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O Ensino Fundamental é um dos níveis da Educação Básica no Brasil.

O
Ensino fundamental é obrigatório, gratuito (nas escolas públicas), e atende
crianças a partir dos 6 anos de idade.

O objetivo do Ensino Fundamental Brasileiro é a formação básica do


cidadão. Para isso, segundo o artigo 32º da LDB, é necessário:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios


básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da


tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a


aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e
valores;

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade


humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Desde 2006, a duração do Ensino Fundamental, que até então era de 8


anos, passou a ser de 9 anos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB
9395/96) foi alterada em seus artigos 29, 30, 32 e 87, através da Lei
Ordinária 11.274/2006, e ampliou a duração do Ensino Fundamental para
9 anos, estabelecendo como prazo para implementação da Lei pelos
sistemas de ensino, o ano de 2010.

O Ensino Fundamental passou então a ser dividido da seguinte forma:

o Anos Iniciais – compreende do 1º ao 5º ano, sendo que a criança ingressa


no 1º ano aos 6 anos de idade.

o Anos Finais – compreende do 6º ao 9º ano.

Os sistemas de ensino têm autonomia para desdobrar o Ensino


Fundamental em ciclos, desde que respeitem a carga horária mínima anual
de 800 horas, distribuídos em, no mínimo, 200 dias letivos efetivos.

O currículo para o Ensino Fundamental Brasileiro tem uma base nacional


comum, que deve ser complementada por cada sistema de ensino, de
acordo com as características regionais e sociais, desde que obedeçam as
seguintes diretrizes:

I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e


deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada
estabelecimento;

III - orientação para o trabalho;

IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-


formais. (ART. 27º, LDB 9394/96)

A responsabilidade pela matrícula das crianças, obrigatoriamente aos 6


anos de idade, é dos pais. É dever da escola, tornar público o período de
matrícula.

Além da LDB, o Ensino Fundamental é regrado por outros documentos,


como as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, o
Plano Nacional de Educação (Lei nº 10.172/2001), os pareceres e
resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE) e as legislações de
cada sistema de ensino.

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evolução

A história da Educação no Brasil: uma longa jornada rumo à


universalizaçãoDesde a chegada dos jesuítas ao Brasil, no período colonial,
muitas mudanças ocorreram na educação - alguns problemas porém, ainda
assombram os brasileiros

Rodrigo Azevedo, especial para a Gazeta do Povo[11/03/2018] [10:54]

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Alunos da Escola Caetano de Campos, em São Paulo, em 1905| Foto:
Divulgação / Escola Estadual Caetano de Campos

Uma educação focada exclusivamente na catequização. Foi assim que


nasceu o embrião do ensino no Brasil, em 1549, quando os primeiros
jesuítas desembarcaram na Bahia. A educação pensada pela Igreja Católica
- que mantinha uma relação estreita com o governo português - tinha como
objetivo converter a alma do índio brasileiro à fé cristã. Havia uma divisão
clara de ensino: as aulas lecionadas para os índios ocorriam em escolas
improvisadas, construídas pelos próprios indígenas, nas chamadas
missões; já os filhos dos colonos recebiam o conhecimento nos colégios,
locais mais estruturados por conta do investimento mais pesado.

“Os índios são papel em branco”, escreveu, certa vez, o líder jesuíta no
Brasil, o padre Manuel de Nóbrega, em carta enviada à corte portuguesa.
A educação dos índios, em especial da tribo curumim, era uma tarefa
encampada pelo padre José de Anchieta, homem considerado um dos mais
atuantes pedagogos da Companhia de Jesus. Para educar os indígenas,
Anchieta lançava mão de recursos ainda atuais em algumas escolas
brasileiras, como o teatro, a música e a poesia. Por causa de sua obra
preservada, especialmente as cartas em que documentava as rotinas
escolares, Anchieta pode ser apontado como um dos nomes de maior
destaque da história da educação brasileira.

Veja também: gráficos mostram como a educação está melhorando no


mundo

Em outra ponta da educação, com um atendimento diferenciado, estavam


os filhos de portugueses. Os descendentes de europeus também
frequentavam as aulas dos jesuítas, mas recebiam um ensinamento mais
aprofundado, inclusive de outras matérias. O conhecimento repassado aos
alunos não se restringia à propagação do ensino religioso, e envolvia mais
conteúdo voltado às letras. A diferenciação do ensino para este público
privilegiado era um pedido que vinha de cima, feito pela própria elite
colonial que morava no Brasil.
De acordo com os registros históricos, a hierarquia familiar dos portugueses
funcionava da seguinte maneira: o primogênito teria direito sobre todas as
propriedades da família; o segundo filho era enviado aos colégios e,
possivelmente, completaria seus estudos superiores na Europa; já o
terceiro seria entregue à Igreja para seguir a vida religiosa. A educação
letrada no Brasil colonial era direcionada somente aos homens. As mulheres
não tinham acesso aos colégios e eram educadas somente para a vida
doméstica e religiosa.

Ainda que houvesse uma segregação clara entre os ensinamentos


repassados aos índios e aos filhos dos colonos, a educação jesuítica seguia
(ou tentava seguir) um documento curricular: o Ratio Studiorum. Elaborado
em 1599, a diretriz curricular era a base do conteúdo pensada pela Igreja.
No Ratio, constava o ensino da gramática média, da gramática superior,
das humanidades, da retórica, da filosofia e da teologia. A partir do ensino
das letras, começava a se formar no país uma organização da sociedade
hierarquizada pelo acesso à alfabetização. Isto é: teria mais chances de
prosperar na colônia aquele que aprendesse a ler e escrever. Nos locais de
ensino da Companhia de Jesus, os comportamentos exemplares eram
bastante cobrados pelos padres. Os alunos que desrespeitassem os
princípios morais cristãos eram punidos com castigos.

Ratio Studiorum, de 1599: conteúdo elaborado pela Igreja

Ao todo, até ser expulsa do Brasil, a Companhia de Jesus criou 25


residências, 36 missões e 17 colégios e seminários. “Talvez a Companhia
tenha sido a mais importante, mas tivemos outras ordens religiosas
operando no ensino brasileiro”, lembra Rosa Fátima de Souza, professora
da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Araraquara.

Em 1750, ano da assinatura do Tratado de Madrid entre Portugal e


Espanha, a até então confortável situação da Companhia de Jesus no Brasil
começou a se deteriorar. Nove anos depois, ocorreu a expulsão desta
ordem religiosa das terras brasileiras. A educação jesuítica guarda poucas
semelhanças com o que vemos hoje em dia nas escolas. O legado deixado
pelos soldados de Cristo, porém, ainda é muito debatido na academia.
Afinal, eles foram os predadores ou construtores da cultura?

Um ensaio da educação pública

A expulsão dos jesuítas, comandada pelo então primeiro-ministro de


Portugal, Marquês do Pombal, significou uma remodelação total do sistema
de ensino brasileiro. Por ordem do Estado, os jesuítas tiveram seus livros e
manuscritos destruídos pelos portugueses, e a religião foi deixada de lado
nos currículos. Tratava-se de uma tentativa de introduzir matérias mais
práticas no dia a dia escolar. Entre a expulsão dos jesuítas e a organização
de um novo modelo no Brasil, no entanto, o país amargou um hiato de
cerca de dez anos sem uma escola estruturada.

Veja também: Brasil gasta 16% do orçamento com Educação - mais do que
a Noruega

Influenciado pelos ideais iluministas, Pombal tinha convicção de que era


preciso modificar a educação no Brasil. E isso ocorre formalmente em 1772,
com a chamada reforma pombalina. Após a instauração dessas mudanças,
o Brasil dá seus primeiros passos na criação de um ensino público. A
desestruturação da escola jesuíta, porém, fez com que os índios perdessem
espaço no sistema de ensino. Por outro lado, a reorganização tornou o
professor uma figura central do processo educacional. Neste período, foram
criadas as aulas régias, ministradas por docentes concursados, que eram
funcionários do Estado. “Portugal foi pioneiro na Europa em criar um ensino
público. Era a própria monarquia que pagava o professor. Foram criadas
poucas escolas, mas temos nessa época o nascimento dessa semente”,
explica Rosa Fátima.

Curiosamente, as aulas régias eram realizadas nas casas dos próprios


professores. Essa pulverização dos locais de ensino foi uma das principais
dificuldades enfrentadas pelo governo português, que, além de não
conseguir dar conta da formação de professores - uma carência histórica
no país -, deixou vários jovens sem acesso às aulas. Não havia, também,
uma sistematização da idade escolar. Eram atendidas crianças a partir dos
sete anos, mas não existia um limite estabelecido para o tempo de estudo.
Ainda há muito o que se pesquisar sobre este período, mas o que se tem
de documentação histórica mostra que o alcance do ensino após as
reformas pombalinas foi menor do que as práticas estruturadas pela
Companhia de Jesus, cujo trabalho se espalhou por quase todo o país.

Educação vira lei

Um dos momentos mais importantes da história da educação no Brasil


ocorre com a chegada da família real ao Brasil, em 1808, fugida da Europa
por conta da invasão napoleônica a Portugal. Em um dos navios vindos da
Europa, desembarcaram no Rio de Janeiro cerca de 60 mil livros que, mais
tarde, dariam origem à Biblioteca Nacional, na própria capital carioca. A
presença da coroa portuguesa impulsionou alguns investimentos na área
da educação, aportes que culminaram na criação das primeiras escolas de
ensino superior. Estes locais tinham como foco, exclusivamente, preparar
academicamente os filhos da nobreza portuguesa e da aristocracia
brasileira.

Material didático de Português, utilizado em 1915

De acordo com a historiadora Maria de Lourdes de Fávaro, esses locais


tiveram duas características marcantes: o ensino profissionalizante e a
preparação para o trabalho no serviço público - ou seja, para exercer
diferentes funções na corte portuguesa. Na Bahia, os primeiros cursos
criados foram nas áreas de Medicina e Economia. Em 1818, em Salvador,
também foi criado o curso de Desenho Industrial. No Rio de Janeiro, além
do curso de Medicina, foram abertos locais onde eram ensinadas práticas
de agricultura e química. Inicialmente, apenas nesses dois estados as
escolas de ensino superior foram instaladas.

Apesar de o país ter se tornado independente em 1822, a educação,


durante o período Imperial, não contabilizou muitos avanços práticos. A
gratuidade do ensino, estabelecida por determinação da corte portuguesa,
não representou, de fato, investimentos em construção de escolas com
espaços físicos adequados, muito menos contratação de professores bem
formados e uso de métodos e materiais didáticos aprofundados. A falta de
prioridade do investimento em educação prejudicou de forma mais
significativa as classes populares do país. Os filhos das famílias mais ricas,
por outro lado, tinham acesso facilitado ao colégio, e poderiam cursar
universidades em Portugal.

Em 1827, foi sancionada a primeira lei brasileira que tratava


exclusivamente da educação. O texto, em seu artigo 1º, afirmava que “Em
todas as cidades, vilas e lugares mais populosos, haverão as escolas de
primeiras letras que forem necessárias”. A nova regra também foi um
marco para as garotas, que passaram a se misturar aos meninos nas
escolas de letras do Estado. Não havia, ainda, uma duração de tempo
definida para o ensino primário, mas a lei foi o início de uma nova forma
de organizar o ensino brasileiro.

No artigo 6º, a lei versava sobre as matérias que os professores deveriam


ensinar em sala de aula. Constava do texto da lei o ensino da leitura, da
escrita e da matemática, além princípios de moral cristã da religião católica
e da história do Brasil. No mesmo texto, estranhamente, havia a previsão
de que os professores considerados pouco qualificados para lecionar
deveriam complementar a sua formação de forma individual - o Estado não
bancaria a capacitação do docente. Neste ponto, o governo se isentou de
investir e direcionar a capacitação dos profissionais de ensino - sendo que
ainda predominavam os professores régios no país, decorrentes da reforma
pombalina do século 18.

Só depois de alguns anos que a preocupação com a formação do professor


voltou a se tornar uma prioridade. Os concursos para contratação de
professores públicos avaliavam, como critério mais importante do que a
formação formal, o nível de conhecimento sobre os assuntos de sala de
aula. Em 1834, o governo monárquico inaugurou a primeira escola de
formação de professores, a Escola Normal de Niterói. Durante os primeiros
50 anos de funcionamento, as escolas normais eram frequentadas quase
que exclusivamente por homens.
Durante o período regencial, ocorreu uma reforma na Constituição que dura
até hoje. No chamado Ato Adicional, instituído pelo governo, foi definido
que o ensino elementar, o secundário e a formação de professores seriam
de responsabilidade das províncias, e o ensino superior ficaria sob o
guarda-chuva do poder central. Com isso, foi fortalecida a descentralização
do ensino, com consequências negativas para a organização da educação
no país.

Efervescência de pensamento

Após a proclamação da República, algumas reformas pontuais foram


realizadas. A primeira delas foi do ministro da Instrução, Benjamin
Constant, realizada em 1890, com foco no ensino superior. As escolas de
base, no entanto, não entraram nas prioridades dos primeiros governos
republicanos. Uma das heranças do período imperial brasileiro na
Constituição Republicana de 1891 foi a manutenção da dualidade do
sistema escolar: boas e poucas escolas para as elites e escolas de qualidade
duvidosa para os demais. Basicamente, as escolas mantidas pelo governo
federal eram destinadas aos mais ricos. Sobravam para as camadas mais
pobres os colégios do sistema estadual, que, mesmo com um investimento
maior após a lei republicana, eram locais com estrutura carente e composto
por professores de baixa qualificação.

A tentativa de mudar essa realidade teve maior impulso a partir da década


de 1920. O movimento da Escola Nova ganhou força no ambiente
educacional, que sofreu reformas estaduais inspiradas nas ideais
escolanovistas. Nomes como o do educador Anísio Teixeira despontaram
como lideranças do movimento. A Escola Nova, no Brasil, ficou marcada
pela tentativa de tornar a educação mais inclusiva e adotar um modelo
mais moderno de ensino, voltado para uma educação prática da vida, tendo
como base as ideias do filósofo americano John Dewey.

O modelo de escolas parque, por exemplo, implantado na Bahia e no


Distrito Federal, embora tenha fracassado, foi um produto das ideias da
Escola Nova. “Alguns estados conseguem se desenvolver mais, como Minas
Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, mas em toda parte
vemos esse esforço”, diz Rosa Fátima. Neste período, mesmo que com
caráter privado, inicia-se uma preocupação com a educação infantil.

Ainda na década de 1920, é fundada a Associação Brasileira de Educação


(ABE), criada por Heitor Lira. A entidade tinha a função era promover os
primeiros grandes debates sobre a educação em nosso país. Apesar dos
esforços para tentar avançar na implantação de um sistema educacional
consistente, o analfabetismo entre jovens e adultos, um problema de
âmbito nacional, continua assolando a sociedade. De acordo com o IBGE,
a taxa de analfalbetismo na década de 1920, para pessoas a partir dos 15
anos, era de 65%. O percentual só foi baixar da metade da população na
década de 1940, quando caiu para 40%, o que representava cerca de 15
milhões de pessoas.

Escolas profissionalizantes e a LDB

Com o golpe de 1930, alguns nomes de projeção na educação da década


anterior ocuparam posições de destaque no cenário educacional. É no
governo ditatorial de Getúlio Vargas que, apesar do controle ideológico que
havia nas salas de aula, inicia-se um movimento em direção à criação de
um sistema organizado de ensino. Uma das primeiras iniciativas do governo
foi a criação do Ministério da Educação - ocupado primeiramente por
Francisco Campos - e das secretarias estaduais de Educação.

A Constituição de 1934 foi a primeira a incluir em seu texto um capítulo


inteiro sobre a educação. Fruto da forte centralização nacional que marcou
o período varguista, o sistema educacional seguia as orientações e
determinações do governo federal. A autonomia dos Estados era bastante
limitada e regulada. Em 1942, foi regulamentado o ensino industrial. No
mesmo ano, surgem as escolas do SENAI, direcionadas, especialmente, às
camadas mais pobres da população.

Mas foi só após o governo varguista que a educação apareceu na


Constituição como “um direito de todos”. No fim da década de 1940, as
escolas secundárias têm forte expansão e, aos poucos, vão perdendo seu
caráter elitista, embora o acesso ainda não fosse de todos. Segundo dados
do Serviço de Estatística do Ministério da Educação e Cultura, em 1940,
eram 155 mil frequentadores dessa etapa escolar. Dez anos depois, o
número sobre para 365 mil. No ensino profissionalizante, também, a
quantidade de alunos mais que dobra. É nesta época, inclusive, que as ideia
do pedagogo pernambucano Paulo Freire ganham repercussão nacional, em
especial seus métodos de alfabetização e de educação da população
carente.

Capa de livro de História usado pelo Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em
1945

Em 1961, é promulgada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação


(LDB). Histórico, o documento institui um núcleo de disciplinas comuns a
todos os ramos. Mas é na segunda versão da LDB, porém, que se torna
possível enxergar um sistema de ensino mais parecido com o atual. “Outra
questão é que, neste período, cresce a participação das mulheres no ensino
público; a divisão entre os sexos fica quase metade a metade”, compara a
professora. Neste documento, de 1971, fica obrigatória a conclusão do
primário, fixado em oito anos, e passam a ser utilizados os termos 1º grau
e 2º grau - nesta segunda fase escolar, procura-se imprimir um caráter
mais técnico, por preferência dos militares que comandavam o país. Essa
ideia prevalece até 1982.

Essa estrutura permanece até LDB de 1996, quando entra em vigor a


denominação de Ensino Fundamental e Ensino Médio. A mudança ocorrida
naquele ano incluiu ambos os períodos como etapas da educação básica, e
integrou, oficialmente, a educação infantil, que ganhou mais relevância no
cenário nacional.

Apesar da construção educacional brasileira ter uma trajetória de quase


500 anos, o país ainda enfrenta gargalos na área. E o analfabetismo é um
deles. O Plano Nacional de Educação (PNE), por exemplo, estabelece que o
problema deve ser erradicado até 2025. Números do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), porém, são desanimadores. Em 2017, foram
computados 12 milhões de analfabetos, o que representa 7,2% da
população adulta - o mesmo PNE, inclusive, estabeleceu uma meta de 6,5%
até 2015.

Embora o Ensino Fundamental esteja praticamente universalizado no


Brasil, o acesso à educação para crianças entre 4 e 5, que se tornou
obrigatório, é de 90%. O dado é ainda pior nas faixas entre 15 e 17 anos,
cuja taxa de escolarização é de 87,2%. “A valorização do magistério e as
condições de estrutura das escolas são exemplos de coisas que avançamos
pouco. Temos escolas ótimas, mas em várias regiões do país há uma
precariedade absurda. A valorização do professor é um problema secular
no Brasil, o que faz da qualidade do ensino, desde a educação infantil,
nosso maior gargalo”, pondera Rosa Fátima.

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A EDUCAÇÃO BRASILEIRA ANTES DE


1964
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Os anos 1950 e 1960 foram marcados por um intenso debate sobre a educação
brasileira. Muitos intelectuais e movimentos sociais formularam propostas para a
organização de um sistema nacional de ensino mais democrático e popular, que
superasse as desigualdades socioculturais, formasse cidadãos consciente de seus
direitos e preparados para desafios econômicos. O Brasil era considerado uma pátria
“mal-educada”, com índices de analfabetismo alarmantes. A polarização política que
antecedeu ao golpe de 1964 também atingiu a educação. A sociedade brasileira
fervilhava com projetos educacionais humanistas e inovadores que, mais tarde,
sofreram diretamente os impactos da repressão.

A primeira vez que o governo brasileiro estabeleceu o objetivo de criar um sistema


nacional de educação foi na década de 1930. Antes disso, a educação era de
responsabilidade exclusiva dos estados, que tinham autonomia financeira e
pedagógica. Mas depois da Revolução de 1930, o governo criou medidas
centralizadoras, que reduziam a autonomia dos estados. Dentre essas, por
exemplo, a criação do Ministério da Educação e Saúde Pública, ao qual caberia
edificar um sistema nacional de educação, respondendo às demandas de intelectuais
e educadores. Isso implicava um conjunto de instituições de ensino integradas em
diversos ciclos, que cumprisse alguns objetivos modernizadores: alfabetizar a
população, educar o cidadão, fortalecer a capacidade dirigente das elites e qualificar
as massas trabalhadoras para funções produtivas mais complexas.

Embora esses objetivos parecessem consensuais, as variadas filosofias, os


posicionamentos políticos e os métodos que os orientavam fizeram da década de
1930 um período repleto de polêmicas em torno da educação. Enquanto, por
exemplo, os católicos defendiam a presença do ensino religioso nas escolas públicas
e empresários buscavam ampliar seu domínio sobre o mercado da educação, um
grupo de educadores progressistas assinou, em 1932, o , defendendo que o Estado
desenvolvesse uma escola única, gratuita, laica, na qual meninos e meninas
compartilhassem a mesma sala de aula.
Mesmo com toda essa ebulição, foi somente no fim da Era Vargas e começo do
governo de Eurico Gaspar Dutra que foram decretadas as primeiras “leis orgânicas”
da educação. Formuladas diretamente pelo poder Executivo, tais leis estabeleciam
as diretrizes do novo sistema nacional de ensino, seus ciclos, objetivos e currículos.
Além disso, dividia-se de maneira nítida o ensino das elites do ensino das massas
trabalhadoras, concebendo dois tipos “complementares” de cidadãos, como pregava
a ideologia trabalhista de Vargas: de um lado, uma elite industrial, ilustrada e culta
e de outro, um trabalhador ordeiro e saudável. Essa “divisão social da educação” foi
uma marca deixada por Gustavo Capanema, ministro da Educação e Saúde do
Estado Novo, que se estendeu pelas décadas seguintes.

Com a queda do Estado Novo, foi elaborada uma nova Constituição Federal,
sancionada pelo presidente Dutra, em 1946. Nela, previa-se a elaboração de uma Lei
de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que reformulasse o sistema nacional de
ensino pelo poder Legislativo. Se comparado às leis orgânicas da Era Vargas, a ideia
de uma LDB construída mais lentamente pelo Legislativo poderia representar um
avanço democrático. A primeira LDB só foi aprovada em 1961, após 13 anos de
debates deflagrados nas universidades, nos institutos de pesquisa, nos movimentos
sociais e nos corredores do Congresso Nacional.

Antes de 1961, o sistema de ensino brasileiro se compunha de três níveis: primário,


médio e superior. O ensino primário era alfabetizador e dividia-se em
“fundamental”, para crianças de 7 a 12 anos e “supletivo”, para jovens e adultos. A
Lei Orgânica do Ensino Primário (1946) determinava sua obrigatoriedade e
gratuidade. Entretanto, essa determinação não era cumprida, devido ao número
insuficiente de escolas, à deficiência do ensino e à pobreza da população brasileira.
Sem condições de vestir e alimentar seus filhos e não podendo prescindir do trabalho
dos jovens para complementar a renda, muitas famílias não conseguiam evitar a
evasão escolar.
Esse quadro era agravado pela carência de professores bem formados para fazer
cumprir a lei: somente metade dos professores em exercício nas escolas públicas
possuía diploma de ensino superior, além de serem muito mal remunerados. Na zona
rural, estes “leigos” eram maioria.

Fontes

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm
https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/a-historia-da-educacao-no-brasil-uma-longa-
jornada-rumo-a-universalizacao-84npcihyra8yzs2j8nnqn8d91/
http://memoriasdaditadura.org.br/antes-do-golpe/ Commented [1]: site interessante

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