando o Balanço Patrimonial temos:

Balanço Patrimonial (em R$ mil)


Ativo Circulante 44.300 Passivo Circulante 33.000
Caixa e equivalentes de caixa 500 Fornecedores 14.000
Provisão pendências
Clientes 24.000 7.000
judiciais (trabalhista)
Provisão para crédito de
(700) Receitas antecipadas 9.000
liquidação duvidosa
Mercadorias 14.500 Impostos passivos diferidos 3.000
Despesas antecipadas 6.000
Passivo Não Circulante 27.000
Ativo Não Circulante 85.700 Financiamento longo prazo 27.000
Investimentos 33.000
Participações permanentes em
33.000
coligadas
Imobilizado 41.000 Patrimônio Líquido 70.000
Máquinas e equipamentos 62.000 Capital social 76.000
Depreciação acumulada (21.000) Ações em tesouraria (8.000)
Intangível 11.700 Reserva de capital 2.000
Marcas e patentes 22.000
Amortização acumulada (10.300)
Total do Ativo 130.000 Total do Passivo + PL 130.000
Observação: Não evidenciamos os passivos contingentes no Balanço Patrimonial. Devem ser evidenciados em notas explicativas.

Observe que o passivo exigível foi de R$ 60.000.000,00 e o patrimônio líquido de R$ 70.000.000,00.


Logo, o valor do patrimônio líquido é R$ 10.000.000,00 superior ao valor do passivo exigível.
Gabarito: Certo

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56. (CESPE/Analista/Controle Interno/MPU/2010) Julgue o item a seguir, que versa sobre


demonstrações contábeis.
No balanço patrimonial, classificam-se as contas 13º a pagar (credora) no grupo passivo, e os
créditos de funcionários (devedora) e ações em tesouraria (devedora) no grupo ativo.
Comentários
Classificando as contas temos:

Conta Natureza Classificação

13º a pagar Credora Passivo (obrigação)

Créditos de Funcionários Devedora Ativo (direito)

Ações em Tesouraria Devedora Patrimônio Líquido

Gabarito: Errado

57. (CESPE/Técnico Judiciário/Contabilidade TRE-ES/2011) Na relação de contas acima, somente


três pertencem ao passivo circulante.

CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA p/ POLÍCIA FEDERAL 60


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Comentários
Classificando as contas temos:

Conta Classificação

Aplicação financeira de liquidez imediata Ativo

Clientes Ativo

Compras Ativo

Depreciação acumulada Redutora do ativo

Duplicatas descontadas (longo prazo) Passivo não circulante

FGTS a recolher Passivo circulante

Fornecedores Passivo circulante

Impostos a recuperar Ativo

Marcas e patentes Ativo

Participações em outras empresas Ativo

Receita diferida Passivo circulante

Reserva legal Patrimônio líquido

Observe que realmente somente três contas pertencem ao passivo circulante.


Gabarito: Certo

58. (CESPE/Técnico Judiciário/Contabilidade TRE-ES/2011) Na relação de contas acima, apenas


duas são classificadas no patrimônio líquido.
Comentários
Classificando as contas temos:

Conta Classificação

Aplicação financeira de liquidez imediata Ativo

Clientes Ativo

Compras Ativo

CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA p/ POLÍCIA FEDERAL 61


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Depreciação acumulada Redutora do ativo

Duplicatas descontadas (longo prazo) Passivo não circulante

FGTS a recolher Passivo circulante

Fornecedores Passivo circulante

Impostos a recuperar Ativo

Marcas e patentes Ativo

Participações em outras empresas Ativo

Receita diferida Passivo circulante

Reserva legal Patrimônio líquido

Observe que apenas uma conta pertence ao patrimônio líquido.


Gabarito: Errado

59. (CESPE/Técnico Judiciário/Contabilidade TRE-ES/2011) Na relação de contas acima, apenas


uma pertence ao grupo resultados.
Comentários
Nenhuma conta é de resultado, todas são patrimoniais, ou seja, pertencem ao ativo, passivo ou PL.
Lembrando que contas de resultado envolvem despesas e receitas.
Gabarito: Errado

60. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2004) Os livros obrigatórios de uma empresa comercial


incluem o balanço patrimonial, que registra as contas de ativo, passivo e patrimônio líquido.
Comentários
Pessoal, para finalizar essa aula, deixo essa questão que compõe a série N
feliz ! E ser Agente da PF também 
O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil e não um livro!
Gabarito: Errado

Questão-Desafio
Pessoal, a seguir temos uma questão discursiva que exige conhecimentos de alguns pontos vistos
na nossa aula (o item 4 será estudado oportunamente). Tente resolvê-la antes de ver o padrão de
resposta.

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61. (Fundação Dom Cintra/Contabilidade/MAPA/2010) Redigir um texto, no mínimo de 20 e no


máximo de 30 linhas, sobre o tema:
A ões com o advento das Leis 11.638/07 e

Para o desenvolvimento do tema, divida o texto em 4 parágrafos, abordando o que se propõe nos
itens abaixo:
1) caracterização das mudanças ocorridas no art. 176 da Lei 6.404 (demonstrações contábeis). (2,5
pontos)

2) caracterização da situação anterior e da situação atual do ativo permanente. (2,5 pontos)


3) a situação atual do ativo diferido. (2,5 pontos)
4) as mudanças no Art. 183 (critérios de avaliação do ativo) com relação aos Ativos de longo prazo
e ao Intangível. (2,5 pontos)
Comentários
Vejamos o padrão de resposta divulgado pela banca:

A Lei 11.638, que alterou a Lei 6.404, postulou a nova redação do Art. 176
(Demonstrações Contábeis), de forma que a redação atual da Lei 6.404 ficou com as
à à IVà- demonstração dos fluxos de caixa; e V se companhia aberta,
à à à à áà à à à à à IVà -
à à à à à à
A situação atual caracteriza o patrimônio líquido, dividindo-o em capital social, reservas
de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e
prejuízos acumulados. Por sua vez, a redação anterior dividia o patrimônio líquido em
capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou
prejuízos acumulados.
áàL à à à à à à à à à à à artigo 299-A,
acrescentado à Lei das S.A. estabelece que o saldo existente no ativo diferido em
31.12.08 e que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas,
poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização,
sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o artigo 183, § 3º, da Lei das S.A.
A legislação societária dispõe no art. 183 (critérios de avaliação do ativo) que os Ativos
de longo prazo devem ser ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados
quando houver efeito relevante. Por sua vez, o Intangível deve ser avaliado pelo custo
incorrido na aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de amortização.

Sinceramente não entendi o 2º parágrafo do padrão de resposta, pois refere-se somente ao PL e


à à à à àC à àM àL à Q à àD à à à à à
questão bem elaborada, pois exige conhecimentos das mudanças que aconteceram na
Contabilidade nos últimos anos.
Pessoal, a seguir temos uma proposta de padr à à à à à à à à
oficial.

CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA p/ POLÍCIA FEDERAL 63


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Proposta de Solução
Com o alinhamento da Ciência Contábil brasileira aos padrões internacionais importantes
inovações foram inseridas na legislação societária por meio das Leis 11.638/07 e 11.941/09.
Um primeiro ponto a ser destacado é a nova redação do Art. 176 (Demonstrações Contábeis) que
inovou ao inserir duas novas demonstrações no rol do supracitado artigo, quais sejam: a
demonstração dos fluxos de caixa e a demonstração do valor adicionado, esta última de
obrigatoriedade apenas às companhias abertas. Ademais, a demonstração das origens e aplicações
de recursos foi suprimida e passou a ser facultativa.
Outro ponto de fortes mudanças foi o ativo permanente. Esse grupo foi eliminado e seus
componentes foram classificados dentro do Ativo Não Circulante. Atualmente esse grupo se
subdivide em três subgrupos: Imobilizado, Investimentos e Intangível. Desse modo, contas como
marcas, patentes, concessões, direitos autorais e não autorais antes classificados no Imobilizado
passam a ser classificados no novo subgrupo Intangível.
No que se refere ao ativo diferido, cabe destacar que a Lei 11.941/09 extinguiu esse grupo, sendo
que o artigo 299-A, acrescentado à Lei das S.A., estabelece que o saldo existente no ativo diferido
em 31.12.08 e que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá
permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a
recuperação de que trata o artigo 183, § 3º, da Lei das S.A.
Por fim, quanto aos critérios de avaliação dos ativos de longo prazo e dos intangíveis, a legislação
societária dispõe que os ativos de longo prazo devem ser ajustados a valor presente, sendo os
demais ajustados quando houver efeito relevante. Por sua vez, o Intangível deve ser avaliado pelo
custo incorrido na aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de amortização.

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4 LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS


1. (ESAF/AFRFB/2012) O conjunto completo das demonstrações contábeis exigidas pelas Normas
Brasileiras de Contabilidade inclui
a) o relatório do Conselho de Administração e as Notas Explicativas, compreendendo um resumo
das políticas contábeis significativas.
b) o resumo das políticas Contábeis e o Valor Adicionado obrigatoriamente a todos os tipos de
entidade.
c) a Demonstração do Valor Adicionado, se entidade prestadora de serviços, e de Resultado
Abrangente, se instituição financeira.
d) as Demonstrações dos Fluxos de Caixa e das Mutações do Patrimônio Líquido do período.
e) a Demonstração da Conta Lucros / Prejuízos Acumulados e o Relatório de Impacto Ambiental.
2. (FCC/ISS-Recife/2014) Uma entidade adquiriu 10 apartamentos, em um prédio ao lado de sua
fábrica, por R$ 500.000,00 cada. Esses apartamentos são alugados para funcionários da entidade
que são originalmente, de fora do estado. No balanço Patrimonial dessa entidade , os
apartamentos devem ser evidenciados no subgrupo.
a) Ativo circulante
b) ativo realizável a longo prazo
c) investimentos
d) Imobilizado;
e) Patrimônio líquido
3. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) São características necessárias para a
identificação de um ativo Intangível
a) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível.
b) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração de seu custo não
possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial.
c) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros.
d) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada.
e) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais.
4. (CESPE/Analista Contábil/MEC/2014) Se uma sociedade anônima tem o capital subscrito
representado pelas contas capital autorizado e capital a subscrever, então, quando ocorrer uma
subscrição de ações, essa sociedade anônima deverá fazer um lançamento contábil a crédito da
conta capital a subscrever, classificada no patrimônio líquido.
5. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/2010) Deixou de ser uma reserva de capital a partir da
vigência da Lei nº 11.638/2007 a Reserva
a) de Alienação de Bônus de Subscrição.

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b) de Prêmio na Emissão de Debêntures.


c) para Contingências.
d) para pagamento de Dividendo Obrigatório.
e) de Ágio na Emissão de Ações.
6. (FUNDATEC/Auditor do Estado/CAGE-RS/Reaplicação/2014) De acordo com a Lei nº 6.404/76,
com redação dada pela Lei nº 11.638/07, a conta ajustes de avaliação patrimonial pertence ao
patrimônio líquido e recebe as contrapartidas de
a) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo Permanente, em decorrência
da sua avaliação pela equivalência patrimonial.
b) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência
da sua avaliação pelo valor de mercado.
c) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência
da sua avaliação a valor justo.
d) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do passivo circulante, em decorrência
da precificação dos derivativos a valor de mercado.
e) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos das dívidas em moeda estrangeira,
em decorrência da variação cambial conjuntural.
7. (FCC/Analista/Controle Interno/MPU/2007) A Cia. Viva Bem apresentou, no exercício findo em
31/12/2005, lucro líquido do exercício no valor de R$ 220.000,00. No Balanço Patrimonial de
31/12/2004, o seu capital social integralizado e a reserva legal montavam a, respectivamente, R$
700.000,00 e R$ 140.000,00. Em 2005, houve um aumento de capital da companhia, totalmente
integralizado pelos acionistas, no valor de R$ 50.000,00. De acordo com a legislação comercial, a
companhia deve constituir acréscimo da reserva legal, relativo ao exercício findo em 2005, no
valor, em R$, de
a) 22.000,00
b) 15.500,00
c) 12.500,00
d) 11.000,00
e) 10.000,00
8. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT2/2008) Considere as informações abaixo, extraídas
da contabilidade da Cia. Carandiru, relativas ao exercício findo em 31/12/2007.
Lucro líquido do exercício ................................................. 520.000,00
Resultado positivo na equivalência patrimonial ..................... 270.000,00
Acréscimo à reserva legal ................................................... 26.000,00
Reversão de reservas para contingências .............................. 14.000,00
Lucro com realização financeira a ocorrer em 2009 .................20.000,00

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O estatuto da companhia é omisso com relação ao pagamento de dividendos. De acordo com o


disposto nos artigos 197 e 202 da Lei das Sociedades por Ações, ela poderá constituir, nesse
exercício, reserva de lucros a realizar no valor, em R$, de
a) 40.000,00.
b) 36.000,00.
c) 30.000,00.
d) 24.000,00.
e) 18.000,00.
9. (CESPE/Analista Contábil/MEC/2014) As debêntures são títulos negociáveis registrados no
passivo circulante, ou no não circulante da empresa emitente, e podem conceder ao seu detentor
o direito à participação nos lucros.
10. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRT4/2011) Em conformidade com a ICPC-08, os
dividendos
a) declarados, após o período contábil e antes da aprovação pela assembléia dessas
demonstrações, devem ser reconhecidos no passivo como dividendos a pagar.
b) que forem declarados pela assembléia geral, ou declarados e pagos, de acordo com as
formalidades previstas no estatuto social, quando não pagos devem figurar no passivo da entidade
como uma obrigação.
c) mínimos obrigatórios devem ser registrados como uma obrigação, na data do encerramento do
exercício social a que se referem as demonstrações contábeis.
d) adicionais ao mínimo obrigatório devem ser todos contabilizados no passivo.
e) decorrentes de distribuição de resultado, após a data do balanço e antes da data da autorização
de emissão dessas demonstrações, não gerará registro no passivo da entidade na data do balanço.
11. (COPS UEL/Auditor Fiscal/SEAP-PR/2012) Uma empresa, ao contabilizar o reconhecimento
de um produto ou de um serviço adquirido em transação com pagamento em ações liquidadas em
instrumentos patrimoniais, deve contabilizar em contrapartida a uma conta do
a) Ativo Circulante.
b) Ativo Não Circulante.
c) Passivo Circulante.
d) Patrimônio Líquido.
e) Resultado.
12. (FCC/Prefeitura de São Paulo/2010) A Cia. Acionária resolveu aumentar seu capital social
mediante emissão de 10.000 novas ações, cujo valor nominal é de R$ 1,00. Devido às condições de
mercado, as ações foram negociadas a R$ 1,50, à vista. Para a emissão das ações a Cia. Acionária
incorreu em custos de R$ 500,00. A Cia. Acionária reconheceu um aumento de:
a) capital social no valor de R$ 10.000,00.

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b) capital social no valor de R$ 9.500,00.


c) capital social no valor de R$ 15.000,00.
d) patrimônio líquido no valor de R$ 15.000,00.
e) reservas de lucros no valor de R$ 5.000,00.
13. (CESPE/TJ-RR/2012) Considere que a Cia Alfa tenha fechado o seu balanço patrimonial, em
USD, em 31/12/X2, com os saldos constantes da tabela a seguir:

Nesse caso, se o capital social foi integralizado em 1º/1/X2, cuja taxa de câmbio era de $ 1,50, se o
valor relativo à conversão do resultado do exercício foi de $ 3.500,00 e se a taxa de fechamento do
câmbio na data do balanço (31/12/X2) era de $ 2,00, então, após a conversão do balanço
patrimonial, o saldo relativo ao ajuste acumulado de conversão, nesse exercício, foi de $
10.500,00.
14. (CESPE/Auditor do Estado/CAGE-RS/2018) Na elaboração do balanço patrimonial relativo ao
exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2017, determinada sociedade anônima adotou
os procedimentos a seguir.
I O resultado positivo do período foi apresentado em uma conta específica do patrimônio líquido,
denominada lucros ou prejuízos acumulados.
II Para fins de avaliação contábil, considerou-se o valor justo das matérias-primas como o preço
pelo qual esses ativos poderiam ter sido vendidos pela empresa na data do balanço.
III Os saldos devedores e credores em que não havia direito de compensação foram apresentados
separadamente.
IV As doações e subvenções para investimentos foram classificadas no patrimônio líquido como
reservas de capital.

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V As ações em tesouraria foram apresentadas no balanço retificando a conta de patrimônio líquido


que registrava a origem dos recursos utilizados na sua aquisição.
Estão em conformidade com o disposto na legislação societária apenas os procedimentos
constantes dos itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e V.
e) IV e V.
15. (CESPE/Auditor do Estado/CAGE-RS/2018) Na auditoria em investimentos de controladas,
coligadas e de empreendimentos em conjunto, os ajustes de avaliação patrimonial ocorrem na
área do
a) fluxo de caixa.
b) ativo.
c) passivo.
d) patrimônio líquido.
e) ativo diferido.
16. (CESPE/Auditor de Contas Públicas/TCE-PB/Adaptada/2018) A Lei n. 11.638/2007, que
introduziu alterações na forma de elaboração e de apresentação das demonstrações contábeis das
companhias, determinou a adoção do procedimento de redução ao valor recuperável dos ativos.
17. (CESPE/Auditor de Contas Públicas/TCE-PB/Adaptada/2018) A Lei n.º 11.638/2007, que
introduziu alterações na forma de elaboração e de apresentação das demonstrações contábeis das
companhias, determinou a proibição do uso da conta de lucros ou prejuízos acumulados.
18. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência/ABIN/2018) A parcela do lucro líquido decorrente de
doações ou subvenções governamentais para investimentos poderá ser destinada para a
constituição da reserva de incentivos fiscais, e deverá ser incluída na base de cálculo do dividendo
obrigatório.
19. (CESPE/Analista Administrativo/Contabilidade/EBSERH/2018) A utilização de ações
disponíveis em tesouraria para a captação de caixa por meio do ingresso de novos acionistas não
controladores na entidade constitui um tipo de receita.
20. (CESPE/Contador/DPU/2016) As ações em tesouraria representam as ações da companhia que
são adquiridas pela própria sociedade e devem ser registradas no patrimônio líquido, em conta
credora, de modo a aumentar, assim, o valor do capital social.
21. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) Um conjunto completo das demonstrações
contábeis compreende o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício, a
demonstração do resultado abrangente, a demonstração das mutações do patrimônio líquido, a
demonstração dos fluxos de caixa, a demonstração do valor adicionado, quando exigida
legalmente, e as notas explicativas.

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22. (CESPE/Contador/MJ/2013) O balanço patrimonial demonstra a composição qualitativa do


patrimônio da entidade.
O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil/financeira cuja finalidade reside na
apresentação da posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, evidenciando
seu patrimônio de forma qualitativa e quantitativa.
23. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) O balanço patrimonial
representa, quantitativa e qualitativamente, a posição financeira e patrimonial da entidade em
determinada data.
24. (CESPE/Técnico em Contabilidade/PF/2004) O balanço patrimonial é a representação que
demonstra as origens e aplicações de recursos econômicos, ativo e passivo, respectivamente.
25. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) O objetivo do balanço patrimonial é evidenciar a
situação financeira e patrimonial da organização em determinada data, representando, desse
modo, uma posição dinâmica do negócio.
26. (CESPE/Analista/Perito/Contabilidade/MPU/2010) Com base no que dispõe a legislação sobre
sociedades por ações, julgue o item subsequente.
No balanço patrimonial, as contas de passivo são classificadas em dois grupos: circulante e não
circulante. No grupo não circulante, inclui-se o patrimônio líquido.
27. (CESPE/Técnico em Contabilidade/SUFRAMA/2014) A conta duplicatas a receber deverá ser
apresentada do lado esquerdo do balanço, acima da conta estoques, tendo em vista que aquela é
mais líquida que esta.
28. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) No ativo, as contas são classificadas em ordem
crescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados.
29. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade TRE-ES/2011) Em relação ao encerramento do
exercício social e às normas legais aplicáveis à contabilidade, julgue o próximo item.
A estrutura do balanço patrimonial obedece a regras rígidas, segundo as quais o grupo de
realizável a longo prazo não pode ser demonstrado depois do ativo permanente.
30. (CESPE/Técnico em Contabilidade/PF/2004) A classificação dos ativos e passivos no balanço
patrimonial pelo critério de liquidez pressupõe que o valor dos ativos mais antigos venha em
primeiro lugar.
31. (CESPE/AUFCE/Tribunal de Contas da União/2007) Relativamente ao balanço patrimonial e à
sua apresentação e composição, julgue os itens que se seguem.
Os adiantamentos a diretores, por conta da realização de despesas ainda não incorridas, que
constituam operações usuais da empresa, devem classificar-se no ativo circulante.
32. (CESPE/Contador/MTE/2014) Caso os passivos sejam pagos durante o ciclo operacional normal
da entidade, eles serão classificados como circulante.
33. (CESPE/Contador/CADE/2014) As obrigações da companhia com terceiros devem ser
classificadas no passivo circulante ou no passivo não circulante, tomando-se como referência o
exercício social ou o ciclo operacional da empresa, se este tiver duração maior que o exercício
social.

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34. (CESPE/Contador/CADE/2014) Os veículos de uma empresa automobilística destinados à


venda deverão ser classificados no ativo circulante, realizável a longo prazo ou imobilizado,
conforme o momento da alienação do bem.
35. (CESPE/Agente Técnico de Inteligência/Contabilidade/2010) Participações em outras
empresas, caixa e equivalentes de caixa e imposto a recuperar são contas do ativo.
36. (CESPE/Especialista em Regulação de Serviços Públicos de
Telecomunicações/Economia/2009)
Conta Valor (R$)
Impostos sobre lucro 12
Prejuízo acumulado após apuração do resultado do período 80
Despesa de salários 90
Telefone a pagar 120
Despesa de combustíveis 120
Despesa de energia 219
Despesa de material 223
Encargos sobre folha de pagamento a recolher 320
Gastos com desenvolvimento de novos produtos 400
Reservas 430
Empréstimos a pagar 490
Salários a pagar 550
Aplicações financeiras 780
Ações de controladas e coligadas 800
Abatimento sobre vendas 880
Fornecedores de estoques 890
Impostos a recolher 890
Veículos e máquinas 1.100
Estoque de mercadorias para revenda 1.120
Custo das mercadorias vendidas 1.134
Disponibilidades 1.900
Duplicatas a receber em longo prazo 2.190
Duplicatas a pagar de longo prazo 2.310
Clientes 3.200
Receita bruta de vendas 3.450
Capital social 5.570

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Com base no fragmento de balancete de verificação apresentado acima, é correto concluir que o
ativo circulante apurado corresponde a R$ 6.220.
37. (CESPE/Agente Técnico de Inteligência/Contabilidade/2010) Julgue o item seguinte, a respeito
das práticas contábeis brasileiras e do balanço patrimonial.
O ativo não circulante inclui ativos realizáveis a longo prazo, investimentos, imobilizados e
intangíveis.
38. (CESPE/Técnico Administrativo/PREVIC/2011) A companhia Alfa foi constituída em 1.º de abril
de 2010 mediante captação de recursos totais de R$ 80.000,00, dos quais R$ 50.000,00 foram
captados dos sócios, sob a forma de capital subscrito e integralizado no ato. O restante é oriundo
de terceiros, 30% a título de empréstimos de longo prazo e 70%, de curto prazo. Nesse mesmo
mês, um cliente fez um adiantamento correspondente a dois quintos do capital próprio. No mês da
constituição da empresa, foram realizados os seguintes investimentos: R$ 22.000,00 em máquinas
e equipamentos, sendo 50% à vista e o restante financiado em 16 parcelas iguais; R$ 12.000,00 em
ações para especulação; R$ 32.000,00 em mercadorias para revenda; R$ 20.000,00 de
empréstimos de curto prazo concedidos a terceiros; e o restante em despesas.
Com base na situação hipotética apresentada acima, julgue o item que se segue.
Em abril de 2010, a companhia Alfa apresentou R$ 64.000,00 de ativo circulante e R$ 22.000,00 de
ativo não circulante.
39. (CESPE/Contador/CADE/2014) O ativo imobilizado pode, eventualmente, incluir bens
incorpóreos.
40. (CESPE/Contador/CADE/2014) Os veículos de uma empresa de transportes e movimentação
de valores que são utilizados para manutenção da atividade da empresa deverão ser classificados
como ativos não circulantes.
41. (CESPE/Analista Processual/MEC/2014) No balanço patrimonial, as contas do ativo não
circulante incluem o fundo de comércio gerado internamente bem como os direitos que tenham
por objeto bens corpóreos destinados ou não à manutenção das atividades da empresa e bens
incorpóreos destinados à manutenção da companhia.
42. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência/Ciências Contábeis/2010) Empréstimos e
financiamentos, fornecedores, imposto de renda e contribuição social diferidos e outras
obrigações fiscais são contas classificáveis no passivo circulante.
43. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) As obrigações exigíveis
com prazo para liquidação dentro do ciclo operacional da entidade devem ser classificadas no
grupo do passivo circulante.
44. (CESPE/Técnico em Contabilidade/SUFRAMA/2014) A tabela acima apresenta dados, em R$
mil, do balanço patrimonial da empresa XYZ S.A. (no exercício vigente).
Com base nessa tabela, na legislação societária e nos critérios de elaboração das demonstrações
contábeis, julgue o item seguinte.
Os empréstimos de curto prazo serão pagos antes de findo o exercício social corrente.
45. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) O balanço patrimonial é composto pelo ativo,
pelo passivo e pelo patrimônio líquido. Considerando-se que o ativo e o passivo sejam divididos em

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circulante e não circulante, é correto afirmar que as obrigações que vencerem após o término do
exercício social seguinte deverão ser classificadas no passivo não circulante.
46. (CESPE/Especialista/Contador/Telebrás/2013) As obrigações com prazo original de cinco anos,
cuja liquidação é prevista para seis meses após a data do balanço, devem ser classificadas no
passivo não circulante.
47. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) O grupo do patrimônio líquido, que representa
o valor residual entre o ativo e o passivo, inclui as contas capital social, reservas de capital, ajustes
de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
48. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TC-DF/2014) Com relação às contas, aos métodos e às
operações contábeis, julgue o item seguinte.
A conta ágio na emissão de ações é uma conta de reserva de capital, integrante do patrimônio
líquido, sendo creditada quando o valor captado na emissão de ações supera o preço de oferta ou
supera o valor de registro das ações que compõem o capital social.
49. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) De acordo com o pronunciamento técnico do
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) referente à apresentação das demonstrações
contábeis, o valor da participação de não controladores destacado dentro do patrimônio líquido e
o valor de instrumentos financeiros disponíveis para venda são exemplos de informações
apresentadas no balanço patrimonial.
50. (CESPE/Agente Oficial de Inteligência/Contabilidade/ABIN/2010) A reserva legal e a reserva
estatutária compõem o patrimônio líquido, e a reserva especial para dividendo obrigatório compõe
o passivo exigível.
51. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) A finalidade da reserva
legal é garantir a integridade do capital social, não podendo ser distribuída como dividendos.
52. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) Na conta ações em
tesouraria, de natureza devedora, são registradas as aquisições de ações de emissão da própria
empresa.
53. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) O ajuste a valor justo de
itens do ativo e do passivo, enquanto não transitar pelo resultado do exercício, deve ser registrado,
em respeito ao regime de competência, na conta ajustes de avaliação patrimonial.
54. (CESPE/Auditor de Controle Externo/TCE-ES/Ciências Contábeis/2012)
Caixa e equivalentes de caixa 100
Duplicatas a receber 100
Duplicatas descontadas 40
Estoques 300
Instalações e equipamentos 200
Depreciação acumulada 50
Fornecedores 180
Empréstimos bancários circulantes 90
Tributos a recolher 100

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Financiamentos de longo prazo 210


Vendas brutas 1.000
Impostos sobre vendas 260
Custo da mercadoria vendida 300
Despesas operacionais 180
Considerando a tabela acima, em que são apresentados os dados hipotéticos, em $, de
determinada empresa, e que a alíquota do IR e a contribuição sobre o lucro líquido dessa empresa
sejam de 34%, sendo estes os únicos dados significativos para fins de levantamento de balanço e
apuração do resultado do exercício, julgue o item seguinte.
O ativo total dessa empresa soma $ 610.
55. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/TCE-ES/2013/Adaptada) No final do
exercício, determinada entidade contábil levantou os seguintes saldos e estimativas (em R$ mil)
para elaborar as demonstrações contábeis:
Caixa e equivalentes de caixa 500
Provisão para crédito de liquidação duvidosa 700
Reserva de capital 2.000
Impostos passivos diferidos 3.000
Despesas antecipadas 6.000
Provisão pendências judiciais (trabalhista) 7.000
Ações em tesouraria 8.000
Receitas antecipadas 9.000
Passivo contingente (pendências judiciais) 10.000
Amortização acumulada 10.300
Fornecedores 14.000
Mercadorias 14.500
Depreciação acumulada 21.000
Marcas e patentes 22.000
Clientes 24.000
Financiamento longo prazo 27.000
Participações permanentes em coligadas 33.000
Máquinas e equipamentos 62.000
Capital social 76.000
Com base nos dados da tabela, o valor do patrimônio líquido é R$ 10.000.000,00 superior ao valor
do passivo exigível.

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56. (CESPE/Analista/Controle Interno/MPU/2010) Julgue o item a seguir, que versa sobre


demonstrações contábeis.
No balanço patrimonial, classificam-se as contas 13º a pagar (credora) no grupo passivo, e os
créditos de funcionários (devedora) e ações em tesouraria (devedora) no grupo ativo.
57. (CESPE/Técnico Judiciário/Contabilidade TRE-ES/2011) Na relação de contas acima, somente
três pertencem ao passivo circulante.
58. (CESPE/Técnico Judiciário/Contabilidade TRE-ES/2011) Na relação de contas acima, apenas
duas são classificadas no patrimônio líquido.
59. (CESPE/Técnico Judiciário/Contabilidade TRE-ES/2011) Na relação de contas acima, apenas
uma pertence ao grupo resultados.
60. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2004) Os livros obrigatórios de uma empresa comercial
incluem o balanço patrimonial, que registra as contas de ativo, passivo e patrimônio líquido.
61. (Fundação Dom Cintra/Contabilidade/MAPA/2010) Redigir um texto, no mínimo de 20 e no
máximo de 30 linhas, sobre o tema:
A L

Para o desenvolvimento do tema, divida o texto em 4 parágrafos, abordando o que se propõe nos
itens abaixo:
1) caracterização das mudanças ocorridas no art. 176 da Lei 6.404 (demonstrações contábeis). (2,5
pontos)

2) caracterização da situação anterior e da situação atual do ativo permanente. (2,5 pontos)


3) a situação atual do ativo diferido. (2,5 pontos)
4) as mudanças no Art. 183 (critérios de avaliação do ativo) com relação aos Ativos de longo prazo
e ao Intangível. (2,5 pontos)

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5 RESUMO

O Balanço Patrimonial representa uma posição estática, compreendendo todos os bens e direitos
CONCEITO (Ativo), as obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio Líquido da entidade em uma determinada
data.
BALANÇO PATRIMONIAL

ESTRUTURA

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CONTEÚDO DOS GRUPOS E SUBGRUPOS

 Disponibilidades;
AC  Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente;
 Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (despesas antecipadas).
 Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;
ARLP
 Direitos com pessoas ligadas de negócio não usual.
 Participações permanentes em outras sociedades;
Investimento
 Direitos de qualquer natureza não classificáveis no AC.
 Bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia;
AÑC Imobilizado
B à à à à àá àF
 Direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o
Intangível fundo de comércio adquirido.
 Deve ser: (i) identificável; (ii) controlável; e (iii) gerador de benefícios
futuros.
 Contas representativas das obrigações cujos vencimentos ocorram durante o exercício
PC
seguinte.
BALANÇO PATRIMONIAL

 Mesmas contas representativas de obrigações classificadas no Passivo Circulante, porém


PÑC vencíveis após o término do exercício social seguinte. Nesse grupo são classificadas as Receitas
Diferidas.
PL  Contas representativas aos capitais próprios da entidade.

 Valores recebidos pela empresa de sócios ou terceiros que não transitam pelo resultado do
exercício;
 São Receitas de Capital:
(i) Reserva para ágio na emissão de ações; (ii) Produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de
RESERVAS
subscrição.
DE CAPITAL
 Podem ser utilizadas para:
(i) Absorção de Prejuízos; (ii) Resgate, reembolso ou compra de ações; (iii) Resgate de partes
beneficiárias; (iv) Incorporação ao capital social; (v) Pagamento de dividendo a ações preferenciais.
 As doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures não são mais
classificados como reservas de capital. Atualmente, devemos registrar como receita do exercício.

 Extraídas do lucro líquido do exercício. Possuem o objetivo de preservar o patrimônio líquido.


 Reserva Legal (antes de qualquer destinação)
(i) 5% do Lucro Líquido do Exercício; (ii) Limitada a 20% do capital social;
RESERVAS (iii) A entidade poderá deixar de destinar recursos à reserva legal se o somatório desta reserva com as
reservas de capital exceder o montante de 30% do capital social (limite facultativo);
DE LUCROS
(iv) A reserva legal é a única reserva de lucro que possui constituição obrigatória para a empresa;
(v) somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital social.
 Reserva Estatutária;  Reserva de Retenção de Lucros;
 Reserva para Contingências;  Reserva de Lucros a Realizar;
 Reserva de Incentivos Fiscais;  Reserva Específica de Prêmio de Debêntures.

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 Dividendos obrigatórios: são contabilizados no Passivo, na data do fechamento das demonstrações


financeiras.
 Dividendos adicionais:
DIVIDENDOS (i) Declarados após o período contábil: não são contabilizados, devendo ser divulgados em Nota
Explicativa.
(ii) Declarados antes do período contábil: são contabilizados no Patrimônio Líquido, até a aprovação
BALANÇO PATRIMONIAL

pela assembleia, momento em que são transferidos para o Passivo.

Opções Outorgadas Reconhecidas  relacionada ao pagamento de serviços de seus administradores


baseado em ações.
Pagamentos liquidados com instrumentos patrimoniais = conta do patrimônio líquido (juntamente com
as reservas de capitais);
Pagamentos realizados em dinheiro = conta do passivo.
OUTRAS
Gastos na emissão de ações  não devem ser reconhecidos como despesa, mas sim como acréscimo
CONTAS PL do custo de emissão em conta retificadora do capital social.
Ajustes acumulados de conversão  (i) Ativo e Passivo: usamos a taxa de fechamento da data do
balanço;
(ii) Patrimônio Líquido: usamos a taxa histórica (taxa de conversão da data em que foi contabilizado o
item no PL).
(iii) Resultado do exercício: deve ser usada a taxa da data da transação, sendo aceitável usar uma taxa
média.

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6 GABARITO

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.

D D C C B C E D C C

11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.

D A C D D C E E E E

21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30.

C C C E E E C E C E

31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40.

C C C E C E C C E C

41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50.

E E C E C E C C C E

51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60.

C C C E C E C E E E

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